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O CENTENÁRIO

DO
DR. MILTON BONAPACE MEDEIROS

Por JARI ANTONIO GUIZOLFI ESPIG


Advogado, genealogista e historiógrafo

Há 100 nascia um cidadã o que


participou ativamente da Histó ria de Sã o Francisco de
Assis, principalmente na á rea medicina e na política,
na segunda metade do século passado. Refiro-me,
assim, ao extraordiná rio Dr. Milton Bonapace
Medeiros.

O Dr. Milton Bonapace Medeiros era


natural do vizinho Município do Itaqui, RS, nascido
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em 28 de outubro de 1920, numa quinta-feira, à s doze


horas e dez minutos, na residência de seus pais.

Era filho de Valeriano de Lima


Medeiros, natural da Parahyba do Norte (antiga
denominaçã o do atual Estado da Paraíba) e de Dona
Judite Bonapace Medeiros, que era gaú cha e com
ascendência italiana.

Pela via paterna, os seus avô s eram


Ricardo Augusto de Medeiros e Dona Marcionilla de
Lima Medeiros, os quais residiam na Parahyba do
Norte.

Do lado materno, por sua vez, os seus


avô s eram Paulo Bonapace (já falecido) e Dona
Elizéia Veppo Bonapace.

Portanto, pela veia paterna, a


ascendência era portuguesa e, pelo lado materno, a
origem era italiana.

Segundo informaçõ es verbais, fez parte


dos seus estudos em Itaqui e depois partiu para
Porto Alegre, onde formara-se em Medicina, em
meados da década de 1940, na Antiga Faculdade de
Medicina de Porto Alegre, à Rua Sarmento Leite, hoje
incorporada a Universidade Federal do Rio Grande do
Sul.

Logo a seguir, adota Sã o Francisco de


Assis, como sua sede profissional, para nã o mais
deixá -lo, tornando-se um dos médicos mais atuantes
e queridos dos ú ltimos 70 anos; atendendo milhares
de assisenses e pessoas de outros municípios; sendo
referência em medicina no Estado do Rio Grande Sul.

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Em 11 de setembro de 1948, em Porto


Alegre, contraiu nú pcias com a jovem assisense,
Maria Fontoura Oliveira, filha de Carlos Nogueira e
Oliveira e de Corá lia Moreira Fontoura e Oliveira. O
ato solene foi perante o Juiz de Paz, Dr. James
Macedonia Francisco, tendo como testemunhas
Euripedes Jobim Oliveira e Ricardo Bonapace
Medeiros, irmã o do noivo.

O casal teve cinco filhos, todos nascidos


em Sã o Francisco de Assis:

a) JOSÉ CARLOS OLIVEIRA


MEDEIROS, nascido em 19 de março de
1950 e falecido em 14 de março de 2013;
era arquiteto, desde 01 de setembro de
1978, pela Universidade do Vale do Rio
dos Sinos;

b) PEDRO LUIZ OLIVEIRA


MEDEIROS, nascido em 28 de julho de
1951, médico e militar (2º TEM. R/2 do
Exército Brasileiro), residente no Rio de
Janeiro;

c) JUDITE MARIA OLIVEIRA


MEDEIROS, nascida em 06 de março de
1959, engenheira civil pela Universidade
do Vale do Rio dos Sinos, residente em
Porto Alegre-RS;

d) CORÁ LIA MARIA


OLIVEIRA MEDEIROS, nascida em 02 de
dezembro de 1960, médica veteriná ria
pela Faculdade de Veteriná ria da
Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, residente em Porto Alegre, RS; e,
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e) CLAUDIO VALERIANO
OLIVEIRA MEDEIROS, nascido em 17 de
fevereiro de 1956 e casou com DALVA
LUCI GOMES DORNELES (filha de
Américo da Silva Dorneles e Luci Gomes
Dorneles, em 21 de outubro de 1978, na
cidade de Pelotas, RS. Clá udio é geó logo.
Foi Secretá rio da Administraçã o de Sã o
Francisco de Assis, na administraçã o do
Prefeito Paulo Carvalho( 1993/1996),
Vereador, Vice-Prefeito (2001/2004) e
candidato a Prefeito em 2004, porém
sem êxito; sempre pelo PMDB.
Atualmente, é Presidente da Executiva
Municipal do MDB. Reside em Sã o
Francisco de Assis, RS.

Como médico, o Dr. Milton atendeu


milhares de pessoas; praticamente todos os
assisenses consultam com ele e/ou fizeram alguma
cirurgia (em épocas passadas, os médicos de Sã o
Chico faziam até amputaçõ es). Nã o havia qualquer
restriçã o de ordem hospitalar. Foram milhares de
partos.

A Administradora Elsa Piovesan, que


iniciou suas atividades no Hospital Santo Antô nio, em
meados de 1971, lembra que, em alguns meses, o Dr.
Milton chegou a atender mais de 400 pessoas, só
naquele estabelecimento; muitas delas,
gratuitamente. Faziam muitas cirurgias e resolviam
problemas graves de saú de.

“Ele frequentava o Hospital Santo


Antônio, diariamente, visitando os seus pacientes e
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fazendo plantões médicos”, complementa a Elsa, que


administrou o Hospital por vá rios anos. Lembra,
ainda, que “Dr. Milton falava fluentemente o francês,
língua que ele adorava!”

Interessante registrar que o seu


Consultó rio médico, localizado à Rua Ipiranga (o
famoso beco da Ipiranga) sempre estava literalmente
superlotado de pacientes; nã o só os daqui como os de
outras cidades (Itaqui, Alegrete, Sã o Borja, Santiago,
Cacequi, Rosá rio e até Uruguaiana), tamanha era a
confiança naquele profissional da medicina.

Tenho lembranças de que irmã os da


minha avó materna vinha do Paraná consultar com o
Dr. Milton.

Já cedo, lá pelas cinco horas da


matina, os primeiros familiares dos pacientes já
começavam a marcar presença. O atendimento se
iniciava à s nove horas e prolongava-se pela tarde
adiante, enquanto houvesse um paciente.

Antes, porém o Dr. Milton visitava os


seus pacientes no Hospital Santo Antô nio e retornava,
ainda, no final da tarde; sem falar nas emergências,
jamais deixou de atendê-las.

Certa vez, perguntaram-lhe se pensava


em deixar Sã o Francisco de Assis para clinicar em
outras cidades; Santa Maria ou Porto Alegre, por
exemplo. A sua resposta foi direta e taxativa: “se Eu
deixar São Chico, vou para o Toroquá!!!” , disse o
Dr. Milton. Tamanha era o seu amor pela nossa
cidade, que o adotara!

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Participou, juntamente, com o Dr. Fá bio


Telles Tourem, outro Gigante da Medicina Assisense,
da necropsia dos restos mortais de Gustavo Cramer,
o piloto que conduzia o aviã o que vitimou o entã o
Senador Salgado Filho, em 30 de julho de 1950, que
caiu no Cerro dos Cortelini, no Rincã o dos Dorneles,
em nosso município.

Ambos os médicos foram nomeados


peritos do Juízo num procedimento de Justificaçã o
Judicial, ajuizado pela família do piloto para provar a
morte do piloto, para os devidos fins. Esses autos,
devido as minhas pesquisas no meio forense, possuo
có pia integral.

Na época, os médicos locais faziam o


trabalho de legistas, nomeados pelo Juízo. Há muitos
laudos, em processos crimes, inclusive de homicídios
consumados ou tentados.

Aliás, naqueles tempos e até bem


recente, os médicos faziam tudo em matéria de
medicina; nã o havia especialistas, como se vê
atualmente.

Além do exercício da medicina, o Dr.


Milton foi professor da Escola Salgado Filho, que
também ajudara a fundar, lecionando ciências.

A professora Iolete Girotto, que foi aluna


do Dr. Milton, descreve que ele tinha uma voz de
barítono, vibrante, com muito carisma e com um
tom aveludado.

Participou, ativamente, da política


assisense; inicialmente, pelo Partido Trabalhista
Brasileira e depois pelo MDB e pelo PMDB.
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Possuía uma orató ria admirá vel, digna


dos grandes estadistas; fazia discursos memorá veis,
os quais permanecem vivos na memó ria de todos os
que tiveram a oportunidade e a honra de presenciá -
los. O seu estilo era inconfundível; tanto ao vivo como
no rá dio, a sua voz era constante e inconfundível.

Foi Prefeito Municipal de 1952/1955,


pelo PTB. Foi Vice-Prefeito, de 1993/1996, pelo
PMDB, quando o Prefeito foi Paulo Roberto Carvalho.
Foi Vereador de 1963/1968, eleito pelo PTB; de
1969/1972, pelo MDB; de 1977/1982, pelo MDB; de
1982/1988, pelo MDB, obtendo 1.183 votos, sendo o
mais votado, segundo o TRE/RS.

Na eleição de 1988, que elegeu Dilson


Auri Biscaíno e Lucinda Chimelo, pelo PDS, o Dr.
Milton era candidato a Vice-Prefeito, tendo o Vilmar
Toledo Severo (o “Dudu”), como candidato a Prefeito,
pelo PMDB.

Exerceu o cargo de Presidente das


Executivas, tanto do PTB como no MDB e do PMDB,
assim como outras cargos partidá rios.

Era homem de confiança do Dr. Pedro


Simon. O Ex-governador e Ex-senador, hoje, com
mais de 90 anos, considerava o Dr. Milton era um dos
“esteios partidários responsáveis pela voz
oposicionista nos idos de 1970”. Dizia que “era um
dos responsáveis pela manutenção da chama viva
do PMDB na década de 1980”, concluiu o velho e
estimado Simon.

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Lembro-me da entrevista que dera a


Rá dio Difusã o Assisense, em 15 de janeiro de 1985,
exatamente, no dia da eleiçã o do Dr. Tancredo Neves,
à Presidência da Repú blica.

O Dr. Milton, via telefone, manifestou o


seu apoio ao Tancredo e ao Sarney, dizendo que,
mesmo sendo uma eleiçã o indireta, tinha o apoio
maciço do Povo Brasileiro. Nunca esquecerei;
aproximava-se das 8:30 horas daquela manhã
esperançosa para todos nó s. O entrevistador foi o
Valmor Dorneles Poltosi, Diretor da Rá dio.

De igual modo, lembro-me do discurso


proferido, por ocasiã o da Inauguraçã o da Nova
Agência do Banrisul S.A., em nossa cidade, em 1980,
na presença do Governador Amaral de Souza e do
Deputado Estadual Sérgio Ilha Moreira, um dos
grandes líderes partidá rios da antiga Arena e do PDS.

Disse o Dr. Milton, referindo-se


diretamente ao consagrado Deputado Ilha Moreira,
afirmando que uma de suas maiores honras na vida,
foi ter recebido a espada de Oficial da Reserva – R2 -,
das mã os do General Ibá Ilha Moreira, pai do
Deputado. Essa referência especial ao General é a
prova, irrefutá vel, a meu ver, de que o Dr. Milton
tratava os seus adversá rios como muita elegâ ncia,
respeito e cortesia.

Alinhava-se, portanto, aos políticos que


reconheciam que os adversá rios nã o eram inimigos.
Bem diferente do que se vê nos dias atuais!

Atuara, igualmente, como


agropecuarista. Administrando a “Estâ ncia Velha”,
localizada na Antiga Sesmaria do Itajuru, no
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Primeiro Distrito, à beira da Estrada que dá acesso à


Praia do Jacaquá , no Passo do Catarino, no Rio Ibicuí.

O Dr. Milton Bonapace Medeiros


faleceu com 82 anos, em 09 de julho de 2003, à s
12:40 horas, em Porto Alegre, no Hospital das
Clínicas. Foi velado na Prefeitura Municipal de Sã o
Francisco de Assis e a encomendaçã o do corpo foi
realizado na Igreja Matriz.

Acompanhei o cortejo fúnebre,


ajudando a carregar o corpo, por alguns instantes, no
trajeto entre a Igreja a o carro fú nebre.

Hoje, os seus restos mortais repousam


no Cemitério Municipal de Sã o Francisco de Assis.

Portanto, o Dr. Milton Bonapace


Medeiros foi um político detentor de uma orató ria
singular e só lidos princípios democrá tico.

Foi um “Médico Amado”; compará vel


ao Evangelista Sã o Lucas, padroeiro do médicos, a
quem o Apó stolo Paulo o chamava dessa forma; o
que está explícito em Colossenses 4:14, do
Pergaminho Sagrado.

O Querido e Imortal Milton Bonapace


Medeiros deixou um legado extraordiná rio. Foi um
formidá vel discípulo de Hipó crates, tornando-se
uma lenda como médico e como humanista,
influenciando a todos de forma amá vel, gentil e
tratando os seus pacientes como se fossem seus
filhos queridos.

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Fazia de cada ato médico uma obra de


arte! Se condiçõ es de salvar o paciente havia, o
autor dessa façanha chamava-se Milton Medeiros!

E o povo sabia disso! Acreditava nele!


Depositava em suas mã os, em sua inteligência, em
seus conhecimentos, a esperança de ver os seus entes
queridos sã os e salvos!

Era um discípulo de Dalai Lama.


Repartia os seus conhecimentos com os jovens
médicos e com os enfermeiros e os demais que o
ajudavam a buscar vida, onde ela aparentemente nã o
existia mais.

Fazia o diagnóstico num simples


olhar; era um perito no que fazia. Pois, laborava com
amor e sabedoria e nã o media esforços.

Por isso, é um Imortal e no transcorrer


de seu Primeiro Centená rio Natalício devemos
prestar as mais belas homenagens, pois milhares de
pessoas – inclusive as que estã o lendo esse humilde
texto - em algum momento de suas vidas, foram
abençoados pela presença do Dr. Milton.

Agradeço, por fim, ao Supremo


Arquiteto do Universo pela decisã o de ter enviado
para a nossa Sã o Francisco de Assis o imortal Dr.
Milton, o qual nos brindou com um legado de
natureza humanista, tornando-se um belíssimo
exemplo à s geraçõ es presentes e futuras.

“ Viva o Dr. Milton! Viva o seu


Centenário! Para sempre, Dr. Milton Bonapace
Medeiros!”
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CURTINHAS... às vezes, nem sempre!

PRIMEIRA: Vim ao mundo pelas mã os do Dr. Milton.


Ele fez meu parto, o qual foi iniciada pelas freiras,
devido a urgência. Estava, com pressa! Nasci com a
“cabeça mole, caída”, segundo os meus pais. Achavam
que Eu nã o sobrevivesse. O Dr. Milton me tratou.
Fiquei firme como uma rocha! E aqui estou!

SEGUNDA: Meus pais escolheram o casal Dr.


Milton/Dona Maria para me batizar. Infelizmente,
havia um litígio entre o médico e o padre da cidade.
Resultado: perdi os padrinhos!!!!

TERCEIRA: Meu pai era marceneiro. Certa vez, num


domingo, meio chuvoso, à tarde, fomos até a
“Estâ ncia Velha”. O pai tinha que consertar uma porta
de madeira da Sede. Lá fomos! O Dr. Milton convidou
a todos Fui juntamente com o pai, a mã e e meu irmã o.
Lembro-me de ver o Dr. Milton sair pelo campo
caminhando e, logo atrá s, os seus filhos - os varã os. ...
Lá pelas tantas, apareciam no alto de uma coxilha!
Imagem que marcou a minha infâ ncia. Tinha somente
07 anos, aproximadamente!

QUARTA: ... passados muitos anos, lá por 2003,


retornei à “Estâ ncia Velha”. Havia comprado uns
animais de um lindeiro do Dr. Milton. E o
carregamento foi lá ! Fiquei observando a Sede, à s
mangueiras e os campos verdejantes! “Muy lindo”,
como diria um velho tropeiro! Foi a ú ltima vez que lá

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estive...naquela Estâ ncia Centená ria, cuja origem


remonta ao Século XIX...

QUINTA: ... há momentos cô micos! Certa vez, lá pelos


idos de 1986, um cidadã o foi casar. Quando da
habilitaçã o descobriu-se que, na certidã o de
nascimento, constava que “era moça”. Resultado: o
Dr. Amaro Dominguez, advogado da família,
ingressou com um pedido de retificaçã o do sexo. O
Juiz de Direito, parece-me que era o Dr. Cezar Tasso
Gomes, nomeou o Dr. Milton como perito judicial. O
noivo, extremamente constrangido, levou os papéis
do Fó rum para o médico. O Dr. Milton leu,
atentamente, a ordem judicial e, logo a seguir, deu
uma risada, sua marca registrada, e detonou: “guri,
não precisa nem baixar as calças! te conheço desde
quando nasceu.” E lascou um laudo: “Atesto que o
fulano é macho; possui dois testículos e um
pênis”. E lá foi noivo, bem faceiro, ao escritó rio do Dr.
Amaro, o qual levou, em mã os, o laudo conclusivo
para o Dr. Juiz, despachar. Resultado: três semanas
depois, tivemos uma grande festa! O casamento deu
certo!... Graças ao laudo do Dr. Milton!

SEXTA: ... a professora Iolete Girotto me relatou que,


em 1998, fizeram uma festa da família do Dr. Milton
para comemorar os 50 anos da uniã o conjugal. A festa
foi na “Casa da Amizade”. Iolete, que é professora de
mú sica e pianista, foi convidada a toca célebre “Ave
Maria”, que anunciou a chegada dos homenageados. O
Dr. Milton era um apaixonado pela mú sica erudita.

SÉTIMA: ... há informaçõ es de que, no Brasil, há


aproximadamente 489.800 brasileiros (as) com o
sobrenome MEDEIROS. É um dos 50 sobrenomes
mais comuns no Brasil, segundo a Revista
Superinteressante, bem como a sua origem remonta a
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uma regiã o com a mesma denominaçã o, em Portugal.


(fonte: https://super.abril.com.br/especiais/a-origem-dos-50-
sobrenomes-mais-comuns-do-brasil/ acessada em 27 de outubro de
2020).

OITAVA: ... por sua vez, a Família Bonapace é da


nobreza italiana, com origem no Vêneto. Possuindo
um ilustre personagem, em Verona, no Século XVI
chamado Giovani Bonapace. Entraram na América
pelo Rio Prata, já no Século XIX, estabelecendo-se em
Itaqui, RS; aliá s, cidade natal do Dr. Milton.

NONA: ... é vá lida transcrever a seguinte passagem da


Histó ria da Família Bonapace, no vizinho Itaqui: “A
Associação Centro Cultural Laçadores de Jácomo Bonapace
tem por objetivo a preservação e desenvolvimento da cultura
Riograndense orientando, incentivando e patrocinando
atividades artísticas, culturais e de manejo rural, buscando o
cultivo e perpetuação das nossas raízes. Justificativa: Aos vinte
dias do mês de maio de dois mil e nove, a vida do jovem
tradicionalista Jácomo Lima Bonapace foi ceifada de forma
covarde e cruel. Jácomo era homem do campo, ligado as
tradições e amante das lides campeiras. Seu pai foi patrão de
honra do Centro de Tradições Gaúchas Rincão da Cruz, o qual
sedia a Campereada Jácomo Bonapace em sua homenagem.
Jácomo Lima Bonapace foi participante ativo na propagação
da cultura e das tradições, tendo sediado a Chama Crioula e a
Cavalgada da Mulher Gaúcha, mostrando-se sempre ativo e
participante dos movimentos tradicionalistas. Por pertencer a
uma família essencialmente gaúcha e em razão de perpetuar
sua memória, um grupo de amigos tomou a si a iniciativa de
criar este Centro Cultural com o objetivo de promover e
oportunizar a comunidade o cultivo a cultura de raiz que foi
seu berço e que se constituem em pilares da tradição.” (fonte:
https://prosas.com.br/empreendedores/5994-associacao-centro-
cultural-lacadores-de-jacomo-bonapace, acessada em 28 de outubro de
2020).

OITAVA: ... eis uma coincidência: o Dr. Milton nasceu,


em Itaqui e na residência de seus pais. O nome da Rua

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era “Ipiranga”; em Sã o Chico, a sua residência era na


Rua “Ipiranga”.

FOTOS E DOCUMENTOS:

Foto: Dr. Herton José Gonçalves Rodrigues (Dr. Zezé),


de camiseta preta; ao centro, o Dr. Milton; e, a direita,
o Dr. Fá bio Telles Touren.

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