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RESUMO
• Prevenção secundária: voltada à cura das pessoas enfermas e à redução das consequências
mais graves da doença mediante a detecção prévia e tratamento precoce dos casos; seu
objetivo não é reduzir a incidência da enfermidade, mas sim, reduzir sua gravidade e duração
e, consequentemente, reduzir as complicações e a letalidade da doença. Os programas de
triagem ou rastreamento populacional, como as campanhas massivas de exame de
Papanicolau ou para detecção e tratamento precoce do câncer de colo de útero, são exemplos
de prevenção secundária.
Os custos diretos das DCNT para os sistemas de saúde em todo o mundo representam
impacto crescente. Segundo o World Economic Forum, a carga global das perdas econômicas
por DCNT entre 2011 e 2030 é estimada em até 47 trilhões de dólares, o que equivaleria a
5% do produto global bruto no período considerado. Além disso, estima-se, para a economia
brasileira, que a perda de produtividade no trabalho e a diminuição da renda familiar
resultantes de apenas três DCNT — diabetes, doença cardiovascular e acidente vascular
encefálico — irão gerar um custo de US$ 4,18 bilhões até 2015.
Apesar da gravidade das DCNT e do aumento de sua incidência, grande parte dessas doenças
poderia ser evitada. Como as DCNT mais frequentes (doença cardiovascular, diabetes e
câncer) compartilham vários fatores de risco, a OMS propõe uma abordagem de prevenção e
controle integrados, focada em todas as idades e baseada na redução dos seguintes problemas:
hipertensão arterial, tabagismo, uso de álcool, inatividade física, dieta inadequada, obesidade
e hipercolesterolemia .
a OMS recomenda para prevenção primária actividades de promoção da saúde com ênfase na
prática regular de actividade fisíca e promoção de hábitos alimentares saudáveis. Rastreio e
manuseio dos factores de risco através da mudança de estilos de vida e utilização de drogas
profiláticas.
Evidências mostram que a saúde está muito mais relacionada ao modo de viver das pessoas
do que à idéia hegemônica da sua determinação genética e biológica. O sedentarismo e a
alimentação não saudável, o consumo de álcool, tabaco e outras drogas, o frenesi da vida
cotidiana, a competitividade, o isolamento do homem nas cidades são condicionantes
diretamente relacionados à produção das ditas doenças modernas. Há que se destacar a
desesperança que habita o cotidiano das populações mais pobres e que também está
relacionada com os riscos dessas enfermidades. As últimas décadas, mostrou avanços em
indicadores de saúde. A melhoria do saneamento das cidades, das condições de trabalho e de
um maior acesso aos serviços contribuíram para a queda significativa na mortalidade infantil
e no aumento da expectativa de vida
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