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Eletricidade Aplicada Ii - Teoria PDF
Eletricidade Aplicada Ii - Teoria PDF
São Paulo
ELETRICIDADE APLICADA II
Revisão Técnica
Colaboradores
SUMÁRIO
1. POTÊNCIA EM CORRENTE ALTERNADA ............................................................................................................3
1.1 Potência instantânea ............................................................................................................................................3
1.2 Potencia ativa ..........................................................................................................................................................5
1.3 Potencia reativa .....................................................................................................................................................5
1.4 Potência aparente ................................................................................................................................................6
1.5 Potência complexa ................................................................................................................................................7
1.6 Triângulo de potências........................................................................................................................................9
1.7 Fator de potência ................................................................................................................................................ 10
1.8 Potência de um conjunto de cargas em paralelo ................................................................................... 10
2. CORREÇÃO DO FATOR DE POTENCIA ............................................................................................................... 18
2.1 Introdução ............................................................................................................................................................. 18
2.2 Desvantagens de um baixo fator de potência ......................................................................................... 19
2.3 Elaboração da correção do fator de potência ......................................................................................... 20
2.4 Vantagens da correção do fator de potência ........................................................................................... 22
2.5 Dimensionamento do capacitor para correção do Fator de Potência .......................................... 24
2.6 Exercícios de correção do fator de potência ........................................................................................... 26
3. TRANSFORMADOR MONOFÁSICO ...................................................................................................................... 32
3.1 Introdução ............................................................................................................................................................. 32
3.2 Configuração básica de um transformador ............................................................................................. 32
3.3 Funcionamento do transformador sem carga (em vazio)................................................................. 33
3.4 Funcionamento do transformador com carga ........................................................................................ 35
3.5 Exercícios de transformador ......................................................................................................................... 38
4. CIRCUITOS TRIFÁSICOS .......................................................................................................................................... 41
4.1 Introdução ............................................................................................................................................................. 41
4.2 Vantagens do Sistema Trifásico.................................................................................................................... 41
4.4 Gerador Trifásico................................................................................................................................................ 41
4.5 Carga Trifásica ..................................................................................................................................................... 44
4.6 Ligações estrela e triangulo ........................................................................................................................... 45
4.7 Valores de Fase e de Linha ............................................................................................................................. 46
4.8. Relações entre valores de fase e linha ...................................................................................................... 49
4.9 Exercícios de circuito trifásico ...................................................................................................................... 53
5.POTÊNCIA EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS ............................................................................................................ 57
5. 1 Exercícios de Potência Trifásica .................................................................................................................. 59
2
ELETRICIDADE APLICADA II
1. POTÊ
POTÊNCIA EM CORRENTE ALTERNADA
1.1
1.1 Potência instantânea
alimentada por um gerador que fornece uma tensão v (t) = V sen (ωt + ∝). A
i (t)
v (t)
Chamando:
A = ωt + ∝
B= ωt + ∝ െ φ
e lembrando que:
teremos :
onde:
3
ELETRICIDADE APLICADA II
p(t)
p(t)
v (t)
i (t)
0 π/2 π 3π/2 2π ωt
Podemos observar pela figura que, em p(t) existem trechos positivos onde a área
definida pela função significa absorção de energia pela carga e trechos negativos onde a
área significa quantidade de energia devolvida para a linha de alimentação.
Se o ângulo φ for igual a zero, tensão em fase com a corrente, nenhuma energia é
devolvida a linha, toda ela será convertida em trabalho pela carga. Característica esta
inerente a todos os bipolos puramente resistivos.
Se o ângulo φ for igual a 90° ou -90°, a quantidade de energia absorvida pela carga no
semiciclo positivo da potencia será totalmente devolvida à linha de alimentação no seu
semiciclo negativo, não havendo, portanto nenhuma realização de trabalho em um
período completo da potência. Característica esta inerente a todos os bipolos puramente
indutivos e capacitivos respectivamente.
Se o ângulo φ for maior que zero e diferente de ± 90°, uma parcela da energia absorvida
pela carga será devolvida para linha e a restante será utilizada na realização de trabalho.
4
ELETRICIDADE APLICADA II
1.2
1.2 Potê
Potência ativa (P)
P=
Por ser essa integração muito trabalhosa lançaremos mão do Teorema das Médias, onde:
Portanto:
P = VI cos φ
Unidades de P
Como esta potência será responsável pela realização de trabalho, sua unidade será a
mesma utilizada em tensão contínua.
No sistema SI: U (P) = watt (W), bem como seus múltiplos (kW, MW respectivamente
103 e 106 W).
1.3
1.3 Potê
Potência reativa (Q)
(Q)
Parcela de potência devolvida à linha de alimentação. Essa parcela pode ser calculada
por:
Q = VI sen φ
5
ELETRICIDADE APLICADA II
No caso das máquinas indutivas tais como motores, geradores, transformadores, essa
parcela é utilizada para manter os campos eletromagnéticos necessários para o
funcionamento destes equipamentos.
Campo
M Magnético
do Motor
Unidade de Q
Como a potência reativa não é responsável pela realização de trabalho, não poderíamos
conferir a unidade watt, mas podemos indicar sua unidade como sendo o volt . ampère –
reativo.
No sistema SI: U (Q) = Var, bem como seus múltiplos (kVAr, MVAr, respectivamente 103
e 106 VAr)
Em particular:
1.4
1.4 Potência aparente (Pap ou S)
6
ELETRICIDADE APLICADA II
Essa potencia é dada pelo produto dos valores eficazes da tensão e da corrente aplicada
na carga, ou seja:
S= V x I
Tendo em vista que este produto não é responsável pelo trabalho realizado, a exceção de
cargas puramente resistivas onde a potencia reativa é nula, razão pela qual é
denominada de Potência Aparente.
Unidade de S
No sistema SI: U (S) = VA, bem como seus múltiplos (kVA, MVA, respectivamente 103 e
106 VA).
Para uma melhor visualização dessas três potencias, tomemos como exemplo um motor
elétrico conforme figura a seguir:
Potência Reativa - Q
I (Campo eletromagnético)
Potência Ativa - P
Potência Aparente - S (saída de energia sob a forma de
movimento – Energia mecânica)
1.5
1.5 Potê
Potência complexa ( ou )
A potência complexa é apenas uma forma simbólica de nos permitir agrupar, em uma só
expressão, as potências ativa e reativa.
7
ELETRICIDADE APLICADA II
= x *
Onde:
- Potência complexa;
=I αെ φ
=V α =Z φ
= (V α ) x (I αെ φ )*
= V α x I φെα
=VI α
=S α
= V I cos ∝ + j V I sen ∝
=P+jQ
Convém observar que o ângulo de fase da potência complexa será sempre igual ao ângulo
da fase da impedância envolvida no circuito o que representa a defasagem entre a tensão
e a corrente.
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ELETRICIDADE APLICADA II
Unidade de
Por ser um número complexo, não apresenta unidade de medida. Porém seu módulo e
suas partes constituintes, por serem grandezas físicas, serão acompanhados pelas
unidades de medidas correspondentes: VA, bem como seus múltiplos (kVA, MVA,
respectivamente 103 e 106 VA).
1.6
1.6 Triângulo de
de potências
P
Q
S Q
Q>0 Q<0
S
P
P = S . cos φ
Q = S . sen φ
S=
Q/P = tg φ
9
ELETRICIDADE APLICADA II
1.7
1.7 Fator de potê
otência (FP)
Define-se o Fator de Potência como sendo a relação entre a potência ativa e a potência
aparente. Ele indica a eficiência do uso da energia. Um alto fator de potência indica uma
eficiência alta e inversamente, um fator de potência baixo indica baixa eficiência.
Sendo o fator de potência, um conceito parecido com rendimento, procura-se trabalhar
com um FP próximo de um, o que significa que toda potência colocada em jogo no
circuito é potência ativa.
FP = P/S = cos
Lembre-se que quando a carga for indutiva, φ e Q serão positivos e quando a carga for
capacitiva, implica que φ e Q serão negativos. Pelo exposto, verifica-se que não é
possível especificar o fator de potência unicamente pelo cosseno do ângulo, isto porque,
da trigonometria tem-se: cos (φ) = cos (-φ).
Em outras palavras, fator de potência atrasado significa que a corrente está atrasada em
relação à tensão, são, portanto, os circuitos indutivos, e, fator de potência adiantado
significa que a corrente está adiantada em relação à tensão, indicando, portanto, os
circuitos capacitivos.
1.8
1.8 Potê
Potência de um conjunto
conjunto de cargas em paralelo
1 2 N
1 2 N
10
ELETRICIDADE APLICADA II
t= x( i* )
t= ( 1* + 2* + .....+ N* )
t= 1* + 2* + .......... + N*
t= 1 + 2 +..........+
+ N
Como = P + j Q temos:
t = St
t
Pt = P1 + P2 + ......... + PN = i
Qt = Q1 + Q2 + ......... + QN = i
St = =
St = Vg x It
St ് S1 + S2 +........+ SN
t്1+2+........+ N
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ELETRICIDADE APLICADA II
1.9 Exercícios
I I1 I2 I3
L1 L1 R2
40 V
35 Hz
Hz
R1 C1 C2
Capacitâncias µF
C1 200
C2 350
Indutâncias mH
L1 31
L2 25
Resistências Ω
R1 12
R2 60
Determine:
12
ELETRICIDADE APLICADA II
1= 2=4 + J2
a
Z1
I
A B C
Vg
Z2
b
1 20 0,9 atrasado 85
2 10 0,87 atrasado 85
3 15 0,78 avançado 90
13
ELETRICIDADE APLICADA II
Carga 2: dez lâmpadas fluorescentes, cada uma consumindo 50 W (já incluído o reator),
FP= 0,5 (atrasado).
I
220 V 1 2
Determine:
Determine:
14
ELETRICIDADE APLICADA II
Determine:
7. Uma instalação elétrica monofásica com tensão de 440 V possui as seguintes cargas
ligadas em paralelo:
Determinar:
8. Uma propriedade rural possui as seguintes cargas monofásicas, alimentadas por 220V
e funcionando simultaneamente:
15
ELETRICIDADE APLICADA II
b) o FP da instalação.
2 12 8,0 indutivo
10. Numa indústria, alimentada por rede monofásica de 220 V, operam as cargas dadas
no quadro que se segue:
1 5,0 1,00
Os processos de fabricação usados exigem que o funcionamento dessas cargas num dia
típico de operação se dê nos horários apresentados no quadro abaixo:
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ELETRICIDADE APLICADA II
HORA
CARGA
8:00 9:00 10:00 11:00 12:00 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00 20:00
Determinar:
d) quantos kVAr capacitivos são necessários para que o FP da instalação não seja nunca
inferior a 0,92 em atraso.
11.
11 Um transformador de 10kVA está operando a 85% da plena carga para alimentar,
com 127V, uma carga monofásica cujo FP = 0,6 em atraso. Será possível acrescentar
uma segunda carga de 3kW e FP = 0,8 em atraso?
12. Determinar a corrente fornecida por um transformador de 5kVA que alimenta uma
carga com 220V, utilizando 80% de sua potência nominal e operando com um FP = 0,6
em atraso.
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ELETRICIDADE APLICADA II
2.1
2.1 Introdução
Introdução
A maioria das cargas dos modernos sistemas de distribuição de energia elétrica são
indutivas. Exemplos incluem motores, transformadores, reatores de iluminação e fornos
de indução, dentre inúmeros outros. A principal característica destas cargas é que
necessitam de dois tipos de energia para funcionar: a ativa que será transformada em
trabalho e a reativa que será utilizada somente na formação e manutenção dos seus
campos eletromagnéticos.
18
ELETRICIDADE APLICADA II
distribuição de uma empresa, como também uma forma de reduzir as despesas com o
fornecimento de energia caso ele esteja abaixo do mínimo regulamentado.
2.2
2.2 Desvantagens de um baixo fator de potê
potência
M M M
S
M - Motor
P
• Baixo FP;
• Potencia Reativa alta;
• Potencia Aparente alta;
Como S = V x I e sendo V de valor constante por ser a tensão da rede, a medida que a
potência aparente aumenta , a corrente se torna mais alta.
• Acréscimo na conta de energia elétrica por se estar operando com baixo fator de
potência;
• Limitação da capacidade dos transformadores de alimentação;
• Quedas e flutuações de tensão nos circuitos de distribuição;
• Sobrecarga nos equipamentos de manobra, limitando sua vida útil;
• Aumento das perdas elétricas na linha de distribuição pelo efeito Joule;
• Necessidade de aumento da seção nominal dos condutores;
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ELETRICIDADE APLICADA II
Portanto para melhoria dessa situação, somos levados a efetuar a correção do fator de
potência.
2.3
2.3 Elaboração da correção do fator de potência
Uma forma econômica e racional de se obter energia reativa necessária para a operação
dos equipamentos consiste na instalação de bancos de capacitores próximos a esses
equipamentos. A instalação de capacitores, porém, deve ser precedida de medidas
operacionais que levem à diminuição da necessidade de energia reativa, como o
desligamento de motores e outras cargas indutivas ociosas ou superdimensionadas.
20
ELETRICIDADE APLICADA II
A correção pode ser feita instalando os capacitores de cinco maneiras diferentes, tendo
como objetivo a conservação de energia e a relação custo/beneficio:
a) Correção na entrada da energia de alta tensão: corrige o fator de potência visto pela
concessionária, permanecendo internamente todos os inconvenientes citados pelo baixo
fator de potência.
21
ELETRICIDADE APLICADA II
Q cap
S
M M M C
Q’
S’
’
P
22
ELETRICIDADE APLICADA II
Corrente diminuiu.
• Diminuição na conta de energia elétrica por estar operando com fator de potência de
acordo com as normas da concessionária;
• Liberação da capacidade dos transformadores de alimentação;
• Diminuição de flutuações de tensão nos circuitos der distribuição;
• Eliminação de sobrecarga nos equipamentos de manobra limitando sua vida útil;
• Diminuição das perdas elétricas na linha de distribuição pelo efeito Joule;
• Uso de condutores de menor diâmetro;
• Diminuição da capacidade dos equipamentos de manobra e proteção.
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ELETRICIDADE APLICADA II
Q1 cap
S
Q’
Q2 cap
P
’
S’
Qcap = Q – Q’
Qcap = P. tg – P. tg ’
Portanto:
Qcap = Scap
24
ELETRICIDADE APLICADA II
Ic = V/1/ω C = ω C V
Portanto
25
ELETRICIDADE APLICADA II
2.6 Exercícios
c) o capacitor a ser ligado em paralelo com o conjunto para que o fator de potencia do
mesmo seja 0,95 (atrasado);
g = 220 0° E
M M
Determinar:
26
ELETRICIDADE APLICADA II
d) a capacitância do capacitor.
g = 220 0° E
M M M
3. Em um circuito tem-se uma potencia instalada de 15 kVA, com fator de potencia 0,6
atrasado, em 200V. A este circuito será acrescentado um motor de 2,5HP com
rendimento de 62,17% e fator de potencia 0,7 atrasado. Para que não seja necessário
trocar os condutores de alimentação do circuito devido ao aumento da corrente, pode
corrigir o FP do conjunto de modo que o valor eficaz da corrente nos condutores do
alimentador não se altere. Nestas condições pede-se:
d) potencia aparente e fator de potencia visto pelo gerador após instalação do motor e
do capacitor.
4. Uma instalação alimentada com uma tensão de 220V é constituída pelas seguintes
cargas: um motor de indução de 10 HP com fator de potencia de 0,71 atrasado e
rendimento de 0,746 e um formo de indução de 10kVA e 5kW. Determinar:
b) determinar o capacitor a ser instalado para corrigir o fator de potencia para 0,92;
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ELETRICIDADE APLICADA II
220 V F
M
c) o capacitor a ser instalado em paralelo com as cargas para corrigir o fator de potencia
do circuito para 0,92;
1CV = 735W
It 5A
440 V 2
M
28
ELETRICIDADE APLICADA II
b) a potencia ativa consumida pelo motor C e o seu fator de potencia quando a chave K
esta fechada, sabendo que nessa situação o transformador passa a funcionar em regime
de plena carga, sendo agora o fator de potência do conjunto igual a 0,75;
220 V 6 0 Hz
A B C
7. Um transformador tem capacidade para fornecer 50 kVA sob tensão eficaz de 440V.
Quando o transformador estiver fornecendo 30 kW com fator de potencia 0,8 para uma
carga indutiva, qual a porcentagem de sua potencia de plena carga que ele estará
fornecendo?
Que carga resistiva deverá ser adicionada à carga existente do sistema para ele entrar
em plena carga e qual o fator de potencia do sistema nesta nova situação?
8. Um motor de indução que consome uma potencia de 2kW, com fator de potencia 0,6
atrasado, está associado em paralelo com um motor síncrono de 0,5 kVA com fator de
potencia 0,8 adiantado. O conjunto é alimentado com tensão de 220V/60Hz. Determinar:
b) o valor do capacitor a ser ligado em paralelo com o conjunto para corrigir o fator de
potencia para 0,92;
g = 220 0° M M
29
ELETRICIDADE APLICADA II
9. Uma carga, alimentada com tensão de 220V/60Hz, é constituída por uma associação
em paralelo de um motor de indução de 15 kVA com fator de potencia 0,7 atrasado, um
motor síncrono de 2kW com fator de potencia de 0,8 adiantado e um forno resistivo de
1kVA. Determinar:
c) o capacitor a ser ligado em paralelo com o conjunto para que seu fator de potencia
seja 0,92.
220 0° E
g = M M
10. Deseja-se corrigir o fator de potência de uma planta industrial de 2.400 kVA em um
fator de potencia de 0,67 para 0,92 atrasado. Determine:
11. Uma fábrica possui três máquinas indutivas ligadas em paralelo e alimentadas por
uma fonte de tensão alternada de valor eficaz 100 V e frequência 60 Hz. Sabe-se que a
máquina 1 absorve 600 W e 10 A, a máquina 2 absorve 1600 W e 20 A e a máquina 3
absorve potência reativa de 1732 VAr e 20 A. Pede-se determinar:
a) o valor dos capacitores que ligados em paralelo com cada máquina torna o fator de
potência de cada uma delas unitário;
b) o valor do capacitor que ligado em paralelo com a fonte torna unitário o fator de
potência da instalação;
30
ELETRICIDADE APLICADA II
Determine:
13. Uma linha de 100V/60Hz (tensão eficaz) alimenta duas cargas em paralelo: um
motor de 1,2 kW e 1,5 kVA e lâmpadas fluorescentes com 2000W, FP = 0,6 atrasado
Determine:
31
ELETRICIDADE APLICADA II
3. TRANSFORMADOR MONOFÁSICO
3.1 Introdução
Enrolamento Enrolamento
Núcleo
32
ELETRICIDADE APLICADA II
recebem o nome de: primário (entrada de energia) por ele circula a corrente de
magnetização ou excitação) e secundário. Entretanto qual dos dois deva ser excitado é
uma questão puramente de conveniência e qualquer dos dois pode ser primário ou
secundário.
Núcleo
Laminado
Enrolamento Enrolamento
Primário Secundário
im(t)
i m(t)
v 1 (t) N1 N2 v 2 (t)
Ao aplicarmos uma tensão v1 (t) na bobina primária do transformador irá aparecer uma
corrente im(t) que recebe o nome de corrente de magnetização. Essa corrente dará
33
ELETRICIDADE APLICADA II
origem a um campo magnético que promoverá a circulação de fluxo im (t) que induzirá
em qualquer enrolamento por ele atravessado uma tensão v (t) dada por:
Para que o sistema entre em equilíbrio dinâmico a corrente im(t) que se estabelece deve
ser tal que o fluxo por ela criado cause o aparecimento de uma força eletromotriz no
enrolamento primário igual a v1 (t), ou seja:
N1 = V1 sen (ωt + ∝)
Ou seja:
N1 = v1 (t) (1)
v2 (t) = N2 (2)
34
ELETRICIDADE APLICADA II
v 1 (t) N1
=
v2 (t) N2
Portanto
(t)
v 1 (t) N1
=
v2 (t) N2
Sendo válida a relação entre os valores instantâneos, também será valida entre seus
fasores representativos.
N1
=
N2
3.4.2
3.4.2 Funcionamento do transformador com carga
v 1 (t) N1 N2 v 2 (t)
35
ELETRICIDADE APLICADA II
aparecer uma corrente i2(t). Pela Lei de Lenz1, podemos afirmar que a corrente i2(t) irá
Essa corrente adicional irá aumentar até que seja reconstituído o fluxo original, ou seja:
N1
=
N2
1= 2
sendo:
= x *
temos :
x * = x * (1)
1
Lei de Lenz diz que a tensão induzida em um enrolamento é dada por: e(t) = - N
36
ELETRICIDADE APLICADA II
como:
N1 (2)
= .
N2
N1 . * = N2 . *
Sendo válida a relação entre os valores fasoriais, também será valida entre seus valores
eficazes.
N1 . I1 = N2 . I2
c) A potência absorvida por uma carga não se altera quando sua alimentação for feita
por meio de um transformador, portanto, todos os estudos feitos nos capítulos
anteriores (1 e 2) são os mesmos para instalações alimentadas por transformadores.
37
ELETRICIDADE APLICADA II
3.4
3.4 Exercícios de transformador
2: 4 20 : 10
2. Considerando a tensão primária dos transformadores abaixo igual v1 (t) = 282,84 sen
377t determinar as relações de transformação indicadas abaixo.
N1 : N2 N1 : N2
400 V 100 V
50 : 100 12 : 4
R1 R2
38
ELETRICIDADE APLICADA II
b) Suponha que N1 = 500, N2 = 10 e que a tensão eficaz aplicada seja de 120 V. Qual é a
tensão no secundário (sem carga)?
a) O capacitor (C) e a Potência aparente do capacitor (Sc), para corrigir o fator potência
(FP) para 0,92 na freqüência f = 60 Hz;
b) Onde deverá ser instalado esse capacitor para que a capacitância seja máxima;
Dados:
1:5 2:1
1 2
500
V
39
ELETRICIDADE APLICADA II
g 2 3 5 6
2:3 3:4
g = 100 0° 1 2
1 4 3
Z1 = 10 3 0° Z2 = 45 -6 0° Z3 = 80 60°
d) O S após a correção
Dados
1:20 10:1
g = 200 0° 1 2 1 3 4 2
40
ELETRICIDADE APLICADA II
4. CIRCUITOS
CIRCUITOS TRIFÁSICOS
TRIFÁSICOS
4.1
4.1 Introdução
4.2
4.2 Vantagens do Sistema Trifásico
4.3
4.3 Gerador Trifásico
41
ELETRICIDADE APLICADA II
+ + +
v 1 (t) v 2 (t) v 3 (t)
− − −
onde:
v 1 (t) = V sen ( ωt + ∝ )
1= V ∝ 2= V ∝ − 120° 3= V ∝ − 240°
120°
120°
1
120°
Convêm observar que se as tensões forem definidas desta forma, em função do tempo
passarão pelo ponto de máximo positivo (inicio da função senoidal) na sequência V1, V2 e
sequ
V3, esta sequência é denominada sequência positiva ou direta.
42
ELETRICIDADE APLICADA II
v (t)
v 1 (t) v 2(t) v 3 (t) v 1(t)
V
360°
120°
ωt
60° 180° 240° 300°
sequ
A sequência negativa ou inversa seria V1, V3 e V2.
120° 1
120°
v (t)
v 1 (t) v 3 (t) v 2 (t) v 1(t)
V
360°
120°
ωt
60° 180° 240° 300°
43
ELETRICIDADE APLICADA II
v 1( t )
t)
v 2( t )
s
v3( t )
As defasagens de 1200 entre si são obtidas no espaço entre as bobinas que as produzem
120° 120°
120°
1 2 3
44
ELETRICIDADE APLICADA II
F1
V ∝ 1
N
3 2
V ∝ − 240° V ∝ − 120°
F2
F3
F – terminal fase
N – terminal Neutro
F1 F2 F3 N F1 F2 F3 N
+ + +
1 2 3
1 2 3
− − −
45
ELETRICIDADE APLICADA II
4.5
4.5.2 Ligação Triângulo ou Delta –
F1
V ∝ − 240° V ∝ 3 1
2
V ∝ − 120° F2
F3
F – terminal fase
F1 F2 F3 F1 F2 F3
+ + +
1 1 2 3
2 3
− − −
4.6
4.6 Valores de Fase e de Linha
Valor de tensão medido entre os terminais de cada gerador e/ou carga monofásica.
4.6
4.6.2 Corrente de Fase
Valor de corrente medido entre os terminais de cada gerador e/ou carga monofásica.
46
ELETRICIDADE APLICADA II
Montagem Estrela
fg3 fc3
fg2 fc2
fc3 fc2
fg3 fg2
Montagem Triângulo
fg2 fc2
fc2
fg2
4.6
4.6.3 Tensão de Linha
47
ELETRICIDADE APLICADA II
4.6
4.6.4 Corrente de Linha
Montagem Estrela
L1
L3
L2
Lg2 Lc2
Lc2
Montagem Triângulo
L1
Lg3
Lg1
Lg1 Lc1
Lc3
L3
Lg2
Lg2 L2 Lc2
48
ELETRICIDADE APLICADA II
4.7
4.7 Relações entre valores de fase e linha
4.7
4.7.1 Na ligação estrela
L1
V
fg1 fg1 fc1 fc1
Lg1
Lg1
Lg3
N
fg3 fc3
fg2 fc2
fc3 fc2
fg3 fg2
L3
Lg2
Lg2 L2
Relação
Relação de Corrente
Convém observar que na ligação estrela a corrente que sai do gerador é a mesma que
circula na linha e na carga, não existindo nenhum nó para derivação das mesmas,
portanto podemos concluir que na estrela:
L= f
Corrente de Neutro
N = f1 + f2 + f3
Relação de Tensão
ensão
49
ELETRICIDADE APLICADA II
Se adotarmos
fg1 = V 0°
fg2 = V −120°
Portanto:
Lg1 =V 0° − V −120
Lg1 = V – (– V/2 – j /2 V)
Lg1 = V + V/2 + j /2 V
Lg1 = 3/2 V + j /2 V
Lg1 = 30°
L = f 30°
30°
50
ELETRICIDADE APLICADA II
4.7
4.7.2 Na ligação Triângulo
L1
fg2 fc2
fc2
fg2 L3
Lg2
Lg2 L2
Relação de Tensão
Como se pode observar a ligação triângulo possui apenas 3 terminais e não apresenta a
linha de neutro, portanto a tensão de fase e a de linha são medidas nos mesmos pontos,
onde se conclui que no sistema triângulo:
L= f
Relação de Corrente
Podemos observar pela figura que tanto os terminais de cada gerador monofásico como
os de entrada da carga monofásica apresentam nós de corrente, portanto as correntes de
fase e de linha não são as mesmas guardando a seguinte relação:
51
ELETRICIDADE APLICADA II
Se adotarmos
fg1 =I 0°
fg3 = I – 240°
Portanto:
Lg1 =I 0° − I – 240°
Lg1 = I – (− I/2 + j /2 I)
Lg1 = I + I/2 – j /2 I
Lg1 = 3/2 I – j /2 I
Lg1 = I –30°
L = f –30°°
52
ELETRICIDADE APLICADA II
4.8
4.8 Exercícios de circuito trifásico
L1
fg3 fc3
fg2 fc2
fc3 fc2
fg3 fg2
L3
L2 L2
L1
fg2 fc2
L3 fc2
fg2
L2 L2
53
ELETRICIDADE APLICADA II
L1
fg1 fg1
L1
L3
fc3 fc1
fc1
fg3 fc3
fg2
fc2
fg3 fg2
L3
fc2
L2 L2
fc1 fc1
L3 fg3 fg1 L1
fg3 fg1
fc3 fc2
fg2 L3
L2 L2
54
ELETRICIDADE APLICADA II
L1 L4
fc3 fc1
fc1
fc3
fc6 fc5
L3 fc2 L6
L2 L5
L1 L4
fc1 fc1
fg1
fc6 fc4
fg1 fc4
fc6
fc3 fc2
L1 L6 fc5
L2 L5
55
ELETRICIDADE APLICADA II
fc6 fc4
fc4
fc3 fc6
fc2
L3 L6 fc5
L2 L5
L1 L4
fc4 fc4
fg1
fc3 fc1
fg1 fc1
fc3
fc6 fc5
fc2
fc6 fc5
L3 fc2 L6
L2 L5
56
ELETRICIDADE APLICADA II
5.POT
5.POTÊ
POTÊNCIA EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS
Pt = P1 + P2 + P3
P1 = P2 = P3
temos que
Pt = 3 Pf
Pf = Vf x If x cos φ
Convém lembrar que Vf é a tensão por fase, If a corrente de fase e φ é o ângulo entre a
tensão e a corrente (ângulo da impedância). Assim, para o sistema trifásico:
P3∅ = 3 x Vf x If x cos φ
Q3∅ = 3 x Vf x If x sen φ
S3∅ = 3 x Vf x If
57
ELETRICIDADE APLICADA II
P3∅ = 3 x Vf x If x cos φ
Q3∅ = 3 x Vf x If x sen φ
3∅
Q3∅ S3∅ = 3 x Vf x If
3∅ = P3∅ + j Q3∅
S3∅
Q3∅ φ
3∅ = S3∅
3∅ =3x f x f*
P3∅= VL x IL x cos φ
Q3∅ = VL x IL x sen φ
S3∅ = VL x IL
3∅ = x f x f*
58
ELETRICIDADE APLICADA II
10 lâmpadas
10 lâmpadas
10 lâmpadas
2. O Edifício Happy Tower de três andares conta com seis apartamentos, dois por andar.
Cada apartamento tem uma potência instalada de 4,8k VA com fator de potência de 0,8
(capacitivo). A rede trifásica que alimenta o prédio tem por característica 220/127V e
freqüência de 60 Hz. Considerando o esquema abaixo Determine:
a) a corrente de linha;
b) a corrente de fase;
F1
1
F2
F3
59
ELETRICIDADE APLICADA II
a) as correntes de linha;
b) as correntes de fase;
F1
1
F2
F3
c) o FP do conjunto.
M M M M
60
ELETRICIDADE APLICADA II
e) o FP da instalação.
M M M M
IL
120 V
e) o FP da instalação.
61
ELETRICIDADE APLICADA II
Motor de 70 kW 4 Motores de 5 HP
FP=0,7 atrasado FP=0,8 atrasado, η = 0,85
M M
208 V
e) o FP da instalação.
M M M M M
IL
120 V
62
ELETRICIDADE APLICADA II
e) o FP da instalação.
M M M
IL
63
ELETRICIDADE APLICADA II
Referências Bibliográficas
Pagliaricci, Mario
Eletrotécnica Geral
Nery, Norberto
Eletricidade Básica
Edminister, Joseph
Circuitos Elétricos
Ferrara, Arthemio
Circuitos Elétricos I
Gussow, Milton
Eletricidade Básica
Bartkowiak, Robert
Circuitos Elétricos
Eletrobrás
Manual de Tarifação
64