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Martinez de Pasqually ensinou que a posteridade do Adão caído foi composta de duas
classes de seres: a dos descendentes de Caim e a dos descendentes de Seth.
Os primeiros são aqueles banidos, que vieram à existência quando o primeiro homem
abusou, numa paixão física frenética. Devido a este excesso, a Divindade se recusou a
cooperar com sua operação e abençoou o fruto de sua união. O resultado foi Caim,
cuja posteridade não teve nenhuma orientação Divina; de fato, eles foram fortemente
influenciados pelos obscuros poderes dos espíritos caídos. A segunda classe, aqueles da
posteridade de Seth, foram engendrados através de uma breve união marital e tiveram
as bênçãos da Divindade. Esta posteridade aprendeu de Seth a praticar o culto
espiritual que agradou à Deus. Mas os favoritos do Senhor eram fracos e apesar da
interdição Divina, se uniram aos filhos de Caim e logo eles e seus filhos estando
corrompidos esqueceram como operar o culto Divino. Neste estado de exílio o
“Homem de Desejo” ainda, apesar de tudo, tem conservado lembranças de seu Estado
Primitivo.
Deus, da imensidade de seu amor, vendo a situação de seus favoritos, tem enviado para
perto deles, através dos tempos, “redentores” ou menores “eleitos” que receberam “o
nascimento e a vida temporal apenas pela vontade e inspiração Divina... muito embora
a forma destes seres tenham sido emanadas da posteridade de Adão”. Estes “menores
Eleitos” vivem na periferia, de nossa sociedade e não são atingidos por ela. “O Senhor
os retira do meio dos profanos e dos impuros da terra e os protegem de toda
comunicação intelectual com menores comuns”, (ex. Deus faz com que vivam aparte
do povo comum). Eles entram em contato com a humanidade para nos ensinar e nos
lembrar do culto Divino esquecido e permanecem entre nós o quanto for necessário.
São chamados de volta à Deus por uma passagem desconhecida. Já que a presença
destes menores eleitos e suas obras logo se dissipam, assim que eles se vão, até quando
é chegada a hora de enviar o próximo.
O papel do Menor Eleito é de vital importância para a reconciliação do “Homem de
Desejo”. O auxílio que este “redentor” traz é duplo: ele transmite (ao homem de Desejo)
as instruções recebidas diretamente do Criador, sobre o culto que deve ser prestado à
Divindade através de “operações espirituais”; transmitem também, aos “Homens de
Desejo” que estão próximos, os dons que receberam, marcando-os com um “caráter”
ou “selo” místico, sem o qual nenhum menor (“menor” é um termo usado por
Pasquallys para designar um ser humano) pode ser reconciliado. Acontece que poucos
receberam esta ordenação misteriosa e assim ele permanece, não importa quais sejam
seus méritos pessoais, um menor em privação (não tem comunicação com Deus, por
exemplo).
Esta é a fonte e a essência da Iniciação Ocidental. Isto não quer dizer que com apenas a
iniciação - ou seja, sem a obra e o esforço pessoal - o homem poderá se reconciliar.
Antes disso, a iniciação é como uma semente que foi plantada, e que necessitará de
água (nutrientes), calor e luz para crescer e se tornar uma árvore. O homem precisa
nutrir a semente iniciática que foi plantada no seu interior. Esta nutrição é feita pela
sua meditação matinal, pelas suas orações, pelos seus atos de caridade e benevolência.
E sobretudo pelo seu esforço em transformar seu interior e dedicá-lo a grande Obra e
a Regeneração Individual.
Esta é, inegavelmente, a era do sexo, cuja energia está atrelada aos costumes,
convenções, códigos étnicos; vários estágios de envolvimento como modéstia,
ignorância fisiológica, inibição social e eclesiástica estão sendo rapidamente
superadas. Podemos certamente esperar que por muitos anos, estas forças irrestritas e
perigosas se tornarão rapidamente desenfreadas na comunidade e na vida social
dando ampla evidência do poder das forças destrutivas e dos elementos na natureza.
Contudo, no devido tempo, estas forças irão dar lugar a um status equilibrado e são.
A alma, como se sabe, é uma essência extraída como sustento, do corpo Ternário pelo
Espírito Ternário. Esta extração não pode ser feita até que as faculdades mentais
estejam maturadas. Portanto, a alma - nascida do ESPÍRITO - ou seja gerada,
transmitida ou trazida à existência pelo Espírito Ternário, não nasceu no mundo
coincidente com o nascimento do Corpo Físico e portanto, podemos afirmar que “é
NECESSÁRIO nascer de novo” - “a menos que o homem nasça da Água e do Espírito ele
não pode ver o Reino de Deus”.
Aquilo que é carne (o Corpo Físico), é carne (Corpo Físico); nenhum organismo físico
pode adentrar os Mundos Espirituais ou o Reino de Deus. Aquilo que nasce do Espírito
é Espírito, (a Alma Ternária, nascida do Espírito Ternário e do Corpo Ternário). Esta
Alma PODE entrar no Reino do Céu, Se - despertar ativamente para as funções que lhe
são próprias. Ela não pode ser destruída, mas pode precisar mais de uma encarnação
para alcançar o nível necessário para o despertar.
Na Cabala, cada letra do nome Divino (YHVH) é atribuída uma relação como os
estratos ou mundos para a manifestação do Inefável ou sejam:
Por outro lado, na concepção Martinista da Criação relata que os quatro aspectos da
Criação na quádrupla essência divina estão associados com quatro círculos e números,
cujo modelo é descrito no “Tratado da Reintegração dos Seres” contidos no mundo da
“Imensidade Divina”. Esta “Imensidade Divina” se compõe de quatro círculos
identificados pelos números 1 ,2, 3, e 4, ou sejam;
a) O primeiro círculo, por ser um número denário, ou 10, representando a unidade
absoluta da Divindade, então o Criador corresponde ao número 1. Dessa unidade
divina, saiu todo pensamento de emanação espiritual e de criação da potência
espiritual temporal, bem como o princípio da ação de toda forma de corpo de matéria
aparente. O círculo de espíritos superiores denário são os agentes do poder universal
do Criador denário. Os Espiritos Denários, figurados pelo número 10, são também
chamados de Espíritos Superiores.
d) O quarto círculo, contendo o número 4 e que está defronte ao círculo denário, é o
círculo dos Espíritos Menores. É a terceira emanação espiritual emancipada do círculo
da Divindade, a Essência. "O Ser Supremo, apesar de estar ligado a todos os números,
se manifesta particularmente pelo número do quadrado, que é ao mesmo tempo, o
número do homem" (ver “Dos Erros e da Verdade”);
Na forma tríplice de manifestação a trindade está associada que Deus é o Pai, o Verbo é
o Filho e o Espírito é o Espírito Santo. Esta manifestação em Pai, Filho e o Espírito Santo
são três funções em três faculdades inatas do Divino que se constituem em Vontade,
Pensamento e Ação. Dessa forma, Deus revela a Si mesmo em Sua Palavra como um
Deus Uno e Trino em que se revela como único e verdadeiro. For we must always
remember that as we study this fact, we are not dealing with a doctrine about God,
with an abstract concept, or with a scientific proposition about the nature of Divinity.
Mas não é no celeste que o tempo é instaurado? No supra celeste temos o 10, o
transformador de energia, o 8 o número do reparador , que se espalha pela criação e
que pra mim são os pontos de Hubbie do criador no Universo, guardando as leis
Universais, espirituais, e o 7 guardando as leis materiais, sendo que o 3 são partículas
que estrturam a criação, partículas sub atômicas, no meu entender
Isto caracteriza que antes da criação, a Divindade emanou seres espirituais para a sua
própria glória.
Mas, há uma distinção a ser feita entre esses dois mundos: os agentes espirituais
divinos operam na imensidade infinita do Criador, enquanto os agentes supracelestes
operam apenas numa imensidade limitada. Assim, a Imensidade Supraceleste é passiva,
porque está sujeita ao tempo. A Imensidade Divina, ao contrário, não é e nunca será
sujeita ao tempo; ela não pode ter limites, como o pensamento e a potência do Criador
também não podem ter limites. A Imensidade Divina consiste na multidão dos
espíritos que o Criador emana de si. É pela continuidade dessa emanação espiritual
que a Imensidade Divina é infinita. Cada espírito, no momento em que é emanado do
Criador, encontra um lugar e um espaço adequados ao seu ser, para colocar em ação e
em operação a potência que ele recebeu do Eterno. (Tratado de Reintegração dos
Seres). Portanto, as manifestações das essências Quádrupla e tríplice na Criação se
manifestam por meio da emanação de seres puramente espirituais. Eles tornavam-se
diferentes uns dos outros por meio das propriedades, faculdades e virtudes que lhes
eram necessárias para atender e preencher as funções que o Criador lhes havia
atribuído.
A tríplice manifestação Divina tem por a base a vontade do Criador. Esta vontade
inicialmente tinha dois níveis de luz: o que leva a revelação de sua existência e
essência para “Si Próprio” e a que leva para “Si Próprio”. Nesta fase da manifestação, a
tradição afirma que Deus desejava contemplar Deus. A Divindade na sua total essência
motivou-se a criar outros a fim de compartilhar a sua Divindade, causado pelos seus
ininterruptos esforços para existir.
A tripla e a quádrupla essência divina são números de que o próprio Eterno se serviu
para operar a criação universal, geral e particular, e a emanação dos espíritos, tanto
aqueles que se tornaram maus quanto aqueles que conservaram a pureza de sua
natureza espiritual divina.
Plano Astral
b) No processo da Criação, envolve o mundo das Orbes, formado por 7 planetas;
c) No mundo de Adão, temos a sua manifestação em três planos: o Adão Kadmon,
que é o modelo divino do homem andrógino no paraíso, nos planos superiores, antes
da queda e que precedeu a Queda e que está no Plano Divino, o Adão Belial, que é o
homem depois da queda, nos planos inferiores, e, finalmente o Adão Protoplasta, que é
o Adão Universal antes da queda;
Dentro deste tema temos o número 1 como o ‘Criador” com leis, preceitos e
mandamentos, tendo como aspecto astrológico a “Conjunção”; O número 2 como a
‘Essência e Forma de manifestação” e Oposição como o aspecto na sua ordem
astrológica dos aspectos; o número 3, a “Forma de Manifestação”, ou seja a forma sob a
qual Deus se faz presente e se comunica, bem como o aspecto “Trígono” no
modalidade cosmológica; e o número 4, com a sua “Essência” e os elementos
constitutivos da criação. Considerando a “Teoria Quaternária pela adição Numérica”
de Pitágoras, temos:
Nesse sentido de unicidade do Criador sem considerar a trindade como Pai, Filho e
Espírito Santo, a Cabala considera no processo criativo Divino, como sendo o Único, o
Um. Denomina o “Único” como sendo “Yachid” em hebraico. Yachid corresponde a
essência da luz infinita Divina como que estivesse escondida dentro da própria
essência, antes de se tornar revelado para si mesmo. Neste nível de essência, entende-
se que corresponda a “Onipotência” de Deus pelo simples fato de que Deus é capaz de
fazer e de não fazer tudo. O “Único” implica que tudo se expande e se multiplica como
a própria essência Divina. Neste nível inclui todas as dez esferas (Sefirot), porém, estão
totalmente ocultas e não podem ser distinguidas. É uma analogia do poder de bondade
e do movimento que estão inclusos na singularidade da alma e assim estão na
singularidade da Luz Infinita.
Yachid, o Único, significa que tudo é extraído do Divino e aparece com uma
abundância múltipla dentro dele, Nesta fonte tudo é unido. Nem mesmo contém partes
no seu Todo. Também implica dizer que o Divino é tão absolutamente único que não
existe qualidade alguma que possa ser atribuída a Ele. É absolutamente simples e uma
absoluta e completa unidade. Denota ausência de qualquer tipo de pluralidade.
Em resumo, tem-se:
S.I