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Introdução

É pertinente enfatizar que a Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no século XVIII foi
o grande precursor do capitalismo, ou seja, a passagem do capitalismo comercial para o
capitalismo industrial. Realçar que a revolução industrial mudou a vida das pessoas daquela
época e como até hoje seus reflexos continuam transformando o nosso dia-a-dia com a
revolução tecnológica.

Neste contexto, que o presente trabalho de Geografia, com fins avaliativos inseridos no
âmbito de desenvolvimento de competências e do saber, irá falar de forma aprofundada sobre
a revolução industrial, que é o tema deste trabalho.

Dentro do mesmo tema, além de definir e situar no tempo e espaço a revolução industrial,
falar-se-á das causas da revolução industrial, suas fases que são três, e as consequências da
mesma. Para a realização deste trabalho, foram visitados manuais do aluno de disciplina de
geografia, e outras obras relativas. Usou-se os métodos de interpretação e análise dos textos.

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Revolução industrial

A Revolução Industrial foi um processo de grandes transformações económico-sociais que


começou na segunda metade do século XVIII na Inglaterra. O modo de produção industrial se
espalhou por grande parte do hemisfério norte durante todo o século XIX e início do século
XX, ou melhor, este processo expandiu-se por toda a Europa, especialmente pela Franca e
Bélgica, na primeira metade do século XIX, Alemanha e Rússia durante a segunda do século
XIX e princípios do século XX.

No século XX, Apóis a Segunda Guerra Mundial, expandiu-se por todos os hemisférios
quando, em rítimo acelerado, países como a China, a Índia, o Brasil, a Austrália, a África do
Sul e outros, começaram a se industrializar.

Pode se dizer claramente que denomina-se Revolução industrial um conjunto de


transformações iniciadas na Inglaterra, no final do século XVIII. Essas transformações foram:
Económicas; Sociais e Tecnológicas. Podemos ainda afirmar que foi a consolidação do
capitalismo e da burguesia.

É importante referenciar que a revolução industrial deu-se na Inglaterra pois era um


país que possuía muitas reservas de carvão mineral, ou seja, tinham a principal fonte de
energia para que as máquinas e as locomotivas à vapor funcionassem. Tinham também a
matéria-prima utilizada naquele período, o minério de ferro.

Além disso, a burguesia inglesa tinha capital suficiente para abrir fábricas, financiá-las,
comprar o maquinário, matéria-prima, e contratar empregados. Para facilitar, a procura por
emprego nas cidades inglesas era muito grande, portanto a mão-de-obra se tornava ainda mais
barata porque era única opção. Sem contar que tinham também um vasto império colonial
consumidor e fornecedor de outras matérias-primas.

Um outro factor que influenciou para que ocorresse a Revolução Industrial, a existência de
um Estado Liberal na Inglaterra.

Através da Revolução Gloriosa, e da Revolução Puritana, foi possível transformar a


Monarquia Absolutista inglesa em Monarquia Parlamentar, libertando a burguesia de um
Estado centralizado e intervencionista, que deu lugar à um Estado Liberal Burguês na
Inglaterra.

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Causas da revolução industrial

Das causas responsáveis para eclosão da revolução industrial destacam-se:


 Acumulação de enormes capitais resultante do intenso comercio externo,
principalmente com as suas colónias.
 A posse de um gigantesco império colonial, o que deu a metrópole a vantagem de
obter matérias-primas através das suas colónias, e uma vez que possuía maior
potencial do comercio no mercado, acumulou as riquezas.
 Revolução agrícola, que proporcionou o aumento acelerado da produção, o que levou
a necessidade de novos instrumentos que impulsionassem mais produção
 Revolução demográfica, que aumentou a procura de produtos, e a disposição de vários
recursos humanos principalmente pela parte jovem
 Invenções técnicas, notou-se o aperfeiçoamento de diversas maquinam e invenção de
novas
 A situação geográfica e o espírito de iniciativa que combinam em boa localização
junto as vias de transporte e comunicações, e o dispor de capitais e matéria-prima para
colocar em pratica o avanço de um país.

Fases da revolução industrial

1a Fase: A forca Mecânica

Ocorreu em meados do século XVIII e do século XIX. Sua principal característica foi o
surgimento da mecanização que operou significativas transformações em quase todos os
sectores da vida humana.
Na estrutura socioeconómica, fez-se a separação definitiva entre o capital, representado pelos
donos dos meios de produção, e o trabalho, representado pelos assalariados. Isto eliminou a
antiga organização dos grémios ou guildas que era o modo de produção utilizado pelos
artesãos.
Desta maneira, surgem as primeiras fábricas que abrigam num mesmo espaço muitos
operários. Surgiram várias invenções, e a indústria têxtil foi a primeira beneficiaria desta
transformação com a máquina de tecelagem por Jonh Kay em 1733. Surgiram ainda
máquinas de fiar, o descaroçador de algodão entre outras. Mas a maquina a vapor foi a

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conquista mais nobre desta fase, permitindo a transição de produção de energia mecânica
para o carvão e hulha, que se tornaram a nova fonte de energia
A maioria das industrias, localizavam-se juntos as bacias carboníferas devido as dificuldades
de transporte do carvão e do aproveitamento da matéria-prima para o funcionamento das
industrias. Importa realçar que a revolução industrial impulsionou as actividades bancárias,
devido a necessidade de capital para investimento.

2a Fase: revolução energética (1880-1950)

A partir do final do século XIX, período conhecido como a fase da livre concorrência fica
para trás e o capitalismo se tornava cada vez menos competitivo e mais monopolista.
Empresas ou países monopolizavam o comércio. Era a fase do capitalismo financeiro ou
monopolista, marcada pela Segunda Revolução Industrial.
Nesta época, o Império Alemão surge como a grande potência industrial. Com a abundância
do minério de ferro e uma cultura militar, os alemães, capitaneados pela Prússia, fazem
reformas políticas e económicas que vão unificar o país e dotá-lo de uma indústria poderosa.
Desde então se estabeleciam as bases do progresso tecnológico e científico, visando a
invenção e o constante aperfeiçoamento dos produtos e técnicas, para melhor desempenho
industrial.
Abriam-se as condições para o imperialismo colonialista e a luta de classes, formando as
bases do mundo contemporâneo.

3a Fase: Revolução da energia atómica e da automatização

O ponto culminante do desenvolvimento industrial, em termos de tecnologia, teve início em


meados do século XX, por volta de 1950, com o desenvolvimento da electrónica. Esta
permitiu o desenvolvimento da informática e a automação das indústrias.
Deste modo, as indústrias foram dispensando a mão-de-obra humana e passaram a depender
cada vez mais das máquinas para fabricar seus produtos. O trabalhador intervinha como
supervisor ou em apenas algumas etapas da produção.
Essa fase de novas descobertas caracterizou a Terceira Revolução Industrial ou revolução
informática e tecnológica. Realçar que a característica marcante desta fase foi a submissão da
mecanização pela automação e automatização, onde o trabalho que precisa de um grande
grupo de operário, passa a ser exercido por um operário.

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Consequências da revolução industrial

A partir da Revolução Industrial, houve um salto no crescimento económico e o modo de


vida se transformou, as populações passaram a ter acesso à bens industrializados, se
deslocaram para os centros urbanos, causando o êxodo rural e um grande crescimento
demográfico. As relações também passaram por transformações, pois duas novas classes
foram criadas, a dos proprietários e dos proletariados.

Outro ponto importante foi a consolidação do capitalismo como o sistema económico vigente
e o surgimento do capitalismo financeiro, que exigia altos investimentos das grandes
empresas, onde os bancos entravam com os empréstimos e participavam activamente das
actividades económicas. O processo de produção em série também caracterizou esse período,
as mercadorias passaram a ser produzidas de maneira padronizada e uniforme.

O Imperialismo também ganhou lugar com sua política de expansão e domínio territorial,
pois as potências capitalistas precisavam de mercados externos que servissem de um apoio
para seu excedente de mercadorias.

Os movimentos operários, os conflitos, e a criação do sindicalismo, que resultou na legislação


trabalhista, também foram uma das principais consequências da revolução.

Pode se dizer que a revolução industrial teve consequências socioeconómicas e ambientais


que se fizeram sentir em especial ao nível demográfico, da agricultura, dos transportes e do
desenvolvimento urbano. Com o resultado de avanços técnicos e científicos da agricultura e
medicina, assistiu-se o crescimento demográfico e o garante do bem-estar da vida das
populações.
No ramo da agricultura, observou se novas técnicas para incrementar a produção e aumento
das terás de cultivo e satisfação de da população. Referente aos transportes, observou-se a
máquina a vapor, os transportes ferroviários, terrestres, marítimos, e aéreos, que por sua vez
permitiam o contacto directo com o resto do mundo possibilitando o escoamento de produtos.
Surgiram novas cidades, o desenvolvimento urbano e a grande concentração da massa
populacional, e ao novel ambiental, a revolução incrementou o papel de metais, mobilizando
fontes cada vez mais importantes. Notar se que o clima sofreu influencias cujas modificações
ao visíveis actualmente.

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Conclusão

A Revolução Industrial teve grande relevância para a sociedade actual e principalmente para
o surgimento da revolução tecnológica vivida até os dias actuais. É certo que além de toda
tecnologia, produção em massa, entre outros avanços trouxeram grandes problemas e o
mundo conheceu o capitalismo e a busca pelo lucro, sem respeito às vidas humanas.

Em face aos problemas surgiram movimentos revolucionários, para tentar melhorar as


condições de vida dos trabalhadores, movimentos estes inspirados na Revolução Francesa e
nos ideais iluministas. É certo que Revolução industrial marcou toda uma história e seus
reflexos são vividos até os dias actuais com grande Revolução tecnológica que parece não ter
fim, e até o seu lado negativo, foi positivo, pois para os trabalhadores foi uma forma de lutar
pelos seus ideais e despertar da exploração aos quais eram submetidos.

O mundo conheceu a industrialização a produção em massa, as pessoas tinham o conforto de


usar produtos que anteriormente lhes eram restritos, entretanto, os seus reflexos negativos
também são reconhecidos até hoje, além do capitalismo desenfreado, também doenças
relacionadas ao quotidiano de stress e agitação, desemprego devido a substituição do homem
pelas máquinas. Enfim é de suma importância conhecer a Revolução Industrial em todo seu
desdobramento para entender-se o avanço tecnológico e todos os problemas de uma
sociedade industrializada.

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Bibliografia

FRANCISCO Manso e RINGO.  Geografia - 12.ª classe: pré-universitário.  Maputo:


Logman editora, Moçambique

HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções: 1789-1848. São Paulo: Ed. Paz e Terra, 2010.

NEO Suifa. A Geografia antiga: ficha de leitura: 2017.

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