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RECEITA FEDERAL

MATEMÁTICA FINANCEIRA
ANUIDADES E SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO

Pré-edital

Livro Eletrônico
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Anuidades e Sistemas de Amortização
Prof. Thiago Cardoso

Sistemas de Amortização..............................................................................3
Introdução.................................................................................................3
1. Conceitos Básicos....................................................................................3
1.1. Período de Carência............................................................................. 14
2. Sistema de Amortização Americano.......................................................... 15
3. Sistema de Amortização Francês.............................................................. 17
3.1. Valor Presente e Valor Futuro................................................................ 19
3.2. Fator A de Amortização........................................................................ 21
3.3. Exemplo de Sistema Francês................................................................ 22
3.4. Saldo Devedor.................................................................................... 36
4. Sistema de Amortização Constante (SAC)................................................. 66
4.1. Exemplo de Sistema SAC..................................................................... 77
5. Sistema de Amortização Misto............................................................... 105
Questões de Concurso.............................................................................. 111
Gabarito................................................................................................. 135
Gabarito Comentado................................................................................ 136

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divisão
de custos

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MATEMÁTICA FINANCEIRA
Anuidades e Sistemas de Amortização
Prof. Thiago Cardoso

SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
Introdução
Olá, aluno(a), tudo bem? Seja bem-vindo(a) a mais uma aula do nosso curso

de Matemática Financeira.

Gostaria de repetir meus contatos para que você possa tirar suas dúvidas.

Nesta aula, falaremos sobre um dos assuntos mais recorrentes em provas, prin-

cipalmente em certames de alto nível, como a Área Fiscal e de Controle: Sistemas

de Amortização.

Algumas bancas, como CESPE e FCC, são realmente aficionadas por questões

sobre Amortização. Por isso, é necessário dar enorme atenção a este assunto.

São muito comuns questões cobrando todos os aspectos – seja a composição

das parcelas, seja o comportamento do saldo devedor.

Portanto, este material abordará o assunto em todas as suas minúcias, para que

você esteja preparado para certames extremamente rigorosos.

De modo a ajudar na sua compreensão da matéria, foi preparada uma planilha

por meio da qual é possível simular os diversos sistemas de amortização ensinados

nesta aula.

Clique aqui e baixe a sua planilha de sistemas de amortização

1. Conceitos Básicos
No mundo moderno, o crédito – ou seja, tomar dinheiro emprestado – é essen-

cial para o progresso de uma sociedade.

Imagine que você tenha passado no concurso público dos seus sonhos e resol-

vido montar um plano financeiro para sua aposentadoria.

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Para tanto, você poupa mensalmente certa quantia. Você será um chamado

poupador.

A Equipe Gran Cursos, por sua vez, preocupada com a melhoria da qualidade

do serviço público brasileiro, deseja montar um novo estúdio, com tecnologia de

ponta.

Como já explicamos quando tratamos de preferência temporal, tal preferência,

para a Equipe Gran Cursos, é alta, pela necessidade imediata de dinheiro para

construir o estúdio. Já você tem baixa preferência temporal, pois não precisa do

dinheiro neste momento. Está pensando principalmente no seu futuro.

O que vai acontecer, portanto, é que a Equipe Gran Cursos tomará um crédito,

ou seja, um valor emprestado de você para construir um estúdio.

É interessante notar que, ao contrário do que imaginamos, a maior parte do

crédito flui das classes baixas para as grandes empresas.

Principalmente nos países desenvolvidos, a classe baixa e a classe média ten-

dem a ser bastante poupadoras e investem para o futuro. Os ricos, por sua vez,

tendem a arriscar bastante e tomam crédito para abrir empresas.

Além disso, é importante destacar que pessoas ricas têm maior facilidade de

quitar suas dívidas caso o empreendimento para o qual tomaram crédito falhe.

Infelizmente, aqui no Brasil, há uma cultura de endividamento das classes mais

baixas. Isso tem consequências graves, pois faz com que o crédito custe caro – é

por isso que os juros no Brasil são tão elevados.

De qualquer maneira, quando a Equipe Gran Cursos tomar um crédito, certa-

mente consultará o seu professor de Matemática Financeira, que, além de profes-

sor, é também analista de investimentos.

O seu parecer será bem claro.

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“Os juros compostos são a maior força da natureza. Se você deixar os

juros se acumularem com o tempo, vai ser impossível pagá-los. ”

Sim. Os juros compostos se acumulam rapidamente e consumiriam rápido todo

o seu patrimônio.

Vejamos o que aconteceria se a Equipe Gran Cursos financiasse R$100000 em 10

anos a uma taxa de juros módica de 15% ao ano.

Percebeu como a dívida cresceu? O efeito do tempo no acúmulo de juros com-

postos é devastador.

Por isso, uma ideia inteligente é quitar a dívida aos poucos, de modo a evitar

o acúmulo de juros. O tomador de empréstimos, consequentemente, com frequên-

cia optará por fazer amortizações da dívida.

É para isso que existem os pagamentos periódicos de uma dívida, como quan-

do você compra um carro parcelado em 24 meses: você está fazendo pagamentos

periódicos.

De maneira geral, podemos dizer que um pagamento é composto por três par-

tes:

• Juros: correspondem ao efeito do tempo sobre uma dívida. No caso de um

sistema de amortização, os juros são capitalizados a cada período de paga-

mento – isto é, a cada mês, se os pagamentos forem mensais. A expressão

da capitalização é nossa velha conhecida, mas não custa relembrar.

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É importante destacar que esse é o valor mínimo a ser pago para evitar que a

dívida cresça.

Suponha que você tenha comprado seu primeiro imóvel e financiado R$400000

a uma taxa de juros de 1,5% ao mês. Se a primeira parcela vai ser paga daqui a 1

mês, os juros incidentes sobre ela serão:

Portanto, depois de 1 mês, sua dívida terá crescido em R$6000. Esse é, portan-

to, o valor mínimo que você deverá pagar para evitar que sua dívida seja sempre

crescente.

Para entender melhor essa situação, vejamos dois exemplos. No primeiro, você

pagará uma parcela de R$4000 e, no segundo, de R$8000.

Figura 1. Incidência de juros sobre um empréstimo.

Na situação 1, os juros fazem sua dívida crescer em R$6000; ela passaria a ser

de R$406000. No entanto, houve um pagamento de R$4000, pelo que parte desse

crescimento foi atenuado para R$402000. Nessa situação, houve apenas paga-

mento de juros, não houve amortização.

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Se o pagamento realizado é inferior aos juros, o saldo devedor será sempre cres-

cente.

Por outro lado, na situação 2, aconteceu uma amortização que será explicada

logo a seguir.

• Amortização: corresponde ao abatimento do principal de uma dívida. O ob-

jetivo da amortização é diminuir o poder de produção de juros dessa dívida

com o passar do tempo, de modo que os juros não se acumulem e que o saldo

devedor diminua com o tempo até chegar a zero, momento em que a dívida

está completamente quitada.

Na situação 2 da Figura 1, a dívida foi amortizada no valor de R$2000. Por isso,

o saldo devedor diminuiu em R$2000, atingindo R$398000.

Podemos extrair duas relações importantes a respeito da amortização:

Nessa equação, P representa o pagamento efetuado. Todo pagamento é com-

posto por um cupom de juros (J). O que sobra, em geral, é o valor da amortização.

Dizemos em geral porque pode haver a incidência de outros encargos, que serão

comentados adiante.

A segunda relação importante é que a amortização representa a diminuição do

saldo devedor:

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• Outros encargos: embora não sejam tão comuns em provas de concurso,

são extremamente comuns na vida real. Os outros encargos correspondem a

outros valores cobrados pelos bancos para fazer um financiamento:

– seguros: normalmente opcionais, servem para garantir que você poderá

quitar a dívida caso perca suas principais fontes de renda;

– taxas bancárias: são cobradas pelos bancos em razão da abertura de uma

conta ou mesmo de uma linha de financiamento. Essas taxas são as formas

mais simples de esconder o custo elevado de um empréstimo. Serão mais

bem-estudadas quando falarmos sobre o cálculo financeiro do custo efetivo

total de uma transação;

– impostos: em alguns casos, pode haver a incidência de impostos a cargo

do tomador, como o IOF, sobre uma operação de financiamento.

É importante que você saiba que as expressões que serão deduzidas para o

Sistema de Amortização Francês e o Sistema de Amortização Constante não levam

em consideração a incidência de outros encargos. Portanto, caso existam, deverão

ser somados à parcela calculada.

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Figura 2. Composição de uma parcela de empréstimo ou financiamento.

Vamos fixar esses conceitos com questões de prova.

Questão 1    (ESAF/2008 /ISS-RN) Uma pessoa faz a aquisição de um imóvel ao

valor global de R$200000,00 e pagará esta dívida com uma taxa de juros de 10%

a.a., em um prazo determinado. A parcela mensal prevista é de R$1500,00. Caso

haja saldo residual, efetuará o devido pagamento ao final deste período. Despre-

zando a figura da correção monetária, podemos afirmar que, neste caso:

a) se o prazo de pagamento for superior a 100 (cem) meses, não haverá saldo

devedor.

b) independente do prazo, sempre haverá saldo devedor e este é crescente.

c) ao final de 100 (cem) meses, o saldo devedor é de R$50000,00 (valor arredon-

dado na unidade de milhar – critério de arredondamento universal).

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d) se a capitalização dos juros for mensal, o saldo devedor ficará zerado após 240

meses de pagamento.

e) se a capitalização dos juros for anual, o saldo devedor ficará zerado após 240

meses de pagamento.

Letra b.

Como os pagamentos são mensais e a taxa de juros é anual, tem-se que essa taxa

é nominal. Portanto, o primeiro passo é calcular a taxa de juros efetiva do emprés-

timo:

Podemos agora calcular o valor do cupom de juros referente à primeira parcela:

Observe que os juros são maiores do que o valor da própria parcela paga. Portan-

to, ao pagar R$1500,00, o cliente não consegue amortizar o empréstimo. o saldo

devedor será, assim, sempre crescente.

Questão 2    (CESPE/2017/TCE-PE ) Situação hipotética: uma instituição finan-

ceira emprestou a uma empresa R$100000, quantia entregue no ato, sem prazo de

carência, a ser paga em cinco prestações anuais iguais, consecutivas, pelo Sistema

de Amortização Francês. A taxa de juros contratada para o empréstimo foi de 10%

ao ano, e a primeira prestação deverá ser paga 1 ano após a tomada do emprés-

timo.

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Assertiva: se o valor das prestações for de R$26380, a soma total dos juros que

deverão ser pagos pela empresa, incluídos nas cinco parcelas do financiamento,

é inferior a R$31500.

Errado.

No final das cinco parcelas, o empréstimo será totalmente quitado, ou seja, total-

mente amortizado. Sendo assim:

Por outro lado, foram pagos:

Sendo assim, o valor dos juros pagos será:

Questão 3    (CESPE/2016/TCE-SC ) Um banco emprestou R$30000, entregues no

ato, sem prazo de carência, para serem pagos pelo Sistema de Amortização Fran-

cês, em prestações de R$800. A primeira prestação foi paga 1 mês após a tomada

do empréstimo, e o saldo devedor, após esse pagamento, era de R$ 29650. Nessa

situação, a taxa de juros desse empréstimo foi inferior a 1,8%.

Certo.

Apesar de ter sido fornecido que o empréstimo segue o Sistema de Amortização

Francês, esse dado é irrelevante, pois a conta a ser feita é a mesma.

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Os juros que incidem na primeira parcela (paga 1 mês após a contração da dívida)

são dados por:

Sabemos que:

Portanto, podemos calcular a taxa de juros mensal:

A Questão 1 mostra um fenômeno pouco compreendido a respeito dos juros.

É relativamente comum que os jovens tenham o sonho de comprar sua casa

própria tão logo comecem a trabalhar regularmente.

Assim, esperam “se livrar do aluguel”. O motivo dessa preocupação extrema-

mente racional é mais bem-explicado pela Contabilidade.

No âmbito da Contabilidade, os juros e a amortização são tratados de maneira

diferente.

Tabela 1. Tratamento Contábil de Juros e Amortização.

Contabilidade
Consiste em Contabilidade geral
pública
Pagar o principal, de modo a
Receita ou Liquidação de um passivo ou
Amortização diminuir o crescimento
despesa de capital conversão de um ativo em caixa
dos juros

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Pagamento Receita ou
Paga apenas os juros Despesa ou receita
de Juros despesa corrente

A Tabela 1 é muito valiosa. Dependendo dos concursos que você pretende pres-

tar ao longo de sua carreira como concurseiro, ela pode servir para três matérias.

Com certeza será útil para a vida financeira.

Quando você paga um aluguel, está assumindo uma despesa efetiva (no âmbito

da Contabilidade Geral) ou uma despesa corrente (no âmbito da Contabilidade Pú-

blica). Essa despesa diminui seu patrimônio líquido, ou seja, sua riqueza.

Bem diferente do que aconteceria se você tivesse R$400000 e comprasse um

apartamento à vista. Nesse caso, isso nem mesmo seria uma despesa para a Con-

tabilidade Geral, seria apenas a conversão de um ativo (caixa) em outro ativo

(imóvel). Para a Contabilidade Pública, essa compra seria uma despesa de capital,

aquela que contribui para a formação de um bem de capital.

Sendo assim, ao comprar um apartamento à vista, você não diminui seu pa-

trimônio líquido.

O problema é que, ao comprar um apartamento financiado, você pagará juros,

os quais também configuram despesas efetivas ou correntes.

No caso da Questão 1, você paga uma parcela todo mês, mas nada daquilo

contribui para o seu patrimônio. Pior ainda, seu saldo devedor é sempre crescente.

Em Recife, é relativamente fácil alugar um apartamento de R$400000 por R$1600

ao mês. Por isso, nunca vi muito sentido em comprar meu próprio imóvel.

Sem falar que, caso eu precise me mudar, é muito mais fácil simplesmente rom-

per o contrato de aluguel e alugar outro apartamento do que ter que lidar com um

imóvel próprio.

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Não pense que estou dizendo tudo isso para fazer você desistir de comprar seu

imóvel. Estou apenas mostrando o poder que esses conceitos básicos de Matemá-

tica Financeira possuem e como podem mudar sua maneira de lidar com dinheiro.

A matemática não serve para ser decorada. Deve ser realmente aprendida e

vivida.

1.1. Período de Carência

Quando você vai ao banco pedir um financiamento, é  comum ser oferecido o

chamado período de carência, o qual corresponde ao tempo em que o empréstimo

é pago mediante condição especial.

São comuuns anúncios de concessionárias dizendo: “compre seu carro agora e

pague a primeira prestação só daqui a 3 meses.” Esse período de 3 meses é o pe-

ríodo de carência.

É importante deixar claro que a carência não é nenhuma benesse por parte do

ofertante do empréstimo.

Durante o período de carência, os juros continuam acumulando por meio da dinâ-

mica de juros compostos.

É preciso tomar cuidado em financiamentos com períodos de carência. É relati-

vamente fácil você se complicar e ver sua dívida crescer exponencialmente.

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Existem duas situações muito importantes:

• carência sem pagamento de juros: durante o período de carência, não é

feito nenhum pagamento. Por isso, a dívida cresce normalmente por meio de

juros compostos;

• carência com pagamento de juros: durante o período de carência, o to-

mador do empréstimo paga periodicamente o cupom de juros associado ao

empréstimo, de modo a evitar que seu saldo devedor seja crescente.

Ambas as situações podem ser cobradas em provas de concurso. No entanto,

você precisará estudar os sistemas de amortização primeiro, para entender como

calcular a parcela. Passaremos agora ao estudo desses sistemas.

2. Sistema de Amortização Americano


O Sistema de Amortização Americano é muito usado por empresas nascentes –

que possuem donos arrojados – e pelo governo no pagamento de suas dívidas (os

títulos públicos com cupom).

Consiste em realizar o pagamento mínimo de juros, de modo a manter o saldo

devedor estacionado. Já vimos que esse cupom é dado por:

Convém destacar que esse cupom deve ser calculado de um período de capitali-

zação para o próximo. Portanto, quando a taxa de juros estiver na mesma unidade

do tempo, o valor de t sempre será t = 1.

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Ao fim do período correspondente ao empréstimo, a dívida é paga integralmen-

te, junto com o último cupom de juros. Essa situação pode ser representada esque-

maticamente pela Figura 3.

Figura 3. Sistema de Amortização Americano.

O grande objetivo do Sistema Americano é evitar que a dívida cresça fazendo o

menor pagamento mínimo.

Um exemplo é citado pelo empreendedor Flávio Augusto da Silva, dono da Wise

Up. Flávio conta que abriu a Wise Up com R$20000 tomados emprestados de seu

cheque especial a juros de 12% ao mês.

Consciente de que essa taxa de juros era muito alta, Flávio sempre se preocupou

em pagar os juros mensalmente, de modo a evitar que a dívida crescesse.

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Após abrir a segunda turma de sucesso, Flávio quitou sua dívida com o banco.

A companhia cresceu e, atualmente, é um dos maiores franqueadores de escolas

de inglês do Brasil.

Questão 4    (TFC/INÉDITA) Uma empresa recorreu ao mercado de títulos para

conseguir um financiamento de R$500000,00. Foi acordado que ela pagaria 12

cupons semestrais de R$50000,00 e, junto com o último pagamento, restituiria o

valor de R$500000,00. Sendo assim, a taxa de juros nominal paga pela empresa

no financiamento foi de 20% ao ano.

Certo.

O cupom de juros é calculado por:

Como a questão pediu a taxa nominal anual, ela deve ser calculada usando o con-

ceito de taxa de juros proporcional. Como 1 ano é igual a 2 semestres, tem-se:

3. Sistema de Amortização Francês


Esse é o sistema mais comum e conhecido. O Sistema Francês é baseado em

algumas regras que precisam ser muito bem-memorizadas. A fórmula que será

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deduzida mais adiante leva em consideração todas essas condições. Caso alguma

questão de prova mude uma delas, é preciso tomar cuidado na hora de aplicá-la:

• o primeiro pagamento é realizado um período após contrair a dívida;

• enquanto a dívida não é paga, é atualizada por juros compostos;

• as parcelas são uniformes e constantes.

Figura 4. Esquema do Sistema Francês.

Perceba a diferença entre o Sistema Francês e o Americano. Nesse último, ocor-

re um pagamento diferente ao fim, quando o capital inicial tomado emprestado é

integralmente devolvido junto com o último cupom de juros.

Por outro lado, no Sistema Francês, a última parcela não se difere das demais.

Todas são absolutamente iguais.

Além disso, é importante dizer que ocorre amortização em todas as parce-

las no Sistema Francês, como será visto mais adiante.

É muito comum, em provas de concurso, a utilização dos sinônimo Tabela Price

ou Sistema Price para o Sistema Francês.

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3.1. Valor Presente e Valor Futuro

Quando se tem uma série de pagamentos uniformes, tem-se que o capital inicial

da dívida é equivalente ao valor presente da série de pagamentos. Esse con-

ceito é bastante explorado em problemas.

Outro conceito bastante importante é o valor futuro. Considerando um des-

conto composto, o valor futuro das parcelas é igual ao valor futuro do próprio ca-

pital inicial da dívida.

Com base nisso, podemos facilmente relacionar o valor presente da dívida e as

parcelas de sua série de pagamentos.

Esse valor futuro pode ser calculado levando cada uma das parcelas a valor fu-

turo. Para isso, precisamos fazer diversas operações de juros compostos.

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Podemos escrever:

Temos, assim, que o valor futuro (VF) é a soma de uma PG com as seguintes

características:

Sabemos que a soma da PG é dada por:

Vimos, também, a relação entre o valor futuro e o valor presente:

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3.2. Fator A de Amortização

A expressão que acabamos de deduzir é de suma importância, porque permite

relacionar a dívida e suas correspondentes parcelas. De quebra, ainda podemos

utilizá-la para calcular o valor presente de uma série de pagamentos – o que pode

ser exigido em questões avançadas sobre investimentos.

Vamos repetir a expressão:

O termo (lê-se “n cantoneira i”) é conhecido como fator A de amortização.

É importante que você saiba como escrever o fator A:

A expressão à direita pode ser obtida a partir da esquerda simplesmente efetu-

ando a divisão por (1+i)n tanto no numerador quanto no denominador.

Existem várias questões de prova explorando ambas as expressões do fator A.

Por isso, é importante saber ambas.


Você decidirá que expressão será utilizando de acordo com o que for mais fácil
de calcular na hora prova. Considere, principalmente, as aproximações fornecidas
pelo enunciado.

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É muito comum que a banca forneça aproximações para uma potência. Por
exemplo, se for fornecido que , provavelmente a banca está espe-
rando que a expressão da esquerda seja utilizada.
Por outro lado, caso seja fornecido , provavelmente deverá ser
usada a expressão da direita, que tem (1+i)-n.
Tudo isso ficará mais fácil com exemplos e exercícios.

3.3. Exemplo de Sistema Francês

Suponha que você tenha comprado um carro por R$50000,00, pagando 50%
de entrada. O restante vai ser pago por meio do Sistema de Amortização Francês a
juros de 3% ao mês. Dessa maneira, o valor financiado será R$25000.
Com o auxílio de uma planilha de Excel, fizemos o cálculo das prestações e da
sua composição – em juros e amortização.
As parcelas calculadas são de R$1476,19. O  comportamento dos juros e da

amortização ao longo das 24 parcelas é o seguinte:

Figura 5. Composição das parcelas de um sistema francês em 24 parcelas.

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Observe que, no início, os juros consomem cerca de 50% do valor da dívida.

À medida que o saldo devedor vai sendo amortizado, o poder da dívida de gerar

juros diminui. Por isso, a amortização cresce à medida que prossegue o financia-

mento.

Esse conhecimento é muito importante para se entender a dinâmica desse sis-

tema de amortização.

Vejamos agora o que acontece quando o número de parcelas aumenta para 48.

Nesse caso, a parcela calculada é de R$989,44.

Figura 6. Comportamento dos juros e da amortização em 48 parcelas.

Nesse caso, nas primeiras parcelas, os juros consomem quase 80% de todo o

valor pago.

Em razão disso, quando o número de parcelas, no Sistema Francês, é maior,

o valor delas não diminui muito, pois praticamente todo o valor a ser pago nas pri-

meiras parcelas corresponde a juros.

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Podemos, ainda, plotar os juros pagos no total do financiamento em função do

número de parcelas. Você notará que eles crescem muito rapidamente.

Figura 7. Total de juros pagos no Sistema Francês em função do número de parcelas.

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A planilha utilizada para realizar essas simulações está disponível no link a se-

guir. Você poderá, assim, criar suas próprias simulações utilizando o Sistema de

Amortização Francês, o que ajudará bastante na compreensão de seu funciona-

mento.

Clique Aqui e baixe a sua Planilha de Sistemas de Amortização

A seguir são oferecidas algumas questões de prova.

Questão 5    (IADES/2017/FUNDAÇÃO HOMOCENTRO DE BRASÍLIA-DF/CONTA-

BILIDADE) Denominam-se Sistemas de Amortização as diferentes formas de de-

volução de um empréstimo. Acerca da Tabela Price (ou Sistema de Amortização

Francês), é correto afirmar que:

a) as prestações, em geral, são decrescentes, uma vez que a amortização é fixa e

os juros, decrescentes.

b) os juros são crescentes nas prestações.

c) a amortização é crescente, os juros são decrescentes e as parcelas são fixas.

d) a amortização é decrescente e os juros são crescentes, uma vez que as parcelas

são fixas.

e) a Tabela Price é utilizada exclusivamente para financiamento de veículos.

Letra c.

Esta é uma questão teórica muito interessante para se entender o Sistema de

Amortização Francês (ou Tabela Price). Nesse sistema, as  parcelas são fixas e o

saldo devedor, decrescente. Portanto, os juros pagos também são decrescentes.

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Como os juros decrescem, mas as parcelas são fixas, tem-se que a amortização é

crescente a cada pagamento.

Questão 6    (CESPE/2009/TCE-AC) Uma pessoa comprou um veículo pagando uma

entrada, no ato da compra, de R$3500,00, e mais 24 prestações mensais, conse-

cutivas e iguais a R$750,00. A primeira prestação foi paga 1 mês após a compra

e o vendedor cobrou 2,5% de juros compostos ao mês. Considerando 0,55 como

valor aproximado para 1,025-24, é correto afirmar que o preço à vista, em reais,

do veículo foi:

a) inferior a 16.800.

b) superior a 16.800 e inferior a 17.300.

c) superior a 17.300 e inferior a 17.800.

d) superior a 17.800 e inferior a 18.300.

e) superior a 18.300.

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Letra b.

Neste problema, temos uma ligeira alteração do Sistema Francês.

Observe que podemos dividir essa série de pagamentos em duas partes:

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O valor presente total do carro será dado por:

A parte C2 é trivial de calcular.

Por sua vez, a parte C1 pode também ser calculada pela expressão do Sistema de

Amortização Francês:

Como foi fornecida a aproximação para 1,025-24, o fator A de amortização deve ser

calculado pela expressão:

Podemos agora calcular o capital C1 correspondente à parte que foi parcelada:

Dessa maneira, a pessoa pagou R$3500 à vista e R$13500 financiados em 18 vezes

de R$750. O preço à vista do carro (ou seja, seu valor presente) é, portanto:

(CESPE/2008/BB/ESCRITURÁRIO) Julgue o item a seguir, relacionado a emprésti-

mos e financiamentos, considerando, em todas as situações apresentadas, que o

regime de juros praticado é o de juros compostos, à taxa mensal de 2%, e toman-

do 1,3 como valor aproximado para 1,0212.

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Questão 7    Caso um imóvel no valor de R$120000,00 seja financiado em 12 pres-


tações mensais e consecutivas, tendo como base o Sistema de Amortização Fran-
cês, nesse caso, para a composição da primeira prestação, o valor de amortização
será superior a R$7800,00.

Errado.
Esta é uma questão bastante direta. O valor da parcela é calculado por:

Como foi fornecida a aproximação para 1,0212, o fator A de amortização será cal-
culado pela expressão:

Dessa maneira, podemos calcular a parcela francesa:

Para calcular a amortização pedida pela questão, devemos calcular os juros que
incidem sobre a primeira parcela.

Podemos, agora, calcular a amortização na primeira prestação:

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Questão 8    (CESPE/2015/TCE-RN/INSPETOR–ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDA-

DE, DIREITO OU ECONOMIA) Situação hipotética: um empréstimo de R$18000

foi quitado, com base no Sistema de Amortização Francês — Tabela Price —, em 10

prestações mensais, consecutivas e iguais, à taxa de juros de 24% ao ano, tendo a

primeira prestação sido paga 1 mês após a contratação do empréstimo.

Assertiva: Nessa situação, se 0,82 tiver sido considerado o valor aproximado de

1,02-10, então o valor da prestação foi superior a R$1950.

Certo.

Começaremos convertendo a taxa de juros nominal em efetiva.

A relação entre a parcela e a dívida adquirida é dada pelo fator A de amortização.

Levando em conta a aproximação fornecida, utilizaremos a seguinte expressão:

Podemos agora calcular o valor da prestação:

Questão 9    (CESPE/2012/TCE-ES/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) Uma em-

presa, com o objetivo de captar recursos financeiros para ampliação de seu mer-

cado de atuação, apresentou projeto ao Banco Alfa, que, após análise, liberou

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R$1000000,00 de empréstimo, o qual deverá ser quitado em 12 parcelas mensais,

a juros nominais de 18% ao ano, capitalizados mensalmente.

Considerando-se a quitação do empréstimo pelo sistema Price e que 10,90 seja va-

lor aproximado para , é correto afirmar que o valor de cada parcela será

superior a R$90000,00.

Certo.

A fim de calcular as parcelas, devemos obter o fator de amortização para o emprés-

timo. Tendo em mente a aproximação que foi fornecida, devemos utilizar a seguinte

expressão:

Podemos agora calcular as parcelas:

Questão 10    (CESPE/2009/TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Uma dívida

foi paga em 10 prestações mensais consecutivas, tendo a primeira prestação sido

paga 1 mês após a contratação da dívida. O credor cobrou uma taxa de juros com-

postos mensais de 7% e a prestação paga mensalmente foi de R$1000,00. Nessa

situação, tomando 0,51 como valor aproximado de 1,07-10, julgue o item abaixo.

A dívida em questão era superior a R$6800,00.

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Certo.

A relação entre a dívida adquirida e a parcela financiada é dada pelo fator de amor-

tização. Tendo em vista a aproximação fornecida, devemos calculá-lo da seguinte

maneira:

Podemos agora obter o valor da dívida inicialmente adquirida:

Questão 11    (VUNESP/2013/SEFAZ-SP) Uma loja cobra 5% ao mês de juros nas

vendas a prazo. Um eletrodoméstico é vendido em 3 prestações de R$420,00, sen-

do a primeira parcela paga no ato da compra. Isso significa que seu preço à vista

é de, aproximadamente:

a) R$1184,00.

b) R$1260,00.

c) R$1140,00.

d) R$1200,00.

e) R$840,00.

Letra d.

É importante destacar que a primeira parcela foi paga no ato da compra, não se

confugurando, portanto, transação pelo Sistema de Amortização Francês.

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No entanto, podemos calcular o valor presente das parcelas simplesmente descon-

tando todas elas a valor presente:

Questão 12    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Um finan-

ciamento no valor de R$100000,00 possui uma carência de 18 meses, incidindo

sobre o valor financiado, nesse prazo, uma taxa de juros compostos de 1% ao mês.

Calcule o valor mais próximo do saldo devedor ao fim do prazo de carência.

Dado: (1,01)18 = 1,196147

a) R$100000,00.

b) R$112000,00.

c) R$112683,00.

d) R$119615,00.

e) R$118000,00.

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Letra d.

A ESAF poderia ter sido mais incisiva nesse ponto, cobrando realmente um Sistema

de Amortização Francês com a carência desejada.

Devemos lembrar que, durante o período de carência, os juros se acumulam nor-

malmente, seguindo a dinâmica de juros compostos. Trata-se, portanto, de uma

mera questão de juros compostos.

O montante acumulado da dívida após o período de carência é dado por:

Para exemplificar a situação, pense no seguinte: você contraiu uma dívida no dia

1º de janeiro de 2018. Com os 18 meses de carência, você só começará a pagar 18

meses depois, ou seja, no dia 31 de Julho de 2019. Caso não houvesse carência,

você já pagaria a primeira prestação no dia 31 de Janeiro de 2018.

Questão 13    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS–ADAPTA-

DA) Um financiamento no valor de R$100000,00 foi financiado em 18 parcelas.

O tomador do empréstimo possui a opção por uma carência de 18 meses. A taxa

de juros compostos no empréstimo é de 1% ao mês. Calcule a diferença entre as

prestações a serem pagas caso ele opte pela carência e caso não opte.

Dados: (1,01)18 = 1,196147 e (1,01)-18 = 0,836

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R$1196
Algo bom em ser professor é que, ao  perceber que algo ficou faltando em uma

questão, é possível simplesmente criar uma questão nova e apresentar aos alunos

mais um ponto interessante da matéria.

Caso o tomador do empréstimo opte pela carência, já vimos que o montante acu-

mulado após o período de carência é de:

Como esse montante será financiado em 18 prestações mensais a uma taxa de 1%

ao mês, podemos calcular a parcela envolvida pelo fator A de amortização. Note-

mos que foi fornecida a aproximação para (1,01)-18.

Podemos agora calcular as parcelas envolvidas no financiamento. Denotaremos por

P1 as parcelas com a carência de 18 meses.

Por outro lado, caso o cliente não opte por usar o prazo de carência, deverá come-

çar a pagar imediatamente as prestações. O capital inicial da dívida, porém, será

menor (R$100000), pois não será atualizado por juros compostos. Denotaremos

por P0 as parcelas sem a carência.

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Vale destacar que o fator de amortização é o mesmo calculado anteriormente, por-

que a taxa de juros e o número de pagamentos são iguais em ambos os casos.

Observe que o uso da carência aumentou significativamente as parcelas. A diferen-

ça pedida pelo enunciado foi de:

3.4. Saldo Devedor

Questões sobre saldo devedor no Sistema de Amortização Francês são comuns.

De maneira geral, podemos usar a expressão que já vimos para o decaimento

do saldo devedor.

Contudo, em questões mais complexas, que pedem, por exemplo, saldo deve-

dor após 15 pagamentos, seria muito difícil calcular 15 amortizações para fazer

essa conta.

Com essa finalidade, uma propriedade muito interessante do Sistema Francês

pode ser utilizada: quando pegamos o saldo devedor depois de alguns pagamentos,

tal saldo também corresponde a um Sistema de Amortização Francês (destacado

em um quadrado pontilhado).

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Figura 8. O saldo devedor também é um Sistema de Amortização Francês.

Na Figura 8, vemos que o saldo devedor é o valor presente das parcelas que

ainda faltam, podendo ser calculado pela mesma expressão do Sistema Francês

vista na Seção 3.2.

Outro ponto que devemos ter em mente é que, no Sistema Francês, os juros são

sempre calculados em relação ao saldo devedor do mês anterior. Isso ficará claro

nas próximas questões.

(CESPE/2011/BRB/ESCRITURÁRIO) Tendo em vista que um empréstimo no valor

de R$32000,00, entregue no ato, sem prazo de carência, será amortizado pelo

sistema Price, à taxa de juros de 60% ao ano, em 8 prestações mensais e conse-

cutivas, e considerando 0,68 e 1,80 valores aproximados para 1,05-8 e 1,0512, res-

pectivamente, julgue os itens subsequentes.

Questão 14    A amortização correspondente à primeira prestação será superior a

R$3500,00.

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Errado.

Quando se tem uma taxa de juros nominal, deve-se primeiramente transformá-la

em efetiva, usando a proporcionalidade.

Podemos agora calcular a parcela francesa:

O fator A deve ser calculado pela expressão:

Podemos então calcular a parcela francesa:

Calculamos também os juros incidentes na primeira parcela:

Portanto, a amortização na primeira parcela será:

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Questão 15    Se o saldo devedor após o pagamento de segunda prestação for de

R$25030,00, então o saldo devedor após o pagamento da terceira prestação será

inferior a R$21250,00.

Errado.

A questão 15 parece estranha, porque, com base na questão 11, poderíamos cal-

cular o valor real do saldo devedor após a segunda parcela. Contudo, de qualquer

maneira, podemos calcular os juros incidentes nessa parcela com base no que foi

fornecido pelo enunciado.

Calculamos também a amortização:

Portanto, podemos calcular o saldo devedor:

Questão 16    (FCC/2015/SEFAZ-PI/ANALISTA DO TESOURO ESTADUAL) Uma dí-

vida no valor de R$20000,00 vai ser paga em 30 prestações mensais, iguais e con-

secutivas, vencendo a primeira prestação 1 mês após a data de formação da dívida.

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Utilizou-se o Sistema de Amortização Francês com uma taxa de 2% ao mês. Pelo

quadro de amortização, obtém-se que o saldo devedor imediatamente após o pa-

gamento da primeira prestação é de R$19507,00. O valor da cota de amortização

incluído no valor da segunda prestação é de:

a) R$502,86.

b) R$512,72.

c) R$522,58.

d) R$532,44.

e) R$542,30.

Letra a.

Como foi fornecido o valor do saldo devedor após o pagamento da primeira presta-

ção, podemos conhecer a amortização.

Também é possível calcular os juros incidentes na primeira prestação pelo capital

inicial da dívida.

Podemos agora calcular as parcelas.

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É possível, portanto, calcular os juros incidentes na segunda prestação, lembran-

do que esses juros devem ser calculados em relação ao saldo devedor no mês 1,

o qual foi fornecido (R$19507).

Por fim, podemos calcular a amortização na segunda parcela.

Para facilitar o seu entendimento, veja o esquema referente a esta questão:

Questão 17    (IADES/2014/METRÔ-DF/CONTADOR) Um financiamento no valor

de $50000 foi contratado pelo Sistema de Amortização Francês (SAF) para ser

liquidado em 10 parcelas mensais, iguais e consecutivas, no valor de $8137,27.

A taxa de juros da operação foi 10,0% ao mês.

Com base nos dados apresentados referentes à 4ª parcela, o valor da amortização

na 5ª parcela foi de:

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a) $4050,00.

b) $4156,98.

c) $4500,00.

d) $4593,28.

e) $5000,00.

Letra d.

Apesar dos números quebrados, esta é uma questão bem interessante para enten-

dermos a lógica de um sistema de amortização.

Temos que o saldo devedor após do pagamento da parcela 4, isto é, D4, é igual a

R$35439,93. Seguindo a lógica de juros postecipados, os juros são calculados em

relação ao saldo devedor no mês anterior.

Portanto, os juros na 5ª parcela devem ser calculados em relação ao saldo devedor

no mês 4, que foi fornecido no enunciado.

Como é usado o Sistema de Amortização Francês, temos que a prestação é cons-

tante. Portanto, a 5ª prestação será igual também a R$8137,27. Dessa maneira,

temos que a amortização será de:

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Questão 18    (FCC/2015/SEFAZ-PI/AUDITOR FISCAL DA FAZENDA ESTADUAL-

-CONHECIMENTOS GERAIS) Considere a tabela abaixo, com taxa de 4% ao perí-

odo. Use somente duas casas decimais em seus cálculos.

Nessa tabela, tem-se que o fator de acumulação de capital para pagamento único é

dado por (1 + i)n; o fator de valor atual de uma série de pagamentos é dado por (1

+ i)n – 1/i (1 + i)n; e o fator de acumulação de capital de uma série de pagamentos

é dado por (1 + i)n – 1/i. Um empresário tomou em um banco um empréstimo no

valor de R$94550,00, a ser pago em 36 meses. Será utilizado o Sistema de Amor-

tização Francês, à taxa de 4% ao mês, com parcelas mensais e consecutivas, a pri-

meira vencendo 1 mês após a data do contrato. Sobre a terceira prestação desse

empréstimo, é verdade que:

a) ela difere de R$100,00 da segunda prestação.

b) ao ser paga, ela deixa um saldo devedor de R$93500,00.

c) seu valor é de R$5200,00.

d) sua cota de amortização é de R$1266,22.

e) sua parcela de juros é de R$3682,61.

Letra e.

O fator de amortização foi fornecido pela tabela. Portanto, podemos calcular as

parcelas pela expressão:

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Agora que sabemos o valor das parcelas, podemos também calcular sua composição

em juros e amortização. Na primeira parcela, os juros podem ser calculados por:

Devemos lembrar a composição das parcelas em juros e amortização:

De posse da amortização ocorrida na primeira parcela, é possível calcular o saldo

devedor após esse pagamento.

Podemos, então, começar a traçar o esquema para a segunda parcela.

Os juros e a amortização na segunda parcela podem ser calculados de maneira

análoga ao que fizemos anteriormente.

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Note que a questão pediu informações sobre a terceira parcela. O saldo devedor ao
fim do mês 2 é:

Podemos agora calcular os juros incidentes nessa parcela:

 

A única afirmação correta, portanto, é a letra e.

Questão 19    (FCC/2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE) Um em-


préstimo foi obtido para ser liquidado em 10 parcelas mensais de R$2000,00, ven-
cendo-se a primeira parcela 1 mês após a data da obtenção. A taxa de juros ne-
gociada com a instituição financeira foi de 2% ao mês no regime de capitalização
composta. Se, após o pagamento da oitava parcela, o devedor decidir liquidar o
saldo devedor do empréstimo nessa mesma data, o valor que deverá ser pago,
desprezando-se os centavos, é, em reais,
a) 3846,00.
b) 3883,00.
c) 3840,00.
d) 3880,00.
e) 3845,00.

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Letra b.

Após o pagamento da oitava parcela, sobraram ainda duas para serem quitadas.

A relação entre o saldo devedor e as duas últimas parcelas é dada pelo fator de

amortização:

Podemos agora calcular o saldo devedor D8.

Questão 20    (TFC/2017/INÉDITA) João financiou R$27000 por meio do Sistema

de Amortização Francês para a compra de um automóvel em 24 meses a uma taxa

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de juros de 2% ao mês. Faltando 9 meses para o final do empréstimo, ele resol-

veu quitar sua dívida pagando todo o saldo devedor que ainda restava. Assinale a

alternativa que corresponde ao saldo devedor logo após o pagamento da décima

quinta parcela.

Dados: 

a) R$9000,00.

b) R$10125,00.

c) R$12000,00.

d) R$15000,00.

e) R$18000,00.

Letra c.

Esta é uma questão muito avançada a respeito do Sistema de Amortização Francês.

Podemos calcular a parcela por meio do Sistema Francês maior, que possui 24 pa-

gamentos.

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Portanto, a parcela será:

Podemos agora calcular o saldo devedor após o décimo quinto pagamento, perce-

bendo que ele corresponde a um Sistema Francês menor, com apenas 9 pagamen-

tos.

É possível, então, calcular o saldo devedor D15:

Um ponto importante a se comentar sobre esta questão é que, embora o indiví-

duo tenha pagado 15 das 24 prestações (62,5%), ele conseguiu amortizar apenas

R$15.000 do total de R$27.000 (ou seja, a amortização foi de 55,6%).

Isso acontece porque, no Sistema Francês, a amortização é crescente e se concen-

tra nas últimas parcelas. Mais adiante, veremos uma questão em que o número de

parcelas é maior. Será possível comparar o que acabamos de ver com o que acon-

tecerá nessa questão posterior.

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Questão 21    (CESGRANRIO/2012/EPE/ANALISTA DE GESTÃO CORPORATIVA-

-FINANÇAS E ORÇAMENTO) Um imóvel foi financiado pelo Sistema de Amortização

Francês (Tabela Price), em 150 prestações mensais, com taxa de juros, no regime

de juros compostos, de 4% ao mês. As prestações são consecutivas e iniciaram-se

1 mês após o recebimento do financiamento. A fração da dívida amortizada na me-

tade do período, isto é, depois de paga a 75ª prestação, é, aproximadamente, de:

Dado: (1,04)−75 = 0,05

a) 5%.

b) 25%.

c) 50%.

d) 75%.

e) 95%.

Letra a.

Façamos um esquema. Um capital C foi tomado emprestado e foi pago em 150

prestações mensais iguais pelo Sistema de Amortização Francês. Queremos saber

o saldo devedor após 75 pagamentos.

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Note que o saldo devedor D75 corresponde ao valor presente das 75 últimas parce-

las. Esse valor presente pode ser escrito pela expressão do fator A:

Como foi fornecida a aproximação para (1,04)−75, vamos utilizar a seguinte expres-

são para o fator A:

Sendo assim, temos que:

Agora, podemos calcular as parcelas do financiamento. Para isso, devemos lembrar

que o capital tomado foi C em 150 prestações e que a relação entre as parcelas e

o capital tomado emprestado é:

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Vamos utilizar a seguinte expressão para o fator A:

Temos, então, o valor da parcela:

Portanto, podemos aplicar essa expressão ao saldo devedor calculado:

Temos, assim, que o saldo devedor após 75 pagamentos representa um percentual

do capital inicial dado por:

A questão perguntou quanto foi amortizado. Se o saldo devedor permanece de

95% da dívida, então foi amortizado o percentual de apenas 5%.

Isso é muito interessante – para não dizer horrível. Quando você faz uma dívida de

longo prazo, nesse caso de 150 prestações, as primeiras prestações serão compos-

tas quase exclusivamente por juros.

É por isso que, mesmo após pagar metade do financiamento, você quitou apenas

5% da sua dívida.

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Podemos simular em Excel, usando a planilha apresentada neste material, a dívida

citada.

Uma dívida de R$200000,00 paga a juros de 4% ao mês, terá um parcela de in-

críveis R$8022,35, o que significa que o total a ser pago será de R$1203352,68

(pouco mais de 6 vezes o valor da dívida).

É bem verdade que a questão foi bastante exagerada, pois taxas de juros de 4%

ao mês não são tão comuns para financiamentos de longo prazo. Uma taxa de ju-

ros relativamente padrão para financiamento imobiliário, por exemplo, é de 1,5%

a 2% ao mês.

Como comparação com a questão anterior, vamos fazer a mesma simulação, con-

siderando juros de 2% ao mês. As parcelas serão, assim, de R$4216,22, e o valor

total a ser pago será de R$632433,13 (mais de 3 vezes o valor da dívida). Isso é

muito, não é? Compre um e pague três!

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Nesse caso, o saldo devedor após o pagamento de 75 parcelas seria de R$162116,46

– o que equivale a pouco mais de 81% da dívida – e, mesmo após pagar metade

do financiamento, teriam sido quitados apenas 19% da dívida.

Lembre-se bem dessa questão quando pensar em adquirir dívidas grandes que le-

varão mais de dez anos para ser pagas.

Questão 22    (ESAF/1985/AFRF) Uma pessoa obteve um empréstimo de

R$120000,00 a uma taxa de juros compostos de 2% ao mês, que deverá ser pago

em 10 parcelas iguais. O valor dos juros a serem pagos na oitava parcela é de:

a) R$5,00.

b) R$51,00.

c) R$518,00.

d) R$5187,00.

e) R$770,00.

Dados: fatores de amortização a uma taxa de juros de 2% ao mês.

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Prazo Fator A
1 0,98
2 1,94
3 2,88
4 3,81
5 4,71
6 5,60
7 6,47
8 7,33
9 8,16
10 8,98
11 9,79
12 10,58

Letra e.
A questão pediu o valor dos juros a serem pagos na oitava parcela. Para isso, po-
rém, precisamos saber o saldo devedor antes de pagar essa parcela.
Façamos, então, uma representação esquemática do empréstimo e de suas 10 par-
celas.

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Podemos calcular as parcelas por meio da tabela fornecida. Em relação ao Sistema


Francês total, temos que R$120000 correspondem ao capital equivalente a uma

série de 10 pagamentos. Portanto:

Assim, é possível entender o saldo devedor D7 como o capital equivalente a uma

série de 3 pagamentos de R$13.363. Dessa maneira, temos:

Portanto, os juros que incidem na oitava parcela são dados por:

Questão 23    (FGV/2015/ISS-NITERÓI/CONTADOR) Considere a amortização de

uma dívida pelo Sistema de Amortização Francês (Tabela Price) em três pagamen-

tos, vencendo a primeira prestação um período após a liberação dos recursos e

sendo as duas primeiras parcelas de amortização R$5000,00 e R$5500,00, respec-

tivamente.

O valor de cada prestação, em reais, é de:

a) R$5250.

b) R$5000.

c) R$5516.

d) R$6050.

e) R$6655.

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Letra e.

Esta é uma questão bastante complicada. As parcelas do Sistema Francês são cal-

culadas pelo fator de amortização:

Essas parcelas são compostas por juros e amortização.

O enunciado forneceu os valores iniciais de amortização. Além disso, devemos ter

em conta que:

• no mês 0, houve a primeira amortização no valor de R$5000, portanto o saldo

devedor diminuiu em R$5000;

• no Sistema Francês, os juros são calculados sobre o saldo devedor do mês

anterior.

Dessa maneira, a primeira parcela é dada por:

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Comparando as duas parcelas e lembrando que elas devem ser iguais, porque a

transação está sendo realizada no Sistema Francês, temos que:

Agora que descobrimos as taxas de juros, podemos obter a relação entre a parcela

e o capital inicial da dívida.

Escrevemos agora a parcela:

Podemos comparar essa expressão com o valor da primeira parcela:

Finalmente, chegamos à prestação que foi pedida pelo enunciado:

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Questão 24    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Pretende-

-se trocar uma série de oito pagamentos mensais iguais de R$1000,00, vencendo

o primeiro pagamento ao fim de 1 mês, por outra série equivalente de doze paga-

mentos iguais, vencendo o primeiro pagamento também ao fim de 1 mês. Calcule o

valor mais próximo do pagamento da segunda série, considerando a taxa de juros

compostos de 2% ao mês.

a) R$750,00.

b) R$693,00.

c) R$647,00.

d) R$783,00.

e) R$716,00.

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Letra b.

Trata-se de um problema interessante de refinanciamento. Primeiramente, tem-se

uma série de pagamentos de oito parcelas iguais que se iniciam 1 mês após a con-

tração da dívida, ou seja, um Sistema Francês com n = 8.

O valor presente de uma série de oito pagamentos é dada por:

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O fator de amortização foi tabelado. Para a taxa de 2% ao mês e oito pagamentos,

temos que . Dessa maneira, temos:

Vamos agora refinanciar esse capital de R$7320 em doze pagamentos, consideran-

do a mesma taxa de juros de 2% ao mês. Temos que a nova parcela será:

Questão 25    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Um finan-


ciamento no valor de R$612800,00 deve ser pago pelo Sistema Price em dezoito
prestações semestrais iguais, a uma taxa nominal de 30% ao ano, vencendo a
primeira prestação ao fim do primeiro semestre, a segunda ao fim do segundo se-
mestre, e assim sucessivamente. Obtenha o valor mais próximo da amortização do
saldo devedor embutido na segunda prestação.

 Obs.: Use a tabela fornecida na questão anterior.


a) R$10687,00.
b) R$8081,00.
c) R$10000,00.
d) R$9740,00.
e) R$9293,00.

Letra e.
O primeiro ponto a se comentar sobre esta questão é que foi fornecida a taxa de

juros nominal anual, porém os pagamentos são semestrais. Portanto, devemos

converter a taxa anual em semestral.

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A conversão de taxa nominal em efetiva é sempre feita pelo conceito de proporcio-

nalidade.

Podemos, então, calcular o fator de amortização a uma taxa de 15% ao semestre

com dezoito pagamentos semestrais usando a tabela fornecida.

Podemos agora calcular as parcelas.

Dessa maneira, as parcelas são iguais a R$100000. O cupom de juros envolvido na

primeira parcela é calculado em cima do capital inicial da dívida.

É possível calcular a amortização embutida nessa parcela como a diferença entre a

parcela e os juros pagos.

A amortização se refere ao decréscimo do saldo devedor provocado pelo pagamen-

to da primeira parcela. Portanto, teremos que o novo saldo devedor será:

Para facilitar seu entendimento, montemos um esquema do empréstimo apresen-

tado:

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Perceba que o cupom de juros J1 foi calculado com base no valor de R$612800, sal-

do devedor inicial. A soma dos juros com a amortização produz o valor da parcela,

que é de R$100000.

O cupom de juros envolvido na segunda parcela é calculado com base no saldo

devedor no mês 1.

Podemos, então, calcular a amortização embutida nessa parcela como a diferença

entre a parcela e os juros pagos.

É interessante notar que realmente a amortização no Sistema Francês é sempre

crescente.

Como a questão pediu a amortização na segunda parcela, já podemos marcar o

gabarito correspondente.

Questão 26    (FCC/2016/ELETROBRÁS–ELETROSUL/ADMINISTRAÇÃO DE EM-


PRESAS) Considere um empréstimo que deverá ser liquidado por meio de 5 pres-
tações mensais, consecutivas e iguais a R$8610,00 cada uma, com a utilização do

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Sistema de Amortização Francês (Tabela Price). Observa-se, pelo plano de paga-


mentos, que a primeira prestação vence 1 mês após a data da concessão do em-
préstimo e que os valores dos juros incluídos na primeira e na segunda prestações
são iguais a R$1000,00 e R$809,75, respectivamente. O  valor do saldo devedor
imediatamente após o pagamento da segunda prestação é, em reais, igual a:
a) 24589,75.
b) 24780,00.
c) 25589,25.
d) 26525,00.
e) 23980,25.

Letra a.
Esta é mais uma questão das boas sobre o Sistema Francês, muito parecida com a

questão anterior. Podemos calcular as amortizações:

Considere C o capital inicial da dívida.

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Os juros sobre a primeira parcela são calculados em relação ao saldo devedor no

mês 0, ou seja, o capital inicial da dívida. Já os juros sobre a segunda parcela de-

vem ser calculados em relação ao saldo devedor no mês 1.

Fazendo a diferença entre os dois juros calculados:

O capital inicial da dívida pode ser calculado pelos juros da primeira parcela:

O enunciado pediu o saldo devedor após o pagamento das duas parcelas. Portanto,

devemos abater as duas amortizações pedidas.

Questão 27    (ESAF) Uma máquina tem preço de $2000000, podendo ser financia-

da com 10% de entrada e o restante em prestações trimestrais, iguais e sucessi-

vas. Sabendo-se que a financiadora cobra juros compostos de 28% ao ano, capita-

lizados trimestralmente, e que o comprador está pagando R$205821 por trimestre,

a última prestação vencerá em:

a) 3 anos e 2 meses.

b) 3 anos e 6 meses.

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c) 3 anos e 9 meses.

d) 4 anos.

e) 4 anos e 3 meses.

Dados: tabela do fator A de amortização para i = 7% ao mês.

A A

1 0,93 11 7,50

2 1,81 12 7,94

3 2,62 13 8,36

4 3,39 14 8,74

5 4,10 15 9,11

6 4,77 16 9,45

7 5,39 17 9,76

8 5,97 18 10,06

9 6,51 19 10,34

10 7,02 20 10,59

Letra b.

Em primeiro lugar, vamos converter a taxa de juros nominal em efetiva.

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Note que o valor financiado foi apenas 90% do preço da máquina à vista, tendo em

vista que 10% foram pagos a título de entrada. Sendo assim, temos:

A relação entre a dívida adquirida e a parcela a ser paga é dada pelo fator de amor-

tização.

O fator de amortização encontrado foi de 8,74, o que corresponde a n = 14 (veja a

tabela). Sendo assim, o financiamento foi feito em 14 trimestres. Como 1 ano tem

4 trimestres, o financiamento vencerá em 3 anos e 2 trimestres (ou 6 meses).

4. Sistema de Amortização Constante (SAC)


Esse é um dos favoritos das provas. Por ter expressões mais simples que o

Sistema Francês, é relativamente mais fácil colocar questões que envolvam maior

nível de raciocínio.

No Sistema SAC, a amortização é constante em todas as parcelas. Dessa ma-

neira, se contraímos uma dívida C a ser paga em N prestações, o valor da amorti-

zação será.

Além disso, podemos calcular a parcela completa como a soma dos juros mais

a amortização.

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Os juros devem ser calculados em função do saldo devedor no período anterior.

Não existe muita teoria sobre o Sistema SAC além do exposto aqui, embora

questões sobre o assunto sejam comuns. A seguir veremos algumas delas.

Questão 28    (CESPE/2017/TCE-PE) Situação hipotética: um banco emprestou

R$12000 para Maria, que deve fazer a amortização em doze parcelas mensais con-

secutivas pelo Sistema de Amortização Constante sem carência. A taxa de juros

contratada para o empréstimo foi de 1% ao mês, e a primeira parcela deverá ser

paga 1 mês após a tomada do empréstimo.

Assertiva: o valor da quarta parcela a ser paga por Maria é de R$1090.

Certo.

Esta é uma questão bem simples e muito útil para treinar o Sistema SAC. Vamos

esmiuçá-la a fim de que você entenda o maior número de detalhes a respeito desse

sistema.

No Sistema SAC, a amortização é constante. Se temos um capital inicial de R$12000

para ser amortizado em doze parcelas mensais, temos que a amortização mensal é:

Na primeira parcela, os juros são calculados em função do capital inicial da dívida

– R$12000. Portanto, temos:

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Assim, podemos calcular a primeira parcela e o saldo devedor após esse pagamen-

to:

Poderíamos repetir o mesmo procedimento para encontrar todas as parcelas. Ou

podemos notar que, como queremos a quarta parcela, e a amortização mensal é

constante, teremos a seguinte situação, em que o saldo devedor decresce R$1000

por mês.

É importante deixar claro que os juros no mês 4 devem ser calculados em relação

ao saldo devedor no mês 3, como no Sistema Francês.

Dessa maneira, os juros incidentes na quarta parcela podem ser calculados:

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Já temos condições de marcar a resposta correta. No entanto, com o objetivo de

aprender mais sobre o Sistema SAC, desenharemos o que acontece em todas as

parcelas até chegar à quarta.

Questão 29    (CESPE/2018/TCE-PB/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS) Um banco

emprestou R$200000, entregues no ato, sem prazo de carência. O empréstimo foi

quitado pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) em 20 prestações semes-

trais consecutivas.

Nessa situação, se a taxa de juros do empréstimo foi de 1,5% ao semestre, então

o valor da quinta prestação, em reais, foi de:

a) 12400.

b) 13000.

c) 10000.

d) 11650.

e) 12250.

Letra a.

Como o pagamento será feito em 20 prestações semestrais, a cada semestre, será

amortizada uma fração do capital tomado emprestado inicialmente, dada por:

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Uma amortização semestral de R$10000 significa que o saldo devedor se reduzirá

nesse valor a cada semestre.

No semestre 0, quando a dívida é iniciada, o saldo devedor será de R$200000. No

semestre seguinte (1), o tomador amortizará R$10000. O saldo devedor passará,

assim, a ser de R$190000. É possível representar graficamente da seguinte ma-

neira:

Perceba que a primeira parcela é paga após o semestre 0 e a segunda é paga

após o semestre 1, pelo que a quinta será paga após o semestre 4.

No Sistema SAC, os juros incidem sobre o saldo devedor no semestre anterior,

como representado na figura acima.

Dessa maneira, os juros que incidem na quinta parcela devem ser calculados

pelo saldo devedor no semestre anterior (semestre 4). Temos então:

Podemos agora calcular a quinta parcela como a soma dos juros com a amortiza-

ção.

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Questão 30    (ESAF/2013/MF/CONTADOR) Um empréstimo de R$80000,00 será


pago em 20 parcelas mensais, sendo a primeira 30 dias após o empréstimo, com
juros de 2% ao mês, pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). O valor da
segunda parcela será:
a) R$5.520,00.
b) R$5.450,00
c) R$5.180,00.
d) R$5.230,00
e) R$5.360,00.

Letra a.
Note que, não raro, as questões que tratam de Sistema de Amortização Constante
(SAC) cobram simplesmente o cálculo de uma parcela específica, sem nenhuma
particularidade.
A amortização mensal é dada pela razão entre o empréstimo tomado e o número

de parcelas para ser quitado:

Podemos esquematizar da seguinte maneira:

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Os juros da segunda parcela devem ser calculados em relação ao saldo devedor no

mês anterior (mês 1). Dessa maneira, temos:

A segunda parcela é, então, composta pelo cupom de juros calculado e pela amor-

tização constante.

Questão 31    (FGV/2014/ISS-CUIABÁ/AUDITOR FISCAL) Considere um financia-

mento de quatro anos cujo valor do principal seja de R$100,00 e a taxa de juros,

igual a 4% ao ano.

Considere quatro planos de amortização para esse financiamento:

• no plano 1, o financiamento é quitado com um único pagamento apenas no

final do quarto ano, com capitalização dos juros ao fim de cada ano;

• no plano 2, ao fim de cada ano são pagos apenas os juros, com exceção do

último ano, no qual, além dos juros, é efetuado o pagamento integral do prin-

cipal;

• no plano 3, a liquidação do financiamento segue o modelo Price;

• no plano 4, a liquidação do financiamento segue o modelo SAC.

No final do quarto ano, nos planos 1, 2, 3 e 4, os valores da amortização do princi-

pal serão (em reais), respectivamente, de:

a) 100, 100, maior do que 25 e 25.

b) maior que 116, 100, maior do que 25 e 25.

c) 100, 100, 25 e menor do que 25.

d) menor do que 100, maior do que 100, maior do que 25 e 25.

e) 100, 100, 25 e maior do que 24.

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Letra a.

No plano 1, a dívida se acumula pela dinâmica de juros compostos.

No momento de quitação da dívida, será amortizado o principal de R$100 e serão

pagos os juros de R$17. O pagamento de juros não conta para a amortização.

No plano 2, que corresponde ao Sistema Americano, o principal é amortizado ape-

nas no final (ou seja, no ano 4, é amortizado o total de R$100).

No plano 4, a amortização é constante, portanto:

Por fim, no plano 3, devemos lembrar que a amortização é crescente no Sistema

Francês. Por isso, no último ano, certamente será maior que 25.

Questão 32    (CESPE/2017/TER-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE)

Um banco emprestou a uma empresa R$100000, entregues no ato, sem prazo de

carência, para serem pagos em quatro prestações anuais consecutivas pelo Siste-

ma de Amortização Constante (SAC). A taxa de juros compostos contratada para

o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira prestação será paga 1 ano após a

tomada do empréstimo.

Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser paga pela empresa será:

a) superior a R$33000.

b) inferior a R$30000.

c) superior a R$30000 e inferior a R$31000.

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d) superior a R$31000 e inferior a R$32000.


e) superior a R$32000 e inferior a R$33000.

Letra e.
Como são quatro parcelas anuais, a amortização constante será:

Os juros que incidem sobre a segunda parcela devem ser calculados em relação ao
saldo devedor no mês 1. Esse saldo é calculado levando-se em conta que já houve
uma amortização, porque já foi paga uma parcela.

Podemos agora calcular os juros incidentes na terceira parcela:

Observe que o gabarito é bem ambíguo, pois a parcela encontrada não é nem su-
perior nem inferior a R$33.000 – ela é igual. Isso possivelmente seria suficiente
para um recurso, de modo que a banca aceitasse, pelo menos, a letra a também
como resposta.

Questão 33    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Uma pes-


soa tomou um empréstimo imobiliário no valor de R$240000,00 para ser pago em
120 prestações mensais pelo Sistema de Amortizações Constantes (SAC), a uma
taxa de 1,5% ao mês, sem carência, vencendo a primeira prestação ao fim do pri-
meiro mês, a segunda ao fim do segundo mês, e assim sucessivamente. Marque o

valor mais próximo da décima segunda prestação.

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a) R$5270,00.

b) R$5420,00.

c) R$5300,00.

d) R$5360,00.

e) R$5330,00.

Letra a.

É uma questão bem semelhante às anteriores. Nesta, porém, a ESAF cobrou uma

parcela mais distante – a décima segunda. Contudo, isso em nada altera o grau de

dificuldade do problema. Basta aplicar a mesma técnica vista anteriormente.

A amortização mensal é dada por:

Para calcular a décima segunda parcela, precisamos do saldo devedor no mês ante-

rior. Nesse ponto, precisamos saber que, como já foram pagas 11 parcelas, houve

também onze amortizações. O saldo devedor no mês 11 será:

Vamos esquematizar o problema e os dados calculados.

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Podemos calcular os juros que incidem sobre a décima segunda parcela com base

no saldo devedor anterior.

Portanto, a décima segunda parcela será a soma dos juros com a amortização cor-

respondente.

Pela questão 28, você deve ter reparado que, no Sistema SAC, o saldo deve-

dor e as parcelas formam uma progressão aritmética decrescente.

A fim de teorizar, podemos calcular as expressões para o saldo devedor após n

pagamentos e para qualquer parcela do Sistema SAC. Contudo, não é necessário

memorizar essas expressões. Basta ter em mente o exposto.

O saldo devedor após n pagamentos é igual à dívida original C menos n amor-

tizações.

Os juros na parcela n, por sua vez, devem ser sempre calculados em relação ao

saldo devedor no mês anterior ao pagamento. Portanto:

Reforçamos que é absolutamente desnecessário decorar essas expressões. Elas

podem ser facilmente deduzidas.

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Lembre que, no Sistema de Amortização Constante, o saldo devedor e as parcelas

decrescem por meio de uma progressão aritmética, ou seja, são linearmente de-

crescentes.

4.1. Exemplo de Sistema SAC

Tomaremos o mesmo exemplo da Seção 3.3, em que é financiado um capital de

R$25000 em 24 meses a uma taxa de juros de 3% ao mês.

Nesse caso, a amortização mensal é calculada por:

Figura 9. Comportamento da amortização e dos juros no Sistema SAC.

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Observe que a amortização é constante a cada parcela, mas os juros decrescem

e, por consequência, o valor das parcelas também.

Note que a primeira prestação foi de R$1791,67 e a última, de R$1072,92 – o

que representa grande redução de valor.

Um efeito importante aa frisar a respeito do Sistema de Amortização Constante

é visto em financiamentos de longo prazo. Tomemos como exemplo o financia-

mento de R$150000 em 10 anos a uma taxa de juros de 2% ao mês – um típico

financiamento imobiliário.

A amortização mensal será de R$1250. Com o auxílio da planilha de Excel, calcu-

lamos que a primeira parcela será de R$4250. Já a última parcela será de R$1275.

Figura 10. Comportamento das parcelas num Sistema SAC de 120 parcelas.

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Imagine agora que seja você, recém-aprovado no concurso público dos seus
sonhos, a tomar esse financiamento para comprar seu imóvel.
Ao adquirir seu imóvel, ele se torna o que há de mais importante na sua vida.
Por isso, você está disposto a pagar prestações altíssimas no início – nesse caso,
R$4250.
No entanto, depois de 5 anos, suas prioridades começam a mudar. Você come-
ça, por exemplo, a pensar em ter filhos. É natural, portanto, que você queira pagar
prestações menores. Por isso, a  60ª prestação já caiu para R$2775. Isso lhe dá
uma folga interessante no orçamento.
Por isso, o Sistema SAC é uma opção muito interessante em financiamentos de
longo prazo. Outro fato importante a se citar é que o SAC garante uma amortização
mínima. Por isso, a diferença em relação ao Sistema Francês é notável para finan-
ciamentos de longo prazo.
Caso a mesma dívida de R$150000 fosse paga à mesma taxa de juros de 2% ao
mês em 120 parcelas, a parcela francesa seria de R$3307,21, o que daria um total
a ser pago de R$396865,74. Já no Sistema SAC, o total pago seria de R$331500.
A despeito disso, é importante citar que os juros continuam corroendo uma boa
parte das primeiras parcelas. Por isso, financiamentos de longo prazo tendem a
corroer boa parte do seu capital.
Essa simulação também pode ser realizada pela planilha disponibilizada nes-
ta aula.
A seguir serão oferecidas algumas questões de prova.

Questão 34    (2013 /ISS-RJ/AGENTE DE FAZENDA) Em um financiamento pelo

Sistema de Amortizações Constantes (SAC), celebrado a uma taxa pré-fixada, a di-

ferença entre duas prestações consecutivas será:

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a) variável.

b) cada vez menor.

c) cada vez maior.

d) constante.

Letra d.

Tenha em mente que as parcelas no Sistema de Amortização Constante (SAC)

formam uma progressão aritmética. Portanto, a diferença entre duas prestações

consecutivas será constante.

(CESPE/2015/MPU/Analista Atuarial) Um banco emprestou R$10000,00 à taxa de

juros mensais de 1%, devendo ser pago pelo Sistema de Amortização Constante

(SAC), em 10 parcelas mensais e consecutivas, com a primeira prestação vencen-

do 1 mês após a tomada do empréstimo (sem carência). Nessa situação, julgue os

seguintes itens.

Questão 35    O total dos juros pagos até a quinta prestação, inclusive, será igual a

R$400,00.

Certo.

Devemos sempre começar as questões de Sistema SAC calculando a amortização

a cada período.

Podemos calcular os juros sobre a primeira e a quinta parcelas.

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Os juros sobre a quinta parcela devem ser calculados em função do saldo devedor
no mês 4. No mês 4, já foram feitos quatro pagamentos, somando, portanto, qua-
tro amortizações de R$1000 (um total de R$4000). O  saldo devedor restante é,
assim, de R$6000.

Agora, podemos extrair a soma dos juros, lembrando que a soma dos termos de
uma PA é dada por:

A questão 35 está, portanto, correta.

Questão 36    O valor da primeira prestação será superior a R$1150,00.

Errado.
A primeira parcela é bem simples de calcular.

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(CESPE/2015/TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Recentemente, a empresa

Fast Brick Robotics mostrou ao mundo um robô, conhecido como Hadrian 105, ca-

paz de construir casas em tempo recorde. Ele consegue trabalhar algo em torno de

20 vezes mais rápido que um ser humano, sendo capaz de construir até 150 casas

por ano, segundo informações da empresa que o fabrica.

Questão 37    Situação hipotética: para adquirir uma casa feita pelo robô, um

cliente contratou em um banco um financiamento no valor de R$50000,00, com

capitalização mensal a regime de juros compostos a taxa de juros de 0,5% ao mês,

que deverá ser pago integralmente somente ao fim do prazo do financiamento, que

é de 20 anos.

Assertiva: nessa situação, assumindo-se 3,31 como valor aproximado de (1,005)240,

ao fim dos 20 anos, o comprador pagará mais de R$170000,00 reais ao banco.

Errado.

Nesse caso, a dívida está sendo atualizada por juros compostos.

Questão 38    Situação hipotética: para comprar uma casa construída pelo robô,

uma pessoa contraiu um empréstimo de R$120000,00, a ser pago pelo Sistema de

Amortização Constante (SAC) em 6 anos, em 12 prestações semestrais, com taxa

de juros semestral de 8%.

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Assertiva: nesse caso, desconsiderando-se a existência de eventual prazo de ca-

rência, o valor da prestação a ser paga ao fim do quarto semestre será superior a

R$16000,00.

Certo.

Em primeiro lugar, calcularemos a amortização a cada prestação.

Observe que a primeira prestação é paga ao fim do semestre 0, ou seja, o semes-

tre em que foi contraída a dívida. Ao fim do primeiro semestre, é paga a segunda

prestação.

Portanto, a prestação a ser paga ao fim do quarto semestre é, na verdade, a quinta

prestação.

Dessa maneira, a quinta prestação será:

Questão 39    (CESPE/2016/TCE-SC/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO)

Um financiamento de R$10000 foi feito pelo Sistema de Amortização Constante

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(SAC) em 5 meses consecutivos e com 2 meses de carência. A operação foi contra-


tada à taxa de juros de 8% ao mês. Nessa situação, o valor da segunda prestação,
após o início da amortização, era inferior a R$2500.

Errado.
Precisamos entender que, durante o período de carência, os juros continuam acu-
mulando normalmente pela dinâmica de juros compostos.
Sendo assim, findo o prazo de 2 meses de carência, a dívida terá se elevado.

Agora, podemos calcular a amortização a cada prestação.

Para calcularmos a segunda prestação, devemos ter em mente que os juros devem
ser calculados em relação ao saldo devedor do mês anterior (mês 1). Nesse mês,

já foi feita uma amortização. Portanto, o saldo devedor referente ao mês 1 será:

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Podemos agora calcular os juros e a segunda parcela.

Questão 40    (FGV/2015/ISS-NITERÓI/CONTADOR) Um indivíduo pretende com-


prar um imóvel financiado em 60 meses utilizando o Sistema de Amortização Cons-
tante (SAC). Ele procurou uma instituição financeira que opera com vencimento da
primeira prestação 1 mês após a liberação dos recursos, taxa de juros de 5% ao
mês, e foi informado que, pela análise dos comprovantes de rendimentos, o limite
máximo da prestação teria que ser de R$5000,00.
O valor máximo que ele pode financiar, em reais, é:
a) 75000.
b) 100000.
c) 185000.
d) 225000.
e) 300000.

Letra a.
Em um Sistema de Amortização Constante, o cliente deve ser capaz de arcar com

os juros e com a amortização.

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Os juros na primeira parcela são dados por:

Já a amortização é constante e dada por:

Sendo assim, a primeira parcela será:

A maneira mais simples de resolver essa equação é multiplicando tudo por 60.

Questão 41    (2017 /TFC/INÉDITA) João tomou um financiamento a um Sistema de

Amortização Constante em 12 parcelas. Sabendo que ele pagou R$1750 na primei-

ra prestação e R$1700 na terceira prestação, calcule quanto ele tomou financiado.

13800

A incógnita é o capital C tomado emprestado. Em primeiro lugar, devemos calcular

a amortização a cada parcela, que é dada por:

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Podemos agora construir o esquema:

A primeira e a segunda parcelas são dadas, respectivamente, por:

Podemos agora tirar a diferença entre as duas parcelas:

De posse do termo Ci, podemos aplicar essa expressão na primeira parcela e che-

gamos a:

(CESPE/2011/BRB/ESCRITURÁRIO) Uma agência bancária, ao emprestar a quantia

de R$60000,00 a uma empresa, entregou o valor no ato e concedeu à empresa 3

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anos de carência, sem que os juros desse período ficassem capitalizados para se-

rem pagos posteriormente. Com base nessa situação e sabendo que esse emprés-

timo será pago pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), em 3 anos, e à taxa

de juros de 10% ao ano, julgue os itens subsecutivos.

Questão 42    O valor da última prestação a ser paga será superior a R$ 23.500,00.

Errado.

Durante o período de carência, não houve acúmulo de juros, porque foram pagos

em cupons semestrais. O valor de cada cupom de juros é dado por:

Como o período de carência corresponde a 3 anos, foram pagos 3 cupons de R$6000.

Portanto, foram pagos R$18000 a título de juros durante o período de carência.

Findo o prazo da carência, a dívida será paga por meio do Sistema SAC habitual.

A amortização é calculada por:

Agora, podemos montar o esquema, em que o ano 0 representa o final do período

de carência.

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A última parcela é calculada pelos juros que incidem no saldo devedor do ano 2,

que é de R$20000. Essa parcela pode ser calculada como mostrado no esquema.

Questão 43    No período de carência, a empresa nada pagará ao banco.

Errado.

Como explicitado pelo comentário anterior:

Durante o período de carência, não houve acúmulo de juros, porque foram pagos

em cupons semestrais. O valor de cada cupom de juros é dado por:

Como o período de carência corresponde a 3 anos, foram pagos 3 cupons de R$6000.

Portanto, foram pagos R$18000 a título de juros durante o período de carência.

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Questão 44    O total de juros pagos será superior a R$23000,00.

Certo.

Por fim, o total de juros pagos no período é calculado por:

(CESPE/2010/BRB/ESCRITURÁRIO) Para aquisição de sua casa própria, um

cliente de uma instituição financeira com carteira hipotecária necessita financiar

R$60000,00. O financiamento poderá ser feito pelo Sistema de Amortização Cons-

tante (SAC) ou pelo Sistema de Amortização Francês (Price). Em cada um desses

sistemas, a prestação mensal é composta pelo valor determinado pelo sistema e

mais R$25,00 a título de seguro de financiamento.

A taxa de juros é de 1% ao mês, o prazo do financiamento é de 10 anos e não há

correção monetária. Com relação à situação apresentada, julgue os itens seguin-

tes, considerando 1,1268 e 3,3 como valores aproximados de  e .

Questão 45    Para que a primeira prestação tenha o menor valor possível, esse

cliente deverá optar pelo SAC.

Errado.

Esta é uma questão muito interessante. Sempre que a questão cobrar um seguro,

é importante grifá-lo, pois é algo bastante esquecido pelos alunos enquanto res-

pondem questões de prova.

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O primeiro ponto, muito importante, é que o Sistema SAC serve justamente para

que as parcelas se reduzam à medida que passar o prazo do financiamento.

Por isso, as primeiras parcelas do Sistema SAC são maiores que as respectivas

parcelas do Sistema de Amortização Francês. No entanto, as últimas parcelas do

Sistema SAC são menores. Portanto, o item 45 está errado.

Questão 46    Pelo Sistema Francês, o valor da 98ª prestação será inferior a R$875,00.

Errado.

Em primeiro lugar, o financiamento foi feito em 120 vezes, pois afirma-se que as

parcelas são mensais e em um período de 10 anos (120 meses).

Calcularemos agora o fator de amortização.

Em seguida, deve-se calcular a aproximação para (1,01)120.

Então, temos o fator de amortização.

Calcularemos agora as parcelas do Sistema Francês, não podendo esquecer o se-

guro.

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Somando o seguro, temos que:

Portanto, a questão 46 está incorreta.

Questão 47    No SAC, o valor da 26ª prestação é igual ao dobro da amortização.

Certo.

Agora, vamos partir para o cálculo do Sistema SAC. A amortização mensal será:

Para o cálculo da 26ª prestação, devemos levar em conta o saldo devedor do mês

anterior (mês 25). Nesse momento, já foram pagas 25 parcelas. Portanto, houve

25 amortizações. Logo, o saldo devedor é de:

Então, podemos construir o esquema:

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Dessa maneira, a 26ª parcela é dada por:

Essa prestação, portanto, realmente corresponde ao dobro da amortização. Logo,

a questão 47 está correta.

Questão 48    Pelo SAC, a soma das primeiras 29 prestações será inferior a 50% do

valor financiado.

Certo.

A forma mais simples de calcular o somatório das parcelas pagas até a 29ª é lem-

brando que as parcelas no Sistema SAC formam uma progressão aritmética decres-

cente. Por isso, calculemos a 1ª e 29ª prestação.

A primeira parcela é bem simples de ser calculada, pois os juros incidem sobre o

capital inicial da dívida.

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Para a 29ª prestação, devemos levar em consideração que os juros incidem sobre

o saldo devedor obtido no mês anterior.

Calculemos a soma:

A soma das 29 primeiras parcelas pagas realmente é inferior a R$30000 (metade

do valor financiado). Logo, a questão 48 está correta.

Questão 49    (VUNESP/2015/PREFEITURA DE CAIEIRAS-SP/ASSISTENTE DE

CONTABILIDADE) Uma pessoa obteve um empréstimo de R$8000,00 (oito mil

reais) com um amigo, que ofereceu as seguintes condições de atualização e paga-

mento desse empréstimo:

• taxa de juros 12% ao ano – juros simples e não capitalizáveis;

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• amortizações semestrais, incluindo juros e principal. Para essas amortizações

os juros deverão ser calculados semestralmente até o vencimento, conside-

rando o valor devedor líquido, bem como o pagamento da respectiva parcela

do principal;

• prazo de 48 meses;

• por fim, que a garantia do empréstimo será de um veículo.

Com base nessas informações, pode-se concluir que o total dos juros pagos nesse

empréstimo, em reais, foi de:

a) 960,00.

b) 1320,00.

c) 1920,00.

d) 2160,00.

e) 3840,00.

Letra d.

Apesar da redação um pouco confusa, a questão se refere ao Sistema de Amortiza-

ção Constante (SAC). Como sabemos, a cota de amortização é constante em todas

as parcelas.

Como as parcelas são semestrais, devemos converter todos os parâmetros do

enunciado em semestrais.

O número de parcelas é igual a 8, pois 48 meses equivalem a 8 semestres.

Por outro lado, a taxa de juros deve ser convertida em semestral usando o conceito

de taxas de juros proporcionais.

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Podemos agora calcular a cota de amortização em cada parcela.

Dessa maneira, podemos esquematizar.

Os juros na primeira parcela são calculados por:

Já os da segunda, por:

Como sabemos, os juros em um Sistema SAC seguem uma PA. Portanto, a razão

da PA será igual a R$60 (R$480 – R$420).

O cupom de parcelas na última parcela são calculados também em relação ao saldo

devedor no mês anterior.

Agora, basta usar a soma da PA. A soma dos termos de uma PA é igual à média

aritmética dos extremos multiplicado pela quantidade de termos.

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Caso você não se lembrasse da fórmula de soma da PA, você também poderia so-

mar os cupons de juros individualmente.

Basta, então, somar – será bem mais trabalhoso, porém, o resultado será igual.

Questão 50    (TFC/INÉDITA) João comprou um veículo financiando R$24000 por

meio de um sistema de amortização constante para pagamento em 24 meses.

A taxa de juros nominal do financiamento foi de 12% ao ano. Para assegurar que

pudesse pagar perfeitamente o carro, João contratou um seguro de R$60 por mês

para o caso de ele perder suas principais fontes de renda e, ainda, contratou um

período de carência de 2 meses, durante o qual não houve pagamentos. Assinale a

alternativa que representa o valor da terceira parcela após o período de carência.

a) R$1240,00.

b) R$1280,00.

c) R$1300,00.

d) R$1304,52.

e) R$1324,94.

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Letra d.
Esta é uma questão cheia de detalhes. Em primeiro lugar, temos um período de
carência. Como não houve pagamento de juros, o valor total da dívida cresce por
meio de juros compostos.
Para calcular a atualização da dívida, devemos converter a taxa de juros fornecida
de nominal para efetiva.

Calculemos agora o montante atualizado da dívida.

Essa dívida será paga por 24 meses. Portanto, a amortização mensal será:

Para calcular a terceira prestação, devemos ter em mente que os juros incidem
sobre o saldo devedor no mês anterior (mês 2). No mês 2, já houve duas amorti-
zações:

Calculemos agora a terceira prestação:

Portanto, a terceira prestação será:

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Questão 51    (CESGRANRIO/2015/PETROBRÁS/PROFISSIONAL JÚNIOR–ADMI-

NISTRAÇÃO) As empresas, ao  captarem recursos financeiros de terceiros, obri-

gam-se a respeitar o Sistema de Amortização Financeiro contratado. Sob condições

de prazo, taxa de juros e valor emprestado iguais, os sistemas Francês, SAC, Misto

e Americano apresentam uma característica comum.

Essa característica é a seguinte:

a) a amortização aumenta na mesma velocidade.

b) a primeira parcela contém o mesmo valor de juros.

c) as prestações são constantes.

d) as prestações são decrescentes.

e) o saldo devedor reduz na mesma velocidade.

Letra b.

Esta é uma questão teórica bem interessante. Em todos os sistemas citados, os ju-

ros são sempre calculados em relação ao saldo devedor no mês anterior.

Dessa maneira, os juros sobre a primeira parcela são calculados em relação ao total

da dívida. Portanto, serão iguais.

Vejamos um exemplo: você tomou R$100000 emprestados a uma taxa de juros

de 1% ao mês a serem pagos em 10 prestações. Nesse caso, o primeiro cupom de

juros será:

Sendo assim, os juros incidentes na primeira parcela serão de R$1000 independen-

temente do sistema de amortização utilizado.

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O que diferenciará os diferentes sistemas de amortização será justamente o valor

da amortização a ser pago em cada parcela.

No Sistema Americano, não haverá nenhuma amortização na primeira parcela. Por

isso, o pagamento será de exatamente R$1000.

No Sistema de Amortização Constante, a amortização dependerá apenas da quan-

tidade de prestações. Assim, a amortização a cada parcela será:

No Sistema de Amortização Constante (SAC), a primeira parcela será de R$11000,

sendo R$10000 de amortização e R$1000 de juros pagos.

No Sistema de Amortização Francês, também poderemos calcular a parcela pelo

fator A de amortização. Contudo, o cupom de juros também será igual a R$1000.

Sendo assim, em todos os sistemas citados, a primeira parcela conterá o mesmo

valor de juros.

(CESPE/2014/CAIXA/TÉCNICO BANCÁRIO) Um cliente contratou um financiamento

habitacional no valor de R$ 420000,00, para ser amortizado de acordo com o Sis-

tema de Amortização Constante, em 35 anos, à taxa nominal de juros compostos

de 9% ao ano, com capitalização mensal.

Com base nessas informações, julgue o item subsequente, desconsiderando, entre

outras, despesas como seguros e taxas de administração.

Questão 52    O valor da amortização mensal é inferior a R$900,00.

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Errado.

Como o cliente pagará em 35, serão 35.12 = 420 parcelas mensais. No Sistema

SAC, a amortização mensal é constante. Portanto, pode ser calculada por:

Questão 53    (FTC/2018/INÉDITA) Marcelo acabou de passar para o concurso dos

seus sonhos e, por isso, deseja comprar um imóvel em 120 parcelas mensais.

O preço do imóvel à vista é de R$420000.

No entanto, ele sabe que pretende ter filhos daqui a um tempo. Por isso, sabe que

pode pagar uma parcela maior hoje, mas terá menos dinheiro para pagar as parce-

las do apartamento no futuro.

Por isso, Marcelo optou pelo Sistema de Amortização Constante. De acordo com sua

programação financeira, ele pretende começar cim a primeira parcela de R$4000,

mas pretende aliviar seus pagamentos à medida que transcorrer o tempo, de modo

que a última parcela seja de R$1620.

Com base nessas informações, Marcelo deverá dar uma entrada no valor de:

a) R$164000.

b) R$180000.

c) R$192000.

d) R$205000.

e) R$228000.

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Letra e.

O primeiro passo para resolver essa questão é entender que Marcelo não vai finan-

ciar todo o apartamento, mas apenas uma parte, que chamaremos de C.

A entrada corresponde justamente à parte que Marcelo não financiou, ou seja,

R$420000 – C.

A questão também não informou a taxa de juros envolvida no financiamento. Con-

tudo, conhecemos a programação financeira de Marcelo e também podemos dese-

nhar o esquema.

Como são feitos 120 pagamentos, a amortização mensal será:

De acordo com a programação de Marcelo, a primeira parcela deve ser de R$4000

e a última de R$1620.

Os juros da primeira parcela incidem sobre o saldo devedor no mês 0, que é o ca-

pital total tomado de empréstimo. Esse capital é C (não R$420000).

Precisamos lembrar que todas as parcelas são compostas de juros e amortização.

Portanto, a primeira parcela será:

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Já a última será:

Basta subtrair (I) – (II) e teremos:

Assim:

Já calculamos, portanto, o produto Ci. Agora, podemos calcular o capital tomado

emprestado usando, por exemplo, a equação (I).

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Dessa maneira, Marcelo tomou R$192000 financiados para pagar o imóvel. A entra-

da a ser paga corresponde à diferença entre o total do imóvel e o valor financiado.

É interessante observar que podemos calcular também a taxa de juros envolvida.

Conhecemos o produto Ci. Portanto, temos:

Trata-se, assim, de uma taxa de juros módica. É uma taxa que pode ser oferecida

por alguns bancos. Normalmente, as condições são exatamente as propostas no

enunciado – quando você paga uma entrada superior a 50% do imóvel, não tem

dívidas anteriores e tem um bom histórico no Cerasa, é bem possível conseguir

taxas de juros efetivas próximas a essa.

Deve ser alertado que, muitas vezes, bancos e financeiras iludem seus tomado-

res de empréstimos.

Na maioria das questões que aqui mostramos, consideramos a taxa de juros o

único custo em um empréstimo. Contudo, é muito comum instituições financeiras

https://www.facebook.com/groups/2095402907430691 104 de 214


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embutirem outros custos, como taxas de abertura de crédito e taxas de adminis-

tração.

Por isso, as taxas de juros efetivas de empréstimos costumam ser bastante

superiores às que são rotineiramente publicadas por essas instituições. É preciso

estar atento.

Caso esteja previsto em seu edital, teremos uma aula sobre Custo Efetivo Total,

na qual você entenderá melhor o efeito de custos adicionais embutidos em emprés-

timos.

De qualquer maneira, uma dica muito útil é que, caso você tome algum tipo de

empréstimo ou financiamento, em vez de perguntar a taxa de juros, pergunte o

CET, ou custo efetivo total, da operação. Por lei, os bancos são obrigados a infor-

mar.

5. Sistema de Amortização Misto
O Sistema de Amortização Misto é muito simples de calcular. Suas parcelas são

a média aritmética entre o Sistema Francês e o Sistema SAC correspondentes.

Esse sistema de amortização foi criado no Brasil e tem por objetivo ser um in-
termediário entre o Sistema Francês, em que as prestações são constantes, e o
Sistema SAC, em que as parcelas caem muito rapidamente.
A título de exemplificação, mostraremos a simulação do mesmo empréstimo das
Seções 3.3 e 4.1. Para relembrar, o capital financiado foi de R$25000 a ser pago em
24 meses a uma taxa de juros de 3% ao mês.

As parcelas do Sistema Misto se comportam como mostrado na Figura 11.

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Figura 11. Comportamento das taxas de juros no Sistema Misto.

A Figura 11 mostra que as parcelas realmente decrescem linearmente, porém

não tão rapidamente quanto no Sistema SAC. A título de comparação:

Tabela 2. Comparação entre as parcelas do Sistema SAC e do Sistema

Misto.

Parcela Francês SAC SAM


Primeira R$1476,19 R$1791,67 R$1633,93
Última R$1476,19 R$1072,92 R$1274,55

De qualquer maneira, é possível dizer que as parcelas do Sistema Misto também

seguem uma progressão aritmética, embora mais suave do que a correspondente

ao Sistema SAC.

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Essa simulação também pode ser realizada pela planilha disponibilizada nes-

ta aula.

Questão 54    (FUNCAB/2013/CODATA/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO) O valor da

prestação do mês 5 de um financiamento pelo Sistema de Amortização Francês

(Price) é R$277,40. O valor da prestação do mês 5 do mesmo financiamento pelo

Sistema de Amortização Constante (SAC) é R$224,00. Determine o valor da pres-

tação do mês 5 desse mesmo financiamento pelo Sistema de Amortização Misto

(SAM).

a) R$501,40.

b) R$250,70.

c) R$330,80.

d) R$277,40.

e) R$224,00.

Letra b.

A parcela no Sistema Misto é igual à média aritmética entre as prestações do Sis-

tema Francês e do SAC.

Questão 55    (CESPE/2016/TCE-PR) Um empréstimo de R$240000 deverá ser qui-

tado, no Sistema Price, em 12 parcelas mensais iguais, com a primeira parcela

programada para vencer 1 mês após a contratação do empréstimo. A taxa de ju-

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ros nominal contratada foi de 12% ao ano e, com isso, cada prestação ficou em

R$21324. Nessa situação, se a pessoa que contratou o empréstimo tivesse optado

pelo Sistema de Amortização Misto, com a mesma taxa de juros, a terceira presta-

ção seria igual a:

a) R$21133.

b) R$22000.

c) R$21815.

d) R$21662.

e) R$21420.

Letra d.

O primeiro cuidado a se ter nesta questão é converter a taxa de juros anual em

mensal, pois o tempo foi dado em meses. Como o desconto é simples, utilizaremos

o conceito de taxa proporcional. Basta apenas dividir por 12, já que 1 ano é igual

a 12 meses.

Precisamos agora calcular as parcelas no correspondente Sistema SAC, pois as par-

celas no Sistema Francês já foram fornecidas.

A amortização a ser paga em cada período é calculada por:

Os juros que incidem sobre a terceira prestação devem ser calculados sobre o saldo

devedor no mês anterior (mês 2). Nesse mês, já ocorreram duas amortizações.

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Calculemos agora os juros incidentes sobre a terceira prestação.

Portanto, podemos calcular a terceira prestação somando os juros com a amorti-

zação:

Podemos, então, calcular a parcela correspondente do Sistema Misto pela média

aritmética:

(CESPE/2012/TCE-ES/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) Uma empresa, com o


objetivo de captar recursos financeiros para a ampliação de seu mercado de atua-
ção, apresentou projeto ao Banco Alfa, que, após análise, liberou R$1000000,00 de
empréstimo, o qual deverá ser quitado em 12 parcelas mensais, a juros nominais

de 18% ao ano, capitalizados mensalmente.

Questão 56    Se a quitação do empréstimo seguisse o Sistema Misto de Amortização,

em que os juros são calculados sobre o saldo devedor remanescente, os valores

das prestações seriam decrescentes.

Certo.

No Sistema Misto, realmente, as prestações são decrescentes. Não decresçam tão

rapidamente quanto no Sistema de Amortização Constante, mas decrescem. Por-

tanto, o item 56 está certo.

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Questão 57    Considere que, pelo Sistema de Amortização Constante, a primeira

parcela de quitação do empréstimo seja superior a R$90000,00 e, pelo Sistema Pri-

ce, igual a R$83000,00. Então, pelo Sistema Misto, a primeira parcela de quitação

do empréstimo será inferior a R$82000,00.

Errado.

Agora, vamos converter a taxa nominal em efetiva.

Para saber a parcela correspondente ao Sistema Misto, devemos fazer a média en-

tre a parcela obtida pelo Sistema SAC e o Sistema Francês.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (ESAF/2008 /ISS-RN) Uma pessoa faz a aquisição de um imóvel ao

valor global de R$200000,00 e pagará esta dívida com uma taxa de juros de 10%

a.a., em um prazo determinado. A parcela mensal prevista é de R$1500,00. Caso

haja saldo residual, efetuará o devido pagamento ao final deste período. Despre-

zando a figura da correção monetária, podemos afirmar que, neste caso:

a) se o prazo de pagamento for superior a 100 (cem) meses, não haverá saldo

devedor.

b) independente do prazo, sempre haverá saldo devedor e este é crescente.

c) ao final de 100 (cem) meses, o saldo devedor é de R$50000,00 (valor arredon-

dado na unidade de milhar – critério de arredondamento universal).

d) se a capitalização dos juros for mensal, o saldo devedor ficará zerado após 240

meses de pagamento.

e) se a capitalização dos juros for anual, o saldo devedor ficará zerado após 240

meses de pagamento.

Questão 2    (CESPE/2017/TCE-PE ) Situação hipotética: uma instituição finan-

ceira emprestou a uma empresa R$100000, quantia entregue no ato, sem prazo de

carência, a ser paga em cinco prestações anuais iguais, consecutivas, pelo Sistema

de Amortização Francês. A taxa de juros contratada para o empréstimo foi de 10%

ao ano, e a primeira prestação deverá ser paga 1 ano após a tomada do emprés-

timo.

Assertiva: se o valor das prestações for de R$26380, a soma total dos juros que

deverão ser pagos pela empresa, incluídos nas cinco parcelas do financiamento,

é inferior a R$31500.

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Questão 3    (CESPE/2016/TCE-SC ) Um banco emprestou R$30000, entregues no

ato, sem prazo de carência, para serem pagos pelo Sistema de Amortização Fran-

cês, em prestações de R$800. A primeira prestação foi paga 1 mês após a tomada

do empréstimo, e o saldo devedor, após esse pagamento, era de R$ 29650. Nessa

situação, a taxa de juros desse empréstimo foi inferior a 1,8%.

Questão 4    (TFC/INÉDITA) Uma empresa recorreu ao mercado de títulos para

conseguir um financiamento de R$500000,00. Foi acordado que ela pagaria 12

cupons semestrais de R$50000,00 e, junto com o último pagamento, restituiria o

valor de R$500000,00. Sendo assim, a taxa de juros nominal paga pela empresa

no financiamento foi de 20% ao ano.

Questão 5    (IADES/2017/FUNDAÇÃO HOMOCENTRO DE BRASÍLIA-DF/CONTA-

BILIDADE) Denominam-se Sistemas de Amortização as diferentes formas de de-

volução de um empréstimo. Acerca da Tabela Price (ou Sistema de Amortização

Francês), é correto afirmar que:

a) as prestações, em geral, são decrescentes, uma vez que a amortização é fixa e

os juros, decrescentes.

b) os juros são crescentes nas prestações.

c) a amortização é crescente, os juros são decrescentes e as parcelas são fixas.

d) a amortização é decrescente e os juros são crescentes, uma vez que as parcelas

são fixas.

e) a Tabela Price é utilizada exclusivamente para financiamento de veículos.

Questão 6    (CESPE/2009/TCE-AC) Uma pessoa comprou um veículo pagando uma

entrada, no ato da compra, de R$3500,00, e mais 24 prestações mensais, conse-

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cutivas e iguais a R$750,00. A primeira prestação foi paga 1 mês após a compra

e o vendedor cobrou 2,5% de juros compostos ao mês. Considerando 0,55 como

valor aproximado para 1,025-24, é correto afirmar que o preço à vista, em reais,

do veículo foi:

a) inferior a 16.800.

b) superior a 16.800 e inferior a 17.300.

c) superior a 17.300 e inferior a 17.800.

d) superior a 17.800 e inferior a 18.300.

e) superior a 18.300.

(CESPE/2008/BB/ESCRITURÁRIO) Julgue o item a seguir, relacionado a emprésti-

mos e financiamentos, considerando, em todas as situações apresentadas, que o

regime de juros praticado é o de juros compostos, à taxa mensal de 2%, e toman-

do 1,3 como valor aproximado para 1,0212.

Questão 7    Caso um imóvel no valor de R$120000,00 seja financiado em 12 pres-

tações mensais e consecutivas, tendo como base o Sistema de Amortização Fran-

cês, nesse caso, para a composição da primeira prestação, o valor de amortização

será superior a R$7800,00.

Questão 8    (CESPE/2015/TCE-RN/INSPETOR–ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDA-

DE, DIREITO OU ECONOMIA) Situação hipotética: um empréstimo de R$18000

foi quitado, com base no Sistema de Amortização Francês — Tabela Price —, em 10

prestações mensais, consecutivas e iguais, à taxa de juros de 24% ao ano, tendo a

primeira prestação sido paga 1 mês após a contratação do empréstimo.

Assertiva: Nessa situação, se 0,82 tiver sido considerado o valor aproximado de

1,02-10, então o valor da prestação foi superior a R$1950.

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Questão 9    (CESPE/2012/TCE-ES/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) Uma em-

presa, com o objetivo de captar recursos financeiros para ampliação de seu mer-

cado de atuação, apresentou projeto ao Banco Alfa, que, após análise, liberou

R$1000000,00 de empréstimo, o qual deverá ser quitado em 12 parcelas mensais,

a juros nominais de 18% ao ano, capitalizados mensalmente.

Considerando-se a quitação do empréstimo pelo sistema Price e que 10,90 seja

valor aproximado para , é correto afirmar que o valor de cada parcela

será superior a R$90000,00.

Questão 10    (CESPE/2009/TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Uma dívida

foi paga em 10 prestações mensais consecutivas, tendo a primeira prestação sido

paga 1 mês após a contratação da dívida. O credor cobrou uma taxa de juros com-

postos mensais de 7% e a prestação paga mensalmente foi de R$1000,00. Nessa

situação, tomando 0,51 como valor aproximado de 1,07-10, julgue o item abaixo.

A dívida em questão era superior a R$6800,00.

Questão 11    (VUNESP/2013/SEFAZ-SP) Uma loja cobra 5% ao mês de juros nas

vendas a prazo. Um eletrodoméstico é vendido em 3 prestações de R$420,00, sen-

do a primeira parcela paga no ato da compra. Isso significa que seu preço à vista

é de, aproximadamente:

a) R$1184,00.

b) R$1260,00.

c) R$1140,00.

d) R$1200,00.

e) R$840,00.

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Questão 12    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Um finan-

ciamento no valor de R$100000,00 possui uma carência de 18 meses, incidindo

sobre o valor financiado, nesse prazo, uma taxa de juros compostos de 1% ao mês.

Calcule o valor mais próximo do saldo devedor ao fim do prazo de carência.

Dado: (1,01)18 = 1,196147

a) R$100000,00.

b) R$112000,00.

c) R$112683,00.

d) R$119615,00.

e) R$118000,00.

Questão 13    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS–ADAPTA-

DA) Um financiamento no valor de R$100000,00 foi financiado em 18 parcelas.

O tomador do empréstimo possui a opção por uma carência de 18 meses. A taxa

de juros compostos no empréstimo é de 1% ao mês. Calcule a diferença entre as

prestações a serem pagas caso ele opte pela carência e caso não opte.

Dados: (1,01)18 = 1,196147 e (1,01)-18 = 0,836

(CESPE/2011/BRB/ESCRITURÁRIO) Tendo em vista que um empréstimo no valor

de R$32000,00, entregue no ato, sem prazo de carência, será amortizado pelo

sistema Price, à taxa de juros de 60% ao ano, em 8 prestações mensais e conse-

cutivas, e considerando 0,68 e 1,80 valores aproximados para 1,05-8 e 1,0512, res-

pectivamente, julgue os itens subsequentes.

Questão 14    A amortização correspondente à primeira prestação será superior a

R$3500,00.

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Questão 15    Se o saldo devedor após o pagamento de segunda prestação for de

R$25030,00, então o saldo devedor após o pagamento da terceira prestação será

inferior a R$21250,00.

Questão 16    (FCC/2015/SEFAZ-PI/ANALISTA DO TESOURO ESTADUAL) Uma dí-

vida no valor de R$20000,00 vai ser paga em 30 prestações mensais, iguais e con-

secutivas, vencendo a primeira prestação 1 mês após a data de formação da dívida.

Utilizou-se o Sistema de Amortização Francês com uma taxa de 2% ao mês. Pelo

quadro de amortização, obtém-se que o saldo devedor imediatamente após o pa-

gamento da primeira prestação é de R$19507,00. O valor da cota de amortização

incluído no valor da segunda prestação é de:

a) R$502,86.

b) R$512,72.

c) R$522,58.

d) R$532,44.

e) R$542,30.

Questão 17    (IADES/2014/METRÔ-DF/CONTADOR) Um financiamento no valor

de $50000 foi contratado pelo Sistema de Amortização Francês (SAF) para ser

liquidado em 10 parcelas mensais, iguais e consecutivas, no valor de $8137,27.

A taxa de juros da operação foi 10,0% ao mês.

Com base nos dados apresentados referentes à 4ª parcela, o valor da amortização

na 5ª parcela foi de:

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a) $4050,00.

b) $4156,98.

c) $4500,00.

d) $4593,28.

e) $5000,00.

Questão 18    (FCC/2015/SEFAZ-PI/AUDITOR FISCAL DA FAZENDA ESTADUAL-

-CONHECIMENTOS GERAIS) Considere a tabela abaixo, com taxa de 4% ao perí-

odo. Use somente duas casas decimais em seus cálculos.

Nessa tabela, tem-se que o fator de acumulação de capital para pagamento único é

dado por (1 + i)n; o fator de valor atual de uma série de pagamentos é dado por (1

+ i)n – 1/i (1 + i)n; e o fator de acumulação de capital de uma série de pagamentos

é dado por (1 + i)n – 1/i. Um empresário tomou em um banco um empréstimo no

valor de R$94550,00, a ser pago em 36 meses. Será utilizado o Sistema de Amor-

tização Francês, à taxa de 4% ao mês, com parcelas mensais e consecutivas, a pri-

meira vencendo 1 mês após a data do contrato. Sobre a terceira prestação desse

empréstimo, é verdade que:

a) ela difere de R$100,00 da segunda prestação.

b) ao ser paga, ela deixa um saldo devedor de R$93500,00.

c) seu valor é de R$5200,00.

d) sua cota de amortização é de R$1266,22.

e) sua parcela de juros é de R$3682,61.

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Questão 19    (FCC/2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE) Um em-

préstimo foi obtido para ser liquidado em 10 parcelas mensais de R$2000,00, ven-

cendo-se a primeira parcela 1 mês após a data da obtenção. A taxa de juros ne-

gociada com a instituição financeira foi de 2% ao mês no regime de capitalização

composta. Se, após o pagamento da oitava parcela, o devedor decidir liquidar o

saldo devedor do empréstimo nessa mesma data, o valor que deverá ser pago,

desprezando-se os centavos, é, em reais,

a) 3846,00.

b) 3883,00.

c) 3840,00.

d) 3880,00.

e) 3845,00.

Questão 20    (TFC/2017/INÉDITA) João financiou R$27000 por meio do Sistema

de Amortização Francês para a compra de um automóvel em 24 meses a uma taxa

de juros de 2% ao mês. Faltando 9 meses para o final do empréstimo, ele resol-

veu quitar sua dívida pagando todo o saldo devedor que ainda restava. Assinale a

alternativa que corresponde ao saldo devedor logo após o pagamento da décima

quinta parcela.

Dados: 

a) R$9000,00.

b) R$10125,00.

c) R$12000,00.

d) R$15000,00.

e) R$18000,00.

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Questão 21    (CESGRANRIO/2012/EPE/ANALISTA DE GESTÃO CORPORATIVA-

-FINANÇAS E ORÇAMENTO) Um imóvel foi financiado pelo Sistema de Amortização

Francês (Tabela Price), em 150 prestações mensais, com taxa de juros, no regime

de juros compostos, de 4% ao mês. As prestações são consecutivas e iniciaram-se

1 mês após o recebimento do financiamento. A fração da dívida amortizada na me-

tade do período, isto é, depois de paga a 75ª prestação, é, aproximadamente, de:

Dado: (1,04)−75 = 0,05

a) 5%.

b) 25%.

c) 50%.

d) 75%.

e) 95%.

Questão 22    (ESAF/1985/AFRF) Uma pessoa obteve um empréstimo de

R$120000,00 a uma taxa de juros compostos de 2% ao mês, que deverá ser pago

em 10 parcelas iguais. O valor dos juros a serem pagos na oitava parcela é de:

a) R$5,00.

b) R$51,00.

c) R$518,00.

d) R$5187,00.

e) R$770,00.

Dados: fatores de amortização a uma taxa de juros de 2% ao mês.

Prazo Fator A

1 0,98

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2 1,94

3 2,88

4 3,81

5 4,71

6 5,60

7 6,47

8 7,33

9 8,16

10 8,98

11 9,79

12 10,58

Questão 23    (FGV/2015/ISS-NITERÓI/CONTADOR) Considere a amortização de


uma dívida pelo Sistema de Amortização Francês (Tabela Price) em três pagamen-
tos, vencendo a primeira prestação um período após a liberação dos recursos e
sendo as duas primeiras parcelas de amortização R$5000,00 e R$5500,00, respec-
tivamente.
O valor de cada prestação, em reais, é de:
a) R$5250.
b) R$5000.
c) R$5516.
d) R$6050.

e) R$6655.

Questão 24    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Pretende-

-se trocar uma série de oito pagamentos mensais iguais de R$1000,00, vencendo

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o primeiro pagamento ao fim de 1 mês, por outra série equivalente de doze paga-

mentos iguais, vencendo o primeiro pagamento também ao fim de 1 mês. Calcule o

valor mais próximo do pagamento da segunda série, considerando a taxa de juros

compostos de 2% ao mês.

a) R$750,00.

b) R$693,00.

c) R$647,00.

d) R$783,00.

e) R$716,00.

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Questão 25    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Um finan-

ciamento no valor de R$612800,00 deve ser pago pelo Sistema Price em dezoito

prestações semestrais iguais, a uma taxa nominal de 30% ao ano, vencendo a

primeira prestação ao fim do primeiro semestre, a segunda ao fim do segundo se-

mestre, e assim sucessivamente. Obtenha o valor mais próximo da amortização do

saldo devedor embutido na segunda prestação.

 Obs.: Use a tabela fornecida na questão anterior.

a) R$10687,00.

b) R$8081,00.

c) R$10000,00.

d) R$9740,00.

e) R$9293,00.

Questão 26    (FCC/2016/ELETROBRÁS–ELETROSUL/ADMINISTRAÇÃO DE EM-

PRESAS) Considere um empréstimo que deverá ser liquidado por meio de 5 pres-

tações mensais, consecutivas e iguais a R$8610,00 cada uma, com a utilização do

Sistema de Amortização Francês (Tabela Price). Observa-se, pelo plano de paga-

mentos, que a primeira prestação vence 1 mês após a data da concessão do em-

préstimo e que os valores dos juros incluídos na primeira e na segunda prestações

são iguais a R$1000,00 e R$809,75, respectivamente. O  valor do saldo devedor

imediatamente após o pagamento da segunda prestação é, em reais, igual a:

a) 24589,75.

b) 24780,00.

c) 25589,25.

d) 26525,00.

e) 23980,25.

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Questão 27    (ESAF) Uma máquina tem preço de $2000000, podendo ser financia-

da com 10% de entrada e o restante em prestações trimestrais, iguais e sucessi-

vas. Sabendo-se que a financiadora cobra juros compostos de 28% ao ano, capita-

lizados trimestralmente, e que o comprador está pagando R$205821 por trimestre,

a última prestação vencerá em:

a) 3 anos e 2 meses.

b) 3 anos e 6 meses.

c) 3 anos e 9 meses.

d) 4 anos.

e) 4 anos e 3 meses.

Dados: tabela do fator A de amortização para i = 7% ao mês.

A A

1 0,93 11 7,50

2 1,81 12 7,94

3 2,62 13 8,36

4 3,39 14 8,74

5 4,10 15 9,11

6 4,77 16 9,45

7 5,39 17 9,76

8 5,97 18 10,06

9 6,51 19 10,34

10 7,02 20 10,59

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Questão 28    (CESPE/2017/TCE-PE) Situação hipotética: um banco emprestou


R$12000 para Maria, que deve fazer a amortização em doze parcelas mensais con-
secutivas pelo Sistema de Amortização Constante sem carência. A taxa de juros
contratada para o empréstimo foi de 1% ao mês, e a primeira parcela deverá ser
paga 1 mês após a tomada do empréstimo.
Assertiva: o valor da quarta parcela a ser paga por Maria é de R$1090.

Questão 29    (CESPE/2018/TCE-PB/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS) Um banco


emprestou R$200000, entregues no ato, sem prazo de carência. O empréstimo foi
quitado pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) em 20 prestações semes-
trais consecutivas.
Nessa situação, se a taxa de juros do empréstimo foi de 1,5% ao semestre, então
o valor da quinta prestação, em reais, foi de:
a) 12400.
b) 13000.
c) 10000.
d) 11650.
e) 12250.

Questão 30    (ESAF/2013/MF/CONTADOR) Um empréstimo de R$80000,00 será


pago em 20 parcelas mensais, sendo a primeira 30 dias após o empréstimo, com
juros de 2% ao mês, pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). O valor da
segunda parcela será:
a) R$5.520,00.
b) R$5.450,00
c) R$5.180,00.
d) R$5.230,00

e) R$5.360,00.

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Questão 31    (FGV/2014/ISS-CUIABÁ/AUDITOR FISCAL) Considere um financia-

mento de quatro anos cujo valor do principal seja de R$100,00 e a taxa de juros,

igual a 4% ao ano.

Considere quatro planos de amortização para esse financiamento:

• no plano 1, o financiamento é quitado com um único pagamento apenas no

final do quarto ano, com capitalização dos juros ao fim de cada ano;

• no plano 2, ao fim de cada ano são pagos apenas os juros, com exceção do

último ano, no qual, além dos juros, é efetuado o pagamento integral do prin-

cipal;

• no plano 3, a liquidação do financiamento segue o modelo Price;

• no plano 4, a liquidação do financiamento segue o modelo SAC.

No final do quarto ano, nos planos 1, 2, 3 e 4, os valores da amortização do princi-

pal serão (em reais), respectivamente, de:

a) 100, 100, maior do que 25 e 25.

b) maior que 116, 100, maior do que 25 e 25.

c) 100, 100, 25 e menor do que 25.

d) menor do que 100, maior do que 100, maior do que 25 e 25.

e) 100, 100, 25 e maior do que 24.

Questão 32    (CESPE/2017/TER-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE)

Um banco emprestou a uma empresa R$100000, entregues no ato, sem prazo de

carência, para serem pagos em quatro prestações anuais consecutivas pelo Siste-

ma de Amortização Constante (SAC). A taxa de juros compostos contratada para

o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira prestação será paga 1 ano após a

tomada do empréstimo.

Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser paga pela empresa será:

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a) superior a R$33000.

b) inferior a R$30000.

c) superior a R$30000 e inferior a R$31000.

d) superior a R$31000 e inferior a R$32000.

e) superior a R$32000 e inferior a R$33000.

Questão 33    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Uma pes-

soa tomou um empréstimo imobiliário no valor de R$240000,00 para ser pago em

120 prestações mensais pelo Sistema de Amortizações Constantes (SAC), a uma

taxa de 1,5% ao mês, sem carência, vencendo a primeira prestação ao fim do pri-

meiro mês, a segunda ao fim do segundo mês, e assim sucessivamente. Marque o

valor mais próximo da décima segunda prestação.

a) R$5270,00.

b) R$5420,00.

c) R$5300,00.

d) R$5360,00.

e) R$5330,00.

Questão 34    (2013 /ISS-RJ/AGENTE DE FAZENDA) Em um financiamento pelo

Sistema de Amortizações Constantes (SAC), celebrado a uma taxa pré-fixada, a di-

ferença entre duas prestações consecutivas será:

a) variável.

b) cada vez menor.

c) cada vez maior.

d) constante.

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(CESPE/2015/MPU/Analista Atuarial) Um banco emprestou R$10000,00 à taxa de

juros mensais de 1%, devendo ser pago pelo Sistema de Amortização Constante

(SAC), em 10 parcelas mensais e consecutivas, com a primeira prestação vencen-

do 1 mês após a tomada do empréstimo (sem carência). Nessa situação, julgue os

seguintes itens.

Questão 35    O total dos juros pagos até a quinta prestação, inclusive, será igual a

R$400,00.

Questão 36    O valor da primeira prestação será superior a R$1150,00.

(CESPE/2015/TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Recentemente, a empresa

Fast Brick Robotics mostrou ao mundo um robô, conhecido como Hadrian 105, ca-

paz de construir casas em tempo recorde. Ele consegue trabalhar algo em torno de

20 vezes mais rápido que um ser humano, sendo capaz de construir até 150 casas

por ano, segundo informações da empresa que o fabrica.

Questão 37    Situação hipotética: para adquirir uma casa feita pelo robô, um

cliente contratou em um banco um financiamento no valor de R$50000,00, com

capitalização mensal a regime de juros compostos a taxa de juros de 0,5% ao mês,

que deverá ser pago integralmente somente ao fim do prazo do financiamento, que

é de 20 anos.

Assertiva: nessa situação, assumindo-se 3,31 como valor aproximado de (1,005)240,

ao fim dos 20 anos, o comprador pagará mais de R$170000,00 reais ao banco.

Questão 38    Situação hipotética: para comprar uma casa construída pelo robô,

uma pessoa contraiu um empréstimo de R$120000,00, a ser pago pelo Sistema de

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Amortização Constante (SAC) em 6 anos, em 12 prestações semestrais, com taxa

de juros semestral de 8%.

Assertiva: nesse caso, desconsiderando-se a existência de eventual prazo de ca-

rência, o valor da prestação a ser paga ao fim do quarto semestre será superior a

R$16000,00.

Questão 39    (CESPE/2016/TCE-SC/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO)

Um financiamento de R$10000 foi feito pelo Sistema de Amortização Constante

(SAC) em 5 meses consecutivos e com 2 meses de carência. A operação foi contra-

tada à taxa de juros de 8% ao mês. Nessa situação, o valor da segunda prestação,

após o início da amortização, era inferior a R$2500.

Questão 40    (FGV/2015/ISS-NITERÓI/CONTADOR) Um indivíduo pretende com-

prar um imóvel financiado em 60 meses utilizando o Sistema de Amortização Cons-

tante (SAC). Ele procurou uma instituição financeira que opera com vencimento da

primeira prestação 1 mês após a liberação dos recursos, taxa de juros de 5% ao

mês, e foi informado que, pela análise dos comprovantes de rendimentos, o limite

máximo da prestação teria que ser de R$5000,00.

O valor máximo que ele pode financiar, em reais, é:

a) 75000.

b) 100000.

c) 185000.

d) 225000.

e) 300000.

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Questão 41    (2017 /TFC/INÉDITA) João tomou um financiamento a um Sistema de

Amortização Constante em 12 parcelas. Sabendo que ele pagou R$1750 na primei-

ra prestação e R$1700 na terceira prestação, calcule quanto ele tomou financiado.

(CESPE/2011/BRB/ESCRITURÁRIO) Uma agência bancária, ao emprestar a quantia

de R$60000,00 a uma empresa, entregou o valor no ato e concedeu à empresa 3

anos de carência, sem que os juros desse período ficassem capitalizados para se-

rem pagos posteriormente. Com base nessa situação e sabendo que esse emprés-

timo será pago pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), em 3 anos, e à taxa

de juros de 10% ao ano, julgue os itens subsecutivos.

Questão 42    O valor da última prestação a ser paga será superior a R$ 23.500,00.

Questão 43    No período de carência, a empresa nada pagará ao banco.

Questão 44    O total de juros pagos será superior a R$23000,00.

(CESPE/2010/BRB/ESCRITURÁRIO) Para aquisição de sua casa própria, um

cliente de uma instituição financeira com carteira hipotecária necessita financiar

R$60000,00. O financiamento poderá ser feito pelo Sistema de Amortização Cons-

tante (SAC) ou pelo Sistema de Amortização Francês (Price). Em cada um desses

sistemas, a prestação mensal é composta pelo valor determinado pelo sistema e

mais R$25,00 a título de seguro de financiamento.

A taxa de juros é de 1% ao mês, o prazo do financiamento é de 10 anos e não há

correção monetária. Com relação à situação apresentada, julgue os itens seguin-

tes, considerando 1,1268 e 3,3 como valores aproximados de  e .

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Questão 45    Para que a primeira prestação tenha o menor valor possível, esse

cliente deverá optar pelo SAC.

Questão 46    Pelo Sistema Francês, o valor da 98ª prestação será inferior a R$875,00.

Questão 47    No SAC, o valor da 26ª prestação é igual ao dobro da amortização.

Questão 48    Pelo SAC, a soma das primeiras 29 prestações será inferior a 50% do

valor financiado.

Questão 49    (VUNESP/2015/PREFEITURA DE CAIEIRAS-SP/ASSISTENTE DE

CONTABILIDADE) Uma pessoa obteve um empréstimo de R$8000,00 (oito mil

reais) com um amigo, que ofereceu as seguintes condições de atualização e paga-

mento desse empréstimo:

• taxa de juros 12% ao ano – juros simples e não capitalizáveis;

• amortizações semestrais, incluindo juros e principal. Para essas amortizações

os juros deverão ser calculados semestralmente até o vencimento, conside-

rando o valor devedor líquido, bem como o pagamento da respectiva parcela

do principal;

• prazo de 48 meses;

• por fim, que a garantia do empréstimo será de um veículo.

Com base nessas informações, pode-se concluir que o total dos juros pagos nesse

empréstimo, em reais, foi de:

a) 960,00.

b) 1320,00.

c) 1920,00.

d) 2160,00.

e) 3840,00.

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Questão 50    (TFC/INÉDITA) João comprou um veículo financiando R$24000 por

meio de um sistema de amortização constante para pagamento em 24 meses.

A taxa de juros nominal do financiamento foi de 12% ao ano. Para assegurar que

pudesse pagar perfeitamente o carro, João contratou um seguro de R$60 por mês

para o caso de ele perder suas principais fontes de renda e, ainda, contratou um

período de carência de 2 meses, durante o qual não houve pagamentos. Assinale a

alternativa que representa o valor da terceira parcela após o período de carência.

a) R$1240,00.

b) R$1280,00.

c) R$1300,00.

d) R$1304,52.

e) R$1324,94.

Questão 51    (CESGRANRIO/2015/PETROBRÁS/PROFISSIONAL JÚNIOR–ADMI-

NISTRAÇÃO) As empresas, ao  captarem recursos financeiros de terceiros, obri-

gam-se a respeitar o Sistema de Amortização Financeiro contratado. Sob condições

de prazo, taxa de juros e valor emprestado iguais, os sistemas Francês, SAC, Misto

e Americano apresentam uma característica comum.

Essa característica é a seguinte:

a) a amortização aumenta na mesma velocidade.

b) a primeira parcela contém o mesmo valor de juros.

c) as prestações são constantes.

d) as prestações são decrescentes.

e) o saldo devedor reduz na mesma velocidade.

(CESPE/2014/CAIXA/TÉCNICO BANCÁRIO) Um cliente contratou um financiamento

habitacional no valor de R$ 420000,00, para ser amortizado de acordo com o Sis-

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tema de Amortização Constante, em 35 anos, à taxa nominal de juros compostos

de 9% ao ano, com capitalização mensal.

Com base nessas informações, julgue o item subsequente, desconsiderando, entre

outras, despesas como seguros e taxas de administração.

Questão 52    O valor da amortização mensal é inferior a R$900,00.

Questão 53    (FTC/2018/INÉDITA) Marcelo acabou de passar para o concurso dos

seus sonhos e, por isso, deseja comprar um imóvel em 120 parcelas mensais.

O preço do imóvel à vista é de R$420000.

No entanto, ele sabe que pretende ter filhos daqui a um tempo. Por isso, sabe que

pode pagar uma parcela maior hoje, mas terá menos dinheiro para pagar as parce-

las do apartamento no futuro.

Por isso, Marcelo optou pelo Sistema de Amortização Constante. De acordo com sua

programação financeira, ele pretende começar cim a primeira parcela de R$4000,

mas pretende aliviar seus pagamentos à medida que transcorrer o tempo, de modo

que a última parcela seja de R$1620.

Com base nessas informações, Marcelo deverá dar uma entrada no valor de:

a) R$164000.

b) R$180000.

c) R$192000.

d) R$205000.

e) R$228000.

Questão 54    (FUNCAB/2013/CODATA/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO) O valor da

prestação do mês 5 de um financiamento pelo Sistema de Amortização Francês

(Price) é R$277,40. O valor da prestação do mês 5 do mesmo financiamento pelo

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Sistema de Amortização Constante (SAC) é R$224,00. Determine o valor da pres-

tação do mês 5 desse mesmo financiamento pelo Sistema de Amortização Misto

(SAM).

a) R$501,40.

b) R$250,70.

c) R$330,80.

d) R$277,40.

e) R$224,00.

Questão 55    (CESPE/2016/TCE-PR) Um empréstimo de R$240000 deverá ser qui-

tado, no Sistema Price, em 12 parcelas mensais iguais, com a primeira parcela

programada para vencer 1 mês após a contratação do empréstimo. A taxa de ju-

ros nominal contratada foi de 12% ao ano e, com isso, cada prestação ficou em

R$21324. Nessa situação, se a pessoa que contratou o empréstimo tivesse optado

pelo Sistema de Amortização Misto, com a mesma taxa de juros, a terceira presta-

ção seria igual a:

a) R$21133.

b) R$22000.

c) R$21815.

d) R$21662.

e) R$21420.

(CESPE/2012/TCE-ES/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) Uma empresa, com o

objetivo de captar recursos financeiros para a ampliação de seu mercado de atua-

ção, apresentou projeto ao Banco Alfa, que, após análise, liberou R$1000000,00 de

empréstimo, o qual deverá ser quitado em 12 parcelas mensais, a juros nominais

de 18% ao ano, capitalizados mensalmente.

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Questão 56    Se a quitação do empréstimo seguisse o Sistema Misto de Amortização,

em que os juros são calculados sobre o saldo devedor remanescente, os valores

das prestações seriam decrescentes.

Questão 57    Considere que, pelo Sistema de Amortização Constante, a primeira

parcela de quitação do empréstimo seja superior a R$90000,00 e, pelo Sistema Pri-

ce, igual a R$83000,00. Então, pelo Sistema Misto, a primeira parcela de quitação

do empréstimo será inferior a R$82000,00.

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GABARITO
1. b 25. e 49. d

2. E 26. a 50. d

3. C 27. b 51. b

4. C 28. C 52. E

5. c 29. a 53. e

6. b 30. a 54. b

7. E 31. a 55. d

8. C 32. e 56. C

9. C 33. a 57. E

10. C 34. d

11. d 35. C

12. d 36. E

13. R$1196 37. E

14. E 38. C

15. E 39. E

16. a 40. a

17. d 41. 13800

18. e 42. E

19. b 43. E

20. c 44. C

21. a 45. E

22. e 46. E

23. e 47. C

24. b 48. C

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (ESTAF/2008 /ISS-RN) Uma pessoa faz a aquisição de um imóvel ao

valor global de R$200000,00 e pagará esta dívida com uma taxa de juros de 10%

a.a., em um prazo determinado. A parcela mensal prevista é de R$1500,00. Caso

haja saldo residual, efetuará o devido pagamento ao final deste período. Despre-

zando a figura da correção monetária, podemos afirmar que, neste caso:

a) se o prazo de pagamento for superior a 100 (cem) meses, não haverá saldo

devedor.

b) independente do prazo, sempre haverá saldo devedor e este é crescente.

c) ao final de 100 (cem) meses, o saldo devedor é de R$50000,00 (valor arredon-

dado na unidade de milhar – critério de arredondamento universal).

d) se a capitalização dos juros for mensal, o saldo devedor ficará zerado após 240

meses de pagamento.

e) se a capitalização dos juros for anual, o saldo devedor ficará zerado após 240

meses de pagamento.

Letra b.

Como os pagamentos são mensais e a taxa de juros é anual, tem-se que essa taxa

é nominal. Portanto, o primeiro passo é calcular a taxa de juros efetiva do emprés-

timo:

Podemos agora calcular o valor do cupom de juros referente à primeira parcela:

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Observe que os juros são maiores do que o valor da própria parcela paga. Portan-

to, ao pagar R$1500,00, o cliente não consegue amortizar o empréstimo. o saldo

devedor será, assim, sempre crescente.

Questão 2    (CESPE/2017/TCE-PE ) Situação hipotética: uma instituição finan-

ceira emprestou a uma empresa R$100000, quantia entregue no ato, sem prazo de

carência, a ser paga em cinco prestações anuais iguais, consecutivas, pelo Sistema

de Amortização Francês. A taxa de juros contratada para o empréstimo foi de 10%

ao ano, e a primeira prestação deverá ser paga 1 ano após a tomada do emprés-

timo.

Assertiva: se o valor das prestações for de R$26380, a soma total dos juros que

deverão ser pagos pela empresa, incluídos nas cinco parcelas do financiamento,

é inferior a R$31500.

Errado.

No final das cinco parcelas, o empréstimo será totalmente quitado, ou seja, total-

mente amortizado. Sendo assim:

Por outro lado, foram pagos:

Sendo assim, o valor dos juros pagos será:

Questão 3    (CESPE/2016/TCE-SC ) Um banco emprestou R$30000, entregues no

ato, sem prazo de carência, para serem pagos pelo Sistema de Amortização Fran-

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cês, em prestações de R$800. A primeira prestação foi paga 1 mês após a tomada
do empréstimo, e o saldo devedor, após esse pagamento, era de R$ 29650. Nessa
situação, a taxa de juros desse empréstimo foi inferior a 1,8%.

Certo.
Apesar de ter sido fornecido que o empréstimo segue o Sistema de Amortização
Francês, esse dado é irrelevante, pois a conta a ser feita é a mesma.
Os juros que incidem na primeira parcela (paga 1 mês após a contração da dívida)

são dados por:

Sabemos que:

Portanto, podemos calcular a taxa de juros mensal:

Questão 4    (TFC/INÉDITA) Uma empresa recorreu ao mercado de títulos para

conseguir um financiamento de R$500000,00. Foi acordado que ela pagaria 12

cupons semestrais de R$50000,00 e, junto com o último pagamento, restituiria o

valor de R$500000,00. Sendo assim, a taxa de juros nominal paga pela empresa

no financiamento foi de 20% ao ano.

Certo.

O cupom de juros é calculado por:

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Como a questão pediu a taxa nominal anual, ela deve ser calculada usando o con-

ceito de taxa de juros proporcional. Como 1 ano é igual a 2 semestres, tem-se:

Questão 5    (IADES/2017/FUNDAÇÃO HOMOCENTRO DE BRASÍLIA-DF/CONTA-

BILIDADE) Denominam-se Sistemas de Amortização as diferentes formas de de-

volução de um empréstimo. Acerca da Tabela Price (ou Sistema de Amortização

Francês), é correto afirmar que:

a) as prestações, em geral, são decrescentes, uma vez que a amortização é fixa e

os juros, decrescentes.

b) os juros são crescentes nas prestações.

c) a amortização é crescente, os juros são decrescentes e as parcelas são fixas.

d) a amortização é decrescente e os juros são crescentes, uma vez que as parcelas

são fixas.

e) a Tabela Price é utilizada exclusivamente para financiamento de veículos.

Letra c.

Esta é uma questão teórica muito interessante para se entender o Sistema de

Amortização Francês (ou Tabela Price). Nesse sistema, as  parcelas são fixas e o

saldo devedor, decrescente. Portanto, os juros pagos também são decrescentes.

Como os juros decrescem, mas as parcelas são fixas, tem-se que a amortização é

crescente a cada pagamento.

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Questão 6    (CESPE/2009/TCE-AC) Uma pessoa comprou um veículo pagando uma

entrada, no ato da compra, de R$3500,00, e mais 24 prestações mensais, conse-

cutivas e iguais a R$750,00. A primeira prestação foi paga 1 mês após a compra

e o vendedor cobrou 2,5% de juros compostos ao mês. Considerando 0,55 como

valor aproximado para 1,025-24, é correto afirmar que o preço à vista, em reais,

do veículo foi:

a) inferior a 16.800.

b) superior a 16.800 e inferior a 17.300.

c) superior a 17.300 e inferior a 17.800.

d) superior a 17.800 e inferior a 18.300.

e) superior a 18.300.

Letra b.

Neste problema, temos uma ligeira alteração do Sistema Francês.

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Observe que podemos dividir essa série de pagamentos em duas partes:

O valor presente total do carro será dado por:

A parte C2 é trivial de calcular.

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Por sua vez, a parte C1 pode também ser calculada pela expressão do Sistema de
Amortização Francês:

Como foi fornecida a aproximação para 1,025-24, o fator A de amortização deve ser
calculado pela expressão:

Podemos agora calcular o capital C1 correspondente à parte que foi parcelada:

Dessa maneira, a pessoa pagou R$3500 à vista e R$13500 financiados em 18 vezes


de R$750. O preço à vista do carro (ou seja, seu valor presente) é, portanto:

(CESPE/2008/BB/ESCRITURÁRIO) Julgue o item a seguir, relacionado a emprésti-

mos e financiamentos, considerando, em todas as situações apresentadas, que o

regime de juros praticado é o de juros compostos, à taxa mensal de 2%, e toman-

do 1,3 como valor aproximado para 1,0212.

Questão 7    Caso um imóvel no valor de R$120000,00 seja financiado em 12 pres-

tações mensais e consecutivas, tendo como base o Sistema de Amortização Fran-

cês, nesse caso, para a composição da primeira prestação, o valor de amortização

será superior a R$7800,00.

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Errado.

Esta é uma questão bastante direta. O valor da parcela é calculado por:

Como foi fornecida a aproximação para 1,0212, o fator A de amortização será cal-

culado pela expressão:

Dessa maneira, podemos calcular a parcela francesa:

Para calcular a amortização pedida pela questão, devemos calcular os juros que

incidem sobre a primeira parcela.

Podemos, agora, calcular a amortização na primeira prestação:

Questão 8    (CESPE/2015/TCE-RN/INSPETOR–ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDA-

DE, DIREITO OU ECONOMIA) Situação hipotética: um empréstimo de R$18000

foi quitado, com base no Sistema de Amortização Francês — Tabela Price —, em 10

https://www.facebook.com/groups/2095402907430691 143 de 214


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prestações mensais, consecutivas e iguais, à taxa de juros de 24% ao ano, tendo a

primeira prestação sido paga 1 mês após a contratação do empréstimo.

Assertiva: Nessa situação, se 0,82 tiver sido considerado o valor aproximado de

1,02-10, então o valor da prestação foi superior a R$1950.

Certo.

Começaremos convertendo a taxa de juros nominal em efetiva.

A relação entre a parcela e a dívida adquirida é dada pelo fator A de amortização.

Levando em conta a aproximação fornecida, utilizaremos a seguinte expressão:

Podemos agora calcular o valor da prestação:

Questão 9    (CESPE/2012/TCE-ES/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) Uma em-

presa, com o objetivo de captar recursos financeiros para ampliação de seu mer-

cado de atuação, apresentou projeto ao Banco Alfa, que, após análise, liberou

R$1000000,00 de empréstimo, o qual deverá ser quitado em 12 parcelas mensais,

a juros nominais de 18% ao ano, capitalizados mensalmente.

Considerando-se a quitação do empréstimo pelo sistema Price e que 10,90 seja va-

lor aproximado para , é correto afirmar que o valor de cada parcela será

superior a R$90000,00.

https://www.facebook.com/groups/2095402907430691 144 de 214


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Certo.

A fim de calcular as parcelas, devemos obter o fator de amortização para o emprés-

timo. Tendo em mente a aproximação que foi fornecida, devemos utilizar a seguinte

expressão:

Podemos agora calcular as parcelas:

Questão 10    (CESPE/2009/TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Uma dívida


foi paga em 10 prestações mensais consecutivas, tendo a primeira prestação sido
paga 1 mês após a contratação da dívida. O credor cobrou uma taxa de juros com-
postos mensais de 7% e a prestação paga mensalmente foi de R$1000,00. Nessa
situação, tomando 0,51 como valor aproximado de 1,07-10, julgue o item abaixo.
A dívida em questão era superior a R$6800,00.

Certo.
A relação entre a dívida adquirida e a parcela financiada é dada pelo fator de amor-

tização. Tendo em vista a aproximação fornecida, devemos calculá-lo da seguinte

maneira:

Podemos agora obter o valor da dívida inicialmente adquirida:

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Questão 11    (VUNESP/2013/SEFAZ-SP) Uma loja cobra 5% ao mês de juros nas


vendas a prazo. Um eletrodoméstico é vendido em 3 prestações de R$420,00, sen-
do a primeira parcela paga no ato da compra. Isso significa que seu preço à vista
é de, aproximadamente:
a) R$1184,00.
b) R$1260,00.
c) R$1140,00.
d) R$1200,00.
e) R$840,00.

Letra d.
É importante destacar que a primeira parcela foi paga no ato da compra, não se

confugurando, portanto, transação pelo Sistema de Amortização Francês.

No entanto, podemos calcular o valor presente das parcelas simplesmente descon-

tando todas elas a valor presente:

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Questão 12    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Um finan-

ciamento no valor de R$100000,00 possui uma carência de 18 meses, incidindo

sobre o valor financiado, nesse prazo, uma taxa de juros compostos de 1% ao mês.

Calcule o valor mais próximo do saldo devedor ao fim do prazo de carência.

Dado: (1,01)18 = 1,196147

a) R$100000,00.

b) R$112000,00.

c) R$112683,00.

d) R$119615,00.

e) R$118000,00.

Letra d.

A ESAF poderia ter sido mais incisiva nesse ponto, cobrando realmente um Sistema

de Amortização Francês com a carência desejada.

Devemos lembrar que, durante o período de carência, os juros se acumulam nor-

malmente, seguindo a dinâmica de juros compostos. Trata-se, portanto, de uma

mera questão de juros compostos.

O montante acumulado da dívida após o período de carência é dado por:

Para exemplificar a situação, pense no seguinte: você contraiu uma dívida no dia

1º de janeiro de 2018. Com os 18 meses de carência, você só começará a pagar 18

meses depois, ou seja, no dia 31 de Julho de 2019. Caso não houvesse carência,

você já pagaria a primeira prestação no dia 31 de Janeiro de 2018.

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Questão 13    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS–ADAPTA-

DA) Um financiamento no valor de R$100000,00 foi financiado em 18 parcelas.

O tomador do empréstimo possui a opção por uma carência de 18 meses. A taxa

de juros compostos no empréstimo é de 1% ao mês. Calcule a diferença entre as

prestações a serem pagas caso ele opte pela carência e caso não opte.

Dados: (1,01)18 = 1,196147 e (1,01)-18 = 0,836

R$1196

Algo bom em ser professor é que, ao  perceber que algo ficou faltando em uma

questão, é possível simplesmente criar uma questão nova e apresentar aos alunos

mais um ponto interessante da matéria.

Caso o tomador do empréstimo opte pela carência, já vimos que o montante acu-

mulado após o período de carência é de:

Como esse montante será financiado em 18 prestações mensais a uma taxa de 1%

ao mês, podemos calcular a parcela envolvida pelo fator A de amortização. Note-

mos que foi fornecida a aproximação para (1,01)-18.

Podemos agora calcular as parcelas envolvidas no financiamento. Denotaremos por

P1 as parcelas com a carência de 18 meses.

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Por outro lado, caso o cliente não opte por usar o prazo de carência, deverá come-

çar a pagar imediatamente as prestações. O capital inicial da dívida, porém, será

menor (R$100000), pois não será atualizado por juros compostos. Denotaremos

por P0 as parcelas sem a carência.

Vale destacar que o fator de amortização é o mesmo calculado anteriormente, por-

que a taxa de juros e o número de pagamentos são iguais em ambos os casos.

Observe que o uso da carência aumentou significativamente as parcelas. A diferen-

ça pedida pelo enunciado foi de:

(CESPE/2011/BRB/ESCRITURÁRIO) Tendo em vista que um empréstimo no valor

de R$32000,00, entregue no ato, sem prazo de carência, será amortizado pelo

sistema Price, à taxa de juros de 60% ao ano, em 8 prestações mensais e conse-

cutivas, e considerando 0,68 e 1,80 valores aproximados para 1,05-8 e 1,0512, res-

pectivamente, julgue os itens subsequentes.

Questão 14    A amortização correspondente à primeira prestação será superior a

R$3500,00.

Errado.

Quando se tem uma taxa de juros nominal, deve-se primeiramente transformá-la

em efetiva, usando a proporcionalidade.

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Podemos agora calcular a parcela francesa:

O fator A deve ser calculado pela expressão:

Podemos então calcular a parcela francesa:

Calculamos também os juros incidentes na primeira parcela:

Portanto, a amortização na primeira parcela será:

Questão 15    Se o saldo devedor após o pagamento de segunda prestação for de

R$25030,00, então o saldo devedor após o pagamento da terceira prestação será

inferior a R$21250,00.

Errado.

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A questão 15 parece estranha, porque, com base na questão 11, poderíamos cal-

cular o valor real do saldo devedor após a segunda parcela. Contudo, de qualquer

maneira, podemos calcular os juros incidentes nessa parcela com base no que foi

fornecido pelo enunciado.

Calculamos também a amortização:

Portanto, podemos calcular o saldo devedor:

Questão 16    (FCC/2015/SEFAZ-PI/ANALISTA DO TESOURO ESTADUAL) Uma dí-

vida no valor de R$20000,00 vai ser paga em 30 prestações mensais, iguais e con-

secutivas, vencendo a primeira prestação 1 mês após a data de formação da dívida.

Utilizou-se o Sistema de Amortização Francês com uma taxa de 2% ao mês. Pelo

quadro de amortização, obtém-se que o saldo devedor imediatamente após o pa-

gamento da primeira prestação é de R$19507,00. O valor da cota de amortização

incluído no valor da segunda prestação é de:

a) R$502,86.

b) R$512,72.

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c) R$522,58.

d) R$532,44.

e) R$542,30.

Letra a.

Como foi fornecido o valor do saldo devedor após o pagamento da primeira presta-

ção, podemos conhecer a amortização.

Também é possível calcular os juros incidentes na primeira prestação pelo capital

inicial da dívida.

Podemos agora calcular as parcelas.

É possível, portanto, calcular os juros incidentes na segunda prestação, lembran-

do que esses juros devem ser calculados em relação ao saldo devedor no mês 1,

o qual foi fornecido (R$19507).

Por fim, podemos calcular a amortização na segunda parcela.

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Para facilitar o seu entendimento, veja o esquema referente a esta questão:

Questão 17    (IADES/2014/METRÔ-DF/CONTADOR) Um financiamento no valor

de $50000 foi contratado pelo Sistema de Amortização Francês (SAF) para ser

liquidado em 10 parcelas mensais, iguais e consecutivas, no valor de $8137,27.

A taxa de juros da operação foi 10,0% ao mês.

Com base nos dados apresentados referentes à 4ª parcela, o valor da amortização


na 5ª parcela foi de:
a) $4050,00.
b) $4156,98.
c) $4500,00.
d) $4593,28.
e) $5000,00.

Letra d.
Apesar dos números quebrados, esta é uma questão bem interessante para enten-

dermos a lógica de um sistema de amortização.

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Temos que o saldo devedor após do pagamento da parcela 4, isto é, D4, é igual a

R$35439,93. Seguindo a lógica de juros postecipados, os juros são calculados em

relação ao saldo devedor no mês anterior.

Portanto, os juros na 5ª parcela devem ser calculados em relação ao saldo devedor

no mês 4, que foi fornecido no enunciado.

Como é usado o Sistema de Amortização Francês, temos que a prestação é cons-

tante. Portanto, a 5ª prestação será igual também a R$8137,27. Dessa maneira,

temos que a amortização será de:

Questão 18    (FCC/2015/SEFAZ-PI/AUDITOR FISCAL DA FAZENDA ESTADUAL-

-CONHECIMENTOS GERAIS) Considere a tabela abaixo, com taxa de 4% ao perí-

odo. Use somente duas casas decimais em seus cálculos.

Nessa tabela, tem-se que o fator de acumulação de capital para pagamento único é

dado por (1 + i)n; o fator de valor atual de uma série de pagamentos é dado por (1

+ i)n – 1/i (1 + i)n; e o fator de acumulação de capital de uma série de pagamentos

é dado por (1 + i)n – 1/i. Um empresário tomou em um banco um empréstimo no

valor de R$94550,00, a ser pago em 36 meses. Será utilizado o Sistema de Amor-

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tização Francês, à taxa de 4% ao mês, com parcelas mensais e consecutivas, a pri-

meira vencendo 1 mês após a data do contrato. Sobre a terceira prestação desse

empréstimo, é verdade que:

a) ela difere de R$100,00 da segunda prestação.

b) ao ser paga, ela deixa um saldo devedor de R$93500,00.

c) seu valor é de R$5200,00.

d) sua cota de amortização é de R$1266,22.

e) sua parcela de juros é de R$3682,61.

Letra e.

O fator de amortização foi fornecido pela tabela. Portanto, podemos calcular as

parcelas pela expressão:

Agora que sabemos o valor das parcelas, podemos também calcular sua composição

em juros e amortização. Na primeira parcela, os juros podem ser calculados por:

Devemos lembrar a composição das parcelas em juros e amortização:

De posse da amortização ocorrida na primeira parcela, é possível calcular o saldo

devedor após esse pagamento.

Podemos, então, começar a traçar o esquema para a segunda parcela.

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Os juros e a amortização na segunda parcela podem ser calculados de maneira

análoga ao que fizemos anteriormente.

Note que a questão pediu informações sobre a terceira parcela. O saldo devedor ao

fim do mês 2 é:

Podemos agora calcular os juros incidentes nessa parcela:

 

A única afirmação correta, portanto, é a letra e.

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Questão 19    (FCC/2017/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE) Um em-


préstimo foi obtido para ser liquidado em 10 parcelas mensais de R$2000,00, ven-
cendo-se a primeira parcela 1 mês após a data da obtenção. A taxa de juros ne-
gociada com a instituição financeira foi de 2% ao mês no regime de capitalização
composta. Se, após o pagamento da oitava parcela, o devedor decidir liquidar o
saldo devedor do empréstimo nessa mesma data, o valor que deverá ser pago,
desprezando-se os centavos, é, em reais,
a) 3846,00.
b) 3883,00.
c) 3840,00.
d) 3880,00.
e) 3845,00.

Letra b.

Após o pagamento da oitava parcela, sobraram ainda duas para serem quitadas.

A relação entre o saldo devedor e as duas últimas parcelas é dada pelo fator de

amortização:

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Podemos agora calcular o saldo devedor D8.

Questão 20    (TFC/2017/INÉDITA) João financiou R$27000 por meio do Sistema

de Amortização Francês para a compra de um automóvel em 24 meses a uma taxa

de juros de 2% ao mês. Faltando 9 meses para o final do empréstimo, ele resol-

veu quitar sua dívida pagando todo o saldo devedor que ainda restava. Assinale a

alternativa que corresponde ao saldo devedor logo após o pagamento da décima

quinta parcela.

Dados: 

a) R$9000,00.

b) R$10125,00.

c) R$12000,00.

d) R$15000,00.

e) R$18000,00.

Letra c.

Esta é uma questão muito avançada a respeito do Sistema de Amortização Francês.

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Podemos calcular a parcela por meio do Sistema Francês maior, que possui 24 pa-

gamentos.

Portanto, a parcela será:

Podemos agora calcular o saldo devedor após o décimo quinto pagamento, perce-

bendo que ele corresponde a um Sistema Francês menor, com apenas 9 pagamen-

tos.

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É possível, então, calcular o saldo devedor D15:

Um ponto importante a se comentar sobre esta questão é que, embora o indiví-


duo tenha pagado 15 das 24 prestações (62,5%), ele conseguiu amortizar apenas
R$15.000 do total de R$27.000 (ou seja, a amortização foi de 55,6%).
Isso acontece porque, no Sistema Francês, a amortização é crescente e se concen-
tra nas últimas parcelas. Mais adiante, veremos uma questão em que o número de
parcelas é maior. Será possível comparar o que acabamos de ver com o que acon-
tecerá nessa questão posterior.

Questão 21    (CESGRANRIO/2012/EPE/ANALISTA DE GESTÃO CORPORATIVA-


-FINANÇAS E ORÇAMENTO) Um imóvel foi financiado pelo Sistema de Amortização
Francês (Tabela Price), em 150 prestações mensais, com taxa de juros, no regime
de juros compostos, de 4% ao mês. As prestações são consecutivas e iniciaram-se
1 mês após o recebimento do financiamento. A fração da dívida amortizada na me-
tade do período, isto é, depois de paga a 75ª prestação, é, aproximadamente, de:
Dado: (1,04)−75 = 0,05
a) 5%.
b) 25%.
c) 50%.
d) 75%.
e) 95%.

Letra a.
Façamos um esquema. Um capital C foi tomado emprestado e foi pago em 150
prestações mensais iguais pelo Sistema de Amortização Francês. Queremos saber

o saldo devedor após 75 pagamentos.

https://www.facebook.com/groups/2095402907430691 160 de 214


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Note que o saldo devedor D75 corresponde ao valor presente das 75 últimas parce-

las. Esse valor presente pode ser escrito pela expressão do fator A:

Como foi fornecida a aproximação para (1,04)−75, vamos utilizar a seguinte expres-

são para o fator A:

Sendo assim, temos que:

Agora, podemos calcular as parcelas do financiamento. Para isso, devemos lembrar

que o capital tomado foi C em 150 prestações e que a relação entre as parcelas e

o capital tomado emprestado é:

Vamos utilizar a seguinte expressão para o fator A:

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Temos, então, o valor da parcela:

Portanto, podemos aplicar essa expressão ao saldo devedor calculado:

Temos, assim, que o saldo devedor após 75 pagamentos representa um percentual

do capital inicial dado por:

A questão perguntou quanto foi amortizado. Se o saldo devedor permanece de


95% da dívida, então foi amortizado o percentual de apenas 5%.
Isso é muito interessante – para não dizer horrível. Quando você faz uma dívida de
longo prazo, nesse caso de 150 prestações, as primeiras prestações serão compos-
tas quase exclusivamente por juros.
É por isso que, mesmo após pagar metade do financiamento, você quitou apenas
5% da sua dívida.
Podemos simular em Excel, usando a planilha apresentada neste material, a dívida
citada.
Uma dívida de R$200000,00 paga a juros de 4% ao mês terá um parcela de in-
críveis R$8022,35, o que significa que o total a ser pago será de R$1203352,68

(pouco mais de 6 vezes o valor da dívida).

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É bem verdade que a questão foi bastante exagerada, pois taxas de juros de 4%

ao mês não são tão comuns para financiamentos de longo prazo. Uma taxa de ju-

ros relativamente padrão para financiamento imobiliário, por exemplo, é de 1,5%

a 2% ao mês.

Como comparação com a questão anterior, vamos fazer a mesma simulação, con-

siderando juros de 2% ao mês. As parcelas serão, assim, de R$4216,22, e o valor

total a ser pago será de R$632433,13 (mais de 3 vezes o valor da dívida). Isso é

muito, não é? Compre um e pague três!

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Nesse caso, o saldo devedor após o pagamento de 75 parcelas seria de R$162116,46

– o que equivale a pouco mais de 81% da dívida – e, mesmo após pagar metade

do financiamento, teriam sido quitados apenas 19% da dívida.

Lembre-se bem dessa questão quando pensar em adquirir dívidas grandes que le-

varão mais de dez anos para ser pagas.

Questão 22    (ESAF/1985/AFRF) Uma pessoa obteve um empréstimo de

R$120000,00 a uma taxa de juros compostos de 2% ao mês, que deverá ser pago

em 10 parcelas iguais. O valor dos juros a serem pagos na oitava parcela é de:

a) R$5,00.

b) R$51,00.

c) R$518,00.

d) R$5187,00.

e) R$770,00.

Dados: fatores de amortização a uma taxa de juros de 2% ao mês.

Prazo Fator A
1 0,98
2 1,94
3 2,88
4 3,81
5 4,71
6 5,60
7 6,47
8 7,33
9 8,16
10 8,98
11 9,79
12 10,58

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Letra e.

A questão pediu o valor dos juros a serem pagos na oitava parcela. Para isso, po-

rém, precisamos saber o saldo devedor antes de pagar essa parcela.

Façamos, então, uma representação esquemática do empréstimo e de suas 10 par-

celas.

Podemos calcular as parcelas por meio da tabela fornecida. Em relação ao Sistema

Francês total, temos que R$120000 correspondem ao capital equivalente a uma

série de 10 pagamentos. Portanto:

Assim, é possível entender o saldo devedor D7 como o capital equivalente a uma

série de 3 pagamentos de R$13.363. Dessa maneira, temos:

Portanto, os juros que incidem na oitava parcela são dados por:

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Questão 23    (FGV/2015/ISS-NITERÓI/CONTADOR) Considere a amortização de

uma dívida pelo Sistema de Amortização Francês (Tabela Price) em três pagamen-

tos, vencendo a primeira prestação um período após a liberação dos recursos e

sendo as duas primeiras parcelas de amortização R$5000,00 e R$5500,00, respec-

tivamente.

O valor de cada prestação, em reais, é de:

a) R$5250.

b) R$5000.

c) R$5516.

d) R$6050.

e) R$6655.

Letra e.

Esta é uma questão bastante complicada. As parcelas do Sistema Francês são cal-

culadas pelo fator de amortização:

Essas parcelas são compostas por juros e amortização.

O enunciado forneceu os valores iniciais de amortização. Além disso, devemos ter

em conta que:

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• no mês 0, houve a primeira amortização no valor de R$5000, portanto o saldo

devedor diminuiu em R$5000;

• no Sistema Francês, os juros são calculados sobre o saldo devedor do mês

anterior.

Dessa maneira, a primeira parcela é dada por:

Comparando as duas parcelas e lembrando que elas devem ser iguais, porque a

transação está sendo realizada no Sistema Francês, temos que:

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Agora que descobrimos as taxas de juros, podemos obter a relação entre a parcela
e o capital inicial da dívida.

Escrevemos agora a parcela:

Podemos comparar essa expressão com o valor da primeira parcela:

Finalmente, chegamos à prestação que foi pedida pelo enunciado:

Questão 24    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Pretende-


-se trocar uma série de oito pagamentos mensais iguais de R$1000,00, vencendo
o primeiro pagamento ao fim de 1 mês, por outra série equivalente de doze paga-
mentos iguais, vencendo o primeiro pagamento também ao fim de 1 mês. Calcule o
valor mais próximo do pagamento da segunda série, considerando a taxa de juros
compostos de 2% ao mês.
a) R$750,00.

b) R$693,00.

c) R$647,00.

d) R$783,00.

e) R$716,00.

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Letra b.

Trata-se de um problema interessante de refinanciamento. Primeiramente, tem-se

uma série de pagamentos de oito parcelas iguais que se iniciam 1 mês após a con-

tração da dívida, ou seja, um Sistema Francês com n = 8.

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O valor presente de uma série de oito pagamentos é dada por:

O fator de amortização foi tabelado. Para a taxa de 2% ao mês e oito pagamentos,

temos que . Dessa maneira, temos:

Vamos agora refinanciar esse capital de R$7320 em doze pagamentos, consideran-

do a mesma taxa de juros de 2% ao mês. Temos que a nova parcela será:

Questão 25    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Um finan-

ciamento no valor de R$612800,00 deve ser pago pelo Sistema Price em dezoito

prestações semestrais iguais, a uma taxa nominal de 30% ao ano, vencendo a

primeira prestação ao fim do primeiro semestre, a segunda ao fim do segundo se-

mestre, e assim sucessivamente. Obtenha o valor mais próximo da amortização do

saldo devedor embutido na segunda prestação.

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 Obs.: Use a tabela fornecida na questão anterior.

a) R$10687,00.

b) R$8081,00.

c) R$10000,00.

d) R$9740,00.

e) R$9293,00.

Letra e.

O primeiro ponto a se comentar sobre esta questão é que foi fornecida a taxa de

juros nominal anual, porém os pagamentos são semestrais. Portanto, devemos

converter a taxa anual em semestral.

A conversão de taxa nominal em efetiva é sempre feita pelo conceito de proporcio-

nalidade.

Podemos, então, calcular o fator de amortização a uma taxa de 15% ao semestre

com dezoito pagamentos semestrais usando a tabela fornecida.

Podemos agora calcular as parcelas.

Dessa maneira, as parcelas são iguais a R$100000. O cupom de juros envolvido na

primeira parcela é calculado em cima do capital inicial da dívida.

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É possível calcular a amortização embutida nessa parcela como a diferença entre a

parcela e os juros pagos.

A amortização se refere ao decréscimo do saldo devedor provocado pelo pagamen-

to da primeira parcela. Portanto, teremos que o novo saldo devedor será:

Para facilitar seu entendimento, montemos um esquema do empréstimo apresen-

tado:

Perceba que o cupom de juros J1 foi calculado com base no valor de R$612800, sal-

do devedor inicial. A soma dos juros com a amortização produz o valor da parcela,

que é de R$100000.

O cupom de juros envolvido na segunda parcela é calculado com base no saldo

devedor no mês 1.

Podemos, então, calcular a amortização embutida nessa parcela como a diferença

entre a parcela e os juros pagos.

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É interessante notar que realmente a amortização no Sistema Francês é sempre

crescente.

Como a questão pediu a amortização na segunda parcela, já podemos marcar o

gabarito correspondente.

Questão 26    (FCC/2016/ELETROBRÁS–ELETROSUL/ADMINISTRAÇÃO DE EM-


PRESAS) Considere um empréstimo que deverá ser liquidado por meio de 5 pres-
tações mensais, consecutivas e iguais a R$8610,00 cada uma, com a utilização do
Sistema de Amortização Francês (Tabela Price). Observa-se, pelo plano de paga-
mentos, que a primeira prestação vence 1 mês após a data da concessão do em-
préstimo e que os valores dos juros incluídos na primeira e na segunda prestações
são iguais a R$1000,00 e R$809,75, respectivamente. O  valor do saldo devedor
imediatamente após o pagamento da segunda prestação é, em reais, igual a:
a) 24589,75.
b) 24780,00.
c) 25589,25.
d) 26525,00.
e) 23980,25.

Letra a.
Esta é mais uma questão das boas sobre o Sistema Francês, muito parecida com a

questão anterior. Podemos calcular as amortizações:

Considere C o capital inicial da dívida.

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Os juros sobre a primeira parcela são calculados em relação ao saldo devedor no

mês 0, ou seja, o capital inicial da dívida. Já os juros sobre a segunda parcela de-

vem ser calculados em relação ao saldo devedor no mês 1.

Fazendo a diferença entre os dois juros calculados:

O capital inicial da dívida pode ser calculado pelos juros da primeira parcela:

O enunciado pediu o saldo devedor após o pagamento das duas parcelas. Portanto,

devemos abater as duas amortizações pedidas.

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Questão 27    (ESAF) Uma máquina tem preço de $2000000, podendo ser financia-

da com 10% de entrada e o restante em prestações trimestrais, iguais e sucessi-

vas. Sabendo-se que a financiadora cobra juros compostos de 28% ao ano, capita-

lizados trimestralmente, e que o comprador está pagando R$205821 por trimestre,

a última prestação vencerá em:

a) 3 anos e 2 meses.

b) 3 anos e 6 meses.

c) 3 anos e 9 meses.

d) 4 anos.

e) 4 anos e 3 meses.

Dados: tabela do fator A de amortização para i = 7% ao mês.

A A

1 0,93 11 7,50

2 1,81 12 7,94

3 2,62 13 8,36

4 3,39 14 8,74

5 4,10 15 9,11

6 4,77 16 9,45

7 5,39 17 9,76

8 5,97 18 10,06

9 6,51 19 10,34

10 7,02 20 10,59

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Letra b.

Em primeiro lugar, vamos converter a taxa de juros nominal em efetiva.

Note que o valor financiado foi apenas 90% do preço da máquina à vista, tendo em

vista que 10% foram pagos a título de entrada. Sendo assim, temos:

A relação entre a dívida adquirida e a parcela a ser paga é dada pelo fator de amor-

tização.

O fator de amortização encontrado foi de 8,74, o que corresponde a n = 14 (veja a


tabela). Sendo assim, o financiamento foi feito em 14 trimestres. Como 1 ano tem
4 trimestres, o financiamento vencerá em 3 anos e 2 trimestres (ou 6 meses).

Questão 28    (CESPE/2017/TCE-PE) Situação hipotética: um banco emprestou


R$12000 para Maria, que deve fazer a amortização em doze parcelas mensais con-
secutivas pelo Sistema de Amortização Constante sem carência. A taxa de juros
contratada para o empréstimo foi de 1% ao mês, e a primeira parcela deverá ser
paga 1 mês após a tomada do empréstimo.
Assertiva: o valor da quarta parcela a ser paga por Maria é de R$1090.

Certo.
Esta é uma questão bem simples e muito útil para treinar o Sistema SAC. Vamos

esmiuçá-la a fim de que você entenda o maior número de detalhes a respeito desse

sistema.

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No Sistema SAC, a amortização é constante. Se temos um capital inicial de R$12000

para ser amortizado em doze parcelas mensais, temos que a amortização mensal é:

Na primeira parcela, os juros são calculados em função do capital inicial da dívida

– R$12000. Portanto, temos:

Assim, podemos calcular a primeira parcela e o saldo devedor após esse pagamen-

to:

Poderíamos repetir o mesmo procedimento para encontrar todas as parcelas. Ou

podemos notar que, como queremos a quarta parcela, e a amortização mensal é

constante, teremos a seguinte situação, em que o saldo devedor decresce R$1000

por mês.

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É importante deixar claro que os juros no mês 4 devem ser calculados em relação

ao saldo devedor no mês 3, como no Sistema Francês.

Dessa maneira, os juros incidentes na quarta parcela podem ser calculados:

Já temos condições de marcar a resposta correta. No entanto, com o objetivo de

aprender mais sobre o Sistema SAC, desenharemos o que acontece em todas as

parcelas até chegar à quarta.

Questão 29    (CESPE/2018/TCE-PB/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS) Um banco

emprestou R$200000, entregues no ato, sem prazo de carência. O empréstimo foi

quitado pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) em 20 prestações semes-

trais consecutivas.

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Nessa situação, se a taxa de juros do empréstimo foi de 1,5% ao semestre, então

o valor da quinta prestação, em reais, foi de:

a) 12400.

b) 13000.

c) 10000.

d) 11650.

e) 12250.

Letra a.

Como o pagamento será feito em 20 prestações semestrais, a cada semestre, será

amortizada uma fração do capital tomado emprestado inicialmente, dada por:

Uma amortização semestral de R$10000 significa que o saldo devedor se reduzirá

nesse valor a cada semestre.

No semestre 0, quando a dívida é iniciada, o saldo devedor será de R$200000. No

semestre seguinte (1), o tomador amortizará R$10000. O saldo devedor passará,

assim, a ser de R$190000. É possível representar graficamente da seguinte ma-

neira:

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Perceba que a primeira parcela é paga após o semestre 0 e a segunda é paga após

o semestre 1, pelo que a quinta será paga após o semestre 4.

No Sistema SAC, os juros incidem sobre o saldo devedor no semestre anterior,

como representado na figura acima.

Dessa maneira, os juros que incidem na quinta parcela devem ser calculados pelo

saldo devedor no semestre anterior (semestre 4). Temos então:

Podemos agora calcular a quinta parcela como a soma dos juros com a amortiza-

ção.

Questão 30    (ESAF/2013/MF/CONTADOR) Um empréstimo de R$80000,00 será

pago em 20 parcelas mensais, sendo a primeira 30 dias após o empréstimo, com

juros de 2% ao mês, pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). O valor da

segunda parcela será:

a) R$5.520,00.
b) R$5.450,00

c) R$5.180,00.

d) R$5.230,00

e) R$5.360,00.

Letra a.
Note que, não raro, as questões que tratam de Sistema de Amortização Constante
(SAC) cobram simplesmente o cálculo de uma parcela específica, sem nenhuma
particularidade.

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A amortização mensal é dada pela razão entre o empréstimo tomado e o número

de parcelas para ser quitado:

Podemos esquematizar da seguinte maneira:

Os juros da segunda parcela devem ser calculados em relação ao saldo devedor no

mês anterior (mês 1). Dessa maneira, temos:

A segunda parcela é, então, composta pelo cupom de juros calculado e pela amor-

tização constante.

Questão 31    (FGV/2014/ISS-CUIABÁ/AUDITOR FISCAL) Considere um financia-

mento de quatro anos cujo valor do principal seja de R$100,00 e a taxa de juros,

igual a 4% ao ano.

Considere quatro planos de amortização para esse financiamento:

• no plano 1, o financiamento é quitado com um único pagamento apenas no

final do quarto ano, com capitalização dos juros ao fim de cada ano;

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• no plano 2, ao fim de cada ano são pagos apenas os juros, com exceção do

último ano, no qual, além dos juros, é efetuado o pagamento integral do prin-

cipal;

• no plano 3, a liquidação do financiamento segue o modelo Price;

• no plano 4, a liquidação do financiamento segue o modelo SAC.

No final do quarto ano, nos planos 1, 2, 3 e 4, os valores da amortização do princi-

pal serão (em reais), respectivamente, de:

a) 100, 100, maior do que 25 e 25.

b) maior que 116, 100, maior do que 25 e 25.

c) 100, 100, 25 e menor do que 25.

d) menor do que 100, maior do que 100, maior do que 25 e 25.

e) 100, 100, 25 e maior do que 24.

Letra a.

No plano 1, a dívida se acumula pela dinâmica de juros compostos.

No momento de quitação da dívida, será amortizado o principal de R$100 e serão

pagos os juros de R$17. O pagamento de juros não conta para a amortização.

No plano 2, que corresponde ao Sistema Americano, o principal é amortizado ape-

nas no final (ou seja, no ano 4, é amortizado o total de R$100).

No plano 4, a amortização é constante, portanto:

Por fim, no plano 3, devemos lembrar que a amortização é crescente no Sistema

Francês. Por isso, no último ano, certamente será maior que 25.

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Questão 32    (CESPE/2017/TER-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE)

Um banco emprestou a uma empresa R$100000, entregues no ato, sem prazo de

carência, para serem pagos em quatro prestações anuais consecutivas pelo Siste-

ma de Amortização Constante (SAC). A taxa de juros compostos contratada para

o empréstimo foi de 10% ao ano, e a primeira prestação será paga 1 ano após a

tomada do empréstimo.

Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser paga pela empresa será:

a) superior a R$33000.

b) inferior a R$30000.

c) superior a R$30000 e inferior a R$31000.

d) superior a R$31000 e inferior a R$32000.


e) superior a R$32000 e inferior a R$33000.

Letra e.
Como são quatro parcelas anuais, a amortização constante será:

Os juros que incidem sobre a segunda parcela devem ser calculados em relação ao

saldo devedor no mês 1. Esse saldo é calculado levando-se em conta que já houve

uma amortização, porque já foi paga uma parcela.

Podemos agora calcular os juros incidentes na terceira parcela:

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Observe que o gabarito é bem ambíguo, pois a parcela encontrada não é nem su-

perior nem inferior a R$33.000 – ela é igual. Isso possivelmente seria suficiente

para um recurso, de modo que a banca aceitasse, pelo menos, a letra a também

como resposta.

Questão 33    (ESAF/2010/CVM/ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS) Uma pes-

soa tomou um empréstimo imobiliário no valor de R$240000,00 para ser pago em

120 prestações mensais pelo Sistema de Amortizações Constantes (SAC), a uma

taxa de 1,5% ao mês, sem carência, vencendo a primeira prestação ao fim do pri-

meiro mês, a segunda ao fim do segundo mês, e assim sucessivamente. Marque o

valor mais próximo da décima segunda prestação.

a) R$5270,00.

b) R$5420,00.

c) R$5300,00.

d) R$5360,00.

e) R$5330,00.

Letra a.

É uma questão bem semelhante às anteriores. Nesta, porém, a ESAF cobrou uma

parcela mais distante – a décima segunda. Contudo, isso em nada altera o grau de

dificuldade do problema. Basta aplicar a mesma técnica vista anteriormente.

A amortização mensal é dada por:

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Para calcular a décima segunda parcela, precisamos do saldo devedor no mês ante-
rior. Nesse ponto, precisamos saber que, como já foram pagas 11 parcelas, houve
também onze amortizações. O saldo devedor no mês 11 será:

Vamos esquematizar o problema e os dados calculados.

Podemos calcular os juros que incidem sobre a décima segunda parcela com base
no saldo devedor anterior.

Portanto, a décima segunda parcela será a soma dos juros com a amortização cor-
respondente.

Questão 34    (2013 /ISS-RJ/AGENTE DE FAZENDA) Em um financiamento pelo

Sistema de Amortizações Constantes (SAC), celebrado a uma taxa pré-fixada, a di-

ferença entre duas prestações consecutivas será:

a) variável.

b) cada vez menor.

c) cada vez maior.

d) constante.

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Letra d.
Tenha em mente que as parcelas no Sistema de Amortização Constante (SAC)
formam uma progressão aritmética. Portanto, a diferença entre duas prestações
consecutivas será constante.

(CESPE/2015/MPU/Analista Atuarial) Um banco emprestou R$10000,00 à taxa de


juros mensais de 1%, devendo ser pago pelo Sistema de Amortização Constante
(SAC), em 10 parcelas mensais e consecutivas, com a primeira prestação vencen-
do 1 mês após a tomada do empréstimo (sem carência). Nessa situação, julgue os
seguintes itens.

Questão 35    O total dos juros pagos até a quinta prestação, inclusive, será igual a
R$400,00.

Certo.
Devemos sempre começar as questões de Sistema SAC calculando a amortização

a cada período.

Podemos calcular os juros sobre a primeira e a quinta parcelas.

Os juros sobre a quinta parcela devem ser calculados em função do saldo devedor

no mês 4. No mês 4, já foram feitos quatro pagamentos, somando, portanto, qua-

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tro amortizações de R$1000 (um total de R$4000). O  saldo devedor restante é,

assim, de R$6000.

Agora, podemos extrair a soma dos juros, lembrando que a soma dos termos de

uma PA é dada por:

A questão 35 está, portanto, correta.

Questão 36    O valor da primeira prestação será superior a R$1150,00.

Errado.

A primeira parcela é bem simples de calcular.

(CESPE/2015/TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Recentemente, a empresa

Fast Brick Robotics mostrou ao mundo um robô, conhecido como Hadrian 105, ca-

paz de construir casas em tempo recorde. Ele consegue trabalhar algo em torno de

20 vezes mais rápido que um ser humano, sendo capaz de construir até 150 casas

por ano, segundo informações da empresa que o fabrica.

Questão 37    Situação hipotética: para adquirir uma casa feita pelo robô, um

cliente contratou em um banco um financiamento no valor de R$50000,00, com

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capitalização mensal a regime de juros compostos a taxa de juros de 0,5% ao mês,

que deverá ser pago integralmente somente ao fim do prazo do financiamento, que

é de 20 anos.

Assertiva: nessa situação, assumindo-se 3,31 como valor aproximado de (1,005)240,

ao fim dos 20 anos, o comprador pagará mais de R$170000,00 reais ao banco.

Errado.

Nesse caso, a dívida está sendo atualizada por juros compostos.

Questão 38    Situação hipotética: para comprar uma casa construída pelo robô,

uma pessoa contraiu um empréstimo de R$120000,00, a ser pago pelo Sistema de

Amortização Constante (SAC) em 6 anos, em 12 prestações semestrais, com taxa

de juros semestral de 8%.

Assertiva: nesse caso, desconsiderando-se a existência de eventual prazo de ca-

rência, o valor da prestação a ser paga ao fim do quarto semestre será superior a

R$16000,00.

Certo.

Em primeiro lugar, calcularemos a amortização a cada prestação.

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Observe que a primeira prestação é paga ao fim do semestre 0, ou seja, o semes-

tre em que foi contraída a dívida. Ao fim do primeiro semestre, é paga a segunda

prestação.

Portanto, a prestação a ser paga ao fim do quarto semestre é, na verdade, a quinta

prestação.

Dessa maneira, a quinta prestação será:

Questão 39    (CESPE/2016/TCE-SC/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO)

Um financiamento de R$10000 foi feito pelo Sistema de Amortização Constante

(SAC) em 5 meses consecutivos e com 2 meses de carência. A operação foi contra-

tada à taxa de juros de 8% ao mês. Nessa situação, o valor da segunda prestação,

após o início da amortização, era inferior a R$2500.

Errado.

Precisamos entender que, durante o período de carência, os juros continuam acu-

mulando normalmente pela dinâmica de juros compostos.

Sendo assim, findo o prazo de 2 meses de carência, a dívida terá se elevado.

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Agora, podemos calcular a amortização a cada prestação.

Para calcularmos a segunda prestação, devemos ter em mente que os juros devem
ser calculados em relação ao saldo devedor do mês anterior (mês 1). Nesse mês,

já foi feita uma amortização. Portanto, o saldo devedor referente ao mês 1 será:

Podemos agora calcular os juros e a segunda parcela.

Questão 40    (FGV/2015/ISS-NITERÓI/CONTADOR) Um indivíduo pretende com-


prar um imóvel financiado em 60 meses utilizando o Sistema de Amortização Cons-
tante (SAC). Ele procurou uma instituição financeira que opera com vencimento da
primeira prestação 1 mês após a liberação dos recursos, taxa de juros de 5% ao

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mês, e foi informado que, pela análise dos comprovantes de rendimentos, o limite

máximo da prestação teria que ser de R$5000,00.

O valor máximo que ele pode financiar, em reais, é:

a) 75000.

b) 100000.

c) 185000.

d) 225000.

e) 300000.

Letra a.
Em um Sistema de Amortização Constante, o cliente deve ser capaz de arcar com

os juros e com a amortização.

Os juros na primeira parcela são dados por:

Já a amortização é constante e dada por:

Sendo assim, a primeira parcela será:

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A maneira mais simples de resolver essa equação é multiplicando tudo por 60.

Questão 41    (2017 /TFC/INÉDITA) João tomou um financiamento a um Sistema de

Amortização Constante em 12 parcelas. Sabendo que ele pagou R$1750 na primei-

ra prestação e R$1700 na terceira prestação, calcule quanto ele tomou financiado.

13800

A incógnita é o capital C tomado emprestado. Em primeiro lugar, devemos calcular

a amortização a cada parcela, que é dada por:

Podemos agora construir o esquema:

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A primeira e a segunda parcelas são dadas, respectivamente, por:

Podemos agora tirar a diferença entre as duas parcelas:

De posse do termo Ci, podemos aplicar essa expressão na primeira parcela e che-

gamos a:

(CESPE/2011/BRB/ESCRITURÁRIO) Uma agência bancária, ao emprestar a quantia

de R$60000,00 a uma empresa, entregou o valor no ato e concedeu à empresa 3

anos de carência, sem que os juros desse período ficassem capitalizados para se-

rem pagos posteriormente. Com base nessa situação e sabendo que esse emprés-

timo será pago pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), em 3 anos, e à taxa

de juros de 10% ao ano, julgue os itens subsecutivos.

Questão 42    O valor da última prestação a ser paga será superior a R$ 23.500,00.

Errado.

Durante o período de carência, não houve acúmulo de juros, porque foram pagos

em cupons semestrais. O valor de cada cupom de juros é dado por:

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Como o período de carência corresponde a 3 anos, foram pagos 3 cupons de R$6000.

Portanto, foram pagos R$18000 a título de juros durante o período de carência.

Findo o prazo da carência, a dívida será paga por meio do Sistema SAC habitual.

A amortização é calculada por:

Agora, podemos montar o esquema, em que o ano 0 representa o final do período

de carência.

A última parcela é calculada pelos juros que incidem no saldo devedor do ano 2,

que é de R$20000. Essa parcela pode ser calculada como mostrado no esquema.

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Questão 43    No período de carência, a empresa nada pagará ao banco.

Errado.

Como explicitado pelo comentário anterior:

Durante o período de carência, não houve acúmulo de juros, porque foram pagos

em cupons semestrais. O valor de cada cupom de juros é dado por:

Como o período de carência corresponde a 3 anos, foram pagos 3 cupons de R$6000.

Portanto, foram pagos R$18000 a título de juros durante o período de carência.

Questão 44    O total de juros pagos será superior a R$23000,00.

Certo.

Por fim, o total de juros pagos no período é calculado por:

(CESPE/2010/BRB/ESCRITURÁRIO) Para aquisição de sua casa própria, um

cliente de uma instituição financeira com carteira hipotecária necessita financiar

R$60000,00. O financiamento poderá ser feito pelo Sistema de Amortização Cons-

tante (SAC) ou pelo Sistema de Amortização Francês (Price). Em cada um desses

sistemas, a prestação mensal é composta pelo valor determinado pelo sistema e

mais R$25,00 a título de seguro de financiamento.

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A taxa de juros é de 1% ao mês, o prazo do financiamento é de 10 anos e não há

correção monetária. Com relação à situação apresentada, julgue os itens seguin-

tes, considerando 1,1268 e 3,3 como valores aproximados de  e .

Questão 45    Para que a primeira prestação tenha o menor valor possível, esse

cliente deverá optar pelo SAC.

Errado.

Esta é uma questão muito interessante. Sempre que a questão cobrar um seguro,

é importante grifá-lo, pois é algo bastante esquecido pelos alunos enquanto res-

pondem questões de prova.

O primeiro ponto, muito importante, é que o Sistema SAC serve justamente para

que as parcelas se reduzam à medida que passar o prazo do financiamento.


Por isso, as primeiras parcelas do Sistema SAC são maiores que as respectivas
parcelas do Sistema de Amortização Francês. No entanto, as últimas parcelas do
Sistema SAC são menores. Portanto, o item 45 está errado.

Questão 46    Pelo Sistema Francês, o valor da 98ª prestação será inferior a R$875,00.

Errado.
Em primeiro lugar, o financiamento foi feito em 120 vezes, pois afirma-se que as
parcelas são mensais e em um período de 10 anos (120 meses).

Calcularemos agora o fator de amortização.

Em seguida, deve-se calcular a aproximação para (1,01)120.

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Então, temos o fator de amortização.

Calcularemos agora as parcelas do Sistema Francês, não podendo esquecer o se-

guro.

Somando o seguro, temos que:

Portanto, a questão 46 está incorreta.

Questão 47    No SAC, o valor da 26ª prestação é igual ao dobro da amortização.

Certo.
Agora, vamos partir para o cálculo do Sistema SAC. A amortização mensal será:

Para o cálculo da 26ª prestação, devemos levar em conta o saldo devedor do mês
anterior (mês 25). Nesse momento, já foram pagas 25 parcelas. Portanto, houve

25 amortizações. Logo, o saldo devedor é de:

Então, podemos construir o esquema:

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Dessa maneira, a 26ª parcela é dada por:

Essa prestação, portanto, realmente corresponde ao dobro da amortização. Logo,

a questão 47 está correta.

Questão 48    Pelo SAC, a soma das primeiras 29 prestações será inferior a 50% do

valor financiado.

Certo.

A forma mais simples de calcular o somatório das parcelas pagas até a 29ª é lem-

brando que as parcelas no Sistema SAC formam uma progressão aritmética decres-

cente. Por isso, calculemos a 1ª e 29ª prestação.

A primeira parcela é bem simples de ser calculada, pois os juros incidem sobre o

capital inicial da dívida.

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Para a 29ª prestação, devemos levar em consideração que os juros incidem sobre

o saldo devedor obtido no mês anterior.

Calculemos a soma:

A soma das 29 primeiras parcelas pagas realmente é inferior a R$30000 (metade


do valor financiado). Logo, a questão 48 está correta.

Questão 49    (VUNESP/2015/PREFEITURA DE CAIEIRAS-SP/ASSISTENTE DE


CONTABILIDADE) Uma pessoa obteve um empréstimo de R$8000,00 (oito mil
reais) com um amigo, que ofereceu as seguintes condições de atualização e paga-
mento desse empréstimo:
• taxa de juros 12% ao ano – juros simples e não capitalizáveis;
• amortizações semestrais, incluindo juros e principal. Para essas amortizações

os juros deverão ser calculados semestralmente até o vencimento, conside-

rando o valor devedor líquido, bem como o pagamento da respectiva parcela

do principal;

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• prazo de 48 meses;

• por fim, que a garantia do empréstimo será de um veículo.

Com base nessas informações, pode-se concluir que o total dos juros pagos nesse

empréstimo, em reais, foi de:

a) 960,00.

b) 1320,00.

c) 1920,00.

d) 2160,00.

e) 3840,00.

Letra d.

Apesar da redação um pouco confusa, a questão se refere ao Sistema de Amortiza-

ção Constante (SAC). Como sabemos, a cota de amortização é constante em todas

as parcelas.

Como as parcelas são semestrais, devemos converter todos os parâmetros do

enunciado em semestrais.

O número de parcelas é igual a 8, pois 48 meses equivalem a 8 semestres.

Por outro lado, a taxa de juros deve ser convertida em semestral usando o conceito

de taxas de juros proporcionais.

Podemos agora calcular a cota de amortização em cada parcela.

Dessa maneira, podemos esquematizar.

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Os juros na primeira parcela são calculados por:

Já os da segunda, por:

Como sabemos, os juros em um Sistema SAC seguem uma PA. Portanto, a razão

da PA será igual a R$60 (R$480 – R$420).

O cupom de parcelas na última parcela são calculados também em relação ao saldo

devedor no mês anterior.

Agora, basta usar a soma da PA. A soma dos termos de uma PA é igual à média

aritmética dos extremos multiplicado pela quantidade de termos.

Caso você não se lembrasse da fórmula de soma da PA, você também poderia so-

mar os cupons de juros individualmente.

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Basta, então, somar – será bem mais trabalhoso, porém, o resultado será igual.

Questão 50    (TFC/INÉDITA) João comprou um veículo financiando R$24000 por

meio de um sistema de amortização constante para pagamento em 24 meses.

A taxa de juros nominal do financiamento foi de 12% ao ano. Para assegurar que

pudesse pagar perfeitamente o carro, João contratou um seguro de R$60 por mês

para o caso de ele perder suas principais fontes de renda e, ainda, contratou um

período de carência de 2 meses, durante o qual não houve pagamentos. Assinale a

alternativa que representa o valor da terceira parcela após o período de carência.

a) R$1240,00.

b) R$1280,00.

c) R$1300,00.

d) R$1304,52.

e) R$1324,94.

Letra d.

Esta é uma questão cheia de detalhes. Em primeiro lugar, temos um período de

carência. Como não houve pagamento de juros, o valor total da dívida cresce por

meio de juros compostos.

Para calcular a atualização da dívida, devemos converter a taxa de juros fornecida

de nominal para efetiva.

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Calculemos agora o montante atualizado da dívida.

Essa dívida será paga por 24 meses. Portanto, a amortização mensal será:

Para calcular a terceira prestação, devemos ter em mente que os juros incidem

sobre o saldo devedor no mês anterior (mês 2). No mês 2, já houve duas amorti-

zações:

Calculemos agora a terceira prestação:

Portanto, a terceira prestação será:

Questão 51    (CESGRANRIO/2015/PETROBRÁS/PROFISSIONAL JÚNIOR–ADMI-

NISTRAÇÃO) As empresas, ao  captarem recursos financeiros de terceiros, obri-

gam-se a respeitar o Sistema de Amortização Financeiro contratado. Sob condições

de prazo, taxa de juros e valor emprestado iguais, os sistemas Francês, SAC, Misto

e Americano apresentam uma característica comum.

Essa característica é a seguinte:

a) a amortização aumenta na mesma velocidade.

b) a primeira parcela contém o mesmo valor de juros.

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c) as prestações são constantes.

d) as prestações são decrescentes.

e) o saldo devedor reduz na mesma velocidade.

Letra b.

Esta é uma questão teórica bem interessante. Em todos os sistemas citados, os ju-

ros são sempre calculados em relação ao saldo devedor no mês anterior.

Dessa maneira, os juros sobre a primeira parcela são calculados em relação ao total

da dívida. Portanto, serão iguais.

Vejamos um exemplo: você tomou R$100000 emprestados a uma taxa de juros

de 1% ao mês a serem pagos em 10 prestações. Nesse caso, o primeiro cupom de

juros será:

Sendo assim, os juros incidentes na primeira parcela serão de R$1000 independen-

temente do sistema de amortização utilizado.

O que diferenciará os diferentes sistemas de amortização será justamente o valor

da amortização a ser pago em cada parcela.

No Sistema Americano, não haverá nenhuma amortização na primeira parcela. Por

isso, o pagamento será de exatamente R$1000.

No Sistema de Amortização Constante, a amortização dependerá apenas da quan-

tidade de prestações. Assim, a amortização a cada parcela será:

No Sistema de Amortização Constante (SAC), a primeira parcela será de R$11000,


sendo R$10000 de amortização e R$1000 de juros pagos.

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No Sistema de Amortização Francês, também poderemos calcular a parcela pelo


fator A de amortização. Contudo, o cupom de juros também será igual a R$1000.
Sendo assim, em todos os sistemas citados, a primeira parcela conterá o mesmo
valor de juros.

(CESPE/2014/CAIXA/TÉCNICO BANCÁRIO) Um cliente contratou um financiamento


habitacional no valor de R$ 420000,00, para ser amortizado de acordo com o Sis-
tema de Amortização Constante, em 35 anos, à taxa nominal de juros compostos
de 9% ao ano, com capitalização mensal.
Com base nessas informações, julgue o item subsequente, desconsiderando, entre
outras, despesas como seguros e taxas de administração.

Questão 52    O valor da amortização mensal é inferior a R$900,00.

Errado.
Como o cliente pagará em 35, serão 35.12 = 420 parcelas mensais. No Sistema
SAC, a amortização mensal é constante. Portanto, pode ser calculada por:

Questão 53    (FTC/2018/INÉDITA) Marcelo acabou de passar para o concurso dos

seus sonhos e, por isso, deseja comprar um imóvel em 120 parcelas mensais.

O preço do imóvel à vista é de R$420000.

No entanto, ele sabe que pretende ter filhos daqui a um tempo. Por isso, sabe que

pode pagar uma parcela maior hoje, mas terá menos dinheiro para pagar as parce-

las do apartamento no futuro.

Por isso, Marcelo optou pelo Sistema de Amortização Constante. De acordo com sua

programação financeira, ele pretende começar cim a primeira parcela de R$4000,

https://www.facebook.com/groups/2095402907430691 205 de 214


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mas pretende aliviar seus pagamentos à medida que transcorrer o tempo, de modo

que a última parcela seja de R$1620.

Com base nessas informações, Marcelo deverá dar uma entrada no valor de:

a) R$164000.

b) R$180000.

c) R$192000.

d) R$205000.

e) R$228000.

Letra e.

O primeiro passo para resolver essa questão é entender que Marcelo não vai finan-

ciar todo o apartamento, mas apenas uma parte, que chamaremos de C.

A entrada corresponde justamente à parte que Marcelo não financiou, ou seja,

R$420000 – C.

A questão também não informou a taxa de juros envolvida no financiamento. Con-

tudo, conhecemos a programação financeira de Marcelo e também podemos dese-

nhar o esquema.

Como são feitos 120 pagamentos, a amortização mensal será:

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De acordo com a programação de Marcelo, a primeira parcela deve ser de R$4000

e a última de R$1620.

Os juros da primeira parcela incidem sobre o saldo devedor no mês 0, que é o ca-

pital total tomado de empréstimo. Esse capital é C (não R$420000).

Precisamos lembrar que todas as parcelas são compostas de juros e amortização.

Portanto, a primeira parcela será:

Já a última será:

Basta subtrair (I) – (II) e teremos:

Assim:

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Já calculamos, portanto, o produto Ci. Agora, podemos calcular o capital tomado

emprestado usando, por exemplo, a equação (I).

Dessa maneira, Marcelo tomou R$192000 financiados para pagar o imóvel. A entra-

da a ser paga corresponde à diferença entre o total do imóvel e o valor financiado.

É interessante observar que podemos calcular também a taxa de juros envolvida.

Conhecemos o produto Ci. Portanto, temos:

Trata-se, assim, de uma taxa de juros módica. É uma taxa que pode ser oferecida

por alguns bancos. Normalmente, as condições são exatamente as propostas no

enunciado – quando você paga uma entrada superior a 50% do imóvel, não tem

dívidas anteriores e tem um bom histórico no Cerasa, é bem possível conseguir

taxas de juros efetivas próximas a essa.

Questão 54    (FUNCAB/2013/CODATA/TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO) O valor da

prestação do mês 5 de um financiamento pelo Sistema de Amortização Francês

(Price) é R$277,40. O valor da prestação do mês 5 do mesmo financiamento pelo

Sistema de Amortização Constante (SAC) é R$224,00. Determine o valor da pres-

https://www.facebook.com/groups/2095402907430691 208 de 214


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tação do mês 5 desse mesmo financiamento pelo Sistema de Amortização Misto

(SAM).

a) R$501,40.

b) R$250,70.

c) R$330,80.

d) R$277,40.

e) R$224,00.

Letra b.

A parcela no Sistema Misto é igual à média aritmética entre as prestações do Sis-

tema Francês e do SAC.

Questão 55    (CESPE/2016/TCE-PR) Um empréstimo de R$240000 deverá ser qui-

tado, no Sistema Price, em 12 parcelas mensais iguais, com a primeira parcela

programada para vencer 1 mês após a contratação do empréstimo. A taxa de ju-

ros nominal contratada foi de 12% ao ano e, com isso, cada prestação ficou em

R$21324. Nessa situação, se a pessoa que contratou o empréstimo tivesse optado

pelo Sistema de Amortização Misto, com a mesma taxa de juros, a terceira presta-

ção seria igual a:

a) R$21133.

b) R$22000.

c) R$21815.

d) R$21662.

e) R$21420.

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Letra d.
O primeiro cuidado a se ter nesta questão é converter a taxa de juros anual em
mensal, pois o tempo foi dado em meses. Como o desconto é simples, utilizaremos
o conceito de taxa proporcional. Basta apenas dividir por 12, já que 1 ano é igual
a 12 meses.

Precisamos agora calcular as parcelas no correspondente Sistema SAC, pois as par-


celas no Sistema Francês já foram fornecidas.
A amortização a ser paga em cada período é calculada por:

Os juros que incidem sobre a terceira prestação devem ser calculados sobre o saldo
devedor no mês anterior (mês 2). Nesse mês, já ocorreram duas amortizações.

Calculemos agora os juros incidentes sobre a terceira prestação.

Portanto, podemos calcular a terceira prestação somando os juros com a amorti-


zação:

Podemos, então, calcular a parcela correspondente do Sistema Misto pela média


aritmética:

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(CESPE/2012/TCE-ES/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) Uma empresa, com o


objetivo de captar recursos financeiros para a ampliação de seu mercado de atua-
ção, apresentou projeto ao Banco Alfa, que, após análise, liberou R$1000000,00 de
empréstimo, o qual deverá ser quitado em 12 parcelas mensais, a juros nominais
de 18% ao ano, capitalizados mensalmente.

Questão 56    Se a quitação do empréstimo seguisse o Sistema Misto de Amortização,


em que os juros são calculados sobre o saldo devedor remanescente, os valores
das prestações seriam decrescentes.

Certo.
No Sistema Misto, realmente, as prestações são decrescentes. Não decresçam tão
rapidamente quanto no Sistema de Amortização Constante, mas decrescem. Por-
tanto, o item 56 está certo.

Questão 57    Considere que, pelo Sistema de Amortização Constante, a primeira


parcela de quitação do empréstimo seja superior a R$90000,00 e, pelo Sistema Pri-
ce, igual a R$83000,00. Então, pelo Sistema Misto, a primeira parcela de quitação
do empréstimo será inferior a R$82000,00.

Errado.
Agora, vamos converter a taxa nominal em efetiva.

Para saber a parcela correspondente ao Sistema Misto, devemos fazer a média en-
tre a parcela obtida pelo Sistema SAC e o Sistema Francês.

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