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Sc Lizandro Manzato
Cálculo III
INTEGRAIS DUPLAS
VOLUMES E INTEGRAIS DUPLAS
c
a b x
e vamos, inicialmente, supor f(x,y) > 0. O gráfico de f é a superfície de equação z = f(x, y).
1
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R Rij
d
•
• • • • • • • •
• • • • • • • • (xij , yij)
yj •
Δy •
•
•
• • • • • •
yj-1
• • • • • • • • •
y2
• • • • •
• • • •
y1
• • • • • • • • •
c
a x1 x2 xi-1 xi b x
Δx
2
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f (xij , yij ) S
Vij
R •
(xij , yij )
n m
Nossa intuição diz que a aproximação V ≈ ∑ ∑ f (x ij , y ij )ΔA melhora quando
i =1 j=1
aumentamos os valores de m e de n e, portanto, devemos esperar que:
n m
V = lim
m , n →∞
∑ ∑ f (x ij , y ij )ΔA .
i =1 j=1
Usamos essa expressão para definir o volume do sólido S que corresponde à região
que está acima do retângulo R e abaixo do gráfico de f.
Mesmo f não sendo uma função positiva, podemos dar a seguinte definição:
Pode ser provado que o limite existe sempre que f for uma função contínua.
Além disso, se f(x,y) > 0, então o volume do sólido que está acima do retângulo R
e abaixo da superfície z = f(x.y) é
V = ∫∫ f ( x, y)dA .
R
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n m
A soma ∑ ∑ f (x ij , y ij )ΔA é chamada soma dupla de Riemann e é usada como
i =1 j=1
aproximação do valor da integral dupla.
0 1 2 x
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INTEGRAIS ITERADAS
Se f for contínua no retângulo R = { (x,y) | a < x < b, c < y < d }, então calculamos
a integral dupla de f em R através de integrais iteradas, como mostrado abaixo:
b ⎡d ⎤ d ⎡b ⎤
∫∫ f ( x , y ) dA = ∫ ⎢⎢∫ f ( x , y ) dy ⎥
⎥⎦
dx = ∫ ⎢ ∫ f ( x, y)dx ⎥ dy
R a ⎣c c ⎢
⎣a ⎥⎦
Este resultado, conhecido como Teorema de Fubini, vale sempre que f for
limitada em R, podendo ser descontínua em um número finito de pontos de R.
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∫∫ x
2
Exemplo 2: Calcule o valor da integral ydA , onde R = [0,3] x [1,2]
y R
2
R
1
0 3 x
2
3⎡2 2 ⎤ 3
⎡ 2 y2 ⎤ 3
⎛ 2 4 1⎞
∫∫ ∫ ⎢∫ ∫ ∫ ⎜x − x 2 ⎟dx =
2
Solução: x ydA = ⎢ x ydy⎥ dx = ⎢ x ⎥ dx =
0⎝
R 0 ⎣1 ⎥⎦ 0⎣
2 ⎦1 2 2⎠
3 3
3 x3 ⎤ x3 ⎤
3
⎛3 2⎞ 27
∫ ⎝ 2 ⎠ 2 3 ⎥⎦ = 2 ⎥⎦ = 2 = 13,5
⎜ x ⎟ dx =
0 0 0
ou
3
2 ⎡3 2 ⎤ 2
⎡x3 ⎤ 2
⎛ 27 ⎞
∫∫ x ydA = ∫ ⎢⎢∫ x ydx⎥⎥dy = ∫ ⎢⎣ 3 y⎥⎦ dy = ∫ ⎜⎝ 3 y − 0 ⎟⎠dy =
2
R 1 ⎣0 ⎦ 1 0 1
2
9y 2 ⎤
2
= ∫ (9 y )dy = ⎥ =
1
2 ⎦1
36 9 27
= − = = 13,5
2 2 2
O valor obtido é o volume do sólido
acima de R e abaixo do gráfico da
função f(x,y) = x2y (Veja figura ao
lado)
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R 0 1 0
π π
1 ⎤
∫ (− cos 2y + cos y)dy = − 2 sen 2y + sen y⎥⎦ 0 =
0
1 1
− sen π + sen π + sen 0 − sen 0 = 0
2 2
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( )
2 2
= ∫ ∫ 16 − x 2 − 2 y 2 dxdy
0 0
2
2
⎡ x3 ⎤
= ∫ ⎢16 x − − 2xy 2 ⎥ dy
0⎣ ⎦0
3
2
⎛ 8 ⎞
= ∫ ⎜ 32 − − 4 y 2 ⎟dy
0⎝ ⎠
3
2
⎛ 88 ⎞
= ∫ ⎜ − 4 y 2 ⎟dy
0⎝ ⎠
3
2
⎡ 88 y3 ⎤ 88.2 − 4.8
= ⎢ y−4 ⎥ = = 48
⎣3 3 ⎦0 3
y y
R
D
D D
D
0 x 0 x
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Consideremos uma região D inscrita na faixa vertical a < x < b e entre o gráfico de
duas funções contínuas de x, ou seja:
D = { (x,y) | a < x < b, g1(x) < y < g2(x) }
onde g1 e g2 são contínuas em [a,b]. Por exemplo, as regiões D representadas abaixo:
y = g2(x)
y = g2(x) y = g2(x)
y y y
D
D D
D D
D
0 a b x 0 a b x 0 a bx
y = g1(x) y = g1(x)
y = g1(x)
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Consideremos uma região D inscrita na faixa horizontal c < y < d e entre o gráfico
de duas funções contínuas de y, ou seja:
D = { (x,y) | c < y < d, h1(y) < x < h2(y) }
onde h1 e h2 são contínuas em [c,d]. Por exemplo, as regiões D representadas abaixo:
y
y x = h2(y) y D x = h2(y)
D d
d D
D
d x = h2(y)
D
D
x = h1(y)
c
c c
0 x 0 x 0 x
x = h1(y)
x = h1(y)
Solução: y
A região D está inscrita na faixa vertical
–1 < x < 1, pois essas são as abscissas dos
y = 1 + x2 pontos de intersecção das duas parábolas e
podemos escrever:
D = { (x,y) | –1 < x < 1, 2x2 < y < 1 + x2 }
y = 2x2 Assim, calculamos a integral dupla
através das seguintes integrais iteradas:
–1 1 x
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1 ⎡1+ x ⎤
[ ]
1
1+ x 2
∫∫ (x + 2y)dA = ∫ ⎢⎢ ∫2(x + 2y)dy⎥⎥dx = ∫ xy + y
2
2x 2 dx
D −1 ⎣ 2 x ⎦ −1
[ ] [ ]
1
= ∫ x (1 + x 2 ) + (1 + x 2 ) 2 − 2x 3 + 4 x 4 dx
−1
∫ (x + x )
1
= 3
+ 1 + 2x 2 + x 4 − 2 x 3 − 4x 4 dx
−1
∫ (− 3x )
1
= 4
− x 3 + 2x 2 + x + 1 dx
−1
1
⎡ x5 x4 x3 x2 ⎤ 32
= ⎢− 3 − +2 + + x⎥ =
⎣ 5 4 3 2 ⎦ −1 15
Assim, o volume é:
2 ⎡2 x ⎤
y = 2x
V = ∫∫ ( ) (
x 2 + y 2 dA = ∫ ⎢ ∫ x 2 + y 2 dy ⎥ dx )
D 0⎣⎢x2 ⎥⎦
2x
2
⎡ 2 y3 ⎤
2
⎡ 8x 3 x6 ⎤
= ∫ ⎢ x y + ⎥ dx = ∫ ⎢2x 3 + − x 4 − ⎥ dx
0⎣
0⎣
3 ⎦ x2 3 3 ⎦
2
y = x2 2
⎛ 14x 3 x6 ⎞ ⎡14x 4 x 5 x 7 ⎤
= ∫ ⎜⎜ − x4 − ⎟dx = ⎢
⎟ − − ⎥
0⎝ ⎠ ⎣
3 3 12 5 21 ⎦ 0
14.16 32 128 216
= − − =
12 5 21 35
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Mas também podemos inscrever a região D na faixa horizontal 0 < y < 4, com:
y
D = { (x,y) | 0 < y < 4, ≤ x ≤ y }
2
Portanto, o volume pode ser calculado como:
4⎡ y ⎤ 4 ⎛ 32
y 3 y 3 ⎞⎟
y
( ) ( ) ⎡x3 2⎤
4
( x + y dA = ∫ ∫ x + y dx dy = ∫ ⎢ + xy ⎥ = ∫ ⎜⎜
⎢ ⎥ y 5
V = ∫∫ 2 2 2 2
+y 2 − − ⎟dy
⎢ ⎥ ⎜ 2 ⎟
0⎣ ⎦ 2 0⎝
0⎢
3 3 24
⎦⎥ ⎠
D y y
⎣ 2
4 4
⎛1 3 5 13 3 ⎞ ⎡2 5 2 7 13 ⎤ 2 2 13 216
= ∫⎜ y 2 + y 2 − y ⎟dy = ⎢ y 2 + y 2 − y 4 ⎥ = .32 + .128 − .256 =
0⎝
3 24 ⎠ ⎣15 7 96 ⎦ 0 5 7 96 35
Exemplo 7: Calcule ∫∫ xydA , onde D é a região limitada pela reta y = x – 1 e pela parábola
D
y2 = 2x + 6.
Solução: y2 = 2x + 6
y=x–1
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⎡ ⎤ y +1
⎢ y +1
4 ⎥ 4
⎡x2 ⎤
∫∫ xydA = ∫ ⎢ ∫ ⎥⎥ ∫ ⎢⎣ 2
xydx dy = y⎥ dy
− 2 ⎢ y 2 −6 ⎦ y 2
− 6
D −2
⎢⎣ 2 ⎥⎦ 2
y 3 + 2 y 2 + y y 5 − 12 y 3 + 36 y
4
= ∫( − )dy
−2
2 8
1 − y 5 + 16 y 3 + 8 y 2 − 32 y
4
2 −∫2
= dy
4
4
1 ⎡ y6 y3 ⎤
= ⎢− + 4y + 8
4
− 16 y 2 ⎥
8⎣ 6 3 ⎦ −2
1 ⎡ 2048 512 32 64 ⎤
= ⎢ − + 1024 + − 256 + − 64 + + 64⎥ = 36
8⎣ 3 3 3 3 ⎦
Solução: Em uma questão como esta, é prudente desenhar dois diagramas: um do sólido
tridimensional e outro da região plana D sobre a qual o sólido está.
Igualando as equações dos planos, duas a duas, obtemos as retas que contém
as arestas do tetraedro:
z
y
(0, 0, 2)
T
x + 2y = 2
1
x + 2y + z = 2
D
x = 2y
½
(0, 1, 0) y 1
x
x = 2y
x (1, ½, 0)
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∫ (2 − x − 2y )dydx = ∫ [2y − xy − y ]x
1
1− x
V = ∫∫ (2 − x − 2 y )dA = ∫ 2 2
dx
D 0 x/2 0 2
1⎡ ⎛ x⎞ ⎛ x⎞ ⎛ x⎞ x
2
x2 ⎤ 2
= ∫ ⎢2⎜1 − ⎟ − x ⎜1 − ⎟ − ⎜1 − ⎟ − x + + ⎥dx
0⎣ ⎢ ⎝ 2⎠ ⎝ 2⎠ ⎝ 2⎠ 2 4 ⎥⎦
1
⎛ x2 x2 x2 x2 ⎞
= ∫ ⎜⎜ 2 − x − x + −1+ x − −x+ + ⎟dx
0⎝
2 4 2 4 ⎟⎠
1
⎡ x3 ⎤
( )
1
1
= ∫ 1 − 2 x + x dx = ⎢ x − x 2 + ⎥ =
2
0 ⎣ 3 ⎦0 3
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Exemplo 9: Expresse, de duas maneiras, as integrais iteradas que resolvem ∫∫ 2y cos xdA ,
D
π
onde D é a região do plano xy limitada pelos gráficos de x = , y = 1, y = 3,
6
3y + x = 10 e x = y2.
x = y2
y =1
π/6
A região que tem como fronteira todas as curvas citadas é a parte sombreada
do plano. Portanto essa é a região D. Assim, podemos descrevê-la de duas
formas:
1) Inscrita na faixa vertical π/6 ≤ x ≤ 4 e, nesse caso dividi-la em
D1 = { (x,y) | π/6 ≤ x ≤ 1, 1 ≤ y ≤ 3 } e
10 − x
D2 = { (x,y) | 1 ≤ x ≤ 4, x ≤ y ≤ }
3
2) Inscrita na faixa horizontal 1 ≤ y ≤ 3 e, nesse caso, dividi-la em
D1 = { (x,y) | 1 ≤ y ≤ 2, π/6 ≤ x ≤ y2 } e
D2 = { (x,y) | 2 ≤ y ≤ 3, π/6 ≤ x ≤ 10 – 3y }
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Suponha uma lâmina colocada em uma região D do plano xy e cuja densidade (em
unidades de massa por unidade de área) no ponto (x,y) em D é dada por ρ(x,y), onde ρ é
uma função contínua sobre D. Então a massa total m da lâmina é dada por:
m = ∫∫ ρ( x , y)dA
D
My
Além disso, o centro de massa dessa lâmina é o ponto (X,Y), onde X = e
m
Mx
Y= , sendo M x = ∫∫ yρ( x , y)dA e M y = ∫∫ xρ( x , y)dA os momentos em relação aos
m D D
eixos x e y, respectivamente.
Exemplo 10: Determine a massa e o centro de massa de uma lâmina triangular com
vértices (0,0), (1,0) e (0,2), se a função densidade é ρ(x,y) = 1 + 3x + y.
Solução:
(0,2) O triângulo D está limitado pelas retas
x = 0, y = 0 e y = 2 – 2x.. Podemos
y = 2 – 2x expressar D por:
D = { (x,y) | 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ 2 – 2x }
A massa da lâmina é:
D m = ∫∫ ρ( x , y)dA = ∫∫ (1 + 3x + y )dA
(0,0) (1,0) D D
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Portanto:
1 2−2 x 2−2 x
⎡ 1
y2 ⎤
m=∫ ∫ (1 + 3x + y )dydx = ∫⎢ y + 3xy + ⎥ dx
0 0 0⎣
2 ⎦0
1
⎛
⎜
= ∫ 2 − 2x + 6x − 6x +
(2 − 2x )
2 ⎞ 1
(
⎟dx = 2 + 4 x − 6 x 2 + 2 − 4 x + 2 x 2 dx )
∫
2
⎜ 2 ⎟
0⎝ ⎠ 0
1
( ⎡
) x3 ⎤
1
4 8
=∫ 4 − 4 x dx = ⎢4 x − 4 ⎥ = 4 − =
2
0 ⎣ 3 ⎦0 3 3
Os momentos são:
(
M x = ∫∫ yρ( x , y)dA = ∫∫ y + 3xy + y 2 dA )
D D
1 2−2 x 2− 2 x
⎡ y2 y2 y3 ⎤
∫( )
1
=∫ y + 3xy + y dydx = ∫ ⎢ + 3x
2
+ ⎥ dx
0 0 0⎣
2 2 3 ⎦0
1
⎛ (2 − 2 x )2 (2 − 2x )2 + (2 − 2x )3 ⎞⎟dx
= ∫⎜ + 3x
⎜ 2 2 3 ⎟
0⎝ ⎠
1
⎛ 8 8x 3 ⎞
= ∫ ⎜⎜ 2 − 4 x + 2 x 2 + 6 x − 12x 2 + 6 x 3 + − 8x + 8x 2 − ⎟dx
⎟
0 ⎝ 3 3 ⎠
1 1
⎛ 14 10 ⎞ ⎡14 2 5 ⎤
= ∫ ⎜ − 6 x − 2 x 2 + x 3 ⎟dx = ⎢ x − 3x 2 − x 3 + x 4 ⎥
0⎝ ⎠ ⎣3
3 3 3 6 ⎦0
14 2 5 5 11
= − 3 − + = 1+ =
3 3 6 6 6
( )
1
= ∫ 2x + 4x 2 − 6x 3 + 2x − 4x 2 + 2x 3 dx
0
( ) [ ]
1
= ∫ 4x − 4x 3 dx = 2x 2 − x 4
1
0 = 2 −1 = 1
0
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Assim:
My 11
1 3 M 11 3 11
X= = = , Y= x = 6 = =
m 8 8 m 8 6 8 16
3 3
Logo, o centro de massa da lâmina é o ponto (3/8,11/16), indicado na figura:
(0,2)
y = 2 – 2x
(3/8,11/16)
•
D
(0,0) (1,0)
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