Você está na página 1de 35

1- Introdução

As empresas e instituições em geral, vem buscando incessantemente a


Excelência em seus processos, tal busca visa oferecer produtos e serviços cada vez
melhor a preços competitivos; reduzir custos sem comprometer a qualidade; gerar
benefícios aos accionistas e funcionários; oferecer aos clientes produtos de qualidade e
preço acessível; obter lucro, que é o que todos almejam, com isto garantido a
sobrevivência das organizações.
Este processo contínuo de melhoria não é apenas uma opção a mais que as
empresas possuem para traçar suas directrizes gerências, mas sim uma questão de
sobrevivência em ambiente fortemente competitivo.
Possuir stock em níveis adequados, analisar, programar e controlar as diversas
variáveis que os stockes sofrem, tornou-se uma das questões de sobrevivência,
principalmente no ramo das fábricas de bebidas, ramo este que versará o trabalho.
Os stockes representam capital parado, capital que poderia ser utilizado em
outro investimento, mas sem eles as empresas não conseguem atender as incertezas do
mercado. Neste contexto, é inevitável possuir uma gestão de stockes que garante o
atendimento dos clientes e também que não impacte no negócio, mantendo o capital
empregado nos stockes em níveis que não comprometam o resultado final da
organização.

1
2- Importância
Um dos desafios para se manter competitivo, rentável, adaptar-se as incertezas do
mercado e buscar possibilidades de minimizar custos é possuir um sistema de gestão de stock
adequado as necessidades de distribuição dos produtos produzidos.
A política de stock exerce influência muito grande na rentabilidade das empresas. Os
stockes absorvem capitais que poderiam estar sendo investidos de outras maneiras, desviam
fundos de outros usos potenciais e têm o mesmo custo de capital que qualquer outro projecto
de investimento da empresa.
«Os stockes ajudam a maximizar o atendimento aos clientes, protegendo a empresa
das incertezas do mercado» (ARNOLD, 1999,p.271).
Actualmente a forma utilizada pela área de logística para programar e controlar os
stockes vem encontrando grande dificuldade, pois devido ao grande número de variáveis,
externas e internas, ocorrem grandes mudanças no decorrer do mês, mudanças estas que
interferem directamente nos níveis de stockes, implica muitas vezes indisponibilidade de
produto acabado ou sobra, consequentemente onerando o capital empregado na empresa.

2
3 - Justificativa
Uma preocupação constante em qualquer fábrica é os níveis de stockes, portanto, fica
imprescindível um controle eficaz na gestão de stockes de produto acabado. Diante disso,
torna-se indispensável uma cadeia logística eficiente e sob controle permanente para obter
uma vantagem competitiva que garantirá o poder em relação aos concorrentes.
O mercado de bebidas sofre muito com a alteração climática devido aos períodos de
frio, portanto, as incertezas da demanda são maiores, e para que sejam minimizados seus
efeitos, um controle muito mais efectivo dos stockes faz-se necessário, e se não garante, ao
menos minimiza os custos que geram os stockes ou a falta de produto no mercado.
Este trabalho proporcionou um levantamento de informações com foco no sistema de
Gestão de Stockes de modo particular, para que possa identificar como a fábrica consegue
administrar e compor seus níveis de stockes.

4 – Problemática

 De que maneira a Fábrica Soba Catumbela, pode manter uma política de


stockes de produtos acabados adequado às necessidades do mercado?

3
5 - Objectivos

Objectivo geral:
 Analisar o sistema de gestão de stockes de produtos acabados existente na
Soba Catumbela.

Objectivos Específicos:
 Identificar os desafios enfrentados no processo de logística;
 Propor acções, que possam ser adequadas para melhorar a gestão
de stockes na Soba Catumbela.

6 - Enquadramento teórico

6.1 Gestão de Stock


Frente uma realidade onde são crescentes as exigências em termos de produtividade e
de qualidade do serviço oferecido aos clientes, a logística assume um papel fundamental entre
as diversas actividades da empresa, para atingir seus objectivos e se manter viva e
competitivas.
“O ambiente competitivo, aliado ao fenómeno cada vez mais amplo da globalização
dos mercados, exige das empresas maior agilidade, melhores performances e constante
procura pela redução de custos” (CHING, 1999,P.16).
Um dos pontos que poderão fazer diferença se bem administrado é a gestão de stock,
uma vez que a organização que possuir total controle sobre a gestão, terá vantagens sobre seus
concorrentes, pois conseguirá manter-se competitivo atendendo as necessidades do mercado,
sem sobrecarregar o capital da empresa.

4
6.2 Gestão de Logística
No início do desenvolvimento do comércio de mercadorias, as pessoas precisavam
pensar onde e como iriam produzir os produtos para o consumo próprio e social, como iriam
armazenar e como iriam distribuir as mercadorias produzidas, pois as longas distâncias entre
as cidades dificultavam o comércio. Devido à sazonalidade, nem todos os produtos estavam
disponíveis a qualquer momento, e o consumo muitas vezes, deveria ser imediato.
Com a evolução dos conhecimentos e o consequente desenvolvimento tecnológico,
incluindo meios de produção, o processo logístico também evoluiu, o que possibilitou que os
consumidores tivessem acesso a mercadorias que antes não tinham e também percebessem
que a distância entre os pontos de distribuição poderia ser aumentada. As organizações, por
sua vez, passaram a focar a distribuição de suas mercadorias até o seu consumidor final e,
gradualmente, foram percebidas vantagens competitivas envolvidas neste processo.
As habilidades exigidas para uma gestão moderna da logística empresarial, não estão
mais restrita a compreensão de como operar um armazém ou a forma de reduzir os custos
operacionais. A nova gestão deve saber se adaptar e viabilizar os processos da cadeia de
abastecimento como um todo, havendo também a preocupação com resíduos e administração
das devoluções inerentes ao processo de vendas da empresa.

6.3 Definição de Logística


Novaes e Alvarenga (2000), não definem explicitamente seu conceito de logística,
mas dividem em; logística de suprimento, logística no sistema industrial e logística de
distribuição e marketing, deixando claro que ela trata da identificação das necessidades do
cliente, através do marketing e da sua satisfação, indo buscar as matérias-primas nos
fornecedores, processando os materiais através da produção industrial, até suprir os clientes
pela distribuição dos produtos acabados.
A logística é o processo que intrega, coordena e controla a movimentação de
materiais, inventário de produtos acabados e informações relacionadas; fornecedores através
da empresa; para satisfazer as necessidades dos clientes.
Logística integra o gerenciamento do fluxo físico que começa com a fonte de
fornecimento e termina no ponto de consumo.
Segundo Ballou (1997,p.1): Logística empresarial trata de todas as actividades de
movimentação e armazenamento que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição
da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como os fluxos de informação que

5
colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis e serviços
adequados aos clientes a um custo razoável.
A logística é uma área de extrema importância e essencial no atendimento aos clientes
e na estratégia competitiva das organizações. Entre as actividades desenvolvidas pela logística
está a gestão de stockes, se bem planejada e controlada é o elemento chave para o sucesso de
qualquer organização.

6.4 Dados Gerais do Stock


Os stockes são materiais e suprimentos que a empresa ou instituição mantém, seja para
vender ou para fornecer insumos ou suprimentos para o processo de produção.
Frequentemente, os stockes constituem uma parte substancial dos activos das empresas.
Segundo Arnold (1999), a administração de stockes é responsável pelo planejamento e
controle de stockes, desde o estágio de matéria-prima até o produto acabado entregue aos
clientes. Como o stock resulta da produção e distribuição, os dois não podem ser
administrados separadamente.
“A formulação de políticas de stockes, requer o conhecimento do papel do stockes nas
áreas de produção e marketing, deve-se ter uma visão da magnitude dos activos nele
investidos”. (BOWERSOX, 2001, p.224).
Conforme Bowersox (2001), existem muitas oportunidades para melhorar a
produtividade de stockes. Elas derivam da capacidade que a cadeia de suprimentos integrada
tem com o intercâmbio de informações e do esforço gerencial para reduzir incertezas na
demanda e nos tempos do ciclo de processamento.

6.5 Características Básicas de Controle de Stockes


“1 O controle de stockes envolve as tarefas de coordenação dos fornecedores,
condições físicas, armazenamento, distribuição e registo das existências de todas as
mercadorias”.

1
GURGEL, 2000, p.67- Logística industrial; São Paulo: Atlas
6
Segundo Ching (1999), existem características que são comuns a todos os problemas
de controle de stock, não importando se são matérias-primas, material em processo ou
produtos acabados.

6.5.1 Custos de stockes


Qualquer empresa que deseja possuir uma gestão de stock adequada, tem o controle
em todos os níveis, desde matéria-prima ao produto acabado, deve ser bem definido os custos
que representam os stockes. Conforme Arnold (1999), os custos relacionados abaixo, são
utilizados nas decisões sobre a administração de stockes:

 Custo por item: é o preço pago por um item comprado, consiste no


custo desse item e de qualquer outro custo directo associado ao mesmo, pode-se
incluir transporte, seguro e estocagem;

 Custo de manutenção: este custo consiste em todas as despesas que a


empresa incorre em função do volume de stock mantido. Pode-se dividir em três
categorias distintas: custo capital, custo de armazenamento e custo de riscos;

 Custo de pedidos: os custos de pedidos em uma fábrica incluem: custo


de controle de produção, custos de preparação e desmontagem, custo de capacidade
perdida e custos de pedidos de compra;

 Custo de esvaziamento de stock: quando a demanda do lead time


excede a previsão, pode-se esperar uma falta de stock, tornando-se caro devido aos
custos de pedidos não atendidos;

 Custos relacionados á capacidade: este factor aparece quando é


necessário alterar os níveis de produção, podendo haver um aumento nas horas extras,
contratações, treinamentos e demissões.

Segundo Ballou (2001), as três classes de custos importantes para determinar a


política de stockes são: custo de obtenção, custo de manuntenção e custos por falta de
stock.

7
6.5.2 Objectivos de stockes
O objectivo principal do gerenciamento de stock é assegurar que o produto esteja
disponível no tempo e nas quantidades desejadas, segundo Ballou (2001).
Conforme Arnold (1999), uma empresa que deseja maximizar seu lucro deve possuir
um investimento mínimo em stock.

Ballou descreve:
Os stockes servem para uma série de finalidades. Ou seja, eles melhoram o nível de
serviço, incentivam economias na produção, permitem economias de escala nas compras e no
transporte, agem como protecção contra aumento de preços, protegem a empresa de incertezas
na demanda e no tempo de ressuprimento e servem como segurança contra contingências.
(BALLOU, 1995,p.205).

6.6 Funções dos stockes


Segundo Arnold, o propósito dos stockes é separar o suprimento da demanda. O stock
serve como um armazenamento intermediário entre:
a) Oferta e demanda;
b) Demanda dos clientes e produtos acabados;
c) Produtos acabados e a disponibilidade dos componentes;
d) Exigências de uma operação e resultado da operação anterior.

Embora manter stockes tenha um custo, o stock pode indirectamente reduzir custos
operacionais em outras actividades e pode ainda compensar o custo de sua manuntenção.
Manter stockes pode ser incentivar as economias de produção por permitir rodadas de
produção mais amplas, mais longas e de maior nível, com isto, aumentando a produtividade
dos equipamentos devido á redução de set-ups (troca de produto na linha de produção),
segundo Ballou (2001).

8
Conforme Bowersox (2001), existem quatro principais funções desempenhadas pelos
stockes, que estão representadas desta forma: especialização geográfica, stockes
intermediários, equilíbrio entre o suprimento e a demanda e gerenciamento de incertezas.

6.7 Planejamento e controle de produção – PCP


A área de PCP (planejamento e controle de produção) é responsável pelo planejamento
e controle do fluxo de matérias através do processo de produção.
Segundo Arnold, suas principais actividades desempenhadas são:

1) Planejamento da produção, possui alguns critérios básicos prioritários:


 Previsão;
 Plano mestre;
 Planejamento da necessidade de insumos;
 Planejamento de capacidade.

2) Implementação e controle;

3) Administração de stockes.

O planejamento da produção, a implementação, o controle e a administração do stock


são actividades que devem ser desenvolvidas em conjunto.
No sistema de planejamento de produção, o PCP é responsável pela determinação de
alguns pontos básicos nas empresas, deve identificá-los e administra-los, de tal maneira, que
através do controle dos mesmos, consegue-se obter uma padronização de todo processo. Os
pontos básicos são: a lista técnica de materiais, as especificações do processo, o tempo
necessário para realizar as operações, os equipamentos disponíveis e as quantidades
necessárias.
Para que se tenha um bom sistema de planejamento de produção, o mesmo deve
responder a quatro questões:
1. O que se pretende fabricar?
2. O que é necessário para fabricar o que se pretende?

9
3. O que a fábrica possui?
4. De que a fábrica precisa?

O PCP (planejamento e controle de produção), além de indispensável na administração


da empresa, assume funções da mais alta importância para a operação da empresa. Poderá
parecer excessivo concentrar-se em um departamento ou sector da empresa, todas as
actividades relacionadas com o fornecimento de informações para produção e compra,
fornecimento de previsões e elementos para o controle. Isto, entretanto, é consequência
inevitável da especialização do trabalho, pois, os trabalhos da mesma natureza ficariam
agrupados e teriam imparcialidade em seus controles.

6.8 Gerenciamento de stockes


Os stockes são recursos inactivos que possuem valor económico, os quais representam
um investimento destinado a desenvolver as actividades de produção e servir aos clientes. A
formação de stockes consome o capital de giro, porém faz-se necessário, motivo pelas quais
as empresas devem possuir um gerenciamento que projecta níveis adequados, que tem como
objectivo manter o equilíbrio entre o stock e o consumo.

Segundo Viana: 2 o gerenciamento moderno avalia e dimensiona convenientemente os


stockes em bases científicas, substituindo o empirismo por soluções.
Assim os níveis devem ser revistos e actualizados periódica e constantemente para
evitar problemas provocados pelo crescimento de consumo ou vendas e alterações dos tempos
de refazer.

6.8.1 Planejamento de stockes


Um dos objectivos fundamentais da logística é minimizar custos de possuir stockes, ao
mesmo tempo maximizando a disponibilidade (serviço e cliente). O sucesso pretendido
depende com muita frequência de uma previsão aperfeiçoada, que conduz ao planejamento
resumido das necessidades.
Existem parâmetros e procedimentos essenciais no planejamento de stockes, mas
segundo Bowersox (2001), os aspectos que não podem deixar de ser vistos são: quando fazer
o pedido de ressuprimento, quanto pedir e definir os procedimentos de controle.
2
VIANA, João José, Administração de Materiais: Um Enfoque Prático; São Paulo: Atlas, 2000, P.144
10
O ponto de ressuprimento deve ser considerado sob condições de certeza de demanda
e de ciclo de actividades.
O ciclo de actividades de stock é definido como combinação dos tempos despendidos
em eventos relacionados a comunicação, processamento e transporte. O ciclo integrado de
actividades é a base para planejar a política de stockes.
A determinação do lote de compra, (quando pedir), é o princípio que rege a
determinação dos lotes de compra que visam equilibrar o custo de manuntenção dos stockes e
o custo de emissão e colocação de pedidos a fornecedores.

6.8.1.1 Incertezas
A formulação de política de stockes deve sempre levar em conta as incertezas. Por este
motivo, é importante assimilar que uma das principais funções do gerenciamento de stock é
evitar ocorrências de falta de produto.
Existem dois tipos de incertezas que influenciam directamente na política de stockes:
as incertezas de demanda e as incertezas relacionadas ao ciclo de actividades. As incertezas de
demanda são aquelas que dão origem a flutuações nas quantidades de vendas durante o ciclo
de actividades. Já as incertezas relacionadas com a duração do ciclo de actividades, dão
origem a variações no ciclo de ressuprimento de stock.

6.8.2 Políticas de stockes


“Gerir stockes economicamente consiste essencialmente na procura da racionalidade e
equilíbrio com o consumo” (VIANA, 2000,p.118), com este equilíbrio as organizações
conseguirão atender as necessidades de seus consumidores, com mínimo de custo e menor
risco de falta.

O gerenciamento de stockes é o processo integrado pelo qual são obedecidas as


políticas da empresa e da cadeia de valor com relação aos stockes.
Uma política de stockes deve possuir as seguintes abordagens:
 Controle de stockes: procedimento rotineiro necessário ao cumprimento
de uma política de stockes;
 Métodos reactivos: responde às necessidades de controle de stockes de
uma empresa, ao longo do canal de distribuição;

11
 Métodos de planejamento: utilizam bases de dados comuns para
coordenar necessidades de stockes nos diversos locais;
 Princípio da adaptação: sistema combinado de gerenciamento de
stockes que pode ser usado para contornar alguns problemas inerentes a qualquer
método de planejamento.
A administração central das empresas é que devem determinar ao sector de controle de
stockes o programa de objectivos a serem atingidos, ou seja, estabelecer os padrões que
sirvam de guia aos programadores e também de critérios para medir a performance da política
de stock.

6.8.3 Níveis de stockes


As previsões exageradas por excesso implicam a imobilização desnecessária de
recursos financeiros, além do congestionamento de áreas de armazenamento e da sobrecarga
de trabalho de manuseio de stockes. Já as reposições reduzidas geram compras repetidas e
urgentes, que geralmente são desfavoráveis.
Para que se consiga minimizar estes problemas, optimiza-se os stockes por meio dos
parâmetros de ressuprimento, que tem a finalidade de manter os níveis de stockes
permanentemente ajustados em função da distribuição, da produção e tempo de reposição.

6.8.3.1 Stock Mínimo


O stock mínimo também chamado de stock de segurança. É a quantidade mínima
possível capaz de suportar um tempo de ressuprimento superior ao programado ou com um
consumo desigual.
Atingindo o stock mínimo o produto chega em seu ponto crítico, desencadeando
providências que devem ser tomadas, tais como: nova compra, programação de produção ou
activação de encomendas, com o objectivo de não evitar a ruptura do stock. A quantidade a
ser resposta é calculada de acordo com o nível de atendimento determinado pela empresa, em
função da importância operacional e dos valores de cada material, além dos desvios estimados
ou realizados e o prazo médio de restituição.

12
O stock mínimo ou stock de segurança é a quantidade mínima que deve existir em
stock, que se destina a cobrir eventuais atrasos no suprimento, com a garantia do
funcionamento constante e eficientemente do processo produtivo, sem os riscos de falta de
stock.

6.8.3.2 Stock Máximo


É a quantidade máxima de stock permitida para cada material, calculado de acordo
com a política determinada pela administração da empresa.

6.8.3.3 Stock Ponto de pedido


O stock ponto de pedido é a quantidade na qual, ao ser atingida pelo stock virtual em
declínio, indica-se o momento de ser providenciada uma nova produção ou reposição do stock
vendido. Essa quantidade deve garantir o consumo do material durante o tempo de
ressuprimento, de tal forma que as vendas não atinjam o stock de segurança.
Esse stock também é conhecido como nível de reposição ou stock objectivo,
dependendo da classificação adoptada por cada empresa.

6.9 Gestão de Depósito


Em um sistema logístico, aparecem fluxos de mercadorias, ou seja, ponto de transição
entre a produção e a distribuição física, surge com isto a necessidade de manterem os stockes
armazenados por um certo período de tempo. Mesmo sendo um período curto, há necessidade
de possuir um depósito ou armazém.
Os stockes podem ser mantidos por períodos longos ou curtos. Quando os períodos são
curtos os depósitos servem como um centro de distribuição, pois os stockes são consumidos
rapidamente.
Depósitos são considerados geralmente um lugar onde são guardados os materiais e
produtos. No entanto, em muitos projectos logísticos, o depósito é considerado mais uma
instalação de processamento do que um local de mercadorias.
Os armazéns são espaços necessários para se guardar e administrar stockes, portanto, é
indispensável que se tenha um gerenciamento sobre todo complexo, desde o
dimensionamento da área, arranjo físico, administração de entradas e saídas de mercadorias e
sistemas de controle que garantam a disponibilidade dos stockes.

13
6.9.1 Funções de um depósito ou Armazém
Os depósitos ou armazém podem ter duas características específicas:
1- Considera o efeito da variação do preço do mercado, que leva certos
tipos de empresas a estocarem, á espera de melhores níveis de preços, só assim
comercializam seu produto.
2- É considerada apenas sobre o aspecto logístico, ou seja, armazenagem
de produtos á espera da venda ou manter seus níveis de stockes adequados devido a
oscilações de demanda no mercado.
Uma empresa deve manter um local adequado para reduzir custos com transporte, para
coordenar a oferta e a demanda, para auxiliar o processo de produção e para ajudar no
processo de marketing.
Todo armazenamento deve ter uma importância estratégica, não devem ser projectados
com vistas na manuntenção de períodos excessivos, somente em ocasiões que tais períodos se
justifiquem.

6.9.1.1 Estratégias de Stockes


As melhorias de eficiência de armazenamento, as tecnologias de informações
avançadas atendem a estratégia de stockes, pois possibilitam aos gestores de depósitos uma
resposta rápida às mudanças, e uma avaliação constante nos métodos de controles,
conseguindo com isto uma redução nos stockes.
Nenhum depósito deve fazer parte de sistemas logísticos, a menos que a inclusão se
justifique plenamente por meio de uma análise de custo-benefício. As vantagens da
armazenagem estratégica são de natureza económica e de serviço.
A estratégia de stockes é de grande importância, pois, negligenciar os controles,
poderá comprometer os resultados esperados, afectando assim todos os processos da cadeia,
tais como: transporte, manutenção de stockes e o fluxo de informações.

6.9.2 Armazenamento de stockes


A evolução tecnológica, alargou seus múltiplos benefícios á área de armazenamento,
tanto na introdução de métodos de racionalização e dos fluxos de distribuição de produtos,
como pela adequação de instalações e equipamentos para movimentação e controle físico de

14
cargas. Armazenando stockes, uma empresa pode com frequência, reduzir os custos de
produção através da produção de lotes económicos em tamanho e em sequência. A estocagem
transforma-se em uma conveniência económica mais do que em uma necessidade.
O objectivo principal do armazenamento é utilizar o espaço da maneira mais eficiente
possível. Qualquer instalação que compreenda armazenagem, deve proporcionar a
movimentação rápida e eficaz de suprimentos desde o recebimento até a expedição.

Existe alguns cuidados básicos para escolher o local de armazenamento adequado para
cada tipo de produto:
 Determinação do local, em recinto coberto ou não;
 Definição de uma política de preservação, com embalagens
plenamente convenientes aos materiais;
 Ordem, arrumação e limpeza;
 Segurança patrimonial, contra furtos, incêndio, etc.

6.9.2.1 Localização dos stockes


A localização dos stockes dentro do depósito ou armazém, requer uma atenção
especial, pois é através da localização que poderá se optimizado todo processo de manuseio
de materiais, que compreende desde a movimentação da produção para o depósito, expedição
e carregamento do produto acabado.
Nos depósitos existem pontos mais acessíveis, outros nem tanto, que caracterizam
movimentações mais demoradas, acarretando custo mais elevados.
Para minimizar estás distâncias, deve-se classificar os produtos de acordo com o
número médio de movimentações previstas para o mês ou ano. Assim, quanto mais
movimentações forem realizadas de um determinado produto, mais próximo e de fácil acesso
o mesmo deverá ficar.
Os produtos de maior saída dos depósitos devem ser armazenados em locais pré-
determinados, ou seja, nas imediações da saída ou expedição, a fim de facilitar a reposição e o
carregamento.
Um sistema de localização de stock deverá estabelecer os meios necessários á perfeita
identificação da localização dos materiais estocados, como também deverá indicar

15
precisamente, o posicionamento de cada material, facilitando as operações de movimentação e
inventário.

6.9.2.2 Técnicas de Stockes


A dimensão e as características de produtos podem exigir desde a instalação de uma
simples prateleira até complexos sistemas de estocagem. As maneiras mais comuns são: em
caixa, prateleiras e empilhamento.
A escolha do sistema de estocagem de uma empresa deve ser feita de acordo com o
espaço físico disponível, do número de itens estocados, do tipo de embalagem e da velocidade
de atendimento proposto. Segundo Viana (2000), deve-se levar em consideração alguns
critérios, que estão dispostos abaixo: armazenamento por agrupamentos, tamanhos de lotes,
frequência e especial.
O armazenamento por agrupamento facilita as tarefas de arrumação e busca, mas
também nem sempre permite o melhor aproveitamento do espaço. Já o armazenamento por
tamanho de lotes permite a optimização do espaço, e por frequência consiste em armazenar
tão próximo quanto possível da saída dos materiais que tenham maior frequência de
movimentação. Cabe atenção redobrada ao critério de armazenamento especial, pois nele
destacam-se características próprias por produto, conforme descrito abaixo:
a) Ambiente climatizado: destina-se a materiais cuja as propriedades
físicas requerem tratamento especial;

b) Inflamáveis: produtos inflamáveis devem ser armazenados em locais


próprios e isolados, projectados sob rígidas normas de segurança;
c) Perecíveis ou sujeito a morrer: os produtos perecíveis devem ser
armazenados segundo o método FIFO (First In First Out), ou seja, primeiro que entra
primeiro que saí.

Existem dois métodos usuais para estocagem, o método variável e o fixo. Método
variável, também é conhecido como método dinâmico, é aquele que permite a troca de local
de um determinado produto a cada chegada de uma nova carga ou produção, visando ao uso
mais eficiente do espaço do depósito. Já o método de estocagem fixa, é determinado uma
localização permanente para cada produto do depósito.

16
6.10 Movimentações de Stockes
Um sistema de movimentação de stockes em uma empresa deve atender algumas
finalidades básicas: redução de custos, aumento da capacidade produtiva, melhores condições
de trabalho e melhor distribuição.
O manuseamento de stock é a chave da produtividade dos armazéns por algumas
razões importantes:
 Quantidade relativamente grande de mão-de-obra, necessária
ao manuseio de materiais;
 A natureza das actividades de manuseio de materiais
apresenta limitações ao uso de tecnologias de informação;
 Manuseio de materiais não é administrados de maneira integrada
com outras actividades logísticas.

Entre todas as actividades desempenhadas nos depósitos, a movimentação de stock é


aquela que mais consome mão-de-obra, portanto representa um dos componentes de custo de
pessoal mais alto no sistema logístico.

6.10.1 Manuseio de Materiais


Um dos objectivos principais do manuseio de materiais é a separação das cargas de
acordo com as necessidades dos clientes. As três actividades básicas para se movimentar o
stock são: o recebimento, a movimentação interna e a expedição ou despacho (venda do
produto).
Bowersox (2001), recomenda uma série de directrizes para auxiliar a administração no
projecto de manuseio de materiais. Os itens a seguir são os mais importantes, pois são
responsáveis pela optimização de toda movimentação de stockes, proporcionando assim, uma
economia de recursos humanos, de tempo e manuntenção:
 Equipamentos de manuseio e armazenagem devem ser os
mais padronizados possíveis;

 O sistema deve ser projectado para proporcionar o fluxo de


produtos mais contínuo possível;

17
 Os investimentos devem ser feitos em equipamentos de manuseio,
de preferência equipamentos estáticos (como prateleiras e estantes);

 Os equipamentos de manuseios a serem escolhidos devem ter a


menor relação possível entre o peso e carga útil;

 Sempre que possível, a força da gravidade deve ser aproveitada


em projectos de sistemas de manuseio.
6.10.1.1 Paletização
O palete é utilizado como plataforma, feito geralmente de madeira, plástico, metal ou
papelão, no qual os bens são armazenados para o transporte ou estocagem. Os produtos
armazenados em paletes podem, ser fraccionado ou único, dependendo do tipo de material a
ser segregado ou separado.
Conforme Ballou (2001), a utilização de palete ajuda a movimentação por permitir o
uso de equipamentos mecanizados, padronizando assim o manuseio de materiais em uma
ampla variedade de produtos. Outro ponto salientado pelo autor, é a optimização do espaço
(horizontal e vertical), fornecendo um empilhamento mais estável e, assim, pilhas mais altas
do stock, principalmente em produtos utilizados.
A Paletização vem sendo utilizada, com frequência cada vez maior, em empresas que
demandam manipulação rápida e armazenamento racional, envolvendo grandes quantidades.
Viana (2000), define algumas vantagens e desvantagens encontradas na utilização de
paletes, porém, segundo o autor, as vantagens superam as desvantagens:

a) Vantagens
 Melhor aproveitamento do espaço disponível
para armazenamento, utilizando totalmente o espaço
vertical, por meio de empilhamento duplo ou triplo;
 Economia nos custos do manuseio de materiais;
 Possibilidade de utilização de embalagens plásticas
ou amarração por meio de fitas de aço em cargas unitárias;

 Compatibilidade com todos os meios de transporte;

18
 Facilita a carga, descarga e distribuição nos locais acessíveis
aos equipamentos de manuseio de materiais;

 Permite a disposição uniforme do stock;

 Os paletes podem ser manuseados por uma grande variedade


de equipamentos como paleteiras,
empilhadeiras, transportadores, elevadores de carga e
até sistemas automáticos de armazenamento.

b) Desvantagens
 Utilização de paletes não padronizados;

 Peso dos paletes;

 Vida útil curta e flagelos que os atacam, quando fabricados

em madeira;

 Necessidade de reposição e manutenção, quando fabricados


em madeira,

 Custo de reposição.

6.10.1.2 Sistemas de Manuseio de Stockes

Os sistemas de manuseio de stockes podem ser classificados em: mecanizados, semi-


automatizados, automatizados e baseados em informação.
Os sistemas mecanizados possuem grande variedade de equipamentos de manuseio.
Os equipamentos mais comuns são: as paleteiras e empilhadeiras.

19
Os equipamentos de manuseio mecanizados complementam os automatizados, sendo
assim um depósito semi-automatizado possui parte do manuseio mecanizado e parte
automatizado. Os equipamentos mais comuns em depósito semi-automatizados são os
veículos guiados por automação, separação computadorizada de pedidos, robótica e vários
tipos de estantes inclinadas.
Os sistemas automatizados visam reduzir a mão-de-obra, mediante os investimentos
em equipamentos e tecnologia de ponta. Este sistema, mesmo apresentado grande
possibilidades de aplicação, não é muito utilizado, pois, depende de um grande investimento e
um controle total no manuseio dos stockes.
Um sistema baseado na informação, utiliza equipamentos de manuseio mecanizados,
principalmente a empilhadeira de garfo, pois toda operação é monitorada por um computador,
que comanda a operação da empilhadeira através de terminais de bordo que são transmitidos
por rádio frequência. Uma das grandes vantagens deste sistema é a possibilidade de
rastreamento e desempenho individual dos operadores.

6.11 Inventário
Periodicamente a empresa deve contar os stockes fisicamente, para poder verificar as
divergências de valor da variação e de quantidades entre físico e contábil, a fim de comprovar
sua existência e exactidão. Não adianta apenas realizar o inventário, deve-se efectuar as
conciliações necessárias e identificar as possíveis falhas na rotina ou no sistema, corrigindo-
as.
Existe dois tipos de inventário físico: periódico e o rotativo.
Periódico: quando de período em período ocorre a contagem geral dos stockes, a data
varia de acordo com cada empresa, muitas pessoas se envolvem no inventário para efectuar a
contagem;
Rotativo: este método de inventário mantém permanentemente um grupo de pessoas
dedicadas a esta tarefa de contagem, em período integral, durante o ano todo. Faz-se um
cronograma que contemple pelo menos uma vez ao ano cada item, pode-se contar mais,
dependerá da política da empresa.

20
A periodicidade de inventários pode ser dividida em anual e rotativo. O anual requer a
paralisação de todas as actividades pertinentes ao stock. Já o rotativo divide-se em três tipos:
inventário automático, programado e o pedido.
 Inventário automático: acontece mediante a ocorrência de qualquer um
dos eventos a seguir, visa garantir a confiabilidade de materiais vitais na gestão de
stock. Tais como: saldo zero no sistema; requisição de material atendida parcialmente;
requisição de material não atendida; material crítico requisitado; transferência de
localização.

 Inventário programado: trata-se de solicitação em sistema para


inventário por amostragem de itens, ou seja, itens que serão inventariados são pré
determinados de acordo com as directrizes da empresa.
 Inventário pedido: trata-se do input para solicitação em sistema para
inventário item a item por determinação da administração de matérias e controladoria,
tais como:

a) Falhas no processamento;
b) Solicitação do analista de stock ou gestor da empresa;
c) Solicitações da auditoria.

A realização de inventário requer uma certa metodologia, deve-se registrar todas as


etapas do processo, conseguindo assim a comprovação do stock físico x contábil. Estas etapas
estão representadas abaixo:
 Contagem do stock físico;
 Registro da contagem do stock físico;
 Conciliação stock físico e contábil;
 Recontagem das divergências;
 Nova conciliação de recontagem;
 Baixa do sistema das diferenças de stock encontradas.

Os resultados do inventário reflectem a confiabilidade e qualidade das informações de


stockes, portanto, seja qual for o tipo de inventário utilizado, o importante é que haja está
21
prática, pois através do inventário as empresas podem verificar-se os controles existentes
estão atendendo as necessidades da mesma.

7- Metodologia
Neste capítulo será descrito o método utilizado para alcançar os objectivos propostos.
Nele encontra-se descrito o tipo de pesquisa, definição da área alvo do estudo, colecta de
dados, análise de dados e limitações.

7.1 Tipo de pesquisa


Existem cinco estratégias de pesquisa possíveis de serem utilizadas: experimental,
levantamento, análise de arquivos, pesquisa histórica e estudo de caso. A estratégia deve ser
escolhida dependendo do tipo de questão que a pesquisa se propõe a analisar. O estudo de
caso pode apresentar-se em três características distintas que são: causais e exploratórias,
descritivas e explanatórias.
No caso específico desta pesquisa, a estratégia utilizada foi um estudo de caso, com
carácter descritivo sobre a gestão de stock na soba catumbela, onde foram empregados
métodos qualitativos.
O estudo de caso é o método que se caracteriza pelo estudo profundo e exaustivo de
um ou de poucos objectos, de maneira que permita seu amplo detalhamento e conhecimento,
busca examinar um fenómeno contemporâneo dentro de um contexto.
A definição da pesquisa como um estudo de caso, deve-se ao facto de ser a maneira
que tem relação com o tipo de pesquisa que será realizada, pois a pesquisa de estudo é de
carácter descritivo, expõem características de determinada população ou determinado
fenómeno, bem como estabelece correlações entre variáveis e define sua natureza. A pesquisa
descritiva é indicada quando os objectivos do estudo estão bem claros para o investigador.
Os procedimentos de colectas e análises de um estudo de caso são bastante simples,
comparados com os exigidos por outros métodos de delineamento. Outro ponto positivo do
estudo de caso é que permite uma investigação para se preservar as características como um

22
todo e significativas dos acontecimentos da vida real, tais como ciclos de vida individuais,
processos organizacionais e administrativos.

7.2 Definição da área Alvo de Estudo


Deve-se entender por população o conjunto de elementos (empresas, pessoas e
produtos), que possuem as características que serão objectos do estudo.
O objecto de estudo foi a fábrica soba catumbela, sector de logística, focando o
processo de planejamento e controle de stock de produto acabado. Empresa do ramo de
bebidas, focada na produção, venda e distribuição de cervejas, vinhos e refrigerantes.
A empresa foi escolhida pelo facto da pesquisadora ser funcionária da mesma, tendo
acesso facilitado às informações necessárias para a pesquisa.

7.3 Colecta de Dados


Uma das técnicas de colecta utilizada, foi à entrevista, com o gerente da área de
logística, supervisor, analista do PCP (planejamento e controle de produção), conferentes do
armazém de produtos, pois são eles os responsáveis pela gestão de stockes da unidade.
Os dados secundários serviram como base de análise, pois tiveram papel fundamental
nas informações pesquisadas. As fontes de pesquisa de dados secundários foram: dados
internos, obtidos em todos os departamentos da empresa, através do sistema de gestão
primavera, arquivos e controles que auxiliam as actividades pertinentes á questão estudada, já
os dados externos, foram obtidos através de publicações que tratem do assunto em questão.
Como colecta de dados secundários internos, forma utilizados relatórios da empresa,
emitidos do sistema de gestão primavera, aplicações e produtos para processamento de dados.
O primavera é um sistema de gestão empresarial – ERP (software, aplicativo que automatiza,
integra, compartilha, reproduz e utiliza informações em tempo real), sendo totalmente
integrada nas diversas áreas, que proporciona estabilidade e visibilidade para todas as
actividades inerentes ao processo da unidade e da companhia.
Através do sistema de gestão primavera, a pesquisadora conseguiu resgatar o histórico
de produções, stockes e vendas de períodos anteriores, possibilitando assim, informações
importantes, que serviram como fonte de comparação às levantadas na pesquisa.

23
Outra fonte de colecta de dados que foi utilizada é observação participante, uma vez
que, a pesquisadora por motivos profissionais tem acesso e participa directamente na gestão
de stockes da Soba Catumbela.
A observação participante é uma modalidade especial de observação na qual o
pesquisador não é apenas um observador passivo. Em vez disso pode-se assumir uma
variedade de funções dentro de um estudo de caso e pode, de facto, participar dos eventos que
estão a ser estudados.
Outros dados internos que foram utilizados são: arquivos de stockes actualizados
diariamente, relatórios de vendas e inventários.

7.4 Análise de dados


Os dados podem ser analisados de forma qualitativa e quantitativa. Quantitativamente,
quando são utilizados procedimentos estatísticos, como o teste de hipóteses. Qualitativo,
quando os dados são apresentados de forma estruturada para posterior análise.
Para este estudo de caso, os dados foram tratados de forma qualitativa, estruturando as
informações obtidas, tanto os dados primários e secundários, para fazer as análises propostas
nos objectivos.
A análise de dados colectados seu deu através de confrontos das informações obtidas
nas entrevistas com a pesquisa documental e na observação directa, tendo como parâmetros
de análise todo referencial teórico previamente consultado.

7.5 Limitações do Método


Através do estudo de caso consegue-se descrever e analisar factos decorrentes da Soba
Catumbela. Os resultados não poderão ser generalizados para outra empresa, pois dificilmente
se poderão fazer comparações com empresas de mesmo segmento, até mesmo pela estrutura e
foco de mercado.
Outra limitação do método se refere na visão que a pesquisadora tem de todo o
processo, por estar envolvida directamente no meio que ocorre a pesquisa. Para minimizar
este efeito, através das entrevistas, foi verificado a percepção e convicções de outras pessoas,
que também fazem parte do processo.

8 - Caracterização da Empresa em Estudo

24
Para caracterizar a Soba Catumbela, precisa-se resgatar alguns acontecimentos que
ocorreram no passado e na história da cerveja.
Pierre Castel, fundador do grupo Castel, é uma das pessoas que mais contribuiu para
fazer da Cuca aquilo que ela é hoje, uma grande marca!
Os 66 anos da Cuca são pretexto para recordar todos os pormenores da interessante
história da cerveja, bem como as pessoas que, de uma forma ou de outra, tiveram nela um
papel fundamental.
A companhia união de cervejas de Angola, Cuca, iniciou a sua actividade em 1952,
tendo sido fundada a sua primeira fábrica no dia 26 de Abril desse mesmo ano, pela mão do
Dr. Manuel Vinhas, devido á decisão dos accionistas de não distribuir dividendos nos
primeiros 12 anos de actividade. A Cuca criou condições de desenvolvimento e sustentação
do negócio e, uns anos mais tarde, tornou-se no maior grupo empresarial em Angola. Em
1965 empregava já cerca de 3.500 pessoas.
A deterioração económica e financeira que Angola viveu fez com que, entre 1972 e
1992, a Cuca atravessasse períodos de grandes dificuldades produtivas, onde era urgente
tomar medidas para recuperar a empresa. Ao mesmo tempo, os produtos importados
conquistavam uma posição cada vez maior no mercado, com estratégias de ocupação bastante
agressivas. Numa altura em que a necessidade de investimento na Cuca era um imperativo
para a sobrevivência da mesma.
Pierre Castel, empresário Francês e fundador do grupo Castel, decidiu em 1992,
investir nesta cervejeira e começar a fazer parte dos processos de gestão da mesma. Defensor
de que Angola deve proteger a indústria nacional e apostar na exportação dos seus produtos
em vez de apostar na importação dos produtos estrangeiros. Pierre Castel ao capitalizar o
investimento na Cuca contribui largamente para o aumento do seu volume de produção.
Apartir dessa altura, começaram a ser visíveis os sinais de inovação e crescimento da
empresa, com a introdução de novas marcas e formatos de produto. Além da Cuca 31cl e 50cl,
chegou também a cerveja Castel em garrafa de 75cl, a marca de gasosa youki em garrafa de
33cl e Fino em barril de 30 e 50 litros.
Foi assim que Pierre Castel, dono de um império construído em França em 1949 e com
filias em varias partes do mundo, escolheu Angola para investir e contribuiu para o
desenvolvimento e consolidação do negócio da Cuca.

25
Hoje, esta é uma marca de cerveja de referência em Angola e conta com tecnologias
de produção avançadas e mão-de-obra Angolana qualificada, sempre com objectivo de
oferecer ao consumidor um produto da mais elevada qualidade.
Actualmente a Soba Catumbela conta com diversidade de produtos:

Cerveja Néctares Água Mineral


Cuca (Rgb) Compal 1L (12ml) Água S.Gonçalo (12ml)
Cuca preta (Rgb) Compal 1L (6ml) Água S.Gonçalo (6ml)
Fino 50L (Barril) Um Bongo (12ml) Água da Chela (12ml)
Fino 30L (Barril) Compal 200 ml (27) Água da Chela (6ml)
Fino 30L preto (Barril) Compal 200 ml (12) Água Bela (12ml)
Ngola (Rgb) Compal Sleek (12) Água Bela (12ml)
Nocal (Rgb) Compal Sleek (24)
Dopel (Rgb) Bongo 200ml (27)
Eka (Rgb) Bongo 200ml (12)
33 Export (Rgb)
Cuca (Lata)
Cuca preta (Lata)
Nocal (Lata)
Dopel (Lata)
Eka (Lata)
33 Export (Lata)
Beaufort (Descartável)
33 Export (Descartável)
Ngola (Descartável)
Dopel Mini
(Descartável)
Eka Mini (Descartável)
Nocal Mini
(Descartável)
Cuca Mini
(Descartável)
Cuca Mini Preta
(Descartável)
Booster (Rgb)
Booster (Lata)

8.1 Caracterização da Área de Logística


A área de logística da Soba Catumbela, possui uma estrutura de quarenta funcionários,
um gerente, um analista de produção, três analistas de controles, um supervisor de armazém,
três conferentes líderes, dez conferentes e vinte e um operadores de empilhadeira.

26
A logística é a área responsável por todo planejamento de produção, armazenamento e
distribuição, também é responsável pela determinação dos volumes que serão praticados,
seguindo os parâmetros de capacidade da unidade.

8.1.1 Sistemas Utilizados na Soba Catumbela


Para garantir informações precisas e confiáveis, a logística conta com alguns
sistemas que são fundamentais para o processo, pois é através destes sistemas que são
realizados os apontamentos de produção, realizado baixa nos stockes e emitidas as notas
fiscais.
Os sistemas utilizados e que tem influência directa na gestão de stockes são:
1) Primavera: Administra todas as informações das diversas áreas, desde a
entrada de matéria-prima até a venda final do produto acabado, controla índices,
apontamentos de produção, stockes, retenções, avarias, habilitação de novos produtos,
enfim é o principal sistema da área de logística e também da fábrica;

2) Sistema de gerenciamento de puxadas da fábrica: é um sistema que


visualiza a programação de carregamento (horários, revendas, centros de distribuição e
produtos), modifica os horários de carregamento, aprova os ajustes de acréscimo de
malha solicitados durante o mês, habilita a forma de paletização e unidade produtora
dos produtos estocados.
3) Sistema de emissão de notas fiscais: é um sistema responsável pelo
carregamento da unidade. Através de um arquivo extraído diariamente do sistema de
gerenciamento de puxadas da fábrica. O sistema de emissão de notas identifica o
horário de carregamento, revenda, produto e quantidade a ser carregada. As notas
fiscais são emitidas na portaria pela área financeira.

8.2 Outros Aspectos Gerais


Verificou-se alguns problemas que afectam directamente a gestão de stockes da
unidade, mesmo sendo do conhecimento de todos, ainda não há nenhum projecto ou acção
para a resolução. Tais problemas serão apresentados a seguir:
Os controles de endereçamento dos lotes da produção são feitos manualmente pelos
conferentes em folhas que podem ser rasuradas ou modificadas por qualquer pessoa que tenha

27
acesso a elas. Tendo um sistema de localização aleatório de stock, e através das marcações
manuais, a possibilidade de erro é bem acentuada, fica evidente a importância das anotações
correctas dos conferentes no momento de lançar o produto nos Box, e posteriormente no
sistema primavera.
Outro ponto que chamou atenção nas entrevistas foi o desconhecimento da gestão de
stockes da unidade pelos conferentes, uma vez perguntando sobre o que eles conheciam sobre
o assunto, os mesmos não souberam responder, fica caracterizado uma total falta de
informação sobre o que eles poderiam colaborar na gestão. Os conferentes possuem tarefas
críticas, que atingem directamente a gestão de stockes na unidade. Entre elas pode-se citar:
a) Conferência das cargas, quantidades e produtos certos no carregamento;

b) Responsáveis pelo FIFO (primeiro que entra primeiro que sai), do


armazém de produtos, realizam as baixas do stockes em cada carregamento e
movimentações no sistema;

c) Análise de produtos avariados;

d) Determinam, registram e identificam os lotes dos produtos em seus


respectivos Box;
e) Garantem a contagem diária de vasilhame que ficarão disponíveis para
as linhas de produção.

8.3 Sugestões de Melhoria


O objectivo destas sugestões é propor melhorias na gestão de stockes de produto
acabado na Soba Catumbela, com isto garantir a disponibilidade de produtos, bem como
diminuir as alterações pertinentes á programação de produção, uma vez que são elas que
despendem de um maior tempo do analista de PCP.
Com base no referencial teórico desenvolvido neste trabalho, e com as
informações colectadas no estudo de caso, nota-se que a Soba Catumbela utiliza
praticamente de todas as ferramentas citadas, fica a cargo da unidade, a responsabilidade
de garantir os acompanhamentos e ajustes nos níveis de stockes durante o mês. É

28
exactamente nesta gestão interna pesquisada, que concentram-se as sugestões de
melhorias para a unidade da fábrica.

8.3.1 Treinamento dos Analistas e Conferentes


Realizar treinamento do sistema de gestão de stock aos outros analistas da área
(activo de giro e controle) e também aos conferentes, dividir em módulos, onde cada
função terá atribuições e deverá estar opta a interagir nas diversas peculiaridade que a
gestão possui.
Para o analista, o treinamento deverá contemplar, desde a análise da malha,
programação de produção e análise de vendas, possibilita com isto que eles possam
auxiliar e até mesmo substituir o analista de PCP, em momentos de férias ou de
afastamento na unidade.
Já o treinamento dos conferentes deverá abranger uma síntese completa da
sistemática de stockes que a Soba Catumbela adopta, explicando detalhadamente os
itens que são de responsabilidade deles, e o resultado que se espera obter nas diversas
responsabilidades que a função tem.

8.3.2 Contagem Diária Físico x Contábil


Criar sistemática de acompanhamento diário da contagem física dos stockes.
Inserir no check-list dos conferentes a rotina de conciliar o físico x contábil
diariamente. O conferente ao encontrar a diferença de stock deverá rastrear o motivo
desta diferença e informar ao analista de controle que tem a responsabilidade de
garantir a exactidão da operação dos stockes.

8.3.3 Sistema de Codificação dos Stockes


Implantar sistema de codificação de códigos de barras nos stockes de produto
acabado, uma vez que hoje todo este processo é feito manualmente.
Por se tratar de um sistema de fácil utilização, baixo custo e com um tempo
implantação reduzido, este sistema atenderia as necessidades da unidade, garantindo
com isto as informações de localização e quantidades de cada produto em seus
respectivos Box, elimina com isto os apontamentos manuais que hoje são feitos no
armazém de produtos.

29
8.3.4 Utilização dos Gráficos da Política de Stockes
A utilização dos gráficos da política de stockes seria um diferencial na
programação de produção, pois os mesmos são de fácil interpretação e poderiam ser
gerados diariamente, uma vez que não requerem nenhum procedimento a mais na
rotina do analista de PCP (planejamento e controle de produção).
Através dos mesmos consegue-se verificar claramente, se a unidade esta
cumprir a política de stockes, se suas tendências de produção e venda esta condizer
com a realidade, erros de programação, estouro de venda e níveis de stockes.

8.3.5 Antecipação da Produção de Cerveja Lata


Poderia se antecipar a produção de cerveja nos meses de Setembro e Outubro,
uma vez que a linha de produção trabalha ociosa nestes meses, garantirá com isto o
cumprimento da política de stockes nos meses subsequentes. Através dos históricos de
anos anteriores, poderia se estimar um volume de produção maior, considerando as
perdas da linha de produção e suas respectivas vendas nos meses de Novembro e
Dezembro.

Através destes dados, elaborar um estudo e encaminhar á logística corporativa


para que a mesma autorize este procedimento, uma vez que a unidade não tem
autorização para produzir além do volume solicitado em malha.
Este procedimento acarretaria o aumento do capital empregado da unidade,
porém garantiria a disponibilidade de produto nos meses de alta demanda.

8.4 Considerações Finais


Através da análise e sugestões de melhoria apresentadas anteriormente,
acredita-se que a unidade consiga administrar melhor sua gestão de stock, envolvendo
mais pessoas neste processo, e com isto dividir responsabilidades, a fim de obter
conhecimentos e acções.
Um resumo dos problemas identificados com as suas respectivas sugestões de
melhoria, em forma de quadro, pois, assim se consegue obter uma melhor
visualização.

30
Problema Sugestão de Melhoria Proposta
Apenas uma pessoa conhece bem a Treinar os outros analistas na gestão de
gestão de stockes da unidade stockes
Contagem diária de stockes não Criar sistemática para que os conferentes
conciliada Físico x contábil conciliem os stockes diariamente
Nos meses de alta demanda (Novembro Antecipação de produção de cerveja nos
até Dezembro), a linha de latas não comporta a meses de Setembro e Outubro, para aproveitar a
politica de stockes sugerida pela malha ociosidade da linha. Deve-se alinhar antes este
procedimento com a logística corporativa.
Fichas de apontamentos de lotes de Utilizar sistema de codificação e
produção são feitas manualmente. Ocorrem identificação através do código de barras.
rasuras que são passíveis de erro na hora do
lançamento para o sistema Primavera
Não utilização dos gráficos da politica de Passar a utilizar o gráfico, para
stockes como ferramenta de análise e auxilio na visualização das projecções de stockes
programação de produção
Desconhecimento total dos conferentes Treinamento para os conferentes sobre
sobre a política de stockes da unidade, não gestão de stockes.
consegue identificar no seu trabalho os postos que
podem auxiliar na gestão.

31
9- Conclusão
A determinação dos níveis de stockes de um produto é um processo que requer
envolvimento constante de profissionais, exigindo análise detalhada das variáveis envolvidas,
principalmente no caso estudado que envolvia diversos produtos que possuíam características
muito diferentes.
É fundamental que a empresa, através de seus profissionais, tenha pleno conhecimento
dos factores que influenciam na determinação dos níveis de stockes.
Existem factores internos e externos que agem e interagem influenciando directamente
neste sentido.
A realização deste trabalho teve como proposta verificar e analisar a gestão de stock
de produto acabado, verificando a influência dos factores internos, que no caso são as
programações de produção, estocagem e controle, externos, que são as previsões de
envasamento e vendas na gestão da Soba Catumbela. Para tanto foi desenvolvido um
referencial teórico e um posterior estudo de caso, onde foram utilizados dados secundários,
entrevistas e observações.
Através dos dados levantados durante a realização do trabalho, pode-se delinear a
situação actual que se encontra a unidade, realizar a análise e sugerir propostas de melhorias.
Uma análise no processo actual, constatou-se que a unidade não tem acção directa
sobre as previsões de vendas, nem sobre a política de stockes que deve ser adoptada, uma vez
que elas vêm prontas mensalmente da logística corporativa, e muitas das vezes com previsões
que não condizem com a realidade. Cabe a unidade administrar seus níveis de stockes através
da programação de produção e vendas realizadas, organizar de tal maneira que concilie as
previsões recebidas com as programações no decorrer do mês. Sendo assim, hoje a gestão de
stock interna na fábrica é feita por uma pessoa, o analista de PCP, facto este que deve ser
revisto, pois pela importância que os stockes representam para a empresa, deve haver mais
pessoas envolvidas neste processo.
A maior das sugestões de melhorias são passíveis de implementação, sem que haja
custos elevados e que poderão auxiliar a gestão de stock da unidade, proporcionando assim
maior eficiência e consequentemente melhores resultados.

32
Entre as sugestões de melhoria, duas requerem uma atenção especial, um estudo mais
aprofundado para que se verifique a viabilidade financeira e operacional. São elas: instalação
de um sistema digital de identificação de produto acabado com código de barras e antecipação
da produção de cerveja lata nos meses de baixa demanda. Estes dois projectos necessitam de
um aporte financeiro e também autorização corporativa para sua implementação.
No final deste estudo, foi possível constatar, que o objectivo principal e os específicos
propostos no inicio deste trabalho, foram alcançados, já se identificou os problemas e no final
da pesquisa foram propostas melhorias e sugestões a intenção de minimizar os problemas
evidenciados.

33
Bibliografia

ARNOLD, J.R.Tony, Administração de Materiais. São Paulo: uma introdução Atlas,


1999.

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos; planejamento,


organização e logística empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BOWERSOX, Donald J., DAVID, J.Closs, Logística Empresarial: o processo de


integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.

CHING, Hong Ching. Gestão de Stockes na cadeia de logística integrada. Supply


chain. São Paulo: Atlas, 1999.

CORRÊA, Henrique L; GIANESI, Irineu G.N.; CAON, Mauro. Planejamento,


Programação e Controle da Produção: MRP II/ ERP Conceitos, Uso e Implantação; 3º ed São
Paulo: Atlas, 2000.

DIAS, Marco Aurélio P.Administração de Materiais: uma abordagem logística, São


Paulo: Atlas, 1996.

FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas Para Trabalho Científico: Explicação


das Normas da ABNT.13º ed, 2004.

GURGEL, Floriano do Amaral, logística Industrial; São Paulo: Atlas, 2000

IMAM, Gerenciamento da Logística e Cadeia de Suprimento; 1997

MARTINS, Petrônio Garcia & ALT; Paulo Renato Campos. Administração de


Materiais e Recursos Patrimoniais; São Paulo: Saraiva, 2000

34
ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projectos de Estágio e de Pesquisa em
Administração: guia de pesquisas, projectos, estágios e trabalho de conclusão de curso. São
Paulo: Atlas.1999.

VERGARA, Sylvia Constant. Projectos e Relatórios de Pesquisa em Administração.


2º ed. São Paulo: Atlas, 1998.

VIANA, João José, Administração de Materiais: Um Enfoque Prático; São Paulo:


Atlas, 2000
YIN, Robert K., Estudo de Caso; Planejamento e Métodos. 3º ed. Porto Alegre:
Bookmam, 2005;

ZACCARELLI, Sério Baptista, Programação e Controle de Produção; 8º ed. São


Paulo: Pioneira, 19987.

Www.sobacatumbela.com.

35

Você também pode gostar