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ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL (3)

Professora: Sara Batista

ARH COMO RESPONSBILIDDE DE LINHA E FUNÇÃO DE STAFF

Cabe ao presidente a responsabilidade pela organização toda. É a ele


que cabem as decisões sobre a dinâmica e os destinos da organização e
dos recursos disponíveis ou necessários.
Cada chefe ou gerente é responsável pelos recursos humanos alocados
em seu órgão – qualquer que ele seja, de linha ou de assessoria, de
produção, de vendas, de finanças, de pessoal, etc.
A responsabilidade pela ARH é compartilhada por toda a organização.
Tanto o Presidente como cada gerente deve saber o essencial sobre
recursos humanos.

ARH COMO PROCESSO

A ARH provoca impacto nas organizações e nas pessoas. A maneira de


lidar com as pessoas, de buscá-las no mercado, de integrá-las e
orienta-las, fazê-las trabalhar, desenvolve-las, recompensá-las ou
monitorá-las e controlá-las.
Os cincos processos básicos na gestão de pessoas.

Processo Objetivo Atividades envolvidas

Pesquisa de mercado de RH
Quem irá trabalhar na
Provisão Recrutamento de Pessoas
organização
Seleção de Pessoas

Integração de pessoas
O que as pessoas farão Desenho de cargos
Aplicação
na organização Descrição e análise de cargos
Avaliação do desempenho

Remuneração e compensação
Como manter as pessoas
Benefícios e serviços sociais
Manutenção trabalhando na
Higiene e segurança do trabalho
organização
Relações sindicais

Como preparar e Treinamento


Desenvolvimento
desenvolver as pessoas Desenvolvimento organizacional

Banco de Dados/Sistemas de Informação


Como saber o que são e
Monitoração Controles — Freqüência — Produtividade —
o que fazem as pessoas Balanço Social

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Os cinco subsistémas formam um processo global e dinâmico através do
qual as pessoas são captadas e atraídas, aplicadas em suas tarefas,
mantidas na organização, desenvolvidas e monitorizadas pela
organização. O processo global nem sempre apresenta a seqüência
acima, devido à íntima interação entre os subsistemas e pelo fato de
esses cinco subsistemas não estarem relacionados entre si de uma
única e específica maneira. Eles sâo contingentes ou situacionais e
variam conforme a organização e dependem de fatores ambientais,
organizacionais, humanos, tecnológicos etc. São extremamente
variáveis e, embora interdependentes, o fato de um deles mudar ou
desenvolver-se em certa direção não significa que os outros mudem ou
se desenvolvam também exatamente na mesma direção e na mesma medida.

Processos e subprocessos de ARH.

POLÍTICAS E PROCEDIMENTOS DO ARH

São as regras estabelecidas para governar funções e assegurar que


elas sejam desempenhads de acordo com os objetivos desejados. São
guias para a ação.
Com base nas políticas podem-se definir os procedimentos a serem
implantados, que são cursos de ação predeterminados para orietar o
desempenho das operações e atividades, tendo em vista os objetivos da
organização.Os procedimentos são uma espécie de plano permanente que
serve para orientar as pessoas na execução de suas tarefas dentro da
organização.
A ARH deve considerar os objetivos pessoais dos seus parceiros.
Os principais objetivos da ARH são:
1) criar, manter e desenvolver um contingente de pessoas com
habilidades, motivação e satisfação para realizar os objetivos da
organização;

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2) Criar, manter e desenvolver condições organizacionais de
aplicação, desenvolvimento e satisfação plena das pessoas, e
alcance dos objetivos individuais.
3) Alcançar eficiência e eficácia das pessoas.

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DIFICULDADES BÁSICAS DA ARH

O que distingue a ARH das outras áreas da organização é o seu


singular ambiente de operações. Administrar recursos humanos é
diferente de administrar qualquer outro recurso organizacional,
porque envolve algumas dificuldades. As dificuldades básicas da ARH
são:
a) A ARH lida com meios, com recursos intermediários e não com fins.
É uma função de assessoria, cuja atividade fundamental consiste em
planejar, prestar serviços especializados, assessorar, recomendar e
controlar.

b) A ARH lida com recursos vivos, extremamente complexos,


diversificados e variáveis, que são as pessoas. Esses recursos são
importados do ambiente para dentro da organização, crescem,
desenvolvem-se, mudam de atividade, de posição e de valor.

c) Os recursos humanos não estão somente dentro da área de ARH, mas


principalmente alocados nos diversos órgãos da organização e sob a
autoridade de diversos chefes ou gerentes. Assim, cada chefe ou
gerente é o responsável direto por seus subordinados. A ARH é uma
responsabilidade de linha (cada chefe) e uma função de staff ( do
órgão RH).

d) A ARH preocupa-se fundamentalmente com a eficiência e eficácia.


Porém, o fato mais concreto é que ela não pode controlar os eventos
ou condições que as produzem. Isso porque os principais eventos ou
condições de suas operações são as atividades das diversas áreas da
organização e o comportamento heterogêneo dos participantes.

e) A ARH trabalha em ambientes e em condições que não determinou e


sobre os quais possui um grau de poder e controle muito pequeno. Daí
estar geralmente destinada à acomodação, adaptação e
transigência.Somente com uma clara noção da finalidade principal da
organização, com muito esforço e perspicácia, o executivo de ARH
poderá conseguir –se é que consegue – razoável poder e controle sobre
os destinos da organização.

f) Os padrões de desempenho e de qualidade dos RH são complexos e


diferenciados, variando de acordo com o nível hierárquico, com a área
de atividade, com a tecnologia aplicada e com o tipo de tarefa ou

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atribuição. O controle de qualidade é feito desde o processo de
seleção do pessoal e estende-se ao longo do desempenho cotidiano.

g) A ARH não lida diretamente com fonte receita. Aliás, ocorre algum
preconceito que ter pessoal forçosamente implica despesa. Muitas
empresas ainda convencionam restritivamente seus membros termos
reducionistas como pessoal produtivo e pessoal improdutivo ou pessoal
direto e pessoal indireto. A maioria das empresas ainda aloca seus
membros em termo centros de custos e não em termos de centros de
lucros como realmente devem ser considerados.

h) Um dos aspectos mais críticos da ARH na dificuldade de se saber se


ela está fazendo ou não um bom trabalho. A ARH está cheia de desafios
e riscos não controlados ou não controláveis, não padronizados
imprevisíveis. É um terreno pouco firme e de visão nebulosa em que se
podem cometer erros desastrosos ainda que na certeza estar jogando
corretamente.

Em mundo de negócios caracterizado pela explosão da inovação


tecnológica, pela globalização dos mercados, pela forte competição
entre organizações, pelas mudanças demográfias, políticas e
culturais, que provocam mundaças rápidas, as organizações precisam,
ser rápidas, ágeis, eficazes em custos. Para tanto as organizações
devem possuir recursos, conhecimentos e habilidades e, acima de tudo
pessoas que incorporem essas novas características.

Tudo isso requer novas práticas administrtivas e a contínua


redefinição e realinhamento das práticas e políticas de RH para criar
novos comportamentos e competêncis dos colaboradores.

Assim o ARH se transforma numa área capaz de criar organizações,


melhores, mais rápidas e competitivas.

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