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Causas da fraca afluência dos homens nos centros de AEA- Caso NPB de ZIP Gamela
(2016-2018)
Universidade Save
Maxixe
2020
Gilda José Vilanculos
Causas da fraca afluência dos homens nos centros de AEA- Caso NPB de ZIP Gamela
(2016-2018)
Universidade Save
Maxixe
2020
Índice
Siglas e Acrónimos iv
Índice de tabelas e gráficos...........................................................................................................................v
Declaração de honra....................................................................................................................................vi
Dedicatória.................................................................................................................................................vii
Agradecimentos.........................................................................................................................................viii
Resumo........................................................................................................................................................ix
Introdução..................................................................................................................................................10
Objectivos..................................................................................................................................................11
Objectivo geral...........................................................................................................................................11
Objectivos específicos................................................................................................................................11
Justificativa................................................................................................................................................11
Problematização.........................................................................................................................................12
Hipóteses da pesquisa.................................................................................................................................13
Característica da hipótese...........................................................................................................................13
Hipóteses....................................................................................................................................................13
CAPITULO I (FUNDAMENTACAO TEORICA)....................................................................................14
1.1.Definições dos Conceitos-Chave:.........................................................................................................14
1.1.1.Educacao de adultos..........................................................................................................................14
1.1.2. Alfabetização....................................................................................................................................15
1.1.3. Alfabetismo......................................................................................................................................15
1.1.4. Género..............................................................................................................................................15
1.2.A Educação de Jovens e Adultos em diferentes contextos...................................................................16
1.3.Caracterização histórica da Educação de Jovens e Adultos em Moçambique.......................................17
1.3.1.Etapas históricas................................................................................................................................17
1ª: Desde 1975 (altura da independência de Moçambique) até meados da década 80................................17
2ª: Desde meados da década 80 até 1995...................................................................................................18
3ª: Desde 1995 aos nossos dias...................................................................................................................18
1.4.A Educação de Adultos e o Seu objecto...............................................................................................18
1.5.Quadro socioeconómico e demográfico da alfabetização de jovens e adultos em Moçambique...........20
1.5.1.Contexto Local..................................................................................................................................20
1.6.Abordagens de alfabetização................................................................................................................21
CAPITULO II METODOLOGIA DE PESQUISA....................................................................................22
2.1. Método de Abordagem:.......................................................................................................................22
2.2. Tipo de Pesquisa..................................................................................................................................22
2.2.1 Tipo de Pesquisa quanto aos objectivos.............................................................................................22
2.2.2. Tipo de Pesquisa quanto a abordagem..............................................................................................23
2.2.3. Tipo de Pesquisa quanto aos procedimentos técnicos.......................................................................23
2.3. Tipo de estudo quanto a Natureza........................................................................................................24
2.4.Técnicas e Instrumentos da Recolha de dados......................................................................................24
2.4.1. Delimitação do Universo e da Amostra............................................................................................25
Fonte: Autora.............................................................................................................................................26
2.4.2.Validade e fiabilidade dos instrumentos............................................................................................26
CAPITULO III APRESENTAÇÃO E ANALISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS............................28
3.1.Depoimento dos alfabetizandos sobre a fraca afluência dos homens nos centros de AEA...................28
3.2.Depoimento dos alfabetizadores e coordenadores de AEA, NPB da ZIP de Gamela...........................29
3.3.Analise e discussão dos resultados.......................................................................................................32
3.4.Conclusão.............................................................................................................................................35
3.6.Bibliografia..........................................................................................................................................37
iv
Siglas e Acrónimos IV
Gráfico 1: Satisfação dos alfabetizandos quanto aos horários de funcionamento dos centros….. 20
Gráfico 3: Causas da não afluência dos homens nos centros de AEA, NPB-ZIP Gamela ……....21
Gráfico 6: Estratégia para garantir afluência dos homens nos centros de AEA, no NPB da ZIP de
Gamela …………………………………………………………………………………………...30
vi
Declaração de honra
Declaro que esta monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu
supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia. Declaro ainda que este trabalho não foi
apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer grau académico.
–––––––––––––––––––––––––––––
Dedicatória
A todos aqueles que directa ou indirectamente se interessam pela Educação de Adultos no país,
dedico-lhes o meu relatório, para que nele encontrem uma linha de pesquisa que vise ainda o
desenvolvimento da educação básica com vista a contribuírem para o combate à pobreza absoluta
em Moçambique. As minhas filhas, para que encontrem nesta pesquisa motivos para serem
Homens cientificamente cultos.
viii
Agradecimentos
Quero manifestar o meu profundo agradecimento a todos os que me dispensaram o seu apoio na
produção deste trabalho. O meu maior agradecimento ao mestre Anibal Naife, que tanto apoiou-
me durante a realização do presente trabalho.
A todos os meus colegas do curso, pelo espírito colectivo e pelas contribuições que me foram
dando em algumas fases da elaboração deste trabalho, o meu obrigado.
Finalmente, um agradecimento especial com profunda estima vai à minha família, esposo
Benildo Faduco e minhas filhas Leud Benildo Faduco e Milena Benildo Faduco, pelo apoio
moral, encorajamento e confiança, sobretudo por compreender o significado de muitas horas de
ausência. Mais uma vez, o meu muito obrigada.
ix
Resumo
O presente estudo cujo tema é Causas da fraca afluência dos homens nos centros de AEA, no Distrito de Vilankulo,
estudo do caso do NPB–ZIP de Gamela-2016-2018, tem como propósito analisar as causas da fraca afluência dos
homens nos centros de AEA. Os instrumentos de recolha de dados foram: a entrevista semi-estruturada, questionário
análise de documentos e observação. As entrevistas foram aplicadas a 40 informantes, todos eles alfabetizandos e o
questionário foi aplicado a 5 informantes, de entre eles alfabetizadores e coordenadores da ZIP e NPB de Gamela.
Analisando os dados em relação ao fenómeno em estudo, conclui-se que não há equilíbrio de género nas turmas de
AEA nos centros de Gamela, ainda sobre as reais causas, de acordo com os dados, mostra-se que é devido a
condições sócio económicas, ou seja na nossa sociedade em especial no distrito de Vilankulo ainda vigora o
comportamento familiar do tipo “O homem é quem põe o pão a mesa”, porem estes alegam factor tempo
directamente associado a condições sócio económicas. Para reverter a situação, propõe-se que a AEA, deve envolver
os alfabetizandos em projectos de rendimento para além do apoio em material de ensino. Portanto a pesquisa
desenvolvida valida por completo as hipóteses previamente propostas como sendo causas prováveis da fraca
afluência dos homens nos centros de AEA, no NPB da ZIP de Gamela.
Palavras-chave: Educação de Adultos; Alfabetização; Analfabetismo e género.
10
Introdução
Porém, em África, a educação de adultos emerge nas décadas de 50 e 60 quando alguns países
começaram a libertar-se do colonialismo. Desde então, a educação de adultos foi vista como
instrumento privilegiado no combate ao analfabetismo e à pobreza que assola a maior parte dos
africanos. Por essa razão, quando Moçambique alcançou a independência em 1975, uma das
primeiras estratégias que adoptou foi o lançamento de campanhas de alfabetização e educação de
adultos para toda a gente e, como refere Ngoenha (2004), de 1975 até à actualidade os
moçambicanos, tal como outros povos africanos, ainda vivem na busca da emancipação, da
autodeterminação política e, sobretudo, do desenvolvimento económico e social. Assim,
acreditando que as questões que apoquentam os moçambicanos podem ser abordadas em
contexto da educação de adultos propusemo-nos a estudar as aspirações socioeducativas dos
educandos e a intencionalidade educativa da política da alfabetização em Moçambique.
O presente trabalho de pesquisa, intitulado “Causas da fraca afluência dos homens nos centros
de AEA”, insere-se no âmbito de projecto de monografia científica para a conclusão do grau de
licenciatura em ensino básico. Trata-se de Análise das causas da fraca afluência de indivíduos do
sexo masculino nos programas de alfabetização e educação de adultos. A metodologia de
pesquisa consistiu na pesquisa de campo com técnicas de questionário e a bibliográfica sob forma
de fundamentar as questões levantadas e que irão terminar no projecto final. Para clarificação dos
11
Objectivos
Objectivo geral
Analisar as causas da fraca afluência nos centros de Alfabetização e Educação de Adultos
(AEA) NPB de ZIP Gamela.
Objectivos específicos
Identificar as causas da fraca afluência dos homens nos centros de AEA de NPB ZIP
Gamela;
Descrever as causas das desistências dos homens nos centros AEA;
Explorar a necessidade de aprendizagem das alfabetizandas do centro de AEA
Propor estratégias para que os homens afluam em massa nos centros de AEA
Justificativa
O papel da educação escolar no processo de desenvolvimento das nações é uma das variáveis
fundamentais dos debates da actualidade. Estas temáticas estão presentes tanto na literatura
contemporânea como nos debates levados a cabo a nível internacional e nacional. Desde o ano
2014 com a entrada em vigor da lei sobre a igualdade do género e os grupos feministas, nos
últimos anos a mulher mostra se superior. o que motiva a autora prende-se com a necessidade de
contribuir para uma visão crítica da prática de AEA, analisando até que ponto as práticas de AEA
desenvolvidas na ZIP de Gamela é caracterizada pela fraca afluência dos homens. Não obstante,
também O interesse de investigar o tema surgiu como resultado de experiências vividas ao longo
do trabalho de campo, desenvolvidos na cadeira de PPs na Escola Primaria do 1º e 2º Grau de
Gamela, onde se assistiu que o maior número de Educandos de AEA era constituído por
mulheres.
relevante para reorientar estratégias visando a incentivar a inclusão de indivíduos de ambos sexos
nos programas de alfabetização e educação de adultos. Para a sociedade também irá contribuir
bastante pois conhecendo-se as reais causas, pudera-se consciencializar os homens. Para com a
ZIP de Gamela será mais um ganho que ajudara no plano de acção quanto a AEA na ZIP alias, o
tema permitirá o encorajamento dos indivíduos de sexo masculino a assumirem responsabilidades
de forma consciente e cientifica nos seus papéis sociais. Essa responsabilidade consciente se
torna possível com uma educação inclusiva.
Problematização
De acordo com Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)(2001:71), os
grandes desníveis de alfabetização entre os homens e as mulheres “é resultado combinado da
oferta limitada de lugares no sistema educacional e da forma como a sociedade encara a educação
das raparigas”. A nível mundial, em 1999, havia 854 milhões de adultos que não sabiam ler nem
escrever, dos quais 583 milhões (78%) eram mulheres e dos 325 milhões de crianças não
escolarizadas, 183 milhões (56%) eram meninas. A maioria dessas mulheres e meninas vivia em
zonas rurais com menos oportunidades de escolarização
Segundo as projecções da UNESCO (2008), a redução do número de mulheres analfabetas em
2015 será de 76 milhões para 50 milhões na faixa de 15 a 24 anos de idade, o que constitui ainda
um maior desafio para a redução das desigualdades de oportunidades e de escolarização entre
homens e mulheres. Contudo, é preciso reconhecer que nos últimos tempos, devido às dinâmicas
mundiais, têm se registado avanços assinaláveis no sentido de reduzir estas desigualdades. Daí
que em muitos programas educativos desenvolvidos a nível internacional e de cada país, as
mulheres têm merecido atenção especial.
Segundo Mansson (1995), num estudo realizado em Moçambique em1994, numa altura de pouca
prioridade para a alfabetização de adultos pelo Governo Moçambicano, como resultado da crise
económica e da guerra, as campanhas de alfabetização em Moçambique mostram que as
mulheres eram muito motivadas e representavam a maioria dos alfabetizandos inscritos nos
programas. As desigualdades entre homens e mulheres são evidentes em Moçambique,
registando-se níveis de analfabetismo muito mais elevados entre as mulheres do que entre os
homens. Segundo PNUD (2005), em 2003, a taxa de analfabetismo das mulheres a nível do país
era de 68,8%, contra 36,7% dos homens e ainda mais acentuada nas zonas rurais, onde as taxas
13
de analfabetismo atingem mais de 80% entre as mulheres contra pouco mais de 40% entre os
homens. Nos últimos dias, as mulheres são as que mais dedicam se ou seja são as que mais
aderem aos centros de AEA, contradizendo assim as estatísticas. É notório hoje o fluxo de
mulheres que dos homens nos centros de NPB, concretamente na ZIP de Gamela. Portanto diante
dos resultados apresentados surge a seguinte indagação:
Quais são as causas da fraca afluência dos homens nos centros de AEA- Caso NPB de ZIP
Gamela?
Hipóteses da pesquisa
As hipóteses são respostas possíveis e provisórias em relação às questões de pesquisa, tornam-se
também instrumentos, questões de pesquisa na tarefa de investigação (LAKATOS e MARCONI,
1995).
Característica da hipótese
Para a presente pesquisa as hipóteses propostas caracterizam se em condicional (O resultado da
pesquisa é condicionado aos resultados)
Hipóteses
H1: Maior parte dos homens não frequenta aos centros de AEA alegando serem os responsáveis
pelas despesas da família e falta de tempo.
H2: Muitos homens dão valor a emigração, a pesca e aos trabalhos artesanais, colocando a
alfabetização em segundo plano;
H3: Os homens são orgulhosos, têm falta de noção sobre a importância da escola (alfabetizado) e
não admitindo que necessitam de serem alfabetizados;
14
O presente capítulo apresenta a definição de alguns conceitos que achamos mais apropriados para
o estudo. A apresentação das definições visa, essencialmente, clarificar as concepções teóricas
fundamentais, que permitam a compreensão das ideias-chave que corporizam esta pesquisa,
nomeadamente: Educação de Adultos; Alfabetização; Anafabetismo e género.
1.1.1.Educacao de adultos.
A educação para adultos é o tipo de educação orientado para adultos que completaram ou
abandonaram a educação formal. É uma prática em que adultos se envolvem em actividades
sistemáticas e sustentadas de auto educação a fim de obter novas formas de conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores. Pode significar qualquer forma de aprendizagem de adultos que
envolve, além da escolarização tradicional, a alfabetização básica para a realização pessoal. Em
particular, a educação de adultos reflecte uma filosofia específica sobre aprendizagem e ensino
com base no pressuposto de que os adultos podem e querem aprender, que são capazes e
dispostos a assumir a responsabilidade por sua aprendizagem e que a própria aprendizagem deve
responder às suas necessidades.
1.1.2. Alfabetização
É o processo onde os educadores procuram dar mais atenção durante o período de educação
inicial escolar, através do desenvolvimento das actividades da alfabetização, que envolvem o
aprendizado do alfabeto e dos números, a coordenação motora e a formação de palavras, sílabas e
pequenas frases.
1.1.3. Alfabetismo
O analfabetismo surge perante a falta de aprendizagem. Por isso, nos países que contam com
programas de escolarização obrigatória, o analfabetismo é minoritário, mesmo para além do facto
de que a compreensão de leitura das pessoas possa ser deficiente.
1.1.4. Género
Género pode ser definido como aquilo que identifica e diferencia os homens e as mulheres, ou
seja, o género masculino e o género feminino. De acordo com a definição “tradicional” de
género, este pode ser usado como sinónimo de “sexo”, referindo-se ao que é próprio do sexo
masculino, assim como do sexo feminino.
16
A UNESCO tem desempenhado um papel muito importante nestas conferências sobretudo no que
diz respeito a definição de políticas, na mobilização de recursos tanto humanos como materiais,
na concepção e partilha de metodologias contextualizadas e na realização de estudos sobre os
problemas comuns que grassam as sociedades no geral.
Neste contexto, realizada cada CONFINTEA, os países em grupos ou regiões, redefinem a
educação de adultos, traçam estratégias de implementação das recomendações, reformulam os
currículos, como forma de resolver os problemas mais pontuais em função dos recursos tanto
humanos como materiais existentes bem como das condições e características de cada país, grupo
ou região.
À luz das preocupações saídas das CONFINTEAS e na tentativa de dar seguimento às
recomendações destas, Moçambique tem ratificado alguns documentos internacionais como a
Declaração de Jomtim, a Declaração Mundial sobre a Educação para Todos de Dacar, a
Declaração Mundial sobre a População, onde se tem comprometido a envidar esforços no sentido
de priorizar a educação de adultos.
A razão da ratificação dos protocolos acima referenciados é que todos eles contemplam a
componente de educação de jovens e adultos como um objectivo a perseguir e por apresentar-se
como um dos países do mundo que ainda tem um número considerável de analfabetos.
Para a caracterização histórica da educação de jovens e adultos nesta parcela da África Austral,
determinam-se as seguintes etapas extraídas de Mário (2002:3-4).
1.3.1.Etapas históricas
1ª: Desde 1975 (altura da independência de Moçambique) até meados da década 80.
Segundo Mário, o marco importante nesta etapa foi a consagração da educação de adultos como
um dos pilares do Sistema Nacional de Educação. Para Mário, esta etapa foi caracterizada por
um processo dinâmico e multifacetado de mobilização popular para as tarefas da reconstrução
nacional, construção da unidade nacional e da afirmação da identidade moçambicana.
18
Na óptica de Mário, esta etapa foi caracterizada, por um lado, pela redução significativa das
actividades de alfabetização e educação de adultos devido à intensificação da guerra de
desestabilização movida pelo então regime do “apartheid” da África do Sul e, por outro, pela
destruição de infra-estruturas e perda de vidas humanas que fez com que milhares de
moçambicanos se refugiassem para os países vizinhos e outros milhões se encontrassem na
condição de deslocados. Segundo ele, as campanhas de alfabetização passaram a ser promovidas
apenas nas grandes cidades. Exceptuavam-se a esta regra, as iniciativas das ONGs, religiosas e de
indivíduos que mantiveram os programas em pequena escala e produziram programas inovadores
com base em línguas locais. Para este autor, os marcos importantes desta etapa foram a extinção
da Direcção Nacional de Educação de Adultos (DNEA) e a integração das actividades da AEA na
Direcção Nacional do Ensino Básico (DNEB).
Brasil (2002: 164) segundo o qual, o Estado Brasileiro tem o dever de promover a educação de
jovens e adultos à todo o cidadão brasileiro e atender os interesses e as necessidades daqueles
indivíduos que possuem uma determinada experiência de vida e participam na vida da
comunidade.
Neste contexto, se olhar para a educação de jovens e adultos como um direito fundamental, pode-
se afirmar que o dever do governo é de assegurar que nas políticas, estratégias, currículos e
programas sobre a educação, o subsector da EJA seja considerado uma prioridade como é a
educação geral. Os estados devem também assegurar e promover o crescimento do orçamento do
Estado alocado ao sector da educação para garantir a provisão do material didáctico e pagamento
atempado dos alfabetizadores como forma de incentivar tanto a participação massiva dos
educandos aos centros da AEA como melhorar o desempenho dos educadores.
Este mesmo pensamento é secundado por Usher e Bryabt (1989:23) no seu livro "A educação de
adultos como teoria, prática e pesquisa onde, dentre várias questões, afirmam que sendo a
educação de adultos um direito do cidadão, há necessidade de dar um estatuto de educação
permanente a este subsector por constituir um dos garantes de desenvolvimento político,
económico e social. Para estes autores, a grande tarefa nossa como agentes da educação, é fazer
a análise crítica dos modelos, das hipóteses e dos paradigmas convencionais e indicar uma
alternativa mais adequada e útil para a AEA.
A IV CONFINTEA também advoga que a educação permanente é fundamental para a garantia
do desenvolvimento económico, social, científico e tecnológico do mundo contemporâneo.
Segundo esta conferência, com a educação permanente pretende-se que os jovens e adultos
possuam um conjunto de saberes que lhes permitam o domínio e o controle da cultura, do
progresso científico e tecnológico, da informação e das questões políticas. Desta forma, ter-se-á
no mundo ou nos países, jovens e adultos como actores e não vítimas da mudança e do
desenvolvimento.
Ao contrário do que acontecia anteriormente em relação a educação permanente, a V
CONFINTEA mudou de discurso em virtude das grandes transformações políticas, económicas e
sociais dos finais da década 80 para justificar a necessidade de se pensar em formação de pessoas,
no geral e dos adultos, em particular. A ideia principal que orienta este novo discurso é a
necessidade de se ter uma visão diferente sobre a EJA. Passa-se então a usar o conceito de
aprendizagem ao longo da vida que é complementado com o termo competências.
20
Reflectindo sobre a passagem de um termo para outro (educação permanente versus a de ao longo
da vida) nota-se claramente que os dois termos acompanham a rápida mutação que ocorre em
função da demanda da sociedade. Na esteira desta reflexão, há necessidade de flexibilizar as
acções levadas a cabo na AEA para também acompanhar o ritmo de desenvolvimento do globo e
da humanidade.
1.5.1.Contexto Local
Na altura em que Mário (2006) fez a abordagem sobre a alfabetização em Moçambique: Desafios
da Educação para Todos, Moçambique tinha cerca de 17.5 milhões de habitantes e hoje esta
mesma população cresceu para 20.530.714 milhões sendo que o maior grosso desta é composto
por mulheres (10.743.579), ocupando uma extensão territorial de aproximadamente 801.590 Km2
e constituía a mais populosa das antigas colónias portuguesas de África. Segundo Mário (2006), a
agricultura constitui até os dias de hoje a base da economia do país onde grande parte destes
habitantes vive no campo e dedica-se a actividades tais como agricultura, silvicultura e pesca.
Para além destas três actividades, há grandes esforços pelo lado do governo no sentido de
desenvolver outras actividades prioritárias relacionadas com a provisão de serviços sociais para
onde o maior orçamento é alocado nomeadamente a educação, saúde, obras públicas e
saneamento, transportes, etc. É neste contexto que desde 1987, o sector da educação tem
promovido campanhas de alfabetização para alfabetizar o maior número possível da população de
modo a prepará-la para juntamente com o governo, reduzir os altos níveis de pobreza que
caracterizam a população do nosso país, aumentar a produção agrícola para a redução da
dependência económica dos outros países e preparar moçambicanos para participar activamente
na vida política, social e económica do país. Na perspectiva de Mário (2006), uma população
educada é fundamental para o desenvolvimento nas várias vertentes e é um factor-chave na
promoção do bem-estar social, económico, político e global. Reconhecendo este papel primordial
que a população educada desempenha no desenvolvimento económico dos países e do dever do
estado de promover uma educação de qualidade para todos, Moçambique tem ratificado vários
documentos internacionais comprometendo-se a envidar esforços para que a educação seja
21
1.6.Abordagens de alfabetização
Na sua brochura sobre a Literacia e Alfabetização em Moçambique, Ernesto (2012), fez
referência ao artigo de Lopes (1991), que faz uma abordagem sobre a alfabetização no contexto
moçambicano. Na referida abordagem, Ernesto (2012) salienta que em virtude do multi-
linguismo que caracteriza Moçambique, a maioria da população fala pelo menos uma ou duas
línguas locais denominadas por Língua Materna (LM). Isto quer dizer que a Língua Portuguesa
(LP) é usada neste mesmo espaço geográfico como se de Língua Segunda (LS) se tratasse. Este
“status” dado à LP na opinião da autora, tem contribuído para o fraco domínio da LP na educação
e sobretudo, na alfabetização e educação de jovens e adultos. Este autor vai mais longe ao afirmar
que como resultado deste multilinguismo, o conceito de literacia tem gerado fenómenos que ele
considera de curiosos nomeadamente: a existência de grupos linguísticos bi-alfabetizados
(indivíduos que escrevem em duas línguas) e os bilingues (indivíduos alfabetizados em LM e
funcionalmente analfabetos na LS). O outro aspecto que Ernesto aborda na sua obra sobre
alfabetização e literacia em Moçambique está relacionado com as dificuldades da delimitação das
fronteiras entre os termos literacia e alfabetização. Mesmo com estas dificuldades de
terminologia, é possível encontrar um meio-termo para definir a alfabetização e a literacia num
contexto meramente educacional.
22
Quanto aos Procedimentos o presente estudo foi, Estudo de Campo e Estudo bibliográfico.
Pesquisa de campo segundo LAKATOS (2003:186) è aquela que consiste na observação dos
factos e fenómenos tal como ocorrem espontaneamente, na colecta de dados a eles referentes e no
registo de variáveis que se presume relevantes para analisá-los e utiliza se formulários de
entrevistas buscando respostas ao entrevistado. E por sua vez será alicerçado pela metodologia de
pesquisa bibliográfico, no uso de livros de outros pesquisadores que segundo ANDRADE
(2004:21) è aquela que se usa fontes secundarias como livros ou outros documentos que referem
muito mais ao ambiente onde se realizam do que o tipo da característica da Pesquisa.
A pesquisa desenvolveu um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do
sujeito que não pode ser traduzido em números. Porém trata-se de uma pesquisa qualitativa, e
porque determinadas opiniões e informações são traduzidas em números, a abordagem
quantitativa foi também utilizada.
As duas metodologias não são incompatíveis e podem ser integradas num mesmo projecto;
Uma pesquisa quantitativa pode conduzir o investigador à escolha de um problema particular
a ser analisado em toda a sua complexidade, através de métodos e técnicas qualitativas e vice-
versa;
24
Instrumentos de
Elementos do Universo Universo Amostra % recolha de dados
Alfabetizandos; 155 40 25.8 Entrevista
Fonte: Autora
Fiabilidade é segundo Harrison (1983:10) a capacidade que o examinador tem de poder verificar
o quão acurado os dados são, no sentido de sua estabilidade, reprodutibilidade ou precisão. Para
ele, um instrumento de recolha de dados perfeito é um que, se aplicado duas vezes sob as mesmas
circunstâncias, fornecerá os mesmos resultados.
Assim, nesta pesquisa foi usado o método da metade ou par – ímpar para verificar a fiabilidade
dos instrumentos. Este foi aplicado uma única vez a um grupo de respondentes (constituído por
alfabetizadores da AEA, alfabetizandos e Coordenadores acima mencionados. Entretanto, ele foi
analisado de forma a separar os resultados de cada respondente em partes. Estes dois (2)
conjuntos de resultados foram e então correlacionados.
Harrison (1983:11) como o grau com que o procedimento realmente mede o que se propõe a
medir.
Para análise de dados, neste capítulo foram descritos os depoimentos do inquérito dos
intervenientes neste estudo. Os mesmos foram descritos e apresentados em tabelas e gráficos.
3.1.Depoimento dos alfabetizandos sobre a fraca afluência dos homens nos centros de AEA.
Na questão sobre a satisfação do programa de AEA, estes responderam em unanimidade (40
alfabetizandos) que este é satisfatório.
Na questão sobre os horários, 28 (70%), responderam que os horários são satisfatórios pois no
inicio das aulas escolhe-se por unanimidade o horário que preferimos para alem de que dura
apenas duas horas por dia e quatro vezes por semana, 10 (25%), responderam que não porque o
tempo é muito curto e os restantes 2 (5%), não responderam nada.
Gráfico 1: Satisfação dos alfabetizandos quanto aos horários.
71%
Analisando os dados do gráfico acima, percebemos que quanto aos horários maior parte dos
entrevistados disseram que é satisfatório e isto nos leva a concluir que a fraca afluência dos
homens não advêm dos horários.
Quanto ao equilíbrio do género, repetiu-se o fenómeno da primeira questão, visto que todos
intervenientes responderam que não há equilíbrio de género nos centros, bem como nas turmas.
Neste caso o género que mais frequenta é o feminino.
29
Questionados ainda sobre o que leva o género masculino a não afluir massivamente nos centros,
18 (45%), responderam que é por falta de tempo, pois são eles que põem o pão na mesa, 21
(52.5%), acrescentaram a resposta dos primeiros alegando que não só, também são ignorantes e 1
(2.5%) dizem que estudaram nas minas.
Grafico 2: Causas da não afluência dos homens nos centros de AEA
53%
Segundo os dados do gráfico acima, mostram que 97.5%, alegam ignorância e falta de tempo.
Neste caso, ficam aprovadas as duas primeiras hipóteses.
Quanto as necessidades do centro, estes responderam que o maior problema é a falta de livros
para o 3º Ano. Quanto as estratégias, todos foram unânimes ao dizerem que é necessário
intensificar a sensibilização destes. Por sua vez, estes deixaram conselho aos homens para que
adiram ao AEA, pois é a única forma de combater a pobreza absoluta.
Segundo os dados do gráfico acima, conclui-se que o número máximo de alunos por turma é de
25 por turma.
Quanto ao nível de afluência dos alfabetizandos nos centros de AEA, 3 (60%), afirmaram que é
satisfatório e os restantes 2 (40%) afirmaram que não.
Gráfico 4: Nível de afluência dos alfabetizandos
40% satisfatorio
insatisfatorio
60%
De acordo com os dados da tabela acima, os questionados, conclui-se que o nível de afluência
dos alfabetizandos nos centros é satisfatório.
Sobre o equilíbrio de género, as salas de aulas, responderam por unanimidade não haver
equilíbrio, pois verifica-se o género feminino dominante em todos centros e ou turmas de AEA
no NPB da ZIP de Gamela.
Quanto ao que leva os homens a não participar massivamente aos centros de AEA, todos
apontaram o seguinte:
Falta de tempo;
Factores sócio económicos;
Falta de auto-estima, e
31
Tendo em conta o que foi referido anteriormente, nesta questão, validam-se todas as hipóteses (3)
propostas para a presente pesquisa.
Questionados os fazedores do AEA (alfabetizadores, coordenadores), sobre as necessidades para
os centros, afirmaram que 1 (20%), afirma não saber como ocupar seu lugar na sociedade, os
restantes 4 (80%), responderam que sente a falta de material didáctico para o PEA.
80%
De acordo com os dados do gráfico acima, conclui-se que a maior necessidade dos alfabetizandos
nos centros de AEA, é a falta de material didáctico
Sobre as estratégias para garantir a participação massiva dos homens, todos (45) responderam em
suma o seguinte:12 (26%), alegam a intensificação de campanhas de sensibilização envolvendo
líderes locais; 20 (44.4%), apontam o apoio aos alfabetizandos em material didáctico; 10 (22.2%)
apontam envolvimento dos alfabetizandos em projectos para auto sustento e por fim os
alfabetizadores em número de 3 (6.6%) apontam a explicação sobre a importância do AEA para a
sociedade.
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Gráfico 6: estratégias para garantir afluência massiva dos homens nos centros de AEA, no
NPB–ZIP de Gamela.
50% 44.40%
40%
30% 0.26
0.22
20%
10% 0.07
0%
Os dados do gráfico acima, mostram que todas opiniões dos envolvidos são óptima estratégia
para que os homens participem massivamente no AEA.
Violência doméstica;
Ma gestão familiar
Manutenção do alto índice de analfabetos.
relacionadas com o referencial teórico e objectivos da pesquisa que serviram de base para a
elaboração do relatório final.
No que concerne os programas, o nível de satisfação dos alfabetizandos, 75% dos entrevistados,
revelaram satisfatório. Bem como o horário revela-se estar a favor dos alfabetizandos visto que
dura menos tempo e em dias alternados.
O estudo de Lind (1988) sobre as campanhas de alfabetização em Moçambique no período de
1978 a 1982 revela que a não observância dos horários da realização de diferentes actividades dos
adultos e da época agrícola nas zonas rurais é uma das causas da fraca assiduidade e desistência
dos alfabetizandos nos programas de AEA.
No que concerne ao equilíbrio de género, todos responderam em unanimidade que o género
masculino é quase inexistente nas turmas, verificando-se assim maior número das mulheres em
centros ou salas.
Quanto a questão o que leva os homens a não participarem do AEA no centro de NPB da ZIP de
Gamela, do universo de 45 (100%), 43 (97.7%), citaram em consenso o seguinte:
Falta de tempo;
Falta de auto estima;
Condições económicas
Complexos de masculinidade,
Eis o depoimento: “De facto observa-se maior aderência das mulheres aos programas de
alfabetização na ZIP de Gamela, apesar de as acções de sensibilização levadas a cabo no local
de estudo abranger a todos. Os homens excluem-se e escusam-se de participar devido a motivos
de vária ordem, sendo a falta de interesse e o consumo de bebidas alcoólicas os principais”.
(Coordenador de NPB)
Os alfabetizadores entendem que em termos culturais existe certo complexo de superioridade dos
homens em relação às mulheres, uma vez que na sala de aula não existe tratamento diferenciado
entre homens e mulheres. Quando as mulheres tendem a destacar-se em relação aos homens,
34
estes sentem-se inferiorizados acabando por abandonar as aulas ou por não se inscrever.Para
reverter o cenário e os homens participarem do AEA, a opinião dos inqueridos, pairam em torno
da sensibilização destes, envolvendo líderes locais, bem como consciencializar os mesmos sobre
a importância da alfabetização.
No nosso centro há falta de quase todo o material a partir dos manuais para nós. Às vezes vimo-
nos na situação de comprar cadernos e esferográficas ou lápis para as nossas alunas porque
não têm. Outro problema é de atrasos no pagamento dos subsídios, além de serem muito baixos.
(…) hoje estamos em Novembro e desde que recebemos o último subsídio em Maio. Veja só,
650,00 mt (…) isto não ajuda! (Alfabetidador).
UNESCO (2005) considera que os desafios impostos pela alfabetização só poderão ser
alcançados com comprometimento integral dos governos no aumento significativo dos
orçamentos, formação e pagamento adequado dos alfabetizadores, desenho de curricula baseados
nas necessidades dos aprendentes e melhor coordenação entre os diversos actores do processo de
AEA.
Apesar dos constrangimentos, foi notório nos elementos questionados (alfabetizadores), que estão
motivados e empenhados em contribuir para a eliminação do analfabetismo e na edificação das
práticas positivas de educação de adultos.
35
3.4.Conclusão
Ao longo do desenrolar deste trabalho, foi feito análise em torno das causas da fraca afluência
dos homens nos centros de AEA no NPB da ZIP de Gamela entre os anos 2016 e 2018. Referir
que a delimitação desta pesquisa, geograficamente cingiu-se ao NPB da ZIP de Gamela e
contextualmente à análise das causas da fraca afluência dos homens nos centros de AEA na ZIP
acima referida. Analisando os dados em relação ao fenómeno em estudo, conclui-se que não há
equilíbrio de género nas turmas de AEA nos centros de Gamela, ainda sobre as reais causas, de
acordo com os dados, mostra-se que é devido a condições sócio económicas, ou seja na nossa
sociedade em especial no distrito de Vilankulo ainda vigora o comportamento familiar do tipo “O
homem é quem põe o pão a mesa”, porem estes alegam factor tempo directamente associado a
condições acima discriminadas.
A 2ª hipótese ficou aconchegada a 1ª visto que estes migram em busca de condições para o
sustento das famílias
Para reverter a situação, conclui-se que a AEA, deve envolver os alfabetizandos em projectos de
rendimento para além do apoio em material de ensino. Portanto a pesquisa desenvolvida valida
por completo as hipóteses previamente propostas como sendo causas prováveis da fraca afluência
dos homens nos centros de AEA, no NPB da ZIP de Gamela.
36
3.5.Sugestões
Diante destas constatações verificadas no âmbito da pesquisa para esta monografia, queremos
sugerir os seguintes aspectos, de modo a melhorar e incentivar os homens a participarem
massivamente nos centros de AEA:
3.6.Bibliografia
1. ANDRADE, Maria Margarida de introdução a metodologia do trabalho Cientifico:
elaboração de Ws na graduação 4. ed. São Paulo. Atlas 2004
2. BENTON, L. & NOYELLE, T. (1994). Analfabetismo Funcional e Rentabilidade Económica.
(1ª ed.). Portugal: Edições ASA
3. Conceito de alfabetizacao. https://www.significados.com.br › alfabetizacao. Acessado a
12/12/2019 pelas 14:16h.
4. Conceito de alfabetismo.
5.
6.
7. https://educalingo.com › dic-pt › alfabetismo.
8. CRESWELL, J.W. Projecto de pesquisa: métodos qualitativos, quantitativo e misto. Porto
alegre; Artmed 2007
9. De Ketele, J., & Roegiers, X. (1999). Metodologia da Recolha de Dados, Fundamentos dos
Métodos de Observações, de Questionários, de Entrevistas e de Estudo de Documentos.
10. Ernesto, N. (2012). Literacia e Alfabetização em Moçambique. Maputo: Universidade
Eduardo Mondlane.
11. Harrison, A. (1983). A LanguageTestingHandbook. Macmillan Publishers Ltd. London:
England.
12. Mário, M. &Nandja, D. (2002/6). A Alfabetização em Moçambique: Desafios da Educação
Para Todos. Universidade Eduardo Mondlane. Maputo: Moçambique.
13. MINED. (2011). Estratégia de Alfabetização e Educação de Adultos (2010-2015). Maputo:
Moçambique.
14. Minayo, M. C. S. (1994). O desafio do conhecimento científico: Pesquisa Qualitativa em
Saúde (2ª edição). SP-RJ: Hucitec-Abrasco.
15. Sato, Paula. (2009). Revista Nova escola: objectivos maiores que a alfabetização. São
Paulo: Brasil.
16. GONSALVES, E. P. iniciação a pesquisa científica. Campinas/sp: Alinea, 2003.
17. LAKATOS, Eva, Maria. Fundamentos de metodologia cientifica.5ᵃ Edição. São Paulo: Atlas
2003
38
Apêndice
xl
Apêndice I
Para efeitos de culminação do curso de licenciatura em Ensino Básico, pela Universidade Save-
Extensão de Maxixe, Faculdade de Ciências de Educação e Psicologia, pretende-se caros
alfabetizadores e Coordenadores do NPB e da ZIP de Gamela, perceber de vos sobre “Causas da
fraca afluência dos homens nos centros de AEA- Caso NPB de ZIP Gamela”. Face ao efeito,
dirige-se o seguinte questionário, cuja informação terá aplicação meramente académica.
Neste contexto desde já agradeço sua colaboração ao responder este questionário que será
importante na efectivação deste estudo.
Toda informação que nos fornecer será estritamente confidencial, isto é, as suas opiniões nunca
serão identificadas.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Sim ____
Não ____
Sim _____
Não _____
Masculino____
xli
Feminino_____
6.0.O que leva o género em alusão a não afluir massivamente nos centros de AEA, NPB da ZIP
de Gamela.
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–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
7.0. como Alfabetizador/Coordenador, no seu ponto de vista, quais tem sido as necessidades dos
alfabetizandos no centro?
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––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
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8.0.Que estratégia a adoptar para garantir a participação massiva dos homens nos centros?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
9.0.Tendo em conta a importância do PEA, quais são as consequências da não frequência aos
centros de AEA?
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Apêndice II
Para efeitos de culminação do curso de licenciatura em Ensino Básico, pela Universidade Save-
Extensão de Maxixe, Faculdade de Ciências de Educação e Psicologia, pretende-se caros
alunos(alfabetizandos) do NPB da ZIP de Gamela, perceber de vos sobre “Causas da fraca
afluência dos homens nos centros de AEA- Caso NPB de ZIP Gamela”. Face ao efeito, dirige-se
o seguinte questionário, cuja informação terá aplicação meramente académica.
Neste contexto desde já agradeço sua colaboração na entrevista que será importante na
efectivação deste estudo.
Toda informação que nos fornecer será estritamente confidencial, isto é, as suas opiniões nunca
serão identificadas.
5.0.O que leva o género em alusão a não afluir massivamente nos centros de AEA, NPB da ZIP
de Gamela.
7.0.Que estratégia a adoptar para garantir a participação massiva dos homens nos centros?
8.0.Que conselho deixa ficar para aqueles que não frequentam os centros de AEA?