Planejamento e Projeto de Redes de Computadores (PPRC)
Aula 02 – Planejamento e Projeto de Redes de Computadores
Visão Geral
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Prof. Diego Pereira <diego.pereira@ifrn.edu.br>
do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 1/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Objetivos • Explicar alguns detalhes técnicos, em uma visão de alto nível, de como são planejadas as redes de computadores, como são feitas algumas análises de requisitos para sua construção de forma que os usuários façam uso dela de forma transparente;
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 2/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Introdução • Os usuários desconhecem os detalhes de infraestrutura e software necessários para o funcionamento adequado das redes de comunicação; • Exigem um desempenho aceitável que não comprometa suas atividades, principalmente ao tratar-se de redes corporativas; • Quem é responsável por isso?
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 3/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Definição de Tecnologia da Informações • O que é T.I.?
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 4/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Definição de Tecnologia da Informações • Tecnologia da Informação (TI) é a infraestrutura organizada de hardware, software, banco de dados e redes de telecomunicações, que permite manipular, gerar e distribuir dados e informações ao longo dos seus usuários (empresas ou pessoas) (Afrânio Miglioli, 2007). • Conjunto de atividades e soluções providas por recursos computacionais que visam permitir a obtenção, o armazenamento, o acesso, o gerenciamento e o uso de informações; • A informação é um patrimônio;
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 5/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Definição de Projeto de Rede • Projeto é um empreendimento único e não repetitivo, de duração determinada, formalmente organizado e que congrega e aplica recursos visando o cumprimento de objetivos pré-estabelecidos (Darcy Prado); • Como seria um projeto de rede? O que pode ser levado em consideração para sua criação?
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 6/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Considerações Básicas • Diversos itens podem ser considerador ao tratar-se de um projeto de redes, tais como: • Construção civil; • Mobiliários (mobília); • Segurança física e patrimonial; • Questões de RH (Recursos Humanos); • Capacitação; • Contratações; • Custos; • Prazos; • Tipos de dados que irão transitar na rede (Setor de T.I); • Entre outros;
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 7/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Área de Tecnologia da Informação (T.I.) • Toda requisição de novos projetos que utilizam recursos tecnológicos devem passar pela área de T.I. que pode ser estruturada de duas formas: • T.I. Forte • Possui dentro da área de T.I. diversas equipes,porém o foco será apenas aquela que cuida da entrada de projetos, possuindo Analistas Funcionais, Arquitetos de Soluções ou Especialistas que fazem a análise dos requisitos e entendem como o projeto de negócio deverá ser absorvido pela T.I. Este modelo se aplica a empresas que possuem um volume de projetos muito grande para justificar o custo de muitos profissionais; • T.I. Fraca • Área de T.I. muito simples, resolve pequenos problemas do dia-a-dia, deixando para projetos grandes, que são eventuais, a contratação de consultorias e/ou outras empresas com profissionais mais especializados.
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 8/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Requisitos de Projeto • Os requisitos do projeto são efetivamente as necessidades dos usuários da área solicitante e das áreas de T.I.; • O objetivo deste levantamento é subsidiar o planejamento evitando que ocorram retrabalhos onerosos e demorados, podendo prejudicar a qualidade, o prazo, ou ainda que não funcione algum serviço ou sistema; • Necessárias reuniões para discutir e documentar os requisitos explícitos ou implícitos necessários aos sistemas que serão utilizados pelo negócio e aos recursos tecnológicos aplicados à rede que está sendo criada;
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 9/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Requisitos de Projeto • Tipos de Reuniões • Reuniões Funcionais • Representantes das áreas de negócio com os Analistas Funcionais da área de T.I., que interpretarão as necessidades informadas em linguagem de negócio para linguagem de T.I., podendo até negociar o uso de sistemas já existentes para resolver a necessidade, precisando neste caso, apenas algumas customizações para atendimento aos requisitos; • Reuniões Técnicas iniciais • Analistas de Negócio e os Arquitetos especialistas em Hardwares e Softwares, que são capacitados e conhecedores dos padrões existentes de softwares e hardwares da corporação e que saibam do direcionamento técnico que a T.I. precisa ter no futuro em curto, médio e longo prazo. Nesta reunião define-se o caminho tecnológico a ser seguido. • Reuniões Técnicas avançadas • Arquitetos especialistas em Hardwares e softwares com os Arquitetos dos fornecedores da solução a ser implantada. Poderão ser desencadeadas reuniões adicionais, dependendo da solução e das características de cada empresa;
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 10/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Exemplos de Requisitos • Existem diversos tipos de requisitos, alguns básicos e alguns específicos das soluções utilizadas, mas muitos são particulares de certas corporações, exemplos: • Recuperação de desastres: • Todos os sistemas e serviços oferecidos pela T.I. devem ser redundantes e possuir a capacidade de voltar a operar em pouco tempo; • Virtualização • Funcionar, preferencialmente, em ambiente virtualizado; • Barramento de Serviços • Todos os sistemas devem trocar mensagens, dentro de certos padrões, entre si passando por algum sistema que opera como barramento de serviços entre eles, para controlar a entrega e padronizar os sistemas; • Regras normativas • A disponibilidade dos serviços oferecidos pela empresa devem atender a regulamentações normativas internas e/ou externas como o exemplo do S.O.X. (Sarbanes-Oxley), necessário para corporações que possuem papéis negociados em bolsa de valores internacionais; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Prof. Diego Pereira <diego.pereira@ifrn.edu.br> do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 11/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Prazo x Custo x Qualidade • É de extrema importância que sejam alinhados no nível hierárquico de tomada de decisão e determinados com coerência o Custo, a Qualidade e o Prazo que se espera ter com um projeto, fazendo assim que sejam cumpridas as expectativas de todas as partes envolvidas; • Praticamente impossível realizar um projeto em um prazo muito curto devido a aquisição de materias; • Custo zero também é impraticável, caso isso ocorra, a organização está, de alguma forma, com material ocioso, seja humano, de hardware ou software;
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 12/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Utilização de Serviços Especializados • Utilizar serviços de profissionais certificados, próprios ou contratando uma consultoria, que pode ser do próprio fabricante ou de empresas particulares certificadas por estes fabricantes; • Espera-se que o projeto seja planejado por Arquitetos Especialistas nas diversas frentes abordadas no projeto, com conceitos aprofundados e, preferencialmente, certificados pelos fabricantes.
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 13/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Definições de Recursos • Para se definir como será criada a rede, os Arquitetos especialistas envolvidos deverão gerar, a partir dos requisitos levantados nas Reuniões Técnicas Avançadas, dois documentos: • 1) HLD (High Level Design) demonstrando em alto nível o que será instalado e se aprovado; • 2) será produzido o LLD (Low Level Design), demonstrando no detalhe as configurações a serem executadas em todos os dispositivos para o atendimento dos requisitos informados; • Aprovado este último, poderá ser iniciado o planejamento e execução do projeto.
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 14/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Planejamento de uma Rede • Uma rede é planejada em três partes: • 1) Fundação da Rede; • 2) Serviços de Rede; • 3) Serviços de Usuários;
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 15/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Fundação da Rede • Neste ponto serão considerados alguns itens de conectividades básicas: • Escritórios • Deverão ser contemplados quantos escritórios a empresa possui, quantos serão interligados e deverá ser previsto também como se dará uma expansão futura da rede; • Acessos internos e externos: • Deverão ser definidos onde existirão usuários, como é a divisão de setores da empresa e se há comunicação com o mundo externo, por exemplo, acesso à internet ou comunicação com parceiros de negócio e/ou fornecedores; • São contempladas neste item questões de quantidade de usuários por segmento de rede, quem pode comunicar com quem e como se dará esta comunicação, pois poderemos ter comunicações físicas (com fios) ou wireless (sem fios); • Redundância e Resiliência: • Definição se existirá ou não redundância de acesso em todas as conexões, ou só nas críticas ao negócio. Também deverá ser definido o prazo para que os serviços requeridos voltem a operar normalmente ou gradualmente, criando priorizações. O mesmo se aplica aos escritórios externos; • Gerência de Rede • Deve ser definido se as equipes de gerência da rede serão centralizadas ou distribuídas e se terá acessos remotos para profissionais da empresa e de terceiros, bem como, a forma pela qual se darão estes acessos. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Prof. Diego Pereira <diego.pereira@ifrn.edu.br> do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 16/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Serviços de Rede • Para que as soluções tecnológicas utilizadas no negócio da empresa possam funcionar atendendo a requisitos de negócio, de acesso, de funcionalidade ou de operação da rede, se faz necessário instalar alguns serviços que são funcionalidades providas por algum equipamento ou sistema adicional; • Nesta adição de serviços deverão ser previstos os Serviços Básicos de rede e Serviços Específicos de rede, levantados na fase inicial de planejamento, focados em atender alguma característica ou condição estabelecida; • Todos estes serviços precisam contemplar a capacidade atual e expansão futura da rede, mesmo que novos investimentos precisem ser feitos gradualmente;
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 17/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Serviços de Rede • Serviços Básicos de Rede; • Serviços são necessários independentes das soluções tecnológicas a serem implantadas para atender ao negócio. Exemplos: • DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol); • DNS (Domain Name System) • Serviços Específicos de Rede; • Serviços que atendam a requisitos de negócio ou até de sobrevivência da empresa. Normalmente, requerem profissionais capacitados para instalar e configurar; • Balanceamento de Carga; • Segurança; • Virtualização; • Entre outros;
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 18/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Serviços de Usuário • Estes serviços são os sistemas que os usuários utilizam para poder gerar negócio ou manter o negócio da empresa. Eles podem ser divididos em: • Serviços Básicos de Usuários: são serviços indispensáveis (na maioria dos casos) no dia- a-dia dos usuários e da rotina interna das empresas, como: • Messenger; • Correio Eletrônico; • Serviços Específicos de Usuários: Estes serviços podem ser implantados para atender aos requisitos específicos obtidos na fase inicial do planejamento, e que são necessários profissionais altamente qualificados para instalar e configurar, como: • Aplicativos Comerciais, tais como folhas de pagamento; • Videoconferência; • Telefonia IP;
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do Rio Grande do Norte – Campus Parnamirim 19/20 http://docente.ifrn.edu.br/diegopereira Referências BIRCHLER, J. C. P. Planejamento de Redes. Disponível em: <https://goo.gl/24aBxB> Acesso: 26 set 2016.
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