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Técnico Subsequente em Rede de Computadores

Planejamento e Projeto de Redes de Computadores (PPRC)

Aula 02 – Planejamento e Projeto de Redes de Computadores


Visão Geral

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Objetivos
• Explicar alguns detalhes técnicos, em uma visão de alto
nível, de como são planejadas as redes de computadores,
como são feitas algumas análises de requisitos para sua
construção de forma que os usuários façam uso dela de
forma transparente;

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Introdução
• Os usuários desconhecem os detalhes de infraestrutura e
software necessários para o funcionamento adequado das
redes de comunicação;
• Exigem um desempenho aceitável que não comprometa
suas atividades, principalmente ao tratar-se de redes
corporativas;
• Quem é responsável por isso?

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Definição de Tecnologia da Informações
• O que é T.I.?

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Definição de Tecnologia da Informações
• Tecnologia da Informação (TI) é a infraestrutura
organizada de hardware, software, banco de dados e redes
de telecomunicações, que permite manipular, gerar e
distribuir dados e informações ao longo dos seus usuários
(empresas ou pessoas) (Afrânio Miglioli, 2007).
• Conjunto de atividades e soluções providas por recursos
computacionais que visam permitir a obtenção, o
armazenamento, o acesso, o gerenciamento e o uso de
informações;
• A informação é um patrimônio;

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Definição de Projeto de Rede
• Projeto é um empreendimento único e não repetitivo, de
duração determinada, formalmente organizado e que
congrega e aplica recursos visando o cumprimento de
objetivos pré-estabelecidos (Darcy Prado);
• Como seria um projeto de rede? O que pode ser levado em
consideração para sua criação?

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Considerações Básicas
• Diversos itens podem ser considerador ao tratar-se de um projeto de redes,
tais como:
• Construção civil;
• Mobiliários (mobília);
• Segurança física e patrimonial;
• Questões de RH (Recursos Humanos);
• Capacitação;
• Contratações;
• Custos;
• Prazos;
• Tipos de dados que irão transitar na rede (Setor de T.I);
• Entre outros;

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Área de Tecnologia da Informação (T.I.)
• Toda requisição de novos projetos que utilizam recursos tecnológicos
devem passar pela área de T.I. que pode ser estruturada de duas
formas:
• T.I. Forte
• Possui dentro da área de T.I. diversas equipes,porém o foco será apenas
aquela que cuida da entrada de projetos, possuindo Analistas Funcionais,
Arquitetos de Soluções ou Especialistas que fazem a análise dos requisitos
e entendem como o projeto de negócio deverá ser absorvido pela T.I. Este
modelo se aplica a empresas que possuem um volume de projetos muito
grande para justificar o custo de muitos profissionais;
• T.I. Fraca
• Área de T.I. muito simples, resolve pequenos problemas do dia-a-dia,
deixando para projetos grandes, que são eventuais, a contratação de
consultorias e/ou outras empresas com profissionais mais especializados.

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Requisitos de Projeto
• Os requisitos do projeto são efetivamente as necessidades
dos usuários da área solicitante e das áreas de T.I.;
• O objetivo deste levantamento é subsidiar o planejamento
evitando que ocorram retrabalhos onerosos e demorados,
podendo prejudicar a qualidade, o prazo, ou ainda que não
funcione algum serviço ou sistema;
• Necessárias reuniões para discutir e documentar os
requisitos explícitos ou implícitos necessários aos sistemas
que serão utilizados pelo negócio e aos recursos
tecnológicos aplicados à rede que está sendo criada;

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Requisitos de Projeto
• Tipos de Reuniões
• Reuniões Funcionais
• Representantes das áreas de negócio com os Analistas Funcionais da área de T.I., que
interpretarão as necessidades informadas em linguagem de negócio para linguagem de
T.I., podendo até negociar o uso de sistemas já existentes para resolver a necessidade,
precisando neste caso, apenas algumas customizações para atendimento aos requisitos;
• Reuniões Técnicas iniciais
• Analistas de Negócio e os Arquitetos especialistas em Hardwares e Softwares, que são
capacitados e conhecedores dos padrões existentes de softwares e hardwares da
corporação e que saibam do direcionamento técnico que a T.I. precisa ter no futuro em
curto, médio e longo prazo. Nesta reunião define-se o caminho tecnológico a ser seguido.
• Reuniões Técnicas avançadas
• Arquitetos especialistas em Hardwares e softwares com os Arquitetos dos fornecedores
da solução a ser implantada. Poderão ser desencadeadas reuniões adicionais, dependendo
da solução e das características de cada empresa;

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Exemplos de Requisitos
• Existem diversos tipos de requisitos, alguns básicos e alguns específicos das
soluções utilizadas, mas muitos são particulares de certas corporações,
exemplos:
• Recuperação de desastres:
• Todos os sistemas e serviços oferecidos pela T.I. devem ser redundantes e possuir a
capacidade de voltar a operar em pouco tempo;
• Virtualização
• Funcionar, preferencialmente, em ambiente virtualizado;
• Barramento de Serviços
• Todos os sistemas devem trocar mensagens, dentro de certos padrões, entre si
passando por algum sistema que opera como barramento de serviços entre eles,
para controlar a entrega e padronizar os sistemas;
• Regras normativas
• A disponibilidade dos serviços oferecidos pela empresa devem atender a
regulamentações normativas internas e/ou externas como o exemplo do S.O.X.
(Sarbanes-Oxley), necessário para corporações que possuem papéis negociados em
bolsa de valores internacionais;
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Prazo x Custo x Qualidade
• É de extrema importância que sejam alinhados no nível
hierárquico de tomada de decisão e determinados com
coerência o Custo, a Qualidade e o Prazo que se espera ter
com um projeto, fazendo assim que sejam cumpridas as
expectativas de todas as partes envolvidas;
• Praticamente impossível realizar um projeto em um prazo
muito curto devido a aquisição de materias;
• Custo zero também é impraticável, caso isso ocorra, a
organização está, de alguma forma, com material ocioso,
seja humano, de hardware ou software;

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Utilização de Serviços Especializados
• Utilizar serviços de profissionais certificados, próprios ou
contratando uma consultoria, que pode ser do próprio
fabricante ou de empresas particulares certificadas por
estes fabricantes;
• Espera-se que o projeto seja planejado por Arquitetos
Especialistas nas diversas frentes abordadas no projeto,
com conceitos aprofundados e, preferencialmente,
certificados pelos fabricantes.

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Definições de Recursos
• Para se definir como será criada a rede, os Arquitetos especialistas
envolvidos deverão gerar, a partir dos requisitos levantados nas
Reuniões Técnicas Avançadas, dois documentos:
• 1) HLD (High Level Design) demonstrando em alto nível o que será
instalado e se aprovado;
• 2) será produzido o LLD (Low Level Design), demonstrando no detalhe
as configurações a serem executadas em todos os dispositivos para o
atendimento dos requisitos informados;
• Aprovado este último, poderá ser iniciado o planejamento e
execução do projeto.

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Planejamento de uma Rede
• Uma rede é planejada em três partes:
• 1) Fundação da Rede;
• 2) Serviços de Rede;
• 3) Serviços de Usuários;

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Fundação da Rede
• Neste ponto serão considerados alguns itens de conectividades básicas:
• Escritórios
• Deverão ser contemplados quantos escritórios a empresa possui, quantos serão interligados e
deverá ser previsto também como se dará uma expansão futura da rede;
• Acessos internos e externos:
• Deverão ser definidos onde existirão usuários, como é a divisão de setores da empresa e se há
comunicação com o mundo externo, por exemplo, acesso à internet ou comunicação com
parceiros de negócio e/ou fornecedores;
• São contempladas neste item questões de quantidade de usuários por segmento de rede, quem
pode comunicar com quem e como se dará esta comunicação, pois poderemos ter comunicações
físicas (com fios) ou wireless (sem fios);
• Redundância e Resiliência:
• Definição se existirá ou não redundância de acesso em todas as conexões, ou só nas críticas ao
negócio. Também deverá ser definido o prazo para que os serviços requeridos voltem a operar
normalmente ou gradualmente, criando priorizações. O mesmo se aplica aos escritórios
externos;
• Gerência de Rede
• Deve ser definido se as equipes de gerência da rede serão centralizadas ou distribuídas e se terá
acessos remotos para profissionais da empresa e de terceiros, bem como, a forma pela qual se
darão estes acessos.
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Serviços de Rede
• Para que as soluções tecnológicas utilizadas no negócio da empresa
possam funcionar atendendo a requisitos de negócio, de acesso, de
funcionalidade ou de operação da rede, se faz necessário instalar
alguns serviços que são funcionalidades providas por algum
equipamento ou sistema adicional;
• Nesta adição de serviços deverão ser previstos os Serviços Básicos de
rede e Serviços Específicos de rede, levantados na fase inicial de
planejamento, focados em atender alguma característica ou condição
estabelecida;
• Todos estes serviços precisam contemplar a capacidade atual e
expansão futura da rede, mesmo que novos investimentos precisem
ser feitos gradualmente;

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Serviços de Rede
• Serviços Básicos de Rede;
• Serviços são necessários independentes das soluções tecnológicas a serem
implantadas para atender ao negócio. Exemplos:
• DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol);
• DNS (Domain Name System)
• Serviços Específicos de Rede;
• Serviços que atendam a requisitos de negócio ou até de sobrevivência da empresa.
Normalmente, requerem profissionais capacitados para instalar e configurar;
• Balanceamento de Carga;
• Segurança;
• Virtualização;
• Entre outros;

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Serviços de Usuário
• Estes serviços são os sistemas que os usuários utilizam para poder gerar negócio
ou manter o negócio da empresa. Eles podem ser divididos em:
• Serviços Básicos de Usuários: são serviços indispensáveis (na maioria dos casos) no dia-
a-dia dos usuários e da rotina interna das empresas, como:
• Messenger;
• Correio Eletrônico;
• Serviços Específicos de Usuários: Estes serviços podem ser implantados para atender
aos requisitos específicos obtidos na fase inicial do planejamento, e que são
necessários profissionais altamente qualificados para instalar e configurar, como:
• Aplicativos Comerciais, tais como folhas de pagamento;
• Videoconferência;
• Telefonia IP;

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Referências
BIRCHLER, J. C. P. Planejamento de Redes. Disponível em:
<https://goo.gl/24aBxB> Acesso: 26 set 2016.

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