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COVID-19, OUTROS MALES E O FIM DOS BLOQUEIOS

por José Carlos parente de Oliveira

Covid-19 e Outros Males

SARS-CoV-2 e Covid-19 serão mesmo os “inimigos” que colocaram a humanidade de


joelho, paralisada e amedrontada?

O que, de fato, assistimos atônitos: um experimento social, político e econômico em


escala mundial? o imitar inconsequente e em cadeia do que se acredita verdadeiro? a
demonstração de governantes ávidos para “mostrar serviço”? Qualquer que seja a
resposta, ela é desprovida de fundamento e proporcionalidade.

Em todo o mundo, em todos os países, em todas as cidades, em todos os bairros as


pessoas estão presas em suas casas – solidariamente juntas. Os princípios e
fundamentos da democracia sucumbiram a líderes tacanhos: se foram ao “espaço” os
direitos, as liberdades gerais e as liberdades individuais; a privacidade pessoal; a
responsabilidade de cuidar de si e da família.

Porque estamos atônitos com a velocidade com que o SARS-CoV-2 se espalhou no


mundo, quando todos sabem que a resposta é uma das maravilhas da tecnologia que
salva vidas: o avião. Porque estamos atônitos sobre o porquê de as grandes
metrópoles sucumbirem tão rapidamente: a resposta é outra grande maravilha, que
também salva vidas - o metrô, o transporte público mais eficiente.

Por que e até quando este modo desafiador de viver apartados da comunidade
persistirá? Por que não renovamos nossa insensibilidade também com a Covid-19?
Por quanto tempo demonstraremos tanta “solidariedade”?

Qual solidariedade tantos se refere? A solidariedade dos que dividem o mesmo teto?
Bem ou mal, essa já existia.

O mundo normal é insensível e não solidário.

O worldmeters anuncia a cada segundo o número mundial de mortos pela Covid-19.


Agora já são 346.877 mortos, e as autoridades continuam a ordenar “fiquem em casa”,
“seja solidário”, amparadas na força da mídia, na força da polícia e na fraqueza do
povo, e não na legitimidade que o número de mortos de Covid-19 aparenta impor.

Solidários? Que nada.

O mesmo worldmeters, na aba ao lado, anuncia: até neste segundo, desde


00h00min01s de 2020, morreram 5.116.183 pessoas por doenças transmissíveis, tal
qual ou pior que o SARS-CoV-2; já morreram 668.993 pessoas da lucrativa doença
HIV/AIDS, mas o mercado do “coquetel” não tem do que reclamar – 41.815.662
pessoas foram infectadas por HIV/AIDS. Isso sem contar os milhões que morreram de
infarto e câncer.

A privação da liberdade, que muitos repetem ser necessária, está contribuindo


decisivamente para que mais e mais pessoas se matem – até agora as mortes por
suicídio superam as mortes por Covid-19 em 79.897 mortes! E por quê? O
aconselhamento e as avaliações de saúde mental foram drasticamente reduzidos,
quando não extintos. E a “justificativa” é igual à “desculpa” para as medidas de
restrições mundo afora: "decisões difíceis" devem ser tomadas em nome da vida!

Os carros não foram retirados da rua, nem por um mísero segundo, mas já morreram,
até agora, em ruas e estradas do mundo 190.346 pessoas a mais que as mortas por
Covid-19.
De todos os “mantras” repetidos freneticamente, o que soa mais perverso, apesar de
higiênico, é o lave as mãos!

Águas contaminadas e poluídas matam tanto quanto a Covid-19! E isto há anos a fio.

Por não lavarem as mãos, mais de 800 milhões morrerão de Covid-19?

Decididamente, a razão, o objetivo para as restrições de liberdade não é salvar vidas,


tampouco tornar o mundo mais solidário. Notadamente, a ética e a transparência
dessas decisões não se mostraram evidentes.

Covid-19 e o Fim dos Bloqueios

Uma questão que se mostra mais e mais ao público: as medidas draconianas de


bloqueio à liberdade de ir e vir e de trabalhar surtiram efeito prometido? As respostas
negativas começam a despontar, aqui e ali, para desesperos de governos e
governantes.

Aos governantes que decretaram os bloqueios, assim como aqueles que os


auxiliaram, cabia mostrar e provar à sociedade a justeza e a eficiência de suas
medidas – a sociedade continua esperando...

Como provas não chegaram, e há um movimento de governos tentando prolongar o


sofrimento e o desespero de milhões, começam a surgir estudos mostrando a
ineficiência dos bloqueios. Os bloqueios ao SARS-CoV-2 falharam em tentar alterar o
curso da pandemia, contudo foram muito eficientes em destruir milhões de empregos e
subempregos.

1.

Um estudo recente. Este estudo mostra uma queda nas taxas de infecção após a
suspensão dos bloqueios, sugerindo que o vírus "provavelmente tem sua própria
dinâmica, que não está relacionada às medidas de bloqueio frequentemente
inconsistentes.”.
Esta dinâmica pode estar muito mais ligada a duas varáveis não consideradas nos
modelos: o aumento da medida higiênica de lavar as mãos e os padrões climáticos – o
papel da segunda variável tem-se mostrado na África, que está pouco atingida pela
Covid-19, apesar de se ter como certa a devastação que por lá se abateria.

(https://www.dailymail.co.uk/news/article-8347635/Lockdowns-failed-alter-course-
pandemic-JP-Morgan-study-claims.html)

2.

Outro estudo realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados
Unidos admite que a razão de mortalidade da Covid-19 é semelhante à razão de
mortalidade da Gripe Asiática ocorrida em 1957-1958, que dizimou entre 77.000 e
116.000 nortes americanos, e causou a morte entre 1 e 2 milhões pelo mundo. Mas,
diferentemente desta epidemia a Covid-19 tem atingido os mais idosos e com outra
doença. Na pandemia de 1957-1958, apesar de mais devastadora que a da Covid-19,
não ocorreu bloqueios!

https://www.cdc.gov/flu/pandemic-resources/1957-1958-pandemic.html

3.

Dois americanos desejaram saber se bloqueios funcionam para combater a


propagação do Covid-19. Eles quantificaram o número de mortes por milhão de
habitantes em cada estado, em um período fixo de 21 dias. O gráfico obtido (número
de mortes por milhão versus dias para o bloqueio, onde o dia 0, quando se tem uma
morte/1M) não mostrou qualquer correlação (r2 = 0,05!). Ou seja, não existe qualquer
relação entre número de mortes e tempo para aplicar o bloqueio. A ampla variação no
número de mortes por milhão parece indicar que variáveis como densidade
populacional ou uso do metrô são mais importantes.

Os cálculos repetidos levando-se em conta as taxas de mortalidade versus a


densidade populacional mostraram um coeficiente de correlação de 0,44, sugerindo,
por exemplo, que Nova York pode ter tido algum benefício com o bloqueio.

Uma comparação com a Suécia - 80 mortes por milhão e sem paralisação e


desemprego em massa - mostrou que a sua taxa de mortalidade é menor do que a
dos sete estados norte-americanos mais atingidos - Massachusetts, Rhode Island,
Louisiana, Connecticut, Michigan, Nova Jersey e Nova York.

A Suécia não fechou lojas, restaurantes e a maioria das empresas e sua taxa de
mortalidade é comparável à França e menor que a da Itália, Espanha e Reino Unido. A
Suécia poderá provar que muitos aspectos do bloqueio em muitos países foi um erro e
uma ineficiência que os devastou economicamente.

https://www.wsj.com/articles/do-lockdowns-save-many-lives-is-most-places-the-data-
say-no-11587930911

4.

Estudos do Escritório Nacional de Estatística do Reino Unido afirma que todo ano,
cerca de 600.000 pessoas morrem no Reino Unido, sendo os frágeis e idosos os que
correm maiores riscos, quer estejam ou não com Covid-19.

Quase 10% dos habitantes do Reino Unido pessoas com mais de 80 anos morrerão
no próximo ano, Dr. Sir Spiegelhalter, da Universidade de Cambridge, e o risco de
morrerem se infectadas com coronavírus é quase exatamente o mesmo.
"Muitas pessoas que morrem de Covid-19 teriam morrido de qualquer maneira dentro
de um curto período", afirmou Dr. David. As chances de morrer a partir dos 30 são
muito semelhantes.

https://www.bbc.com/news/health-51979654

O LOCKDOWN NÃO ACHATOU A CURVA, ELE PISOTEOU AS PESSOAS.

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