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Autarquia educacional de afogados da Ingazeira- AEDAI

Faculdade do sertão do Pajeú- FASP

Ingrid Islanny Nunes de Lima1

EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA E IGUALDADE DE GÊNERO NO BRASIL E EM


PORTUGAL: UM ESTUDO COMPARATIVO SOBRE AS POLITICAS PÚBLICAS
EDUCACIONAIS E O FAZER DIÁRIO EM ESCOLAS PÚBLICAS

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RESUMO

O referente e trabalho tem como objetivo mostrar um estudo feito a partir do


levantamento de conhecimentos históricos, sobre a política de Dom Pedro II no
Brasil, a educação de Portugal em correlação a educação do Brasil em relação a
igualdade de gênero e suas especificação dentro e fora do contexto escolar.
Perceber também como os mecanismos educacionais são construídos para que os
professores possa trabalhar essa igualdade de gênero, e se os mesmos recebem
formação adequada para construção da cidadania na busca por igualdade nas
relações de gênero.

Palavras-chaves: Educação. Dom Pedro II. Igualdade de gênero. Política. História.

RESUMO
PALAVRAS – CHAVES:

A HISTORIOGRAFIA DA POLÍTICA PÚBLICA EDUCACIONAL NO BRASIL E EM


PORTUGAL: DISCUSSÕES PARA UMA PEDAGOGIA DE RELAÇOES DE
GÊNERO

A ESCOLA PÚBLICA EM PORTUGAL


A ESCOLA PÚBLICA NO BRASIL
No século XIX, o Brasil foi governado por Pedro de Alcântara João Carlos
Salvador Bebiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Gonzagal,
mais conhecido por Dom Pedro II, nascido em 2 de dezembro de 1825, natural da
cidade do Rio de Janeiro, sétimo filho de dom Pedro I e da imperatriz Maria
Leopoldina. Ficou órfão de sua mãe com um ano de idade , aos cinco anos de idade
foi deixado pelo o seu pai, por abdicação de Dom Pedro I do seu reinando, desse
modo o D. Pedro II foi educado e preparado para assumir o trono seu por direito
pelos os regentes daquela época, conforme explica Lyra (1977, p. 275).

Ficou sob a responsabilidade da sua aia Dona Mariana de Verna


Magalhães Coutinho4 que, em 1844, tornou-se a Condessa de
Belmonte. Os princípios da moral cristã que mais tarde norteariam o
caráter de Dom Pedro II, prossegue Lyra, foram nele incutidos por
esse “anjo protetor”.

Dom Pedro II, desde de muito novo teve interesse nos estudos o que o
tornava racional e muito consciente do seu papel enquanto imperador. Como
escreve Pimentel (1925, p. 23), D. Pedro II, mostrou interesse pelos estudos Antes
de completar seis anos de idade, já dominava as línguas escritas portuguesa e
inglesa, e estava aprendendo a língua francesa e a gramática.
A educação naquele época era fornecida a partir da sua posição social ou
cultural que lhe posta, como por exemplo, a educação que era dada a dom Pedro II
era regalias de um príncipe visto como um pessoa que necessitava de aprende tudo
e muito mais.
A educação do Imperador, conforme Lyra (1977, p. 46), era bem diversa, visto
que um pouco de tudo lhe era ensinado:
[...] Ciências Físicas e Naturais, Literatura, Religião; um pouco de
Música, de Desenho, de Dança; Geografia e História; as Matemáticas
elementares. E as línguas: Português, bem entendido; Francês,
Inglês e Alemão; e o Latim e o Grego, indispensáveis, então, a todo
curso de Humanidades. No estudo das línguas, unicamente, é que a
sua educação era mais severa. Aliás, ele revelaria desde cedo uma
grande propensão para tais estudos [...].

Portanto mesmo com tanto conhecimentos de diversas áreas, o imperador


sempre deixou claro que tinha sua paixão individual por linguagem e ciência. Como
deixa muito claro o próprio Pedro II quem diz: “[...] sou dotado de algum talento. Mas
o que sei devo principalmente à minha aplicação; a leitura, o estudo [...]. Nasci para
consagrar-me às letras e às ciências [...].” (PEDRO II apud MAURO, 1991, p. 184).

O segundo reinando foi uma época de muitos acontecimentos no Brasil, o


mesmo foi comandando por Dom Pedro II, o que veio de início do golpe da
maioridade em 1840 o qual antecipou a maioridade de D. Pedro II Permitindo o
próprio a governar o Brasil aos seus 14 anos de idade
“[...] viva o imperador, viva D. Pedro II”, gritava na praça a multidão.
O menino, de pé sobre uma poltrona, trazia na mão um lenço e sua
ama Mariana lhe dizia ao ouvido: “[...] cumprimente, cumprimente”. E
ele acenava com o lenço para o povo reunido. (ENCICLOPÉDIA
GRANDES PERSONAGENS, 1978, p. 218).
Desse modo foi dada a largada para o adolescente D. Pedro II governar as terras brasileiras, o

próprio conduziu o país até 1889, o que pode-se dizer que diversas mudanças aconteceram
na sociedade Brasileira naquele período.

Um desses acontecimentos de maior destaque foi a consolidação(1840-


1850), nesse fio de tempo o imperador D. Pedro II buscava firmeza em seu partido,
tendo como objetivo a pacificação na política no Brasil e seus grupos políticos.
Nos dez primeiros anos de seu reinado, o imperador ajustou a consolidação
em sua posição enquanto governante de um império na busca de conter as disputas
políticas existentes entre liberais e conservadores que naquela época viviam de
brigas e atropelos, o qual levou D. Pedro II a tomar uma das medidas mais
importantes tomadas até então, a imposição de um modelo conhecido
por parlamentarismo às avessas.
Parlamentarista às avessas foi a forma em que D. Pedro II viu para pacificar a
relação entre os liberais e os conservadores. Nesse figurino, D. Pedro II nomeava os
membros do gabinete ministerial de acordo com o poder que era lhe atribuído pelo
grupo Moderador. Ele mesmo escolhia o primeiro ministro, e o “chefinho” do
parlamento e depois disso era que ocorria a eleição para eleger os deputados
baseado nos que foram escolhidos pelo o próprio D. Pedro II. Com isso o imperador
conseguiu uma instabilidade interna, porém o Brasil comprou uma briga com os
países externos gerando uma série de conflitos com a Inglaterra uma relação muito
conturbada no meados do século XIX. O motivo para tal acontecimento foi por
questões diplomatas que estava prejudicando as relações comerciais e econômicas
brasileiras, motivo qual levou ao Brasil a prender um navio do império britânico, o
que resultou no fim das relações com Inglaterra. Em base de tudo isso a Inglaterra
se viu no dever de se vigar do Brasil criando a lei Bill Aberdeen que era nada menos
do que acabar com a escravidão, o que de tal forma gerou uma guerra entre ambos
países. O brasil era extremamente dependente da escravidão, o que com abolição
escravocrata geraria uma enorme rachadura no sistema econômico brasileiro, mas
com as ameaças da Inglaterra de afundar quais quer que seja navio negreiro, D.
Pedro II se viu obrigado abolir a escravidão, e daí surgiu a Lei Eusébio de Queirós a
qual decretou a proibição do tráfico negreiro no Brasil a partir do ano de 1850,
resultando no fim da escravidão no Brasil de maneira concreta. Portanto como o
Brasil era muito dependente da mão escrava, o imperador D. Pedro II teve a ideia
de acabar com a escravidão, porém de modo vagaroso, então foi criando leis que
rematasse como, a Lei do Ventre Livre (1870),  Lei dos Sexagenários (1884). Dessa
forma a mão escravocrata passou ser mais cara e rara, mas ainda continuava
existindo, precisamente nas grandes propriedades de latifúndios. A lei áurea surge
em 1888 com a finalidade de acabar assim definitivamente com escravidão no
Brasil.
Um dos mais importantes acontecimentos do Brasil, e um divisor de águas na
história do Segundo Reinado foi a famosa Guerra do Paraguai ou Tríplice Aliança
que ocorreu de dezembro de 1864 a março de 1870. Essa batalha foi causado pelo
choque de interesses entre Brasil, Argentina e Uruguai com o que governava o
Paraguai, a qual se deu início a partir de dois atos de agressão realizados pelo
Paraguai: aprisionamento da embarcação Marquês de Olinda e invasão da província
do Mato Grosso, acontecimentos esses que levaram essa guerra tão sangrenta e
violenta. Assim então o Brasil com cinco anos de conflitos com o Paraguai e os
demais países envolvidos, saiu vitorioso, porém muito enfraquecido
economicamente falando por questões negativas, como o corte de relações
econômicas com a Inglaterra, perca de várias pessoas, mortes muito sangrentas e
de tal forma a posição de D. Pedro II se deu como morta.
O Brasil passou até sua única fonte de rendimento depois dessa guerra que
foi o café. A economia cafeeira estruturou-se numa época de crise econômica e
financeira sem receber incentivos do capital externo por o motivo da briga do Brasil
com os países que éramos dependentes financeiramente. A primeira grande região
produtora de café foi o vale do Paraíba com basicamente a mesma estrutura dos
engenhos coloniais, grandes agricultoras, latifúndios etc. Até 1880 a região do Vale
do Paraíba foi a maior produtora de café, mas a partir de então perdeu seu lugar
para fazendeiros do sul, que de um modo geral apresentavam uma visão mais
dinâmica dos seus negócios. Seus fazeres agrícolas eram mais modernas, se
Utilizavam de arado e máquinas de beneficiamento perfeito no tratamento do café,
além de utilizarem a algum tempo o trabalho assalariado de imigrantes em
substituição à mão de obra escrava. Ao contrário do vale do Paraíba que até então
ainda se beneficiava da exploração do negros que Vieram do Nordeste, o que de
certa forma ainda permanecia a escravidão.
Pouco a pouco a comercialização do café foi se introduzindo e modificando a
estrutura do país, como a modernização dos portos, a construção de grandes
ferrovias, a ampliação do sistema bancário e a troca do trabalho escravo pelo
assalariado, dando início a um tímido processo de industrialização acelerado pela lei
Alves Branco, que nada mais era que oferecer uma proteção econômica para o
Brasil. As Tarifas Alves Branco foram projetadas oficialmente 1844 com o intuito de
oferecer uma proteção aduaneira, ou melhor, controlar as mercadorias importadas e
exportadas, dando mais renda ao Brasil com dinheiro de impostos, como por
exemplo, se os países pagava 15% de impostos de produtos importados com a lei
Alves Branco pagaria 30% ou 60% dando maior controle e rendimento à indústria
brasileira por seguinte aumentar as receitas do Império, pois o Brasil arrecadaria
mais com impostos e consequentemente a mercadoria ficará mais barata, as
pessoas vão passar a comprar mais os produtos brasileiro incentivando assim a
produção interna.

Como cita o Ministro Paulino José Soares de Souza Sobre lei Alves Branco.

Vós resolvereis, senhores, sobre o merecimento economico


da medida adoptada por aquella lei, e se seus effeitos
correspondem aos fins que teve em vista—augmento de
renda e protecção à indústria do paíz. (1850. p. 12).

Era Mauá (1850-1870), foi um grande acontecimento no Brasil a respeito da


industrialização, o grande responsável foi o Barão de Mauá. Seu empreendedorismo
deu nome a Era Mauá no século 19 no Brasil, especificamente no Segundo Reinado,
que era governado governo de Dom Pedro II.
A era Mauá foi responsável por toda o desenvolvimento na econômica do
Brasil naquela época. O barão com toda sua ousadia e empreendedorismo, trouxe
investimentos em bancos centrais, a construção de indústria naval imperial que
cresceu muito, além de barcos desenvolveram máquinas a vapor, armas, canos para
a rede hidráulica, máquinas para agricultura.
Esses exemplos ilustram a relação de Mauá com o Estado e como o
ideal capitalista inglês se concretizava nos limites do Brasil. A
dependência relativa que seus negócios tinham do Estado e as
restrições à concorrência não combinavam com o discurso da livre
iniciativa individual e do liberalismo de maneira mais ampla, embora
Mauá sempre as justificasse por meio da identificação de seu
interesse individual com o interesse do império. A compreensão
desse paradoxo no caso de Mauá reside, a nosso ver, primeiro, no
choque entre os princípios liberais e a realidade da economia
brasileira. Não seria possível aplicá-los imediatamente numa
economia escravista e numa sociedade de Corte. Em seguida, seria
preciso considerar o interesse específico de Mauá em cada negócio.
O liberalismo de Mauá extraído de sua Autobiografia era
eminentemente pragmático e como tal eivado de contradições.
(COSENTINO; GAMBI, 2017, p.8).

Portanto a Era Mauá foi um grande surto na economia brasileira Mauá foi
responsável por grandes empreendimentos socias como a primeira ferrovia
brasileira ligando o Rio de Janeiro a Petrópolis, a companhia de navegação a vapor
do Rio Amazonas, o serviço de iluminação a gás do Rio de Janeiro, além de Mauá.
No entanto Mauá faliu, na maior parte, por questão do descaso da política que não
época era segundo império comandado por Dom Pedro II que mais o interessava
era o comércio do café que não tinha interesse em desenvolvimento em áreas
industriais no país em qual governava.
Referências

https://youtu.be/Nir4-ql0U6s
https://m.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/segundo-reinado-1840-1889.htm

BRASIL. Ministério dos Negócios Estrangeiros. Relatório do anno de 1849 apresentado a Assembléa
Geral Legislativa na 1ª sessão da 8ª legislatura. Rio de Janeiro: Typographia Imperial e Constitucional
de J. Villeneuve e Comp., 1850. p. 12.

ENCICLOPÉDIA GRANDES PERSONAGENS: História do Brasil. 4. ed. São Paulo: Abril Cultural,
1978. v. II

GAMBI, Thiago Fontelas Rosado; COSENTINO, Daniel do Val. As ideias de Mauá sobre o
progresso econômico, a moeda e o crédito, e o câmbio (1860-1878).

LYRA, Heitor. História de Dom Pedro II – 1825 a 1891. São Paulo: EDUSP, 1977. v. 1 e 2.

MAURO, Fredéric. O Brasil no tempo de Dom Pedro II: 1831-1889. São Paulo: Cia. das
Letras,1991.

PIMENTEL, Mesquita. Biografias de brasileiros ilustres. D. Pedro II, seu caráter, seu governo
sua influência sobre a política e os costumes de seu tempo. Petrópolis: Papelaria Silva,
Commissão do Centenário de D. Pedro II, 1925.

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