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2005
Autoria de Carlos Osvaldo Pinto
A. A Pré-História do Egito
B. Cronologia Dinástica do Egito
C. O Período Proto-Dinástico e o Reino Antigo
D. O Primeiro Período Intermediário
E. O Reino Médio
F. O Segundo Período Intermediário
G. O Reino Novo
H. O Reino Novo - Período de Amarna
I. O Reino Novo - Declínio
J. A Religião Egípcia
III. OS HITITAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
A. Origens
B. O Reino Antigo
C. O Período Intermediário
D. O Império
E. Cultura e Religião
IV. OUTROS POVOS DO ORIENTE MÉDIO ANTIGO . . . . . . . . . . . . . . . . 32
A. Os Assírios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
1. O reino antigo
2. O reino médio
3. O reino novo
B. Os Hurrianos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
C. Os Elamitas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
D. Os Cananeus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
E. Os Amorreus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
F. Os Filisteus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
G. Os Arameus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
H. Os Caldeus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
I. Os Medos e Persas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
V. O PERÍODO INTERTESTAMENTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
A. Contexto Político . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
1. O domínio persa sobre a Palestina
2. O domínio macedônio sobre a Palestina
3. A divisão do império macedônio
4. O domínio ptolemaico sobre a Palestina
5. O domínio selêucida sobre a Palestina
6. O domínio hasmoneano sobre a Palestina
7. O domínio romano sobre a Palestina
B. Contexto Religioso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
1. Templo, sinagoga e Torâ
2. Expectativa messiânica
3. Grupos religiosos
VI. TABELAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Introdução: O Cenário e os Atores
Limitada a leste,
oeste e norte pelo Crescente
Fértil, está uma vasta região
árida que compreende a
península arábica e o deserto
da Síria, de onde tribos de
beduínos saíram de uma vida
de mera sobrevivência
nômade em busca de uma
vida mais farta nas áreas
férteis além do horizonte.
Depois de algum tempo,
abandonaram o nomadismo,
estabeleceram-se em tais regiões e absorveram a cultura à sua volta.
I. A Mesopotâmia Antiga
A. Contexto Histórico
1. Primórdios - Os Sumérios
1
Levando em conta a chamada cronologia alta, que situa o Êxodo por volta da metade do século XV
a.C.
A Mesopotâmia Antiga • 7
2
Cf. ANET, p. 73. "Aquele que viu todas as coisas até os confins da terra, que tudo experimentou e
tudo considerou ... viu o que estava escondido, expôs o que não fora revelado. Ele trouxe um relatório
do que aconteceu antes do Dilúvio, realizou uma grande viagem, cansando-se e repousando. Toda a
sua labuta ele registrou numa estela de pedra. Ele construiu a muralha da cidade murada de Uruk e
da santa Eanna o puro santuário."
3
Cf. ANET, p. 526. Os textos legais posteriores nos deixam perceber o tipo de conteúdo dessas leis.
Eram formuladas em termos casuísticos. Por exemplo: "Se [um filho] disser a seu pai e a sua mãe:
Tu não és meu pai e tu não és minha mãe,' perderá [seu direito a] casa, campo, pomar, escravos
e [qualquer outra] propriedade, e eles poderão vendê-lo [como escravo] a dinheiro por valor pleno."
8 • História do Oriente Médio Antigo
4
Cf. ANET, p. 267. "Sargão, rei de Agade, superintendente de Istar, rei de Kish, sacerdote ungido de
Anu, rei do país, grande ensi de Enlil; ele derrotou Uruk e derrubou sua muralha; na batalha com os
habitantes de Uruk ele foi vitorioso. Lugalzaggisi, rei de Uruk, ele capturou nessa batalha, trazendo-o
numa coleira até o portão de Enlil. Sargão, rei de Agade, foi vencedor na batalha contra os habitantes
de Ur, cidade que derrotou e cuja muralha derrubou ..."
5
Esta catástrofe foi explicada "teologicamente" num documento chamado "A Maldição de Agade" como
o abandono da civilização acádica pelos principais deuses (Inana, Ninurta, Enki e Utu) por causa da
atitude desafiadora de Naram-Sin, quarto regente acádico (provavelmente um dos netos de Sargão).
Cf. ANET 646-650. Naram-Sin (2254-2218 a.C.) lutou contra um povo que ele chamou de lullubi, que
talvez deva ser identificado com os gutianos
6
O Lamento pela Destruição de Sumer e Ur diz (linhas 223-4, 233): "’Ó minha cidade destruída, minha
casa destruída!', chorou ele amargamente. Eridu, a cidade que transbordava de grandes' águas foi
privada de água potável ... Os gutianos, os destruidores, nos estão esmagando ..." ANET, p. 615. A
A Mesopotâmia Antiga • 9
Parte do Código
de Ur-Nammu (2050 a.C.)
Por cerca de 150 anos ocorreram disputas entre várias forças políticas
na região. Os elamitas obtiveram uma certa hegemonia na região próxima ao Golfo
Pérsico e no atual Irã. Em Babilônia um amorreu, Sumu-abum instalou-se como
governante independente, enquanto que ao norte, a Assíria, se
afirmava como a guardiã da tradição e da herança acádica.
cronologia alta, adotada neste curso, sugere que Abraão viveu em Ur durante o período de domínio
dos gutianos.
10 • História do Oriente Médio Antigo
7
Há paralelos entre o Código de Hamurábi e o Pentateuco. Por exemplo: “Se um filho golpear seu pai,
sua mão será cortada” (lei 195); comparar com Êxodo 21.15: “Quem agredir o próprio pai ou a própria
mãe será executado” (NVI). Cf. ainda as leis 196 e 197, que são a versão mesopotâmica da lei de
talião. Via de regra, as punições bíblicas são mais severas.
A Mesopotâmia Antiga • 11
8
É intrigante essa fascinação pela conquista de Babilônia. Mursilis I levou seus exércitos a milhares de
quilômetros de sua terra para conquistar uma cidade que não poderia manter sobre seu domínio. A
resposta pode se achar no poema Enuma Elish, o épico acádico da criação, no qual encontramos a
idéia de que Babilônia fora construída pelos próprios deuses como recompensa a Marduk por sua parte
na derrota de Tiamat e na subsequente criação do universo (cf. ANET, pp. 68-69).
12 • História do Oriente Médio Antigo
B. Contexto Religioso
1. A Religião Suméria
9
Um hino a Enlil como divindade governante do universo diz: “Ó poderoso, a chuva do céu, a água da
terra estão sob teu cuidado ... Pai Enlil, que fazes crescer as plantas, que fazes crescer os grãos ... que
fazes as aves se multiplicarem nos céus, enches o mar de peixes ...” (ANET, 576). Mesmo Ninurta,
geralmente associado com a guerra, é exaltado como Deus da vegetação: “Sêmem doador da vida,
semente doadora da vida ... a ovelha deu à luz o cordeiro, pronunciarei teu nome vez após vez
[gratidão] ... no campo cresceu o rico grão ... o mar se encheu de peixe ...” (ANET, 576-577).
10
Em Babilônia, um festival de ano novo chamado akitu era celebrado durante os primeiros doze dias
do mês de Nisan; este festival comemorava a renovação da criação por Marduque e o fato dele ser rei.
Alguns estudiosos (cf. a análise Roland de Vaux, Instituições de Israel no Antigo Testamento, pp. 540-
542) sugerem que tal festividade acontecia também em Israel e que os chamados salmos do reino
messiânico (47, 93, 96-99) retratam tais festividades. O fato é que a literatura histórica e legal de
Israel não contém o menor vestígio de tais celebrações ou de adaptação sincrética desse festival
babilônico, pelo menos em termos normativos.
11
A importância de Inanna pode ser vista nas primeiras linhas de um hino a ela dedicado: “Meu pai me
deu o céu, e me deu a terra. Eu, rainha do céu sou eu! Haverá algum deus que possa competir
comigo?” (ANET, 578). Ao final deste hino há uma lista de cidades onde se reivindica a autoridade de
Inanna, o que pode sugerir alguma medida de sincretismo.
A Mesopotâmia Antiga • 13
Nanna Lua Ur
2. A Religião Acádica
Shamash Sol
Sin Lua
Tiamat Oceano
Enlil Ar
An Céu Anu
Enki Água-Sabedoria-Mágica Ea
A. A Pré-História Egípcia
O Egito antigo era, na verdade, dois reinos, o Alto Egito e o Baixo Egito.
Cada reino tinha duas capitais, uma política e outra religiosa (Necabe e Nequém;
Dep e Pê). Eventualmente esses dois reinos foram unidos sob uma só coroa
(capacete alto branco e diadema vermelho). Evidências arqueológicas sugerem que
o primeiro monarca a usar a dupla coroa do Egito unido foi Narmer, que era do Alto
Egito (sul). Foi provavelmente o seu sucessor, Menes, quem fundou Mênfis, a
capital do Reino Antigo, situada no Baixo Egito, próxima ao local onde o Nilo se abre
em seu delta.
Pouco se sabe sobre este período, que durou cerca de cem anos (2150-
2052 a.C.), a não ser que a instabilidade político-social contribuiu para um
despertamento literário sem paralelo na história do Egito.
12
Djoser, faraó da terceira dinastia, construiu a famosa "pirâmide em degraus", em Saqqara, próximo
a Mênfis. Essa pirâmide foi o protótipo das que a seguiram, ainda que com uma forma distinta.
13
ANET, p. 417.
O Egito Antigo • 19
E. O Reino Médio
G. O Reino Novo
H. O Período de Amarna
14
A narrativa desse oráculo se acha em ANET, 449. “Vê-me, olha para mim, meu filho Tutmoses! Eu
sou teu pai, Harmaquis ... Eu te darei o meu reino sobre a terra como cabeça dos viventes. Tu usarás
a coroa do sul e a coroa do norte no trono de Geb, príncipe real [dos deuses] ... As areias do deserto
se amontoavam sobre mim, mas esperei para te permitir fazeres o que está em meu coração pois
sabia que és meu filho e meu protetor.”
15
Cf. por exemplo, cartas 271 “... é forte a hostilidade contra mim e contra Shuwardata. Que o rei, meu
senhor, proteja sua terra das mãos dos apiru” e 106 “Saiba o rei, meu senhor, que o principal dos
Apiru se levantou em armas contra as terras que o deus do rei, meu senhor, me concedeu ... que o
rei me envie Yanhamu para guerrearmos efetivamente, e assim as terras do rei, meu senhor, sejam
restauradas a seus [antigos] limites!”, ANET 486-487.
O Egito Antigo • 23
que envolveu a fusão de várias divindades ligadas ao sol como objeto de adoração
exclusiva, sob o nome Aten, o disco solar.
A 20ª dinastia teve apenas reis fracos depois da morte de Ramses III.
O último deles, Ramses XI, provavelmente já não governou sobre todo o Egito, pois
um certo Herihor, reivindicou a coroa em Tebas. Enquanto isso, ao norte, Smendes,
o fundador da 21ª dinastia assumiu o poder. Foi provavelmente um dos faraós
dessa dinastia, Psusenes, que deu sua filha em casamento a Salomão. Essa
condição de fraqueza e divisão permaneceu até a chegada da 22ª dinastia, ou
dinastia líbia, inaugurada por Sheshonk (o Sisaque de 1 Reis).
J. A Religião Egípcia
16
Este quadro não pode ser de maneira alguma visto como abrangente ou definitivo. Mesmo a enéade
de deuses aqui mencionada não era a única lista de deuses maiores.
26 • História do Oriente Médio Antigo
Animal
Nome do(a) deus(a) Área de autoridade Local de Adoração
representativo
III. Os Hititas
A. Origens
Por muitos anos a Bíblia foi escarnecida por mencionar (e.g. 2 Re 7.6)
os hititas (ou heteus) como um povo capaz de influenciar batalhas. Não havia
evidência conclusiva da existência desse povo até o começo do século XX, quando
Hugo Winckler trouxe à luz milhares de inscrições e ruínas monumentais na região
de Bogazkhoy, na Turquia central. Inscrições acádicas e egípcias descobertas depois
disso mencionam a "terra de Hatti" e a "terra de Heta", respectivamente. Assim, o
que era motivo de zombaria de críticos radicais se tornou a comprovação das
palavras bíblicas.
B. O Reino Antigo
A unificação de vários clãs hititas parece ter sido resultado dos esforços
bélicos e políticos de um certo Anittas. Seus sucessores não são conhecidos e
provavelmente não houve uma dinastia estabelecida ou capital reconhecida até o
tempo de Labarnas, cujo filho adotou o mesmo nome e era conhecido como "rei de
Kussara". Foi ele quem transferiu a capital para Hattusas, e assumiu o nome de
Hattusilis. A esta altura a nobreza já havia cedido ao rei o direito de nomear seu
sucessor.
17
Alguns historiadores preferem uma origem mais ocidental para os hititas, que teriam assim cruzado
os Balcãs e caminhado para o leste em direção à Ásia Menor. (Cf. Jaan Puhvel, "Hittites",
Encyclopaedia Britannica, 11.551).
28 • História do Oriente Médio Antigo
C. O Período Intermediário
D. O Império
Sua estratégia militar e política foi tão eficiente que quando seu filho Muwattalis
subiu ao trono não teve que enfrentar a série de rebeliões provinciais que
caracterizaram a história hitita.
E. Cultura e Religião
A lei hitita era regulada por um código com cerca de duzentas leis de
natureza casuística. Dois aspectos dignos de nota são a rejeição de um espírito
vingativo e a preferência pela restituição em lugar da punição. A pena de morte era
usada para casos de estupro, incesto, bestialidade e desobediência civil.
18
As carruagens de guerra hititas eram diferentes das egípcias. Estas possuíam uma “tripulação” de
apenas dois homens – condutor e arqueiro, ao passo que as hititas eram maiores e levavam três –
condutor, escudeiro e arqueiro.
32 • História do Oriente Médio Antigo
A. Os Assírios
1. O Reino Antigo
2. O Reino Médio
Por cerca de 150 anos os assírios estiveram sob a influência, se não sob
o domínio do reino hurriano de Mitanni, de que começam a emergir sob a liderança
de Puzur-Asshur III (c. 1490-1470 a.C.). No começo do século XIV os assírios
Outros Povos do Oriente Médio Antigo • 33
aparecem em liga com o Egito contra a expansão dos hititas, mas acabam se
curvando ao imperialismo de Suppiluliumas.
Um famoso rei assírio que seguiu essa política foi Asshur-Uballit I, que
manteve suas fronteiras diante do poderio hitita e expandiu seu domínio para o
leste, chegando a invadir Babilônia (c. 1350 a.C.). Seus descendentes tiveram que
lutar em várias frentes, enfrentando tribos nômades ao norte, conquistando
território de Mitanni e tornando-se um poder que o próprio império hitita tinha que
respeitar. O monarca que realizou tais façanhas foi Salmaneser I (1265-1235 a.C.).
3. O Novo Reino
19
Esse capítulo está fora de ordem cronológica, pois as atividades diplomáticas de Bit Yakin contra os
assírios são anteriores às invasões de Senaqueribe.
36 • História do Oriente Médio Antigo
o território de Elam. Esse esforço a leste deixou o Egito livre para mais uma
rebelião, que os assírios não mais puderam debelar.
Segue-se uma lista de reis cada vez mais fracos, enquanto que a leste
crescia o poder dos caldeus em Babilônia e o dos medos além dos Montes Zagros.
A conjunção dessas forças haveria de pôr fim ao império assírio. Nínive caiu em 612
a.C., e Asshur-uballit II perdeu Harã para as forças conjuntas de Babilônia, Média
e Uman-Manda20 em 609 a.C. Quatro anos depois, na famosa batalha de Carquemis,
os últimos vestígios do império assírio desapareceram, depois de séculos de domínio
mantido à base da força e do terror.
B. Os Hurrianos
20
Esta é a designação tradicional de um grupo de tribos citas, originário das estepes da Sibéria
ocidental e Rússia meridional, entre os mares Negro e Cáspio. Eram nômades guerreiros (cavaleiros)
que gradualmente se deslocaram para a área da Mesopotâmia. Ali ajudaram os assírios durante o
cerco de Nínive pelos medos em 630 a.C., mas depois voltaram-se contra seus aliados no ataque a
Harã. Ainda no século VII a.C. invadiram a parte costeira da Palestina, e ameaçaram conquistar o
Egito, o que foi evitado por um pagamento feito por Psamético I. Séculos depois, fixaram-se na
península da Criméia, de onde comerciavam com os gregos. É a esse grupo sedentário, mas possuidor
de uma história de nomadismo que Paulo faz referência em Colossenses 3.11.
Outros Povos do Oriente Médio Antigo • 37
hititas, a oeste. O apogeu da cultura hurriana se deu entre 1470 e 1350 a.C.,
quando o reino de Mitanni foi por fim subjugado pelos hititas.
C. Os Elamitas
D. Os Cananeus
21
Ugarit era uma cidade-estado situada a norte da Síria, próximo ao Mar Mediterrâneo. Sofreu
influência dos amorreus e dos hurrianos, ficando eventualmente na órbita hitita de influência. Era um
centro comercial e cultural, de religião sincrética e língua semelhante ao hebraico.
38 • História do Oriente Médio Antigo
22
A. R. Millard, "The Canaanites", em Peoples of Old Testament Times, editado por D. J. Wiseman, pp.
36-38. Millard prefere a chamada cronologia baixa, fixando tais acontecimentos por volta de 1850 a.C.
Compare a proposta deste autor no Quadro Comparativo de Cronologia do Antigo Testamento, onde
se adota a cronologia alta.
23
Ver os gráficos de John Walton em Quadros Cronológicos do Antigo Testamento para complementar
a informação aqui oferecida.
Outros Povos do Oriente Médio Antigo • 39
Equivalente em outras
Nome da Divindade Área de Autoridade
culturas no OMA
E. Os Amorreus
F. Os Filisteus
1. Origem
Há grande debate sobre a origem dos filisteus. Gênesis afirma que eles
eram descendentes dos casluim, um grupo camita originário de Mitsrayim, ou Egito.
Amós 9.7, todavia, afirma que Caftor (Creta) é seu local de origem. O mais provável
é que ambos estejam certos.
2. Cronologia
3. Sociedade
4. História Posterior
G. Os Arameus
A referência mais antiga aos arameus data do século XXIII a.C. Vários
reis da Mesopotâmia reportam contatos hostis com bandos de nômades a quem
chamam de akhlamu. Esses nômades se estabeleceram ao norte da Mesopotâmia,
aproveitando a fraqueza momentânea dos assírios (século XI a.C.).
H. Os Caldeus
I. Os Medos e Persas
Por mais de dois séculos os medos ficaram sob dominação assíria (até
pouco depois da morte de Sargão II). É provável que os descendentes de um certo
Deioces, levado cativo por Sargão II tenham conseguido recuperar sua liberdade
com o enfraquecimento do império assírio. Com o passar do tempo, os medos foram
novamente conquistados, desta vez pelos citas, que dominaram aquela região
montanhosa entre 650 e 625 a.C.
24
Há muito debate sobre a identidade de Dario, o medo. Alguns crêm que se trata do próprio Ciro (D.
J. Wiseman); outros, preferem o general Gubaru (John Whitcomb); uma terceira sugestão é Cambises
II, filho de Ciro.
46 • História do Oriente Médio Antigo
O sucessor de Ciro foi seu filho mais velho, Cambises II (529-522 a.C.),
que foi em tudo o reverso do pai. Seu único grande mérito foi haver conquistado o
Egito (525 a.C.). Confrontado com uma rebelião liderada por um certo Gaumata,
que alegava ser Smerdis, o irmão que Cambises mandara matar, o rei
aparentemente suicidou-se a caminho da Pérsia.
A. Contexto Político
25
Flávio Josefo, Antiguidades dos Judeus, 11.8.4-6.
O Período Intertestamental • 51
Governantes Territórios
Ptolomeu Egito e Palestina
Seleuco Frígia, Síria, Mesopotâmia e Pérsia
Cassandro Macedônia e Grécia
Lisímaco Trácia e Bitínia
Este arranjo durou apenas vinte anos, depois dos quais os selêucidas
estabeleceram controle sobre a Ásia Menor, e Antígono Gônatas, neto do general
52 • História do Oriente Médio Antigo
Olímpico foi erigido no lugar do altar do holocausto, e ali foi sacrificada uma porca.
A circuncisão foi proibida por lei e a adoração compulsória de deuses gregos era
exigida em bases mensais.26
26
E. Schurer indica que esse processo já estava adiantado entre os mais cultos e aristocráticos em
Judá, e que esses grupos de fato promoveram o programa de Antíoco, que se tivesse continuado teria
destruído o judaismo, que já naquela ocasião tinha os contornos básicos da era do Mishnah (The
History of the Jewish People in the Age of Jesus Christ, edição revisada, 1:142, 145).
54 • História do Oriente Médio Antigo
família iduméia que crescera em prestígio fazendo o jogo político e econômico dos
romanos na Palestina, como o rei dos judeus. Com ajuda romana, ele conquistou
a Galiléia e depois Jerusalém. Escolhendo cuidadosamente a quem apoiar nas lutas
que se seguiram ao assassinato de Júlio César em 44 a.C., Herodes reconquistou
muito território. Sistematicamente eliminou a competição no cenário doméstico,
matando sem hesitar até esposas e filhos para assegurar sua posição.
Procuradores e
Imperadores Datas Eventos Bíblicos
Datas
***27
Morte de Tiago.
Cuspio Fado (44-46) 1ª viagem de Paulo.
Cláudio 41-54
Tibério Júlio (46-48) Concílio de Jerusalém.
2ª viagem de Paulo
Ventídio (49-52)
(Destruição de
Vespasiano 69-79 Vetuleno (70-72)
Jerusalém)
Perseguição. Exílio de
Domiciano 81-96 Salvieno (75-86)
João.
27
De 41 a 44 não houve procurador romano na Judéia, pois Herodes Agripa I reinou sobre toda a
Palestina, inclusive a Judéia.
28
De 66 a 70 Jerusalém esteve em revolta contra Roma e foi sitiada por Vespasiano e por Tito.
O Período Intertestamental • 57
B. Contexto Religioso
2. Expectativas Messiânicas
3. Grupos Religiosos
29
Josefo afirma: "Eles só atraem os ricos; o povo não está ao seu lado" (Antiquidades dos Judeus,
13.10.6).
30
Concordam com essa posição os seguintes estudiosos: Geza Vermes, E. L. Sukenik, A. Dupont-
Sommer, Roland de Vaux e W. F. Albright.
31
William S. LaSor, "The Dead Sea Scrolls", em The Expositor's Bible Commentary, 1:398-9.
32
Novamente é Josefo quem afirma: "Eles evitam os prazeres como um vício, e consideram a
moderação e o controle das paixões como a essência da virtude" (Guerras Judaicas, 2.8.2). O
historiador indica ainda que comiam apenas o bastante para aplacar a fome e a sede (Ibid., 2.8.5),
O Período Intertestamental • 59
"contentando-se com a mesma alimentação dia após dia, pois amavam a frugalidade e rejeitavam o
luxo como uma doença da alma e do corpo" (Filo de Alexandria, Hypothetica 11.11).
33
Antiguidades dos Judeus, 17.10.5.