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Textos antiépicos: Destacaria

as invocações do canto VII e do X .

Finais dos cantos a partir do iv.

Canto VIII- Final das descrições das bandeiras, na nau de Paulo da Gama .

Canto IX- início do abandono da India

Canto Ix- Vénus sobe aos montes Idálios e encontra aflho a organizar uma
expedição contra o amor mal «organizado»

X- invocação antes narrativa da ««sirene»:

Vários passos da narrativa da «sirene»: sobre Duarte Pacheco pereira sobre


Afonso de Albuquerque .

X- Fechos

143 149
«Podeis-vos embarcar, que tendes vento Favorecei-os logo, e alegrai-os
E mar tranquilo, pera a pátria amada.» Com a presença e leda humanidade;
Assi lhe disse; e logo movimento De rigorosas leis desalivai-os,
Fazem da Ilha alegre e namorada. Que assi se abre o caminho à santidade.
Levam refresco e nobre mantimento; Os mais exprimentados levantai-os,
Levam a companhia desejada Se, com a experiência, têm bondade
Das Ninfas, que hão-de ter eternamente, Pera vosso conselho, pois que sabem
Por mais tempo que o Sol o mundo aquente. O como, o quando, e onde as cousas cabem.

144 150
Assi foram cortando o mar sereno, Todos favorecei em seus ofícios,
Com vento sempre manso e nunca irado, Segundo têm das vidas o talento;
Até que houveram vista do terreno Tenham Religiosos exercícios
Em que naceram, sempre desejado. De rogarem, por vosso regimento,
Entraram pela foz do Tejo ameno, Com jejuns, disciplina, pelos vícios
E à sua pátria e Rei temido e amado Comuns; toda ambição terão por vento,
O prémio e glória dão por que mandou, Que o bom Religioso verdadeiro
E com títulos novos se ilustrou. Glória vã não pretende nem dinheiro.

145 151
Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho Os Cavaleiros tende em muita estima,
Destemperada e a voz enrouquecida, Pois com seu sangue intrépido e fervente
E não do canto, mas de ver que venho Estendem não sòmente a Lei de cima,
Cantar a gente surda e endurecida. Mas inda vosso Império preminente.
O favor com que mais se acende o engenho Pois aqueles que a tão remoto clima
Não no dá a pátria, não, que está metida Vos vão servir, com passo diligente,
No gosto da cobiça e na rudeza Dous inimigos vencem: uns, os vivos,
Dũa austera, apagada e vil tristeza. E (o que é mais) os trabalhos excessivos.

146 152
E não sei por que influxo de Destino
Não tem um ledo orgulho e geral gosto,
Que os ânimos levanta de contino 153
A ter pera trabalhos ledo o rosto. De Formião, filósofo elegante,
Por isso vós, ó Rei, que por divino Vereis como Anibal escarnecia,
Conselho estais no régio sólio posto, Quando das artes bélicas, diante
Olhai que sois (e vede as outras gentes) Dele, com larga voz tratava e lia.
Senhor só de vassalos excelentes. A disciplina militar prestante
Não se aprende, Senhor, na fantasia,
147 Sonhando, imaginando ou estudando,
Olhai que ledos vão, por várias vias, Senão vendo, tratando e pelejando.
Quais rompentes liões e bravos touros,
Dando os corpos a fomes e vigias, 154
A ferro, a fogo, a setas e pelouros, Mas eu que falo, humilde, baxo e rudo,
A quentes regiões, a plagas frias, De vós não conhecido nem sonhado?
A golpes de Idolátras e de Mouros, Da boca dos pequenos sei, contudo,
A perigos incógnitos do mundo, Que o louvor sai às vezes acabado.
A naufrágios, a pexes, ao profundo. Nem me falta na vida honesto estudo,
148 Com longa experiência misturado,
Por vos servir, a tudo aparelhados; Nem engenho, que aqui vereis presente,
De vós tão longe, sempre obedientes; Cousas que juntas se acham raramente.
A quaisquer vossos ásperos mandados,
Sem dar reposta, prontos e contentes. 155
Só com saber que são de vós olhados, Pera servir-vos, braço às armas feito,
Demónios infernais, negros e ardentes, Pera cantar-vos, mente às Musas dada;
Cometerão convosco, e não duvido Só me falece ser a vós aceito,
Que vencedor vos façam, não vencido De quem virtude deve ser prezada.
Se me isto o Céu concede, e o vosso peito
A partir da estrofe 143 e 134, explicite Dina empresa tomar de ser cantada,
os efeitos da presença dos marinheiro na Como a pres[s]aga mente vaticina
«ilha namorada» paraatingir os objetivos Olhando a vossa inclinação divina,
da viagem.
2-Atente na estrofe 145 e 146- vv1-4. 156
Explicite os sentimentos dominantes do Ou fazendo que, mais que a de Medusa,
sujeito poético nesta estrofe. A vista vossa tema o monte Atlante,
3-a visão que o poeta exprime sobre a Ou rompendo nos campos de Ampelusa
pátria. Os muros de Marrocos e Trudante,
4- E três elogios feitos pelo poeta aos A minha já estimada e leda Musa
portugueses. Fico que em todo o mundo de vós cante,
De sorte que Alexandro em vós se veja,
Sem à dita de Aquiles ter enveja.

1-E xplicte os conselhos dados pelo poeta a


D- Sebastião.
2- Indique - 154 a 155- a caraterização qe
o poeta faz de si ao rei.
3- Articulando o conteúdo da estrofe 155
e 156, explicite e interprete a oferta que o
poeta faz ao Rei.

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