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A pena que se usa é a pena em concreto, ou seja, a pena que o réu recebeu pelo
juiz. A pena de um único crime.
No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena
de cada um, isoladamente
Tabela para cálculo de prescrição:
2. DECADÊNCIA
É a perda do prazo por parte da vítima para ingressar com a queixa-crime
(na ação penal privada) ou oferecer a representação (na ação pública
condicionada à representação).
Em regra, o prazo decadencial é de 6 (seis) meses e nos crimes contra a
propriedade imaterial é de 30 (trinta) dias (art. 529 do CPP). A contar do
conhecimento da autoria. A contar do laudo.
OBS: Na ação privada subsidiária da pública a contagem é diferente. O
prazo se inicia quando o MP perde o prazo para entrar com a denúncia.
Técnica para o desenvolvimento de teses
Causas de extinção da punibilidade do art. 107 do CP: (esse rol é
exemplificativo).
I – Morte do agente
II – Anistia, Graça e Indulto
III – “Abolitio criminis”
IV – Prescrição, Decadência e Perempção
V – Renúncia e Perdão
VI – Retratação
VII e VIII – Revogados
IX – Perdão Judicial
A anistia é uma lei oriunda do Congresso Nacional. É uma lei que visa extinguir
a punibilidade de um fato criminoso. Lembre-se a anistia não beneficia pessoas
e sim um fato criminoso. É como se a lei empurra-se para debaixo do tapete um
fato criminoso.
Já a graça e indulto são de responsabilidades do Presidente da República que
concede através de um decreto presidencial.
A graça é individual e precisa ser requerida, ou seja, pedida ao Presidente da
República. Já o indulto é coletivo e é concedido de ofício pelo Presidente da
República.
Se a anistia não olha para as pessoas e sim par ao fato criminoso, a graça e o
indulto olha.
Saída temporária é diferente de indulto natalino!
A saída temporária é um benefício concedido para quem está no regime
semiaberto. E esse benefício é concedido pelo juiz da execução. Já o indulto
natalino é concedido pelo Presidente da República.
Perempção: é uma causa de extinção da punibilidade que só ocorre na ação
exclusivamente privada. Ocorre quando o querelante (vítima) não está muito
interessado em processar o acusado e acaba sendo desidioso (preguiça). Art. 60
do CPP. Portanto se o querelante não der andamento ao processo ocorrerá a
perempção e consequentemente a extinção da punibilidade.
Renúncia e Perdão: são causas de extinção da punibilidade que só ocorrem na
ação exclusivamente privada. Tanto a renúncia quanto o perdão são
manifestações por parte da vítima no desinteresse em processar o ofensor.
Ex: injúria
Renúncia é a manifestação antes do recebimento da queixa-crime. Já o perdão é
a manifestação que ocorre após o recebimento da queixa-crime. A renúncia é
um ato unilateral, ou seja, não precisa ser aceita pelo ofensor. Já o perdão é um
ato bilateral, isto é, precisa ser aceito pelo ofensor.
Lembre-se renunciar ou perdoar um dos ofensores é perdoar todos os demais.
Retratação: é admitir que errou. Poucos crimes cabem retratação, são eles:
-calúnia
-difamação
-falso testemunho
Perdão Judicial: o perdão judicial é o perdão dado pelo juiz, é quando o juiz
deixa de aplicar a pena. Literalmente perdoa o acusado. Esse perdão só é
possível nos crimes em que o legislador expressamente autorizou na lei. Ex:
homicídio culposo. Art. 121, parágrafo 5° do CP.
Técnica para o desenvolvimento de teses
O raciocínio jurídico deve ser exercido na parte “Do Direito” da petição.
Toda petição é dividida em 5 partes:
1° endereçamento
2° preâmbulo (onde se define a peça e as partes)
3° dos fatos (narras os fatos, o que aconteceu)
4° do direito (argumentação jurídica)
5° do pedido (o que vc deseja)