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Considerações
sobre inibição e sintomas: Distinções e articulações para destacar um conceito
do outro.
BIZZARIA, F. et al. Resenha do Livro: Inibições, Sintomas e Angústia.
EDLER, S. Desejo, remédio contra angústia.
08/09/2020
“Freud em 1926 reformulou sua teoria da angústia em sua obra ”Inibição, sintoma
e angústia“, neste momento ele já havia introduzido os conceitos referentes á segunda
tópica, no caso a conceituação das instâncias do psiquismo, ”eu“, ”isso“ e ”superego“.
BIZZARIA (2003, p. 12). “No ponto VIII desta resenha Freud tenta exlicar o
que seja angústia [. . . ] De ínício ele fala da angústia como um estado afetivo,
possuindo um caratér acentuado e específico de desprazer”.
BIZZARIA (2003, p. 12) “Embora se diga que a angústia é reação de todo
organismos, não se têm como afirmar que o nascimento tem um significado
de trauma para todos, concluindo-se que pode haver angústia que não tenha
seu início no nascimento.”
A origem desse ponto para Freud, que Bizzaria (2003) relata é de que “a partir
dessa relação das sensações de angústia e sua intervenções, Freud traz a hipotése
de que tais estados são reproduções do trauma do nascimento, visto essa experiência
proporcionar um aumento de excitação e uma descarga”. (2003, p. 12)
Ainda relacionado a angústia, BIZZARIA (2003, p. 12, 13) “Porém a angústia
possui uma função biológica contra a um estado de perigo e sendo assim ele conclui
que não há argumento que invalide a ideia de que os moldes da angústia estariam no
processo de nascimento”.
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Quanto ao perigo, Bizzaria (2003) explica que para Freud “os bebês, por não
possuírem conteúdos psiquícos, ”sentem“ pertubações na economia da libido e são
essas pertubações a que ele reage”. (2003, p. 13).
Inicialmente, Bizzaria (2003) diz que “Freud diferencia Inibição e Sintoma. En-
quanto a inibição não implica necessariamente uma patologia, o sintoma denota de um
processo patológico”. (2003, p. 15)
“As ideias obsessivas desagradáveis que são conscientes, em geral, são subs-
titutos distorcidos. A agressividade, desta forma, pode aparecer ao paciente
como um mero “pensamento” em vez de uma impulsão.” BIZZARIA (2003, p.
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BIZZARIA (2003) afirma que “A angústia é então uma reação a uma situação de
perigo que é remediada pelo eu afim de evitar essa situação ou para se afastar dela.”
(2003, p. 24)
Conforme BIZZARIA (2003) “Freud vem analisar mais profundamente a relação
entre sintomas e angústia.” (2003, p. 25)
Para Henckel e Berlinck (2003) “Do ponto de vista das manifestações psicopa-
tológicas, daquilo que é da ordem do observável, do fenômeno, nas neuroses, por
exemplo, pode-se encontrar o sintoma expresso por uma fobia, um ritual obsessivo,
uma conversão histérica”. (2003, p. 1)
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“A inibição ocorre, então, como uma medida de precaução utilizando-se de
diversos procedimentos para perturbar uma função” .(Henckel, Berlinck, 2003,
p. 1).
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“O humano torna-se um ser angustiado diante dessa discrepância, manifes-
tando o mais primitivo afeto psíquico. Assim, a angústia “(. . . ) não dispensa
o psiquismo, ainda que se inscreva no corpo, revelando, assim, a natureza
corporal do psiquismo” (p. 235). Ela se dá no âmbito do aparelho psíquico”
(Henckel, Berlinck, 2003, p. 9).
Para Henckel (2003) “A inibição pode, então, estar relacionada a graves ma-
nifestações psicopatológicas, como o autismo, a psicose, a debilidade, pois estas
apresentam-se com um Eu frágil em seu funcionamento pela sua constituição mesma.
Tais manifestações indicam problemas na formação do Eu, desde a sua organização
implicando um investimento inicial por um agente da função materna, até a construção
de possibilidades de diferenciação desse outro. Tem-se, portanto, um Eu frágil no
funcionamento pela sua constituição mesma“. (2003, p. 1)
Para Edler (2002) “Na clínica psicanalítica, tanto a depressão quanto a angústia,
ao serem pensadas, colocam o analista frente à questão do desejo. O desejo, paralisado
no caso das depressões, ou mantido ainda que a duras penas, no caso da angústia,
interroga a posição do sujeito e deve ser analisado em sua possível relação ao gozo”.
(2002, p. 45)
“Mas a angústia, como sabemos, não engana e não mente, mantinha-se ali,
sinalizando o movimento latente do desejo”. (Edler, 2002, p. 47).
Edler (2002) ao discorrer sobre sua paciente, diz “Poder tomar a angústia como
uma pergunta sobre o desejo do sujeito é possivelmente a questão maior de uma
análise. Cumprindo uma função de aviso, a angústia mantém a relação do sujeito com
o objeto de seu desejo propondo uma questão aberta sobre sua verdade, isto é, o que
é o sujeito como sujeito desejante, o que causa o desejo nele”. (2002, p. 48).
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“A angústia entre o gozo e o desejo é uma formulação do Seminário 10 (Lacan,
1962), que situa ainda a existência de um objeto da angústia que é o mesmo
objeto do desejo, o objeto a. A angústia estaria ancorada no desejo do Outro:
não podemos saber que objeto a somos em relação ao desejo do Outro.”
(Edler, 2002, p. 49).
“Em resposta à tese de Freud, no sentido de que a angústia seria um temor
sem objeto, Lacan, nesse seminário, afirma, ao contrário, que “ela não é sem
objeto” (1962, p. 141), embora este objeto, muito especial, não seja acessível
pela mesma via que os outros. A angústia, Lacan nos diz, leva-nos a pensar
na incidência da falta.” (Edler, 2002, p. 49).
Edler (2002) discorre que “A fobia se organiza num segundo momento, quando
uma representação é fixada, eleita a soldadura (Verlötung) e é definido então o objeto
fóbico: algo a ser evitado”. (2002, p. 51).
Segundo Edler (2002), ele relata que “dessa abordagem registramos a descrição
clínica a nosso ver bastante semelhante ao que hoje é conhecido como síndrome do
pânico: crises de aparecimento súbito, que se repetem, com intervalos nos quais o
sujeito mantém-se ansioso.” (2002, p. 51).
Para Edler (2002):
“A crise de pânico, ao desestruturar os parâmetros de tempo e espaço ampliando
distâncias e tornando perigosos e difíceis pequenos passos, remete o sujeito que passa
por esta experiência ao estado mais absoluto de desamparo.” (2002, p. 51)
Edler (2002) aponta que “Em sua discussão sobre o mal-estar na pós-modernidade,
Bauman (1998) observa a questão do movimento e da fugaz transitoriedade que, em
sua opinião, caracterizam nosso tempo.” (2002, p. 53)