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Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Línguas Literatura e Cultura

História da Antiguidade Pré-Clássica

Ano letivo 2019/2020

AKHENATON e NEFERTITI

Docente: Prof. Rogério Sousa

Discente: Tiago André Gonçalves Rocha

Nº de aluno: 156116
 Contextualização:

Esta estatueta de Akhenaton, antes conhecido por Amen-hotep IV, e a sua esposa
Nefertiti, mostra o casal real egípcio de mãos dadas a olhar para a frente como se
estivessem a caminhar juntos. Produzida no período do Império Novo, final da decima
oitava dinastia, entre 1345 e 1337 a.C., ano da morte do rei, este retrato real é único na
arte egípcia sendo característico do estilo de arte Amarniano. Neste estilo naturalista e
realista, adotado no período de Amarna- durante e logo após o reinado de Akhenaton,
no final da 18ª dinastia- a representação da família real é frequente e vista como
informal e íntima demonstrando, na perfeição, o sentimento de união da família real.
Outra característica central neste novo estilo de arte egípcia é a representação do novo
Deus Aton, substituindo o deus Amon, numa forma de disco solar que brilha sobre a
família real garantindo a vida e prosperidade. A oficialização deste novo Deus Aton
representa uma clara tentativa de criar, pela primeira vez, uma religião monoteísta no
Egito

Durante as escavações em Amarna, várias estelas e estátuas representando o rei e


a rainha foram descobertas em residências particulares, muitas delas com santuários,
sendo provável que a estatueta de Akhenaton e Nefertiti era usada por uma família para
prestar homenagem ao casal real, visto como a única representação viva e terrena do
Deus Aton.

 Descrição:

Dimensões: 22,2 cm de altura; 12,3 cm de largura; 9,8 cm de espessura

Material usado: Calcário e tinta

Local de exposição: Museu do Louvre - Arte Egípcia

Como retrato oficial, o rei veste a Coroa Azul e a rainha tem um


alto cocar de cabeça chata. Os corpos masculino e feminino são de
tamanho semelhante, o pescoço é esticado para a frente e a cabeça
levantada. As distorções anatômicas típicas do estilo Amarna estão presentes, como os
ombros redondos, o tronco superior curto, a barriga levemente inchada, quadris e coxas
evidentes e os braços e pernas finos. Este tipo de representação física, na qual o faraó
apresenta características femininas mostrando uma clara mudança nos cânones da
escultura egípcia, crê-se ser devido ao facto de que Akhenaton, possivelmente, ter sido
portador de alguma doença genérica. Esta hipótese pode também explicar a presença da
rainha de mãos dadas com o rei, no sentido em que esta pode ser vista como um guia
que ajuda o rei, enfraquecido pela doença, a andar.

 Bibliografia:
 https://joyofmuseums.com/museums/europe/france-museums/paris-
museums/the-louvre/akhenaten-and-nefertiti/ (visitado a 1 de dezembro de
2019)

 https://www.louvre.fr/en/oeuvre-notices/akhenaton-and-nefertiti (visitado a 1
de dezembro de 2019)

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