Você está na página 1de 3

Universidade católica de Moçambique

Faculdade de direito

Estudante: Lourena Jorge Gulamo Docente: Mussagy Assane Mussagy

Curso: Direito - turma B/ Diurno Cadeira:Direito administrativo II

Tema: capacidade para ser provido direitos e deveres

O trabalho que tem o tema intitulado capacidade de ser provido direitos e deveres. Para
fazer menção o tema em análise, é necessário ter em conta alguns conceitos que nos levaram a
perceber o teor do tema. Em direito capacidade é a susceptibilidade de ser titular de direitos e
cumpridor de deveres. O termo provido é o acto administrativo que configura a vontade da
administração pública para o enquadramento de um agente ou servidor público na administração
pública.

Requisitos gerais da capacidade administrativa para ser funcionário

Exercício das funções públicas como actividade profissional só é permitido aqueles que
satisfaçam a certos requisitos, de cuja posse dependem a capacidade administrativa para ser
funcionário.1 São os requisitos gerais de capacidade de administrativa para o provimento de um
individuo como funcionário2:a) Estar nas condições legais em matéria de nacionalidade; b) Estar
no gozo dos direitos políticos e ter bom comportamento moral e civil; c) Ter cumprido o dever
militar, segundo alínea c) do número 1 do artigo 5 do decreto-lei n 5/2018 de 26 de Fevereiro. d)
Dar garantias de lealdade ao serviço; e) Estar em satisfatórias condições de saúde, segundo
alínea b) do número 1 do artigo 5 do decreto-lei n 5/2018 de 26 de Fevereiro. 3 f) Não ter idade
inferior a mínima nem superior a máxima fixada por lei; g) Possuir as necessárias habilitações
literárias.

Posse – deveres dos funcionários

1
AMARAL, Diogo Freitas do. Curso de direito Administrativo. Vol I, Edições: Almedina, Lisboa, 2006, pag. 655
2
CAETANO, Marcelo, Manual de Direito Administrativo, Vol. II, 10ª Edição, Almedina. Coimbra, pág. 695
3
MOÇAMBIQUE, República, do decreto-lei nº 5/2018 de 26 de Fevereiro- lei que aprova o regulamento do
estatuto geral dos funcionários e agentes do Estado, artigo 5 número 1.

1
O individuo provido como funcionário deve, dentro do prazo assinado por lei, apresentar-
se ao serviço e tomar posse do seu lugar ao cargo. Como reza o numero 2 do artigo 8 do decreto-
lei nº 5/2018 de 26 de Fevereiro, dispõe que o prazo para tomada de posse pode ser prorrogado a
pedido do visado até o máximo de 30 dias. Porem este pedido deve ser submetido 10 dias antes
do termo do prazo de 30 dias estabelecido segundo o número 3 do artigo 8º do mesmo diploma.4

Quem pode conferir posse

A posse é, em regra, conferida pela autoridade ou funcionário que, como directo superior
hierárquico do empossado, exercer as funções de chefia do serviço na localidade onde ele haja de
apresentar-se. A lei permite que a competência para conferir a posse seja delegada em
funcionários que de maior categoria do que o empossado.5

Os deveres

Nos termos do artigo 259 da CRM, os órgãos e agentes da administração pública têm o
dever de prestar a colaboração que lhes for requerida pelo provedor de justiça no exercício das
suas funções. Todavia a doutrina avança com a classificação de deveres, sendo os seguintes:
deveres profissionais propriamente ditos, são os que estão ligados ao exercício da função e por
tanto, só existem na sua plenitude quando o funcionário esta em actividade; deveres na vida
privada, são deveres que poderíamos chamar corporativos, no sentido de que pesam sobre o
funcionário pelo facto da sua especial vinculação a administração pública e deveres de carácter
político, o funcionário tem certos deveres de natureza política, mais ou menos extensos,
conforme a legislação de cada país. O problema da extensão dos deveres políticos poe-se nos
mesmos termos que o da exigência de certas ideias para a admissão as funções publicas.

Direitos

Ao direito ao lugar

O funcionário provido por nomeação vitalícia, ou por tempo indeterminado adquire


direito ao lugar do qual não poderá ser privado se não em consequência de processo disciplinar
ou criminal. Este direito tem como objecto o lugar de que resulta a qualidade de funcionário.
4
MOÇAMBIQUE, República, do decreto-lei nº 5/2018 de 26 de Fevereiro- lei que aprova o Regulamento do
Estatuto geral dos Funcionários e Agentes do Estado, artigo 5 número 1.
5
CAETANO, Marcelo, Manual de Direito Administrativo, Vol. II, 10ª Edição, Almedina. Coimbra, pág. 729

2
Direito ao vencimento

A remuneração do funcionário é constituída pelo vencimento e suplementos (numero 1


do artigo 25 do decreto-lei nº 5/2018 de 26 de Fevereiro). 6 Em consonância com o decreto-lei n
5/2018 de 26 de Fevereiro, Marcello Caetano diz o seguinte, o vencimento consiste no
recebimento periódico e regular de quantia certa paga pelo cofre da pessoa colectiva servida
(ordenado) ou na faculdade de perceber, pelos actos funcionais praticados, de determinadas taxas
fixadas na lei e pagas pelo utente (emolumentos).

Direito a licença e faltas

Nos termos do artigo 42 do decreto-lei n 5/2018 de 26 de Fevereiro, os agentes da função


pública tem direito a faltas e licenças desde que estas sejam justificadas ou com um aviso prévio.
Porem a doutrina avança que para justificar as faltas segue-se o critério do chefe ou superior
hierárquico mas também existem as que estão elencadas na lei como sendo o direito do agente da
administração pública.

Sendo assim após ter findado o trabalho em questão, conclui-se que a questão de
capacidades de ser provido de direitos e deveres, varia de ordenamento para ordenamento. Nesta
ordem de ideias os direitos dos agentes providos são: direito ao tempo de serviço prestado,
direito a protecção penal, direito a assistência na doença direito a protecção na invalidez, direito
a protecção na velhice: a aposentação ordinária, direito a protecção da família, depois da morte,
direito de petição e reclamação. Sem mais acréscimos, referir que para a realização do trabalho
usou-se as seguintes referências bibliográficas: CAETANO, Marcelo, Manual de Direito
Administrativo, Vol. II, 10ª Edição, Almedina. Coimbra; NHAKADA, Vasco Pedro, Lógica
Administrativa do Estado Moçambicano (1975-1990), Brasília, 2008; COUPERS, João,
Introdução ao Direito Administrativo, 11ª edição, Âncora editora; AMARAL, Diogo Freitas do,
Curso de direito Administrativo. Vol. I, Edições: Almedina, Lisboa, 2006.

MOÇAMBIQUE, República, do decreto-lei nº 5/2018 de 26 de Fevereiro- lei que


aprova o regulamento do estatuto geral dos funcionários e agentes do Estado.

6
MOÇAMBIQUE, República, do decreto-lei nº 5/2018 de 26 de Fevereiro- lei que aprova o regulamento do
estatuto geral dos funcionários e Agentes do Estado, artigo 25 número 1.

Você também pode gostar