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FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE

PETRÓLEO

Prof. Dr. Eliezer Ladeia Gomes


2º semestre de 2016
Universidade Federal de São Paulo
Setor de Engenharia Química

AULA 3A

Leia Bíblia: “Faze para ti uma arca da madeira


de gofer; farás compartimentos na arca e a
betumarás por dentro e por fora com betume”.
Gênesis 6:14
PERFURAÇÃO
INTRODUÇÃO
 A perfuração de um poço é
realizada através de uma sonda.
 Perfuração rotativa
 Ação de rotação + peso aplicados
a uma broca na extremidade de
uma coluna de perfuração;
 Fragmentos de rocha são
removidos continuamente
através de um fluido de
perfuração ou lama;
 Fluido é injetado por bombas
para o interior da coluna de
perfuração através da cabeça de
injeção, ou swivel, e retorna à
superfície através do espaço
anular formado pelas paredes do
poço e a coluna;
INTRODUÇÃO
 O espaço anular entre os tubos
do revestimento e as paredes
do poço é cimentado com a
finalidade de isolar as rochas
atravessadas, permitindo o
avanço da perfuração com
segurança;
 Após a operação de
cimentação, a coluna de
perfuração desce novamente
ao poço, com uma nova broca
de diâmetro menor do que o
revestimento para
prosseguimento da perfuração;
 O poço é perfurado em
diversas fases,
caracterizados pelos
diferentes diâmetros de
brocas.
4.1. EQUIPAMENTOS DA SONDA DE PERFURAÇÃO

 Equipamentos de uma sonda rotativa são


agrupados em “sistemas”
 Sustentação de cargas
 Geração e transmissão de energia
 Movimentação de carga
 Rotação
 Circulação
 Segurança do poço
 Sistema de subsuperfície (coluna de perfuração)
Sistema de sustentação de cargas: Sustenta a coluna de perfuração e as tubagens de proteção
(casing).
Sistema de movimentação de cargas: Através de cabos, permite a movimentação da coluna de
perfuração e do casing.
Sistema de rotação: Induz a rotação da broca, que contribui para perfurar a formação.
Sistema de circulação: Permite a circulação e o tratamento do fluido de perfuração.
Sistema de geração e transmissão de energia: A energia, proveniente de motores a diesel ou
energia elétrica, aciona todos os equipamentos da sonda.
Sistema de segurança do poço: Permite o controlo e fecho do poço, quando ocorre um influxo
indesejável da formação para o poço.
4.1.1. SISTEMA DE SUSTENTAÇÃO DE CARGAS

 É constituído do mastro ou torre


torre, da subestrutura e da
base ou fundação.
 A carga do peso da coluna
de perfuração ou
revestimento é transferida
para o mastro ou torre que
descarrega para a
subestrutura e esta para a
fundação ou base.
4.1.1. SISTEMA DE SUSTENTAÇÃO DE CARGAS

a) Torre ou mastro
 Na manobra de torre
substituição de broca
desgastada retira-se seções
de 2 ou 3 tubos (cada tubo
mede cerca de 9 metros),
exigindo uma torre com
mais de 45 metros de
altura.
 É uma estrutura de aço
especial, de forma
piramidal, que deve
oferecer espaço vertical
livre acima da plataforma
de trabalho para permitir
execução de manobras.
4.1.1. SISTEMA DE SUSTENTAÇÃO DE CARGAS

 Uma torre é constituída por um


grande número de peças montadas
uma a uma.
 Um mastro é uma estrutura treliçada
ou tubular que pode ser subdividida
em 3 ou 4 seções, as quais podem ser
levadas para uma nova locação, onde é
montado na horizontal e elevado para
a vertical.
 O mastro tem menor estabilidade e alto
custo, o que é compensado pelo tempo de
montagem em perfurações terrestres.
4.1.1. SISTEMA DE SUSTENTAÇÃO DE CARGAS

b) Subestruturas
 Constituídas por vigas de
aço especial montadas
sobre a fundação ou base
da sonda, de modo a criar
espaço de trabalho sob a
plataforma;
 As fundações ou bases são
estruturas rígidas
construídas de concreto,
aço ou madeira apoiadas
sobre solo resistente
dando equilíbrio e
segurança aos
deslocamentos provocados
pela sonda.
4.1.1. SISTEMA DE SUSTENTAÇÃO DE CARGAS

 Estaleiro
 É uma estrutura metálica
constituída de diversas vigas
apoiadas acima do solo por
pilaretes.
 É posicionado em frente à sonda e
permite manter todas as
tubulações (comandos, tubos de
perfuração, revestimentos, etc.) de
modo a facilitar o seu manuseio e
transporte.
4.1.2. SISTEMA DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA

a) Fontes de Energia
 Acionamento dos equipamentos de uma sonda;
 Motores a diesel;
 Sondas marítimas: gás natural => turbinas a gás
para geração de energia para a plataforma;
 Energia elétrica de redes públicas (quando
disponível)
 Equipamentos de uma sonda exigem velocidade e
torques variáveis => afeta o processo de transmissão
de energia;
 Dependendo do modo de transmissão de energia para
os equipamentos, as sondas são classificadas como:
 Sondas mecânicas
 Sondas diesel-elétricas
4.1.2. SISTEMA DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA

b) Sondas mecânicas
 Energia gerada com motores a
diesel é levada a uma
transmissão principal
(COMPOUND) através de
acoplamentos hidráulicos
(conversores de torque) e
embreagens;
 Compound é um sistema de
eixos, rodas dentadas e
correntes que distribuem a
energia a todos os sistemas da
sonda;
 As embreagens permitem
acoplamentos e
desacomplamentos de motores
ao compound propiciando
maior eficiência na utilização
dos motores diesel.
4.1.2. SISTEMA DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA

c) Sondas diesel-elétricas
 Energia gerada com motores a
diesel , turbinas a gás ou rede
pública;
 Geralmente do tipo AC/DC:
geração AC e utilização DC;
 Motores alimentam barramento
trifásico de 600 V;
 Pontes de retificadores controlados
de silício (SCR) transformam AC
em DC que alimenta os
equipamentos da sonda;
 Equipamentos auxiliares e
utilidades usam AC após passar
pelo transformador;
 Motores AC não necessitam de
retificação de corrente, mas
controle da frequência aplicada;
 Estas sondas têm uso incipiente
mas com tendência a aumentar no
futuro.
4.1.3. SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

 O sistema de movimentação de carga


 Movimentação de colunas de perfuração, de
revestimento e outros equipamentos;
 Componentes:
 Guincho
 Bloco de coroamento

 Catarina

 Cabo de perfuração

 Gancho

 Elevador
4.1.3. SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

a) Guincho
 Energia mecânica obtida
através da transmissão
principal (sondas diesel)
ou motor elétrico
acoplado (sondas
elétricas);
 Partes:
 Tambor principal
 Tambor auxiliar ou de
limpeza
 Freios

 Molinetes

 Embreagens
4.1.3. SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

 Guincho
 Tambor principal: função de
acionar o cabo de
perfuração, movimentando
as cargas dentro do poço;
 Freio: parar ou retardar o
movimento da carga no poço,
controlando o peso sobre a
broca;
 Tambor auxiliar ou de
limpeza: movimentação de
equipamentos leves no poço;
 Molinete: tipo de embreagem
que permite tracionar cabos
e cordas (cathead e catline).
4.1.3. SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

b) Bloco de Coroamento
 Conjunto estacionário de 4 a 7
polias em linha num eixo
suportado por dois mancais de
deslizamento, localizado na
parte superior do mastro ou
torre.
 Suporta todas as cargas que
lhe são transmitidas pelo cabo
de perfuração.
4.1.3. SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA
c) Catarina
 Conjunto de 3 a 6 polias
montadas em um eixo que se
apóia nas paredes externas da
própria estrutura da catarina.
 É suspensa pelo cabo de
perfuração que passa pelas polias
do bloco de coroamento e polias
da catarina formando um sistema
com 8 a 12 linhas passadas
(Figura 4.9).
4.1.3. SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

 Catarina
 Parte inferior: alça pela qual é
preso o gancho;
 Gancho: sistema de
amortecimento.
4.1.3. SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

d) Cabo de perfuração
 Cabo trançado ao redor
de um núcleo (alma),
construído de aço
especial.
 Cabo do carretel é
passado e fixado numa
âncora situada próxima
à torre (sensor de
pressão)
 É passado no sistema
bloco – catarina e
enrolado e fixado no
tambor do guincho
(Figura 4.9).
4.1.3. SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

e) Elevador
 Equipamento com a
forma de anel bipartido
ligado por uma
dobradiça resistente,
contendo um trinco
especial para
fechamento.
 Utilizado para
movimentar elementos
tubulares – tubos de
perfuração e comandos.
4.1.4. SISTEMA DE ROTAÇÃO

 Sondas convencionais
 Coluna de perfuração é girada pela mesa rotativa
localizada na plataforma da sonda.
 A rotação é transmitida a um tubo de parede externa
poligonal (kelly), enroscado no topo da coluna de
perfuração.
 O sistema de rotação convencional é constituído de
equipamentos que promovem ou permitem a livre
rotação da coluna de perfuração.
 Mesa rotativa
 Kelly

 Swivel (cabeça de circulação).


4.1.4. SISTEMA DE ROTAÇÃO

 Sondas com top drive


 Rotação transmitida diretamente ao topo da coluna
de perfuração com um motor acoplado à catarina.
 Conjunto desliza em trilhos fixados à torre , onde o
torque devido à rotação da coluna é absorvido.

 Sondas com motor de fundo


 Motor colocado logo acima da broca;
 Pode ser de deslocamento positivo ou uma turbina.
4.1.4. SISTEMA DE ROTAÇÃO

 Sondas convencionais
a) Mesa rotativa
 Equipamento que
transmite rotação à coluna
de perfuração;
 Permite o livre
deslizamento do kelly no
seu interior;
 Deve suportar o peso da
coluna de perfuração.
4.1.4. SISTEMA DE ROTAÇÃO

b) Kelly
 É o elemento que
transmite rotação
proveniente da mesa
rotativa à coluna de
perfuração.
 Pode ter dois tipos de
seção:
 Sondas de terra: seção
quadrada
 Sondas marítimas:
seção hexagonal (maior
resistência à tração,
torção e flexão.
4.1.4. SISTEMA DE ROTAÇÃO

c) Cabeça de Injeção (Swivel)


 É o equipamento que separa os
elementos rotativos daqueles
estacionários na sonda de
perfuração.
 Sua parte superior não gira e
sua parte inferior deve permitir
rotação.
 O fluido de perfuração é
injetado no interior da coluna
através da cabeça de injeção.
 Dois sistemas: Top drive e
motor de fundo.
4.1.4. SISTEMA DE ROTAÇÃO

d) Top drive
 Perfuração com um motor
conectado no topo da coluna
(top drive) elimina o uso da
mesa rotativa e do kelly.
 O sistema top drive permite
perfurar o poço de três em
três tubos ao invés de um a
um (mesa rotativa).
 Este sistema também permite
que a retirada ou descida da
coluna seja feita tanto com
rotação como com circulação
de fluido de perfuração pelo
seu interior.
 Isto é importante em poços de
alta inclinação ou horizontais.
4.1.4. SISTEMA DE ROTAÇÃO

e) Motor de fundo
 Motor hidráulico ou de
deslocamento positivo é
colocado acima da broca.
 Giro só se dá na parte
inferior do motor de
fundo, solidário à broca.
 Muito utilizado em poços
direcionais;
 Como a coluna de
perfuração não gira, o
torque é nulo e o seu
desgaste fica bastante
reduzido.
4.1.5. SISTEMA DE CIRCULAÇÃO

 Equipamentos que permitem a circulação e


tratamento do fluido de perfuração.
 O fluido de perfuração é bombeado através da coluna
de perfuração até a broca, retornando pelo espaço
anular até a superfície, trazendo cascalhos cortados
pela broca.
 Na superfície o fluido permanece em tanques até
receber tratamento adequado.
4.1.5. SISTEMA DE CIRCULAÇÃO

a) Fase de injeção
 O fluido de perfuração é
succionado pelas bombas de
lama;
 É injetado na coluna de
perfuração até passar para o
anular entre o poço e a coluna
por orifícios na broca
conhecidos como jatos de
broca;
 Vazões e pressões de
bombeamento variam com a
profundidade e geometria do
poço;
 Bombas em paralelo no início
da perfuração: grandes
vazões;
 Quando se exige altas
pressões, mas baixas vazões
usa-se apenas uma bomba
modificada para a tarefa.
4.1.5. SISTEMA DE CIRCULAÇÃO

b) Fase de retorno
 Tem início com a saída do fluido de perfuração nos
jatos de broca e termina ao chegar na peneira
vibratória (percorre espaço anular entre a coluna de
perfuração e a parede do poço).
4.1.5. SISTEMA DE CIRCULAÇÃO

c) Fase de tratamento
 Consiste na eliminação de sólidos ou gás que se
incorporam ao fluido de perfuração e, quando necessário,
na adição de produtos químicos para ajustes de suas
propriedades.
 Peneira vibratória: separação de sólidos grosseiros (cascalhos e
grão maiores que areia;
 Desareiadores: 2 a 4 hidrociclones de 8” a 20” para retirar areia
do fluido;
4.1.5. SISTEMA DE CIRCULAÇÃO

 Mud Cleaner: dessiltador com uma peneira que permite


recuperar partículas (parte é descartado e parte é usado como
aditivo)
 Centrífuga: retirada de partículas muito pequenas.

 As sondas ainda incorporam um desgaseificador, pois o


gás gerado na perfuração pode ser perigoso para o
processo.
4.1.6. SISTEMA DE SEGURANÇA DO POÇO

 Equipamentos de segurança de cabeça de poço


(ESCP) e equipamentos complementares que
possibilitam o fechamento e controle do poço.
 Blow Preventer (BOP): conjunto de válvulas que
permite fechar o poço.
 São acionados sempre que houver um kick (fluxo
indesejável do fluido contido numa formação dentro
do poço;
 Se não houver controle adequado: blowout => poço
fluindo totalmente sem controle
 Dano a equipamentos e sonda;
 Acidentes com o pessoal de operação;

 Perda parcial ou total do reservatório;

 Poluição e dano ao meio ambiente.


4.1.6. SISTEMA DE SEGURANÇA DO POÇO
 Elementos do sistema de segurança:
a) Cabeça de poço
 É constituída de diversos equipamentos que permitem a ancoragem e
vedação das colunas de revestimento na superfície:
 Cabeça de revestimento
 Carretel de perfuração
 Adaptadores
 Carretel espaçador
 Acessórios
4.1.6. SISTEMA DE SEGURANÇA DO POÇO

b) Preventores
 Permitem o fechamento do
espaço anular e podem ser de
dois tipos: preventor anular e
preventor de gaveta (Fig. 4.18).
 Preventor anular
 Tem a função básica de fechar o
espaço anular de um poço;
 Atua em qualquer diâmetro de
tubulação.
 Preventor de gavetas

 Tem a função de fechar o espaço


anular do poço pela ação de dois
pistões que ao serem acionados
hidraulicamente deslocam duas
gavetas, uma contra a outra,
transversalmente ao eixo do
poço.
4.1.6. SISTEMA DE SEGURANÇA DO POÇO

b) Preventores
 Em terra se utilizam 3: um anular e dois de gaveta;
 No mar há duas possibilidades:

 Plataformas fixas: 1 preventor anular e 3 ou 4 de gavetas;

 Plataformas flutuantes, navios e semi-submersíveis: 2


preventores anulares e 3 ou 4 de gavetas.
4.1.7. SISTEMA DE MONITORAÇÃO

 Equipamentos necessários ao controle da


perfuração: manômetros indicadores de peso
sobre a broca, indicador de torque, tacômetro, etc.
 Máxima eficiência e economia: perfeita
combinação entre os parâmetros da perfuração.
 Necessidade de uso de equipamentos para
registro e controle destes parâmetros: indicadores
e registradores.
 Indicadores: indicador de peso no gancho e sobre a
broca, manômetro para pressão de bombeio,
torquímetro na coluna de perfuração, torquímetro nas
chaves flutuantes, tacômetros na mesa rotativa e na
bomba de lama.
 Registradores: taxa de penetração da broca
4.2. COLUNAS DE PERFURAÇÃO

 Perfuração: concentração de grande quantidade


de energia na broca para cortar as diversas
formações rochosas.
 Energia = rotação + peso => aplicados sobre a
broca e é transferida para as rochas
 Remoção de material durante a perfuração.

 A coluna de perfuração é responsável direta por


todo este processo e consta dos seguintes
componentes principais:
 Comandos
 Tubos pesados
 Tubos de perfuração
4.2.1. COMANDOS

 Comandos ou Drill Collars – DC


são elementos tubulares em aço
forjado usinados e que possuem
alto peso linear devido à grande
espessura de parede.
 Função: fornecer alto peso à broca
e prover rigidez à coluna,
permitindo melhor controle da
trajetória do poço;
 Conexão por uniões rosqueáveis
usinadas no corpo do tubo;
 Externamente podem ser lisos ou
espiralados;
 Normalizados pela API: diâmetro
externo e interno, tipo de união,
acabamento externo, presença de
ressalto.
4.2.2. TUBOS PESADOS
 Os tubos pesados (Heavy-weight Drill Pipes - HWDP) são elementos tubulares de aço forjado que
têm como principal função promover uma transição de rigidez entre os comandos e os tubos de
perfuração, diminuindo a possibilidade de falha por fadiga.
 Características:
 Maior espessura de paredes;
 Uniões mais resistentes e revestidas com metal duro (Hard-Facing);
 Reforço central no corpo do tubo revestido com metal duro.
4.2.3. TUBOS DE PERFURAÇÃO
 Os tubos perfuração (Drill
Pipes - DP) são tubos de aço
sem costura, tratados
internamente com aplicação de
resinas para a diminuição do
desgaste interno e corrosão,
possuindo nas suas
extremidades as conexões
cônicas conhecidas como tool
joints, que são soldadas a seu
corpo.
 Características:
 Diâmetro nominal (diâmetro
externo que varia de 2 3/8” a 6
5/8”);
 Peso nominal;
 Tipo de reforço para soldagem
das uniões;
 Tipo ou grau do aço;
 Comprimento nominal (range);
 Tipos de rosca.
4.2.4. ACESSÓRIOS DA COLUNA DE PERFURAÇÃO

 Substitutos (Subs)
 Pequenos tubos que desempenham funções tais como
movimentação de comando, conectar a broca junto ao elemento
de união e conexão de tubos com tipos diferentes de roscas e
diâmetros.
 Estabilizadores
 Dão maior rigidez à coluna e ajudam a manter o diâmetro do
poço.
 Escareadores
 Mesmas funções que o estabilizador, porém utilizados em
rochas duras e abrasivas (roletes nas lâminas).
 Alargadores
 Permitem o aumento do diâmetro de um trecho de poçojá
perfurado desde a superfície ou a partir de uma certa
profundidade de subsuperfície.
 Amortecedores de vibração
 Ferramentas que absorvem as vibrações verticais da coluna de
perfuração induzidas pela broca, principalmente quando
perfurando rochas duras.
4.2.5. FERRAMENTAS DE MANUSEIO DA COLUNA

 Utilizadas para conectar ou desconectar os vários


elementos da coluna.
 Chaves flutuantes: torque necessário ao aperto e
desaperto das uniões cônicas.
 Cunhas: ancorar a coluna na mesa rotativa,
permitindo enroscar / desenroscar.
 Colar de segurança: evita a queda da coluna no poço
em caso de deslizamento pelas cunhas.
 Chaves hidráulicas: enroscamento rápido de tubos.
4.2.6. DIMENSIONAMENTO DA COLUNA DE PERFURAÇÃO

 Para dimensionar uma coluna de perfuração


devem ser conhecidos:
 O peso da lama;
 A profundidade total prevista para a coluna;
 Fatores de segurança à tração, colapso e pressão
interna;
 Peso máximo previsto sobre a broca.

 Com estas informações podemos especificar os


tipos de tubos de perfuração, assim como o tipo e
quantidade de comandos.
4.2.6. DIMENSIONAMENTO DA COLUNA DE PERFURAÇÃO

 Seleção de comandos
 Os comandos são os primeiros elementos da coluna a
serem dimensionados. O tipo e comprimento da seção
de comandos vai afetar a seleção do tipo de tubos de
perfuração a serem usados na coluna.
 Pelo critério mais utilizado (linha neutra de
flambagem):
4.2.6. DIMENSIONAMENTO DA COLUNA DE PERFURAÇÃO

 Seleção dos tubos de perfuração


 A coluna de tubos está sujeita a esforços de tração,
compressão e torção durante as operações de
perfuração;
 Em geral a resistência ao colapso define os tubos
requeridos na porção inferior da coluna;
 Por outro lado, a tração define a resistência dos tubos
na extremidade superior da coluna;
 Os valores das resistências ao colapso, tração e
pressão interna estão estabelecidos no API RP7G
para cada tipo de tubo de perfuração.
4.3. BROCAS
 As brocas são equipamentos que têm a função de
promover a ruptura e a desagregação das rochas
ou formações.
 O estudo das brocas, considerando o seu
desempenho e economicidade, é um dos fatores
importantes na perfuração de poços de petróleo.
 As broca podem ser classificadas em: brocas
sem partes móveis e brocas com partes
móveis.
4.3.1. BROCAS SEM PARTES MÓVEIS

 Ausência de partes móveis


e rolamentos diminui a
possibilidade de falhas
destas brocas.
 Os principais tipos são:
 Integral de lâminas de aço
 Diamantes naturais
 Diamantes artificiais (PDC
= Polycrystalline Diamond
Compact e TSP =
Thermally Stable
Polycrystalline).
4.3.1. BROCAS SEM PARTES MÓVEIS

 As brocas de lâminas de aço foram as primeiras


a serem usadas; perfuram por cisalhamento.
 A vida útil de sua estrutura cortante é muito curta,
mesmo aplicando material mais duro nas lâminas.
Praticamente não são mais usadas na indústria do
petróleo.
4.3.1. BROCAS SEM PARTES MÓVEIS

 As brocas de diamantes naturais perfuram por efeito


de esmerilhamento. Atualmente são usadas
principalmente em testemunhagem, ou em formações
extremamente duras e abrasivas.
 São constituídas de um grande número de diamantes
industrializados fixados numa matriz metálica especial.
 O tamanho e a quantidade dos diamantes na broca
determinam a sua aplicabilidade.
4.3.1. BROCAS SEM PARTES MÓVEIS
 No final da década de 70 foram lançadas as brocas utilizando diamantes
sintéticos (PDC).
 A estrutura de corte destas brocas é formada por pastilhas ou compactos,
montadas sobre bases cilíndricas, instaladas no corpo da broca.
 O mecanismo de perfuração é pelo cisalhamento, por promover um efeito de
cunha.
 As brocas para rochas mais moles possuem cortadores de maior tamanho,
enquanto que para rochas mais duras, elas possuem cortadores menores e em
maior quantidade.
4.3.1. BROCAS SEM PARTES MÓVEIS
4.3.1. BROCAS COM PARTES MÓVEIS

 As brocas com partes móveis podem ter


de um a 4 cones, sendo as mais
utilizadas as brocas tricônicas pela
sua eficiência e menor custo inicial em
relação às demais. Elas possuem duas
estruturas principais: estrutura cortante
e rolamentos.
 A ação da estrutura das brocas
tricônicas envolve a combinação de ações
de:
 Raspagem
 Lascamento
 Esmagamento
 Erosão por impacto de jatos de lama
 Dependendo das características da
broca, um ou outro mecanismo se
sobrepõe aos demais.
4.3.1. BROCAS COM PARTES MÓVEIS

 A raspagem é conseguida de duas maneiras: a


primeira devido à excentricidade dos eixos dos
cones em relação ao eixo da broca, chamada offset
do cone, e a segunda, devida aos cones serem, na
realidade, junções de troncos de cones com
ângulos diferentes.
 Nas brocas projetadas para rochas moles o efeito
de raspagem é predominante. Em rochas duras,
onde a taxa de penetração é baixa e os custos de
perfuração tendem a ser altos, o mecanismo de
esmagamento provou ser o mais adequado.
4.3.1. BROCAS COM PARTES MÓVEIS
4.3.1. BROCAS COM PARTES MÓVEIS
4.3.1. BROCAS COM PARTES MÓVEIS

 Hora correta para se retirar a broca do poço:


Indicações
 Baixa taxa de penetração
 Aumento do torque
 Coluna travando
 Perda de pressão na coluna
 Excesso de vibração
 Tempo da broca no fundo
 Término da fase
4.3.1. BROCAS COM PARTES MÓVEIS

 Hora correta para se retirar a broca do poço:


Custos
4.3.1. BROCAS COM PARTES MÓVEIS

 Desempenho da broca (US$/hora)

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