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Poder de Revisão – Poder de alterar ou modificar a Constituição de acordo com as regras estabelecidas na
própria Constituição. Esta Revisão pode ser:
Material – em que só algumas normas são alteradas. No entanto, essas são as normas mais importantes da
Constituição (Princípios Fundamentais).
Processo da Revisão que preconiza a introdução das alterações dentro do próprio texto da Constituição
(aditamentos, supressões, substituições) – Artigo 287º da C.R.P.
Revisão Tácita
Processo de Revisão em que as alterações são colocadas no final do Texto Constitucional, mantendo o texto
originário.
Revisionismo (ou Revisão em sentido ideológico) – movimento político-social que reivindica a revisão global
da Constituição para operar uma mudança de regime (programa de oposição ao regime instituído).
Revisão e Desenvolvimento Constitucional
Limites Formais
Segundo o Artigo 284º da C.R.P., em Portugal só a Assembleia da República é que pode rever a
Constituição
Segundo o Artigo 285º da C.R.P. a iniciativa de revisão compete exclusivamente aos Deputados, e nunca a
um grupo parlamentar.
Revisão Ordinária – Basta um deputado para iniciar o processo de Revisão Constitucional (5 em 5 anos)
Revisão Extraordinária – É necessário que quatro quintos dos deputados em efectividade de funções
demonstrem essa vontade de revisão.
Maioria de dois terços dos deputados em efectividade de funções (Artigo 286º n.º 1 da C.R.P.)
Limites Temporais
Revisões Ordinárias – intervalo mínimo de cinco anos para se poder rever a Constituição.
Revisões Extraordinárias – podem ser feitas em qualquer momento (Artigo 284º da C.R.P., n.º 2), desde que
se satisfaçam os restantes requisitos (maioria qualificada de quatro quintos)
De notar que as Revisões Extraordinárias não alteram as datas das Revisões Ordinárias .
Limites quanto à legitimidade do órgão com Poder de Revisão – Limites Materiais
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Coimbra] 25
Limites Circunstanciais
Limites Materiais
Limites Inferiores
Normas que, por constituírem o cerne da Constituição, nunca podem ser objecto de Revisão.
Limites expressos ou textuais Artigo 288º da C.
Limites previstos no próprio texto constitucional que retiram determinadas matérias à disponibilidade do
Poder de Revisão.
Limites Tácitos
Limites que apesar de não estarem consagrados na Constituição vinculam o próprio Poder de Revisão
Limites Absolutos
São todos os limites da Constituição que não podem ser superados pelo exercício de um Poder de Revisão
Limites Relativos
São os limites que se destinam a condicionar o exercício do Poder de Revisão, mas não a impedir a
modificabilidade das normas constitucionais, desde que cumpridas as condições agravadas estabelecidas por
esses limites.
Nos casos de falta de competência absoluta dos órgãos dos quais emanou a lei de revisão é evidente que a
lei está viciada de Inexistência, pois só a Assembleia da República é constitucionalmente competente para
fazer as Leis de Revisão.
No entanto, existem casos em que as próprias Leis de Revisão emanadas pela Assembleia da República
sofrem de inexistência. É o caso de:
1) Leis de Revisão aprovadas pela Assembleia da República, mas fora dos casos em que esta, nos termos
constitucionais, tem poderes de revisão
Exemplos: – Lei de Revisão aprovada durante o Estado-de-sítio – Lei de Revisão aprovada antes de
decorridos cinco anos (excepto em caso de revisão Extraordinária)
2) Leis de Revisão votadas pela Assembleia da República no uso de poderes de Revisão, mas não aprovadas
pela maioria qualificada constitucionalmente exigida (Artigo 286º n.º 1 da C.R.P.)
Artigo 286º da C.R.P. – Aprovação e Promulgação n.º 1 – As alterações da Constituição são aprovadas por
maioria de dois terços dos Deputados em efectividade de funções.
Leis de Revisão e ausência de causa ou intenção constituinte
Nunca se pode atribuir intenção de revisão às leis de revisão que não indiquem taxativa e expressamente as
alterações a introduzir no texto constitucional.
Todas as leis que não respeitem os limites formais e materiais de revisão serão inconstitucionais.
Exemplo: – Leis de revisão que violam o processo estabelecido no Artigo 285º n.º 1 da C.R.P., como seriam as
leis aprovadas mediante proposta do Governo ou de uma Assembleia Regional; – Leis de Revisão que violam
os limites materiais do Artigo 288º da C.R.P. http://apontamentosdireito.atspace.com/index.html [Apontamentos
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A Inconstitucionalidade material e formal das leis de Revisão pode e deve ser apreciada pelos Tribunais
(Artigo 204º da C.R.P.) e pelo Tribunal Constitucional
nos termos dos Artigos 280º e 281º da C.R.P., ou seja, segundo o processo de Fiscalização Sucessiva,
havendo algumas dúvidas quanto à possibilidade de controlo preventivo.
As Rupturas Constitucionais