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Porto 2020
COMITÉ CIENTÍFICO
Adriano Godinho (Universidade Federal da Paraíba, Brasil)
Amélia Silva (Politécnico do Porto Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, Portugal)
Ana Clara Borrego (Politécnico de Portalegre Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Portugal)
Ana Maria Bandeira (Politécnico do Porto Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, Portugal)
Antonio Tirso Ester Sánchez (Universidad de Las Palmas de Gran Canaria, Espanha)
Augusto Jobim do Amaral (PUCRS, Brasil)
Catherine Maia (Universidade Lusófona do Porto, Portugal)
Cidália Mota Lopes (Politécnico de Coimbra Coimbra Business School/Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra, Portugal)
Clotilde Celorico Palma (Politécnico de Lisboa Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa, Portugal)
Érica Guerra da Silva (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Brasil)
Fábio da Silva Veiga (Universidad de Almería, Espanha)
Gabriel Martín Rodríguez (Universidad Rey Juan Carlos, Espanha)
Gilberto Atencio Valladares (Universidad de Salamanca, Espanha)
Gianpaolo Poggio Smanio (Universidade Presbiteriana Mackenzie, Brasil)
Jaime Aneiros Pereira (Universidad de Vigo, Espanha)
Jacqueline Hellman Moreno (Universidad Pontificia Comillas, Espanha)
Jesualdo Eduardo de Almeida Junior (Centro Universitário Toledo Prudente, Brasil)
João Proença Xavier (Universidad de Salamanca)
José de Campos Amorim (Politécnico do Porto Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, Portugal)
José Carlos Lopes (Instituto Politécnico de Bragança Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Portugal)
José Julio Fernández Rodríguez (Universidad de Santiago de Compostela, Espanha)
Laura Miraut Martín (Universidad de Las Palmas de Gran Canaria, Espanha)
Liliana Pereira (Instituto Politécnico do Cávado e do Ave Escola Superior de Gestão, Portugal)
Luiz Fernando Rocha (Universidade Paulista, Brasil)
Manuela Patrício (Politécnico do Porto Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto)
Marco Aurélio Gumieri Valério (Universidade de São Paulo, Brasil)
Marcos Augusto Perez (Universidade de São Paulo, Brasil)
Maria do Rosário Anjos (Universidade Lusófona e Instituto Politécnico da Maia, Portugal)
Michelle Asato (Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Patrícia Anjos Azevedo (Politécnico do Porto Escola Superior de Tecnologia e Gestão, Portugal)
Pedro Azvaradel (Universidade Federal Fluminense, Brasil)
Paulo Vasconcelos (Politécnico do Porto Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto)
Sérgio Tibiriçá do Amaral (Centro Universitário Toledo Prudente, Brasil)
Teófilo Marcelo de Arêa Leão Júnior (UNIVEM - Centro Universitário Eurípides de Marília, Brasil)
Vânia Aieta (Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil)
Zélia Luiza Pierdoná (Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Wilson Engelmann (Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Brasil)
Comité Consultivo
João Pedro Leite Barros (Universidade de Brasília, Brasil)
J. Eduardo Amorim (Universidad de Oviedo, Espanha)
Thiago Rocha (Universidad de Oviedo, Espanha)
Rui Zeferino Ferreira (ISVOUGA, Portugal)
O editor não é responsável pelas opiniões, comentários e manifestações contidas nos textos dos
respectivos autores. A presente obra expõe exclusivamente a opinião de cada autor como
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desta obra ou partes da mesma nas quais sejam utilizados resumos ou textos jornalísticos. Qualquer
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realizada mediante autorização de seus titulares, salvo exceção prevista na lei. Portanto, este livro não
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capítulos ficam autorizados reprodução e indexação na forma eletrónica sem fins comerciais,
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Ficha T cnica
Resumo: O presente artigo objetiva contribuir para o debate atual sobre o denominado direito
à desconexão do trabalho, traduzido, em Portugal, como o direito a desligar, cuja regulamentação
vem sendo frequentemente discutida no mundo, principalmente pelo impulso tecnológico
promovido pela presença, cada vez mais constante, de ferramentas virtuais nas relações de
trabalho. O tema ganha, atualmente, especial relevância em tempos de pandemia, em que a
questão do teletrabalho vem sendo amplamente discutida, e, junto com ela, a questão da
limitação do tempo de trabalho exercido virtualmente. Embora a legislação sobre o direito à
desconexão do trabalho tenha sido implementada em alguns países, como na Itália e na
França e e i e d id a i ei , de f i a ada a cha ada Lei da
De c e , e 2016 não se trata de hipótese acatada com unanimidade por todos e em
todos os lugares. Um argumento oposto a sua legalização que foi utilizado, por exemplo,
em justificativa de rejeição ao projeto de lei sobre o tema no Congresso Nacional brasileiro
aponta o direito à desconexão como uma hipótese incompatível com a realidade e a pressão
das novas tecnologias de informação, considerando o direito como incompatível com o
desenvolvimento tecnológico. Problematizando os limites deste discurso, e introduzindo o
tema sob o aspecto específico do teletrabalho, o artigo propõe alertar para a urgência de uma
regulamentação sobre o tema, que se mostra cada vez mais necessária em todo o mundo, em
especial em tempos de pandemia, a fim de que os avanços tecnológicos sejam recepcionados
sem perder de vista e ga e de a bje i idade, e e e de a d e h a
3
e a c ec ad a aba h eificad .
Palavras-Chave: Desconexão; precarização; teletrabalho; direito ao descanso; direito a
desligar
Abstract: This article aims to contribute to the current debate on the so-called right to
disconnect from work, translated, in Portugal, as the right to disconnect, whose regulation
has been frequently discussed in the world, mainly due to the technological impulse
promoted by the presence, increasingly constant, of virtual tools in labor relations. The topic
is currently gaining special relevance in times of a pandemic, when the issue of teleworking
Direito à Desconexão nas Relações Sociais de Trabalho. São Paulo: LTr, 2016. p. 10.
577
Direito à desconexão no teletrabalho: fundamentos para uma legislação urgente
has been widely discussed, and the issue of limiting working time virtually. Although
legislation on the right to disconnect from work has been implemented in some countries,
such as Italy and France - the latter having been a pioneer country, where the so-called
Di c ec i La a a ed i 2016 - it is not hypothesis accepted unanimously by
everyone and everywhere. An argument opposite to its legalization - which was used, for
example, to justify rejection of the bill on the subject in the Brazilian National Congress -
points to the right to disconnect as a hypothesis incompatible with the reality and pressure
of new information technologies, considering the law as incompatible with technological
development. Questioning the limits of this discourse, and introducing the topic under the
specific aspect of teleworking, the article proposes to alert to the urgency of a regulation on
the topic, which is increasingly necessary around the world, especially in times of pandemic,
in order that technological advances are received without losing sight of the rescue of our
subjec i i , hich i he he h a bei g e ai c ec ed eified k .
Keywords: Disconnection; precariousness; teleworking; right to rest; right to hang up
Introdução
As novas tecnologias modificaram as formas de comunicação no âmbito das relações
de trabalho. A cada dia, verificamos um uso mais corrente de aplicativos, de e-mails e de
diversas ferramentas virtuais que ganharam espaço no âmbito destas relações, para somar-se
às formas de comunicação presencial. Mas, se, por um lado, as novas ferramentas
possibilitam novas formas de trabalho, aperfeiçoando a comunicação, por outro lado, é
preciso destacar que o incremento das novas tecnologias, ao possibilitar a conexão com o
trabalho em tempo integral, tende a expor a(o) trabalhadora(o) à restrição do seu tempo de
descanso, de lazer e de sociabilidade, impedindo o desenvolvimento e acesso a sua
subjetividade.
O tema tem se mostrado cada vez mais relevante, em especial durante a pandemia
gerada pela disseminação do COVID-19, que impôs o teletrabalho para quase todas as
atividades em que ele se fez possível.
Porém, é um tema que, em muitos lugares, vem sendo abordado de um modo distante
dos pressupostos que regem o Direito do Trabalho, em especial levando-se em conta que se
trata de um direito que tem como objetivo a melhoria das condições sociais de vida e
dignidade da pessoa humana. No Brasil, por exemplo, as normas mais atuais sobre o tema
4 Idem.
578
Murilo Riccioppo Magacho Filho & Patrícia Tuma Martins Bertolin
579
Direito à desconexão no teletrabalho: fundamentos para uma legislação urgente
tem a obrigação de redigir, ele mesmo, uma regulamentação sobre a questão, sempre tendo
em vista a proteção da vida familiar, do lazer e do descanso do empregado5.
No Brasil, o tema ganhou maior repercussão no âmbito da jurisprudência dos
tribunais, servindo como fundamento para determinar empresas que descumpriram o direito
ao descanso e ao lazer, pagassem indenização por danos existenciais causados ao empregado.
Mas não há, ainda, legislação sobre o tema.
Ressalta-se que, em todos esses casos, o que se verifica é que este direito
normalmente vem sendo a assegurado no âmbito do contrato de emprego. Entendemos,
todavia, que a ideia de direto à desconexão tende a atingir determinadas relações não
contratuais, inclusive buscando a redução da exploração do indiv d c a ee e ,
de onde deriva a amplitude desse direito, que supera a mera proteção individual no âmbito
do contrato de trabalho. Como apontava Léon Duguit, no início do século XX:
Não é esta uma questão de liberdade de contratos. A única coisa que
se há de saber é se, trabalhando cada dia mais do que certo tempo,
o trabalhador compromete sua saúde, sua vida, sua personalidade
intelectual e moral. Se isto restar demonstrado, o legislador deve
intervir para que esta duração máxima não se prolongue. Não fará,
então, mais do que proteger o valor social que representa a vida
humana. [O legislador] deve intervir não somente quando o obreiro
trabalha para outro, como também quando trabalha para si mesmo.
O fim especial da lei não é apenas proteger o trabalhador contra o
empresário, mas, também, proteger o trabalhador contra si mesmo
e apesar de si mesmo. É a prova clara de que não se trata de uma
questão de contrato6.
Nesse sentido, alguém poderia perguntar: ora, mas o Estado e a sociedade podem,
por mei de eg a egai , i e i a ibe dade i di id a da e e e aba ha i? N
seria isso uma afronta clara à liberdade individual? Se raciocinarmos a partir de uma
concepção individualista de liberdade, nos moldes traçados pelo liberalismo ortodoxo,
certamente diríamos que sim: toda intervenção do Estado na liberdade deve ser rechaçada,
em nome desta liberdade. Porém, essa é uma ideia de liberdade muito limitada, pois em
nenhum momento ela nos oferece a certeza de que a não intervenção do Estado e da lei
tornará o indivíduo mais livre. Na realidade, seria desnecessária a intervenção estatal se todos
fôssemos livres. A liberdade não é algo que se pode presumir, ainda mais numa sociedade
globalmente desigual. Não basta a liberdade declarada, ela precisa ser materializada, e isso
depende, também, do auxílio das regras de direito do trabalho, e do Estado para executá-la.
580
Murilo Riccioppo Magacho Filho & Patrícia Tuma Martins Bertolin
Ora, que liberdade temos sem condição para usufruir dos bens e dos recursos
disponíveis em sociedade? Que liberdade temos se não podemos sequer refletir sobre o
mundo que nos cerca, se somos colocados como objetos do trabalho e das tecnologias, ou
seja, se não somos sujeitos, com autonomia para refletir criticamente sobre as experiências
sociais do mundo?
Não se sabe até que ponto o direito à desconexão pode exercer uma força suficiente
para que possamos transformar o mundo em que vivemos, todavia, o primeiro passo é ter
autonomia para refletir sobre ele. Enquanto não conseguirmos, perante a tecnologia,
controlar nosso tempo de vida, nosso tempo de reflexão, de reconhecimento dos conflitos e
de desenvolvimento de nossa subjetividade, a transformação tende a ser sempre
impossibilitada.
As regras de Direito do Trabalho, como as que têm por base o direito à desconexão,
mostram-se necessárias, portanto, para o desenvolvimento de nossa liberdade. Elas não
geram repressão à liberdade individual, pois têm como escopo como apontam Valdete
Souto Severo e Almiro Eduardo de Almeida a c ei a a ciedade de
pessoas saudáveis, que tenham tempo de interagir e intervir na construção de um mundo
7
eh Uma sociedade com indivíduos que não conseguem ler, passear, se divertir, amar,
8
a ciedade d e e e e e ec i a de e dadei a e h ia da c di e ciai
2. Direito à desconexão e desenvolvimento tecnológico: incompatibilidade?
O trabalho de destacar a importância do direito à desconexão deve enfrentar os
discursos que a ele se opõem.
Nesse sentido, abordaremos aqui um discurso que vem servindo de notória
resistência ao direito à desconexão das relações de trabalho. Trata-se de um fundamento que
se baseia em um argumento liberal já bastante conhecido entre nós: do não intervencionismo
da legislação trabalhista na esfera das relações particulares.
Em 2016, a deputada Angela Albino levou ao Congresso Nacional um projeto de lei
(PL 6038, de 2016) para acrescentar o artigo 72-A à Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), que disporia sobre o direito à desconexão do trabalho.
O projeto foi arquivado antes de discutir-se o mérito da proposta, porém o relator
do projeto, o deputado Lucas Vergílio, já havia solicitado a sua rejeição com base na seguinte
fundamentação9:
7 ALMEIDA, Almiro Eduardo de, SEVERO, Valdete Souto. Direito à Desconexão nas Relações Sociais de
Trabalho, São Paulo: Ltr, 2016, p. 20.
8 Idem.
9 A ficha de tramitação do projeto de lei arquivado encontra-se disponível no site da Câmara dos Deputados:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2095458
581
Direito à desconexão no teletrabalho: fundamentos para uma legislação urgente
Esse discurso ressalta que os avanços tecnológicos seriam incontroláveis, que não é
possível lutar contra isso no âmbito da relação de trabalho, até porque não há como saber
quando estamos diante de um uso profissional e quando estamos diante do uso pessoal das
novas ferramentas. O projeto de intervenção legal seria, portanto, oposto ao avanço
tecnológico e da modernidade.
De fato, não há como negar a dificuldade da sociedade em lidar com a pressão do
trabalho, especialmente após o avanço das novas tecnologias de informação. Mas o que esse
discurso deixa de ressaltar é que a lei, ao regular a desconexão do trabalho, tem como
finalidade criar meios que permitam ao indivíduo a sua desconexão para que a tecnologia não
impeça o usufruto do tempo de vida. Em um mundo do trabalho marcado como explica
Jorge Luiz Souto Maior pela evolução da tecnologia, pela deificação do mercado e pelo
atendimento, em primeiro plano, das exigências do consumo10, em um mundo que impede
o controle do indivíduo sobre seu próprio tempo de trabalho, é evidente que a legalização
do direito à desconexão se mostra cada vez mais urgente.
Ademais, sob um aspecto exclusivamente econômico, é fato que o desenvolvimento
das tecnologias depende da força de trabalho para seu manuseio, bem como de trabalhadores
e trabalhadoras para consumir essas tecnologias. Desconectar-se do trabalho é, nesse sentido,
importante elemento de garantia de renovação da força de trabalho e que traz a possibilidade
de e aba had e , a de d i, c a a e cad ia e e i
11
fe ecid
3. O direito à desconexão no teletrabalho: a urgência de uma legislação
10 SOUTO MAIOR, Jorge Luiz. Do direito à desconexão do trabalho. Revista do Tribunal Regional do
Trabalho da 15ª Região, Campinas, SP, n. 23, jul./dez. 2003, p. 298.
11 SEVERO, Valdete Souto, ALMEIDA, Almiro Eduardo de. Direito à Desconexão nas Relações Sociais de
582
Murilo Riccioppo Magacho Filho & Patrícia Tuma Martins Bertolin
Contudo, até a pandemia, esse regime era utilizado por um número bastante restrito
de trabalhadores, em caráter rotineiro. Em 20 de março de 2020, tendo em vista a ampliação
do exercício deste trabalho com as circunstâncias pandêmicas, foi editada a Medida
Provisória nº 927, tratando de várias questões de extrema relevância para o mundo do
trabalho em tempos de pandemia. Neste sentido, estabeleceu-se que teletrabalho, trabalho
remoto ou trabalho a distância corresponde à prestação de serviços preponderante ou
totalmente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias da
informação e comunicação que, por sua natureza, não configurem trabalho externo, aplicável
o disposto no inciso III do caput do art. 62 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943.
Neste momento de exceção, a norma passou a definir o modo como seria prestado
o teletrabalho, com a externalização da produção: o empregado arca com os custos da
prestação de trabalho (energia elétrica e alimentação, por exemplo, passam a ser por ele
custeados, cabendo-lhe também utilizar seus equipamentos tecnológicos e infraestrutura
necessária à prestação do trabalho).
Considerações finais
As questões debatidas neste artigo buscaram apresentar a questão da desconexão do
trabalho, enquanto direito, e sua relação com o desenvolvimento tecnológico.
Destacamos a necessidade de se fortalecer e de se institucionalizar o direito à
desconexão do trabalho, de atribuir-lhe uma regulamentação própria, efetiva e de forma
universalizada (não adstrita apenas ao aspecto contratual), demonstrando que a desconexão
é, até mesmo, uma necessidade do mundo atual, inserido em novas tecnologias e que, como
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Murilo Riccioppo Magacho Filho & Patrícia Tuma Martins Bertolin
Referências bibliográficas:
CHAUÍ, Marilena de Souza. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
DUGUIT, Léon. Las transformaciones generales del derecho privado desde el código
de Napoleon. Coleção Juristas Prennes. Chile: Edelval, 2011.
SEVERO, Valdete Souto, ALMEIDA, Almiro Eduardo de. Direito à Desconexão nas
Relações Sociais de Trabalho. São Paulo: LTr, 2016.
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