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Jesus foi aquele homem que veio à Terra para nos mostrar a verdade, a lógica, a razão, e nos
indicar o caminho de volta ao seio do Pai. Como pedagogo, o Mestre contava estórias da vida. E
numa dessas estórias Ele trouxe para nós a Parábola dos Talentos. Reunido com seus discípulos
no Monte das Oliveiras, dias antes de ser crucificado, o Cristo disse-lhes: -O Senhor age como um
homem que, tendo que fazer uma longa viagem, chamou seus servidores, e falou que deixaria
uma certa quantia para eles aplicarem, e que quando voltasse, eles teriam que prestar contas.
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Então, deu a um empregado cinco Talentos; a outro empregado dois Talentos; e a um terceiro
empregado um Talento, e partiu imediatamente. O que recebeu cinco Talentos foi-se. Negociou
com aquele dinheiro e ganhou outros cinco. O que recebeu dois, da mesma forma, ganhou outros
dois. Mas o que apenas recebeu um, cavou a terra e aí escondeu o dinheiro de seu amo. Quando
se fala em Talento, aqui no caso da parábola, somos levados a pensar tratar-se de uma moeda de
pequeno valor. Mas não é isso. Segundo a Sociedade Bíblica do Brasil, um Talento valia seis mil
Denários, e um Denário era o pagamento de um dia de serviço de um trabalhador naquela época,
em Roma.
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Passado longo tempo, o senhor daqueles servos voltou e os chamou a prestarem contas. Veio o
que recebera cinco Talentos e lhe apresentou outros cinco, dizendo: -Senhor, entregaste-me cinco
Talentos, aqui estão. E além desses, mais cinco que lucrei, negociando com eles. Respondeu-lhe o
amo: -Servidor bom e fiel. Já que me foste fiel nas coisas pequenas, confiar-te-ei muitas outras.
Compartilha da alegria do teu senhor.
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O que recebera dois Talentos apresentou-se a seu turno e lhe disse: -Senhor, entregaste-me dois
Talentos, aqui estão. E além desses, mais dois outros que lucrei, negociando com eles. E o amo
respondeu-lhe: -Servidor bom e fiel. Já que me foste fiel nas pequenas coisas, confiar-te-ei muitas
outras. Compartilha da alegria do teu senhor. Veio em seguida o que recebera apenas um Talento
e disse: -Senhor, sei que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e colhes de onde nada
puseste, por isso, como tive medo de ti, escondi o teu Talento na terra. Aqui o tens. Restituo o
que te pertence.
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O homem, porém, lhe respondeu: -Servidor mau e preguiçoso, se sabias que ceifo onde não
semeei e que colho onde nada pus, devias por o meu dinheiro nas mãos dos banqueiros, a fim de
que, regressando, eu retirasse com juros o que me pertence. E ordenou: -Tirem-lhe, pois, o
Talento que está com ele e deem-no ao que tem dez Talentos, porquanto, dar-se-á a todos os que
já têm e esses ficarão cumulados de bens. Quanto aquele que nada tem, tirar-se-lhe-á mesmo o
que pareça ter, e seja esse servidor inútil lançado nas trevas exteriores, onde haverá prantos e
ranger de dentes.
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Essa parábola exprime os deveres que nos cabem: material, moral e espiritual. Interpretada ao pé
da letra, ela induz que há uma violação às leis de Deus. Uma ambição muito grande, justificando a
aplicação do dinheiro para render juros. Mas, buscando-se a essência do ensinamento, nós vamos
entender um significado diferente. Está visto que o senhor, aí, é Deus; os servos somos nós, a
Humanidade; os Talentos são os bens e recursos que a Providência nos outorga e representam
potências que cada um de nós recebeu ao nascer, para serem desenvolvidas e empregadas em
benefício próprio e no de nossos semelhantes; o tempo concedido para sua movimentação é a
existência terrena.
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Nós, na condição de Espíritos em trânsito pela Terra, trazemos na nossa bagagem potencialidades
latentes dentro de nós, que deverão ser desenvolvidas. E na medida da nossa evolução, vamos
adquirindo condições de desenvolvermos esses Talentos. A distribuição dos Talentos em
quantidades desiguais, ao contrário do que possa parecer, nada tem de arbitrária nem de injusta;
baseia-se na capacidade de cada um, adquirida antes da presente encarnação, em outras jornadas
evolutivas. Da mesma forma que o homem conhecia os seus servidores, Deus conhece a
capacidade de cada um de nós.
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Dessa alegoria, vamos retirar a essência do ensinamento de Jesus. Os talentos representam os
ensinamentos do Mestre. Quando bem aplicados, ou seja, bem entendidos são fonte de felicidade
e, ao contrário, quando mal aplicados, quer dizer, mal entendidos, são obstáculos, desviando a
criatura do bem e da verdade. Aqueles que recebem os talentos do Evangelho e os aplicam em
proveito próprio e alheio, com o fim especial de tornar conhecida a palavra de Deus, estão
representados pelos servidores que receberam cinco e dois talentos. E quando forem chamados ao
ajuste de contas, lhes será dito: servidor bom e fiel!
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São criaturas que sabem cumprir a vontade de Deus, empregando bem a fortuna, a cultura, o
poder, a saúde, o perdão, a benevolência, etc... Aqueles dons com que foram aquinhoados. Mas
aqueles que recebem os talentos desse mesmo Evangelho e não os observam, ou aplicam mal,
deixando-os improdutivos, prejudicando a causa que deveriam zelar, são semelhantes ao servidor
que escondeu o talento recebido. E quando chamados ao ajuste de contas, lhes será dito: servidor
mau e preguiçoso! E lhes serão tirados tudo o que têm e mesmo o que pareçam ter.
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Nesse terceiro servo vemos destacado o mau hábito de certas criaturas, que, para encobrirem
suas faltas ou justificarem suas fraquezas, não hesitam em atribuir deméritos imaginários às
outras. Quando o senhor ordena que o servidor inútil seja lançado nas trevas exteriores, onde
haverá prantos e ranger de dentes, quis dizer que aquela pessoa, por meio do embotamento da
sua inteligência, não soube valorizar o bem que recebeu e, por isto, vai receber o fruto da sua
ignorância no seu dia a dia. É importante destacar que o servo negligente atribuiu ao medo a
causa do seu insucesso.
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O que aconteceu ao servidor receoso da narrativa evangélica acontece a muitas criaturas que se
recolhem à ociosidade, alegando medo da ação, medo de trabalhar, medo de servir, medo de
sofrer, medo da dor, medo até da alegria. E a pretexto de serem menos favorecidas pelo destino,
transformam-se em representantes da inutilidade e da preguiça. “Se recebeste, pois, mais rude
tarefa no mundo, não te atemorize a frente dos outros e faze dela o teu caminho de progresso e
renovação, por mais sombria que seja a estrada a que foste conduzido pelas circunstâncias,
enriquece-a com a luz do teu esforço no bem, porque o medo não serviu como justificativa
aceitável no acerto de contas entre o servo e o Senhor” (Emmanuel).
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A percepção é um atributo do espírito. Quanto maior o estado de consciência do indivíduo, maior
será sua capacidade de perceber a vida, que não se limita apenas aos fragmentos da realidade,
mas sim a realidade plena. Colocar nossa atenção nas coisas da vida é fator importante para o
nosso desenvolvimento mental, emocional e espiritual, todavia, é necessário saber direcionar
convenientemente nossa percepção e atenção no momento exato e para o lugar certo.
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O resultado do medo em nossas vidas será a perda do nosso poder de pensar e agir com
espontaneidade, pois, quem decidirá como e quando devemos atuar será a atmosfera de temor
que nos envolve. Cada um vê o universo das coisas pelo que é. Vemos o mundo e as criaturas
segundo o nível de desenvolvimento da consciência em que vivemos. Quanto maior esse nível,
mais estaremos centrados e vivendo de modo estável e tranquilo. Quanto menor esse nível, mais
primário será o nosso juízo a respeito de tudo, e teremos uma estreita visão dos fatos e das
pessoas. A vida é, antes de tudo, um profundo exercício de descobertas.
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Para reflexão, vamos destacar alguns trechos: O que representa os Talentos entregues aos
servos? A oportunidade de cada um desenvolver o potencial que tem dentro de si. Por que o
senhor não deu aos seus servos quantidades iguais de Talentos? Porque conhecendo bem os seus
servidores, distribuiu de acordo com a capacidade de cada um. Por que o servo que recebeu um
Talento foi chamado de servo inútil? Porque, pela sua ignorância, sentiu medo e enterrou o
Talento, não sabendo valorizar o bem que recebeu. O que devemos entender pela expressão: “Ser
lançado nas trevas exteriores, onde haverá prantos e ranger de dentes?
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Que aquele que não souber valorizar os bens que recebeu aqui na Terra receberá, como
recompensa, os frutos da sua ignorância. O que entendemos dessa parábola? É a valorização feita
por Deus sobre a criatura, verificando a capacidade de cada uma e recompensando segundo suas
obras. Essa parábola é como uma recomendação contra a negligência das pessoas. Se nós
desejamos que haja progresso em nossas vidas, e que tenhamos a possibilidade de utilizar esse
progresso em nosso benefício e em benefício do nosso semelhante, temos que deixar de lado a
indolência e a preguiça, para agirmos com dinamismo e inteligência,
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Não negligenciando na hora de perdoar; não negligenciando na hora de compreender as
necessidades do próximo; não negligenciando em reconhecer as palavras de Jesus, para a nossa
salvação. Ninguém nasce brilhante. Todos nós fomos criados simples e ignorantes. E é aos poucos
que nós vamos acumulando conhecimento, de experiência em experiência, até sabermos discernir
uma coisa da outra, para traçarmos o nosso caminho. Utilizemos, portanto, nossos talentos para a
construção de um mundo melhor. Muita Paz! Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br

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