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COLEÇÃO ALIMENTOS

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Coleção os alimentos e
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tamento de qualquer doença sem antes consultar um profissional devidamente
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AS PRINCIPAIS MUDANÇAS NA MENINA NA PUBERDADE


- As mamas começam a crescer e desenvolver
- A cintura começa a ficar mais fina
- O quadril se desenvolve
- Começam a crescer os pelos das axilas e da região pubiana
- O crescimento em altura se acelera
- Acontece a primeira menstruação, chamada de “menarca” (lembrando que isto
pode ocorrer antes ou depois dessa idade, pois a menarca varia de adolescente
para adolescente)
- Desenvolvimento dos órgãos genitais: A vagina fica com a parede mais espessa,
o útero aumenta de tamanho, aumenta a irrigação sanguínea do clitóris
- A bacia óssea se desenvolve
- A voz começa a afinar

Desta forma essas mudanças marcam a passagem de criança para adolescente, e


que mais tarde passará por mais algumas mudanças chegando à idade adulta. É
importante lembrarmos que essas mudanças não ocorrem de forma igual ou como
uma regra, pois cada adolescente tem seu próprio processo e tempo para que
ocorra o desenvolvimento de seu corpo.

A PRIMEIRA MENSTRUAÇÃO

É a passagem da vida infantil para a adolescência vivida por toda menina. É um


ciclo normal no qual ocorre a primeira ovulação feminina. Como esse óvulo não
foi fertilizado, então o corpo encontra uma forma de eliminá-lo, por isso o sangue.
Essa é a fase mais importante da vida feminina, pois crescem e começam a ser
desenvolvidos os órgãos sexuais.
A primeira menstruação pode ocorrer entre os 9 e 14 anos de idade. Tem casos em
que ocorre após essa idade. Mas isso não quer dizer nada, é totalmente normal.
Vamos saber melhor o que acontece com a primeira menstruação das meninas.
Nenhuma menina deve ficar preocupada com sua primeira menstruação que acon-
tecerá de qualquer maneira antes ou depois dessa idade estipulada.

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O corpo da menina passa por diversas transformações, desde físicas a psicológi-
cas. Nessa fase, os seios começam a se desenvolver, ocorre o aparecimento de
pelos pubianos, o que chamamos de pubarca, e essas mudanças devem ser enca-
radas normalmente pelas meninas que devem falar sobre o assunto com suas mães
que também passaram por esta fase.
Essas mudanças acontecem por causa dos hormônios, substâncias que temos em
nosso corpo, que são “mensageiros químicos” que determinam onde e como nosso
corpo vai se modificar e/ou crescer. Assim, os hormônios de crescimento, são tão
importantes quanto os hormônios sexuais, o estrógeno e a progesterona que são pro-
duzidos pelo ovário da mulher, e a testosterona, produzido no testículo, do homem.
Além disso, outras partes do nosso corpo também produzem hormônios que estão
também envolvidos com essa transformação. Por exemplo, a hipófise, que é uma
pequena glândula localizada no nosso cérebro, e produz alguns hormônios que
enviam mensagens para os ovários da mulher e para os testículos no homem para
que eles comecem a produzir os hormônios sexuais e assim amadurecer os óvulos
na mulher e a produzir espermatozóides no homem.
Ainda existem outros hormônios, como a prolactina e os andrógenos, que também
ajudam na transformação do corpo de criança para adolescente. Há também outras
substâncias que participam dessas transformações e que não são hormônios, como
por exemplo, os neurotransmissores, que são substâncias que têm a função de trans-
mitir os impulsos nervosos de um hormônio a outro. Todos esses hormônios e substân-
cias químicas fazem com que o nosso corpo comece a mudar e ganhar novas formas.

Ciclo menstrual
O ciclo menstrual inicia-se no primeiro dia da menstruação. Na sua primeira fase
ocorre uma produção exclusiva de estrogênio pelo ovário e, logo após a ovulação,
tem início a fase de produção de progesterona, conhecida também como fase
lútea. Esta fase do ciclo é fixa e a ovulação ocorre cerca de 14 dias antes do início
da próxima menstruação.
O tempo de sobrevida do óvulo dentro das trompas, após a ovulação, não é bem
definido, mas parece estar entre 12 e 24 horas. Já os espermatozóides parecem ter
uma sobrevida maior, variando de 24 até 96 horas. Por isso os dias férteis começam
antes mesmo da ovulação.

A PRIMEIRA VISITA AO GINECOLOGISTA


A primeira visita ao ginecologista costuma ser motivo de muita fantasia e apreen-
são para as adolescentes. Significa, em parte, assumir que é mulher, e não mais
criança, e esta decisão é, muitas vezes, tomada pelas mães e não pela menina.
O momento certo para a primeira visita ao ginecologista é aquele em que a adolescente
manifestar vontade de consultar um especialista, seja porque tem alguma queixa gine-
cológica, seja por que tem alguma dúvida que não conseguiu esclarecer com seus pais.

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Esta manifestação acontece quando a menina está pretendendo iniciar sua vida
sexual e deseja saber mais sobre anticoncepção. Na maioria das vezes, elas vão
sozinhas. Se possível, preferem a companhia de uma amiga.
Na primeira visita ao ginecologista de uma menina ainda virgem, não se faz exa-
me ginecológico completo. É feita uma entrevista, seguida de exame clínico e
observação dos caracteres sexuais secundários. No caso de queixa ginecológica, é
possível que seja pedido um exame de ultrassonografia pélvica via abdonominal.
Os exames ginecológicos só devem ser feitos com o consentimento expresso da
menina ou em caso de queixa em que se tornem imprescindíveis. O exame forçado
pode levar a problemas futuros no relacionamento da menina com o médico, como
abalo de confiança e trauma psicológico. O retorno ao médico depende da neces-
sidade: a menina deve voltar ao consultório na medida em que tenha dúvidas ou
queixas. Se já tem vida sexual ativa, a frequência ao ginecologista deve ser anual.
As principais razões que levam uma menina ao ginecologista, pela primeira vez, são:
as inseguranças em relação as mudanças do corpo, o ciclo menstrual, questões sobre
sexualidade, higiene íntima, métodos contraceptivos, doenças sexualmente transmis-
síveis (DST), AIDS, dúvidas sobre a idade certa para menstruar, menstruação dolorosa
ou irregular, dores na barriga fora do período menstrual, irritações, corrimentos vagi-
nais não habituais, nódulos ou lesões incômodas, ardor ao urinar, líquido ou nódulo
no seio, início da vida sexual e planejamento familiar.
De qualquer maneira, não é necessário ter uma razão concreta para consultar um
ginecologista pela primeira vez, basta que a jovem pretenda obter mais informa-
ções sobre seu corpo e as mudanças típicas da puberdade.

TENSÃO PRÉ MENSTRUAL (TPM)


A TPM é um desequilíbrio orgânico que atinge cerca de 75% das mulheres en-
tre 20 e 45 anos e geralmente se manifesta nos dias que antecedem o período
menstrual. É um conjunto de sintomas físicos e emocionais que costuma ser mais
intenso de 3 a 5 dias antes da menstruação, podendo ocorrer até 15 dias antes.
Mas, felizmente, o sofrimento desaparece logo nos primeiros dias da menstruação.
Todos aqueles sintomas, que você certamente conhece bem, sempre foram atribuí-
dos a oscilações hormonais que acontecem durante o ciclo menstrual. No decorrer
da primeira metade do ciclo, os níveis de estrogênio aumentam gradualmente até
a ovulação, que ocorre por volta do 14º dia para quem menstrua em intervalos de
28 dias. A partir daí, as taxas desse hormônio e da progesterona começam a sofrer
oscilações. Essa gangorra hormonal está associada à diminuição da serotonina, neu-
rotransmissor que regula o sono, o humor e o apetite.
As alterações hormonais explicam também os desagradáveis sintomas físicos, como
o significativo aumento na retenção de líquidos. É por isso que a mulher fica incha-
da, principalmente nas pernas, mamas e abdômen. Ocorre também uma leve queda
da glicose no sangue, causando dor de cabeça e desejos constantes de comer doces.

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O inchaço na TPM
Um dos principais motivos para as mulheres quererem arrancar os cabelos durante
a TPM é o efeito balão: o abominável inchaço. A retenção de líquidos é mesmo
um caso sério. A calça não serve, o sapato aperta. Mas como tudo que envolve a
TPM, há uma explicação científica. O edema que aparece na retenção hídrica nada
mais é do que o acúmulo anormal de líquidos entre as células, que em condições
normais são eliminados pela urina. Só que nos dias que antecedem a menstruação,
por obra das mudanças hormonais, esse mecanismo entra em pane. E o líquido fica
acumulado no corpo todo, principalmente nas mãos, nos pés, nos seios e na barriga.
Como o sal é um dos controladores da distribuição do líquido no corpo, a prin-
cipal recomendação é evitá-lo nessa fase. Quando se come alimentos salgados
demais, o corpo é obrigado a reter mais água nas células para manter o chamado
equilíbrio hidroeletrolítico (água e sal em quantidades iguais). Mesmo reduzindo
o consumo de sal é possível que a mulher ainda se sinta meio inchada. Uma boa
massagem, como a drenagem linfática, ajuda muito e ainda relaxa.

Cardápio anti-TPM
Quase tudo o que se come tem poder sobre a TPM ou melhora ou piora os sintomas.
A prisão de ventre, por exemplo. Esse desconforto tende a aparecer pouco antes da
menstruação porque a gangorra de hormônios e neurotransmissores afeta o trato
intestinal e o trabalho dos músculos responsáveis pelos movimentos peristálticos.
É preciso dar uma força para o intestino trabalhar melhor e isso se faz aumentando
o consumo de alimentos ricos em fibras (frutas com casca, legumes, verduras,
cereais e nozes) e bebendo muita água. As fibras também ajudam a neutralizar o
estrogênio, o desencadeador dos sintomas físicos da TPM. Isso ocorre porque o
hormônio se liga às fibras, e acaba sendo eliminado do organismo junto com elas.
Contra o inchaço nada melhor do que caprichar em alimentos que ajudam o cor-
po a eliminar líquidos, como os que contêm magnésio. Ele está presente em frutos
do mar, grãos integrais, verduras (espinafre, agrião e rúcula) e no queijo de soja
(tofu). O magnésio também controla a taxa de estrogênio e estimula a ação da se-
rotonina, responsável por combater o desânimo e o mau humor. Frutas diuréticas
(o melão e a melancia, por exemplo) também ajudam bastante.
Sal, apenas com muita moderação, já que o sódio é responsável pela distribuição
dos líquidos no organismo. A Sociedade Brasileira de Hipertensão (lembrando que
o sal também é péssimo pra quem tem pressão alta) dá ótimas dicas: substitua o
sal por temperos naturais (alho, salsinha, cebola, orégano, hortelã, manjericão,
coentro e cominho). Passe longe de ketchup, mostarda, molho de soja, caldos
concentrados e sopas de pacote (cheios de glutamato monossódico), cuidado com
as conservas (picles, azeitona, aspargo, patês, palmito), com os salgadinhos e com
carnes salgadas como bacalhau, charque e defumados.

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Vitamina B6
Ela ajuda o organismo a eliminar toxinas e alivia sintomas incômodos da TPM
como dor de cabeça, dor nas mamas, cólicas, irritabilidade e depressão. E o me-
lhor: pode ser encontrada em vários alimentos – nos peixes (em especial no sal-
mão), na carne vermelha, de porco e de frango. Ela também está presente nos
ovos, nos cereais integrais, no feijão, no amendoim, nas nozes, na batata e na
banana. Ou seja, não faltam opções para incluir fontes de vitamina B6 na dieta.
Mas por que a vitamina B6 faz tão bem? Ela é importante para a produção da
dopamina e da serotonina, dois neurotransmissores envolvidos na sensação de
bem-estar. Pouco antes da menstruação chegar, os altos níveis de estrogênio pro-
vocam uma queda na quantidade de vitamina B6 e por tabela derruba a síntese da
dopamina e da serotonina. O resultado é aquele baixo astral sem motivo aparente.
Daí a necessidade de aumentar o consumo de alimentos ricos nessa vitamina.
E isso não é tudo. A vitamina B6 age ainda como um analgésico. Isso acontece
porque a queda de serotonina também causa dores, incluindo a cefaléia (dor de
cabeça) típica da TPM. Na falta do neurotransmissor, os vasos sanguíneos se dila-
tam e, inchados, fazem a cabeça doer e às vezes ela dói tanto que é possível sentir
até enjôo e fotofobia. Prevenir essa encrenca é mais uma razão pra não deixar a
vitamina faltar no organismo.

Se mexa contra a TPM!


Os exercícios liberam endorfina no organismo, uma das principais substâncias
responsáveis pela sensação de bem-estar. A explicação médica para a influência
dos exercícios na diminuição dos sintomas da TPM se baseia no eixo produtor de
hormônios hipotálamo (hipófise – ovário). A produção de progesterona, o hormô-
nio responsável por vários dos sintomas da TPM, se dá no ovário. E quanto mais
o hipotálamo funciona, mais ele diminui a atuação do resto do eixo. Aí é que
entram as práticas esportivas: com a atividade física, a produção de endorfinas
no hipotálamo é estimulada. Isso faz com que a outra ponta do eixo (ovário) tra-
balhe menos. Consequentemente cai a produção de progesterona, diminuindo o
tormento causado pela TPM.
E qual o tipo de atividade física mais eficiente para combater a TPM? Os exercícios
aeróbicos (corrida, natação e bicicleta, por exemplo) tendem a liberar mais endor-
fina. Mas todas as modalidades são eficientes: o importante é descobrir qual lhe
dá mais prazer. Tudo depende da sua personalidade. Prefere atividades mais agres-
sivas ou mais calmas? Na academia ou ao ar livre? Existem milhares de opções:
corrida, caminhada, natação, jogos como vôlei ou tênis, dança, artes marciais etc.

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OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Os métodos contraceptivos dividem-se em cinco grandes grupos:
- Métodos de barreira
- Métodos hormonais
- Dispositivos intra-uterinos (DIU)
- Método sintotérmico
- Esterilização

Métodos de barreira
Espermicidas (sob a forma de óvulos, creme ou espuma)
Utilização: aplicação vaginal antes do início da relação sexual.
Probabilidade de engravidar: Tem uma taxa de falha entre 7 a 10%.
Vantagens: não precisam de receita médica.
Desvantagens: têm baixa eficácia quando utilizados isoladamente e não protegem
das doenças sexualmente transmissíveis (DST); podem causar irritações ou alergias
em ambos os parceiros.

Preservativo masculino
Utilização: um por cada relação.
Probabilidade de engravidar: Falha entre 4,5 a 6%.
Vantagens: é o único método indicado para a prevenção das DST; não precisa de
receita médica.
Desvantagens: no caso de má colocação ou rotura durante o ato sexual, perde a
sua eficácia; ocasionalmente, pode causar alergia.

Métodos hormonais
Pílula oral
Utilização: 3 semanas de 1 comprimido diário, 1 semana de descanso sem terapêutica.
Vantagem: Regula o ciclo menstrual.
Desvantagens: fácil esquecimento; influência medicamentosa; vômitos ou diarréias.

Adesivo dérmico
Utilização: 1 por semana durante 3 semanas. Deve ser colocado na face externa e
superior do braço ou aplicado acima da linha dos pelos púbicos.
Vantagem adicional: não obriga a um cuidado diário.
Desvantagem: é preciso ter cuidado na frequência de saunas ou com a aplicação
de cremes na pele, para evitar o descolamento do adesivo.

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Anel vaginal
Utilização: anel flexível contendo uma baixa dosagem hormonal que a própria
mulher aplica na vagina só uma vez por mês e retira ao fim de três semanas.
Vantagem adicional: muito prático; existe um serviço gratuito de alertas via SMS para
lembrar o dia de aplicar e retirar o anel, o que diminui o risco de esquecer o seu uso.
Desvantagens: receio da mulher em saber aplicá-lo.

Implante subdérmico
Utilização: bastonete de plástico com 4 cm de comprimento por 2 mm de diâme-
tro que é colocado na face interna do braço, por baixo da pele, assegurando uma
eficácia contraceptiva durante três anos. A sua colocação exige anestesia local e é
aplicado, pelo médico, através de uma agulha.
Vantagem adicional: elimina o risco de esquecimento; indicado para mulheres
com histórias de anemia e de menstruações abundantes e para as que não podem
ou não querem usar estrogênios.
Desvantagens: algumas mulheres (cerca de 20%) podem manter-se sem menstruação
apenas durante algum tempo; o implante pode ser sentido através de uma palpação
da pele.

Injeção trimestral
Utilização: Injeção de hormônios sexuais femininos, com duração de eficácia
contraceptiva de 1 a 3 meses.
Vantagem adicional: elimina o risco de esquecimento.
Desvantagens: a sua ação não só não pode ser interrompida como pode prolon-
gar-se para além dos 3 meses (até 12 meses), não permitindo retomar de imediato
a capacidade reprodutiva quando desejada, ciclo menstrual irregular e amenor-
réia (ausência de menstruação).

DISPOSITIVOS INTRA-UTERINOS (DIU)

Utilização: são colocados, pelo médico, dentro da cavidade uterina para impedir
a fecundação e que o óvulo fecundado se implante na parede do útero. Podem
ser medicados com uma espiral de cobre ou com uma hormona (progesterona),
aumentando a sua eficácia. Têm duração entre três a cinco anos.
Vantagens: alternativa para mulheres que não possam ou não queiram utilizar
contracepção hormonal e que desejam uma contracepção prolongada.
Desvantagens: provoca fluxos menstruais mais abundantes, e ligeiro aumento de
dores pré menstruais nas mulheres com essa propensão.

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Método sintotérmico
Tendo por base os conhecimentos sobre a fisiologia feminina, procura-se saber
quando é o período fértil da mulher, para haver abstinência sexual.
Vantagem: método mais fisiológico, ou seja, mais natural.
Desvantagens: não sendo muito eficaz, necessita de grande rigor nos cálculos e
colaboração do casal.

Esterilização
Pequena intervenção cirúrgica sobre as trompas, interrompendo o canal que dá
agem aos óvulos na mulher (laqueação de trompas). É um método definitivo, e
que deve ser muito bem ponderado pelo casal.
Vantagens: Método muito eficaz e não é necessário o uso de outros contraceptivos.
Desvantagens: é muito difícil de recuperar a capacidade reprodutora, no caso do
casal mudar de ideia em relação à sua reprodução.

O PAPANICOLAU
É o exame que previne o câncer do colo do útero. Deve ser realizado em todas as
mulheres com vida sexualmente ativa, pelo menos uma vez ao ano. Se o resultado
do exame for negativo por três anos seguidos, a mulher pode fazê-lo de 3 em 3
anos. Consiste na coleta de material do colo uterino para exame em laboratório. É
um exame simples e barato, porém algumas mulheres ainda resistem em realizá-lo
por medo ou vergonha.
Nos últimos 50 anos a incidência e a mortalidade por câncer de colo uterino vêm
diminuindo, graças às novas técnicas de rastreamento do exame de Papanicolau.
Por isso, ele é um dos mais importantes exames para prevenção da saúde da mulher.
É um exame simples, foi criado pelo Dr. George Papanicolau em 1940. O sucesso
do teste é porque ele pode detectar doenças que ocorrem no colo do útero antes
do desenvolvimento do câncer. O exame não é somente uma maneira de diagnos-
ticar a doença, mas serve principalmente para determinar o risco de uma mulher
vir a desenvolver o câncer.
Todas as mulheres que são (ou que tenham sido em algum momento) sexualmente ativas e
que tenham colo de útero devem fazer o exame, anualmente. A frequência de realização
do exame será estabelecida depois pelo médico, de acordo com o resultado do exame.

Fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de colo de útero


Início precoce da atividade sexual, número elevado de parceiros sexuais, multipa-
ridade (ter tido vários filhos), antecedentes de doença sexualmente transmissível e
falta de higiene pessoal.
Ele deve ser realizado, pelo menos, uma semana antes da menstruação. Evitando-se
realizar duchas vaginais, colocação de cremes vaginais e relações sexuais três dias
antes do exame.

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A MAMOGRAFIA
A mamografia é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer,
por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros).
É realizada em um aparelho de raios-X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a
mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens, e, portanto, melhor
capacidade de diagnóstico. O desconforto provocado é discreto e suportável.
Estudos sobre a efetividade da mamografia sempre utilizam o exame clínico como
exame adicional, o que torna difícil distinguir a sensibilidade do método como
estratégia isolada de rastreamento.
A sensibilidade varia de 46% a 88% e depende de fatores como: tamanho e loca-
lização da lesão, densidade do tecido mamário (mulheres mais jovens apresentam
mamas mais densas), qualidade dos recursos técnicos e habilidade de interpre-
tação do radiologista. A especificidade varia entre 82%, e 99% e é igualmente
dependente da qualidade do exame.
Os resultados de ensaios clínicos randomizados que comparam a mortalidade em
mulheres convidadas para rastreamento mamográfico com mulheres não subme-
tidas a nenhuma intervenção são favoráveis ao uso da mamografia como método
de detecção precoce capaz de reduzir a mortalidade por câncer de mama. As
conclusões de estudos de análise demonstram que os benefícios do uso da mamo-
grafia se referem, principalmente, a cerca de 30% de diminuição da mortalidade
em mulheres acima dos 50 anos, depois de 7 a 9 anos de implementação de ações
organizadas de rastreamento.

GRAVIDEZ
Entende-se por gravidez o período de crescimento e desenvolvimento de um ou
mais embriões dentro do organismo feminino que normalmente tem duração de
até 40 semanas contadas após o último ciclo menstrual. Para que a gravidez ocor-
ra é necessário que o óvulo seja fecundado por um espermatozóide e que este seja
identificado pelo organismo materno. A gestação é avaliada por um profissional
especializado na área, o ginecologista/obstetra. Este profissional para facilitar a
avaliação e acompanhamento divide o período gestacional em três trimestres.
O primeiro trimestre é instável, pois o corpo lúteo (estrutura endócrina respon-
sável pela produção da progesterona) mantém a gestação até a segunda semana
impedindo a menstruação e se este não se desenvolver normalmente pode ocorrer
aborto espontâneo. Neste período, a gestante precisa ingerir alimentos saudáveis
e naturais além de polivitamínicos prescritos pelo médico. As atividades físicas
devem ser limitadas à caminhadas e natação e a atividade sexual sem exageros
(recomenda-se o tipo “papai e mamãe”). Nesse período a gestante também pode
sentir algumas sensações desconfortáveis como náuseas, vômitos, enjôos, mal es-
tar, irritação, sonolência, cólicas e outros.

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O segundo trimestre é um período mais estável que o anterior, o organismo já se
altera visivelmente, as mamas já se preparam para a produção de leite, a barriga
começa a aparecer. A gestante nesse período pode ter acne pelo aumento da ole-
osidade na pele, varizes quando o sangue se acumula nas pernas, câimbras por
causa da pressão provocada pelo útero, mictúria (aumento da vontade de urinar
provocada pela pressão da bexiga). Nesse período pode haver riscos de descola-
mento da placenta. No terceiro trimestre a gestante deve fazer um número maior
de consultas médicas, pois nesse período é possível detectar a pre-eclâmpsia,
síndrome que faz a gestante reter líquidos, ter sua pressão alterada, elevada e
eliminar proteínas pela urina. A barriga já atinge um tamanho desconfortável para
a gestante podendo ou não dificultar sua locomoção, provocar insônia, falta de
ar, hemorróidas etc. O útero também passa a se contrair na intenção de preparar
a gestante para o parto.

Alimentação durante a gravidez


A melhor garantia para a sustentação da gravidez é uma alimentação variada e
rica em carnes e frutas. Na opinião de vários especialistas é nos alimentos que
o bebê encontra importantes fonte de vitaminas, como os sais minerais e vários
outros nutrientes considerados indispensáveis ao desenvolvimento intra-uterino.
O correto é comer para dois e não por dois. Em caso de alguma dúvida, é melhor
procurar um médico ou um especialista que são os profissionais indicados para
orientar sobre a alimentação mais adequada.

Vitamina A
- Auxilia o desenvolvimento celular, crescimento ósseo e na formação do broto dentário do
feto. Interfere no desenvolvimento do tecido ocular e no sistema imunológico da gestante.
- Carência severa: diminuição das defesas contra infecções.
- Onde encontrar: leite e derivados, gema, fígado, frutas como laranja e mamão,
couve e vegetais amarelos.

Ácido Fólico
- Carência severa: risco de malformação fetal.
- Onde encontrar: fígado e verduras de cor verde escura, como brócolis.
- Tem influência na produção de núcleo celular (DNA), que determina a formação
do bebê. Muitos obstetras sugerem aumentar a ingestão desse nutriente assim que
a mulher resolve engravidar.

Carboidrato
- Encontrado na batata, arroz e massas, como pão e macarrão.
- Fonte de energia do organismo. Sem ele o corpo queima gorduras e proteínas, o
que não é recomendável principalmente na gestação.
- A carência severa leva a fadiga excessiva

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Ferro
- É necessário para a formação das células sanguíneas do feto. O aumento do
volume sanguíneo na mãe também exige maior produção de hemoglobina, pig-
mento que dá a cor vermelha às células do sangue e responsável pelo transporte
do oxigênio. O ferro é a matéria-prima da hemoglobina.
- A carência severa provoca anemia materna. O ferro pode ser encontrado no
fígado, carnes em geral, leguminosas como o feijão.

Vitaminas D e E
- Mantêm a integridade das células que transportam oxigênio. A vitamina D, alia-
da ao sol, promove a absorção de cálcio e fósforo e sua fixação nos ossos e dentes.
- A carência severa pode levar raquitismo na gestante e alteração óssea no bebê.
- É encontrada nos laticínios, fígado e gema sendo ricos em ambas. A vitamina E
está também no milho, aveia, feijão e verduras.

Vitamina C
- É encontrada nas frutas cítricas, banana, manga, caju, rabanete, tomate, pimen-
tão e verduras.
- Fundamental para a formação do colágeno, que compõe pele, vasos sanguíneos,
ossos e cartilagem. Aumenta a absorção do ferro e fortalece o sistema imunológico.
- A sua carência severa leva ao enfraquecimento das defesas imunológicas da mãe
e fragilização do tecido vascular.

Niacina (Do complexo B)


- Estimula o desenvolvimento cerebral do feto. Tem a propriedade de transformar
glicose (açúcar) em energia, mantendo a vitalidade das células maternas e fetais.
- A carência severa pode causar diarréia, dermatite e intenso nervosismo na gestante.
- É encontrada em verduras, legumes, gema de ovo, leveduras (só em cápsulas),
carne magra, leite e derivados.

Tiamina (B1)
- Favorece também o metabolismo energético materno e fetal, transformando gli-
cose em energia.
- A carência severa pode provocar insuficiência cardíaca e fraqueza muscular na
gestante.
- As carnes, cereais integrais, frutas, ovos, legumes, leveduras são as grandes fontes
de tiamina (B1).

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Piridoxina (B6)
- É encontrada no trigo, milho, fígado, frango, peixe, leite e derivados e leveduras.
- É importante para o crescimento e ganho de peso do feto, principalmente a partir
do segundo semestre da gestação.
- A carência severa desta substância leva ao baixo peso fetal e irritabilidade na
gestante.

Magnésio
- Encontrado nas nozes, soja, cacau, frutos do ar, cereais integrais, feijões e ervilhas.
É ativador das enzimas responsáveis pela aceleração das reações químicas do
organismo. Atua no funcionamento celular, dando condições para a formação e o
crescimento dos tecidos.
- A carência severa causa a fadiga excessiva na gestante.

Cálcio e Fósforo
- Encontrada no leite e derivados, gema e em cereais integrais. Carnes magras e
laticínios fornecem fósforo.
- Participam da formação dos brotos dentários e do esqueleto fetal. O cálcio tam-
bém atua no processo de coagulação.
- A carência severa pode resultar na má formação óssea e dentária do feto. Na
mãe, gengivite e cãibras.
- Qualquer dúvida, procure o seu médico. Ele é o profissional indicado para pres-
tar qualquer tipo de informação sobre os alimentos mais indicados para uma gra-
videz tranquila e a garantia de um bebê saudável.

Cuidados para uma gravidez saudável


Antes de qualquer coisa, toda mulher que deseja engravidar e está com excesso de
gordura corporal deve ser encorajada a emagrecer seguindo uma dieta saudável e
consciente. As mulheres que fumam, ingerem bebidas alcoólicas em excesso ou
usam qualquer outro tipo de droga devem parar. Na verdade, o ideal seria que
os pais (mãe e pai) decidissem interromper tais hábitos nocivos no momento de
planejar a concepção da criança, pois seus efeitos maléficos podem afetar a qua-
lidade genética de óvulos e espermatozóides.
Mas, qual o peso ideal da mãe ao final da gestação? Essa é uma questão que todas
as gestantes têm curiosidade em saber. Na primeira metade do século 20, devido
aos problemas de pressão arterial gerados pelo excesso de peso materno, as reco-
mendações eram de não ganhar mais de 9 kg. Porém, ao se constatar bebês nas-
cendo com baixo peso e suas consequentes complicações, a previsão de ganho
de peso na gravidez foi liberada. É recomendável o ganho de peso de acordo com
o Índice de Massa Corporal (IMC) materno na prégestação.

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Calcule o seu IMC = Peso (kg) : (Altura x Altura)
Exemplo: Peso 60 kg – Altura 1,67 cm à IMC = 60 : 1,67 x 1,67 = 21,51

IMC antes do início da gravidez Ganho de peso recomendado

IMC menor que 20 (baixo peso) 12,5 até 18 kg

IMC entre 20 e 26 (normal) 11,5 até 16 kg

IMC entre 26 e 30 (acima do peso) 7 a 11,5 kg

IMC maior que 30 (obesa) Pelo menos 6 kg

Importante: Trata-se apenas de uma referência básica. Deve-se ressaltar que exis-
tem vários outros fatores que podem influir no peso da criança ao nascer, como o
fumo, o uso de drogas e um acompanhamento pré natal inadequado.

Os efeitos do álcool e cigarro na gravidez


Cigarro e álcool têm que passar a léguas de distância de uma mulher grávida.
Ambas são substâncias altamente tóxicas e fazem mal à mãe e ao bebê.
O álcool pode provocar a síndrome alcoólica fetal que, além de resultar na má
formação de alguns órgãos vitais pode provocar lesões irreversíveis no sistema
nervoso do feto.
Quanto ao cigarro, os filhos de mulheres fumantes nascem abaixo do peso, com
menor estatura e tendem a apresentar problemas respiratórios futuros. É válido
ressaltar que as crianças cujas mães fumaram durante a gravidez podem até recu-
perar o peso, mas a estatura costuma permanecer abaixo do normal.

Durante a amamentação
É comum ouvir das mulheres que estão amamentando que a fome aumenta e exis-
te uma “crença” de que, como o gasto calórico aumenta nesse período, pode-se
ingerir muitas calorias e não engordar. Essa informação é incorreta, pois a ama-
mentação consome, em média, 500 calorias a mais por dia, o que corresponde a
apenas 100g de chocolate. Portanto, enquanto estiver amamentando, a mãe deve
prosseguir com os cuidados com a alimentação que, repetindo, deve favorecer os
alimentos frescos, crus e integrais.

15
INFERTILIDADE
Causas da infertilidade
Os exames realizados no casal identificam as principais causas de infertilidade.
Das causas de infertilidade, 30% são de causa masculina, 30% de causa feminina,
30% são de causa feminina e masculina e 10% de causas indeterminadas.

Causas da infertilidade feminina


- Distúrbios hormonais que impeçam ou dificultem o crescimento e a liberação
do óvulo (ovulação)
- Síndrome dos ovários policísticos
- Problemas nas trompas ou tubas uterinas provocados por infecções ou cirurgias
- Endometriose
- Ligadura das trompas
- Muco cervical que impede a passagem dos espermatozóides

Causas da infertilidade masculina


- Diminuição do número de espermatozóides
- Pouca mobilidade dos espermatozóides
- Espermatozóides anormais
- Ausência da produção de espermatozóides
- Vasectomia
- Dificuldades na relação sexual

Prevenção da infertilidade
Dietas e desordens alimentares
Não parece que dietas bem balanceadas tenham um efeito benéfico sobre a fer-
tilidade apesar de fazerem bem à saúde como um todo. No entanto, o excesso
de exercícios e as desordens alimentares podem ser uma causa de infertilidade. É
importante que doenças metabólicas como o diabetes e as desordens do colesterol
sejam corrigidas em casais que estejam tentando ter filhos. Mulheres que desejam
engravidar deveriam tomar quantidade suficiente de ácido fólico (400 mcg por
dia ou 0,4 mg) para evitar malformações do tubo neural (sistema neurológico do
bebê). Em homens com baixa contagem de espermatozoides, multivitaminas e sais
minerais podem melhorar esse aspecto. Desordens alimentares como a bulimia e
a anorexia durante muitos anos da vida da mulher podem ter impacto negativo na
fertilidade. Nessas condições, mulheres não ovulam mesmo tendo menstruação
normal. Nesses casos o tratamento da desordem alimentar deve preceder o trata-
mento da infertilidade.

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Pesquisas recentes mostram que dietas saudáveis podem melhorar a função dos
ovários na síndrome dos ovários policísticos. O excesso de exercício é, também,
uma causa importante de parada consequentemente da infertilidade. Também no
homem o excesso de exercícios pode ter ação sobre os espermatozoides. Outra
causa importante de infertilidade, que pode ser evitada pelos casais, são as doen-
ças sexualmente transmissíveis. Doença inflamatória pélvica, sífilis e gonorréia são
causas de infertilidade. Sexo seguro durante toda a vida antes do casamento é uma
prática que os todos jovens deveriam ter. O uso de camisinhas é altamente reco-
mendável por todas as autoridades médicas como uma importante forma de evitar/
prevenir a infertilidade causada por doenças sexualmente transmissíveis.

Idade
A fertilidade e as chances de tratamento da infertilidade diminuem com a idade. A
fertilidade declina a partir dos 35 anos.

Posição da relação sexual


Não parece ter influência a posição sexual no índice de sucessos de gravidez.
Duchas vaginais depois da relação são sempre condenáveis tanto para mulheres
que desejam engravidar como para as que não desejam.

Dias férteis
Um casal é fértil somente seis dias por mês. E muito fértil somente em menos
dias. Se bem que isso não funciona quando se tenta evitar/prevenir uma gravidez;
é importante para quem quer ficar grávida. Sinais externos como a temperatura
basal, muco cervical e testes de LH (do inglês – Hormônio Luteinizante) na urina
podem aumentar a chance de um casal encontrar sua data mais fértil durante o
ciclo. Pesquisas recentes mostram que os dias mais férteis de um ciclo de 28 a 30
dias são o 12º 13° e 14º.

Temperatura do testículo
A espermatogênese, formação dos espermatozóides, ocorre em temperatura abai-
xo da temperatura corporal. Em homens com baixa contagem de espermatozóides
é importante evitar o uso de roupas apertadas, ficar sentado muito tempo ou tra-
balhar perto de fontes de muito calor. Em homens com espermograma normal não
parece se tornar um problema significativo.

Tempo de espera para engravidar


Alguns pontos são importantes:
- Deve haver pelo menos um ano de tentativa de engravidar espontaneamente (sem
tratamento). Isso significa ter relações sexuais frequentes, principalmente na janela fértil.
- A janela fértil é aproximadamente entre o 12º e 15º dia na maioria dos casais.

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- Muitos casais acham que não podem engravidar após uma ou duas tentativas, e
isso não é correto. O tempo mínimo de espera é um ano.

- Após um ano de tentativa deve ser procurado um médico ginecologista para


realizar exames que fazem parte da pesquisa básica de fertilidade.

- Em mulheres acima de 35 anos é recomendável procurar um especialista em


reprodução humana se não engravidar em seis meses.

Tratamento da infertilidade
O tratamento da infertilidade é baseado na correção dos problemas diagnostica-
dos na pesquisa básica de fertilidade. Dessa maneira, é importante a correção ou
tratamento dos problemas encontrados, tais como infecções, problemas masculi-
nos e problemas femininos.
Às vezes apenas uma orientação médica a respeito da maneira e dos dias das
relações é suficiente para o objetivo de engravidar. Em outros casos existem mo-
dernas técnicas chamadas de concepção assistida. Para casos especiais existem as
clínicas de reprodução humana.

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST)


Doenças sexualmente transmissíveis (ou DST) ou Infecção sexualmente transmis-
sível (ou IST) é a designação pela qual é conhecida uma categoria de patologias
antigamente conhecidas como doenças venéreas. São doenças infecciosas que se
transmitem essencialmente (porém não de forma exclusiva) pelo contato sexual.
O uso de preservativo (camisinha) tem sido considerado como a medida mais
eficiente para prevenir a contaminação e impedir sua disseminação.
Vários tipos de agentes infecciosos (vírus, fungos, bactérias e parasitas) estão en-
volvidos na contaminação por DST, gerando diferentes manifestações, como feri-
das, corrimentos, bolhas ou verrugas.
Algumas DST são de fácil tratamento e de rápida resolução quando tratadas cor-
retamente. Outras são de tratamento difícil ou permanecem latentes, apesar da
falsa sensação de melhora. As mulheres representam um grupo que deve receber
especial atenção, uma vez que em diferentes casos de DST os sintomas levam
tempo para tornarem-se perceptíveis ou confundem-se com as reações orgânicas
comuns de seu organismo. Isso exige da mulher, em especial aquelas com vida
sexual ativa, independente da idade, consultas periódicas ao serviço de saúde.

Sífilis
Sífilis é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Treponema Pallidum
que evolui lentamente em três estágios, caracterizada por lesões da pele e mucosas.

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Transmissão
A transmissão quase sempre é através do contato sexual, porém pode ser transmi-
tida também da mãe para o feto. Neste caso dá-se o nome de sífilis congênita. A
bactéria é móvel e invade a submucosa por micro rupturas invisíveis na mucosa.
Afeta unicamente o ser humano.

Progressão e sintomas
Os sinais e sintomas de sífilis são vários, dependendo do estágio em que se encontra.
Se não tratada adequadamente, a sífilis pode causar sérios danos ao sistema nervoso
central (SNC) e ao coração. A sífilis sem tratamento pode ser fatal. Se o paciente sus-
peitar de uma infecção pela doença ou descobre que o parceiro sexual teve ou pode-
ria ter tido sífilis, é muito importante que ele procure um médico o mais cedo possível.

Tratamento
A sífilis é tratável e é importante iniciar o tratamento o mais cedo possível, porque
com a progressão para a sífilis terciária, os danos causados poderão ser irreversí-
veis, principalmente no cérebro.

Cancro Mole
O cancro mole, úlcera mole venérea ou cancróide é uma doença sexualmente
transmissível (DST), causada pela bactéria Haemophilus ducreyi. O cancro mole
não é uma neoplasia, ou seja, não é câncer, mas sim uma doença infecciosa.

Transmissão
É transmitida exclusivamente pelo ato sexual (vaginal, anal ou oral) desprotegido com
pessoa contaminada. A sua existência aumenta a probabilidade de transmissão do HIV.

Progressão e sintomas
Após a relação sexual que transmite a doença, demora entre um dia e duas semanas
até aparecer o cancro mole, normalmente na glande do pênis, escroto ou lados do
pênis no homem, ou nos lábios maiores ou menores da vulva na mulher. O cancro
mole é uma úlcera dolorosa, com cerca de 3 a 50 milímetros, que sangra facilmen-
te, ocorrendo na região genital. Suas bordas são irregulares, mas bem definido con-
tra a pele normal. A base apresenta um material amarelado e esverdeado purulento.
Os gânglios linfáticos regionais (inguinais) ficam, em um terço dos casos, inchados e facil-
mente palpáveis. Nos estágios avançados não tratados podem irromper na pele drenando pus.

Tratamento
A doença é sensível a antibióticos.

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Clamídia
A clamídia é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria
Chlamydia trachomatis. Afeta os órgãos genitais masculinos ou femininos. Assim
como os vírus e as rickettsias, a clamídia é um parasita intrecelular obrigatório.
Pode produzir esporos, o que torna sua disseminação mais fácil. Na verdade, exis-
tem apenas três tipos de Chlamydia. São elas: Chlamydia Trachomatis, Chlamydia
Psitaci e Chlamydia Pneumoniae. E todas elas causam doenças aos seres humanos.
A espécie Trachomatis causa cegueira e DST. A espécie Pneumoniae causa doen-
ças respiratórias semelhante a pneumonia causada por Micoplasmas. A espécie
Psitaci causa ornitose (doença respiratória nos pulmões)e é transmitida pelas aves.

Sintomas
Clamídia é conhecida como uma doença “silenciosa” porque em torno de 3/4
das mulheres e metade dos homens infectados não apresentam sintomas. Caso os
sintomas apareçam, eles geralmente se manifestam entre 1-3 semanas depois da
contaminação.
Nas mulheres a bactéria inicialmente infecta o cérvix e a uretra. Mulheres que
apresentam sintomas podem ter secreções vaginais anormais e sensação de quei-
mação ao urinar. Quando a infecção se espalha do cérvix aos tubos de falópio,
algumas mulheres ainda podem não apresentar nenhum sintoma, outras têm dores
no abdômen inferior, na parte de baixo das costas, náusea, febre, dor durante o
sexo e sangramento entre os ciclos menstruais. Infecção de clamídia no cérvix
pode se espalhar para o reto.
Homens com sintomas podem ter secreções no pênis ou sensação de queimação
ao urinar. Homens também podem ter queimação e coceira ao redor da abertura
do pênis. Dor e inchaço nos testículos são incomuns.
Homens ou mulheres que fizeram sexo anal receptivo podem adquirir infecção
de clamídia no reto, o que pode causar dor na região, secreções ou sangramento.
Clamídia também pode acontecer na garganta de homens e mulheres que tiveram
sexo oral com parceiros infectados.

Tratamento
Clamídia pode ser facilmente tratada e curada com antibióticos. Todos os parcei-
ros sexuais devem ser avaliados, testados e tratados. Pessoas com clamídia devem
abster-se de relação sexual até que elas e seus parceiros sexuais estejam comple-
tamente curados, do contrário a infecção pode ocorrer novamente. Ter múltiplas
infecções de clamídia pode colocar a mulher sob alto risco de complicações re-
produtivas, incluindo infertilidade.

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Gonorréia
A gonorréia ou blenorragia é uma doença sexualmente transmissível (DST), causa-
da pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, ou gonococo. O fator mais importante de
virulência do gonococo é a existência de pílios e da proteína. Estas estruturas per-
mitem à bactéria permanecer aderente à mucosa do trato urinário, resistindo ao
jato de urina. O gonococo infecta principalmente as células cilíndricas da uretra,
poupando geralmente a vagina e útero, cujos epitélios são de células escamosas.

Progressão e sintomas
O intervalo de tempo entre a contaminação e o surgimento dos sintomas e o pe-
ríodo de incubação é curto, de 5 a 10 dias, excepcionalmente podendo alcançar
10 dias, em casos extremamente raros pode chegar a 30 dias.
Normalmente o mais comum no homem é a ardência ao urinar ou disúria acom-
panhada de febre baixa e o aparecimento de um corrimento amarelo e purulento
saindo da uretra. Por isso é também conhecida como uretrite gonocócica. Das
mulheres, 70% não apresentam sintomas (perigoso porque podem se desenvolver
complicações sem tratamento). Nas restantes é comum ocorrerem dores ou ardên-
cia ao urinar, acompanhada de incontinência urinária (urina solta) e corrimento
vaginal. Uma complicação perigosa é consequência de disseminação para o trato
genital superior, com dores abdominais após algumas semanas da contaminação,
a DIP – Doença Inflamatória Pélvica. Esta é devida a infecção do útero, tubas ute-
rinas e cavidade abdominal. Pode resultar em infertilidade.

Diagnóstico
O diagnóstico é basicamente clínico, não havendo necessidade de exames labo-
ratoriais específicos.

Tratamento
Além de medidas de higiene, e o uso de proteção (preservativo/camisinha) com-
preende o uso de antibióticos e quimioterápicos, sob rigorosa prescrição médica,
pois pode haver um mascaramento da doença, com consequências imprevisíveis
para a pessoa.

Tricomoníase
A Tricomoníase, tricomoniose ou tricomonose é uma doença sexualmente trans-
missível, causada pelo parasita protozoário unicelular Trichomonas vaginalis. O
Trichomonas vaginalis é um protozoário oval ou piriforme, anaeróbio facultativo,
flagelado, e que possui movimento contínuo característico. É responsável por cer-
ca de 10 a 15% dos corrimentos genitais infecciosos.

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Sintomas
Nas mulheres, a doença pode começar com uma secreção espumosa de cor verde
amarelada e odor desagradável, proveniente da vagina. Este corrimento típico,
contudo, ocorre em apenas cerca de 20% das pacientes. Nas demais, a referida se-
creção é apenas ligeira ou ausente. A vulva (os órgãos genitais femininos externos)
pode estar irritada e dolorida, e é possível que o coito também cause dor (evento
chamado dispareunia de intróito), devido à vaginite. Nos casos graves, a vulva e a
pele que a rodeia inflamam-se, bem como os grandes e pequenos lábios. Outros
sintomas são dor ao urinar (disúria) ou um aumento na frequência das micções
(polaciúria), que se assemelham aos de uma infecção do trato urinário baixo. Ao
exame, o cérvice uterino apresenta um aspecto de colpis macularis (descrito como
aspecto de morango ou framboesa). Dor abdominal pode ser indicativa de infec-
ção do trato urogenital superior. Citologicamente, displasia e metaplasia do tecido
cervical podem ser induzidas pelo parasita.
Nas infecções crônicas, os sintomas são discretos e o corrimento vaginal, pouco
intenso; estas formas são de grande importância na propagação da doença.
Os homens com Tricomoníase não manifestam habitualmente sintomas (estado
assintomático), mas podem infectar as suas parceiras sexuais. Alguns apresentam
uma secreção proveniente da uretra, espumosa e semelhante ao pus sentem dor
ao urinar (disúria) e polaciúria (estado agudo). Os referidos sintomas costumam se
manifestar principalmente de manhã. A uretra pode sofrer uma ligeira irritação e
por vezes aparece umidade no orifício do pênis. Pode também se manifestar como
doença sintomática leve e clinicamente indistinguível de outras causas de uretrites.

Diagnóstico
No caso das mulheres, o diagnóstico geralmente estabelece-se em poucos minutos,
examinando uma amostra da secreção vaginal no microscópio. Concomitantemente,
devem ser efetuadas análises para outras doenças de transmissão sexual, cujo risco de
contágio acompanha o da Tricomoníase (Como Sífilis, HIV, Gonorréia e Hepatite B).

Tratamento
O tratamento, que é específico e eficiente, pode ser realizado com os quimiote-
rápicos nitroimidazólicos, metronidazol ou tinidazol, administrados em dose oral
única. Na gestação, até o primeiro trimestre, não é recomendado o uso dos ni-
troimidazólicos devido a seu potencial mutagênico e carcinogênico observado em
animais (não comprovado em humanos; aconselha-se o uso de clotrimazol tópico,
de eficácia moderada (cura em 40-60% dos casos), por ser inócuo ao feto. Re-
comenda-se a suspensão da amamentação durante o tratamento. Efeitos colaterais
(incomuns) podem incluir cefaléia, náusea, boca seca, e gosto metálico; muito ra-
ramente, efeitos no sistema nervoso podem ocorrer, incluindo encefalopatia, con-
vulsões, perda de coordenação motora e ataxia. Efeitos alérgicos também são pos-
síveis. O consumo de álcool deve ser evitado, pois sua associação pode resultar em
efeitos colaterais importantes. Também devem ser evitados os anticoagulantes orais

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Todos os parceiros sexuais devem ser simultaneamente tratados, de maneira a se
evitar a re-infecção. Pelo menos até que se tenha a certeza de cura, os pacientes
devem utilizar preservativos em todas as relações sexuais.
A doença não confere imunidade permanente, portanto a reinfecção é possível e
deve ser diferenciada da falha terapêutica. A resistência aos imidazólicos é possí-
vel, porém é usualmente dose-dependente, bastando-se o retratamento com uma
dose maior e/ou mais prolongada.

Prevenção
Evita-se a transmissão do parasita causador da doença praticando o sexo seguro,
ou seja, pela adequada higiene genital, diminuindo-se o número de parceiros se-
xuais e usando-se preservativos. Tanto o preservativo masculino quanto o feminino
provaram-se eficazes em reduzir as chances de contaminação.

Linfogranuloma venéreo
O linfogranuloma venéreo (LGV) é uma doença sexualmente transmissível cau-
sada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Caracteriza-se pelo aparecimento de
uma lesão genital (lesão primária) e que se apresenta como uma ulceração (ferida)
ou como uma pápula (elevação da pele). Seu período de incubação varia de 7 a
30 dias. A transmissão mais frequente dá-se através da relação sexual. O reto de
pessoas cronicamente infectadas é reservatório de infecção.

Quadro clínico
O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital
de curta duração (de três a cinco dias), que se apresenta como uma pequena feri-
da ou como uma elevação da pele. Essa lesão é passageira e, muitas vezes, não é
identificada, passando despercebida pelos pacientes.
Após um período de duas a seis semanas, surge um inchaço doloroso dos gânglios
de uma das virilhas, denominado bubão, que é mais perceptível nos homens. Se
esse inchaço não for tratado adequadamente, evolui para o rompimento espontâ-
neo e formação de feridas que drenam pus.
Entre a contaminação e o surgimento do bubão, podem ocorrer sintomas gerais
discretos, como febre e dores musculares e articulares.
Devido à fibrose dos gânglios e consequente dificuldade de drenagem linfática,
pode ocorrer a elefantíase dos órgãos genitais. Na mulher, o comprometimento de
gânglios ao redor do reto pode levar ao estreitamento retal.

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Tratamento
Como o contágio é feito pela prática sexual, a melhor forma de prevenir-se contra
o linfogranuloma venéreo é fazer uso do preservativo em todas as relações sexuais.
Para o tratamento são utilizados medicamentos à base de antibióticos que,
entretanto, não revertem sequelas, tais como o estreitamento do reto e a elefantíase
dos órgãos sexuais. Quando necessário, também é feita a aspiração do bubão
inguinal. O parceiro também deve ser tratado.

Prevenção
A prevenção é feita através do uso do preservativo e da higiene adequada dos
órgãos sexuais após a relação.

Herpes
O herpes é uma doença viral recorrente, geralmente benigna, causada pelos vírus
Herpes simplex 1 e 2, que afeta principalmente a mucosa da boca ou região geni-
tal, mas pode causar graves complicações neurológicas. Traz muitos incômodos,
não tem cura, e pode ser mortal, mas alguns remédios podem ser utilizados para
diminuir os sintomas.

Progressão e sintomas
Após infecção da mucosa, o vírus multiplica-se produzindo os característicos
exantemas (manchas vermelhas inflamatórias) e vesículas (bolhas) dolorosas (cau-
sadas talvez mais pela resposta destrutiva necessária do sistema imunológico à
invasão). As vesículas contêm líquido muito rico em virions e a sua ruptura junto
à mucosa de outro indivíduo é uma forma de transmissão (contudo também existe
vírus nas secreções vaginais, do pênis ou na saliva). Elas desaparecem e reapare-
cem sem deixar quaisquer marcas ou cicatrizes. É possível que ambos os vírus e
ambas as formas coexistam num só indivíduo.
Os episódios agudos secundários são sempre de menor intensidade que o inicial,
contudo a doença permanece para toda a vida, ainda que os episódios se tornem
menos frequentes. Muitas infecções e recorrências são assintomáticas.

Herpes oral ou labial


A infecção por herpes simples 1 normalmente é oral, mas é possível que a pessoa
tenha o vírus e apenas se manifeste dias, meses ou até anos depois, causando
gengivoestomatite (inflamação das gengivas). O vírus invade os terminais dos
neurônios dos nervos sensitivos, infectando latentemente os seus corpos celulares
no gânglio nervoso trigeminal (junto ao cérebro). Quando o sistema imunológico
elimina o vírus das mucosas, não consegue detectar o vírus, que volta a ativar-se
em períodos de debilidade, como estresse, trauma ou outras infecções, migrando
pelo caminho inverso para a mucosa, e dando origem a novo episódio de herpes
oral com exantemas e vesículas dolorosas.

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Complicações raras são a conjuntivite intensa do olho, que pode levar à cegueira e à
encefalite. Esta cursa com multiplicação do vírus no cérebro, especialmente nos lo-
bos temporais com convulsões, anormalidades neurológicas e psiquiátricas. É alta-
mente letal, e 70% dos casos resultam em morte, apenas 20% dos sobreviventes não
apresentam sequelas neurológicas. Raramente é causada pela Herpes Simples 2.

Herpes genital
Na infecção com o herpes simples 2 há infecção da mucosa genital, no homem
na glande do pênis, na mulher na vulva ou vagina, com exantemas e sensibilidade
dolorosa. Também pode ocorrer no ânus. Outros sintomas são febre, mal estar,
dores musculares e de cabeça, dores ao urinar e corrimento vaginal ou da uretra
no pênis. A maioria das infecções, no entanto é assintomática. (sem sintomas)
Simultaneamente ocorre a invasão dos neurônios sensitivos com migração no in-
terior dos axônios para os corpos celulares nos gânglios nervosos lambosacrais.
Aí ficam em estado de latência sem se reproduzir, indetectáveis enquanto os vírus
ativos da mucosa são destruídos pela resposta citotóxica imunitária. Após período
de debilidade voltam a migrar pelos axônios para a mucosa e estabelecem novo
episódio doloroso típico. Os episódios de recorrência são menos intensos e fre-
quentemente antes da erupção das vesículas há irritação da mucosa. O vírus é
transmitido mesmo na ausência de sintomas.
As complicações são mais raras e mais moderadas quando ocorrem somente na forma
labial. Se a mãe infecta o recém-nascido via ascensão pelo útero na gravidez ou no
nascimento, a infecção é especialmente virulenta, devido ao sistema imunológico ain-
da pouco eficaz do bebê. A mortalidade e probabilidade de deficiências mentais são
significativas, apesar de ocorrer numa minoria dos casos. O herpes pode ser mortal.

Diagnóstico e tratamento
Na maior parte dos casos o simples exame clínico permite ao médico diagnosti-
car o herpes. Em casos mais complexos ou menos evidentes o vírus é recolhido
de pústulas e cultivado em meios com células vivas de animais. A observação
pelo microscópio destas culturas revela inclusões virais típicas nas células. Na
encefalite viral pode ser necessário obter amostras por biópsia. Não há tratamento
definitivo, embora alguns remédios possam reduzir os sintomas e o risco de com-
plicações. É possível reduzir o risco da contaminação evitando-se o contato direto
com indivíduos infectados e com objetos utilizados por estes.

Hepatite B
A hepatite B é uma doença infecciosa frequentemente crônica causada pelo vírus
da Hepatite B (HBV). É transmitida sexualmente ou por agulhas com sangue infec-
tado, e pode progredir para cirrose hepática ou cancro do fígado (hepatocarcino-
ma). O vírus da hepatite B é um vírus que só ataca células já infectadas pelo HBV
piorando o prognóstico dos doentes com hepatite B crônica.

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Transmissão e epidemiologia
O vírus existe no sangue, saliva, sêmen, secreções vaginais e leite materno de do-
entes ou portadores assintomáticos. Sua transmissão pode ser realizada por con-
tatos diretos com saliva, sangue e fluídos corporais (pequena quantidade). O vírus
é muito mais resistente e de transmissão mais difícil que o HIV. Ele persiste mais
tempo em instrumentos, como agulhas, mas é destruído pela lavagem cuidadosa
e esterilização pelo calor. Resiste por vezes ao pH baixo (ácido), calor moderado e
temperaturas baixas. É capaz de sobreviver no ambiente por pelo menos uma semana.

Progressão e sintomas
O período de incubação da doença vai de 4-12 semanas, enquanto que o perío-
do da infecção vai de 2-12 meses. Segue-se em 25% dos casos uma hepatite de
progressão rápida com episódio agudo caracterizado por icterícia (pele e con-
juntiva dos olhos amarelas), febre, falta de apetite (anorexia), mal estar, urina cor
de vinho do porto (também descrita como semelhante a coca-cola), náuseas e
comichão(também são relatados casos de urticária e rash cutâneo em membros
inferiores). Cerca de 75% poderão ser sem sintomas mas mesmo assim em risco de
desenvolvimento de cronicidade. Estes sintomas duram de 2 semanas a 3 meses.
O que sucede a seguir depende da resposta do sistema imunológico.

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da hepatite B deve não só identificar as pessoas com anticorpos
contra a doença, mas também diferenciar aqueles que já tiveram a doença aguda,
mas estão nessa altura curados, dos com hepatite crónica que necessitam de vigi-
lância e tratamento. São usadas técnicas elaboradas de detecção de antigênios e
anticorpos que surgem em diferentes estágios da doença.
Não há tratamento eficaz para a hepatite B. A única medida é a prevenção através
da vacina, que é eficaz. Abstinência de comportamentos de risco, tais como: sexo
promíscuo e uso de seringas compartilhadas.

Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS ou SIDA)


A síndrome da imunodeficiência adquirida é uma doença do sistema imunológico
humano causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).
Embora os tratamentos para a AIDS e HIV possam retardar o curso da doença,
não há atualmente nenhuma cura ou vacina. O tratamento antiretroviral reduz a
mortalidade e a morbidade da infecção pelo HIV, mas estes medicamentos são
caros e o acesso a medicamentos antiretrovirais de rotina não está disponível em
todos os países. Devido à dificuldade em tratar a infecção pelo HIV, a prevenção
da infecção é um objetivo-chave para controlar a pandemia da AIDS, com organi-
zações de promoção da saúde do sexo seguro e programas de troca de seringas na
tentativa de retardar a propagação do vírus.

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Sintomas
A manifestação inicial do HIV, presente em 50 a 70% dos casos, é semelhante a uma
gripe ou mononucleose infecciosa e ocorre 2 a 4 semanas após a infecção. Pode haver
febre, mal estar, linfadenopatia (gânglios linfáticos inchados), eritemas (vermelhidão
cutânea), e/ou meningite viral. Estes sintomas são geralmente ignorados, ou tratados
enquanto gripe, e acabam por desaparecer, mesmo sem tratamento, após algumas
semanas. Nesta fase há altas concentrações de vírus, e o portador é altamente infeccioso.

Prevenção
As três principais vias de transmissão do HIV são: contato sexual, exposição a fluidos ou
tecidos corporais infectados e da mãe para o feto ou criança durante o período perinatal.
É possível encontrar o HIV na saliva, lágrimas e urina dos indivíduos infectados, mas não
há casos registrados de infecção por essas secreções e o risco de infecção é insignificante.
O tratamento antiretroviral em pacientes infectados também reduz significativamente
sua capacidade de transmitir o HIV para outras pessoas, reduzindo a quantidade de vírus
em seus fluidos corporais para níveis indetectáveis.Já nas relações sexuais, a única forma
de prevenção da doença é usando camisinha, sendo tanto feminina quanto masculina.

A AIDS E A MULHER
A incidência de AIDS entre mulheres está aumentando por uma trágica combina-
ção de fatores biológicos, econômicos e sociais. Os principais motivos, de acordo
com médicos, psicólogos e grupos de apoio a infectados, são os seguintes:
- A mulher tem 10 vezes mais chance de contrair o vírus de um homem infectado
do que um homem de ficar doente relacionando-se com uma mulher soropositiva.
- Para um homem se contaminar numa relação com uma mulher portadora do ví-
rus é necessário que seu pênis esteja ferido. É muito mais fácil notar o ferimento no
pênis – e assim se proteger com camisinha – do que uma lesão interna na mulher,
que pode passar despercebida.
- O esperma contaminado tem uma concentração de vírus várias vezes maior do
que a encontrada na secreção vaginal de uma mulher soropositiva. Além disso,
o tempo de permanência do pênis em contato com a secreção vaginal é muito
menor do que a da mulher em contato com o esperma.
- Em geral, os homens comandam a relação sexual, usando camisinha quando
lhes interessa. Nos depoimentos aos grupos de apoio a portadores do HIV são
comuns as histórias de maridos que tomavam como ofensa a sugestão de usar
preservativo. É como se a mulher o estivesse acusando de ser infiel.
- Embora não existam estatísticas a respeito, a experiência dos médicos mostra que
é grande o número de homens casados, aparentemente insuspeitos, que gostam de
uma aventura de vez em quando.
- Muitos casais param de usar preservativos no momento em que consideram que
o relacionamento se tornou sério ou quando passam a morar juntos.

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Quem são as mulheres que pegam AIDS:
76% são mães
71% foram contaminadas por maridos ou namorados fixos
59% descobrem que estão com o vírus depois que o marido adoece
51% têm até o 1º grau completo
41% têm entre 25 e 35 anos
40% trabalham

ALIMENTAÇÃO DA MULHER
As mulheres devem ter alimentação diferente dos homens?
Homens e mulheres, apesar de não terem o hábito em função da cultura alimentar
do mundo ocidental, precisam se alimentar de forma diferente, mas com um
objetivo comum: agir preventivamente contra as doenças gerais e específicas de
cada gênero. A alimentação em geral deve ser equilibrada, tanto qualitativamente
quanto quantitativamente, de forma individualizada. Para isso, vários fatores
devem ser considerados na hora da elaboração do cardápio: peso, altura, sexo,
idade, compleição óssea, atividade física e intelectual, fator estresse, patologias
de base, hábitos alimentares e riscos nutricionais. Os alimentos contidos nas
refeições do dia a dia têm a mesma propriedade para todas as pessoas, no entanto,
os benefícios reais de cada alimento dependerão das necessidades nutricionais de
cada um, bem como dos hábitos de vida.

Como deve ser a alimentação da mulher?


Para a mulher, o direcionamento da alimentação deve ser principalmente
preventivo contra doenças cardiovasculares, câncer, osteoporose e as dificuldades
da menopausa. Para evitar doenças cardiovasculares e câncer, é necessário
evitar consumir alimentos com excesso de gordura saturada como, por exemplo,
frituras, carnes gordas, produtos industrializados e sorvete. As mulheres devem dar
preferência para uma alimentação mais natural possível.

As mulheres e a anemia
As mulheres que têm mais tendência a anemia, por conta da perda de sangue
mensal na menstruação, precisam ficar atentas às fontes de ferro e ácido fólico.
Derivados do leite, carnes e vegetais verdes escuros são imprescindíveis. É
recomendado também o consumo diário de fibras, importantes para evitar a
constipação intestinal, mais comum no gênero feminino. Devem fugir das comidas
ricas em sódio como embutidos e salgadinhos industrializados, principalmente
para prevenir a hipertensão. É necessário pensar que alguns alimentos possuem
propriedades nutricionais não tão importantes e podem agregar as famosas
“calorias vazias”: são mais calóricos do que nutricionalmente completos.

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Qual dieta que não faz mal a saúde?
A dieta que não faz mal é a equilibrada!
O ideal de beleza pode levar as mulheres a fazer dietas mirabolantes (da lua, da
sopa etc.) ou da moda (Dr. Atkins, South Beach, do tipo sanguíneo), todas perdem
no quesito equilíbrio nutricional. A única dieta que não faz mal, recomendada,
é uma dieta equilibrada. Todos os alimentos devem fazer parte desse equilíbrio,
nada deve ser deixado de fora. No entanto existem alimentos que devem ser evi-
tados, porém essa indicação deve ser feita por um profissional, que irá individu-
alizar a dieta. Nada deve ser comum, padronizado. As dietas da moda excluem
alimentos importantes como carboidratos, proteínas ou lipídeos de modo que não
servem para manter os hábitos de vida saudáveis.
Além dos cuidados com os hábitos alimentares, a mulher deve para de fumar, evi-
tar bebidas alcoólicas, praticar exercícios físicos regularmente e realizar exames
médicos periódicos para o controle da glicemia, pressão arterial, níveis de coles-
terol e triglicérides. Fazer acompanhamento médico e nutricional é fundamental.

O que a mulher precisa mais do que o homem?


Carnes
Para começar, ela é boa fonte de proteína, responsável pela formação, oxigenação
e manutenção dos tecidos. No quesito ferro, então, é poderosa. Carne de boi tem
o dobro do nutriente que as carnes de aves. Não é à toa que a falta de ferro pode
deixar a mulher sem pique, pelo menos enquanto menstrua. É por isso que a dose diária
recomendada é de 15mg (algo como dois bifes e uma concha de feijão) até a meno-
pausa. A partir daí cai para 10mg – (mesma quantidade recomendada para homens).

DICA
A vitamina C facilita a absorção do ferro. No lugar da sobremesa, prefira uma fruta
cítrica, como laranja, kiwi ou morango.
A carne é rica em zinco, mineral antioxidante por natureza. Retire as bordas
gordurosas da carne em prol da saúde do coração. Opte pelas carnes magras,
como patinho, alcatra, maminha ou lagarto. E fique longe de pesos-pesados como
churrasco de cupim e rabadas!

Vegetais
Os fitoquímicos das hortaliças, frutas e legumes são aliados da redução do risco
de câncer de mama e colo de útero. Pesquisadores da Universidade da Califórnia
sugerem que as mulheres precisam do dobro de porções diárias de vegetais do
que os homens (10 porções contra 5). Não podem faltar fontes de betacaroteno,
precursor da vitamina A presente em vegetais alaranjados, como cenoura e abóbora,
e em folhas de cor verde escuro, como brócolis e espinafre, que ajuda na síntese de
tecidos do corpo e possuem indóis, que têm ação protetora contra o câncer de mama.

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Vegetais como repolho e couve-flor contêm brassinina e sulforafano, que aumen-
tam as defesas orgânicas contra agentes cancerígenos. Já o tomate tem licopeno,
que protege contra o câncer cervical. Indispensável na dieta, a vitamina C, encon-
trada nas frutas cítricas, é um antioxidante natural que evita o envelhecimento do
organismo. E como ninguém é de ferro, os compostos flavonóides presentes numa
boa taça de vinho tinto (e também no alho e na cebola) são antioxidantes, prote-
gendo o coração contra o efeito nocivo das gorduras.

Peixes
Uma dieta rica em ômega 3 e ácidos graxos, como a fornecida por peixes como o
salmão e o linguado, auxilia na prevenção de doenças coronarianas. Outra auxiliar é o
zinco, existente nas ostras (e também no fígado, leite e farelo de trigo), que estimula a
multiplicação celular. Não menos importante, o manganês, enxofre e magnésio, presen-
tes nos frutos do mar e grãos, são minerais antioxidantes, que previnem danos às células.

Fitoestrógenos
Derivados da soja podem ajudar a normalizar os níveis de estrógeno, que bagunça
a vida de mulheres durante o período fértil e, sobretudo, após a menopausa. Para
quem já tentou tofu e o grão de soja e não gostou, uma dica é a nova geração de
leite de soja disponível no mercado brasileiro.

Cálcio
Para prevenir a osteoporose.
Que o cálcio deixa os dentes e ossos fortes você já sabe (ele também atua na trans-
missão dos impulsos nervosos e na contração muscular, inclusive cardíaca). Mas
será que você anda atingindo a dose recomendada? Ela deve ser de 1000-1200 mg
por dia para mulheres dos 18 aos 40. O que daria 3,5 copos de leite ou 3.5 fatias
grandes (40g cada) de queijo branco. E 1500 mg por dia para as mulheres na meno-
pausa (6 copos de iogurte ou leite). Para alcançar essa meta, aproveite os laticínios
com teor reduzido de gordura, que são ricos em proteína, cálcio e engordam menos,
além de opções interessantes como semente de abóbora, iogurte e espinafre cozido.

Água e fibras
Possivelmente por questões hormonais, as mulheres sofrem mais com constipação
intestinal do que os homens. Para facilitar o trânsito da massa fecal, invista na
alimentação rica em frutas frescas, verduras, legumes e grãos integrais. Eles são ri-
quíssimos em fibras alimentares insolúveis, que passam varrendo os resíduos pelos
intestinos. Já as fibras solúveis (aveia, pectinas) ligam-se às moléculas de gordura,
reduzindo sua absorção. Mas o cuidado é em vão se você não ingerir pelo menos
dois litros de água por dia, pois são os líquidos que fazem as fibras entumescer
e cumprir bem seu papel. Além de hidratar o corpo, a água aumenta a sensação
de saciedade (você fica satisfeita com menos alimentos), ajuda na eliminação de
toxinas pelos rins e ainda auxilia no tratamento da celulite.

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O que a mulher precisa menos que o homem?
Calorias
Mulheres precisam de muito menos calorias do que os homens. É que eles são
maiores e possuem mais massa muscular magra, que consome mais energia.
Podem ingerir até 2.500 kcal por dia, enquanto as mulheres precisam de algo
entre 1 800 a 2200 kcal, dependendo da quantidade de atividade física praticada.

Gordura
Não é por acaso que os especialistas recomendam que a gordura represente ape-
nas 30% da dieta, o que uma alimentação balanceada e light supre de sobra. Por
uma questão genética, as mulheres têm tendência a acumular gorduras na coxa e
no quadril, o que contribui para o aumento de células do tecido adiposo na área,
o que causa mais celulite. Se a boca é mais rápida que a consciência, pratique
exercícios regularmente e adote uma dieta rica em fibras, que ajuda a diminuir a
absorção de gordura dos alimentos. Se a consciência for mais forte, dê preferência
às gorduras de origem vegetal, como o azeite de oliva, o óleo de canola, girassol
e milho, que causam menos danos ao coração.

Sal
Os especialistas alegam que a sensibilidade ao sal é mais individualizada do que se
supunha até pouco tempo, o que sugere que não é a pressão arterial de todos que
suba em resposta ao excesso do mineral. Contudo, manere no manejo do saleiro e
na ingestão de alimentos industrializados (sempre com grandes doses de sódio), bem
como de molhos prontos, caso do shoyo e inglês. É que tudo que leva à retenção de
água, sobretudo no período pré-menstrual, piora o bem-estar geral e, claro, a celulite.

Cafeína
Um dos fatores que podem afetar negativamente a tensão pré menstrual é a cafe-
ína. Portanto é adequado não ingerir bebidas que contenham a substância, como
chá, café ou refrigerantes, durante essa fase crítica.

Chocolate
A vontade excessiva de comer chocolates durante o período pré menstrual pode
ser amenizada com a ingestão de uma pequena quantidade de carboidratos ricos
em amidos (pão, batata, massas, aveia, arroz) a cada 3 horas e uma hora antes
de se deitar ou levantar. É que intervalos longos entre a ingestão de carboidratos
podem resultar em queda e aumento da glicemia - a taxa de açúcar no sangue.

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Álcool
Bebidas alcoólicas, bem como refrigerantes, oferecem muitas calorias, porém não
possuem nenhum valor nutritivo. Muitas mulheres têm problemas de peso por
causa do excesso de álcool. Se for sair com os amigos, pare no primeiro copo,
continuando a partir daí com sucos que tenham poucas calorias (como limonada
com adoçante) ou água.

Alimentos que não podem faltar no dia a dia da mulher


Gordura, óleos
1 a 2 porções
Dê preferência de óleos polinsaturados, como o óleo de oliva, canola ou girassol.
1 colher de sopa de azeite é uma porção.

Açúcar
1 a 2 porções (esporádicas)
Dê preferência ao açúcar mascavo (1 colher de sopa para 1 porção) ou mel (2,5
colheres de sopa) para adoçar as bebidas.

Leite, iogurte, queijo


3 porções
Prefira os produtos com teor reduzido de gordura:
1 porção é um copo de leite ou iogurte ou ½ fatia de queijo (50g)

Hortaliças
4 a 5 porções
Exemplos de 1 porção:
3 colheres de sopa de abobrinha
15 folhas de alface
2 colheres de sopa de cenoura
2 palmitos

Frutas
3 a 5 porções
1 porção é:
½ fatia de abacaxi
2 ameixas
½ papaia
½ maçã

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Leguminosas
1 porção
1 porção é:
1 concha de feijão com caldo ou ½ concha de grão de bico

Carnes, aves, peixes, ovos


1 a 2 porções
1 bife (64g) ou 1 filé de frango (100g)

Pães, cereais tubérculos, raízes e massas


5 a 9 porções
1 porção é:
4 colheres de sopa de arroz
1 pão francês
2 colheres de sopa grandes de batata cozida
3 ½ colheres de sopa de macarrão

MENOPAUSA
O que é a menopausa?
É o nome que se dá à última menstruação espontânea da mulher. O período da vida
que antecede e precede a menopausa é chamado climatério (vai dos 45 aos 60 anos).
Nessa fase, os ovários deixam de produzir os hormônios estrogênios e progestóge-
no, de forma gradativa até perderem de vez a capacidade de funcionar. A mulher
então deixa de ter a capacidade reprodutiva.
Não é uma doença, é apenas um estágio na vida da mulher. No entanto, ocorrem
diversas modificações no organismo feminino nessa fase que podem predispor o
aparecimento e o agravamento de várias doenças.
A principal característica da menopausa é a parada das menstruações.
No entanto, em muitas mulheres, a menopausa se anuncia por irregularidades menstru-
ais, menstruações mais escassas, hemorragias, menstruações mais ou menos frequen-
tes. Outros sinais e sintomas característicos como ondas de calor, alterações do sono,
da libido e do humor, bem como atrofia dos órgãos genitais, aparecem em seguida.
Não existe idade predeterminada para a menopausa. Geralmente ocorre entre os
45 e os 55 anos, no entanto, pode ocorrer a partir dos 40 anos sem que isso seja
uma anormalidade. É dita menopausa precoce quando ocorre espontaneamente
ou por cirurgia antes dos 40 anos.
Não há relação entre a primeira menstruação e a idade da menopausa, nem tão
pouco existe relação entre a idade familiar da menopausa e a sua.

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Algumas mulheres têm poucos ou nenhum sintoma durante o período da menopau-
sa (climatério), a maioria poderá sentir alguns sintomas e apresentar alguns sinais:
- ondas de calor
- suores noturnos
- insônia
- menor desejo sexual
- irritabilidade
- depressão
- ressecamento vaginal
- dor durante o ato sexual
- diminuição da atenção e memória

De acordo com recentes estudos, as ondas de calor ocorrem em mais de 50%


das mulheres que entram na menopausa e sua frequência diminui para 30% das
mulheres após três anos de menopausa. Apesar disso, os sintomas podem persistir
em 16 % das mulheres com 67 anos de idade.

Causa dos sintomas da menopausa


O estrogênio, mais especificamente o estradiol, é o hormônio natural e básico
da mulher. Sua produção começa na adolescência, quando é responsável pelo
aparecimento dos sinais sexuais secundários na mulher e vai até a menopausa.
A falta de estrogênio causa as ondas de calor ou fogachos, de forma variável, em
aproximadamente 75% a 80% das mulheres. O estrogênio também é responsável
pela textura da pele feminina e pela distribuição de gordura. Sua falta causará a
diminuição do brilho da pele e uma distribuição de gordura mais masculina, ou
seja, na barriga.
É a falta de estrogênio que causa a secura vaginal, que acaba por afetar o desejo
sexual, pois transforma as relações em algo desagradável e doloroso.
O estrogênio também é relacionado ao equilíbrio entre as gorduras no sangue,
o colesterol. Estudos mostram que as mulheres na menopausa têm uma chance
muito maior de sofrerem ataques cardíacos ou doenças cardiovasculares.
Outra alteração importante na saúde da mulher pela falta de estrogênio é a irrita-
bilidade e a depressão. O estrogênio está associado a sentimentos de bem-estar e
elevada autoestima, e a falta dele pode causar depressão em graus variados.
Por último, o estrogênio é responsável pela fixação do cálcio nos ossos. Após a
menopausa, grande parte das mulheres passará a perder o cálcio dos ossos, doen-
ça chamada osteoporose, responsável por fraturas e por grande perda na qualida-
de de vida da mulher.

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