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Preambulo
Desde 1986, tem vindo a ser atribuída especial importância às medições, tendo em
consideração as disposições legais relativas a empreitadas de obras públicas, estabelecidas
actualmente no DL59/991, artigo 202, no qual se faz referência a que os métodos e critérios a
adoptar para realização das medições serão obrigatoriamente estabelecidos no Caderno de
Encargos e, em caso de alterações, os novos critérios de medição que porventura se tornem
necessários, deverão desde logo ser definidos.
De salientar que, embora não existam Normas oficiais de medição nem Normas
definidas pelo LNEC, tem vindo a ser prática corrente considerar como “Normas do LNEC” os
critérios definidos na publicação base anteriormente referida.
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c) Proporcionar às entidades adjudicantes a avaliação das propostas cujos preços
foram formulados com idêntico critério, bem como permitir, de um modo
facilitado, a quantificação das variações que se verifiquem durante a construção,
devidas a trabalhos a mais e a trabalhos a menos ou a erros e omissões de
projecto;
d) Possibilitar às empresas um acesso simplificado a informação eventualmente
tipificada e informatizada relativa a trabalhos-tipo, permitindo assim a
formulação de propostas para concurso com bases determinísticas sólidas,
nomeadamente as relativas a custos de fabrico, directos, indirectos, de
estaleiro, de subempreitadas, etc.;
e) Proporcionar às empresas adjudicatárias uma sistematização de procedimentos
relacionada com o controlo dos diversos trabalhos a executar, nomeadamente
os devidos a rendimentos de recursos que proporcionam o cálculo das
quantidades de materiais e a avaliação das quantidades de mão-de-obra (MO),
de equipamentos ou de outros recursos a utilizar na execução dos trabalhos;
f) Facilitar o estabelecimento dos planos de inspecção e ensaios aplicados ao
controlo de qualidade e da segurança4 na execução dos diferentes trabalhos;
g) Facilitar a elaboração dos autos de medição5 e o pagamento das situações
mensais, no prazo de execução da obra, e a elaboração da Conta da
empreitada6, quando da recepção provisória da obra;
h) Estabelecer as bases para que as empresas realizem a análise e o controlo de
custos de trabalhos.
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Este Decreto-Lei, que revogou o DL 405/93, manteve a redacção do artigo relativo às
medições dos trabalhos, antes já descritos no DL 235/86. Salienta-se que o DL 235/86 (que
revogou o DL 48871) tornou obrigatória a indicação das regras de medição no caderno de
encargos, em substituição da anterior redacção “Quando for julgado conveniente, o caderno de
encargos indicará…”
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Segundo o artigo 203 do DL 59/99 do capítulo relativo ao pagamento por medição, deverá
proceder-se obrigatoriamente à medição de todos os trabalhos executados, mesmo que estes
não se considerem previstos no projecto nem devidamente ordenados e independentemente
da questão de saber se devem ou não ser pagos ao empreiteiro.
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Na proposta de empreitada por série de preços (artigo 76 do DL 59/99), o preço total será o
que resulta da soma dos produtos dos preços unitários pelas respectivas quantidades de
trabalho constantes do mapas-resumo, e nesse sentido se considerará corrigido o preço total
apresentado pelo empreiteiro, quando diverso do que os referidos cálculos produzam.
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A este propósito deve salientar-se as recentes disposições estabelecidas no DL 155/95,
(Transposição da Directiva n.º 92/57/CEE) acerca da “Segurança e Saúde a Aplicar nos
Estaleiros Temporários ou Móveis” que, entre outras exigências, estabelece a obrigatoriedade
de existir um “Plano de Segurança e Saúde” [11], sendo para o efeito a caracterização dos
trabalhos a executar um elemento fundamental.
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Salienta-se que os autos de medição, além dos trabalhos previstos (cuja natureza e
quantidade foram previstas como base do concurso), devem ser discriminados, quando
existirem, com as seguintes designações e significados:
1. Trabalhos devidos a erros de projecto: são trabalhos da mesma espécie dos previstos
cujas quantidades a mais e a menos resultam de erros do projecto reclamados pelo
empreiteiro nos prazos legais.
2. Trabalhos devidos a omissões do projecto: são trabalhos de espécie diferente dos
previstos resultantes de omissões do projecto reclamados pelo empreiteiro nos prazos
legais.
3. Trabalhos a mais e a menos da mesma espécie dos previstos: são trabalhos da mesma
natureza dos previstos ou das omissões, executados nas mesmas condições, e cujas
quantidades diferem das previstas.
4. Trabalhos a mais e a menos de espécie diferente dos previstos: são trabalhos de
natureza diferente dos previstos e das omissões, ou executados em condições
diferentes das previstas. Estes trabalhos devem ser subdivididos em:
a) trabalhos com preços já acordados: discriminados com a indicação das datas
em que os preços foram acordados, tendo em vista a definição dos índices base
para cálculo da revisão de preços
b) trabalhos com preços por acordar.
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Durante a execução dos trabalhos, a situação dos pagamentos é efectuada com base na sua
medição (mensal, salvo estipulado em contrário), sendo para tal elaborada a respectiva conta
corrente no prazo de 11 dias, com especificação das quantidades de trabalhos apuradas, dos
preços unitários, do total creditado, dos descontos a efectuar, dos adiantamentos concedidos
ao empreiteiro e do saldo a pagar a este.
Para a liquidação da empreitada (no prazo de 44 dias após a recepção provisória) é eleborada
a conta da empreitada da qual constam entre outros, os valores de todas as medições
efectuadas, o mapa de todos os trabalhos executados a mais ou a menos dos previstos no
contrato, com a indicação dos preços unitários pelos quais se procedeu à sua liquidação, bem
como daqueles sobre os quais existam reclamações.
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Princípios de base
As medições podem ser elaboradas a partir do projecto ou da obra, sendo as regras de
medição aplicáveis a ambos os casos; porém, na medição sobre projecto, os medidores
deverão ter conhecimento e experiência suficientes para poderem equacionar e procurar
esclarecer, junto dos autores de projecto, as faltas de informação que são indispensáveis à
determinação das medições e ao cálculo dos custos dos trabalhos.
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Tendo como referência a Portaria 428/95, considera-se importante salientar que, em caso de
divergências entre esses documentos integrados no contrato, as regras de interpretação dos
documentos que fazem parte de uma empreitada são os seguintes:
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BIBLIOGRAFIA
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