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CIVIL NO CONTRATO DE
TRANSPORTE
P ro f . M s c . S OA N E LO P E S
DO CONTRATO DE TRANSPORTE
CONCEITO:
CONCEITO :
Contrato pelo qual alguém (o
transportador) se obriga, mediante
uma determinada remuneração, a
transportar, de um local para outro,
pessoas ou coisas, por meio
terrestre (rodoviário e ferroviário),
aquático (marítimo, fluvial e
lacustre) ou aéreo (art. 730 do CC).
CONTRATO DE TRANSPORTE
o transportador,
o passageiro e
a transladação.
CONTRATO DE TRANSPORTE
Natureza jurídica:
Contrato bilateral ou sinalagmático,
oneroso, consensual.
Contrato comutativo, pois as partes sabem
de imediato quais são as suas prestações.
Na grande maioria das vezes, o contrato
constitui-se em um contrato de adesão, por
não estar presente a plena discussão das
suas cláusulas.
EM REGRA, O CONTRATO É DE CONSUMO .
Art. 731 do CC “o transporte
exercido em virtude de autorização,
permissão ou concessão, rege-se
pelas normas regulamentares e pelo
que foi estabelecido naqueles atos,
sem prejuízo do disposto neste
Código”.
Dessa forma, haverá a aplicação concomitante das
normas de Direito Administrativo, particularmente
aquelas relacionadas à concessão do serviço
público, com as normas previstas no CC/2002 CC/ 2002.
2002 .
Anote-
Anote - se, ademais, que o serviço público também é
considerado um serviço de consumo,consumo , nos termos do
art.
art . 22 do CDC.
CDC . A título de exemplo, haverá relação
de consumo entre passageiro e empresa privada
prestadora do serviço público de transporte (nesse
sentido, ver:
ver : STJ, REsp 226.
226 . 286/RJ,
286 /RJ, 1999/
1999 / 0071157-
0071157 -
2 , DJ 24.
24 . 09.
09 . 2001,
2001 , RSTJ 151/
151 / 197)
197 ) .
RESPONSABILIDADE CIVIL NO CONTRATO
DE TRANSPORTE
O transporte de pessoas é aquele pelo qual o
transportador se obriga a levar uma pessoa e
a sua bagagem até o destino, com total
segurança, mantendo incólume os seus
aspectos físicos e patrimoniais.
São partes no contrato o transportador,
transportador que é
aquele que se obriga a realizar o transporte, e
o passageiro,
passageiro aquele que contrata o
transporte, ou seja, aquele que será
transportado mediante o pagamento do preço,
denominado passagem.
passagem
Repise-
Repise - se que a obrigação assumida
pelo transportador é sempre de
resultado,
resultado , justamente diante dessa
cláusula de incolumidade,
incolumidade , o que
fundamenta a sua responsabilização
independentemente de culpa, em
caso de prejuízo (responsabilidade
objetiva).
objetiva) .
Essa responsabilidade objetiva é evidenciada pelo
art.
art . 734 do CC,
CC que preconiza que o transportador
somente não responde nos casos de força maior
(evento previsível, mas inevitável).
inevitável) .
O caso fortuito (evento totalmente imprevisível) do
mesmo modo constitui excludente,
excludente até porque
muitos doutrinadores e a própria jurisprudência
consideram as duas expressões como sinônimas
(ver: STJ, REsp 259.261/SP, Rel. Min. Sálvio de
Figueiredo Teixeira, 4.ª Turma, j. 13.09.2000, DJ
16.10.2000, p. 316).
Ainda a respeito do art. art . 734,
734 , caput, do CC,
CC , o
dispositivo não admite como excludente de
responsabilidade a cláusula de não indenizar
(cláusula excludente de responsabilidade ou cláusula
de irresponsabilidade),
irresponsabilidade) , previsão contratual inserida
no instrumento do negócio que afasta a
responsabilidade da transportadora.
transportadora . O comando
apenas confirma o entendimento doutrinário e
jurisprudencial anterior, consubstanciado na Súmula
161 do STF (“Em contrato de transporte é inoperante
a cláusula de não indenizar”).
indenizar”) .
Art. 735 do CC: “A responsabilidade contratual do transportador
por acidente com o passageiro não é elidida por culpa de
terceiro contra qual tem ação regressiva”.
regressiva” .
“APAGÃO AÉREO”. ?
A culpa exclusiva de terceiro é admitida como excludente no
transporte de coisas?
TRANSPORTE GRATUITO
Flávio Tartuce
Complementando, não se considera gratuito o
transporte quando, embora feito sem
remuneração, trouxer ao transportador
vantagens indiretas (art. 736, parágrafo
único, do CC).
Nesses casos, a responsabilidade daquele que
transportou outrem volta a ser contratual
objetiva.
objetiva Pode ser citado como vantagens
indiretas auferidas o pagamento de
combustível ou pedágio por aquele que é
transportado.
Enunciado n. 559 CJF/STJ, da VI Jornada
de Direito Civil (2013), segundo o qual
“no transporte aéreo, nacional e
internacional, a responsabilidade do
transportador em relação aos
passageiros gratuitos, que viajarem por
cortesia, é objetiva, devendo atender à
integral reparação de danos
extrapatrimoniais ”.
patrimoniais e extrapatrimoniais”.
Art. 738 do Código Civil: “a pessoa
transportada deve sujeitarse às normas
estabelecidas pelo transportador, constantes
no bilhete ou afixadas à vista dos usuários,
abstendo-
abstendo - se da prática de quaisquer atos que
causem incômodo ou prejuízo aos
passageiros, danifiquem o veículo, dificultem
ou impeçam a execução normal de serviço.” -
deveres do passageiro .
Se o prejuízo sofrido por pessoa transportada
for atribuível à transgressão de normas pelo
próprio passageiro,
passageiro o juiz reduzirá
equitativamente a indenização, na medida em
que a vítima houver concorrido para a
ocorrência do dano (art. 738, parágrafo único,
do CC).
MODELO DE CONCAUSALIDADE APLICADO
PARA CASO DE RESPONSABILIDADE OBJETIVA.
OBJETIVA .
STJ – Pingente de trem x Surfista de trem.
trem .
TRANSPORTE DE COISAS