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MEDIÇÃO DE REATÂNCIAS

Gabriel Becon de Vargas, João Carlos Bedinoto, Jonatas Hein


Alunos do curso de Eng. Elétrica e Eng. Telecomunicações da Universidade Federal do Pampa
Avenida Tiaraju, 810, Bairro Ibirapuitã - CEP 97546-550 - Alegrete – RS - Brasil

Resumo – O artigo consiste na análise do experimento


realizado em laboratório com o tema, medição de reatâncias. Reatância capacitiva:
Dado pela equação abaixo:
Palavras-Chave – reatância, impedância, corrente −1
𝑋𝑐 =
alternada. 2𝜋𝑓𝐶

𝑋𝑐 = reatância capacitiva.
I. INTRODUÇÃO f= frequência em hertz.
C= capacitância.
O trabalho consiste em relatar a análise do
comportamento da tensão e corrente alternada em um A reatância em circuitos de corrente alternada não é
circuito RL. Foram utilizados instrumentos de medição que bem-vinda, mas existe um meio de aplicação controlada em
nos permitiram a medição de tensão, corrente e resistência. circuitos para a passagem ou bloqueio de alguns tipos de sinais
Primeiramente, será apresentada uma fundamentação teórica, elétricos.
sendo esta essencial para o processo de entendimento dos A impedância para o resistor e igual a sua resistência,
experimentos a seguir. Logo após a introdução teórica, será isso indica que a reatância é igual a zero.
apresentada a descrição do experimento e passos feitos para a
obtenção de valores do circuito e suas análises além dos
devidos cálculos para comparação do comportamento do III. RESULTADOS EXPERIMENTAIS
circuito teórico com o prático. Assim determinando o O experimento consistia na análise de dois circuitos
comportamento de um indutor alimentado por fonte de mostrados abaixo:
tensão alterada, e seu efeitos na propagação da corrente da
tensão. Circuito RL:

II. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO

A reatância é uma resistência natural contrária à


variação de corrente e tenção elétrica de capacitores e
indutores, é medida em ohms (Ω) e só é encontrado em
circuitos de corrente alternada.
Somada a resistência elétrica, a reatância forma a
impedância.
A equação que relaciona impedância, resistência e
reatância e dada por:
𝑍 = 𝑅 + 𝑗𝑋
Z= impedância
R= resistência
X= reatância
j= unidade imaginária
Fig. 1. Circuito 1, composto por um indutor e um resistor.
A reatância age de forma diferente em capacitores e
indutores, por isso são divididas entre reatância capacitiva e
reatância indutiva.

Reatância indutiva:
Representado pela equação abaixo:
𝑋𝑙 = 2𝜋𝑓𝐿
𝑋𝑙 = reatância indutiva.
f= frequência em hertz.
L= indutância .
𝑉𝑐 1
𝑍𝑐 = e C1 pela formula |𝑍𝑐| = ,assim os valores
𝐼𝑐 2𝜋𝑓𝐶1
encontrados foram:

60Khz 80Khz 100Khz


Il(pico-pico) 0,187A 0,177A 0,17A
ZL1 37,21 49,26 60,58
L1 98,7 μH 97,99 μH 96,4 μH
Tabela 3. Resultado dos cálculos e medições do circuito1.

50Khz 70Khz 90Khz


Ic 0,146A 0,166A 0,177A
ZL1 82,19 55,9 40,03
Fig. 2. Circuito 2, composto por um capacitor e um resistor.
C1 38,72 nF 40,07 nF 42 nF
Tabela 4. Resultado dos cálculos e medições do circuito2.

Para ambos os circuitos os pontos de medição foram


os mesmos, sendo a única diferença entre os circuitos a Depois de calculado os valores, com os resultados
substituição do segundo elemento, que para o circuito 1 foi mostrados a cima, podemos calcular o valor médio para o
usado um indutor e para o circuito 2 foi usado um capacitor. indutor e para o capacitor sendo assim foram achados os
Os pontos das medidas foram os seguintes: seguintes valores
Vs- tenção sobre os dois elementos em série. Cmédio =40,48 nF.
Vc- tenção sobre o capacitor, circuito 2, e corrente Lmédio = 97,70 μH
sobre o indutor, circuito 1.
Os valores médios de capacitância e indutância que
Os valores dos componentes que foram usados no
deveríamos encontrar deveriam ser próximos aos valores dos
circuito são:
componentes no circuito, devido a imprecisão e interferências
Capacitor 47nF
isso não ocorreu para o valor da capacitância.
Indutor 100μH
Resistor 47Ω
Gráfico das tensões versus frequência pedido no
item p) do roteiro.
A tensão de alimentação foi ajustada no gerador de
sinais, foi configurado uma onda senoidal com uma tenção
de pico-pico de 10V sendo que variávamos sua frequência
conforme indicado no roteiro.
Assim para o circuito 1 foram medidos Vs e VL (Il)
Circuito RL
para diferentes frequências, mostrados na tabela abaixo: 12
10
8
Tensão

60Khz 80Khz 100Khz VS


6
Vs 8,789V 8,319V 7,99V Vl
Vl 6,96V 8,72V 10,3V 4
2 Linear (VS)
Tabela 1. Resultado de medições do circuito1. 0 Linear (Vl)
Para o circuito 2 foi medido Vs e Vc(Ic) para 0 50 100 150
diferentes frequências, resultados na tabela abaixo: Frequência

Gráfico 1. Gráfico dos resultados do circuito 1.


50Khz 70Khz 90Khz
VC 12,1V 9,28V 7,44V
Vs 6,862 7,802 8,319
Tabela 2. Resultado de medições do circuito2.

Depois das medições, foram feitos os cálculos para o


circuito 1 e 2. Sendo que para o circuito 1 foi calculado ZL1
𝑉𝑙
através da formula 𝑍𝑙 = e L1 através da formula |𝑍𝑙| =
𝐼𝑙
2𝜋𝑓𝐿1; e para o circuito 2 foi calculado ZC1 através da formula
V. CONCLUSÃO
Circuito RC Com a aula prática em laboratório e aplicação dos
métodos teóricos aplicados para desenvolvimento do roteiro
15 proposto e após análise geral do circuito apresentado acima,
observa-se o comportamento da tensão e da corrente elétrica,
10 e nota-se que uma defasagem mínima entre a tensão medida
Tensão

Vc
em cima do resistor e a tensão medida no indutor, isto ocorre
Vs devido à ação indutiva no circuito, adiantando a tensão em
5
Linear (Vc) relação à corrente. Os gráficos de tensão e corrente são
0
condizentes as equações obtidas através de valores coletados
Linear (Vs) em laboratório. Porém esta análise contém algumas
0 50 100
discrepâncias, devido principalmente a erros de medição e
Frequência pequenas variações nos valores dos componentes utilizados.

Gráfico 2. Gráfico dos resultados do circuito 2.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Fundamentos de análise de circuitos elétricos, 4ª edição,


David E. Johnson, John L. Hilburn, Johnny R. Johnson.

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