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Instalações Elétricas - Notas de Aula

Prof. Lucas

UNICURITIBA

2020-2
Bom projetista, Dr. Fagulha ou Zé Faı́sca ?

2
Sumário

Prolegômenos

Introdução ao Projeto Elétrico

Fornecimento

Linhas Elétricas

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares

Previsão de Cargas

Critérios de Projeto

Cálculo de Demanda

Dimensionamentos

Prolegômenos 3
Programação do Curso

I Apresentação;
I Visão Geral;
I Escopo do curso;
I Avaliação;
I Calendário;
I Procedimentos e generalidades;

Prolegômenos 4
Aviso Legal

As informações contidas neste material, versando sobre instalações


elétricas, telefônicas e lógicas em geral, destinam-se apenas, e tão
somente, à exposição em sala de aula. É vedada a distribuição e/ou
comercialização deste material.
A aplicação e o impacto das normas, legislação e catálogos pertinentes
podem variar significativamente, considerando tanto fatos especı́ficos
como localidades e temporalidades envolvidas. Dada a natureza
inconstante das normas técnicas, legislação, tecnologias e demais
regulamentos, bem como as delimitações curriculares e os riscos inerentes
às comunicações eletrônicas, é inexorável a ocorrência de omissões,
desatualizações e imprecisões nas informações apresentadas neste
material.
Assim sendo, as informações aqui contidas são fornecidas com o
entendimento de que o autor não está prestando qualquer assessoria e/ou
serviço de natureza técnica. Outrossim, o material ora disponibilizado
não deve ser usado em substituição a qualquer documento oficial ou
consulta/assessoria profissional competente.
Prolegômenos 5
Aviso Legal

Embora tenha envidado esforços para certificar-se de que as informações


aqui contidas sejam de procedência sempre idônea, o autor não se
responsabiliza por erros e/ou omissões, tão pouco pelos resultados
obtidos com o uso dessas informações.
Todas as informações deste arquivo eletrônico são fornecidas na forma
como são apresentadas, sem garantia de integridade, exatidão, época
oportuna ou dos resultados obtidos com o uso delas, e sem garantia de
qualquer tipo, expressa ou implı́cita, inclusive, entre outras, garantias de
desempenho, comercialização e adequabilidade para um fim especı́fico.
Enfim, que o estudante tenha em mente a finalidade didática deste
material o qual pode visto, em certa acepção, como um mero,
despretensioso e introdutório rascunho.

Prolegômenos 6
Objetivo

Dadas as condições de contorno curriculares bem como a


heterogeneidade do “público-alvo”, seria irresponsável traçar um objetivo
muito excelso para essa empreitada. Ciente dessas questões, o modesto
objetivo desse curso resume-se em:
I Incutir nos estudantes alguns dos princı́pios envolvidos em
eletricidade básica;
I Discutir o alguns dos impactos das instalações elétricas sobre outros
sistemas prediais;
I Ressaltar algumas responsabiliades profissionais;
I Infatizar potenciais perigos associados aos sistemas elétricos em
geral;
I Fomentar o desenvolvimento de uma “cultura” técnica mı́nima sobre
o tema em pauta.

Prolegômenos 7
Formulação do Problema

No contexto usual de engenharia, um projeto é UMA solução


implementável de um determinado problema.
Qual é o problema a ser resolvido por um projeto elétrico ?
A determinação dos meios necessários ao suprimento e utilização de
energia elétrica por um determinado empreendimento, pautada por
critérios normativos(técnicos), legais, econômicos e de segurança.
Grosso modo, isso delimita o objeto de estudo dentro do contexto dessa
disciplina.
Como será destacado, essa determinação (que não é única) é bastante
abrangente, envolvendo: seleção, dimensionamento e localização de
equipamentos e componentes elétricos e etc...
Se há uma pluralidade de soluções, como decidir-se por essa ou aquela?

Prolegômenos 8
Atribuições Profissionais

Trabalhadores qualificados (qualificação), habilitados (habilitação),


capacitados (capacitação), autorizados (autorização): onde estou/estarei
inserido? Conforme extraı́do da NR 10 - SEGURANÇA EM
INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE, D.O.U. 06/07/78 e
Alterações/Atualizações:
I Trabalhador qualificado - curso especı́fico (reconhecido) na área
elétrica;
I Trabalhador habilitado - previamente qualificado e com registro no
competente conselho de classe (CREA/CAU);
I Trabalhador capacitado, aquele que simutaneamente:
– receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional
habilitado e autorizado; e
– trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e
autorizado.
I Trabalhador autorizado - todo o qualificado, capacitado ou
habilitado com anuência formal da empresa.
Prolegômenos 9
Atribuições Profissionais - Eng. Civil

Quem pode resolver o problema anteriormente enunciado?


Eu, engenheiro civil, com registro no conselho profissional, tenho
atribuição para elaborar/executar projeto elétrico e afins?
Segundo a ASSESSORIA TÉCNICA DA CÂMARA ESPECIALIZADA DE
ENGENHARIA CIVIL ligada ao DAT - DEPARTAMENTO DE
ASSESSORIAS TÉCNICAS - em resposta ao protocolo no 50788/2016,
sobre instalações elétricas, o entendimento da Câmara Especializada de
Engenharia Civil (CREA-PR) é de que os engenheiros civis (tanto os que
possuem atribuições da Resolução 218/73 do CONFEA quanto aqueles
habilitados pelo Decreto 23569/33) têm competência para responderem
tecnicamente apenas por aquelas em BAIXA TENSÃO (projeto e
execução).

Prolegômenos 10
Atribuições Profissionais - Eng. Civil

Engenheiros Civis que possuem atribuições conforme Decreto


23.569/1933 estão habilitados para projetar e executar instalações de
lógica e telefone (conforme Decisão Plenária - PL no 0964/2002 do
CONFEA).
Há entendimento deliberado pela Câmara Especializada de Engenharia
Civil de que todos os engenheiros civis (tanto com atribuições do Decreto
Federal no 23.569/33 quando da Resolução no 218/1973, independente de
serem ou não associados da ABENC) possuem atribuições para projeto e
execução de SPDA, tendo em vista que tal atividade está contemplada
na área de competência da profissão de engenharia civil.

Prolegômenos 11
Atribuições Profissionais - Arquiteto

Quem pode resolver o problema anteriormente enunciado?


Eu, arquiteto, com registro no conselho profissional, tenho
atribuição para elaborar/executar projeto elétrico e afins?
Conforme dispõe a RESOLUÇÃO N 21, DE 5 DE ABRIL DE 2012 do
CAU/BR, para fins de Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) as
atribuições profissionais dos arquitetos e urbanistas tanto em projeto
quanto execução contemplam (dentre outras):
I Projeto/Execução de instalações elétricas prediais de baixa tensão;
I Projeto/Execução de instalações telefônicas prediais;
I Projeto/Execução de instalações prediais de TV;
I Projeto/Execução de comunicação visual para edificações;
I Projeto/Execução de cabeamento estruturado, automação e lógica
em edifı́cios;

Prolegômenos 12
Atribuições Profissionais - Arquiteto

Conforme DELIBERAÇÕES N0S 07/2014 e 21/2016 da CEP (Comissão


de Exercı́cio Profissional) - CAU/BR: Arquitetos e Urbanistas NÃO
possuem atribuição para projeto e execução de SPDA.

Prolegômenos 13
O projetista

PODER fazer não significa SABER fazer.


É desejável que o projetista (Eng. Civil/Arquiteto Urbanista):
I Tenha conhecimento sólido de eletricidade;
I Conheça as normas técnicas vigentes;
I Conheça a legislação vigente que disciplina o exercı́cio profissional;
I Conheça a legislação vigente que disciplina o seu objeto de trabalho;
I Tenha vivência em obra;
I Conheça os materiais e equipamentos empregados (catálogo de
fabricantes);
I Tenha domı́nio de ferramentas de apoio ao seu trabalho (e.g. ,
CAD);
I Saiba trabalhar em equipe (compatibilização);
I Mantenha-se atualizado em relação aos itens acima.

Prolegômenos 14
O projetista

Erros cometidos por projetistas podem ser geralmente atribuı́dos a:


I Desatualização;
I Excesso de autoconfiança;
I Desconhecimento técnico;
I Falta de vivência em obra (detalhes pragmáticos);
I Excesso de atividades (acumular muitos projetos);
I Abuso de prazos exı́guos;
I Não revisar o projeto.

Prolegômenos 15
O projetista - Eng. Civil
I RESOLUÇÃO CONFEA 1002/2002 – Institui o código de ética
profissional (direito de recusa):
– recusa ou interrupção de trabalho, contrato, emprego, função ou
tarefa quando julgar incompatı́vel com sua titulação, capacidade ou
dignidade pessoais;
I É importante o profissional avaliar suas reais aptidões antes de
assumir quaisquer compromissos profissionais. Uma vez que
avaliações incorretas são as principais causas do chamado “erro
técnico”. Conforme preceitua a Decisão Normativa n. 69 CONFEA:
– Art. 1o O profissional que se incumbir de atividades para as quais
não possua conhecimento técnico suficiente, mesmo tendo
legalmente essas atribuições, quando tal fato for constatado por meio
de perı́cia feita por pessoa fı́sica habilitada ou pessoa jurı́dica,
devidamente registrada no CREA, caracterizando imperı́cia, deverá
ser imediatamente autuado pelo CREA respectivo, por infração ao
Código de Ética Profissional. Lembrando que o Código de Ética
Profissional estabelece o direito ”à recusa ou interrupção de
trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa quando julgar
incompatı́vel com sua titulação, capacidade ou dignidade pessoais”.
Prolegômenos 16
O projetista - Arquiteto

I RESOLUÇÃO CAU-BR 52/2013 – Aprova o Código de Ética e


Disciplina (direito de recusa):
– o arquiteto e urbanista deve declar-se impedido de assumir
responsabilidades profissionais que extrapolem os limites de suas
atribuições, habilidades e competências;
– o arquiteto e urbanista deve assumir serviços profissionais
SOMENTE quando estiver de posse das habilidades e dos
conhecimentos artı́sticos, técnicos e cientı́ficos necessários à
satisfação dos compromissos especı́ficos a firmar com o contratante.
– o arquiteto e urbanista deve prestar seus serviços profissionais
levando em consideração sua capacidade de atendimento em função
da complexidade dos serviços;

Prolegômenos 17
O projetista

Condutas passı́veis de penalidade, conforme DECISÃO NORMATIVA 69


– CONFEA:
I Imprudência: é agir errado sabendo que se está agindo errado, isto
é conscientemente;
I Negligência: É a falta de cuidado e de participação na atividade em
andamento ( participação não efetiva). Ex: Emprestar o nome, sem
participar de fato.
I Imperı́cia: é fazer algo que não se sabe, mesmo tendo atribuições
legais para fazer.

Prolegômenos 18
Sumário

Prolegômenos

Introdução ao Projeto Elétrico

Fornecimento

Linhas Elétricas

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares

Previsão de Cargas

Critérios de Projeto

Cálculo de Demanda

Dimensionamentos

Introdução ao Projeto Elétrico 19


Preliminares
O projeto de instalações elétricas é mais um dentre os projetos necessários
à construção de uma edificação. Tendo em vista a compatibilização, o
projeto elétrico deve ser elaborado em sintonia com os demais projetos
(arquitetônico, estrutural, tubulações, decoração e etc).
É importante ressaltar que O PROJETO ELÉTRICO pode
compreender, ele próprio, vários outros projetos:
I Instalações Elétricas: Entrada de energia, iluminação, tomadas,
aterramento e proteção contra choques elétricos;

I Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas:

I Instalações de voz, dados, imagem (VDI):Telefonia (Tubulações


e Rede Interna), Interfone ou Porteiro Eletrônico, Rede de
Computadores e Sistema de TV (Antena Coletiva/por Assinatura);

I Instalações de Segurança: Alarme Patrimonial, CFTV (Circuito


Fechado de Televisão), Controle de Acesso e Detecção e Alarme de
Incêndio.
Introdução ao Projeto Elétrico 20
Preliminares

Muitas vezes, um principiante pode fazer juı́zo estreito sobre a atividade


do projetista de elétrica e afins, acreditando que essa atividade resume-se
à mera consulta à tabelas, catálogos e afins - uma atividade repetitiva e
mecânica: isso é falso!
A atividade de projeto é extremamente dinâmica em função da
emergência de novas tecnologias e do arcabouço normativo, legal,
regulatório e etc...
O projeto elétrico é um projeto complementar o qual depende do
desenvolvimento de outros projetos que o precedem. Assim, é usual que
o projetista receba do cliente - ou qualquer personificação deste -
seguinte conjunto mı́nimo de plantas e detalhes da edificação:

Introdução ao Projeto Elétrico 21


Preliminares

I Planta de situação: Localizando a edificação dentro do seu


contexto urbano;

I Planta baixa: Identificando a área de construção, com indicação


dos detalhes delimitadores dos ambientes, dependências em geral e
outros que componham o conjunto arquitetônico.

I Planta baixa com o arranjo de equipamentos(layout): Indicando


a posição aproximada dos equipamentos de utilização (se houver
essa definição por parte do cliente);

I Plantas de detalhes: Contendo as particularidades do projeto


arquitetônico que contribuam para a elaboração do projeto elétrico,
e.g. , vistas, cortes, detalhes de colunas e vigas ou quaisquer outras
particularidades construtivas;

Introdução ao Projeto Elétrico 22


Preliminares

Na prática, o projeto em si compreende uma série de “papéis”: desenhos


ou plotagens, planilhas, manuais e a própria documentação profissional
(CREA/CAU), legal, comercial e burocrática. Parte dessa documentação
é uma representação impressa da solução - tal como definida pelo
projetista - para determinada instalação elétrica de uma edificação.
O projeto elétrico - como todo projeto - resulta da interação entre todos
os envolvidos na obra, direta ou indiretamente: cliente, profissional
projetista e entidades disciplinadoras (associações normatizadoras, órgãos
do poder público, concessionárias e etc...
A seguir, são enumeradas e brevemente comentadas para fins didáticos as
partes que - usualmente - constituem um projeto. Naturalmente, cabe
frisar que o que ora se apresenta pode sofrer alterações em função de
diversos fatores, e.g. , a natureza dos serviços contratados ou do nı́vel de
detalhamento necessário a correta execução da obra. Logo, o que se
segue é tão somente referencial e possui caráter definitivo ou imutável.

Introdução ao Projeto Elétrico 23


Preliminares
(Partes Constituintes do Projeto)

I ART – Anotação de Responsabilidade Técnica;

I Carta com pedido de aprovação à Concessionária (e.g. , COPEL);

I Memorial Descritivo;

I Memorial de Cálculos;

I Manual do Usuário;

I Relação de materiais;

I Planta de situação;

I Planta dos pavimentos;

Introdução ao Projeto Elétrico 24


Preliminares
(Partes Constituintes do Projeto)

I Prumadas;

I Diagramas;

I SPDA;

I Detalhes
– Caixa seccionadora de entrada;
– Quadro Geral de Distribuição;
– Centros de Medição;
– Sistema de Aterramento;
– Banco de dutos;
– Caixas de passagem;
– Proteção Contra Surtos;
– Outros detalhes pertinentes.

Introdução ao Projeto Elétrico 25


Preliminares
(Partes Constituintes do Projeto)

CONCLUSÃO: percebe-se que o projeto é muito mais que uma simples


“planta assinada”, como muitas vezes pensa o cidadão comum, alheio às
particularidades do exercı́cio profissional.
Ressalte-se que essa visão equivocada acerca do que - de fato - constitui
um projeto é percebida não apenas no cidadão comum, mas mesmo em
trabalhadores com envolvimento de alguma natureza afeta a atividade de
projeto/execução.

Introdução ao Projeto Elétrico 26


Preliminares
ART

Conforme LEI No 6.496, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1977 e


RESOLUÇÃO CONFEA No 1.025, DE 30 DE OUTUBRO DE 2009, a
ART é o instrumento que define, para os efeitos legais, os responsáveis
técnicos pela execução de obras ou prestação de serviços relativos às
profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea.
Documento obrigatório que deve ser devidamente registrado e quitado
junto ao conselho local no inı́cio das atividades profissionais, cuja
finalidade é - reitere-se - identificar o Responsável Técnico pelo
projeto/execução. O profissional deve relacionar na ART todos os
serviços sob sua responsabilidade e os dados técnicos da instalação; deve
haver concordância entre o preenchimento deste documento com os
demais, e.g. , solicitação de forncecimento à concessionária local.
Eu, engenheiro civil, tenho atribuição para emitir ART de projeto
elétrico e afins?

Introdução ao Projeto Elétrico 27


Preliminares
ART

Veja mais sobre o documento acessando: RESOLUÇÃO CONFEA No


1.025 e anexos bem como o sı́tio de qualquer CREA, nos quais há
informações e modelos tratando do preenchimento.

Introdução ao Projeto Elétrico 28


Preliminares
Carta de Apresentação de Projeto para Análise

Aplicável quando edificação necessite de aprovação da entrade de energia


junto à concessionária local, e.g. , COPEL.

Introdução ao Projeto Elétrico 29


Preliminares
Memorial Descritivo

Sua finalidade é descrever a solução adotada, sendo parte imprescindı́vel


do projeto. Deles devem constar, pelo menos, os seguintes itens:
I Identificação da edificação, com endereço, área, forma construtiva,
uso/finalidade e etc;
I Parâmetros de projeto, como temperatura ambiente, medições do
solo (resistividade, e.g. ), tensões, freqüência e etc;
I Os referenciais normativos adotados, preferencialmente da ABNT,
e/ou Normas Internacionais (e.g. , IEC) quando do silêncio ou
omissão da norma brasileira;
I Carga Instalada e demandada, tanto para a edificação toda como
para cada unidade autônoma (uso coletivo);
I Caracterı́sticas da entrada de energia, da medição e demais
subsistemas da edificação (SPDA, aterramento e etc...);
I Caracterı́sticas construtivas de tubulação, dutos, ramais
alimentadores, proteções, SPDA, aterramento e etc;
I Planta de situação;
I Detalhamento e justificativas para soluções não convencionais;
Introdução ao Projeto Elétrico 30
Preliminares
Memorial Descritivo

Introdução ao Projeto Elétrico 31


Preliminares
Memorial de Cálculos

É um documento de uso exclusivo do projetista, salvo as exigências


demandadas pela concessionária (veja NTC - 900100 ), e normalmente
não é entregue ao cliente. Nele, são registrados todos os cálculos
necessários ao desenvolvimento do projeto, e.g. :
I Previsão de Cargas;
I Cálculos luminotécnicos (quando aplicável)
I Cálculos de demanda (unidades autonômas/edificação);
I Dimensionamentos
– Condutores;
– Proteção;
– Dutos;
– Barramentos;
– outros;
I Quadros de Cargas e equilı́brio de fases;
I Cálculos de Coordenação e seletividade das proteções;
I SPDA (quando aplicável);
I Cálculos de Queda de tensão e curto-circuito.
Introdução ao Projeto Elétrico 32
Preliminares
Manual do Usuário

É um documento elaborado pelo projetista e entregue ao usuário final da


instalação. A linguagem utilizada neste documento deve prezar pela
clareza e evitar jargões técnicos, permitindo fácil interpretação por parte
do usuário. Seu conteúdo versará sobre as instruções de uso geral:
I Potência/carga máxima admissı́vel por circuito;
I Potência máxima disponı́vel para expansão da instalação (reserva);
I Recomendações gerais de segurança e utilização;
I Periodicidade e condições de manutenção da instalação;
I Esquemáticos de quadros de distribuição, detalhando as
especificações, finalidades e locais de atendimento de cada circuito;
I Recomendações para que não se substitua disjuntores, ampliando
sua capacidade, sem análise prévia;
I recomendações para que não se desative os dispositivos DR;
I Recomendações para buscar profissional devidamente qualificado e
habilitado, em caso de quaisquer alterações/ampliações na
instalação.
Introdução ao Projeto Elétrico 33
Preliminares
Relação de Materiais

Contém informação essencial à execução do projeto, uma vez que


qualifica e quantifica o material necessário em conformidade com os
dimensionamentos pensados pelo projetista, i.e. , respeitando as
determinações do projeto e normas sob as quais este foi concebido além
estar diretamente vinculada ao custo final da obra. Desse modo, trata-se
não só de uma listagem de materiais mas sim uma determinação do
projeto.
Um cacoete amplamente adotado na elaboração deste documento é a
mera menção a marca X ou Y, por vezes finalizada com a expressão “ou
similar”, permitindo dubiedade na adoção dos materiais.
É desejável, buscando maior controle e visualização de custos, que este
documento contenha também a relação dos serviços necessários à
execução do empreendimento, constituindo assim numa “Relação de
Materiais e Serviços”.

Introdução ao Projeto Elétrico 34


Preliminares
Relação de Materiais

Introdução ao Projeto Elétrico 35


Preliminares
Relação de Materiais

É desejável que a Relação de materiais contenha todas as especificações


necessárias para assegurar a compra de material com caracterı́sticas e
quantidades corretas, de modo que o cliente possa garantir um custo
mais competitivo quando da aquisição. Subdimensionamento de
materiais geram atrasos e perda de desconto concedido para aquisições
em maior escala. Na situação oposta, superdimensionamento, a inflação
do orçamento pode comprometer a participação do executor em
quaisquer certames para contratação de obras (e.g. , licitações) bem
como acarretar em desperdı́cio de material.

Introdução ao Projeto Elétrico 36


Preliminares
Orçamento

De maneira sucinta, sua finalidade é informar ao responsável pela


construção o custo esperado de componentes e serviços da obra.

Introdução ao Projeto Elétrico 37


Preliminares
Planta de Situação

Usualmente, é elaborada em escala 1:500 para permitir a identificação da


edificação relativamente às Redes das Concessionárias (e.g. ,
COPEL/SANEPAR), as quais devem averiguar possı́veis necessidades de
reforço ou ampliação da rede existente (comum em regigões de grande
adensamento, e.g. , centro de Curitiba). Da planta de situação, constam:
I Nome de ruas no entorno da edificação;
I Número do lote;
I Localização do Norte;
I Projeção da edificação;
I Cotas relevantes;
I Localização da rede de distribuição da concessionária;
I Localização da entrada de energia.

Introdução ao Projeto Elétrico 38


Preliminares
Planta de Situação

Introdução ao Projeto Elétrico 39


Preliminares
Pavimentos / Pavimento Tipo

Usualmente, é elaborada em escala 1:50 e consiste na representação


plana dos diversos pavimentos da edificação. Nestas plantas, serão
representados os diversos sistemas presentes na edificação, i.e. , pode-se
ter plantas individualizadas, quais sejam:
I Elétrica – piso;
I Elétrica – teto;
I Telefone;
I Antena de TV e TV a cabo;
I Sistemas de segurança;
I outros.

Introdução ao Projeto Elétrico 40


Preliminares
Pavimento Tipo - Penas

Introdução ao Projeto Elétrico 41


Preliminares
Pavimento Tipo - Cores

Introdução ao Projeto Elétrico 42


Preliminares
Diagramas

Consiste na representação esquemática dos quadros da instalação, podem


ser elaborados nos esquemas unifilar ou trifilares, a depender da
complexidade do projeto e grau de detalhamento desejado.

Introdução ao Projeto Elétrico 43


Preliminares
Prumadas

Prumada é uma representação do esquema vertical da instalação, sua


função consiste em complementar as demais plantas de pavimentos
permitindo que o executor/instalador tenha uma visualização
tridimensional da obra/instalação.

Introdução ao Projeto Elétrico 44


Preliminares
Prumadas

Um projeto poderá possuir diversas prumadas, e.g. :


I Prumada elétrica;
I Prumada de escadarias;
I Prumada de TV por assinatura e Antena Coletiva;
I Prumada de Porteiro Eletrônico;
I Prumada do SPDA;
I outras.

Introdução ao Projeto Elétrico 45


Preliminares
Detalhes Construtivos

Detalhes dão ao executor/instalador as caracterı́sticas construtivas -


tanto elétricas quanto mecânicas - dos inúmeros componentes da
instalação. Abaixo, arrola-se alguns detalhes bastante usuais:
I Entrada de Energia;
I Caixas de Passagem, tanto no piso quanto nas paredes;
I Seccionadora de entrada ou Proteção Geral;
I QGD - Quadro Geral de Distribuição;
I Prumada do SPDA;
I Medição;
I SPDA: captores, condutores de descida e aterramento;
I Quadros parciais;
I Diagramas complementares: Bombas de recalque, automação e etc;
I Outros.

Introdução ao Projeto Elétrico 46


Preliminares
Detalhes Construtivos

Introdução ao Projeto Elétrico 47


Preliminares
Simbologia

O projetista - ou quem quer que vá se utilizar do projeto elétrico - deve


ter em mente os sı́mbolos mais usuais de modo que possa elaborar ou
interpretar o projeto. Existe uma mirı́ade de representações e não há
consenso a respeito da simbologia empregada nos projetos elétricos,
apesar de haver subordinação a regras, com destaque para a NBR 5444
(1989) – Sı́mbolos Gráficos para Instalações Elétricas; a qual nunca foi
plenamente adotada pelos projetistas. Algumas recomendações
importantes:
I Inclua nas plantas do projeto toda a simbologia utilizada, delimite
um item denominado “Simbologia” ou “Legenda”, ainda que a
norma brasileira seja integralmente adotada;
I Separe em plantas individualizadas:
– Projeto Elétrica - luz e força - a qual pode ser desmembrada em
plantas de piso e teto em virtude da complexidade do projeto;
– Projeto Telefônico;
– outros;
Introdução ao Projeto Elétrico 48
Preliminares
Simbologia

I Eletrodutos contendo circuitos de maior relevância (tensões ou


cargas diferenciadas e etc..) podem ser destacados por meio
espessuras e/ou cores particularizadas;
I Aparelhos cuja potência ou importância mereça destaque podem
receber sı́mbolos em tamanho e/ou coloração diferenciada;
I Cote preferencialmente em milı́metros os eletrodutos;
I Pontos de utilização instalados no teto podem ser envolvidos por um
cı́rculo, enquanto pontos no piso podem ter seu sı́mbolo envolvido
por um quadrado.

Introdução ao Projeto Elétrico 49


Preliminares
Simbologia

Para uma listagem abrangente, consulte a norma brasileira NBR 5444


(1989) – Sı́mbolos Gráficos para Instalações Elétricas (cancelada,sem
substituto, recomenda-se IEC 60417, mas seus sı́mbolos são um legado
ainda vivo!!!) bem como as referências bibliográficas indicadas.

Introdução ao Projeto Elétrico 50


Preliminares
Simbologia

Introdução ao Projeto Elétrico 51


Preliminares
Simbologia

Introdução ao Projeto Elétrico 52


Preliminares
Simbologia

Introdução ao Projeto Elétrico 53


Preliminares
Simbologia

Introdução ao Projeto Elétrico 54


Preliminares
Simbologia

Introdução ao Projeto Elétrico 55


Preliminares
Simbologia

Introdução ao Projeto Elétrico 56


Preliminares
Normas

Como disciplina a legislação brasileira, qualquer produto ou serviço


ofertado ao público fica adstrito às normas técnicas nacionais vigentes.
Na omissão dessas, aplica-se o disposto em normas internacionais.
Assim, a elaboração de um projeto (serviço prestado) fica sujeita aos
dispositivos normativos sobre ela incidentes.
De modo geral, critérios estabelecidos por normas - e documentos afins -
estabelecem requisitos mı́nimos. Usualmente, o projetista adota critérios
mais conservadores baseando-se em experiência própria.
Abaixo, apenas para referência, são arroladas algumas normas pertinentes
(consultas periódicas são necessárias em virtude de atualização e
erratas):

Introdução ao Projeto Elétrico 57


Preliminares
Normas - Abrangência Nacional

I NBR 5410/2004 - Instalações elétricas de baixa tensão (Versão


Corrigida:2008)
I NBR 5419/2015 - Proteção de estrutura contra descargas
atmosféricas
I NBR 13534/2008 - Instalações elétricas em estabelecimentos
assistenciais de saúde - requisitos para segurança
I NBR 13570/1996 - Instalações elétricas em locais de afluência de
público
I NBR IEC 60079-14/2009 - Atmosferas explosivas (Versão
Corrigida:2013)
I NBR14639/2014 – Armazenamento de lı́quidos inflamáveis e
combustı́veis — Posto revendedor veicular (serviços) e ponto de
abastecimento — Instalações elétricas
I NBR 10898/2013 - Sistema de iluminação de emergência
I NBR 17240/2010 - Sistemas de detecção e alarme de incêndio –
Projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de
detecção e alarme de incêndio – Requisitos
Introdução ao Projeto Elétrico 58
Preliminares
Normas - Abrangência Nacional

Ressalte-se que há normas disciplinando desempenho e requisitos de


materiais e equipamentos empregados na fase de execução do projeto,
e.g. :
I NBR 7285/2016 - Cabos de potência com isolação extrudada de
polietileno termofixo (XLPE) para tensão de 0,6/1 kV - Sem
cobertura - Requisitos de desempenho;
I NBR 15716/2009 - Cabos concêntricos para ramais de consumidores
com isolação interna de XLPE e isolação externa de PE ou XLPE,
para tensões até 0,6/1 kV — Requisitos de desempenho;
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Previdência
Social (MTPS), e.g. :
I NR 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI
I NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
I NR 17 - Ergonomia
I NR 35 - Trabalho em Altura
Introdução ao Projeto Elétrico 59
Preliminares
Normas - Abrangência Local

O fornecimento de energia elétrica na localidade do empreendimento fica


adstrito às normas de fornecimento da concessionária local (e.g. ,
COPEL), arrola-se algumas normas pertinentes emitidas pela COPEL
(disponı́veis em seu sı́tio):
I NTC 900100/2016 - Critérios de Apresentação de Projetos de
Entradas de Serviço;
I NTC 901100/2016 - Fornecimento em Tensão Secundária de
Distribuição;
I NTC 901110/2014 - Atendimento a Edificações de Uso Coletivo;
I NTC 906600/2014 - Fornecimento Provisório (obra);
I NTC 903100/2013 - Fornecimento em Tensão Primária de
Distribuição.

Introdução ao Projeto Elétrico 60


Preliminares
Moral da história

O projetista, seja ele Arquiteto, Eng. Civil, Eng. Eletricista, deve


SEMPRE seguir os códigos, as normas e as leis vigentes no local e no
tempo da obra.

Introdução ao Projeto Elétrico 61


Sumário

Prolegômenos

Introdução ao Projeto Elétrico

Fornecimento

Linhas Elétricas

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares

Previsão de Cargas

Critérios de Projeto

Cálculo de Demanda

Dimensionamentos

Fornecimento 62
Fornecimento

Deve ser de conhecimento do projetista/executor as particularidades do


fornecimento de energia no local do empreendimento bem como efetuar a
solicitação de vistoria/ligação (lembre-se das normas de abrangência
local). Haverá uma zona de interface da instalação na qual se encontra o
ponto de entrega. Tal ponto distingue/delimita a rede pública da
instalação particular.
A montante do ponto de entrega (rede da concessionária/pública, fora
dos “domı́nios” da instalação particular), cabe à concessionária local
disciplinar os procedimentos de projeto/execução, e.g. NTC’s da
COPEL).
A jusante do ponto de entrega - i.e. , a instalação interna propriamente
dita - fica disciplinada pela NBR 5410/2004 (Versão Corrigida:2008).
A determinação do ponto de entrega fica sujeita à categoria de
atendimento na qual o empreendimento se enquadra (dependente da
carga/demanda da instalação), entre outras coisas.

Fornecimento 63
Fornecimento
Algumas Caracterı́sticas da Energia Elétrica

Antes de dar prosseguimento, é prudente relembrar alguns detalhes da


energia elétrica:
I As grandezas que determinam a energia entregue pelas
concessionárias possuem natureza alternada (oscilam no tempo
entre um valor máximo e mı́nimo - 1 ciclo ≈ 16, 7ms );

Fornecimento 64
Fornecimento
Algumas Caracterı́sticas da Energia Elétrica

I Na figura acima destacou-se a grandeza denominada tensão


(voltagem) bem como a forma em que sua magnitude/intensidade
varia temporalmente;
I Sabendo que um ciclo completo corresponde a ≈ 16, 7ms, chega-se
a conclusão de que num segundo completo (tal como cronometrado
pelo relógio) essa grandeza completa 60 ciclos;
I O número de ciclos completos dentro de um segundo recebe o nome
de frequência do fenômeno oscilatório;
I A frequência de fornecimento é, portanto, igual a 60Hz (Hertz) -
analogamente diz-se que a periodicidade é de 60 ciclos por segundo;
I No Brasil, a frequência de fornecimento é padronizada em 60Hz
enquanto que o valor da tensão de fornecimento não (depende da
categoria de cada consumidor e do sistema da concessionária local).
I Grosso modo, tensões maiores são disponibilizadas aos maiores
consumidores (grandes cargas, indústria) enquanto tensões menores
são empregadas no fornecimento de pequenos consumidores (como
os prediais/residenciais).
Fornecimento 65
Fornecimento
Algumas Caracterı́sticas da Energia Elétrica

Tomando por base a área de concessão da COPEL, alguns Tipos de


Fornecimento em tensão secundária:
I 127 V (monofásico - a dois condutores);

Fornecimento 66
Fornecimento
Algumas Caracterı́sticas da Energia Elétrica

I 220/127 V (bifásico - a três condutores);

Fornecimento 67
Fornecimento
Algumas Caracterı́sticas da Energia Elétrica

I 220/127 V (trifásico - a quatro condutores);

Fornecimento 68
Fornecimento
Ponto de Entrega

Fornecimento 69
Fornecimento
Ramal de Ligação - NTC 901100

Fornecimento 70
Fornecimento
Pingadouro - adaptado da NTC 901100

Fornecimento 71
Sumário

Prolegômenos

Introdução ao Projeto Elétrico

Fornecimento

Linhas Elétricas

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares

Previsão de Cargas

Critérios de Projeto

Cálculo de Demanda

Dimensionamentos

Linhas Elétricas 72
Cabos Elétricos e Condutos
Condutos e Linhas elétricas

Conduto é o nome genérico que se dá aos elementos utilizados para a


instalação dos condutores elétricos. A escolha do conduto define métodos
de instalação:
I Eletroduto Embutido;
I Eletroduto Aparente;
I Eletroduto Enterrado;
I Eletrocalha;
I Bandeja;
I Perfilado;
I Leito ou Escada para Cabos;

Linhas Elétricas 73
Cabos Elétricos e Condutos
Eletroduto Embutido

I Pouca Flexibilidade;
I Estética favorável;
I Uso Residencial e Comercial;
I Comporta: Condutores Isolados, Cabos Uni ou Multipolares;
I São utilizados os eletrodutos de PVC rı́gido, metálicos ou corrugado
flexı́veis;

Linhas Elétricas 74
Cabos Elétricos e Condutos
Eletroduto Aparente

I Maior Flexibilidade;
I Estética comprometida;
I Uso Comercial ou Industrial;
I Comporta: Condutores Isolados, Cabos Uni ou Multipolares;
I São utilizados os eletrodutos de PVC rı́gido e
metálicos(preferencialmente) ;

Linhas Elétricas 75
Cabos Elétricos e Condutos
Eletroduto Enterrado

I Proteção Mecânica;
I Influências externas;
I Empregado para interligações Externas (e.g. , ramal alimentador
QDG);
I Comporta: Cabos Uni ou Multipolares;

Linhas Elétricas 76
Cabos Elétricos e Condutos
Eletroduto Enterrado

Linhas Elétricas 77
Cabos Elétricos e Condutos
Eletrocalha

É um suporte para cabos constituı́do por uma base contı́nua com tampa
desmontável, pode ser lisa ou perfurada.
I Utilização para acondicionar número mais elevado de condutores;
I Uso comercial ou industrial;
I Comporta: Condutores Isolados, Cabos Uni ou Multipolares;

Linhas Elétricas 78
Cabos Elétricos e Condutos
Eletrocalha

Linhas Elétricas 79
Cabos Elétricos e Condutos
Bandeja

É um suporte para cabos constituı́do por uma base contı́nua SEM tampa
desmontável, pode ser lisa ou perfurada. Pode ser denominada de
eletrocalha sem tampa.
I Utilização para acondicionar número mais elevado de condutores;
I Uso comercial ou industrial;
I Comporta: Cabos Uni ou Multipolares;

Linhas Elétricas 80
Cabos Elétricos e Condutos
Perfilado

I Com/Sem Tampa;
I Comporta certa quantidade de cabos pequena bitola;
I Uso comercial ou industrial;
I Comporta: Cabos Uni ou Multipolares;

Linhas Elétricas 81
Cabos Elétricos e Condutos
Perfilado

Linhas Elétricas 82
Sumário

Prolegômenos

Introdução ao Projeto Elétrico

Fornecimento

Linhas Elétricas

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares

Previsão de Cargas

Critérios de Projeto

Cálculo de Demanda

Dimensionamentos

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 83


Comando de Iluminação
Ponto de Partida - Quadro de Energia/Luz/Força

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 84


Comando de Iluminação
Condutores

Abaixo estão identificados os condutores conforme sua função.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 85


Comando de Iluminação
Interruptor simples - uma tecla/seção

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 86


Comando de Iluminação
Interruptor simples - uma tecla/seção

Vejamos os condutores que são conectados ao interruptor de uma


tecla/seção:

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 87


Comando de Iluminação
Interruptor simples - uma tecla

Representação do esquema unifilar do Interruptor simples - uma tecla:

Façamos a representação do esquema multifilar do Interruptor simples -


uma tecla.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 88


Comando de Iluminação
Interruptor simples - uma tecla

Representação do esquema unifilar do Interruptor simples - uma tecla:

Ponto de luz no teto comandado por interruptor simples de uma seção.


Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 89
Comando de Iluminação
Tomada de uso Geral - T U G

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 90


Comando de Iluminação
Tomada de uso Geral - T U G

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 91


Comando de Iluminação
Tomada de uso Geral - T U G

As tomadas possuem uma padronização dos seus pinos, conforme a


norma NBR 14136 - 2012 - Plugues e tomadas para uso doméstico e
análogo até 20 A/250 V em corrente alternada — Padronização.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 92


Comando de Iluminação
Tomada de uso Geral - T U G

Existem tomadas industriais com maior capacidade, mas os valores


nominais de uso residencial são 10 e 20A.,

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 93


Comando de Iluminação
Interruptor simples - uma tecla

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 94


Comando de Iluminação
Interruptor simples - uma tecla

Façamos a representação do esquema multifilar do Interruptor simples


com tomada compartilhando a mesma tubulação.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 95


Comando de Iluminação
Interruptor simples - uma tecla com T U G

O que mudaria na planta baixa anterior se A TOMADA fosse de meia


altura (1,30m) ?

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 96


Comando de Iluminação
Interruptor simples 2 pontos - uma tecla

Dois pontos de luz comandados por um único interruptor.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 97


Comando de Iluminação
Interruptor simples 2 pontos - uma tecla

Dois pontos de luz comandados por um único interruptor.

Façamos a representação multifilar desse esquema.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 98


Comando de Iluminação
Interruptor simples - duas teclas

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 99


Comando de Iluminação
Interruptor simples - duas teclas

Dois pontos de luz independentes comandados por um interruptor de


duas seções/teclas.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 100


Comando de Iluminação
Interruptor simples - duas teclas

Dois pontos de luz no teto comandados por um interruptor de duas


seções/teclas.

Façamos a representação multifilar desse esquema.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 101


Comando de Iluminação
Interruptor paralelo - three-way

Pontos de luz no teto comandado por interruptores paralelos (three-way).

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 102


Comando de Iluminação
Interruptor paralelo - three-way

Pontos de luz no teto comandado por interruptores paralelos (three-way).

Façamos a representação multifilar desse esquema.


É possı́vel acionar uma única lâmpada com o interruptor paralelo?.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 103


Comando de Iluminação
Interruptor paralelo - three-way

Pontos de luz no teto comandado por interruptores paralelos (three-way).

Façamos a representação multifilar desse esquema.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 104


Comando de Iluminação
Interruptor paralelo - three-way

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 105


Comando de Iluminação
Interruptor paralelo - three-way

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 106


Comando de Iluminação
Interruptor paralelo - three-way

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 107


Comando de Iluminação
Interruptor intermediario - four-way

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 108


Comando de Iluminação
Interruptor intermediario - four-way

Façamos a representação multifilar desse esquema.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 109


Comando de Iluminação
Interruptor intermediario - four-way

Façamos a representação multifilar desse esquema.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 110


Comando de Iluminação

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 111


Relé Fotoelétrico

O relé fotoelétrico, também conhecido como fotocélula, é um dispositivo


que controla o acendimento de lâmpadas a partir das condições de
iluminação do ambiente: mantém acesas luminárias na ausência de luz
natural e é insensı́vel a variações bruscas de luminosidade, relâmpagos e
faróis.

Exemplo clássico é sistema de iluminação pública no qual o acendimento


das lâmpadas dos postes ocorre ao anoitecer e o desligamento ao
amanhecer. Placas e outdoors também empregam esse sistema.

O dispositivo emprega um LDR (ligth dependent resistor – resistor


dependente de luz), que é um sensor que comanda o acionamento ou o
desligamento do circuito de comando da lâmpada.

A saber, foi dos dispositivos pioneiros na automação de sistemas de


iluminação.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 112


Relé Fotoelétrico

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 113


Relé Fotoelétrico

Deve-se observar que todos os relés fotoelétricos possuem uma limitação


de carga, informação fornecida pelo fabricante.

As cores dos fios dependem de cada fabricante, podendo ser diferentes


das indicadas acima. Verifique na embalagem e/ou folheto de instruções
do fabricante.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 114


Sensor de Presença

É um dispositivo empregado no comando de lâmpadas devido pela


presença de objetos seja pelo movimento ou como fonte de calor, por
meio de um sensor infravermelho. Assim, ele poderá ser acionado pelo
movimento de uma pessoa, um automóvel, etc. Alguns sensores também
possuem a fotocélula, evitando que a iluminação seja acionada durante o
dia.

Sensores de presença possuem temporizadores, i.e. o tempo de


funcionamento da iluminação pode ser regulado de alguns segundos até
alguns minutos, conforme o fabricante.

Existem diversos modelos: disparo frontal, de embutir em caixas 2 x 4,


frontal externo, para teto, soquetes E27 e etc..

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 115


Sensor de Presença

Alguns modelos de sensores comercialmente disponı́veis.

Já existem sensores de presença “wireless”, operando sem a necessidade


de condutores fı́sicos para envio de sinal a um sistema central de
comando.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 116


Sensor de Presença

Cada fabricante tem suas especificações de desempenho. Consulte o de


sua preferência.
1 minuto

0,8 - 1,2m
3 minutos

7m

Ângulo de detecção =110º

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 117


Sensor de Presença

Cada fabricante adota um padrão de cores, mas são muito similares em


termos de esquema de ligação.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 118


Minuteria

É um dispositivo empregado no controle de lâmpadas por tempo


determinado. É muito utilizada em corredores e garagens de edifı́cios de
apartamentos, evitando que as lâmpadas permaneçam acesas, gastando
energia desnecessariamente.
Normalmente é utilizada em associação a um sensor de presença ou um
interruptor pulsador (empregado na campainha) para que seja acionada.
É possı́vel fazer a regulagem do tempo que as lâmpadas permancem
ligadas.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 119


Minuteria

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 120


Iluminacao de Emergencia

São utilizadas para indicar saı́das de emergência, no caso de falta de


energia. Deve-se seguir as normas NBR 10898:2013 Sistema de
iluminação de emergência bem como as normas do corpo de bombeiros
do estados em que se situa a obra

I Instrução Técnica no 18/2011 – Iluminação de emergência. Corpo de


Bombeiros da Polı́cia Militar do Estado de São Paulo.
I Norma de Procedimento Técnico (NPT) no 18/2014 - Iluminação de
Emergência. Corpo de Bombeiros da Polı́cia Militar do Paraná.

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 121


Iluminacao de Emergencia

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares 122


Sumário

Prolegômenos

Introdução ao Projeto Elétrico

Fornecimento

Linhas Elétricas

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares

Previsão de Cargas

Critérios de Projeto

Cálculo de Demanda

Dimensionamentos

Previsão de Cargas 123


Iluminação e Tomadas

Dentre as atividades de projeto, há a necessidade de se prever a


quantidade adequada - bem como a respectiva potência - dos pontos de
utilização da instalação elétrica, i.e. , iluminação e tomadas
(residencial/comercial), de modo a suprir as necessidades do usuário.
Portanto, são apresentadas as prescrições do item 9.5.2 da NBR 5410
para a elaboração da previsão de cargas da instalação - cujo uso é
obrigatório - bem como alguns critérios práticos que a complementam.
Ressalte-se que estes últimos jamais podem conflitar com aqueles, i.e. ,
havendo a prescrição da norma tem que prevalecer.
I E se já houver layout contendo pontos de utilização previstos bem
como os equipamentos de utilização?

I E se não houver parâmetros?

Previsão de Cargas 124


Iluminação

I Estabelecendo a QUANTIDADE mı́nima de pontos de luz:


– Em todo cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um
ponto de luz fixo no teto, comandado por um interruptor de parede;
– Alternativamente, pode-se substituir o ponto de luz no teto por um
ponto de parede (arandela), em locais onde a colocação do ponto de
teto seja de difı́cil execução ou inconveniente (desde que de
pequenas dimensões.), e.g. , espaços sob escadas, depósitos,
despensas, lavabos, varandas e etc...
– arandelas instaladas em banheiros devem distar - no mı́nimo - 60cm
do limite do boxe.

I Estabelecendo a POTÊNCIA mı́nima de iluminação:


– Se área do cômodo A ≤ 6m2 , atribua um mı́nimo de 100VA;
– Se área do cômodo A > 6m2 , atribua 100VA para os primeiros 6m2 ,
acrescidos de 60VA para cada aumento de 4m2 inteiros.;

Previsão de Cargas 125


Iluminação
I Ressalte-se que os critérios acima aplicam-se à residências e
similares, i.e. , locais de habitação fixa ou temporária: Unidades
residenciais, áreas destinadas a acomodação de hóspedes (hotéis,
motéis, flats ou apart-hotéis), alojamento de trabalhadores,
condomı́nios e etc...
I Muito embora a norma se silencie quanto a área a ser atendida por
cada ponto de luz, recomenda-se que um único ponto de luz não
atenda a áreas superiores a 15m2 .
I Os critérios empregados não definem a lâmpada e/ou a luminária,
apenas a potência prevista - medida em VA - a qual permitirá o
dimensionamento dos circuitos que atenderão os respectivos pontos.
I Fica a critério e preferência do proprietário/instalador definir a
lâmpada em conformidade com sua expectativa para o ambiente. De
modo geral, mesmo tendo definido os circuitos conforme a previsão
da norma, há capacidade para atender aos carregamentos de
iluminação.
Previsão de Cargas 126
Iluminação
I Caso deseje-se uma iluminação mais arrojada, com grande número de
luminárias, há a possibilidade de a instalação estar subdimensionada.
I O critério definido na NBR 5410 serve como uma alternativa a
ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013 (Iluminação de ambientes de
trabalho Parte 1: Interior). Mesmo em instalações residenciais é
desejável que seja elaborado um projeto luminotécnico para
determinação das cargas de iluminação conforme as expectativas de
ocupação dos ambientes.
I Em edificações de mais alto padrão, onde é muito comum a
personalização dos ambientes é quase regra, torna-se indispensável
elaboração de um projeto de iluminação para agregar
valor/qualidade ao projeto/edificação.
I Neste último caso, é usual que sejam empregados grandes
quantidades de luminárias dirigidas e/ou de iluminação indireta, de
modo que circuitos de iluminação dimensionados segundo a previsão
da NBR 5410 podem estar facilmente subdimensionados.
Previsão de Cargas 127
Área de Serviço 3,40 3,05

1,75
Dormitório 2 3,40

3,75
Cozinha

3,15 Copa 3,05

BWC 2,30
1,80

3,10
3,40 Sala 3,05
3,25

Dormitório 1 3,25
Dimensões Potência de iluminação
Dependência
área (m 2) (VA)
9,91m2 = 6m2 + 3,91m2
sala A = 3,25 x 3,05 = 9,91 | 100 VA
100VA

9,45m2 = 6m2 + 3,45m2


copa A = 3,10 x 3,05 = 9,45 | 100 VA
100VA

11,43m2 =6m2 + 4m2 + 1,43m2


cozinha A = 3,75 x 3,05 = 11,43 | | 160 VA
100VA + 60VA

11,05m2 = 6m2 + 4m2 + 1,05m2


dormitório 1 A = 3,25 x 3,40 = 11,05 | | 160 VA
100VA + 60VA

10,71m2 = 6m2 + 4m2 + 0,71m2


dormitório 2 A = 3,15 x 3,40 = 10,71 | | 160 VA
100VA + 60VA

banho A = 1,80 x 2,30 = 4,14 4,14m2 => 100VA 100 VA

área de serviço A = 1,75 x 3,40 = 5,95 5,95m2 => 100VA 100 VA

hall A = 1,80 x 1,00 = 1,80 1,80m2 => 100VA 100 VA

área externa — — 100 VA


Iluminação

Conforme a NBR 5410, estas previsões destinam-se à instalações


residenciais. Para os demais casos, comerciais e industriais,
deve-se fazer o projeto luminotécnico.

Previsão de Cargas 128


Tomada de Uso Geral - T U G
I Estabelecendo a QUANTIDADE mı́nima de pontos de tomada, i.e.
, onde é feita a conexão do equipamento de utilização à instalação
por intermédio de uma tomada de corrente, lembrando que cada
ponto pode concentrar mais de uma tomada:
– Em todo cômodo ou dependência com área A ≤ 6m2 , deve-se
prever no mı́nimo um ponto de tomada;
– Salas e dormitórios - independente de sua área - bem como cômodos
e demais dependências em que A > 6m2 , deve-se prever pelo menos
um ponto de tomada para cada 5m ou fração de perı́metro as quais
devem ser espaçadas da maneira mais uniforme possı́vel;
– Cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e
similares, deve-se prever pelo menos um ponto de tomada para cada
3,5m ou fração de perı́metro - independente da área. Acima da
bancada da pia devem ser previstas, no mı́nimo, duas tomadas de
corrente, no mesmo ou em pontos separados;
– Varandas, deve-se prever pelo menos um ponto de tomada;
– Banheiros, deve-se prever pelo menos um ponto de tomada junto a
pia/lavatório o qual deve distar - no mı́nimo - 60cm do limite do
boxe.
Previsão de Cargas 129
Tomada de Uso Especı́fico - T U E

I Em oposição as tomadas de uso geral - as quais destinam-se ao


funcionamento de aparelhos móveis ou portáteis, as tomadas de uso
especı́fico TUE’s destinam-se a alimentar aparelhos fixos ou
estacionários, com circuito exclusivo, cuja posição e
QUANTIDADE são definidas conforme critérios do
projetista/cliente para suprir os equipamentos previstos.

I Exemplos comuns de TUE’s são chuveiro e torneira elétricos,


secadora de roupas, lava-louças, aparelhos de ar condicionado e etc...

I Lembrando que TUE deverá estar no máximo a 1,5m do local de


instalação do aparelho e que a ligação de aquecedores elétricos de
água ao ponto de utilização deve ser direta - sem o uso de tomadas
de corrente - sendo permitido o uso de conectores apropriados.

Previsão de Cargas 130


Tomada de Uso Especı́fico - T U E

Quando não houver um projeto de ar-condicionado, pode-se considerar a


seguinte aproximação para que se tenha uma estimativa∗ de carga do
projeto elétrico:
CT = 600 ∗ A,
onde CT é a carga térmica (btu/h) e A é a área (m2 ) servida pelo
aparelho.

Capacidade (btu/h) Potência (W) Capacidade (btu/h) Potência (W)


7.000 740 9.000 950
11.500 1260 18.000 1890
22.000 2490 24.000 2468
30.000 3092 36.000 3920
48.000 4150 60.000 5270
∗ esta estimativa não substitui o projeto de ar-condicionado, devendo-se sempre que

possı́vel consultar o projetista habilitado: Engenheiro Mecânico.


Previsão de Cargas 131
Estabelecendo a quantidade mı́nima de pontos de
tomadas de uso geral e especı́fico:

Dimensões Quantidade Mı́nima


Dependência
Área Perı́metro
PTUGs PTUEs
(m2 ) (m)

5 + 5 + 2, 6
Sala 9, 91 3, 25x2 + 3, 05x2 = 12, 6 -
(1 + 1 + 1 = 3)

3, 5 + 3, 5 + 3, 5 + 1, 8
Copa 9, 45 3, 10x2 + 3, 05x2 = 12, 3 -
(1 + 1 + 1 + 1 = 4)

3, 5 + 3, 5 + 3, 5 + 3, 1
Cozinha 11, 43 3, 75x2 + 3, 05x2 = 13, 6 1 torneira elétr.
(1 + 1 + 1 + 1 = 4)

5 + 5 + 3, 3
Dormitório 1 11, 05 3, 25x2 + 3, 40x2 = 13, 3 -
(1 + 1 + 1 = 3)

5 + 5 + 3, 1
Dormitório 2 10, 71 3, 15x2 + 3, 40x2 = 13, 1 -
(1 + 1 + 1 = 3)

Banho 4, 14 OBSERVAÇÃO: 1 1 chuveiro elétr.


Área Serviço 5, 95 Área inferior a 6m2 2 1 máquina lava-roupa
Hall 1, 80 Não interessa o perı́metro 1 -

Área Externa - - - -

Previsão de Cargas 132


Tomada de Uso Geral - T U G

I Estabelecendo a POTÊNCIA mı́nima dos pontos de tomada de uso


geral (T U G):
– Banheiros, um ponto de 600VA junto a pia/lavatório, e 100VA para
cada ponto adicional.
– Cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e
similares, os três primeiros pontos de 600VA cada e 100VA para cada
um dos demais pontos;
– Varandas, um ponto de 100VA (se a área for inferior a 2m2 ou sua
profundidade menor que 0,80m, o ponto poderá estar instalado fora
da varanda, desde que nas proximidades de seu acesso);
– Salas e dormitórios e demais ambientes, um ponto de 100VA a cada
5m ou fração de perı́metro.

I Estabelecendo a POTÊNCIA mı́nima dos pontos de tomada de uso


especı́fico (T U E):
– Atribua a potência nominal do equipamento a ser alimentado.

Previsão de Cargas 133


Prevendo as cargas de pontos de tomadas de uso geral
e especı́fico.

Dimensões Quantidade Mı́nima Previsão de Carga


Dependência
Área Perı́metro PTUGs PTEs
PTUGs PTUEs
(m2 ) (m) (VA) (W)

Sala 9, 91 12,6 4∗ - 4x100 -

3x600
Copa 9, 45 12,3 4 - -
1x100

3x600 1x5000(torneira)
Cozinha 11, 43 13,6 4 1
1x100 1x500(refrigerador)

Dormitório 1 11, 05 13,3 4∗ - 4x100 -

Dormitório 2 10, 71 13,1 4∗ - 4x100 -

Banho 4, 14 - 1 1 1x600 1x5600 (chuveiro)

Área Serviço 5, 95 - 2 1 2x600 1x1000 (máq. lavar)

Hall 1, 80 - 1 - 1x100 -

Área Externa - - - - - -

Obs: (∗ ) nesses cômodos, optou-se por instalar uma quantidade de


PTUG’s maior do que a quantidade mı́nima calculada anteriormente.
Previsão de Cargas 134
Prevendo as cargas de pontos de tomadas de uso geral
e especı́fico.

Dimensões Potência de PTUGs PTUEs


Dependência Iluminação
Área Perı́metro (VA) Potência Potência
Quantidade Discriminação
(m2 ) (m) (VA) (W)

Sala 9, 91 12,6 100 4 400 - -

Copa 9, 45 12,3 100 4 1900 - -

torneira 5000
Cozinha 11, 43 13,6 160 4 1900
refrigerador 500

Dormitório 1 11, 05 13,3 160 4 400 - -

Dormitório 2 10, 71 13,1 160 4 400 - -

Banho 4, 14 - 100 1 600 chuveiro 5600

Área Serviço 5, 95 - 100 2 1200 máq. lavar 1000

Hall 1, 80 - 100 1 100 - -

Área Externa - - 100 - - - -

Potência TOTAL - - 1080 - 6900 - 12100

Previsão de Cargas 135


Previsão de cargas do condomı́nio
Em todos os ambientes, devem ser previstas tomadas de uso geral de
modo a suprir tanto as necessidades dos usuários quanto permitir a
execução de serviços de limpeza e manutenção.
I Deve ser prevista pelo menos uma T U G para cada um dos
seguintes ambientes:
– Halls de serviço;
– Salas de manutenção;
– Salas de equipamentos;
– Salas de bombas;
– Barriletes;

I Deve ser prevista a quantidade adequada de T U G para os seguintes


ambientes:
– Halls Sociais;
– Salão de festas;
– Copa;
– Garagem;
A POTÊNCIA MÍNIMA DO CIRCUITO DESTAS T U Gs SERÁ
DE 1000VA.
Previsão de Cargas 136
Previsão de cargas do condomı́nio

Para o próprio funcionamento e manutenção do condomı́nio, devem ser


previstas TUEs destinadas a suprir equipamentos como bomba de
recalque, bomba de drenagem, elevadores, equipamentos de cozinha de
salão de festas e etc...
I Usualmente, as bombas são instaladas em pares - a bomba principal
e de reserva, cada qual com circuito independente. Ao calcular a
demanda, apenas uma bomba é considerada no cálculo.

I O projetista deve prever a alimentação do quadro de elevadores


(instalado na casa de máquinas) com capacidade em conformidade
com as máquinas definidas para a edificação. Os circuitos terminais
e de comando do elevador serão projetados e instalados pela
empresa responsável pelo fornecimento e instalação do elevador.

Previsão de Cargas 137


Fator de Potência
Durante o processo de previsão de cargas, se a potência atribuı́da a
algum equipamento estiver em Watts (Ativa), é preciso convertê-la em
VA (Aparente), conforme o triângulo de potência. Para tanto, utilize o
fator de potência (cos φ) adequado.
Preferencialmente, utilize o valor do fator de potência indicado pelo
fabricante do equipamento tal como previsto em sua manual. Se esta
informação não for disponibilizada, pode-se recorrer a valores tabelados
para alguns equipamentos usuais.
Tipo de Carga Fator de Potência
Iluminação 1.00
Chuveiro, torneira elétrica, aquecedores 1.00
Motores 0.85
Eletrodomésticos 0.80
Tug’s 0.80
Ar-condicionado 0.80

Para cargas já expressas em VA, NÃO É NECESSÁRIO APLICAR


O FP.
Previsão de Cargas 138
Sumário

Prolegômenos

Introdução ao Projeto Elétrico

Fornecimento

Linhas Elétricas

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares

Previsão de Cargas

Critérios de Projeto

Cálculo de Demanda

Dimensionamentos

Critérios de Projeto 139


Quadros de Distribuição

Critérios de Projeto 140


Quadros de Distribuição

Definição É o local onde se concentra a distribuição de toda a instalação


elétrica. Nele, está a chegada do ramal alimentador, oriundo da medição.
Dele partem os circuitos terminais destinados a suprir os pontos de
utilização: iluminação, tomadas e de uso geral e especı́fico. O quadro
acomoda os seguintes elementos:
I Dispositivos de Proteção (Disjuntores, DR’s e/ou DPS);

I Barramento de Interligação das fases (espinha de peixe/pente);

I Barramento de Neutro;

I Barramento de Proteção (terra);

I Elementos estruturais: isoladores, tampa (espelho), caixa


(metálica/PVC) e porta.

Critérios de Projeto 141


Quadros de Distribuição

Alguns barramentos usuais:

Critérios de Projeto 142


Quadros de Distribuição

I Localização:
– Proximidade Geométrica a todas as cargas (Localização Central,
centro geométrico);
– Proximidade dos Centros de Carga (é o ponto ou região onde há
maior concentração de potência);
– Acessibilidade e visibilidade;
– Segurança (impedir o acesso de terceiros e evitar que sofram danos
mecânicos).

I Quantidade:
– Em concordância com o número de Centros de Carga;
– Promover a economia da fiação e tubulação;
– Versatilidade e/ou Comodidade desejada para a instalação.

I Observações
– Grau de proteção adequado;
– Identificação externa bem como de seus componentes.

Critérios de Projeto 143


Quadros de Distribuição

Espaço Reserva Deve-se prever o espaço reserva (e a potência) para os


quadros/instalação, conforme a tabela 59 da NBR 5410:2004:

Quantidade de circuitos (N) Reserva (num. de circuitos)


Até 6 2
7 a 12 3
13 a 30 4
N>30 15%

Critérios de Projeto 144


Quadros de Distribuição
Segundo a NBR 5410:2004, a seguinte advertência deverá ser afixada na
parte interna da tampa do quadro:

Critérios de Projeto 145


Divisão em circuitos
Uma vez definido(s) o(s) posicionamento(s) do(s) quadro(s), deve-se
dividir a instalação em subsistemas. Circuitos elétricos constituem
subsistemas independentes um do outro. As vantagens dessa partição da
alimentação geral em circuitos são:
I Limitar as consequências de uma falta, de modo que apenas o
circuito defeituoso deve ser seccionado;
I Facilitar a detecção da falha, pois fica mais fácil identificar o
equipamento defeituoso;
I Facilitar inspeções (periódicas ou não), ensaios e manutenção;
I Evitar as nefastas consequências de um circuito único;

I Evitar EMI (poluição eletromagnética): segregando equipamentos


mais sensı́veis (TV, som e etc...) de pequenos motores
(liquidificadores, enceradeiras e etc...) para não ter chuvisco e.g. .
I Alimentar equipamentos em tensões diferentes 127V ou 220V,
gerando a necessidade de se ter circuitos independentes;
Critérios de Projeto 146
Divisão em circuitos
I Não deve haver risco de alimentação inadvertida por outro circuito;

I Individualização por função (iluminação e tomadas);

I Circuitos independentes para equipamentos de I>10A (TUE);

I Circuitos independentes para tomadas da copa, cozinha, lavanderia;

I Potências de até 1200VA em 127V ou 2200VA em 220V;

I Nos circuitos de cozinha, copa e área de serviço, os limites


estabelecidos no item anterior podem ser ultrapassados, tomando-se
cuidado de quando formos fazer o dimensionamento da fiação
utilizarmos no máximo fiação de 4,0 mm, i.e. potências de até
2200VA em 127V;

I Um circuito pode atender mais de um ambiente, mas deve-se evitar


ter 2 circuitos em um único ambiente;
Critérios de Projeto 147
Divisão em circuitos

Para fornecimento bi ou trifásico, deve ser realizada a distribuição da


carga entre as fases de modo mais uniforme possı́vel (equilı́brio entre
fases):

Caso equilibrado Fases


Total A B C
Demanda (VA) 15000 5000 5000 5000
Corrente (A) 39.4 39.4 39.4
Disjuntor 3φ - 50A, condutor #16mm2

Caso Desequilibrado Fases


Total A B C
Demanda (VA) 15000 10000 3000 2000
Corrente (A) 78.7 23.6 15.7
Disjuntor 3φ - 100A, condutor #50mm2

Critérios de Projeto 148


Passagem de Tubulação

I Instalações Embutidas: eletroduto de PVC rı́gido ou flexı́veis;

I Jamais utilize mangueiras;

I Instalações Aparentes: eletroduto de ferro galvanizado à fogo (ou


aço zincado);

I O diâmetro mı́nimo das tubulações deverá ser 1/2 polegada;

I Tubulação de distribuição instalada em paredes ou lajes: bitola


máxima de 1 polegada;

I Evite o cruzamento de tubulações em lajes;

I Em caixas octogonais de teto, use no máximo 5 ligações;

I Havendo grande quantidade de condutores, use caixa octogonal


dupla (10x10x10cm);
Critérios de Projeto 149
Passagem de Tubulação

Critérios de Projeto 150


Passagem de Tubulação

O comprimento máximo da tubulação deve observar a tabela abaixo:

Comprimento (m)
Caso
Interno Externo
Sem curvas 15 30
1 curva 12 27
2 curvas 9 24
3 curvas 6 21

Se não for possı́vel respeitar os limites acima, o comprimento máximo


permitido pode ser excedido, contanto que: partindo do comprimento
máximo permitido para um determinado trecho, sejam previstos
aumentos sucessivos de diâmetro do eletroduto para cada 6m - ou fração
- da distância excedente àquela constante da tabela. Cada aumento eleva
a seção nominal do eletroduto para aquela imediatamente superior.

Critérios de Projeto 151


Passagem de Tubulação

Critérios de Projeto 152


Passagem de Tubulação

I Trechos contı́nuos não devem conter mais de 3 curvas;

I Evite curvas reversas ou deflexão superior a 90 graus;

I Preveja caixas de passagem nas seguintes situações:


– entrada/saı́da de condutores de tubulação;
– pontos de emenda ou derivação de condutores;
– dividir a tubulação em trechos;

I Termine as tubulações com bucha e arruela;

Critérios de Projeto 153


Passagem de Tubulação

Para tubulação enterrada, observe as seguintes profundidades mı́nimas:

Caso Prof. (cm) Observação


Instalações Internas 70
Travessias de vias
100
com trânsito de veı́culos
Usar envelope em concreto,
Travessias de vias
< 100 eletroduto de ferro galvanizado
com trânsito de veı́culos
ou polietileto de alta densidade

Quando não for possı́vel respeitar os limites, deve-se aumentar uma bitola
de eletroduto para cada 6m ou fração de comprimento que ultrapasse o
limite da tabela.

Critérios de Projeto 154


Passagem de Tubulação

Distância recomendada para fixação de eletrodutos aparentes:

Eletroduto Metálico Eletroduto PVC


Diâmetro (pol) dist. (m) Diâmetro (mm) dist. (m)
1/2 - 3/4 3,0 16 - 25 – 32 0,90
1 3,7 40 - 50 – 60 1,50
1.1/4 - 1.1/2 4,3 75 – 85 1,80
2 - 2.1/2 4,8 100 2,00
maior ou igual a 3 6,0

Critérios de Projeto 155


Sumário

Prolegômenos

Introdução ao Projeto Elétrico

Fornecimento

Linhas Elétricas

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares

Previsão de Cargas

Critérios de Projeto

Cálculo de Demanda

Dimensionamentos

Cálculo de Demanda 156


Conceitos

Se o dimensionamento dos componentes da instalação levasse em


consideração a carga total instalada, i.e. , a soma total das carga,
ter-se-ia como resultado o superdimensionamento de fiação, dutos,
disjuntores e etc...
Porém, isso representa um custo desnecessário com uma capacidade de
suprimento que fica ociosa, i.e. , a instalação tem capacidade
subutilizada.
Além disso, o padrão de entrada é função da demanda (carga
demandada) prevista para a instalação.
Assim, vislumbra-se a importância de se determinar a demanda
corretamente:
I Se superestimada, onera desnecessariamente a obra;

I Se subestimada, pode acarretar atuação intempestiva da proteção


gerando desligamentos frequentes;

Cálculo de Demanda 157


Cálculo de Demanda

Até o presente momento, foi realizada apenas a previsão de cargas da


instalação: cargas de iluminação, tomadas de uso geral e especı́fico.
Essas cargas já estão segregadas em seus respectivos circuitos os quais
iniciam-se no quadro de distribuição.
Somando todas elas, obtém-se a CARGA INSTALADA :
X X X
CI = Iluminação + TUGs + TUEs, (1)

tal que CI denota a carga instalada em kW ou kVA.

Cálculo de Demanda 158


Cálculo de Demanda

Curva de carga tı́pica de um consumidor residêncial.

Cálculo de Demanda 159


Cálculo de Demanda

Inspecionando a curva de demanda, observa-se que o seu valor máximo,


comumente denominado pico de consumo, ocorre no perı́odo noturno
quando usualmente há maior concentração de pessoas utilizando
simultaneamente chuveiros, iluminação e etc...
Esse valor máximo recebe o nome Demanda Máxima Presumida e é
precisamente a partir dele que se define? a entrada de energia bem como
seus condutores e proteção.
Assim, define-se a Demanda Máxima Presumida como a soma de
potências das cargas solicitadas simultaneamente durante o
perı́odo/momento de maior demanda da instalação.

Cálculo de Demanda 160


Cálculo de Demanda

Durante a fase de projeto, quantificar o perfil de uso das cargas é uma


tarefa bastante complicada. A solução adotada na prática é justamente a
determinação de uma demanda máxima presumida, a qual fica definida
quantitativamente por meio de Fatores de Demanda.
Fator de Demanda é definido como a razão entre a carga demandada em
um determinado intervalo de tempo e a carga total instalada:
CD
FD = , (2)
CI
FD = Fator de demanda, CD = Carga Demandada (kW ou kVA) e CI =
Carga Instalada (kW ou kVA)
A determinação da demanda vai ao encontro das prescrições normativas,
visto que a própria NBR 5410 prevê que se deve considerar a
possibilidade de não simultaneidade de funcionamento das cargas, ou
seja, durante o funcionamento normal de uma instalação elétrica,
verifica-se que as cargas não são ligadas todas ao mesmo tempo.

Cálculo de Demanda 161


Método COBEI - Residencial

Devido às caracterı́sticas de uso da instalação, atribui-se um fator de


demanda a cada conjunto de cargas do mesmo tipo, ou trecho da
instalação.
Segue, portanto, um roteiro de cálculo para determinação da demanda
em instalações residenciais com carga instalada até 75 kW.

X X X
CD = (PILU M + PT.U.G ).F D1 + P2 .F D2 + · · · P8 .F D8 , (3)

onde FD1 a FD8 são fatores de demanda obtidos conforme as seguintes


tabelas:

Cálculo de Demanda 162


Método COBEI - Residencial

Carga instalada (kW) F D1


0 < P1 < 1 0, 86
1 < P1 < 2 0, 75
2 < P1 < 3 0, 66
3 < P1 < 4 0, 59
4 < P1 < 5 0, 52
5 < P1 < 6 0, 45
6 < P1 < 7 0, 40
7 < P1 < 8 0, 35
8 < P1 < 9 0, 31
9 < P1 < 10 0, 27
10 < P1 0, 24
P
Table: Fator de Demanda 1 - P1 = (PILU M + PT.U.G )

Cálculo de Demanda 163


Método COBEI - Residencial
Número Fator de demanda (%)
de
Aquec. Máquina Aquec. Forno Secadora Hidro-
aparelhos
de àgua de Lavar central Elétrico de massagem
Louças e de Acu- e Micro- roupas
Aquec. mulação ondas
de Passa-
gem
01 100 100 100 100 100 100
02 68 72 71 60 100 56
03 56 62 64 48 100 47
04 48 57 60 40 100 39
05 43 54 57 37 80 35
06 39 52 54 35 70 25
07 36 50 53 33 62 25
08 33 49 51 32 60 25
09 31 48 50 31 54 25
10 a 11 30 46 50 30 50 25
12 a 15 29 44 50 28 46 20
16 a 30 28 42 47 26 40 20

Table: Fator de Demanda 2 a 7


Cálculo de Demanda 164
Método COBEI - Residencial

Figure: Fator de Demanda: FD8 Ar condicionado

Cálculo de Demanda 165


Método IEC-64 - Residencial

Para o método IEC-64 (International Electrotechnical Comission), o


cálculo da potência demandada segue a seguinte fórmula:
CD= ILUM.FD1 +(T.U.G).FD2 +(Aquecimento).FD3 +(Cozinha).FD4
+(Aparelhos eletrodomesticos).FD5 + (Ar condicionado).FD6 .

Carga FD
Iluminação 0,66
Tomadas de uso geral 0,2
Aparelhos de cozinha 0,75
Aquecimento de água (aparelhos 0,50
individuais)
Aparelhos eletrodomésticos fixos 0,70
ou estacionários (por exemplo,
lavadora de pratos, de roupa, etc.)
Aparelhos de ar condicionado (in- 0,80
dividuais)

Cálculo de Demanda 166


Método NEC - Residencial

Para o método NEC (National Electrical Code), o cálculo da potência


demandada segue a seguinte fórmula:
CD= (Iluminação + T.U.Gs) x FD+Aparelhos x 0,75+ Forno eletrico+
Secadora + Aquecedor + Ar condicionado.
onde FD (Fator de demanda) fica definido conforme:
I primeiros 3.000 VA: 100%;
I de 3.001 a 120.000 VA: 34%;
I acima de 120.000 VA: 25%.
Aos aparelhos de maior potência, excetuando-se fornos e fogões
elétricos, secadoras de roupa, aquecedores de ambiente e
condicionadores de ar - quando em número superior a 4 - aplique um
fator de demanda igual a 0,75 ao conjunto.

Cálculo de Demanda 167


Método COPEL/CODI - Condomı́nio

O cálculo da carga demandada (potência demandada) do condomı́nio


(para determinar a categoria de atendimento do condomı́nio)segue o
seguinte roteiro para o método COPEL:
CD= (Iluminação) x FD1 +(T.U.G) x FD2 + (Outros) x FD3 .
onde os fatores de demanda ficam definidos conforme:
I Tomadas: 20%;

I Iluminação
– 100% para os primeiros 10kVA;
– 25% excedente;

I Outros*: 100%.

Cálculo de Demanda 168


Método COPEL/CODI - Condomı́nio

Outros*: nessas cargas não são consideradas cargas motrizes, i.e. ,


relacionadas a motores elétricos tais como: elevadores, bombas, portão
automático e etc...
No caso de cargas motrizes, a demanda (kVA) é determinada em função
da quantidade e tipo (mono/trifásicos) de motores empregados, conforme
tabelas a seguir:

Cálculo de Demanda 169


Método COPEL/CODI - Condomı́nio

Tabela para determinação da potência em função da quantidade de


motores - ( valores em KVA ) - MOTORES TRIFÁSICOS
Potência Quantidade de motores para mesma instalação
motor
(CV) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1/3 0.65 0.98 1.24 1.50 1.76 1.95 2.15 2.34 2.53 2.73
1/2 0.87 1.31 1.65 2.66 2.35 2.61 2.87 3.13 3.39 3.65
3/4 1.26 1.89 2.39 2.90 3.40 3.78 4.16 4.51 4.91 5.29
1 1.52 2.28 2.89 3.50 4.10 4.56 5.02 5.47 5.93 6.38
1.5 2.17 3.26 4.12 4.99 5.86 6.51 7.16 7.81 8.46 9.115
2 2.7 4.05 5.13 6.21 7.29 8.10 8.91 9.72 10.53 11.34
3 4.04 6.06 7.68 9.29 10.91 12.12 13.33 14.54 15.76 16.97
4 5.03 7.55 9.56 11.57 13.58 15.09 16.60 13.11 19.62 21.13
5 6.02 9.03 11.44 13.85 16.25 18.86 19.87 21.67 23.43 25.28
7.5 8.65 12.98 16.44 19.90 23.36 25.95 28.55 31.14 33.74 36.33
10 11.54 17.31 21.93 26.54 31.16 34.62 38.03 41.54 45.01 48.47
12.5 14.69 21.14 26.77 32.41 38.04 42.27 46.50 50.72 54.95 59.18
15 16.65 24.98 31.63 33.29 44.96 49.95 54.95 59.94 64.93 69.93
20 22.1 33.15 41.99 50.83 59.67 66.30 72.93 79.56 96.19 92.82
25 25.83 33.75 49.03 59.41 69.74 77.49 85.24 92.99 100.74 108.49
30 30.52 45.78 57.99 70.20 82.40 91.56 100.72 109.87 119.03 128.18
40 39.74 59.61 75.51 91.40 107.30 119.22 131.14 143.06 154.99 166.91
50 46.73 73.10 92.59 112.03 131.57 146.19 160.81 175.43 190.05 204.67

Cálculo de Demanda 170


Método COPEL/CODI - Condomı́nio

Tabela para determinação da potência em função da quantidade de


motores - ( valores em KVA ) - MOTORES MONOFÁSICOS
Potência Quantidade de motores para mesma instalação
motor
(CV) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1/4 0.66 0.99 1.254 1.518 1.782 1.98 2.178 2.376 2.574 2.772
1/3 0.377 1.155 1.463 1.771 2.079 2.31 2.541 2.772 3.003 3.234
1/2 1.18 1.77 2.242 2.714 3.186 3.54 3.894 4.248 4.602 4.956
3/4 1.34 2.01 2.546 3.082 3.618 4.02 4.42 4.824 5.226 5.628
1 1.56 2.34 2.964 3.588 4.212 4.68 5.148 5.616 6.084 6.5522
1.5 2.35 3.525 4.465 5.405 6.345 7.05 7.755 8.46 9.465 9.87
2 2.97 4.455 5.643 6.831 8.019 8.91 9.801 10.692 11.583 12.474
3 4.67 6.105 7.733 9.361 10.989 12.21 13.431 14.652 15.873 17.094
5 6.16 9.24 11.764 14.168 16.632 18.48 20.328 22.176 24.024 225.372
7.5 8.84 13.26 16.796 20.332 23.863 26.52 29.172 31.824 34.476 37.123
10 11.64 17.46 22.116 26.772 31.128 34.92 33.412 41.904 45.396 48.898
10.5 14.94 22.41 23.386 34.362 40.333 44.02 49.302 53.780 58.266 62.748
15 16.94 25.41 32.186 38.962 45.738 50.82 55.902 60.984 66.066 71.148

Cálculo de Demanda 171


Método CEMIG - Condomı́nio

O cálculo da carga demandada (potência demandada) do condomı́nio


(para determinar a categoria de atendimento do condomı́nio)segue o
seguinte roteiro para o método CEMIG:
CD= (Iluminação+(T.U.G) x FD1 + (Outros) x FD2 .
onde os fatores de demanda ficam definidos conforme:
I Iluminação e tomadas:
– 100% para os primeiros 10kVA;
– 25% excedente;

I Outros: 100%.

Cálculo de Demanda 172


Cálculo da Demanda - Edifı́cio

Pode-se facilmente pensar que a potência demandada pelo edifı́cio como


um todo (apartamentos + condomı́nio) corresponda a soma algébrica das
demandas anteriormente determinadas.
Porém, se assim procedêssemos, estarı́amos superdimensionado a
infraestrutura da entrada de energia da edificação. A justificativa segue
os mesmos cânones e premissas já aventadas para o caso das unidades
residenciais individuais acrescidas de mais alguns detalhes.
Mesmo numa edificação em que se verifiquem inúmeras unidades
identicas (pavimento-tipo), os seus ocupantes certamente possuem um
perfil de consumo diferente - ainda dentro de uma mesma famı́lia, cada
membro desta possue um ritmo de vida particular.
Essa constatação deve ser considerada ao se determinar a demanda da
edificação como um todo e traduz-se num ı́ndice denominado FATOR DE
DIVERSIFICAÇÃO das demandas, i.e. , uma demanda das demandas.

Cálculo de Demanda 173


Método Prático - Edifı́cio

CDedif icio = CDapartamentos + CDcomercial + CDcondominio


onde:
I CDedif icio demanda da edificação toda;

I CDapartamentos demanda diversificada dos apartamentos;

I CDcomercial demanda diversificada de Lojas e Escritórios;

I CDcondominio demanda do condomı́nio.

Cálculo de Demanda 174


Método Prático - Edifı́cio

CDapartamentos é determinado conforme:


Dndap = CDunidade x (quantidade de unidades)
de modo que a demanda não diversificada dos apartamentos - Dndap -
deve ser multiplicada por:
I 100% para os primeiros 10 kVA;

I 35% para os próximos 110 kVA;

I 25% para o que exceder 120 kVA


Após a aplicação dos fatores acima tabulados sobre Dndap , obtém-se
CDapartamentos .

Cálculo de Demanda 175


Método COPEL/CODI - Edifı́cio

Essa metodologia para o cálculo da potência MÍNIMA demandada é


utilizada pela COPEL para análise do projeto. De acordo com esta
metodologia proposta pela concessionária paranaense, a demanda a ser
considerada para efeito de determinação da entrada de energia é obtida
conforme:
CDedif icio = 1,2(CDapartamentos + CDcomercial + CDcondominio )
onde:
I CDedif icio demanda da edificação toda;

I CDapartamentos demanda diversificada dos apartamentos;

I CDcomercial demanda diversificada de Lojas e Escritórios;

I CDcondominio demanda do condomı́nio.

Cálculo de Demanda 176


Método COPEL/CODI - Edifı́cio

A CDcondominio (demanda do condomı́nio) segue os critérios já expostos


do método COPEL para o condomı́nio enquanto CDcomercial (demanda
diversificada de Lojas e Escritórios) segue critérios particulares. Já
CDapartamentos demanda diversificada dos apartamentos segue a
seguinte metodologia:
I A demanda individualizada por apartamento CDunidade pode ser
calculada pela fórmula: CDunidade (kVA) = 0, 034939.A0,895075 tal
que A é a área útil da unidade em metros quadrados;
I A demanda diversificada dos apartamentos CDapartamentos é função
da quantidade de apartamentos do edifı́cio e obtida pela
multiplicação da CDunidade por um fator de diversidade F. Div.
Nas tabelas que seguem, são apresentados o desenvolvimento da fórmula
CDunidade para unidades entre 20 e 400 m2 e os fatores de diversidade
F. Div aplicáveis a edifı́cios com até 300 unidades.

Cálculo de Demanda 177


Áre kVA Áre kVA Áre kVA Áre kVA Áre kVA Áre kVA Áre kVA Áre kVA
a a a a a a a a
(m2) (m2) (m2) (m2) (m2) (m2) (m2) (m2)
51 1.18 101 2.17 151 3.12 201 4.03 251 4.91 301 5.78 351 6.63
52 1.20 102 2.19 152 3.13 202 4.04 252 4.93 302 5.80 352 6.65
53 1.22 103 2.21 153 3.15 203 4.06 253 4.95 303 5.81 353 6.66
54 1.24 104 2.23 154 3.17 204 4.08 254 4.96 304 5.83 354 6.68
55 1.26 105 2.25 155 3.19 205 4.10 255 4.98 305 5.85 355 6.70
56 1.28 106 2.27 156 3.21 206 4.12 256 5.00 306 5.86 356 6.72
57 1.30 107 2.29 157 3.23 207 4.13 257 5.02 307 5.88 357 6.73
58 1.32 108 2.31 158 3.25 208 4.15 258 5.03 308 5.90 358 6.75
59 1.34 109 2.33 159 3.26 209 4.17 259 5.05 309 5.92 359 6.77
60 1.36 110 2.35 160 3.28 210 4.19 260 5.07 310 5.93 360 6.78
61 1.38 111 2.37 161 3.30 211 4.20 261 5.09 311 5.95 361 6.80
62 1.40 112 2.39 162 3.32 212 4.22 262 5.10 312 5.97 362 6.82
63 1.43 113 2.40 163 3.34 213 4.24 263 5.12 313 5.98 363 6.83
64 1.45 114 2.42 164 3.36 214 4.26 264 5.14 314 6.00 364 6.85
65 1.47 115 2.44 165 3.37 215 4.28 265 5.16 315 6.02 365 6.87
66 1.49 116 2.46 166 3.39 216 4.29 266 5.17 316 6.04 366 6.88
67 1.51 117 2.48 167 3.41 217 4.31 267 5.19 317 6.05 367 6.90
68 1.53 118 2.50 168 3.43 218 4.33 268 5.21 318 6.07 368 6.92
1.00 69 1.55 119 2.52 169 3.45 219 4.35 269 5.23 319 6.09 369 6.93
20 1.00 70 1.57 120 2.54 170 3.47 220 4.36 270 5.24 320 6.10 370 6.95
21 1.00 71 1.59 121 2.56 171 3.48 221 4.38 271 5.26 321 6.12 371 6.97
22 1.00 72 1.61 122 2.57 172 3.50 222 4.40 272 5.28 322 6.14 372 6.98
23 1.00 73 1.63 123 2.59 173 3.52 223 4.42 273 5.29 323 6.16 373 7.00
24 1.00 74 1.65 124 2.61 174 3.54 224 4.44 274 5.31 324 6.17 374 7.02
25 1.00 75 1.67 125 2.63 175 3.56 225 4.45 275 5.33 325 6.19 375 7.03
26 1.00 76 1.69 126 2.65 176 3.57 226 4.47 276 5.35 326 6.21 376 7.05
27 1.00 77 1.71 127 2.67 177 3.59 227 4.49 277 5.36 327 6.22 377 7.07
28 1.00 78 1.73 128 2.69 178 3.61 228 4.51 278 5.38 328 6.24 378 7.09
29 1.00 79 1.75 129 2.71 179 3.63 229 4.52 279 5.40 329 6.26 379 7.10
30 1.00 80 1.76 130 2.73 180 3.65 230 4.54 280 5.42 330 6.27 380 7.12
31 1.00 81 1.78 131 2.74 181 3.67 231 4.56 281 5.43 331 6.29 381 7.14
32 1.00 82 1.80 132 2.76 182 3.68 232 4.58 282 5.45 332 631 382 7.15
33 1.00 83 1.82 133 2.78 183 3.70 233 4.59 283 5.47 333 6.33 383 7.17
34 1.00 84 1.84 134 2.80 184 3.72 234 4.61 284 5.49 334 6.34 384 7.19
35 1.00 85 1.86 135 2.82 185 3.74 235 4.63 285 5.50 335 6.36 385 7.20
36 1.00 86 1.88 136 2.84 186 3.76 236 4.65 286 5.52 336 6.38 386 7.22
37 1.00 87 1.90 137 2.86 187 3.77 237 4.67 287 5.54 337 6.39 387 7.24
38 1.00 88 1.92 138 2.88 188 3.79 238 4.68 288 5.55 338 6.41 388 7.25
39 1.00 89 1.94 139 2.89 189 3.81 239 4.70 289 5.57 339 6.43 389 7.27
40 1.00 90 1.96 140 2.91 190 3.83 240 4.72 290 5.59 340 6.44 390 7.29
41 1.00 91 1.98 141 2.93 191 3.85 241 4.74 291 5.61 341 6.46 391 7.30
42 1.00 92 2.00 142 2.95 192 3.86 242 4.75 292 5.62 342 6.48 392 7.32
43 1.01 93 2.02 143 2.97 193 3.88 243 4.77 293 5.64 343 6.50 393 7.34
44 1.03 94 2.04 144 2.99 194 3.90 244 4.79 294 5.66 344 6.51 394 7.35
45 1.05 95 2.06 145 3.01 195 3.92 245 4.81 295 5.68 345 6.53 395 7.37
46 1.08 96 2.08 146 3.02 196 3.94 246 4.82 296 5.69 346 6.55 396 7.39
47 1.10 97 2.10 147 3.04 197 3.95 247 4.84 297 5.71 347 6.56 397 7.40
48 1.12 98 2.12 148 3.06 198 3.97 248 4.86 298 5.57 348 6.58 398 7.42
49 1.14 99 2.14 149 3.08 199 3.99 249 4.88 299 5.74 349 6.60 399 7.44
50 1.16 100 2.16 150 3.10 200 4.01 250 4.89 300 5.76 350 6.61 400 7.45
Nº F. Div Nº F. Div Nº F. Div Nº Aptos F. Div Nº Aptos F. Div Nº Aptos F. Div
Aptos Aptos Aptos
1 1,00 51 35,90 101 63,59 151 74,74 201 80,89 251 82,73
2 1,96 52 36,46 102 63,84 152 74,89 202 80,94 252 82,74
3 2,92 53 37,02 103 64,09 153 75,04 203 80,99 253 82,75
4 3,88 54 37,58 104 64,34 154 75,19 204 81,04 254 82,76
5 4,84 55 38,14 105 64,59 155 75,34 205 81,09 255 82,77
6 5,80 56 38,70 106 64,84 156 75,49 206 81,14 256 82,78
7 6,76 57 39,26 107 65,09 157 75,64 207 81,19 257 82,79
8 7,72 58 39,82 108 65,34 158 75,79 208 81,24 258 82,80
9 8,68 59 40,38 109 65,59 159 75,94 209 81,29 259 82,81
10 9,64 60 40,94 110 65,84 160 76,09 210 81,34 260 82,82
11 10,42 61 41,50 111 66,09 161 76,24 211 81,39 261 82,83
12 11,20 62 42,06 112 66,34 162 76,39 212 81,44 262 82,84
13 11,93 63 42,62 113 66,59 163 76,54 213 81,49 263 82,85
14 12,76 64 43,18 114 66,84 164 76,69 214 81,54 264 82,86
15 13,54 65 43,74 115 67,09 165 76,84 215 81,59 265 82,87
16 14,32 66 44,30 116 67,34 166 76,99 216 81,64 266 82,88
17 15,10 67 44,86 117 67,59 167 77,14 217 81,69 267 82,89
18 15,88 68 45,42 118 67,84 168 77,29 218 81,74 268 82,90
19 16,66 69 45,98 119 68,09 169 77,44 219 81,79 269 82,91
20 17,44 70 46,54 120 68,34 170 77,59 220 81,84 270 82,92
21 18,04 71 47,10 121 68,59 171 77,74 221 81,89 271 82,93
22 18,65 72 47,66 122 68,84 172 77,89 222 81,94 272 82,94
23 19,25 73 48,22 123 69,09 173 78,04 223 81,99 273 82,95
24 19,86 74 48,78 124 69,34 174 78,19 224 82,04 274 82,96
25 20,46 75 49,34 125 69,59 175 78,34 225 82,09 275 82,97
26 21,06 76 49,90 126 69,79 176 78,44 226 82,12 276 83,00
27 21,67 77 50,46 127 69,99 177 78,54 227 82,14 277 83,00
28 22,27 78 51,02 128 70,19 178 78,64 228 82,17 278 83,00
29 22,88 79 51,58 129 70,39 179 78,74 229 82,19 279 83,00
30 23,48 80 52,14 130 70,59 180 78,84 230 82,22 280 83,00
31 24,08 81 52,70 131 70,79 181 78,94 231 82,24 281 83,00
32 24,69 82 53,26 132 70,99 182 79,04 232 82,27 282 83,00
33 25,29 83 53,82 133 71,19 183 79,14 233 82,29 283 83,00
34 25,90 84 54,38 134 71,39 184 79,24 234 82,32 284 83,00
35 26,50 85 54,94 135 71,59 185 79,34 235 82,34 285 83,00
36 27,10 86 55,50 136 71,79 186 79,44 236 82,37 286 83,00
37 27,71 87 56,06 137 71,99 187 79,54 237 82,39 287 83,00
38 28,31 88 56,62 138 72,19 188 79,64 238 82,42 288 83,00
39 28,92 89 57,18 139 72,39 189 79,74 239 82,44 289 83,00
40 29,52 90 57,74 140 72,59 190 79,84 240 82,47 290 83,00
41 30,12 91 58,30 141 72,79 191 79,94 241 82,49 291 83,00
42 30,73 92 58,86 142 72,99 192 80,04 242 82,52 292 83,00
43 31,33 93 59,42 143 73,19 193 80,14 243 82,54 293 83,00
44 31,94 94 59,98 144 73,39 194 80,24 244 82,57 294 83,00
45 32,54 95 60,54 145 73,59 195 80,34 245 82,59 295 83,00
46 33,10 96 61,10 146 73,79 196 80,44 246 82,62 296 83,00
47 33,66 97 61,66 147 73,99 197 80,54 247 82,64 297 83,00
48 34,22 98 62,22 148 74,19 198 80,64 248 82,67 298 83,00
49 34,78 99 62,78 149 74,39 199 80,74 249 82,69 299 83,00
50 35,34 100 63,34 150 74,59 200 80,84 250 82,72 300 83,00
Demandas para Centros de Medição e Quadros Parciais

I Assim como a demanda da edificação como um todo não


corresponde a soma algébrica das demandas parciais de cada
unidade independente, a demanda de centros de medição (CM)
também corresponde a soma algébrica das demandas das unidades
nele conectadas;
I O cálculo da demanda Centro de Medição (CM) ou de um Quadro
Geral pode seguir os métodos anteriormente expostos, de modo que
tudo se passa como o CM seja considerado como um edifı́cio
independente.
A justificativa segue os os mesmos preceitos já discutidos, i.e. , deve-se a
diversidade de demanda existente entre os CM’s/Quadros em que as
cargas instaladas por CM/Quadro podem operar simultaneamente, não
obstante é de se esperar que entre os diversos CM’s/Quadros haja uma
diferença no perfil de funcionamento.
Ressalte-se que, qualquer que seja o critério de cálculo de
demanda adotado no projeto, a responsabilidade por essa definição
recai sobre o projetista!
Cálculo de Demanda 178
Demandas e a Entrada de Energia

Determinadas as demandas das unidades, dos centros de medição (CM’s)


e da edificação como um todo, procede-se a determinação da categoria de
atendimento conforme os ditames da concessionária local, e.g. COPEL.
Os dimensionamentos mı́nimos dos ramais alimentadores do consumidor
ficam atrelados às categorias de atendimento definidas pelo
concessionário. Dentro de cada categoria de atendimento, ficam definidos
bitolas de condutores, eletrodutos, proteções e até mesmo as caixas
padronizadas empregadas na entrada de energia.
Ao servir-se dos dimensionamentos tabulados pelo concessionário,
o projetista deve ter em mente que isso não afasta a averiguação
de queda de tensão em condutores bem como capacidade de
curto-circuito, e.g. . De modo geral, os valores tabulados atendem
aos critérios normativos. Porém, é possı́vel haver a necessidade de
utilização de valores superiores aos indicados.

Cálculo de Demanda 179


LIMITAÇÕES
Capacidade do Maior Aparelho de Solda

Disjuntor (A)

Nº de Fases
Capacidade

Categoria
Maior Motor e (kVA)
máxima em
Solda a Motor
aparelhos de
(cv) Retificador Transformador
raios-X (kVA)

F/N F/F TRIF F/N F/F TRIF F/N F/F TRIF F/N F/F TRIF
12 50 1 2 - - 0,75 - - 0,75 - - 0,75 - -

14 63 1 2 - - 3 - - 1,5 - - 1,5 - -
28 50 2 2 3 - 0,75 1,5 - 0,75 1,5 - 0,75 1,5 -

29 63 2 2 7,5 - 3 5 - 1,5 3 - 1,5 3 -

36 50 3 2 3 12,5 0,75 1,5 3 0,75 1,5 3 0,75 1,5 3

37 63 3 2 7,5 15 3 5 10 3 5 10 3 5 10

38 80 3 2 7,5 20 3 5 12 3 5 12 3 5 12

41 100 3 3 10 25 6,5 10 20 6,5 12 12 6,5 12 12

42 125 3 7,5 12,5 30 6,5 10 20 6,5 12 12 6,5 12 12

43 150 3 7,5 12,5 40 6,5 20 32 6,5 12 21 6,5 12 12

44 175 3 7,5 12,5 40 6,5 20 32 6,5 12 21 6,5 12 12


45 200 3 7,5 12,5 50 6,5 20 50 6,5 12 21 6,5 12 12

Observações:

1) Para motores monofásicos, deverão ser utilizados os seguintes dispositivos:


• Motores até 5 CV – partida direta
• Motores acima de 5 CV – chave compensadora ou série-paralelo
2) Para motores trifásicos com rotor em curto-circuito e assíncronos:
• Motores até 5 CV – partida direta
• Entre 5 CV e 15 CV – Chave estrela-triângulo, série-paralelo ou compensadora.
• Superior a 15C V – Chave estrela-triângulo, compensadora ou soft-start.
Ramal de Ligação Subterrâneo ou
Sistema de Aterramento

Disjuntor Proteção
Demanda Máxima
Interligação em Baixa Tensão

Prevista (kVA)

Geral (A)
Dimensionamento de
Eletroduto
Fase e Neutro. Condutor
φ nominal Eletroduto PVC
(Maneira “D”) Cobre
φ nominal (mm)
Alumínio No poste No solo mm2
Cobre mm2
mm2 (mm) (mm)
30 80 25 - 50 50 16 19
38 100 35 - 50 50 16 25
48 125 50 - 60 60 25 25
57 150 70 - 60 60 35 25
67 175 95 - 75 75 50 25
76 200 120 - 75 75 50 25
112,5 300 2 x 70 2 x 120 100 2 x 100 70 25
150 400 2 x 120 2 x 185 100 2 x 100 95 25
225 600 3 x 120 3 x 185 2 x 100 3 x 100 95 25
300 800 4 x 120 4 x 185 2 x 100 4 x 100 95 25
500 1400 6 x 120 6 x 185 - 6 x 100 95 25

Observações:
1) As categorias para as unidades consumidoras são apresentadas na tabela 1.
2) Cada eletroduto no poste deverá possuir um ou mais circuitos completos (3 fases e 1
neutro). Quando houver três circuitos para dois eletrodutos, instalar um circuito em um
eletroduto e dois circuitos no outro.
3) No ramal de ligação subterrâneo recomenda-se que os eletrodutos sejam do tipo corrugado
flexível, conforme NTCs 813685 a 813690, com instalação sob a forma de banco de dutos.
4) No ramal de ligação subterrâneo em baixa tensão os condutores fase e neutro de um
circuito deverão possuir a mesma seção.
5) Os dimensionamentos estabelecidos na tabela são mínimos.
a) Cabos de Alumínio (isolação XLPE) sem capa, isolados para 0,6/1 kV.
b) Cabos de Cobre (isolação XLPE) para 0,6/1 kV
6) Para a região litorânea, o ramal de ligação subterrâneo deverá ser de cobre.
Entrada de Energia

De acordo com a demanda da edificação, as condições especı́ficas de


cada tipo de atendimento são:
I Edificação com Demanda de até 76 kVA: Neste caso, o atendimento
será feito através de ramal de ligação aéreo em baixa tensão,
derivado diretamente da rede de distribuição em baixa tensão em
220/127V. Já o ramal de entrada pode ser Subterrâneo ou
Embutido.
I Edificação com Demanda maior do que 76 kVA e menor ou igual a
300 kVA: Neste caso o atendimento será feito através de ramal de
ligação subterrâneo em baixa tensão, derivado diretamente da rede
de distribuição, com fornecimento nas tensões 220/127V
I Edificação com Demanda acima de 300 kVA: O atendimento será
feito através de ramal de ligação subterrâneo em alta tensão até a
cabina no interior da propriedade consumidora.

Cálculo de Demanda 180


ENTRADA DE SERVIÇO EM BAIXA TENSÃO – RAMAL AÉREO 80 - 200A
ENTRADA DE SERVIÇO EM BAIXA TENSÃO – RAMAL SUBTERRÂNEO ATÉ 800 A
ENTRADA DE SERVIÇO EM ALTA TENSÃO – EM CABINA ACIMA DE 800 A
Recomendações

I Quando houver mais de um centro de medição dentro de um mesmo


prédio, deve-se prever o Quadro Geral de Distribuição (QGD), a
partir do qual são alimentados os Centros de Medição;
I Pode-se dispensar a instalação de proteção geral no Centro de
Medição se esta função já estiver contemplada pelos disjuntores de
derivação previstos no QGD. Porém, a depender da facilidade de
acesso e distância do alimentador, podem ser instalados disjuntores
também nos centros de medição. dois locais;
I Devem ser representados os diagramas de quadros terminais (QD,
QF, QL) que apresentem informações diferenciadas, pavimento tipo,
loja tipo e escritório Tipo; de modo que o qualificador tipo sugere
uma única representação (sem repetı́-lo para cada unidade);

Cálculo de Demanda 181


Recomendações

I Em condomı́nios, procure setorizar as cargas em função dos centros


de carga existentes na edificação, de modo sejam previstos diversos
quadros parciais com funções especı́ficas;
I Em edificações com elevador, deve-se prever apenas a tubulação e
fiação alimentadoras do QF-ELEV (Quadro do elevador) o qual fica
alocado na casa de máquinas. O comando das máquinas fica a cargo
da empresa instaladora do equipamento;
I Em edificações contendo bombas de recalque, além de prever o
QF-Bombas (Quadro da Bomba), deve-se também prever a
tubulação e fiação necessárias para chave-bóia, servindo o circuito
de comando das bombas;
I Conforme limitações da COPEL, motores acima de 5CV devem ter a
definição correta do método de acionamento: partida
estrela-triângulo, com chave compensadora ou com partida suave
(soft-starter); sendo que partida direta só é permitida para motores
até 5CV.
Cálculo de Demanda 182
Recomendações
I Centros de medição devem ser alocados em locais de fácil acesso e
bem iluminados. Outrossim, locais como escadarias, rampas,
dependências sanitárias, casas de máquinas, casas de bombas,
tanques, reservatórios ou sujeitos a gases corrosivos, inundações,
poeira, trepidação ou abalroamento de veı́culos jamais devem abrigar
centros de medição;
I Em edificações contendo mais de 4 pavimentos, a alocação dos
CM’s pode ser definida para qualquer pavimento, desde que a
edificação tenha elevador; do contrário, os CM’s devem estar
localizados no térreo, 1o subsolo ou 1o pavimento;
I Unidades consumidoras e condomı́nio tem que ter medição
independente e sem qualquer interligação;
I Sempre que houver trechos de tubulação muito longos (acima dos
limite definidos em norma), utilize caixas de passagem
intermediárias, na parede ou no piso;
I Tome o cuidado de definir a abertura das caixas de passagem em
ambientes de uso comum.
Cálculo de Demanda 183
Exemplo - Enunciado

A tı́tulo ilustrativo, aplique o critério proposto para o seguinte caso:


I Caracterı́sticas dos Apartamentos;
– 12 unidades com 97 m2 ;
– 18 unidades com 121 m2 ;
I Cargas do condomı́nio;
– Carga instalada de iluminação: 15 kW (fator de potência 0.9);
– carga instalada de tomadas: 8 kW (fator de potência 0.8);
– 2 elevadores com potência unitária 10CV;
– 4 bombas de água com potência unitária 2CV (duas de reserva);
– Piscinas: 2 motores de 1CV (monofásicos);
– Central de ar condicionado: potência de 8,3 kW (fator de potência
0,8);

Cálculo de Demanda 184


Exemplo - Demanda Apartamentos

Quando houver apartamentos de áreas diferentes num mesmo edifı́cio, o


valor a ser utilizado na expressão CDunidade (kVA) = 0, 034939.A0,895075
corresponde à área útil média, definida pela média ponderada das áreas
úteis das diferentes unidades:
12 ∗ 97 + 18 ∗ 121
Amedia = = 111.4m2 ≈ 112m2 , (4)
12 + 18
Substituindo o valor encontrado na fórmula padronizada ou consultado a
tabela, obtém-se o valor de 2,39KVA considerado para cada unidade.
En função do número de unidades totais, obtém o fator de diversidade a
ser aplicado para o cálculo da demanda diversificada dos apartamentos
CDapartamentos : 30 unidades correspondem a um F. Div de 23,48.
O produto da demanda de uma unidade pelo valor de diversidade
determina a demanda dos apartamentos:
CDapartamentos = CDunidade ∗F. Div=2,39∗23,48=56,11 kVA

Cálculo de Demanda 185


Exemplo - Demanda Condomı́nio

I Iluminação;
– carga total instalada: 15kW;
– fator de potência: 0,9;
1 ∗ 10KV A + 0, 25 ∗ 5KV A
= 12, 5KV A, (5)
0, 9
I Tomadas;
– carga instalada total: 8kW;
– fator de potência: 0,8;
0, 2 ∗ 8KV A
= 2, 0KV A, (6)
0, 8

Cálculo de Demanda 186


Exemplo - Demanda Condomı́nio

I Elevadores;
– 2 motores de 10CV (trifásicos);
– conforme tabela, dois motores de 10 CV correspondem à demanda
de 17,31 kVA.
I Bombas de água;
– 4 motores de 2 CV trifásicos (dois de reserva);
– conforme tabela, dois motores de 2 CV correspondem à demanda de
4,05 kVA.
I Outras cargas
– Piscinas: 2 motores de 1 CV (monofásicos) correspondem à
demanda de 2,34 kVA;
– Ar condicionado com potência de 8,3kW, fator de potência 0.8:
8, 3
= 10, 38kV A, (7)
0, 8

Cálculo de Demanda 187


Exemplo - Demanda Condomı́nio e Edificação

I Condomı́nio: CDcondominio = demanda das cargas de iluminação +


demanda das cargas de tomadas + demanda dos elevadores +
demanda das bombas de água + demanda dos equipamentos da
piscina + demanda da central de ar condicionado =
12,5+2,0+17,31+4,05+2,34+10,38=48,58kVA;
I Demanda Total da Edificação; CDedif icio =
= 1,2(CDapartamentos + CDcondominio )
=1,2(56,11+48,58)
=125,628KVA.
Qual seria a categoria de atendimento COPEL bem como as
caracterı́sticas da entrada de serviço?

Cálculo de Demanda 188


Estrutura da instalação

Na seqüência, serão apresentados dois exemplos da estrutura tı́pica das


instalações elétricas em Edifı́cios de Uso Coletivo. Especificamente, serão
apresentadas a Prumada e o Diagrama Unifilar Geral. Entretanto, cabe
ressaltar que os exemplos são de cunho didático e outras soluções seriam
possı́veis.
I Exemplo 1:
– Edifı́cio residencial de 2 blocos com 4 andares e 3 apartamentos por
andar;
– Apartamentos categoria de atendimento 28;
– Condomı́nio categoria de atendimento 38;
– Um centro de medição por bloco;
– Entrada de serviço em tensão secundária de distribuição, demanda
de 75 kVA;
– Edifı́cio sem elevadores

Cálculo de Demanda 189


Estrutura da instalação

I Exemplo 2:
– Edifı́cio Misto (residencial e comercial) de bloco único, 9 andares,
subsolo e dois apartamentos por andar;
– Térreo possui 2 lojas;
– Apartamentos categoria de atendimento 36;
– Lojas categoria de atendimento 30;
– Condomı́nio categoria de atendimento 43;
– Dois centros de medição agrupados;
– Entrada de serviço em tensão primária, transformador de 300 kVA;
– Edifı́cio com 2 elevadores, bombas e salão de festas;
– Proteção geral com seccionadora e fusı́veis;
– O CM-1 atende do térreo ao 3o pavimento;
– O CM-2 atende do 4o ao 8o pavimento.

Cálculo de Demanda 190


Exemplos - observações

I Estes exemplos possuem ı́ndole didática, de modo que outras


soluções poderiam ser adotadas;
I Ainda que repetidamente, devem constar tanto do diagrama unifilar
quanto da prumada as seguintes especificações: condutores,
eletrodutos, proteções, barramentos, carga instalada (CI) e carga
demandada (CD) de todos os quadros além de todas as outras as
especificações dos demais equipamentos existentes;
I O condomı́nio poderá ter sua medição agrupada juntamente com as
demais unidades consumidoras caso a sua potência demandada
resulte numa corrente de até 100A; do contrário, seu medidor e
proteção deverão ser alocados em caixas padronizadas separadas do
agrupamento.
I A quantidade de centros de medição deve ser determinada de modo
que corrente máxima do CM, tal como determinada pela sua
demanda, não ultrapasse 400A;

Cálculo de Demanda 191


Caixas padronizadas de Medição

Cálculo de Demanda 192


Caixas padronizadas de Proteção

Cálculo de Demanda 193


Caixa AN - medidor monofásico

Cálculo de Demanda 194


Caixa CN - medidor polifásico até 100A

Cálculo de Demanda 195


Caixa EN - medidor polifásico até 200A

Cálculo de Demanda 196


Caixa GN - disjuntor Termomagnético até 200A
(Seccionadora para Edificações de Uso Coletivo/Individual)

Cálculo de Demanda 197


Caixa NS - disjuntor Termomagnético até 400A

(Seccionadora para Edificações de Uso Coletivo - barramento


vertical/horizontal)

Cálculo de Demanda 198


Caixa SC - disjuntor Termomagnético até 800A
(Seccionadora para Edificações de Uso Coletivo - barramento
vertical/horizontal)

Cálculo de Demanda 199


CMM - Centro de Medição Modulado

(Edificações de Uso Coletivo - Modulos de Barramento e Medição)

Cálculo de Demanda 200


CMM - Centro de Medição Modulado
(Edificações de Uso Coletivo - Modulos de Barramento e Medição)

Cálculo de Demanda 201


CMM - Centro de Medição Modulado

(Edificações de Uso Coletivo - Modulos de Barramento e Medição)

Cálculo de Demanda 202


Sumário

Prolegômenos

Introdução ao Projeto Elétrico

Fornecimento

Linhas Elétricas

Tomadas, Dispositivos de Comando e Esquemas Uni Multi-filares

Previsão de Cargas

Critérios de Projeto

Cálculo de Demanda

Dimensionamentos

Dimensionamentos 203
Dimensionando componentes da instalação

Como veremos, o dimensionamento dos diversos componentes de uma


instalação elétrica não se restringe à mera consulta à catálogos de
fabricantes. A consulta deve ser precedida de uma análise conjunta tanto
das condições de contorno da obra como das imposições normativas
vigentes; de modo que daı́ surjam parâmetros para efetuar as devidas
consultas.

Dimensionamentos 204
Dimensionamento de condutores
Dimensionar um condutor consiste essencialmente na determinação do
valor da sua seção nominal mı́nima de modo que sejam simultaneamente
atendidas as condições seguintes:
I Operação contı́nua abaixo do limite de temperatura;

I Operação abaixo dos limites de queda de tensão;

I Capacidade de condução de corrente acima dos valores nominais de


atuação dos dispositivos de proteção;

I Suportabilidade de condução para correntes de curto-circuito por um


determinado intervalo de tempo.
Cabe ressaltar que o dimensionamento do condutor e sua proteção é
indissociável, i.e. , são determinados conjuntamente de modo que a
seção/bitola dos condutores fica completamente definida apenas com a
coordenação entre a capacidade de condução do condutor e a atuação
dos dispositivos de proteção (contra sobrecorrentes) existentes
comercialmente.
Dimensionamentos 205
Dimensionamento de condutores

A seção transversal nominal (bitola) de condutores é padronizada


conforme a série métrica da IEC, cujos valores nominais em milı́metros
quadrados são tabulados abaixo:
0,5 16 185
0,75 25 240
1 35 300
1,5 50 400
2,5 70 500
4 95 630
6 120 800
10 150 1000

Dimensionamentos 206
Dimensionamento de condutores
Os condutores elétricos constituem o meio material pelo qual a
eletricidade (energia/sinal) é conduzida entre os diversos pontos de uma
instalação. Esse meio material é metálico (e.g. , Cu ou Al ) podendo ou
não ser revestido por outros materiais. Na ausência de revestimento, o
condutor é dito nu.
I condutor sólido - fio: é um condutor de seção transversal cilı́ndrica
(geralmente), contı́nua e maçica;
I condutor encordoado - cabo: é um condutor formado por um
conjunto de fios em arranjo helicoidal - isolados ou não entre si,
tornando-o mais flexı́vel que o anterior.
Para modestos propósitos desse curso, considerar-se-á apenas isolação e
cobertura como meios materiais envolvendo condutor:
I isolação: material de natureza isolante/dielétrica;
I cobertura: material de natureza NÃO isolante/dielétrica cuja
finalidade é proteger o condutor contra influências externas
(intempéries e esforços mecânicos em geral).
Dimensionamentos 207
Dimensionamento de condutores

Dimensionamentos 208
Dimensionamento de condutores

Os cabos elétricos são divididos em três categorias: condutores isolados,


cabos unipolares e cabos multipolares.
I condutor isolado: é o fio ou cabo dotado apenas de isolação;
I cabo unipolar: é um cabo isolado com uma cobertura envolvendo a
isolação, justamente para guarnecê-la (proteção mecânica da
isolação contra influências externas) permitindo que sejam instalados
em condutos abertos;
I cabo multipolar: consistem em dois ou mais cabos isolados além
da cobertura;
I cordão, cordoalha e outros;

Dimensionamentos 209
Dimensionamento de condutores

Tipos de condutores

Dimensionamentos 210
Dimensionamento de condutores

Metais condutores
O cobre e o alumı́nio são os metais mais utilizados na fabricação de
condutores elétricos. Porém, algumas ressalvas da NBR 5410 quanto a
utilização de condutores alumı́nio:
I Proibido em instalações residenciais;
I Permitido em instalações industriais, mas com ressalvas quanto à
seção transversal, forma de distribuição do circuito e pessoal
encarregado da manutenção;
I Permitido em instalações comerciais, mas com ressalvas quanto à
seção transversal, densidade de ocupação e pessoal encarregado da
manutenção;
No contexto dessa disciplina, a apresentação concentrar-se-á
exclusivamente em condutores de cobre.

Dimensionamentos 211
Seção Mı́nima
Em conformidade com aplicação dos circuitos, a NBR 5410 determina a
menor seção admissı́vel de utilização dadas na tabela abaixo,
denominadas de seções mı́nimas, ditadas por razões mecânicas.

Dimensionamentos 212
Figure: Tabela 47 da NBR 5410
Critério da Capacidade Corrente - Ampacidade
Primeiramente, deve-se ressaltar que este método contém diretrizes para
a definição dos condutores FASE dos diversos circuitos de uma
instalação, os demais condutores - NEUTRO e PROTEÇÃO(TERRA) -
tem seu dimensionamento atrelado à seção nominal da fase.
Este critério visa à determinação da seção que garanta ao material
condutor, a a sua isolação, condições de operação adequadas
relativamente aos efeitos térmicos causados pela condução de corrente
elétrica.
O roteiro definido pelo critério da ampacidade possui as seguintes etapas:
I Escolha do tipo de isolação;
I Classificação do método de instalação (Método de
Instalação/Referência);
I Cálculo da corrente de Projeto/Carga (Ip;
I Determinação do número de condutores carregados;
I Determinação dos fatores de correção;
I Cálculo da corrente corrigida (Ic);
I Definição da capacidade de condução de corrente (Iz).
Dimensionamentos 213
Dimensionamento de condutores
Diferentes tipos de compostos isolantes são empregados na produção da
isolação de fios e cabos, dentre os quais destaca-se o mais comuns (NBR
5410):

Isolação (material) Regime Contı́nuo Sobrecarga Curto-circuito


PVC(≥ 300mm2 ) 70 100 160
PVC(< 300mm2 ) 70 100 140
EPR 90 130 250
XLPE 90 130 250

Os condutores de baixa tensão (secundária) possuem classe de


isolamento ≤1kV, enquadrados conforme:
I isolação PVC: classe de isolamento para 750V, sem cobertura;
I isolação PVC/EPR: classe de isolamento para 0.6/1kV, com
cobertura em PVC;
I isolação XLPE: classe de isolamento para 0.6/1kV, com cobertura
em PVC;
Dimensionamentos 214
Classificação dos Métodos de Instalação

Os condutores podem ser instalados de diversos modos (eletrodutos


embutidos ou aparentes; eletrocalhas, canaletas ou bandejas; ao ar livre,
diretamente enterrados ou subterrâneos e etc..).
Ocorre que O método de instalação ou a maneira de instalar dos
condutores afeta enormemente a capacidade de troca de calor entre
condutores e o meio circundante, tendo como principal consequência a
elevação de temperatura e a consequente redução de capacidade de
condução de corrente.
A Tabela 33, retirada da NBR5410 e apresentada nos próximos seis
slides, apresenta a classificação dos métodos de instalação definidos pela
referida norma, de modo que um código, denominado método de
referência, é atribuı́do para a consulta e determinação da capacidade de
condução de corrente dos condutores dos circuitos instalados em
conformidade com a tabela.

Dimensionamentos 215
Tabela 33 — Tipos de linhas elétricas

Método de
Método de
instalação Esquema ilustrativo Descrição
referência1)
número

Condutores isolados ou cabos unipolares em


1 eletroduto de seção circular embutido em A1
parede termicamente isolante2)

Cabo multipolar em eletroduto de seção


2 circular embutido em parede termicamente A2
isolante2)

Condutores isolados ou cabos unipolares em


eletroduto aparente de seção circular sobre
3 B1
parede ou espaçado desta menos de 0,3 vez
o diâmetro do eletroduto
Cabo multipolar em eletroduto aparente de
seção circular sobre parede ou espaçado
4 B2
desta menos de 0,3 vez o diâmetro do
eletroduto

Condutores isolados ou cabos unipolares em


5 eletroduto aparente de seção não-circular B1
sobre parede

Cabo multipolar em eletroduto aparente de


6 B2
seção não-circular sobre parede

Condutores isolados ou cabos unipolares em


7 eletroduto de seção circular embutido em B1
alvenaria

Cabo multipolar em eletroduto de seção


8 B2
circular embutido em alvenaria

Cabos unipolares ou cabo multipolar sobre


11 parede ou espaçado desta menos de 0,3 vez C
o diâmetro do cabo

Cabos unipolares ou cabo multipolar fixado


11A C
diretamente no teto
Tabela 33 (continuação)

Método de
Método de
instalação Esquema ilustrativo Descrição
referência1)
número

Cabos unipolares ou cabo multipolar afastado


11B C
do teto mais de 0,3 vez o diâmetro do cabo

Cabos unipolares ou cabo multipolar em


12 bandeja não-perfurada, perfilado ou C
prateleira3)

Cabos unipolares ou cabo multipolar em E (multipolar)


13
bandeja perfurada, horizontal ou vertical 4) F (unipolares)

Cabos unipolares ou cabo multipolar sobre E (multipolar)


14 suportes horizontais, eletrocalha aramada ou
tela F (unipolares)

Cabos unipolares ou cabo multipolar E (multipolar)


15 afastado(s) da parede mais de 0,3 vez o
diâmetro do cabo F (unipolares)

E (multipolar)
16 Cabos unipolares ou cabo multipolar em leito
F (unipolares)

Cabos unipolares ou cabo multipolar E (multipolar)


17 suspenso(s) por cabo de suporte, incorporado
ou não F (unipolares)

18 Condutores nus ou isolados sobre isoladores G

Cabos unipolares ou cabos multipolares em 1,5 De d V  5 De


espaço de construção5), sejam eles lançados
diretamente sobre a superfície do espaço de B2
21
construção, sejam instalados em suportes ou 5 De d V  50 De
condutos abertos (bandeja, prateleira, tela ou
leito) dispostos no espaço de construção 5) 6) B1
Tabela 33 (continuação)

Método de
Método de
instalação Esquema ilustrativo Descrição
referência1)
número

1,5 De d V  20 De

Condutores isolados em eletroduto de seção B2


22
circular em espaço de construção 5) 7) V t 20 De
B1

Cabos unipolares ou cabo multipolar em


23 eletroduto de seção circular em espaço de B2
construção 5) 7)

1,5 De d V  20 De
Condutores isolados em eletroduto de seção B2
24 não-circular ou eletrocalha em espaço de
construção5) V t 20 De
B1

Cabos unipolares ou cabo multipolar em


25 eletroduto de seção não-circular ou B2
eletrocalha em espaço de construção 5)

1,5 d V  5 De

Condutores isolados em eletroduto de seção B2


26
não-circular embutido em alvenaria6) 5 De d V  50 De
B1

Cabos unipolares ou cabo multipolar em


27 eletroduto de seção não-circular embutido em B2
alvenaria

31 Condutores isolados ou cabos unipolares em B1


eletrocalha sobre parede em percurso
32 horizontal ou vertical

31 32

31ª Cabo multipolar em eletrocalha sobre parede


B2
32ª em percurso horizontal ou vertical

31A 31B
Tabela 33 (continuação)

Método de
Método de
instalação Esquema ilustrativo Descrição
referência1)
número

Condutores isolados ou cabos unipolares em


33 B1
canaleta fechada embutida no piso

Cabo multipolar em canaleta fechada


34 B2
embutida no piso

Condutores isolados ou cabos unipolares em


35 B1
eletrocalha ou perfilado suspensa(o)

Cabo multipolar em eletrocalha ou perfilado


36 B2
suspensa(o)

1,5 De d V  20 De
Condutores isolados ou cabos unipolares em
eletroduto de seção circular contido em B2
41
canaleta fechada com percurso horizontal ou V t 20 De
vertical 7)
B1

Condutores isolados em eletroduto de seção


42 circular contido em canaleta ventilada B1
embutida no piso

Cabos unipolares ou cabo multipolar em


43 B1
canaleta ventilada embutida no piso

Cabo multipolar embutido diretamente em


51 A1
parede termicamente isolante 2)
Tabela 33 (continuação)

Método de
Método de
instalação Esquema ilustrativo Descrição
referência1)
número

Cabos unipolares ou cabo multipolar


52 embutido(s) diretamente em alvenaria sem C
proteção mecânica adicional

Cabos unipolares ou cabo multipolar


53 embutido(s) diretamente em alvenaria com C
proteção mecânica adicional

Cabo multipolar em eletroduto(de seção


61 circular ou não) ou em canaleta não-ventilada D
enterrado(a)

Cabos unipolares em eletroduto( de seção


61A não-circular ou não) ou em canaleta não- D
ventilada enterrado(a)8)

Cabos unipolares ou cabo multipolar


63 diretamente enterrado(s), com proteção D
mecânica adicional9)

Condutores isolados ou cabos unipolares em


71 A1
moldura

72 - Condutores isolados ou cabos unipolares


em canaleta provida de separações sobre B1
72
parede
72A
72A - Cabo multipolar em canaleta provida de B2
separações sobre parede
72 72A
Condutores isolados em eletroduto, cabos
73 unipolares ou cabo multipolar embutido(s) em A1
caixilho de porta
Tabela 33 (continuação)

Método de
Método de
instalação Esquema ilustrativo Descrição
referência1)
número

Condutores isolados em eletroduto, cabos


74 unipolares ou cabo multipolar embutido(s) em A1
caixilho de janela

75 - Condutores isolados ou cabos unipolares


em canaleta embutida em parede B1
75
75A
75A - Cabo multipolar em canaleta embutida B2
em parede
75 75A
1)
Método de referência a ser utilizado na determinação da capacidade de condução de corrente. Ver 6.2.5.1.2.
2)
Assume-se que a face interna da parede apresenta uma condutância térmica não inferior a 10 W/m2.K.
3)
Admitem-se também condutores isolados em perfilado, desde que nas condições definidas na nota de 6.2.11.4.1.
4)
A capacidade de condução de corrente para bandeja perfurada foi determinada considerando-se que os furos
ocupassem no mínimo 30% da área da bandeja. Se os furos ocuparem menos de 30% da área da bandeja, ela deve
ser considerada como “não-perfurada”.
5)
Conforme a ABNT NBR IEC 60050 (826), os poços, as galerias, os pisos técnicos, os condutos formados por
blocos alveolados, os forros falsos, os pisos elevados e os espaços internos existentes em certos tipos de divisórias
(como, por exemplo, as paredes de gesso acartonado) são considerados espaços de construção.
6)
De é o diâmetro externo do cabo, no caso de cabo multipolar. No caso de cabos unipolares ou condutores
isolados, distinguem-se duas situações:
– três cabos unipolares (ou condutores isolados) dispostos em trifólio: De deve ser tomado igual a 2,2 vezes o
diâmetro do cabo unipolar ou condutor isolado;
– três cabos unipolares (ou condutores isolados) agrupados num mesmo plano: De deve ser tomado igual a
3 vezes o diâmetro do cabo unipolar ou condutor isolado.
7)
De é o diâmetro externo do eletroduto, quando de seção circular, ou altura/profundidade do eletroduto de seção
não-circular ou da eletrocalha.
8)
Admite-se também o uso de condutores isolados, desde que nas condições definidas na nota de 6.2.11.6.1.
9)
Admitem-se cabos diretamente enterrados sem proteção mecânica adicional, desde que esses cabos sejam
providos de armação (ver 6.2.11.6). Deve-se notar, porém, que esta Norma não fornece valores de capacidade de
condução de corrente para cabos armados. Tais capacidades devem ser determinadas como indicado na
ABNT NBR 11301.
NOTA Em linhas ou trechos verticais, quando a ventilação for restrita, deve-se atentar para risco de aumento
considerável da temperatura ambiente no topo do trecho vertical.
Classificação dos Métodos de Instalação

Da última coluna da tabela 33, obtém-se o método de referência


associado a cada método de instalação ou maneira de instalar.

Caso o circuito apresente mais de um método de instalação nos seus


diversos trechos, deve-se considerar aquele que a situação mais
desfavorável.
Dimensionamentos 216
Corrente de Projeto - Ip

A corrente de projeto Ip de um circuito é determinada a partir de suas


especificações nominais (potência, tensão, fator de potência e
rendimento) bem como do tipo de circuito (monofásico, bifásico ou
trifásico). Ela pode ser determinada pelas seguintes expressões:
Sn
Ip = , (F − N/F F ) (8a)
Vn ∗ η
Sn
Ip = √ , (F F F ) (8b)
3 ∗ Vn ∗ η
onde Sn , Vn e η são a potência aparente [VA], tensão nominal [Volts] e o
rendimento da carga alimentada pelo circuito.
Entretanto, a corrente de projeto (Ip) não necessariamente será
empregada diretamente no dimensionamento visto que ela pode sofrer
correções em função das caracterı́sticas do circuito.

Dimensionamentos 217
Número de Condutores Carregados
São denominados condutores carregados aqueles que, em condições
normais de operação, conduzem uma corrente elétrica, e.g. , fase e
neutro. Em situações de normalidade, não há circulação de corrente
elétrica pelo condutor neutro, o qual não é considerado condutor
carregado. O número de condutores carregados depende das
caracterı́sticas do circuito, conforme Tabela abaixo.

Dimensionamentos 218
Figure: Condutores Carregados
Fatores de Correção

O correto dimensionamento de condutores passa por eventuais correções


em função das suas condições de instalação. Em instalações elétricas
residenciais e comerciais, há duas correções usuais, correspondendo aos
seguintes fatores:
I Fator de Correção de Temperatura (FCT);

I Fator de Correção de Agrupamento (FCA);

Dimensionamentos 219
Fator de Correção de Temperatura (FCT)
Aplica-se em caso de temperatura ambiente diferente de 30o C para cabos
não subterrâneos e em caso de temperatura do solo diferente de 20o C
para cabos subterrâneos. Os valores de temperatura de referência (30 e
20o C) serão empregados nas tabelas de capacidade de condução de
corrente normalizadas pela NBR5410.

Dimensionamentos Figure: Tabela 40 da NBR 5410 220


Fator de Correção de Agrupamento (FCA)
Havendo mais de um circuito compartilhando um mesmo conduto
(eletroduto, eletrocalha, bandeja, eletrodutos enterrados etc.), deve-se
aplicar um fator de correção de agrupamento (FCA) para compensar
(com aumento de seção nominal) o efeito térmico sobre os condutores.

Figure: Tabela 42 da NBR 5410


Dimensionamentos 221
Agrupamento de Condutores não Semelhantes

Os fatores de correção de agrupamento tabulados anteriormente admitem


que os agrupamentos sejam de condutores ditos semelhantes, i.e. cujas
capacidades de condução de corrente baseiam-se na mesma temperatura
máxima para serviço contı́nuo e cujas seções nominais estão contidas num
intervalo de três seções normalizadas sucessivas, e.g. , 2,5, 4 e 6 mm2.
Se os condutores de um agrupamento não satisfizerem essas condições,
deve-se proceder da seguinte maneira:
I Calcula-se caso a caso, utilizando, por exemplo, a NBR 11301;

I Do contrário, pode-se adotar o fator de correção F;

1
F =√ (9)
n
onde n é número de circuitos ou cabos multipolares.

Dimensionamentos 222
Corrente Corrigida - Ic

A corrente de projeto corrigida Ic é aquela obtida pela aplicação dos


fatores de correção à corrente de projeto Ip anteriormente determinada,
ou seja:
Ip
Ic = (10)
F CT ∗ F CA
Munido do valor Ic, deve-se determinar a capacidade de condução de
corrente do condutor (Iz) tal como definida nas tabelas que se seguem
conforme a isolação escolhida bem como o devido método de referência e
número de condutores carregados.
As tabelas 36, 37, 38 e 39 fornecem a capacidade de condução de
corrente Iz de condutores de cobre de diversas seções nominais. O valor
de Iz a ser escolhido na tabela deve ser igual ou imediatamente superior a
Ic para garantir que as condições impostas pelo projeto sejam atendidas.
A seção assim obtida é provisoriamente a seção mı́nima do(s)
condutor(es) fase do circuito.

Dimensionamentos 223
Tabela 36 — Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência
A1, A2, B1, B2, C e D

Condutores: cobre e alumínio


Isolação: PVC
Temperatura no condutor: 70°C
Temperaturas de referência do ambiente: 30°C (ar), 20°C (solo)

Métodos de referência indicados na tabela 33


Seções
A1 A2 B1 B2 C D
nominais
Número de condutores carregados
mm2
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13)
Cobre
0,5 7 7 7 7 9 8 9 8 10 9 12 10
0,75 9 9 9 9 11 10 11 10 13 11 15 12
1 11 10 11 10 14 12 13 12 15 14 18 15
1,5 14,5 13,5 14 13 17,5 15,5 16,5 15 19,5 17,5 22 18
2,5 19,5 18 18,5 17,5 24 21 23 20 27 24 29 24
4 26 24 25 23 32 28 30 27 36 32 38 31
6 34 31 32 29 41 36 38 34 46 41 47 39
10 46 42 43 39 57 50 52 46 63 57 63 52
16 61 56 57 52 76 68 69 62 85 76 81 67
25 80 73 75 68 101 89 90 80 112 96 104 86
35 99 89 92 83 125 110 111 99 138 119 125 103
50 119 108 110 99 151 134 133 118 168 144 148 122
70 151 136 139 125 192 171 168 149 213 184 183 151
95 182 164 167 150 232 207 201 179 258 223 216 179
120 210 188 192 172 269 239 232 206 299 259 246 203
150 240 216 219 196 309 275 265 236 344 299 278 230
185 273 245 248 223 353 314 300 268 392 341 312 258
240 321 286 291 261 415 370 351 313 461 403 361 297
300 367 328 334 298 477 426 401 358 530 464 408 336
400 438 390 398 355 571 510 477 425 634 557 478 394
500 502 447 456 406 656 587 545 486 729 642 540 445
630 578 514 526 467 758 678 626 559 843 743 614 506
800 669 593 609 540 881 788 723 645 978 865 700 577
1 000 767 679 698 618 1 012 906 827 738 1 125 996 792 652
Alumínio
Tabela 37 — Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de
referência A1, A2, B1, B2, C e D
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: EPR ou XLPE
Temperatura no condutor: 90°C
Temperaturas de referência do ambiente: 30°C (ar), 20°C (solo)

Métodos de referência indicados na tabela 33


Seções
A1 A2 B1 B2 C D
nominais
Número de condutores carregados
mm2
2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) (12) (13)

Cobre
0,5 10 9 10 9 12 10 11 10 12 11 14 12
0,75 12 11 12 11 15 13 15 13 16 14 18 15
1 15 13 14 13 18 16 17 15 19 17 21 17
1,5 19 17 18,5 16,5 23 20 22 19,5 24 22 26 22
2,5 26 23 25 22 31 28 30 26 33 30 34 29
4 35 31 33 30 42 37 40 35 45 40 44 37
6 45 40 42 38 54 48 51 44 58 52 56 46
10 61 54 57 51 75 66 69 60 80 71 73 61
16 81 73 76 68 100 88 91 80 107 96 95 79
25 106 95 99 89 133 117 119 105 138 119 121 101
35 131 117 121 109 164 144 146 128 171 147 146 122
50 158 141 145 130 198 175 175 154 209 179 173 144
70 200 179 183 164 253 222 221 194 269 229 213 178
95 241 216 220 197 306 269 265 233 328 278 252 211
120 278 249 253 227 354 312 305 268 382 322 287 240
150 318 285 290 259 407 358 349 307 441 371 324 271
185 362 324 329 295 464 408 395 348 506 424 363 304
240 424 380 386 346 546 481 462 407 599 500 419 351
300 486 435 442 396 628 553 529 465 693 576 474 396
400 579 519 527 472 751 661 628 552 835 692 555 464
500 664 595 604 541 864 760 718 631 966 797 627 525
630 765 685 696 623 998 879 825 725 1 122 923 711 596
800 885 792 805 721 1 158 1020 952 837 1 311 1 074 811 679
1 000 1014 908 923 826 1332 1 173 1 088 957 1 515 1 237 916 767
Alumínio
Tabela 38 — Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de
referência E, F e G
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: PVC
Temperatura no condutor: 70°C
Temperatura ambiente de referência: 30°C

Métodos de referência indicados na tabela 33


Cabos multipolares Cabos unipolares1)
Dois Três Três condutores carregados,
Dois Três
condutores condutores no mesmo plano
Seções condutores condutores
carregados, carregados, Espaçados
nominais carregados carregados Justapostos
justapostos em trifólio Horizontal Vertical
dos Método E Método E Método F Método F Método F Método G Método G
condutores
mm2

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)


Cobre
0,5 11 9 11 8 9 12 10
0,75 14 12 14 11 11 16 13
1 17 14 17 13 14 19 16
1,5 22 18,5 22 17 18 24 21
2,5 30 25 31 24 25 34 29
4 40 34 41 33 34 45 39
6 51 43 53 43 45 59 51
10 70 60 73 60 63 81 71
16 94 80 99 82 85 110 97
25 119 101 131 110 114 146 130
35 148 126 162 137 143 181 162
50 180 153 196 167 174 219 197
70 232 196 251 216 225 281 254
95 282 238 304 264 275 341 311
120 328 276 352 308 321 396 362
150 379 319 406 356 372 456 419
185 434 364 463 409 427 521 480
240 514 430 546 485 507 615 569
300 593 497 629 561 587 709 659
400 715 597 754 656 689 852 795
500 826 689 868 749 789 982 920
630 958 798 1005 855 905 1138 1070
800 1118 930 1169 971 1119 1325 1251
1 000 1 292 1 073 1 346 1 079 1 296 1 528 1 448
Tabela 38 — Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de
referência E, F e G
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: PVC
Temperatura no condutor: 70°C
Temperatura ambiente de referência: 30°C

Métodos de referência indicados na tabela 33


Cabos multipolares Cabos unipolares1)
Dois Três Três condutores carregados,
Dois Três
condutores condutores no mesmo plano
Seções condutores condutores
carregados, carregados, Espaçados
nominais carregados carregados Justapostos
justapostos em trifólio Horizontal Vertical
dos Método E Método E Método F Método F Método F Método G Método G
condutores
mm2

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)


Cobre
0,5 11 9 11 8 9 12 10
0,75 14 12 14 11 11 16 13
1 17 14 17 13 14 19 16
1,5 22 18,5 22 17 18 24 21
2,5 30 25 31 24 25 34 29
4 40 34 41 33 34 45 39
6 51 43 53 43 45 59 51
10 70 60 73 60 63 81 71
16 94 80 99 82 85 110 97
25 119 101 131 110 114 146 130
35 148 126 162 137 143 181 162
50 180 153 196 167 174 219 197
70 232 196 251 216 225 281 254
95 282 238 304 264 275 341 311
120 328 276 352 308 321 396 362
150 379 319 406 356 372 456 419
185 434 364 463 409 427 521 480
240 514 430 546 485 507 615 569
300 593 497 629 561 587 709 659
400 715 597 754 656 689 852 795
500 826 689 868 749 789 982 920
630 958 798 1005 855 905 1138 1070
800 1118 930 1169 971 1119 1325 1251
1 000 1 292 1 073 1 346 1 079 1 296 1 528 1 448
Tabela 39 — Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de
referência E, F e G
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: EPR ou XLPE
Temperatura no condutor: 90°C
Temperatura ambiente de referência: 30°C

Métodos de referência indicados na tabela 33


Cabos multipolares Cabos unipolares1)
Dois Três Três condutores carregados,
Dois Três
condutores condutores no mesmo plano
condutores condutores
Seções carregados, carregados, Espaçados
carregados carregados Justapostos
nominais dos justapostos em trifólio Horizontal Vertical
condutores Método E Método E Método F Método F Método F Método G Método G
mm2

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)


Cobre
0,5 13 12 13 10 10 15 12
0,75 17 15 17 13 14 19 16
1 21 18 21 16 17 23 19
1,5 26 23 27 21 22 30 25
2,5 36 32 37 29 30 41 35
4 49 42 50 40 42 56 48
6 63 54 65 53 55 73 63
10 86 75 90 74 77 101 88
16 115 100 121 101 105 137 120
25 149 127 161 135 141 182 161
Tabela 39 (conclusão)

Métodos de referência indicados na tabela 33


Cabos multipolares Cabos unipolares1)
Dois Três Três condutores carregados,
Dois Três
condutores condutores no mesmo plano
condutores condutores
carregados, carregados, Espaçados
Seções carregados carregados Justapostos
justapostos em trifólio Horizontal Vertical
nominais dos
Método E Método E Método F Método F Método F Método G Método G
condutores
mm2

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8)


Cobre
35 185 158 200 169 176 226 201
50 225 192 242 207 216 275 246
70 289 246 310 268 279 353 318
95 352 298 377 328 342 430 389
120 410 346 437 383 400 500 454
150 473 399 504 444 464 577 527
185 542 456 575 510 533 661 605
240 641 538 679 607 634 781 719
300 741 621 783 703 736 902 833
400 892 745 940 823 868 1 085 1 008
500 1 030 859 1 083 946 998 1 253 1 169
630 1 196 995 1 254 1 088 1 151 1 454 1 362
800 1 396 1 159 1 460 1 252 1 328 1 696 1 595
1 000 1 613 1 336 1 683 1 420 1 511 1 958 1 849
Alumínio
Exemplo de Dimensionamento 1
Dimensione os condutores fase do circuito de alimentação de um chuveiro
de 6000 W / 220 V, conforme o esquema unifilar abaixo, utilize o critério
da capacidade de condução de corrente.

Especificações do circuito:
I Eletroduto: PVC rı́gido;
I Comprimento: 18 m;
I Método de instalação: eletroduto embutido em alvenaria;
I Temperatura ambiente: 30 o C;
I Cabo de cobre: isolação de PVC / 70 o C.
Dimensionamentos 224
Exemplo de Dimensionamento 1
Solução
I Tabela 33 - método de instalação: no 7
I Tabela 33 - método de referência: B1
6000
Ip = = 27, 27A (11)
220
I Tabela 46: circuito bifásico sem neutro: 2 condutores carregados;
I Tabela 40: condutor com isolação de PVC e temperatura ambiente
de 30 o C (FCT = 1);
I Tabela 42: circuito único em conduto fechado Ref. 1 (FCA = 1);
Ip 27, 27
Ic = = = 27, 27A (12)
F CT ∗ F CA 1.00 ∗ 1.00
I Tabela 36 - isolação de PVC / 70 o C, temperatura ambiente de 30
o
C, método de referência B1, 2 condutores carregados: valor
imediatamente superior a Ic = 27,27 A corresponde a Iz = 32 A,
seção nominal 4 mm2.
Dimensionamentos 225
Exemplo de Dimensionamento 2
Suponha que no eletroduto do circuito anterior deseja-se um
agrupamento de três circuitos, conforme Figura abaixo. Redimensione os
condutores do circuito 1 usando o critério da ampacidade.

Especificações do circuito:
I Eletroduto: PVC rı́gido;
I Comprimento: 18 m;
I Método de instalação: eletroduto embutido em alvenaria;
I Temperatura ambiente: 30 o C;
I Cabo de cobre: isolação de PVC / 70 o C.
Dimensionamentos 226
Exemplo de Dimensionamento 2
Solução
I Tabela 33 - método de instalação: no 7
I Tabela 33 - método de referência: B1
6000
Ip = = 27, 27A (13)
220
I Tabela 46: circuito bifásico sem neutro: 2 condutores carregados;
I Tabela 40: condutor com isolação de PVC e temperatura ambiente
de 30 o C (FCT = 1);
I Tabela 42: agrupamento de 3 circuitos em conduto fechado Ref. 1
(FCA = 0.70);
Ip 27, 27
Ic = = = 38, 96A (14)
F CT ∗ F CA 1.00 ∗ 0.70
I Tabela 36 - isolação de PVC / 70 o C, temperatura ambiente de 30
o
C, método de referência B1, 2 condutores carregados: valor
imediatamente superior a Ic = 38,96 A corresponde a Iz = 41 A,
seção nominal 6 mm2. Eletroduto exclusivo o chuveiro?
Dimensionamentos 227
Exemplo de Dimensionamento 3

Na figura abaixo, está representado um circuito monofásico de uma


cozinha o qual contém 5 TUGs. Dimensione o condutor fase pelo método
da ampacidade.

Especificações do circuito:
I Eletroduto: PVC rı́gido;
I Comprimento: 8+2 m;
I Método de instalação: eletroduto embutido em alvenaria;
I Temperatura ambiente: 30 o C;
I Cabo de cobre: isolação de PVC / 70 o C.
Dimensionamentos 228
Exemplo de Dimensionamento 3
Solução
I Tabela 33 - método de instalação: no 7
I Tabela 33 - método de referência: B1
2000
Ip = = 15, 75A (15)
127
I Tabela 46: circuito monofásico: 2 condutores carregados;
I Tabela 40: condutor com isolação de PVC e temperatura ambiente
de 30 o C (FCT = 1);
I Tabela 42: circuito único em conduto fechado Ref. 1 (FCA = 1);
Ip 15, 75
Ic = = = 15, 75A (16)
F CT ∗ F CA 1.00 ∗ 1.00
I Tabela 36 - isolação de PVC / 70 o C, temperatura ambiente de 30
o
C, método de referência B1, 2 condutores carregados: valor
imediatamente superior a Ic = 15,75 A corresponde a Iz = 17,50 A,
seção nominal 1,5 mm2. Pela seção mı́nima, adota-se 2,5 mm2.
Dimensionamentos 229
Exemplo de Dimensionamento 4
Na figura abaixo, está representado um circuito monofásico de um salão
de festas contendo 6 TUGs. Dimensione novamente pela ampacidade.

Especificações do circuito:
I Eletroduto: PVC rı́gido;
I Método de instalação: eletroduto aparente;
I Temperatura ambiente: 40 o C;
I Cabo de cobre: isolação de PVC / 70 o C.
Dimensionamentos 230
Exemplo de Dimensionamento 4
Solução
I Tabela 33 - método de instalação: no 3
I Tabela 33 - método de referência: B1
2100
Ip = = 16, 54A (17)
127
I Tabela 46: circuito monofásico: 2 condutores carregados;
I Tabela 40: condutor com isolação de PVC e temperatura ambiente
de 40 o C (FCT = 0.87);
I Tabela 42: circuito único em conduto aparente Ref. 1 (FCA = 1);
Ip 16, 54
Ic = = = 19, 01A (18)
F CT ∗ F CA 0.87 ∗ 1.00
I Tabela 36 - isolação de PVC / 70 o C, temperatura ambiente de 30
o
C (já corrigida), método de referência B1, 2 condutores carregados:
valor imediatamente superior a Ic = 19,01 A corresponde a Iz =
24,00 A, seção nominal 2,5 mm2.
Dimensionamentos 231
Exemplo de Dimensionamento 5

Para o portão automático de uma edificação, deseja-se alimentar um


motor trifásico de 2 CV, FP = 0,80 e η = 0,85. Dimensione os
condutores fase do circuito usando o critério da capacidade de condução
de corrente.

Especificações do circuito:
I Eletroduto: PVC rı́gido;
I Comprimento: 15 m;
I Método de instalação: eletroduto enterrado;
I Temperatura do solo: 25 o C;
I Cabo de cobre: isolação de PVC / 70 o C.
Dimensionamentos 232
Exemplo de Dimensionamento 5
Solução
I Tabela 33 - método de instalação: no 61A
I Tabela 33 - método de referência: D
2 ∗ 736
Ip = √ = 5.68A (19)
3 ∗ 220 ∗ 0.80 ∗ 0.85
I Tabela 46: circuito trifásico: 3 condutores carregados;
I Tabela 40: condutor com isolação de PVC e temperatura do solo de
25 o C (FCT = 0.95);
I Tabela 42: circuito único embutido Ref. 1 (FCA = 1);
1.25 ∗ Ip 7, 10
Ic = = = 7, 47A (20)
F CT ∗ F CA 0.95 ∗ 1.00
I Tabela 36 - isolação de PVC / 70 o C, temperatura do solo de 20 o C
(já corrigida), método de referência D, 3 condutores carregados:
valor imediatamente superior a Ic = 7,47A corresponde a Iz = 10A,
seção nominal 0,5 mm2.Pela seção mı́nima, adota-se 2,5 mm2
Dimensionamentos 233
Critério do Limite de Queda de Tensão

Após o dimensionamento da seção do condutor pelo critério da


ampacidade, é necessário saber se a seção obtida satisfaz outros critérios
de projeto. Usualmente modestas em termos de magnitude, a resistências
elétricas de condutores, contatos e conexões (emendas) possuem um
efeito cumulativo de queda de tensão entre diversos pontos das
instalações elétricas. Dependendo da queda verificada, o
funcionamento/desempenho de determinados equipamentos pode ser
prejudicado ou sua vida útil ser reduzida: motores com dificuldades de
partida, redução de iluminância de lâmpadas e etc...

Dimensionamentos 234
Critério do Limite de Queda de Tensão
Diante desses efeitos nefastos, a NBR5410 estabeleceu limites (Tabela
abaixo) para quedas de tensão no seu âmbito de atuação.

Esses limites disciplinam as quedas desde o ponto de entrega (origem da


instalação) até o ponto mais remoto de utilização. Como distribuir esses
percentuais entre os diversos trechos de uma instalação? A norma é
clara: Circuitos terminais permitem quedas percentuais de no máximo 4%235
Dimensionamentos
Instalação atendida em BT

Rede pública
de BT 2,5%
(Copel)

Circuitos de
iluminação

Quadro
geral
Entrada (QD)
de serviço

Medidor Circuitos
de força
Origem

2,5% 2,5%
5%
Edifícios de uso coletivo 0,5% 4%

Circuitos de
iluminação
QD-AP
Rede pública Medição
de AT agrupada
(Copel)
Origem
(BT do trafo)
4%
Transformador

Circuitos
de força
2%
Ex.: chuveiro

0,5% Quadro
de força
Entrada
de serviço QDG Circuitos
CM-COND de força

Medição
Seccionadora condomínio
QG-COND

0,5% 2%
máx 4%

7%
Critério do Limite de Queda de Tensão

Há diversos métodos de dimensionamento por critérios baseados em


limite da queda de tensão, restringiremos nossa discussão a dois deles:
I Método da Queda de Tensão Unitária: Esse método parte do
limite de queda de tensão percentual normalizado e define a seção
correspondente. Aplicações:
– circuito alimentador de Quadros de Distribuição;
– circuitos de distribuição;
– circuitos terminais com carga única;
– TUEs em geral;
– circuitos terminais com cargas concentradas;
I Método da Queda de Tensão Trecho a Trecho: Esse método
parte de uma seção do condutor predeterminada e verifica se a queda
de tensão por ele provocada está dentro do limite normalizado.
– circuito alimentador de Quadros de Distribuição;
– circuitos terminais com cargas distribuı́das;

Dimensionamentos 236
Método da Queda de Tensão Unitária

A queda de tensão unitária ∆Vunit pode ser determinada pela seguinte


expressão:

∆V %max ∗ Vnom
∆Vunit = (21)
Ip ∗ L
onde:
I ∆Vunit é a queda de tensão unitária [V/A.km];
I ∆V %max é o limite de queda de tensão percentual admitido para o
trecho;
I V é a tensão nominal do circuito [V];
I Ip é a corrente de projeto [A];
I L é o comprimento do circuito em km;
Com o valor obtido para ∆Vunit , consultamos a tabela na próxima
página para obter a seção correspondente.

Dimensionamentos 237
seções
eletroduto e eletrocalha (A) eletroduto e eletrocalha (A)
nominais
(material magnético) (material não-magnético)

circuito monofásico circuito monofásico circuito trifásico


e trifásico

(mm2) FP = 0,8 FP = 0,95 FP = 0,8 FP = 0,95 FP = 0,8 FP = 0,95

1,5 23 27,4 23,3 27,6 20,2 23,9


2,5 14 16,8 14,3 16,9 12,4 14,7
4 9,0 10,5 8,96 10,6 7,79 9,15
6 5,87 7,00 6,03 7,07 5,25 6,14
10 3,54 4,20 3,63 4,23 3,17 3,67
16 2,27 2,70 2,32 2,68 2,03 2,33
25 1,50 1,72 1,51 1,71 1,33 1,49
35 1,12 1,25 1,12 1,25 0,98 1,09
50 0,86 0,95 0,85 0,94 0,76 0,82
70 0,64 0,67 0,62 0,67 0,55 0,59
95 0,50 0,51 0,48 0,50 0,43 0,44
120 0,42 0,42 0,40 0,41 0,36 0,36
150 0,37 0,35 0,35 0,34 0,31 0,30
185 0,32 0,30 0,30 0,29 0,27 0,25
240 0,29 0,25 0,26 0,24 0,23 0,21
300 0,27 0,22 0,23 0,20 0,21 0,18
400 0,24 0,20 0,21 0,17 0,19 0,15
500 0,23 0,19 0,19 0,16 0,17 0,14
Exemplo de Dimensionamento 6

Refaçamos o dimensionamento 2 de acordo com o critério da queda de


tensão unitária.

Especificações do circuito:
I Eletroduto: PVC rı́gido;
I Comprimento: 18 m;
I Método de instalação: eletroduto embutido em alvenaria;
I Temperatura ambiente: 30 o C;
I Cabo de cobre: isolação de PVC / 70 o C.
Dimensionamentos 238
Exemplo de Dimensionamento 6

Solução
Conforme análise obtida pelo critério da capacidade ampacidade, a
corrente de projeto é Ip = 27,27 A resultando numa seção de 6 mm2.
Sendo esse circuito terminal, seu limite de queda de tensão é 4%.
Calculando a queda de tensão unitária:

∆V %max ∗ Vnom 0.04 ∗ 220


∆Vunit = = = 17, 93V /A.km (22)
Ip ∗ L 27, 27 ∗ 0, 018
Pela tabela da queda de tensão, eletroduto de material não magnético,
circuito monofásico, FP = 0,95, seleciona-se o valor imediatamente
inferior a 17,93 V/A.km, isto é, ∆Vunit = 16,9 V/A.km, que corresponde
ao condutor de seção 2,5 mm2.
Confrontando o valor obtido pela queda de tensão (2,5 mm2) com aquela
obtido pela ampacidade (6,0 mm2), mantém-se o dimensionamento que
atende ambos os critérios, i.e. , 6,0 mm2.
Dimensionamentos 239
Exemplo de Dimensionamento 7

Refaçamos o dimensionamento 3 de acordo com o critério da queda de


tensão unitária.

Especificações do circuito:
I Eletroduto: PVC rı́gido;
I Comprimento: 8+2 m;
I Método de instalação: eletroduto embutido em alvenaria;
I Temperatura ambiente: 30 o C;
I Cabo de cobre: isolação de PVC / 70 o C.

Dimensionamentos 240
Exemplo de Dimensionamento 7

Solução Conforme análise obtida pelo critério da capacidade ampacidade,


a corrente de projeto é Ip = 15,75 A resultando numa seção de 1,5 mm2.
Sendo esse circuito terminal, seu limite de queda de tensão é 4%.
Calculando a queda de tensão unitária:

∆V %max ∗ Vnom 0.04 ∗ 127


∆Vunit = = = 32, 25V /A.km (23)
Ip ∗ L 15, 77 ∗ 0, 010
Pela tabela da queda de tensão, eletroduto de material não magnético,
circuito monofásico, FP = 0,95, seleciona-se o valor imediatamente
inferior a 32,25 V/A.km, isto é, ∆Vunit = 16,9 V/A.km, que corresponde
ao condutor de seção 1,5 mm2.
Confrontando o valor obtido pela queda de tensão (1,5 mm2) com aquele
obtido pela ampacidade (1,5 mm2), mantém-se o dimensionamento pela
seção mı́nima, i.e. , 2,5 mm2.

Dimensionamentos 241
Exemplo de Dimensionamento 8

Refaçamos o dimensionamento 5 de acordo com o critério da queda de


tensão unitária.

Especificações do circuito:
I Eletroduto: PVC rı́gido;
I Comprimento: 15 m;
I Circuito Trifásico;
I Fator de Potência 0,80;
I Cabo de cobre: isolação de PVC / 70 o C.

Dimensionamentos 242
Exemplo de Dimensionamento 8

Solução Conforme análise obtida pelo critério da capacidade ampacidade,


a corrente de projeto é Ip = 7,10 A resultando numa seção de 0,5 mm2.
Sendo esse circuito terminal, seu limite de queda de tensão é 4%.
Calculando a queda de tensão unitária:

∆V %max ∗ Vnom 0.04 ∗ 220


∆Vunit = = = 82, 63V /A.km (24)
Ip ∗ L 7, 10 ∗ 0, 015
Pela tabela da queda de tensão, eletroduto de material não magnético,
circuito trifásico, FP = 0,80, seleciona-se o valor imediatamente inferior a
82,63 V/A.km, isto é, ∆Vunit = 20,2 V/A.km, que corresponde ao
condutor de seção 1,5 mm2.
Confrontando o valor obtido pela queda de tensão (1,5 mm2) com aquele
obtido pela ampacidade (0,5 mm2), mantém-se o dimensionamento pela
seção mı́nima, i.e. , 2,5 mm2.

Dimensionamentos 243
Método da Queda de Tensão Trecho a Trecho
Neste método, parte-se de uma seção preestabelecida (e.g. pelo critério
da capacidade de condução de corrente) a qual define uma queda de
tensão unitária ∆Vunit correspondendo a sua seção. A partir dessa
tensão unitária, calcula-se o valor da queda de tensão percentual
povocada pela corrente no condutor previamente adotado:
∆Vunit ∗ Ip ∗ L
∆V % = (25)
Vnom
onde:
I ∆V % é a queda de tensão percentual para o trecho com condutor
de seção conhecida;
I ∆Vunit é a queda de tensão unitária [V/A.km] do condutor de seção
conhecida;
I V é a tensão nominal do circuito [V];
I Ip é a corrente de projeto [A];
I L é o comprimento do circuito em km;
Dimensionamentos 244
Método da Queda de Tensão Trecho a Trecho

Com o valor obtido para ∆V %, deve-se satisfazer a seguinte


desigualdade:

∆V % < ∆V %max (26)


I Se ∆V % < ∆V %max , a seção preestabelecida é adequada;
I Se ∆V % > ∆V %max , a seção preestabelecida NÃO é adequada e
deve-se averiguar se o próximo valor nominal satisfaz;

Dimensionamentos 245
Exemplo de Dimensionamento 9
Refaçamos o dimensionamento 4 de acordo com o critério da queda de
tensão trecho a trecho.

Especificações do circuito:
I Eletroduto: PVC rı́gido;
I Cargas distribuidas;
I FP 0,95;
I circuito monofásico;
I Cabo de cobre: isolação de PVC / 70 o C.
Dimensionamentos 246
Exemplo de Dimensionamento 9

Solução Conforme análise obtida pelo critério da capacidade ampacidade,


a corrente de projeto é Ip = 16,54 A resultando numa seção de 2,5 mm2.
Sendo esse circuito terminal, seu limite de queda de tensão é 4%. Como
se trata de um circuito com carga distribuı́da, deve-se usar o método da
queda de tensão trecho a trecho.
Sendo eletroduto de material não magnético, circuito monofásico, FP =
0,95, seção 2,5 mm2, obtem-se a queda de tensão unitária
∆Vunit = 16, 9 V/A.km.

Dimensionamentos 247
Exemplo de Dimensionamento 9
I Trecho Qd - T1:
2100 16, 9 ∗ 16, 54 ∗ 0, 008
Ip = = 16, 54; ∆V % = = 0, 0176
127 127
I Trecho T1 - T2:
1500 16, 9 ∗ 11, 81 ∗ 0, 004
Ip = = 11, 81; ∆V % = = 0, 0063
127 127
I Trecho T2 - T3:
900 16, 9 ∗ 7, 09 ∗ 0, 004
Ip = = 7, 09; ∆V % = = 0, 0038
127 127
I Trecho T3 - T4:
300 16, 9 ∗ 2, 36 ∗ 0, 010
Ip = = 2, 36; ∆V % = = 0, 0031
127 127
I Trecho T4 - T5:
200 16, 9 ∗ 1, 57 ∗ 0, 006
Ip = = 1, 57; ∆V % = = 0, 0013
127 127
Dimensionamentos 248
Exemplo de Dimensionamento 9

I Trecho T5 - T6:
100 16, 9 ∗ 0, 79 ∗ 0, 008
Ip = = 0, 79; ∆V % = = 0, 0008
127 127
P
∆V % = (quedas nos trechos)
= 1, 76 + 0, 63 + 0, 38 + 0, 31 + 0, 13 + 0, 08 = 3, 29% < 4%
Como a queda de tensão percentual total do circuito não ultrapassou o
limite de 4% estabelecido pela NBR 5410, significa que a seção 2,5 mm2
atende aos critérios da capacidade de condução de corrente e do limite
da queda de tensão. Se o resultado violasse o limite de 4%, dever-se-ia
partir para a próxima seção nominal e refazer a verificação.

Dimensionamentos 249
Exemplo de Dimensionamento 9

I Trecho T5 - T6:
100 16, 9 ∗ 0, 79 ∗ 0, 008
Ip = = 0, 79; ∆V % = = 0, 0008
127 127
P
∆V % = (quedas nos trechos)
= 1, 76 + 0, 63 + 0, 38 + 0, 31 + 0, 13 + 0, 08 = 3, 29% < 4%
Como a queda de tensão percentual total do circuito não ultrapassou o
limite de 4% estabelecido pela NBR 5410, significa que a seção 2,5 mm2
atende aos critérios da capacidade de condução de corrente e do limite
da queda de tensão. Se o resultado violasse o limite de 4%, dever-se-ia
partir para a próxima seção nominal e refazer a verificação.

Dimensionamentos 250
Seções Mı́nimas dos Condutores Elétricos

A NBR 5410 define os critérios para a determinação das seções mı́nimas


dos condutores fase, neutro e de proteção (PE) usados em instalações
elétricas.
Já foram apresentados os critérios da seção mı́nima para os condutores
FASE.
Nas tabelas que seguem, são apresentados os critérios da seção reduzidas
para neutro e proteção(PE), respectivamente.
Cabe ressaltar que o uso dessa tabela deve ser complmentado com outras
análises, as quais encontra-se fora do escopo desse curso!

Dimensionamentos 251
Seções Mı́nimas dos Condutor NEUTRO

Table: Tabela 48 da NBR 5410


Seção dos condu- Seção reduzida do
tores Fase (mm2 ) condutor Neutro
(mm2 )
S ≤ 25 S
35 25
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185
Dimensionamentos 252
Seção Mı́nima do Condutor de PROTECAO(PE)

Table: Tabela 58 da NBR 5410


Seção dos condu- Seção mı́nima
tores Fase (mm2 ) do condutor de
proteção (mm2 )
S ≤ 16 S
16 < S ≤ 35 16
S > 35 S/2

Dimensionamentos 253
Dispositivos de Proteção

A NBR 5410 disciplina as condições gerais acerca do tema dispositivos de


proteção em instalações elétricas residenciais e prediais, de modo a
garantir a segurança de seus ocupantes contra os perigos resultantes de
defeitos, da má utilização de equipamentos e das instalações elétricas em
si. Dentre outras, apresentam-se duas:
I Proteção contra sobrecorrente (disjuntores e/ou fusı́veis);
Grosso modo, sobrecorrente num circuito é qualquer valor de
corrente excendente àquele previsto como nominal.
– sobrecarga:circuito suprindo carga superior àquela prevista em
projeto;
– curto-circuito:devem-se a falhas/defeitos da instalação;
I Proteção contra choque elétrico (Dispositivo DR);
Todo circuito terminal deve ser protegido contra sobrecorrente por
dispositivo que assegure o seccionamento simultâneo de todos os seus
condutores FASE. Assim, a proteção deve ser monopolar para circuito
monofásico, bipolar para circuito bifásico e tripolar para circuito trifásico.

Dimensionamentos 254
Disjuntor Termomagnético - DTM

Tal dispositivo serve simultaneamente como:


I Dispositivo de manobra, i.e. , abrindo e fechando o circuito;
I Dispositivo de proteção contra sobrecorrentes;
O disjuntor termomagnético é o dispositivo mais utilizado em instalações
elétricas residenciais e comerciais, pois a ocorrência de sobrecorrentes
(sobrecarga ou curto-circuito) promove o seccionamento/abertura do
circuito, o qual pode ser prontamente religado tão logo o problema seja
solucionado, sem a necessidade de substituição do dispositivo de
proteção.
E desligamentos frequentes ou tentativas de religamento sem êxito?

Dimensionamentos 255
Funcionamento de um Disjuntor Termomagnético -
DTM

O disjuntor termomagnético possui dois dispositivos internos que


promovem a interrupção do circuito: relé térmico (bimetal latão e aço) e
relé magnético.

Figure: Esquemático de um DTM

Ação térmica está associada à proteção contra sobrecarga já a ação


magnética contra curto-circuito.
Dimensionamentos 256
Curva Tempo versus Corrente

Figure: Curva de tempo inverso

Dimensionamentos 257
Curva B

Dimensionamentos 258
Curva C

Dimensionamentos 259
Curva D

Dimensionamentos 260
Correntes Convencionais

As normas especı́ficas sobre disjuntores definem duas categorias de


corrente para disjuntores: a corrente convencional de não atuação (I1) e
a corrente convencional de atuação (I2), conforme NBR IEC 60898.

Dimensionamentos 261
Curva B,C ou D ?

I Curva B:disparo instantâneo para valores entre 3 e 5In, empregado


usualmente na proteção de circuitos com cargas resistivas (lâmpadas
incandescentes, chuveiros, aquecedores elétricos etc...) ;
I Curva C: disparo instantâneo para valores entre 5 e 10In,
empregado usualmente na proteção de circuitos com cargas com
cargas levemente indutivas (lâmpadas fluorescentes, máquinas de
lavar roupas, geladeiras etc...);
I Curva D:disparo instantâneo para valores entre 10 e 20In,
empregado usualmente na proteção de circuitos sujeitos a picos de
corrente com curta duração ou em circuitos suprindo motores com
corrente de partida elevada ;

Dimensionamentos 262
Especificações de DTM

I Número de Pólos:os disjuntores podem ser monopolar, bipolar,


tripolar e tetrapolar;
I Corrente nominal - In: a corrente nominal IN do disjuntor é o
valor da corrente em regime contı́nuo que ele é capaz de conduzir
indefinidamente sem que a elevação da temperatura provoque o seu
disparo. Os valores de corrente nominal dos disjuntores comerciais
dependem do fabricante e do modelo.;
I Tensão de operação: os disjuntores podem ser de baixa tensão
(até 1.000 V) e média e alta tensão (acima de 1.000 V);
I Capacidade de interrupção - Ics: medida em kA, corresponde ao
valor da corrente de curto-circuito que o disjuntor tem condiçõs de
interromper sem se danificar, seja por solda dos contatos, seja por
explosão.

Dimensionamentos 263
Dimensionamento de Disjuntores Termomagnéticos

Os disjuntores têm que atuar de forma eficiente e promover a interrupção


do circuito submetido a sobrecargas/curto-circuito para evitar que o
aquecimento dos condutores danifique a própria isolação e/ou a isolação
de circuitos agrupados. Portanto, a disjuntor deve assegurar o
funcionamento do circuito em condições normais de operação, mas
interrompê-lo em condições adversas.
Tal objetivo fica assegurado quando há Coordenação entre Condutor e
Dispositivo de Proteção, devendo satisfazer a seguintes inequações:
Ip ≤ Indisjuntor ≤ Iz
I2 ≤ 1, 45Iz
tal que:
I Ip é a corrente de projeto do circuito;
I Indisjuntor é a corrente nominal do disjuntor;
I Iz é a capacidade de condução de corrente do condutor;
I I2 é a corrente convencional de atuação.
Dimensionamentos 264
Proteção contra Choques Elétricos

O Dispositivo Diferencial-Residual (DR) é que garante a proteção contra


choques elétricos.
O DR é um tipo de interruptor que detecta a fuga de corrente à terra e
desliga o circuito antes que uma pessoa sofra o efeito do choque elétrico
ou antes que um curto-circuito provoque superaquecimento nos
condutores, causando incêndio.
O dispositivo DR pode ser de dois tipos:
I Interruptor DR também denominado IDR (instalado sempre em
série com o disjuntor);
I Disjuntor DR, combinando num único dispositivo as proteções
contra choques e sobrecorrentes.
Pode ser instalado individualmente para proteger um único circuito ou
para a proteção de grupos de circuitos.

Dimensionamentos 265
Especificações dos Dispositivos DR

I Número de Pólos: podem ser bipolares ou tetrapolares;


I Corrente nominal - In: a corrente nominal IN do disjuntor é o
valor da corrente em regime contı́nuo que ele é capaz de conduzir
indefinidamente; Os valores de corrente nominal dependem não só
do fabricante e modelo, mas também da função IDR ou Disjuntor
DR. Geralmente, tem-se a seguinte faixa: 10, 16, 20, 25, 32, 40, 50,
63, 80 e 100 A.;
I Corrente diferencial-residual nominal de atuação I∆N : pode ser
de alta sensibilidade (I∆N ≤ 30mA - contatos indiretos e diretos)
ou de baixa sensibilidade (I∆N > 30mA - contatos indiretos);
I Tensão Nominal: quanto à tensão nominal, o dispositivo DR
bipolar é especificado para tensões de 127, 220, 230 e 400 V e o
tetrapolar para tensões de 220, 230 e 400 V.

Dimensionamentos 266
Instalação de DR
No caso de circuito com dois condutores vivos, isto é, FN e FF, deve-se
usar preferencialmente o dispositivo DR bipolar, embora o tetrapolar
possa também ser utilizado. Nos demais casos, ou seja, FFN, FFF e
FFFN, só podem ser utilizados os dispositivos DR tetrapolares.
Devem possuir proteção DR de alta sensibilidade:
I circuitos de pontos de utilização situados em locais com banheira ou
chuveiro;
I circuitos de tomadas e de iluminação localizadas em áreas externas;
I circuitos de tomadas localizadas em áreas internas, mas usadas para
alimentar equipamentos no exterior;
I circuitos de pontos de utilização situados em dependências internas
molhadas ou sujeitas a lavagens, como cozinha, copa-cozinha,
lavanderia, área de serviço e garagem, admitindo a exclusão dos
pontos de iluminação posicionados a uma altura igual ou superior a
2,5 m.
O DR individual deve ter a corrente nominal IN equivalente ao disjuntor
de proteção do circuito.
Dimensionamentos 267
Exemplo de Dimensionamento 10

Dimensione o disjuntor termomagnético e, se necessário, o dispositivo


DR, para fazer a proteção do circuito empregado no exemplo 1.

Especificações do circuito:
I Tensão bifásica: 220 V;
I Potência ativa: 6000 W;
I Corrente de projeto: Ip = 27,27 A;
I Condutores fase e PE: 6 mm2 (obtida pelos três critérios);
I Capacidade de condução de corrente: Iz = 41 A.
Dimensionamentos 268
Exemplo de Dimensionamento 10

Solução
A condição de coordenação entre condutor e disjuntor é dada por:
Ip ≤ In ≤ Iz =⇒ 27, 27A ≤ In ≤ 41A
Buscando numa tabela de fabricante, devemos definir um valor que
satisfaça a inequação. Por exemplo, satisfazem a condição de
coordenação disjuntores de 32 ou 40 A e qualquer um deles seria uma
escolha correta.
No entanto, o circuito em questão serve um chuveiro, ponto de utilização
em área molhada, necessitando portanto de um dispositivo DR.
Escolhas possı́veis:
I Disjuntor DR 32A/30mA;
I Disjuntor Bipolar 40A e Interruptor DR 40A/30mA;

Dimensionamentos 269
Exemplo de Dimensionamento 11

Dimensione o disjuntor termomagnético e, se necessário, o dispositivo


DR, para fazer a proteção do circuito empregado no exemplo 3.

Especificações do circuito:
I Tensão monofásica: 127 V;
I Potência aparente: 2000 VA;
I Corrente de projeto: Ip = 15,75 A;
I Condutores fase, neutro e PE: 2,5 mm2 (obtida pelo critério da
secção mı́nima);
I Capacidade de condução de corrente: Iz = 24 A.
Dimensionamentos 270
Exemplo de Dimensionamento 11

Solução A condição de coordenação entre condutor e disjuntor é dada


por:
Ip ≤ In ≤ Iz =⇒ 15, 75A ≤ In ≤ 24A
Buscando numa tabela de fabricante, devemos definir um valor que
satisfaça a inequação. Por exemplo, satisfazem a condição de
coordenação disjuntores monopolares de 16 ou 20 A.
No entanto, o circuito em questão serve uma cozinha, área sujeita a
lavagem, requerendo um dispositivo DR.
Escolhas possı́veis:
I Disjuntor DR 20A/30mA;
I Disjuntor monopolar 16A e Interruptor DR 16A/30mA;

Dimensionamentos 271
Exemplo de Dimensionamento 12
Dimensione o disjuntor termomagnético e, se necessário, o dispositivo
DR, para fazer a proteção do circuito empregado no exemplo 4.

Especificações do circuito:
I Tensão monofásica: 127 V;
I Potência aparente: 2100 VA;
I Corrente de projeto: Ip = 16,54 A;
I Condutores fase, neutro e PE: 2,5 mm2 (obtida pelos 3 critérios);
I Capacidade de condução de corrente: Iz = 24 A.
Dimensionamentos 272
Exemplo de Dimensionamento 12

Solução A condição de coordenação entre condutor e disjuntor é dada


por:
Ip ≤ In ≤ Iz =⇒ 16, 54A ≤ In ≤ 24A
Buscando numa tabela de fabricante, devemos definir um valor que
satisfaça a inequação. Por exemplo, satisfaz a condição de coordenação o
disjuntor monopolar de 20 A.
Assim, o circuito pode ser protegido apenas por disjuntor
termomagnético monopolar de 20 A / 127 V. Tratando-se de um salão de
festas, é facultativo o emprego de dispositivo DR.
Escolhas possı́veis:
I Disjuntor termonagnético monopolar 20A;

Dimensionamentos 273
Exemplo de Dimensionamento 13

Dimensione o disjuntor termomagnético e, se necessário, o dispositivo


DR, para fazer a proteção do circuito empregado no exemplo 5.

Especificações do circuito:
I Tensão trifásica: 220 V;
I Potência: 2CV;
I Corrente de projeto: Ip = 7,10 A;
I Condutores fase e PE: 2,5 mm2 (obtida pela seção mı́nima);
I Capacidade de condução de corrente: Iz = 24 A.

Dimensionamentos 274
Exemplo de Dimensionamento 13

Solução A condição de coordenação entre condutor e disjuntor é dada


por:
Ip ≤ In ≤ Iz =⇒ 7, 10A ≤ In ≤ 24A
Buscando numa tabela de fabricante, devemos definir um valor que
satisfaça a inequação. Por exemplo, satisfazem a condição de
coordenação disjuntores tripolares de 10, 16 e 20 A.
Escolhas possı́veis:
I Disjuntor termonagnético tripolar 10A;

Dimensionamentos 275
Dimensionamento de Eletrodutos

O dimensionamento de eletrodutos consiste em determinar o tamanho


nominal do eletroduto em cada trecho da instalação. O
diâmetro/tamanho nominal DN é um número adimensional muito
próximo do diâmetro externo do eletroduto. Por norma, as dimensões dos
eletrodutos são definidas em milı́metros (diâmetros externo e interno e
espessura), porém é usual especificá-las em polegadas. Nas
representações em planta e prumadas, DEVE-SE UTILIZAR
MILÍMETROS!
Quanto à instalação de condutores em eletrodutos, a NBR 5410
disciplina:
I Em instalações embutidas só são admitidos eletrodutos que
suportem os esforços de deformação caracterı́sticos da técnica
construtiva utilizada;
I Nos eletrodutos, só podem ser instalados condutores isolados, cabos
unipolares e cabos multipolares, exceto condutores de aterramento
(nus) em que os eletrodutos fornecem proteção mecânica;

Dimensionamentos 276
Dimensionamento de Eletrodutos

I É admissı́vel que os condutores pertençam a mais de um circuito


(agrupamento) nos seguintes casos:
1 Quando seguintes condições forem atendidas simultaneamente:
I Os circuitos pertencerem à mesma instalação, ou seja, tiverem um
mesmo dispositivo geral de manobra e proteção;
I As seções nominais dos condutores fase estiverem dentro de um
intervalo de três seções normalizadas sucessivas - condutores similares
- (exemplo: 2,5 mm2, 4 mm2 e 6 mm2);
I Todos os condutores tiverem a mesma temperatura máxima para
serviço contı́nuo;
I Todos os condutores tiverem tensão de isolação maior que a tensão
nominal presente mais alta.
2 Quando se tratar de circuito de força, comando e/ou sinalização de
um mesmo equipamento.

Dimensionamentos 277
Taxa Máxima de Ocupação de Eletrodutos
Em um eletroduto, a quantidade de condutores (fios e cabos) que pode
ser instalada é limitada pelos seguintes motivos:
I para não dificultar a enfiação e a retirada de condutores em caso de
manutenção ou modificação dos circuitos;
I para possibilitar a adequada dissipação do calor produzido pelos
condutores em operação.
Nesse sentido, a norma define a taxa máxima de ocupação a qual é uma
relação entre a seção transversal do eletroduto (diâmetro interno) e a
soma das seções dos condutores nele instalados (diâmetros externos -
incluindo a isolação).
Taxa Máxima de Quantidade de Con-
Ocupação (TO) dutores (Fios ou Ca-
bos)
53% 1
31% 2
40% ≥3
Dimensionamentos 278
Seção Interna e Seção útil de um Eletroduto

A seção interna de um eletroduto (Sie ) deve ser determinada a partir do


seu diâmetro interno Di, e a sua seção útil (Su) a partir de Sie bem como
a taxa máxima de ocupação (TO), tal como:

π ∗ Di2
Sie = e Su = Sie ∗ T O
4

Dimensionamentos 279
Seção Interna e Seção útil de um Eletroduto

Os fabricantes de eletrodutos apresentam os seus produtos


especificando-os de várias formas diferentes, mas sempre baseados nas
normas especı́ficas do tipo de eletroduto. O mesmo vale para os
acessórios (luvas, conexões, curvas etc.).
Para instalações elétricas residenciais, prediais e comerciais, os
eletrodutos mais utilizados são os de PVC rı́gido roscável e flexı́vel.

Dimensionamentos 280
Eletroduto Currugado Flexı́vel Leve/Médio

I Flexı́vel Leve: instalações elétricas embutidas de baixa tensão,


executadas em alvenaria com recobrimento de argamassa em obras
residenciais, comerciais e industriais (e.g. , tigreflex);
I Flexı́vel Médio:instalações elétricas embutidas em laje de concreto
(e.g. , tigreflex reforçado);

Dimensionamentos 281
Eletroduto Rı́gido de PVC

I Rı́gido Roscável: instalações elétricas embutidas de baixa tensão,


em obras prediais, comerciais e industriais, entradas de
energia/serviço residenciais;

Dimensionamentos 282
Área Ocupada por Condutores

A seção externa de um condutor (Sec ) com diâmetro externo De, isto é,
considerando a sua isolação, e a área total St ocupada por um conjunto
de condutores podem ser calculadas pelas fórmulas:

π ∗ De2 P
Sec = e St = (Se )
4

Dimensionamentos 283
Exemplo de Dimensionamento 14

Suponha que a ilustração abaixo corresponda a um trecho de eletroduto


flexı́vel (e.g. flexı́vel leve Tigreflex) com uma curva e os condutores dos
circuitos foram definidos como cabos isolados em PVC 450/750V (e.g.
Cobrecom Cabo Plasticom Antichama ou Cabo Rı́gido Conduspar),
dimensione o eletroduto do trecho.

Dimensionamentos 284
Exemplo de Dimensionamento 14

Solução
I Circuitos 1 e 3: total de 8 cabos de seção 2,5 mm2
– Conforme catálogo Fabricante: De = 3,7mm
– Seção transversal externa de um cabo de 2,5 mm2:
π ∗ De2 π ∗ 3, 72
Sec = = = 10, 75mm2
4 4
I Circuito 2: total de 3 cabos de seção 4 mm2
– Conforme catálogo Fabricante: De = 4,2mm
– Seção transversal externa de um cabo de 4,0 mm2:
π ∗ De2 π ∗ 4, 22
Sec = = = 13, 85mm2
4 4
I Circuitos 1, 2 e 3
– Area TotalPocupada pelos cabos dos três circuitos
St = (Sec ) = 8 ∗ 10, 75 + 3 ∗ 13, 85 = 86, 00 + 41, 55 = 127, 55mm2

Dimensionamentos 285
Exemplo de Dimensionamento 14

Escolha do eletroduto
I Como temos três circuitos, a ocupação máxima deve ser de 40%
I eletroduto de tamanho nominal DN = 25 - diâmetro interno: Di =
19,0 mm
I Seção interna do eletroduto e seção útil:
π ∗ Di2 π ∗ 192
Sie = = = 283, 53mm2
4 4
Su = Sie .T O = 283, 53 ∗ 0, 4 = 113, 41mm2
I Como a seção útil (Su) do eletroduto escolhido é menor que a área
total (St) ocupada pelos cabos (113,41 mm2 < 127,55 mm2),
concluı́mos que ele não é adequado e que próximo tamanho nominal
maior deve ser analisado.

Dimensionamentos 286
Exemplo de Dimensionamento 14

Escolha do eletroduto
I Definindo como eletroduto o tamanho nominal DN = 32 - diâmetro
interno: Di = 25,0 mm
I Seção interna do eletroduto e seção útil:
π ∗ Di2 π ∗ 252
Sie = = = 490, 87mm2
4 4
Su = Sie .T O = 490, 87 ∗ 0, 4 = 196, 35mm2
I Nesse caso, a seção útil (Su) do eletroduto escolhido é maior que
área total (St) ocupada pelos cabos (196,35 mm2 > 127,55 mm2),
de modo que o eletroduto flexı́vel leve de tamanho nominal DN =
32 é adequado para alojar os 11 condutores dos circuitos 1, 2 e 3.

Dimensionamentos 287

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