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Com este documento pretendo apoiar a aula que será transmitida online e que podem aceder
através do link
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/585608889
O documento estará no moodle em formato word e cada aluno pode utilizá-lo para tirar dúvidas.
Peço que leiam atentamente o documento, tentem também resolver os exercícios (aproveitando
para treinar a máquina de calcular) e se surgir dúvidas entrem em contato comigo por e-mail, Skype
ou por um chat no moodle.
Parte I- Método de Gauss- Seidel e exemplo – Estudo do método de Gauss-Seidel, matriz iterativa,
condições de convergência. Exemplo resolvido.
Parte II- Reflexão sobre os métodos iterativos- Uma reflexão sobre os métodos de Gauss-Seidel e
Gauss-Jacobi acerca da convergência e da condição inicial.
Parte III- Proposta de resolução de um exercício- Exercício para resolver sozinhos recorrendo aos
exemplos anteriores sem resolução com solução final.
Nota – o que está em azul são comentários que na aula seriam falados a preto e outras cores o que
seria escrito no quadro.
Aula 16- Métodos Iterativos – Gauss-Seidel
20 x 5 y z 24
2
2 x 20 y 2 z 58
2 y 10 z 16
com solução geral {}
CS= −3
1
24 5 yk zk
xk 1 20
58 2 xk 2 zk
yk 1
20
16 2 y k
zk 1 10
Observemos as iterações
k uk ‖u k‖∞ (u k −uk−1 ) E.ABS E.REL
xk yk zk ‖u k −uk−1‖∞ ‖uk −uk−1‖∞
max ( 1 ,‖uk‖∞ )
0 1.2 -2.9 1.6 2.9 Aqui não se pode calcular porque não temos uk−1
1 2.01 -2,86 1.02 2.86 (0.81;0.04;-0.58) 0.81f 0.81
0.28
2.86
2 1.97 -3 1.03 3 (-0.04;-0.14;0.01) 0.14 0.14
0.047
3
24 5 yk zk
xk 1 20
58 2 xk 2 zk
yk 1
20
16 2 y k
zk 1 10
O método de Gauss-Jacobi dizia para utilizar este sistema ou seja no
cálculo do y 1, usamos o x 0 e z 0, no do z 1o x 0 e y 0.
Mas, reparem que x 1 está mais perto da solução final do que x 0, então o que este novo método
sugere é, que no cálculo de y 1 , em vez do x 0, podemos usar o x 1 (valor mais próximo) e no o z 1o x 1
e y 1.
Aula 16- Métodos Iterativos – Gauss-Seidel
A ideia é então usar, não os valores encontrados na última iteração, mas sim os mais atuais, então o
24 5 yk zk
xk 1 20
58 2 xk 1 2 zk
yk 1
20
16 2 y k 1
zk 1 10
sistema a usar seria
24 5 yk zk k uk
xk 1
20 xk yk zk
58 2 xk 1 2 zk
yk 1 0 1.2 -2.9 1.6
20 1 2.01a -2.94b 1.01c
16 2 y k 1
zk 1 10
a. b. c.
24 5(2.9) 1.6 58 2(2.01) 2(1.6) 16 2( 2.94)
x1 2.01 y1 2.94 z1 1.01
20 20 10
(k+1) 1 (k) (k) (k) (k) (k+1) 1 (k+1) (k) (k) (k) (k+1) 1 (k+1) (k+1) (k) (k)
{ { { ( ) ( ) ( ){
x1 = b1−a12x2−a13x3−a14x4−…−a1nxn ¿ x2 = b2−a21x1 −a23x3−a24x4−…−a2nxn ¿ x3 = b3−a31x1 −a32x2 −a34x4−…−a3nxn ⋮¿ ¿
a 1 a2 a3
Vamos então tentar encontrar a matriz iterativa (a usar em casos de sistemas muito grandes)
Relembro que a ideia é ter Au=b ⟺ u=Bu+ g. Para depois usar o processo recursivo
uk +1=Bu k + g
Vimos que
Aula 16- Métodos Iterativos – Gauss-Seidel
Au=b 20 5 −1 x 24
[ ][ ] [ ]
2 20 −2 y = −58
0 −2 10 z 16
[ ][ ] [ ][ ] [
2 0 0 y + 0 20 0 y + 0 0 −2 y = −58
0 −2 0 z 0 0 10 z 0 0 0 z 16 ][ ] [ ]
Isolar Du Du=−Lu−Ru+ b
20 0 0 x 0 0 0 x 0 5 1 x 24
[ ][ ] [
0 20 0 y =− 2 0 0 y − 0 0 −2 y + −58
0 0 10 z 0 −2 0 z 0 0 0 z 16 ][ ] [ ][ ] [ ]
Isolar u u=D−1 (−Lu−Ru+b )
−1
x 20 0 0 0 0 0 0 5 1 x 24
[ ] ([
y =− 0 20 0
z 0 0 10 ]) ( [ 0 −2 0 ][
2 0 0 − 0 0 −2
0 0 0 ] ) [ ] [ ])
y + −58
z 16
24 5 yk zk
xk 1 20
20 5 −1
2 xk 1 2 zk
y
k 1
58
20
16 0 xk 1 2 y k 1
A= 2 20 −2
0 −2 10 [ ]
zk 1 10
Comparando o sistema com a matriz , observamos
que quando se constrói a recorrência, o k+1 está na matriz L. Lembro ainda que se queria
uk +1=Bu k + g
Escrevendo a recorrência uk +1=−D −1 Lu k+1−D −1 R uk + D −1 b
x k +1 20 0 0
−1
0 0 0 x k+1 20 0 0 0 5 1
−1
xk 20 0 0
−1
24
[ ] ([
y k+1 =− 0 20 0
z k+1 0 0 10 ]) [ 0 −2 0 z k+1 ] [ ] ([
2 0 0 y k+1 − 0 20 0 0 0 −2
0 0 10 0 0 0 ]) [
y k + 0 20 0
zk 0 0 10] [ ] ([ ]) [ −58
16
Então
uk +1=−
⏟ ( D+ L )−1 R uk + (⏟
D+ L )−1 b
B g
u0 (dado)
( k + 1 ) 1 ( k ) ( k ) ( k ) ( k ) ( k + 1 ) 1 ( k + 1 ) ( k ) ( k ) ( k ) ( k + 1 ) 1 ( k + 1 ) ( k + 1 ) (k ) ( k )
{ { {
( ) ( ) ( ){
….
e
uk +1=−( D+ L )−1 Ru k + ( D+ L )−1 b
¿ j≠i ¿¿¿<1¿
1) o critério das linhas for satisfeito, isto é, se n , ou equivalentemente se a
matriz dos coeficientes do sistema dado for estritamente diagonal dominante, isto é, se
max β i <1
2) o critério de Sassenfeld for satisfeito, isto é, se 1≤i≤n , onde os i são calculados
i−1 n
aij aij
β i= ∑ | | β j + ∑ | |
por recorrência através de j=1 aii j=i+1 aii , ou
critério de Sassenfeld
i−1 n
aij aij
β i= ∑ | | β j + ∑ | |
j=1 aii j=i+1 aii
i−1 n
aij aij
β i= ∑ | | β j + ∑ | |
j=1 aii j=i+1 aii
i=1
11 a1 j n a1 j | a12 | | a13 | |a |
1 j ... 1n
j 1 a11 j 11 a11 a11 a11 a11
[ a21
a31
a41
a22
a32
a42
a 23
a 33
a 43
a24
a34
a 44
]
i=2
2 1 a2 j n a2 j | a21 | |a | |a |
2 j 1 23 ... 2 n
j 1 a22 j 2 1 a22 a22 a22 a22
[ a21
a31
a41
a22
a32
a42
a 23
a 33
a 43
a24
a34
a 44
]
i=3
31 a3 j n a3 j | a31 | |a | |a | |a |
3 j 1 32 2 34 ... 3n
a33 a33 a33 a33 a33 a33
j 1 j 31
Aula 16- Métodos Iterativos – Gauss-Seidel
[ a21
a31
a41
a22
a32
a42
a 23
a 33
a 43
a24
a34
a 44
]
| a41 | |a | |a |
4 1 42 2 43 3
a44 a44 a44
a11 a12 a 13 a14
[ a21
a31
a41
a22
a32
a42
a 23
a 33
a 43
a24
a34
a 44
]
Nota
Exemplo
5 x + y + z=5
{
sistema 3 x +4 y+ z =6
3 x +3 y +6 z=0
Em termos matriciais
Aula 16- Métodos Iterativos – Gauss-Seidel
5 1 1 x 5
[ ][ ] [ ]
3 4 1 y =6
3 3 6 z 0
A matriz A é quadrada;
5 1 1
| |
3
3
5
4
3
1
1
6 =120+ 9+ 3−12−15−18=87 ≠ 0
1
3 4 1
A matriz não é diagonal dominante porque
5>1+1; mas 3+1 não é inferior a 4
Vamos calcular os β
5 1 1
[ ]
3 4 1
3 3 6
1 1 2
β 1= + = =0.4< 1;
5 5 5
5 1 1
[ ]
3 4 1
3 3 6
3 1
β 2= ∗0.4+ =0.55<1;
4 4
5 1 1
[ ]
3 4 1
3 3 6
3 3
β 3= ∗0.4 + ∗0.55=0.475<1;
6 6
5 x + y + z=5
{3 x +4 y+ z =6
3 x +3 y +6 z=0
Sistema
Aula 16- Métodos Iterativos – Gauss-Seidel
5− y−z
x=
{
5 x + y + z=5
3 x +4 y+ z =6 ⟺ y=
3 x +3 y +6 z=0
z= { 5
6−3 x−z
4
−3 x−3 y
6
5− y k −z k
{
x k+1 =
5
6−3 x k +1−z k
então iremos calcular as iterações com y k+1=
4
−3 x k+1−3 y k +1
z k+1=
6
a- dado
Aula 16- Métodos Iterativos – Gauss-Seidel
2ª iteração
k uk ‖u k‖∞ (u k −uk−1 ) E.ABS E.REL
‖u k −uk−1‖∞ ‖uk −uk−1‖∞
max ( 1 ,‖uk‖∞ )
xk yk zk
5− y k −z k
{
x k+1 =
5
6−3 x k +1−z k
Relembro o sistema y k+1=
4
−3 x k+1−3 y k +1
z k+1=
6
a. b. c.
5−0−0 6−3∗1−0 −3∗1−3∗0.75
x 1= =1 y 1= =0.75 z 1=
5 4 6
=-0.875
3ª iteração
k uk ‖u k‖∞ (u k −uk−1 ) E.ABS E.REL
‖u k −uk−1‖∞ ‖uk −uk−1‖∞
max ( 1 ,‖uk‖∞ )
xk yk zk
5− y k −z k
{
x k+1 =
5
6−3 x k +1−z k
y k+1=
4
−3 x k+1−3 y k +1
z k+1=
6
a. b. c.
5−0.75+ 0.88 6−3∗1.025+ 0.88 −3∗1.025−3∗0.95
x 2= y 2= =0.95 z 2=
5 4 6
=1.025 =-0.988
1
{}
Repare que a solução do sistema é CS= 1 .
−1
OBSERVAÇÕES
Exemplo
Considere o sistema
5 1 1 x 5 1
[ ][ ] [ ]
3 4 1 y = 6 onde CS= 1
3 3 6 z 0 −1 {}
A matriz A , não é diagonal dominante.
5 yk z k
xk 1 5
6 3 xk zk
yk 1 0
4
3 xk 3 yk u0 0
zk 1 6 0
com
Aula 16- Métodos Iterativos – Gauss-Seidel
Embora a ordem das equações num sistema linear não mude a solução exata, as sucessões geradas
pelos métodos de Gauss-Jacobi e de Gauss-Seidel dependem da disposição das equações, podendo
uma permutação das linhas e/ou colunas da matriz dos coeficientes gerar uma sucessão convergente
que antes era divergente e vice-versa.
Sempre que o critério de convergência usado não for satisfeito, devemos tentar uma permutação
conveniente das linhas e/ou colunas da matriz dos coeficientes A , de forma a obtermos uma
disposição para a qual A satisfaça o critério de convergência, pois desta forma a convergência
está assegurada.
Exemplo
Considere o sistema
5 2 2 x 15
[ ][ ] [ ]
2 3 6 y = 26
1 3 1 z 10
A matriz A , não é diagonal dominante.
Contudo:
5 2 2 x 15
[ ][ ] [ ]
1 3 1 y
2 3 6 z
= 10
26
Já é diagonal dominante.
Exercício 15
x 3 y z 2
5 x 2 y 2 z 3
6 y 8 z 6
Considere o sistema linear
Aula 16- Métodos Iterativos – Gauss-Seidel
Mostre que os critérios de convergência para os métodos de Gauss Jacobi e Gauss-Seidel não são
satisfeitos. Efetue uma permutação de linhas e/ou colunas de modo a obter um sistema equivalente,
cuja convergência esteja assegurada para ambos os métodos.
A matriz A é quadrada;
1 3 1
| |
5
0
1
2
6
3
2
8 =16+30−12−120=−86 ≠ 0
1
5 2 2
A matriz não é diagonal dominante porque
1>3+1; NÃO
Vamos calcular os β
3 1
β 1= + =4 <1? Não
1 1
1 3 1
Mas se A= 5
[ ] 2 2 , se trocarmos por exemplo as duas primeiras linhas ficamos com a matriz
0 6 8
5 2 2
[ ]
1 3 1 , cujo determinante é 86 (apenas trocamos linha) e já é diagonal dominante porque
0 6 8
Como escolher u0 ?
A convergência para os métodos de Gauss-Jacobi e Gauss-Seidel não depende do valor inicial u0 . Mas
quanto melhor a aproximação inicial menor será o número de iterações necessárias para atingir uma
determinada precisão.
Como não se conhece à priori a solução, na prática, toma-se o vetor nulo como sendo o vetor inicial
u0 .
Exemplos de Gauss-Jacobi
Exercício 13
20 x1 5 x2 x3 24
2 x1 20 x2 2 x3 58
2 x 10 x 16
2 3
Aula 16- Métodos Iterativos – Gauss-Seidel
24 5 yk zk
xk 1 20
58 2 xk 2 zk
yk 1
20
16 2 y k
zk 1 10
Exemplo
7 2 yk z k
xk 1 10
10 x 2 y z 7
8 xk zk
x 5 y z 8 , com sistema iterativo yk 1
2 x 3 y 10 z 6 5
6 2 xk 3 yk
zk 1 10
1 bi
u0 =0v u1=D−1 b ui a , i 1, 2, , n
Método de Gauss-Jacobi, se (vector nulo), então , ii . Então
porque não começar logo aqui?
Como escolher u0 ?
Método de Gauss-Jacobi
u0 =D−1 b
Método de Gauss-Seidel
T
u0 =Ov =[ 0 0 … 0 ]
Dado um sistema linear Ax=b pode acontecer que o método de Gauss Jacobi aplicado a ele
resulte divergente enquanto que o de Gauss-Seidel resulte convergente. Ou vice-versa.
Verificar se o método de Gauss-Seidel produz uma sucessão convergente para a solução do sistema
−2
apresentado, e, em caso afirmativo, resolver o sistema usando esse mesmo método, para ε=10
T
com u0 (0;0;0) .
10 x1 2 x2 x3 7
x1 5 x2 x3 8
2 x 3x 10 x 6
1 2 3
Solução