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PRODUTO 5

VERSÃO FINAL DO PDITS

Volume II – Documento Técnico

i
FICHA TÉCNICA

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


Dilma Vana Rousseff
Presidente

Michel Temer
Vice-presidente

MINISTÉRIO DO TURISMO
Gastão Dias Vieira
Ministro

SECRETARIA NACIONAL DE PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DO


TURISMO
Fabio Rios Mota
Secretário

DEPARTAMENTO DE PROGRAMAS REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO DO


TURISMO
Carlos Henrique Menezes Sobral
Diretor

COORDENAÇÃO GERAL DE PROGRAMAS REGIONAIS II

Viviane de Faria
Coordenadora

Ana Carla Fernandes Moura


Técnica Nível Superior

Marina Neiva Dias


Técnica Nível Superior

Miranice Lima Santos


Técnica Nível Superior

ii
GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE
Marcelo Déda Chagas
Governador do Estado de Sergipe

Jackson Barreto de Lima


Vice Governador do Estado de Sergipe

SECRETARIA DE ESTADO DO TURISMO

Elber Andrade Batalha de Goes


Secretário de Estado de Turismo

José Roberto de Lima Andrade


Secretário de Estado Adjunto

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO - PRODETUR NACIONAL


UNIDADE DE COORDENAÇÃO DE PROJETOS EM SERGIPE - UCP/SE
Joab Almeida Silva
Coordenador Geral – PRODETUR Nacional em Sergipe

Anderson Renê Santos Silva


Coordenador Operacional - PRODETUR Nacional em Sergipe

Marco Antonio Domingues


Consultor Executivo de Desenvolvimento Institucional
PRODETUR Nacional em Sergipe

TECHNUM CONSULTORIA
Izabel Borges
Arquiteta/Urbanista - Diretora do Projeto

Daisy Cadaval Basso


Fortalecimento da Gestão Municipal e Participação Social
Coordenação do Projeto 2ª. Fase

André Cobbe
Arquiteto Urbanista – Patrimônio Histórico - Coordenação do Projeto 1ª. Fase

iii
Técnicos e Especialistas
Denise Guarieiro
Arquiteta Urbanista

Elisabeth van den Berg


Arquiteta Urbanista

Letícia Bortolon
Arquiteta e Urbanista – Planejamento Urbano e Regional

Potira Meirelles Hermuche


Geógrafa - Geoprocessamento – Gestão Ambiental

Nanci Miranda
Turismóloga – Planejamento do Turismo

Rayane Ruas
Turismóloga – Planejamento do Turismo

Paulo Lima
Economista – Estudos e Análise de Viabilidade

Heleno Mesquita
Estruturação de Programas e Políticas de Financiamento

Alexandre Fortes
Engenheiro Civil – Projetos de Infraestrutura

Vera Amorelli
Advogada – Direito Urbano e Ambiental

Aislan Borges
Organização Local e Apoio à Gestão

Vitor João Ramos Alves


Especialista em Logística/Processamento de Dados

iv
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABAV/SE - Associação Brasileira Agência Viagem de Sergipe


ABEOC - Associação Brasileira de Empresas de Eventos
ABIH/SE - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Sergipe
ABRAJET/SE - Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo de Sergipe
ABRASEL/SE - Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Sergipe
Adema - Administração Estadual de Meio Ambiente
APA - Área de Proteção Ambiental
APL - Arranjo Produtivo Local
APP – Área de Proteção Permanente
BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento
BNB - Banco do Nordeste
BOH - Boletim de Ocupação Hoteleira
CCLIP - Linha de Crédito Condicionado para Investimento
COGEF - Conselho Gestor do Fundo de Defesa do Meio Ambiente de Sergipe
CPTur - Companhia de Policiamento do Turismo
Deso - Companhia de Saneamento de Sergipe
Emsetur - Empresa Sergipana de Turismo
Energisa - Empresa Distribuidora de Energia de Sergipe
FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
FGV – Fundação Getúlio Vargas
FNRH - Ficha Nacional de Registro de Hóspedes
FORTUR – Fórum de Turismo de Sergipe
Funcaju - Fundação Municipal de Cultura e Turismo de Aracaju
Gerco - Gerenciamento Costeiro
GRPU - Gerência Regional do Patrimônio da União
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais
ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
IFS - Instituto Federal de Sergipe
INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
Infraero - Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
IPTI - Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação
MMA - Ministério do Meio Ambiente
TEM – Ministério do Trabalho e Emprego
MTur - Ministério do Turismo
PDITS - Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável

v
PIB – Produto Interno Bruto
PENUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PNT - Plano Nacional de Turismo
PROCRIAR - Organização Sócio-Ambiental
Prodetur - Programa de Desenvolvimento do Turismo
PPAmb - Polícia Militar do Estado de Sergipe
Rebio - Reserva Biológica
SEDURB - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano
SEIDES - Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social.
SEMARH - Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos
SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
SEPALAG – Secretaria de Planejamento de Sergipe
Setur - Secretaria de Estado de Turismo de Sergipe
SINGTUR/SE - Sindicato dos Guias de Turismo de Sergipe
SULGIPE - Companhia Sul Sergipana de Eletricidade
UC - Unidade de Conservação
UFS - Universidade Federal de Sergipe
ZEE - Zoneamento Econômico Ecológico

vi
SUMÁRIO
SUMÁRIO............... ..................................................................................................................................... VII
APRESENTAÇÃO..... ....................................................................................................................................... 1

INTRODUÇÃO........ ........................................................................................................................................ 2
1A PARTE: MARCO REFERENCIAL E OBJETIVOS DO PDITS ................................................................................ 5
1. O CONTEXTO.............. ............................................................................................................................... 7

1.1. A POLÍTICA FEDERAL DE TURISMO E O PROGRAMA PRODETUR NACIONAL.............................................. 7


1.2. O ESTADO DE SERGIPE E O POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ..................................................................... 8
1.3. ARACAJU COMO DESTINO INDUTOR E COMPETITIVIDADE NO CENÁRIO NACIONAL .............................. 13
1.4. OS PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS ......................................................................................................... 16
2. OS ANTECEDENTES .................................................................................................................................. 17

2.1. O PRODETUR/ NE - SE ........................................................................................................................... 17


2.2. O PRODETUR / NE II - SE....................................................................................................................... 22

2.3. OUTROS INVESTIMENTOS NA ÁREA DO POLO ....................................................................................... 28

3. OS OBJETIVOS DO PDITS .......................................................................................................................... 30

3.1. OBJETIVO GERAL .................................................................................................................................. 30


3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................................................ 31

2A PARTE: DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DA ÁREA E DAS ATIVIDADES TURÍSTICAS ........................................ 33


4. MERCADO TURÍSTICO – DEMANDA E OFERTA .......................................................................................... 35

4.1. DEMANDA TURÍSTICA ATUAL ................................................................................................................ 35

4.1.1. PERFIL QUANTITATIVO DOS VISITANTES ATUAIS ................................................................................ 36

4.1.2 PERFIL QUALITATIVO DOS SEGMENTOS/VISITANTES ATUAIS ............................................................... 47


4.1.3. COMPORTAMENTO E HÁBITOS DE INFORMAÇÃO E DE COMPRA DA VIAGEM - ................................... 55

4.1.4. COMPOSIÇÃO DO GASTO TURÍSTICO.................................................................................................. 55


4.1.5. QUALIDADE DA OFERTA ATUAL E IMAGEM DA ÁREA TURÍSTICA......................................................... 57
4.1.6. CAMPANHAS DE PROMOÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA ............................................................................. 60
4.1.7. PORTFÓLIO ESTRATÉGICO DE PRODUTOS TURÍSTICOS/SEGMENTOS ATUAIS DE DEMANDA ................ 63

4.2. DEMANDA TURÍSTICA POTENCIAL ......................................................................................................... 67


4.2.1. PERFIL QUALITATIVO DOS SEGMENTOS/VISITANTES POTENCIAIS ....................................................... 67
4.2.2. ELEMENTOS CRÍTICOS QUE INFLUENCIAM A DECISÃO DE COMPRA DA VIAGEM COM RELAÇÃO AOS
SEGMENTOS POTENCIAIS ............................................................................................................................ 74
4.2.3. EXPECTATIVA DO TURISTA QUANTO AOS DIFERENTES SEGMENTOS POTENCIAIS ................................ 75

4.2.4. HÁBITOS DE INFORMAÇÃO E COMPRA DOS DIFERENTES SEGMENTOS POTENCIAIS ............................ 76

4.2.5. NÍVEL DE CONHECIMENTO E DE INTERESSE DA DEMANDA POTENCIAL ............................................... 76


4.3. OFERTA TURÍSTICA ............................................................................................................................... 77

vii
4.3.1. DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS MAIS RELEVANTES ........................................ 78
SÍNTESE DOS ATRATIVOS PRINCIPAIS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ................................................... 142

4.3.2. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS......................................................................................... 143

5. INFRAESTRUTURA BÁSICA E SERVIÇOS PÚBLICOS ................................................................................... 150

5.1. REDE VIÁRIA DE ACESSO ..................................................................................................................... 150


5.1.1. SISTEMA RODOVIÁRIO ..................................................................................................................... 151
5.1.2. SISTEMA FERROVIÁRIO .................................................................................................................... 156

5.1.3. SISTEMA HIDROVIÁRIO .................................................................................................................... 157


5.1.4. SISTEMA AEROPORTUÁRIO .............................................................................................................. 162
5.2. TRANSPORTE URBANO ....................................................................................................................... 163
5.3. ABASTECIMENTO DE ÁGUA................................................................................................................. 166
5.4. ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................................................................................................ 170
5.5. LIMPEZA URBANA .............................................................................................................................. 175

5.6. DRENAGEM PLUVIAL .......................................................................................................................... 179

5.7. COMUNICAÇÃO .................................................................................................................................. 180

5.8. ENERGIA ELÉTRICA.............................................................................................................................. 180


5.9. SERVIÇO DE SAÚDE ............................................................................................................................. 183

5.10. SEGURANÇA PÚBLICA ....................................................................................................................... 188


6. QUADRO INSTITUCIONAL ...................................................................................................................... 190

6.1. ÓRGÃOS E INSTITUIÇÕES QUE ATUAM NA GESTÃO DO TURISMO ........................................................ 190


6.2. IMPACTOS E LIMITAÇÕES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS ............................................................................ 200

6.2.1. O PLANEJAMENTO DO TURISMO...................................................................................................... 202

6.3. LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA, AMBIENTAL E TURÍSTICA. ......................................................................... 204


6.4. QUADRO DE INCENTIVOS PARA O INVESTIMENTO TURÍSTICO ............................................................. 208

7. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS ............................................................................................................... 212


7.1. CONDIÇÕES AMBIENTAIS .................................................................................................................... 212
7.1.1. CLIMA.................... .......................................................................................................................... 212
7.1.2. RECURSOS HÍDRICOS ....................................................................................................................... 215

7.1.3. RELEVO.......... .................................................................................................................................. 222


7.1.4. SOLOS................. ............................................................................................................................. 225
7.2. VULNERABILIDADE AMBIENTAL DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS EM RELAÇÃO AO DESENVOLVIMENTO
DO TURISMO.............. ............................................................................................................................... 232

7.3. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NO MEIO AMBIENTE QUE JÁ TENHAM SIDO CAUSADOS
POR ATIVIDADES TURÍSTICAS OU QUE AFETEM ESSAS ATIVIDADES ............................................................ 233

7.3.1. PROBLEMAS ESPECÍFICOS ................................................................................................................ 233

viii
7.3.2. NECESSIDADE DE REABILITAÇÃO ...................................................................................................... 243
7.4. VULNERABILIDADE SOCIAL DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS EM RELAÇÃO AO DESENVOLVIMENTO DO
TURISMO.............. .................................................................................................................................... 245
7.5. GESTÃO AMBIENTAL PÚBLICA............................................................................................................. 247

7.5.1. ÓRGÃOS E INSTITUIÇÕES PÚBLICAS PRESENTES NA ÁREA ................................................................. 247


7.5.2. ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL E DO ESTADO ......................................................................... 255
7.5.3. POLÍTICAS PÚBLICAS E PROGRAMAS DE GESTÃO AMBIENTAL INSTALADOS OU DESENVOLVIDOS NA
ÁREA........................ ................................................................................................................................. 258
7.5.4. PROGRAMAS INTEGRANTES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO ESTADO .................................... 258
7.5.5. MONITORAMENTO AMBIENTAL....................................................................................................... 265
7.5.6. CAPACIDADE INSTITUCIONAL DOS MUNICÍPIOS E DAS ENTIDADES ESTADUAIS PARA A GESTÃO
AMBIENTAL.............. ................................................................................................................................. 267
7.6. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO/EFICIÊNCIA DA FISCALIZAÇÃO .............................................................. 267

7.6.1. FEDERAIS............ ............................................................................................................................. 267


7.6.2. ESTADUAIS ...................................................................................................................................... 269

7.6.3. MUNICIPAIS..................................................................................................................................... 271


7.7. GESTÃO AMBIENTAL NAS EMPRESAS PRIVADAS: PROGRAMAS DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL DAS
EMPRESAS TURÍSTICAS DA AT (CONSOLIDADOS OU EM IMPLEMENTAÇÃO) ............................................... 272

7.7.1. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E CONTROLE TERRITORIAL ...................................................... 272

8. CONSOLIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO .................................................................................. 274


3A PARTE: VALIDAÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA ............................................................................................... 289

9. IMPORTÂNCIA DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS .......................................................................................... 291

9.1. A HIERARQUIZAÇÃO DOS ATRATIVOS PRINCIPAIS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ......................... 291
9.2. ACESSIBILIDADE E CONECTIVIDADE ..................................................................................................... 298

9.3. NÍVEL DE USO ATUAL E POTENCIAL DA ÁREA TURÍSTICA ..................................................................... 300


9.4. CONDIÇÕES FÍSICAS E SERVIÇOS BÁSICOS ........................................................................................... 302
9.5. QUADRO INSTITUCIONAL E ASPECTOS LEGAIS ..................................................................................... 304
9.6. ASPECTOS AMBIENTAIS CRÍTICOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO NO POLO COSTA DOS
COQUEIRAIS.............. ................................................................................................................................ 306
9.7. SÍNTESE – VALIDAÇÃO DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA E PRIORIZAÇÃO DE SEGMENTOS ................... 310
4A PARTE: ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO ........................................................................ 313

10. ESTRATÉGIAS ....................................................................................................................................... 315


10.1. OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS POR COMPONENTE ................................................................................. 318

5A PARTE: PLANO DE AÇAO: PROCEDIMENTOS, AÇOES E PROJETOS ........................................................... 321

11. PLANO DE AÇÃO .................................................................................................................................. 323


11.1. VISÃO GERAL E AÇÕES PREVISTAS ..................................................................................................... 324

ix
11.2. OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E AÇÕES ................................................................................................... 325
11.3. DESCRIÇÃO DAS AÇÕES PREVISTAS ................................................................................................... 334

11.4. INVESTIMENTOS PREVISTOS ............................................................................................................. 354

11.4.1. DIMENSIONAMENTO DO INVESTIMENTO TOTAL ............................................................................ 355

11.5. SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DAS AÇÕES ................................................................................................ 362


11.6. DESCRIÇÃO DAS AÇÕES A REALIZAR NOS 18 PRIMEIROS MESES COM RECURSOS DO PRODETUR ....... 376
11.6.1. AÇÕES PRIORITÁRIAS – COMPONENTE 1 – PRODUTO TURÍSTICO .................................................... 377

11.6.2 AÇÕES PRIORITÁRIAS – COMPONENTE 2 – COMERCIALIZAÇÃO ....................................................... 385


11.6.3. AÇÕES PRIORITÁRIAS – COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL ............................... 388
11.6.4. AÇÕES PRIORITÁRIAS – COMPONENTE 4 – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS ........................ 393
11.6.5. AÇÕES PRIORITÁRIAS – COMPONENTE 5 – GESTÃO SOCIOAMBIENTAL ........................................... 396
11.7. APRESENTAÇÃO DAS AÇÕES POR MUNICÍPIO .................................................................................... 402
11.8. MARCO DE RESULTADOS DAS AÇÕES PRIORIZADAS PARA OS 18 MESES INICIAIS DE IMPLANTAÇÃO DO
PDITS.......................... .............................................................................................................................. 427

12. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DAS AÇOES PREVISTAS............................................... 434

12.1. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS (POSITIVOS, NEGATIVOS E AÇÕES


MITIGADORAS).............. ........................................................................................................................... 434

12.2. IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS CUMULATIVOS DO CONJUNTO DE ATIVIDADES E PROJETOS A SEREM


DESENVOLVIDOS E SEUS EFEITOS SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO ...................................... 446

12.3. OUTROS IMPACTOS ESTRATÉGICOS DA IMPLANTAÇÃO DO PLANO NA ÁREA DOS RECURSOS


NATURAIS........... ...................................................................................................................................... 447

12.4. INDICADORES DOS IMPACTOS .......................................................................................................... 447

12.5. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL ................................................................................................ 448


13. MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO ......................................................................... 450

14. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................................... 455


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................................................................. 456
COLABORADORES ..................................................................................................................................... 458

ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1. MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM O POLO COSTA DOS COQUEIRAIS/SE...................................... 4

FIGURA 2. ARACAJU COMO CAPITAL DO ESTADO E CENTRO RECEPTIVO ............................................... 9


FIGURA 3. TERRITÓRIOS SERGIPANOS ................................................................................................ 10

FIGURA 4. POLOS TURÍSTICOS DE SERGIPE ......................................................................................... 11

FIGURA 5. DISTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES DO PRODETUR I NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS, SERGIPE ... 21
FIGURA 6. SITE SETUR/EMSETUR – GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE - 2012 .................................... 61
FIGURA 7. SITE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL DE ARACAJU – FUNCAJU - 2012 ...................... 61

x
FIGURA 8. PRODUTOS TURÍSTICOS - POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - SERGIPE ................................... 66
FIGURA 9. MUNICÍPIOS INTEGRANTES DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - DIVISÃO EM TRECHOS PARA
EFEITO DE PLANEJAMENTO ......................................................................................................................... 79
FIGURA 10. OCEANÁRIO DE ARACAJU – PRAIA DE ATALAIA .................................................................. 81

FIGURA 11. ATRACADOURO DO MOSQUEIRO – POVOADO DO MUNICÍPIO DE ARACAJU ...................... 82


FIGURA 12. CROA DO GORÉ – MUNICÍPIO DE ARACAJU ........................................................................ 82
FIGURA 13. CROA DO GORÉ – MUNICÍPIO DE ARACAJU ........................................................................ 82

FIGURA 14. ORLA PÔR DO SOL – MOSQUEIRO – MUNICÍPIO DE ARACAJU ............................................ 83


FIGURA 15. ORLA PÔR DO SOL – MOSQUEIRO – MUNICÍPIO DE ARACAJU ............................................ 83
FIGURA 16. ORLA DO BAIRRO INDUSTRIAL - ARACAJU ......................................................................... 84
FIGURA 17. MERCADOS PÚBLICOS ....................................................................................................... 85
FIGURA 18. TÉRREO DO CENTRO DE CONVENÇÕES............................................................................... 87
FIGURA 19. PAVIMENTO DO CENTRO DE CONVENÇÕES........................................................................ 87

FIGURA 20. PONTE CONSTRUTOR JOÃO ALVES..................................................................................... 89

FIGURA 21. TRAVESSIA DE TOTOTÓ – ARACAJU A BARRA DOS COQUEIROS .......................................... 90

FIGURA 22. PRAIA DE ATALAIA NOVA .................................................................................................. 90


FIGURA 23. IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE COMANDAROBA...................................... 93

FIGURA 24. IGREJA NOSSO SENHOR DO BONFIM - LARANJEIRAS .......................................................... 93

FIGURA 25. ÁREA RURAL DE LARANJEIRAS - CAPELA DO ENGENHO JESUS, MARIA E JOSÉ ..................... 94

FIGURA 26. RIO COTINGUIBA ............................................................................................................... 95


FIGURA 27. IGREJA MATRIZ DE SANTO AMARO.................................................................................... 99

FIGURA 28. CAPELA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO – ENGENHO CAIEIRA ....................................... 100

FIGURA 29. IGREJA E CONVENTO DE SÃO FRANCISCO ........................................................................ 103


FIGURA 30. ANTIGA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA .......................................................................... 104

FIGURA 31. PALÁCIO DOS GOVERNADORES – MUSEU HISTÓRICO DE SERGIPE .................................... 104
FIGURA 32. IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA VITÓRIA ............................................................ 105
FIGURA 33. MUSEU DOS EX-VOTOS ................................................................................................... 106
FIGURA 34. IGREJA NOSSA SENHORA DO AMPARO ............................................................................ 106

FIGURA 35. IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS ......................................... 107
FIGURA 36. CRISTO REDENTOR DE SÃO CRISTÓVÃO ........................................................................... 108
FIGURA 37. CASARÕES DE ESTÂNCIA .................................................................................................. 111

FIGURA 38. CASARÕES DE ESTÂNCIA .................................................................................................. 112

FIGURA 39. SOBRADO COLONIAL - ESTÂNCIA ..................................................................................... 112


FIGURA 40. IGREJA NOSSA SENHORA DE GUADALUPE - ESTÂNCIA...................................................... 113

FIGURA 41. IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - ESTÂNCIA .......................................................... 113

xi
FIGURA 42. ILHA DA SOGRA - ESTÂNCIA ............................................................................................. 114
FIGURA 43. PRAIA DO SACO - ESTÂNCIA ............................................................................................ 115

FIGURA 44. PRAIA DO ABAIS - ESTÂNCIA ............................................................................................ 115

FIGURA 45. PRAIA DO ABAIS - ESTÂNCIA ............................................................................................ 116

FIGURA 46. LAGOA DOS TAMBAQUIS - ESTÂNCIA .............................................................................. 117


FIGURA 47. BARCO DE FOGO – FESTA DE SÃO JOÃO - ESTÂNCIA ......................................................... 117
FIGURA 48. ORLA DO RIO REAL - INDIAROBA ..................................................................................... 120

FIGURA 49. PRAIA DA CAUEIRA – ITAPORANGA D’AJUDA................................................................... 122


FIGURA 50. ENGENHO SÃO FÉLIX ....................................................................................................... 126
FIGURA 51. RIO PIAUÍ – POVOADO DO CRASTO ................................................................................. 127
FIGURA 52. IGREJA SECULAR – POVOADO DO CRASTO ....................................................................... 127
FIGURA 53. FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO – MUNICÍPIO DE BREJO GRANDE......................................... 130
FIGURA 54. FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO – MUNICÍPIO DE BREJO GRANDE......................................... 131

FIGURA 55. FAROL DO POVOADO CABEÇO – BREJO GRANDE ............................................................. 131

FIGURA 56. POVOADO SARAMÉN ...................................................................................................... 132

FIGURA 57. PANTANAL NORDESTINO................................................................................................. 134


FIGURA 58. PONTA DOS MANGUES.................................................................................................... 135

FIGURA 59. LAGOA REDONDA............................................................................................................ 137


FIGURA 60. RESERVA BIOLÓGICA SANTA IZABEL ................................................................................ 138

FIGURA 61. RESERVA BIOLÓGICA SANTA IZABEL ................................................................................ 138


FIGURA 62. SEDE DO PROJETO TAMAR - COORDENAÇÃO REGIONAL ICMBIO DE SERGIPE E ALAGOAS. 139

FIGURA 63. PROJETO TAMAR - INCUBADORAS ................................................................................... 140

FIGURA 64. REDE VIÁRIA - POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011 ....................................................... 150
FIGURA 65. SISTEMA RODOVIÁRIO - POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011 ........................................ 151

FIGURA 66. ACESSO AO POVOADO DE CRASTO – SE 444 - SANTA LUZIA DO ITANHY ........................... 152
FIGURA 67. PONTE GILBERTO AMADO - ESTÂNCIA ............................................................................. 153
FIGURA 68. FINAL DA PAVIMENTAÇÃO SE 100 NORTE ........................................................................ 154
FIGURA 69. ESTAÇÃO FERROVIÁRIA EM SÃO CRISTÓVÃO ................................................................... 156

FIGURA 70. TRANSPORTE HIDROVIÁRIO RIO SERGIPE ........................................................................ 158


FIGURA 71. ATRACADOUROS: PONTAL E CRASTO............................................................................... 159
FIGURA 72. PORTO CAVALO ............................................................................................................... 159

FIGURA 73. BARCOS DE TURISMO NO RIO SÃO FRANCISCO ................................................................ 160


FIGURA 74. CATAMARÃ NO RIO VAZA BARRIS ................................................................................... 160
FIGURA 75. PRINCIPAIS MANANCIAIS EXISTENTES E TIPOLOGIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA – POLO
COSTA DOS COQUEIRAIS ........................................................................................................................... 167

xii
FIGURA 76. DESPEJO DE ESGOTO EM VALAS A CÉU ABERTO E EM RIOS .............................................. 172
FIGURA 77. DESPEJO DE ESGOTO NO RIO SERGIPE. ............................................................................ 172

FIGURA 78. LIXO QUEIMADO EM SÃO CRISTÓVÃO ............................................................................. 176

FIGURA 79. EMPOBRECIMENTO DA PAISAGEM PELA DEPOSIÇÃO DO LIXO A CÉU ABERTO NO LITORAL DE
BARRA DOS COQUEIROS E NA LINHA FÉRREA EM SÃO CRISTÓVÃO ............................................................ 176
FIGURA 80. PANORAMAS DA DRENAGEM PLUVIAL NOS MUNICÍPIOS DO POLO ................................. 179
FIGURA 81. PANORAMAS DA DRENAGEM PLUVIAL NOS MUNICÍPIOS DO POLO ................................. 180

FIGURA 82. ILUMINAÇÃO PÚBLICA AÉREA – SÃO CRISTÓVÃO ............................................................ 182


FIGURA 83. PLANEJAMENTO DA REDE DE ATENDIMENTO EM SAÚDE DO ESTADO DE SERGIPE - 2011 . 185
FIGURA 84. LEITOS HOSPITALARES POR 1000 HABITANTES – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2009.... 186
FIGURA 85. COBERTURA DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2009 187
FIGURA 86. GESTÃO DESCENTRALIZADA DO TURISMO – ESTRUTURA DE COORDENAÇÃO, CONFORME
DEFINIDO PELA POLÍTICA NACIONAL DO TURISMO 2007 – 2010, APLICADA PARA O ESTADO DE SERGIPE ... 191

FIGURA 87. LOCALIZAÇÃO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ............................................................ 212


FIGURA 88. ÍNDICES DE PRECIPITAÇÃO NA REGIÃO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011 ............ 213

FIGURA 89. TEMPERATURA NA REGIÃO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011 ............................. 213
FIGURA 90. ÍNDICES DE INSOLAÇÃO NA REGIÃO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011 ................ 214

FIGURA 91. MAPA HIDROGRÁFICO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - IBGE – CARTA 1:100.000 ...... 215

FIGURA 92. CURSO D’ÁGUA EM SANTO AMARO DAS BROTAS E RIO COTINGUIBA .............................. 216

FIGURA 93. LAGOA REDONDA – PIRAMBU E PANTANAL DE PACATUBA .............................................. 216


FIGURA 94. MAPA DE BACIAS HIDROGRÁFICAS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ............................ 217

FIGURA 95. RIO SÃO FRANCISCO ........................................................................................................ 218

FIGURA 96. RIO JAPARATUBA ............................................................................................................ 218


FIGURA 97. RIO SERGIPE EM SUA FOZ, NA CIDADE DE ARACAJU. ........................................................ 219

FIGURA 98. RIO VAZA-BARRIS ............................................................................................................ 219


FIGURA 99. RIO PIAUÍ ........................................................................................................................ 220
FIGURA 100. LANÇAMENTO DE ESGOTO IN NATURA E LIXÃO A CÉU ABERTO........................................ 221
FIGURA 101. FORMAÇÃO DE BANCOS DE AREIA NO MAR (A) E EM RIO (B). .......................................... 221

FIGURA 102. MAPA HIPSOMÉTRICO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ............................................... 222
FIGURA 103. MAPA GEOMORFOLÓGICO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ........................................ 223
FIGURA 104. PLANÍCIE COSTEIRA. PRAIA EM ARACAJU (A) E DUNAS EM PIRAMBU (B).......................... 223

FIGURA 105. FEIÇÕES DE RELEVO DOS TABULEIROS COSTEIROS. LARANJEIRAS (A) E SÃO CRISTÓVÃO
(B)......................... .................................................................................................................................... 224
FIGURA 106. GRUTA EM LARANJEIRAS (A) E VISTA DA ESTRADA DE PIRAMBU PARA BREJO GRANDE
(B).......................... ................................................................................................................................... 224
FIGURA 107. MAPA DE SOLOS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ........................................................ 225

xiii
FIGURA 108. PROCESSOS EROSIVOS NOS MUNICÍPIOS DE ESTÂNCIA E SANTO AMARO DAS BROTAS .... 227
FIGURA 109. EXEMPLO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS/USO DO SOLO PRESENTE NA REGIÃO. ............ 228

FIGURA 110. VEGETAÇÃO DE DUNAS E RESTINGA EM PIRAMBU. ......................................................... 230

FIGURA 111. MANGUEZAL. .................................................................................................................. 230

FIGURA 112. MATA ATLÂNTICA EM PIRAMBU (A) E ÁREA ALAGADA EM PACATUBA (B). ...................... 230
FIGURA 113. MAPA DE USO DO SOLO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ............................................ 231
FIGURA 114. BARRACAS NA PRAIA; RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO NA MARGEM DO RIO SERGIPE; INVASÃO
DE MANGUE; QUEIMA DE LIXO A CÉU ABERTO. ......................................................................................... 234
FIGURA 115. ABERTURA DE NOVAS ÁREAS PARA CONSTRUÇÃO DE CONDOMÍNIOS DE CASAS DE
VERANEIO................ ................................................................................................................................. 234
FIGURA 116. OCUPAÇÕES IRREGULARES NAS MARGENS DO RIO; “CANAL” COM ESGOTO A CÉU ABERTO;
LIXO; ANIMAIS EM ÁREA URBANA ............................................................................................................. 235
FIGURA 117. OCUPAÇÕES IRREGULARES NAS MARGENS DO RIO; “CANAL” COM ESGOTO A CÉU ABERTO;
LIXO; ANIMAIS EM ÁREA URBANA ............................................................................................................. 235
FIGURA 118. EROSÃO MARINHA (FAROL DO CABEÇO); OCUPAÇÃO NA MARGEM DO RIO SÃO
FRANCISCO................................................................................................................................................ 236
FIGURA 119. INVASÃO DA ORLA COM CONSTRUÇÕES IRREGULARES.................................................... 237

FIGURA 120. CONSTRUÇÃO DE ESTRADA EM DUNA; TRÁFEGO IRREGULAR DE VEÍCULOS. .................... 237

FIGURA 121. INVASÃO DE LAGOA PARA CONSTRUÇÃO DE CASAS DE VERANEIO (A E B); EROSÃO
MARINHA DESTRUINDO CONSTRUÇÕES DE VERANEIO E BARES (C E D); EROSÃO (E); ILHA DA SOGRA (F). .. 238
FIGURA 122. RIO CANALIZADO NA SEDE MUNICIPAL (A); FÁBRICA DE CIMENTO (B); RIO ASSOREADO (C);
LIXO ESPALHADO (D). ................................................................................................................................ 239

FIGURA 123. LIXÃO E INCINERADOR DE LIXO HOSPITALAR ................................................................... 239


FIGURA 124. LIXO, ESGOTO E ÁGUAS SERVIDAS NAS RUAS DA SEDE MUNICIPAL; DESSEDENTAÇÃO DE
ANIMAIS EM CURSO D’ÁGUA .................................................................................................................... 240
FIGURA 125. PRESENÇA DE VEÍCULOS NA PRAIA (A); CERCADO DE INCUBAÇÃO NA PRAIA(B) ............... 240
FIGURA 126. EXTRAÇÃO DE AREIA E PROCESSOS EROSIVOS NO MUNICÍPIO DE PIRAMBU .................... 241
FIGURA 127. ABERTURA DE ÁREA PARA INSTALAÇÃO DE CONDOMÍNIO EM SÃO CRISTÓVÃO .............. 242

FIGURA 128. LANÇAMENTO DE ESGOTO IN NATURA; CANALIZAÇÃO DE CURSO D’ÁGUA; LIXO A CÉU
ABERTO; CARCINICULTURA. ...................................................................................................................... 242
FIGURA 129. COMUNIDADES QUILOMBOLAS NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ................................ 246

FIGURA 130. RESERVA BIOLÓGICA DE SANTA IZABEL ........................................................................... 268


FIGURA 131. ICMBIO ........................................................................................................................... 269
FIGURA 132. PARQUE ECOLÓGICO TRAMANDAY.................................................................................. 272

FIGURA 133. ATRATIVOS TURÍSTICOS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS, 2012. ..................................... 285
FIGURA 134. COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS TURÍSTICOS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS, 2012. .. 286
FIGURA 135. INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS, 2012. ............. 286

xiv
FIGURA 136. CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE E CONECTIVIDADE – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS,
2012....................... ................................................................................................................................... 287

FIGURA 137. ASPECTOS AMBIENTAIS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ................................................ 288
FIGURA 138. TURISMO HISTÓRICO-CULTURAL ..................................................................................... 301

FIGURA 139. GRUTA FORMADAS POR SUBSTRATOS CALCÁRIOS........................................................... 302


FIGURA 140. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO - OMT ................................................................ 304
FIGURA 141. PRINCIPAIS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EXISTENTES NO POLO. FONTE: ATLAS DIGITAL DE
SERGIPE................... ................................................................................................................................. 307
FIGURA 142. EXEMPLO DE ÁREAS COM POTENCIAL PARA DESENVOLVIMENTO DE TURISMO
SUSTENTÁVEL.......... ................................................................................................................................. 308
FIGURA 143. CONDICIONANTES AMBIENTAIS E USO E COBERTURA DA TERRA NA ÁREA A. IMAGEM DE
SATÉLITE (A), MAPA DE SOLOS (B), USO DA TERRA (C). .............................................................................. 309
FIGURA 144. CONDICIONANTES AMBIENTAIS E USO E COBERTURA DA TERRA NA ÁREA B. IMAGEM DE
SATÉLITE (A), MAPA DE SOLOS (B), USO DA TERRA (C). .............................................................................. 310
FIGURA 145. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DA ESTRATÉGIA GERAL DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO DO
POLO COSTA DOS COQUEIRAIS .................................................................................................................. 317

ÍNDICE DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1. ÍNDICES DE COMPETITIVIDADE DE ARACAJU - 2011 ........................................................... 14

GRÁFICO 2. INVESTIMENTOS PRIMEIRA FASE DO PRODETUR ............................................................... 19

GRÁFICO 3. PROVENIÊNCIA DOS HÓSPEDES DO MERCADO EMISSOR INTERNO - ARACAJU - 2010 ......... 38

GRÁFICO 4. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO O MEIO DE TRANSPORTE UTILIZADO PARA ACESSO A


ARACAJU - 2010 ...........................................................................................................................................41
GRÁFICO 5. FLUXO TURÍSTICO NACIONAL - ARACAJU- 2005 A 2011 ...................................................... 42

GRÁFICO 6. FLUXO TURÍSTICO ESTRANGEIROS - ARACAJU - 2005 A 2011 .............................................. 43


GRÁFICO 7. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA EM ARACAJU - 2005 A 2011 ............................................ 44

GRÁFICO 8. NÚMERO DE PERNOITES GERADOS EM ARACAJU- 2005 A 2011.......................................... 46


GRÁFICO 9. FLUXO DE HÓSPEDES CONFORME O GÊNERO - ARACAJU – 2010 ........................................ 48
GRÁFICO 10. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA - ARACAJU - 2010.................................... 50
GRÁFICO 11. PRINCIPAIS PROFISSÕES DOS TURISTAS - ARACAJU - 2010 ................................................. 52

ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1. NÚMERO DE HABITANTES POR MUNICÍPIO E DENSIDADE DEMOGRÁFICA, POLO COSTA DOS
COQUEIRAIS, 2010. ..................................................................................................................................... 12
TABELA 2. LINHA DE BASE SÓCIO AMBIENTAL .................................................................................... 13
TABELA 3. ÍNDICES DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL - 2008-2011 ................................ 14

xv
TABELA 4. RESULTADOS ALCANÇADOS PELO PRODETUR NE I ............................................................. 20
TABELA 5. MATRIZ DE PROJETOS, FONTES E PRIORIDADES DE INVESTIMENTOS - PDITS POLO DOS
COQUEIRAIS VERSÃO 2001/2003 ................................................................................................................. 26
TABELA 6. CONVÊNIOS ASSINADOS PELO ESTADO DE SERGIPE COM MTUR – 2008 A 2010 .................. 28

TABELA 7. FONTE DOS RECURSOS FINANCEIROS DESTINADOS AO DESENVOLVIMENTO DO TURISMO


SERGIPANO - 1995 A 2010 ........................................................................................................................... 28
TABELA 8. INVESTIMENTOS PÚBLICOS COMPLEMENTARES AO PRODETUR – APOIO AOS ROTEIROS
TURÍSTICOS - POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2008 A 2012 ......................................................................... 29
TABELA 9. FLUXO DE HÓSPEDES EM ARACAJU SEGUNDO OS PRINCIPAIS MERCADOS EMISSORES –
2008/2009/2010 .......................................................................................................................................... 36
TABELA 10. FLUXO DE TOTAL DE HÓSPEDES EM ARACAJU – MERCADOS EMISSORES INTERNO E
EXTERNO – 2008/2009/2010 ....................................................................................................................... 38
TABELA 11. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO LOCAL DE RESIDÊNCIA PERMANENTE- ARACAJU - 2008 A
2010 .......................................................................................................................................... 38
TABELA 12. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO LOCAL DE RESIDÊNCIA PERMANENTE- ARACAJU - 2008 A
2010 .......................................................................................................................................... 39
TABELA 13. MOVIMENTO ANUAL DE PASSAGEIROS EMBARCADOS E DESEMBARCADOS NO AEROPORTO
DE ARACAJU – VOOS REGULARES – 2008-2011. ........................................................................................... 39

TABELA 14. PASSAGEIROS DESEMBARCADOS NO AEROPORTO DE ARACAJU – POR MÊS - VOOS


REGULARES DOMÉSTICOS 2008 A 2011 ....................................................................................................... 40

TABELA 15. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO O MEIO DE TRANSPORTE UTILIZADO PARA ACESSO A
ARACAJU – 2008 A 2010 .............................................................................................................................. 40

TABELA 16. FLUXO TURÍSTICO NACIONAL - ARACAJU - JANEIRO A DEZEMBRO - 2005 A 2011 ................ 41
TABELA 17. FLUXO TURÍSTICO ESTRANGEIROS – ARACAJU - JANEIRO A DEZEMBRO - 2005 A 2011 ........ 42

TABELA 18. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA – ARACAJU - JANEIRO A DEZEMBRO - 2005 A 2011 .......... 43

TABELA 19. PERMANÊNCIA MÉDIA NOS MEIOS DE HOSPEDAGEM – ARACAJU – 2007 A 2010 ............... 44
TABELA 20. PERNOITES GERADOS EM ARACAJU - JANEIRO A DEZEMBRO - 2005 A 2011 ....................... 45
TABELA 21. PORCENTAGEM DE PERNOITES RESULTANTES DE ATIVIDADES TURÍSTICAS NOS MUNICÍPIOS
DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2008 .................................................................................................... 46

TABELA 22. FLUXO DE HÓSPEDES CONFORME O GÊNERO - ARACAJU - 2008 A 2010.............................. 48


TABELA 23. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS POR GÊNERO - ARACAJU – JANEIRO 2011 .......................... 49

TABELA 24. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA – ARACAJU - 2008 A 2010 ....................... 49
TABELA 25. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA – ARACAJU – JANEIRO DE 2011 51
TABELA 26. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO A PROFISSÃO EXERCIDA. ARACAJU – 2008 A 2010 ............ 51
TABELA 27. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: RENDA. ARACAJU – JANEIRO DE 2011 ............................... 53

TABELA 28. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: ESCOLARIDADE. ARACAJU - JANEIRO DE 2011 ................... 53
TABELA 29. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: OCUPAÇÃO. ARACAJU - JANEIRO DE 2011......................... 53

TABELA 30. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: LOCAL DE HOSPEDAGEM. ARACAJU - JANEIRO DE 2011 .... 54

xvi
TABELA 31. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: MOTIVO DA VIAGEM. ARACAJU - JANEIRO DE 2011 .......... 54
TABELA 32. FONTE DE INFORMAÇÃO PARA DECISÃO DA VIAGEM - DEMANDA TURÍSTICA
INTERNACIONAL 2004-2010 ........................................................................................................................ 55
TABELA 33. INFORMAÇÕES ECONÔMICAS DO TURISTA – SERGIPE – 2009 ............................................. 56

TABELA 34. COMPOSIÇÃO DOS GASTOS DO TURISTA – SERGIPE – 2009 ................................................ 56


TABELA 35. GASTO MÉDIO DO TURISTA ESTRANGEIRO PER CAPITA NO BRASIL – US$ - 2004-2010........ 57
TABELA 36. GRAU DE SATISFAÇÃO DO TURISTA QUANTO A EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS –
2011-2010 .......................................................................................................................................... 58
TABELA 37. GRAU DE SATISFAÇÃO DO TURISTA – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS PÚBLICOS – ARACAJU -
2011-2010 .......................................................................................................................................... 59
TABELA 38. GRAU DE SATISFAÇÃO DOS TURISTAS - ARACAJU – JAN/2011 ............................................ 60
TABELA 39. GRAU DE SATISFAÇÃO DE TURISTAS SEGUNDO ATRATIVOS TURÍSTICOS - ARACAJU –
JAN/2011 .......................................................................................................................................... 60

TABELA 40. TOTAL DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS INSTALADOS NOS MUNICÍPIOS


INTEGRANTES DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS – SERGIPE – 2011*......................................................... 143

TABELA 41. QUANTITATIVO DOS MEIOS DE HOSPEDAGEM INSTALADOS NOS MUNICÍPIOS INTEGRANTES
DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS – SERGIPE - 2012.................................................................................. 144

TABELA 42. QUANTITATIVO DAS UNIDADES HOTELEIRAS E LEITOS - MUNICÍPIOS DO POLO COSTA DOS
COQUEIRAIS – SERGIPE - 2011 ................................................................................................................... 145

TABELA 43. TAXA DE OCUPAÇÃO, PERMANÊNCIA MÉDIA, FLUXO E PERNOITES GERADOS POR
CATEGORIA DAS UNIDADES HOTELEIRAS – ARACAJU - 2008, 2009 E 2010 .................................................. 146

TABELA 44. MÉDIA DE PERMANÊNCIA, ARACAJU 2005 – 2011. ........................................................... 146

TABELA 45. ESTABELECIMENTOS PRESTADORES DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO INSTALADOS NOS


MUNICÍPIOS INTEGRANTES DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS – SERGIPE - 2011 ....................................... 147

TABELA 46. ESTABELECIMENTOS PRESTADORES DE SERVIÇO DE TRANSPORTE TURÍSTICO - INSTALADOS


NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS – SERGIPE - 2011 ................................................................................. 149
TABELA 47. QUANTITATIVO DE AERONAVES, DE CARGA AÉREA E DE PASSAGEIROS - AEROPORTO DE
ARACAJU/SE – 2005-2011 .......................................................................................................................... 162
TABELA 48. PASSAGEIROS EMBARCADOS E DESEMBARCADOS – 2010/2011 ....................................... 162

TABELA 49. FORMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES* -


2010 – ESTADO DE SERGIPE E POLO COSTA DOS COQUEIRAIS .................................................................... 168

TABELA 50. FORMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES* -


2010 – MUNICÍPIOS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ............................................................................. 168
TABELA 51. TIPO DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE BANHEIROS EXCLUSIVOS DE DOMICÍLIOS
PARTICULARES PERMANENTES - 2010 ....................................................................................................... 171

TABELA 52. TIPO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE BANHEIROS EXCLUSIVOS DE DOMICÍLIOS


PARTICULARES PERMANENTES - 2010 ....................................................................................................... 171
TABELA 53. NÚMERO DE BANHEIROS EXCLUSIVOS EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES
SEGUNDO RESULTADOS PRELIMINARES DO CENSO DEMOGRÁFICO 2010................................................... 173

xvii
TABELA 54. DESTINO DO LIXO DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES SEGUNDO RESULTADOS
PRELIMINARES DO CENSO DEMOGRÁFICO 2010 ........................................................................................ 175

TABELA 55. DESTINO DO LIXO DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES POR MUNICÍPIO - POLO
COSTA DOS COQUEIRAIS - 2010 ................................................................................................................. 177

TABELA 56. POPULAÇÃO E PRODUÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2010
........................................................................................................................................ 178
TABELA 57. CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA TOTAL – SERGIPE - 2000 A 2009. .................................. 181

TABELA 58. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES –


POLO COSTA DOS COQUEIRAIS E SERGIPE - 2010 ....................................................................................... 181
TABELA 59. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES –POLO
COSTA DOS COQUEIRAIS - 2010 ................................................................................................................. 181
TABELA 60. NÚMERO DE UNIDADES DE ATENDIMENTO EM SAÚDE POR TIPO. POLO COSTA DOS
COQUEIRAIS - 2002 ................................................................................................................................... 183

TABELA 61. NÚMERO DE UNIDADES DE ATENDIMENTO EM SAÚDE POR TIPO. POLO DOS COQUEIRAIS -
2010 ........................................................................................................................................ 184

TABELA 62. NO. DE CASOS DE DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA - – POR 1.000 HABITANTES – POLO
COSTA DOS COQUEIRAIS - 2009 ................................................................................................................. 188

TABELA 63. ÁREA TERRESTRE E ÁREA DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS. .................................................. 220

TABELA 64. COMUNIDADES QUILOMBOLAS NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ................................ 245

TABELA 65. HIERARQUIZAÇÃO DE ATRATIVOS POLO COSTA DOS COQUEIRAIS – SE ............................ 294

TABELA 66. DIMENSIONAMENTO DO INVESTIMENTO TOTAL – AÇÕES COM RECURSOS DO PRODETUR E


DE OUTRAS FONTES .................................................................................................................................. 356

TABELA 67. INVESTIMENTOS DO PRODETUR - PRIMEIROS 18 MESES E 5 ANOS DE IMPLANTAÇÃO DO


PDITS ........................................................................................................................................ 363

TABELA 68. INVESTIMENTOS TOTAIS PREVISTOS NO PDITS COSTA DOS COQUEIRAIS DE ACORDO COM A
ORIGEM DOS RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS ................................................................................ 367
TABELA 69. INVESTIMENTOS DO PRODETUR - PRIMEIROS 18 MESES .................................................. 368
TABELA 70. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO POLO A PARTIR DAS AÇÕES
INICIAIS DO PDITS ..................................................................................................................................... 452

ÍNDICE DE QUADROS
QUADRO 01: MUNICÍPIOS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS E MUNICÍPIOS CONSIDERADOS NO PDITS
2001/2003..................................................................................................................................................... 3
QUADRO 02: ÁREAS DE INTERESSE TURÍSTICO NA COSTA DOS COQUEIRAIS, PDITS 2001/2003 ............... 23
QUADRO 03: CIRCUITOS DE INTERESSE TURÍSTICO NA COSTA DOS COQUEIRAIS, PDITS 2001/2003 ......... 23
QUADRO 04: PORTFÓLIO PRINCIPAL E SEGMENTOS TURÍSTICOS COMPLEMENTARES – POLO COSTA DOS
COQUEIRAIS – SERGIPE ............................................................................................................................... 66
QUADRO 05: TIPOLOGIA DO TURISMO NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - SERGIPE ............................. 73

xviii
QUADRO 06: SÍNTESE DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS PRINCIPAIS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS –
2012......................... ................................................................................................................................. 142

QUADRO 07: DISTÂNCIAS ENTRE ARACAJU E AS PRINCIPAIS CAPITAIS BRASILEIRAS.............................. 155


QUADRO 08: PONTOS CRÍTICOS E INDICAÇÃO DE AÇÕES PARA A MELHORIA DO SISTEMA RODOVIÁRIO
NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ........................................................................................................... 155
QUADRO 09: PONTOS CRÍTICOS E SOLUÇÕES POSSÍVEIS PARA MELHORIA DO SISTEMA FERROVIÁRIO NO
POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ................................................................................................................. 157

QUADRO 10: HIDROLOGIA DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ............................................................ 157


QUADRO 11: ROTAS FLUVIAIS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. .......................................................... 158
QUADRO 12: PONTOS CRÍTICOS E POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA MELHORIA DA INFRAESTRUTURA
TURÍSTICA EM HIDROVIAS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. .................................................................. 161
QUADRO 13: TRANSPORTE INTERMUNICIPAL NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ................................ 164
QUADRO 14: PONTOS CRÍTICOS E SOLUÇÕES POSSÍVEIS PARA MELHORIA DA MOBILIDADE E
ACESSIBILIDADE NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ................................................................................. 165
QUADRO 15: PROJETOS EXISTENTES E OBRAS EM ANDAMENTO PARA MELHORIA DO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011. ...................................................... 169
QUADRO 16: ESTAÇÕES DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO EXISTENTES EM MUNICÍPIOS DO POLO COSTA
DOS COQUEIRAIS. ..................................................................................................................................... 173

QUADRO 17: PROJETOS EXISTENTES E OBRAS EM ANDAMENTO PARA MELHORIA DO SISTEMA DE


ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS -2011. ....................................................... 174

QUADRO 18: PONTOS CRÍTICOS E SOLUÇÕES POSSÍVEIS PARA MELHORIA DA GESTÃO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ............................................................................................. 178

QUADRO 19: ÓRGÃOS FEDERAIS ENVOLVIDOS COM A GESTÃO DO TURISMO. ...................................... 195
QUADRO 20: ÓRGÃOS ESTADUAIS ENVOLVIDOS COM A GESTÃO DO TURISMO. ................................... 196

QUADRO 21: CARGOS DA GESTÃO MUNICIPAL DO TURISMO. .............................................................. 200

QUADRO 22: INSTRUMENTOS LEGAIS E DE GESTÃO DOS MUNICÍPIOS DO POLO DOS COQUEIRAIS ....... 204
QUADRO 23: INSTRUMENTOS LEGAIS E DE GESTÃO DOS MUNICÍPIOS DO POLO DOS COQUEIRAIS ....... 206
QUADRO 24: USO POTENCIAL DOS CONTROLES CLIMÁTICOS RELACIONADOS ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS
NO POLO ........................................................................................................................................ 214

QUADRO 25: USO POTENCIAL DA REDE HIDROGRÁFICA RELACIONADO ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS. .... 221
QUADRO 26: USO POTENCIAL DO RELEVO RELACIONADO ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS ......................... 224

QUADRO 27: USO POTENCIAL DAS CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS RELACIONADOS ÀS ATIVIDADES
TURÍSTICAS ........................................................................................................................................ 227
QUADRO 28: USO POTENCIAL DA VEGETAÇÃO RELACIONADO ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS .................. 232
QUADRO 29: RISCOS AMBIENTAIS EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS ....................................... 232

QUADRO 30: SÍNTESE DOS PRINCIPAIS CONFLITOS, IMPACTOS NEGATIVOS E AS AÇÕES PARA
MINIMIZAÇÃO. ........................................................................................................................................243

QUADRO 31: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DA POLÍTICA ESTADUAL DE


RECURSOS HÍDRICOS ................................................................................................................................. 261

xix
QUADRO 32: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DO PROGRAMA ÁGUA DOCE ...... 262
QUADRO 33: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DA POLÍTICA ESTADUAL DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................................................ 263
QUADRO 34: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DO PLANO INTERMUNICIPAL DE
RESÍDUOS SÓLIDOS DO BAIXO SÃO FRANCISCO SERGIPANO ...................................................................... 263
QUADRO 35: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DA POLITICA ESTADUAL DE
GERENCIAMENTO COSTEIRO ..................................................................................................................... 264

QUADRO 36: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DO FUNDO CLIMA ...................... 265
QUADRO 37: CAPACIDADE INSTITUCIONAL DOS MUNICÍPIOS PARA A GESTÃO AMBIENTAL.................. 267
QUADRO 38: ANÁLISE SWOT ................................................................................................................ 280
QUADRO 39: FORÇAS, FRAGILIDADES, OPORTUNIDADES E AMEAÇAS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS 281
QUADRO 40: CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE ATRATIVIDADE ...................................... 291
QUADRO 41: MATRIZ DE HIERARQUIZAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS ............................................ 292

QUADRO 42: ATRATIVOS TURÍSTICOS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS CONSIDERADOS PARA
HIERARQUIZAÇÃO ..................................................................................................................................... 293

QUADRO 43: SEGMENTOS TURÍSTICOS ................................................................................................. 311


QUADRO 44: OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DO PDITS POLO COSTA DOS COQUEIRAIS............................... 318

QUADRO 45: SEGMENTOS TURÍSTICOS ................................................................................................. 323

QUADRO 46: AÇÕES RELATIVAS AO COMPONENTE 1 – PRODUTO TURÍSTICO ....................................... 325

QUADRO 47: AÇÕES RELATIVAS AO COMPONENTE 2 – COMERCIALIZAÇÃO .......................................... 328


QUADRO 48: AÇÕES RELATIVAS AO COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL ................... 329

QUADRO 49: AÇÕES RELATIVAS AO COMPONENTE 4 – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS............ 331

QUADRO 50: AÇÕES RELATIVAS AO COMPONENTE 5 – GESTÃO SOCIOAMBIENTAL............................... 332


QUADRO 51: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES DO COMPONENTE 1 – PRODUTO TURÍSTICO ............................... 334

QUADRO 52: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES DO COMPONENTE 2 – COMERCIALIZAÇÃO .................................. 340


QUADRO 53: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES DO COMPONENTE 3 – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL........... 341
QUADRO 54: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES DO COMPONENTE 4 – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS ... 347
QUADRO 55: DESCRIÇÃO DAS AÇÕES DO COMPONENTE 5 – GESTÃO AMBIENTAL ................................ 351

QUADRO 56: CRONOGRAMA DE PRECEDÊNCIA DAS AÇÕES RELATIVAS AOS 18 PRIMEIROS MESES –
INVESTIMENTOS PRODETUR...................................................................................................................... 371
QUADRO 57: AÇÕES DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO ESTADUAL E MUNICIPAL DO TURISMO – METAS
DE DESEMPENHO PARA OS PRIMEIROS 18 MESES DE IMPLANTAÇÃO DO PDITS ......................................... 375
QUADRO 58: MARCO DE RESULTADOS PARA AS AÇÕES PRIORIZADAS .................................................. 427

QUADRO 59: PRINCIPAIS INDICADORES DAS AÇÕES. ............................................................................ 448

xx
APRESENTAÇÃO
O documento representa o Produto Final do PDITS, do Contrato Nº 003/2010 firmado entre
a Secretaria de Estado de Turismo de Sergipe – Setur e a Technum Consultoria SS, que
tem por objeto a revisão/atualização do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo
Sustentável – PDITS do Polo Costa dos Coqueirais/SE originalmente elaborado e aprovado
no período 2001/2003.
O PDITS em processo de revisão e atualização constitui o instrumento base para o
desenvolvimento turístico do Polo Costa dos Coqueirais conforme políticas públicas
estabelecidas pelo Estado de Sergipe e conta com o apoio do Ministério do Turismo - MTur,
por meio do Programa de Desenvolvimento do Turismo – Prodetur, com aporte financeiro do
Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID.
No âmbito deste PDITS, segundo o Termo de Referência estão previstas seis etapas a
serem cumpridas pela Technum Consultoria SS. Este Produto diz respeito à 6ª. Etapa que
trata da consolidação dos Produtos anteriores, ajustados de acordo com orientações da
Setur e do MTur, constituindo a Versão Final do PDITS, conforme especificação a seguir:

1ª. ETAPA
Elaboração do Plano de Trabalho e Formulação dos Objetivos do PDITS – Produto 1.
2ª. ETAPA
Elaboração do Diagnóstico Estratégico da Área e das Atividades Turísticas – Produto 2.
3ª. ETAPA
Validação da Seleção da Área Turística e Elaboração das Estratégias de
Desenvolvimento Turístico – Produto 3.
4ª. ETAPA
Elaboração do Plano de Ação: Seleção de Procedimentos, Ações e Projetos e
Mecanismos de Acompanhamento e Avaliação – Produto 4.
5ª. ETAPA
Elaboração da Versão Preliminar do PDITS - Produto 5.
6ª. ETAPA
Elaboração da Versão Final do PDITS - Produto Final.

O documento final do PDITS está organizado em três volumes, a saber:


Volume I - Resumo Executivo
Volume II – Documento Técnico
Volume III – Processo Participativo

Este documento trata do Volume II – Documento Técnico e contempla as informações


relativas à Formulação dos Objetivos do PDITS, Elaboração do Diagnóstico Estratégico da
Área e das Atividades Turísticas, Validação da Seleção da Área Turística e Elaboração das
Estratégias de Desenvolvimento Turístico, Elaboração do Plano de Ação: Seleção de
Procedimentos, Ações e Projetos e Mecanismos de Acompanhamento e Avaliação.

Abril de 2013.

1
INTRODUÇÃO
O Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS – do Polo Costa
dos Coqueirais tem como função orientar o crescimento do turismo por meio do
desenvolvimento sociocultural, ambiental, político-institucional e econômico dos municípios
que o compõem. Fundamenta-se na política estadual de desenvolvimento do turismo para o
Estado de Sergipe e orienta-se pelas diretrizes do Programa Nacional de Desenvolvimento
do Turismo – Prodetur, coordenado pelo Governo Federal no âmbito do Ministério do
Turismo – MTur.
A partir de estudos da realidade atual e de construção dos cenários desejados para a área
de estudo, são concebidos objetivos e estratégias que orientam a definição de ações
visando o desenvolvimento turístico integrado e sustentável. As ações previstas são
priorizadas e especificadas, destacando-se aquelas indicadas para o aporte de recursos
financeiros do Prodetur.
Com efeito, o PDITS deve constituir o instrumento técnico de gestão, coordenação e
condução das decisões da política de turismo na área de planejamento e de apoio ao setor
privado, de modo a dirigir seus investimentos e melhorar a sua capacidade empresarial e o
acesso ao mercado turístico.
Na primeira fase de investimentos pelo Prodetur/ NE I, que teve início em 2000, o Estado
recebeu investimentos da ordem de US$ 67 milhões, que foram destinados a nove
municípios sergipanos, sete deles pertencentes ao Polo Costa dos Coqueirais: Aracaju,
Barra dos Coqueiros, Itaporanga D’Ajuda, Estância, Indiaroba, São Cristóvão e Santa Luzia
do Itanhy.
A definição de ações para os investimentos previstos se baseou na estratégia formulada de
investimentos e desenvolvimento do turismo, em três etapas, objetivando a consolidação
dos seguintes fluxos1:
 urbano de lazer;
 cultural;
 de convenções e eventos
Naquela época, a área de abrangência do Polo Costa dos Coqueirais era composta de 17
municípios, compreendendo municípios da costa litorânea e os localizados às margens do
São Francisco.
O Prodetur/ NE II teve como objetivo dar continuidade às ações e aos programas que visam
à melhoria da qualidade de vida da população fixa das áreas beneficiadas pela primeira
etapa desse programa.
O Programa, focado no conceito de polos de turismo, estabeleceu que para a assinatura do
Contrato de Empréstimo dessa segunda fase deveriam ser detalhados os Planos de
Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS, dos Polos de cada Estado.
Assim, o contrato de empréstimo entre o Governo Federal e o Banco Interamericano de
Desenvolvimento - BID para a segunda fase do Programa foi estruturada a partir dos PDITS
de três estados, que compuseram a amostra representativa do Programa, tendo sido
escolhidos, para tanto, os estados de Sergipe, Rio Grande do Norte e Bahia.
Aproveitando a oportunidade criada, o Estado de Sergipe desenvolveu o documento Plano
de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável da Costa dos Coqueirais,
denominado de PDITS – Costa dos Coqueirais/ SE – versão 2001/003, segundo as
orientações dos consultores do Banco do Nordeste – BNB, e do BID.

1
Conforme definições adotadas à época, e registradas no PDITS do Polo Costa dos Coqueirais, versão 2001/2003.

2
Segundo as orientações do BID, o PDITS 2001/2003 considerou somente os municípios da
costa litorânea, sendo excluídos aqueles localizados às margens do São Francisco.
Sob a ótica das diretrizes do BNB/BID de “completar e complementar”, o PDITS – Costa dos
Coqueirais/ SE – versão 2001/003 restringiu a área de planejamento2 aos sete municípios
que receberam investimentos da primeira etapa do programa e os municípios de Nossa
Senhora do Socorro e o de Laranjeiras.
Quadro 01: Municípios do Polo Costa dos Coqueirais e Municípios Considerados no PDITS 2001/2003.
Polo Costa dos Coqueirais Área de Planejamento do PDITS 2001/2003
Aracaju Aracaju
Barra dos Coqueiros Barra dos Coqueiros
Brejo Grande Estância
Estância Indiaroba
Indiaroba Itaporanga d’Ajuda
Itaporanga d’ajuda Laranjeira
Laranjeiras Nossa Senhora do Socorro
Nossa Senhora do Socorro Santa Luzia do Itanhy
Pacatuba São Cristóvão
Pirambu
Santa Luzia do Itanhy
Santo Amaro das Brotas
São Cristóvão
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O documento preparado pelo estado de Sergipe teve boa aceitação, tendo sido utilizado
como elemento balizador do programa de empréstimo entre o Governo Federal e o órgão
financiador, e contando com aprovação para a assinatura de sub-empréstimo para o Estado,
porém o contrato, por razões diversas, acabou não sendo assinado.
Consciente da necessidade de revisão do PDITS 2001/2003 elaborado, em 2005 o Governo
de Sergipe aproveitou a oportunidade para a formatação de um Programa de
Desenvolvimento Integrado, em acordo com a Estratégia de Turismo do Estado, e da
amplitude dos impactos advindos de investimentos significativos de recursos.
O documento elaborado, denominado PDITS - Polo dos Coqueirais versão 2005 permitiu
o planejamento integrado do Polo, contemplando os treze municípios, e a busca de novas
negociações junto ao Prodetur/ NE II, apesar de mais uma vez não ter sido concretizado o
sub-empréstimo para o estado de Sergipe. Por não ter sido formalizado junto ao MTur ou
BID, a presente revisão se reporta ao PDITS legalmente vigente, qual seja o PDITS
2001/2003.
O estudo possibilitou, porém, a instigação da promoção de esforços adicionais nas mais
diversas direções, tais como busca de negociações de recursos financeiros provenientes de
outras fontes, diretrizes para implantação de instrumentos integrados que permitissem apoio
à monitoração de impactos advindos do desenvolvimento pretendido e outros. O Plano
manteve os princípios de garantia da sustentabilidade - com qualidade ambiental e busca da
inserção da população local na cadeia produtiva do turismo.

2
Municípios passíveis de receber investimentos em obras.

3
Figura 1. Municípios que Compõem o Polo Costa dos Coqueirais/SE

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

4
1A PARTE: MARCO REFERENCIAL E OBJETIVOS DO PDITS

5
6
1. O CONTEXTO
1.1. A Política Federal de Turismo e o Programa Prodetur Nacional
O Prodetur, criado pelo Governo Federal no âmbito do MTur, tem por objetivo o
financiamento de programas regionais para a captação de recursos junto ao BID. O primeiro
desses programas foi o Prodetur Nordeste, fase I e fase II, seguido pelo Proecotur (Região
Norte) e Prodetur Sul (Região Sul e MS).
Recentemente, o Prodetur tomou caráter nacional, passando a se denominar Programa
Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur Nacional), englobando os citados
programas e estendendo-se a outras regiões brasileiras. Orientados pela Política Nacional
de Turismo, espera-se que a execução dos novos programas atenda às especificidades de
cada uma das regiões do País.
O objetivo principal do Prodetur Nacional é gerar condições que facilitem a consecução das
metas do Plano Nacional de Turismo 2007-2010, tendo como objetivos específicos:
 contribuir para aumentar a capacidade de competição dos destinos turísticos
brasileiros;
 consolidar a política turística nacional, por meio de gestão pública descentralizada,
participativa e em cooperação com os diferentes níveis da administração pública
(federal estadual e municipal).
O apoio do BID ao Prodetur Nacional se dá por meio de uma Linha de Crédito Condicionado
para Investimento - CCLIP, instrumento idôneo para avançar rumo a um modelo de
desenvolvimento turístico, a partir do qual os investimentos dos governos estaduais e
municipais respondam tanto às especificidades próprias como a uma visão integral do
turismo no Brasil, tal qual preconiza o Plano Nacional de Turismo. Podem qualificar-se como
mutuários os estados, os municípios e as entidades de personalidade jurídica própria que
integrem a administração turística pública de âmbito federal, estadual ou municipal.
Para alcançar seus objetivos, o Programa Prodetur Nacional apoia o financiamento de
projetos de desenvolvimento turístico organizados em cinco componentes descritos a seguir:
 estratégia de produto turístico: conceitualmente, o produto turístico relaciona-se
diretamente com a motivação em viajar a um destino. Tem como base os atrativos
(naturais e culturais, tangíveis ou intangíveis) que originam o deslocamento do turista
a um espaço geográfico determinado, e inclui os equipamentos e serviços
necessários para satisfazer a motivação da viagem e possibilitar o consumo turístico.
Os produtos turísticos definem a distinção e o caráter do destino.
Por isso, é importante desenvolver uma estratégia coerente na qual se priorizem os
produtos que melhor consolidem com maior eficiência a imagem de cada destino,
gerando maior rentabilidade a curto, médio e longo prazo. Nesse contexto, as
atividades deste componente se concentrarão nos investimentos relacionados com o
planejamento, a recuperação e a valorização dos atrativos turísticos públicos
necessários para promover, consolidar ou melhorar a competitividade dos destinos
em modalidades ou tipos específicos de turismo.
O componente também integrará as ações destinadas a alinhar os investimentos
privados em segmentos ou nichos estratégicos, bem como aquelas destinadas a
melhorar a competitividade dos empresários turísticos, por meio do aprimoramento
da organização setorial, da qualidade dos serviços e do acesso a fatores produtivos;
 estratégia de comercialização: este componente contempla ações destinadas a
fortalecer a imagem dos destinos turísticos e a garantir a eficiência e eficácia dos
meios de comercialização escolhidos;

7
 fortalecimento institucional: este componente integra ações orientadas a fortalecer
a institucionalidade turística, por meio de mecanismos de gestão e coordenação em
âmbito federal, estadual, local e do setor privado, e do apoio à gestão turística
estadual e municipal (reestruturação de processos internos, equipamento,
desenvolvimento de software, capacitação e assistência técnica);
 infraestrutura e serviços básicos: este componente integra todos os investimentos
em infraestrutura e de serviços não vinculados diretamente a produtos turísticos, mas
necessários para gerar acessibilidade ao destino e dentro dele (infraestrutura de
acesso e transporte) e satisfazer as necessidades básicas do turista durante sua
estada, em termos de água, saneamento, energia, telecomunicações, saúde e
segurança; e.
 gestão ambiental: este componente é dirigido à proteção dos recursos naturais e
culturais, que constituem a base da atividade turística, além de prevenir e minimizar
os impactos ambientais e sociais que os diversos investimentos turísticos possam
gerar. Dentre as ações previstas, podem estar incluídas a implantação de sistemas
de gestão ambiental, as avaliações ambientais estratégicas, os estudos de impacto
ambiental, entre outros.
1.2. O Estado de Sergipe e o Polo Costa dos Coqueirais
O Estado de Sergipe, localizado na região Nordeste do Brasil, ocupa uma área de 22.000
km², que corresponde a 0,26% da superfície total do Brasil. Possui 75 municípios e,
conforme contagem populacional realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE - possui 2.068.017 habitantes. A densidade demográfica é de 94,3
hab./km². A população total do Sergipe corresponde a 1,08% da população brasileira.
O turismo é um ramo econômico ainda não suficientemente explorado no Estado, mas que
vem apresentando desenvolvimento nos últimos anos.
A geração de empregos, entre dezembro de 2011 a novembro de 2012, foi de 2.308
empregos diretos e indiretos, ficando atrás apenas do setor de construção civil, conforme o
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - Caged, do Ministério do Trabalho e
Emprego – MTE. Segundo a mesma fonte:
 os diversos setores envolvidos com o turismo representam 19,4% do total de
empregos gerados para a economia sergipana;
 os empregos gerados pelo turismo em Sergipe em 2012 representaram um
crescimento de 5,75% em relação ao mesmo período de 2011, ficando a frente de
destinos turísticos tradicionais do Nordeste, a exemplo de Alagoas (2,75%) e Bahia
(4%).
Os dados demonstram o crescimento da atividade turística no estado e o Governo do
Estado vem demonstrando esforço na implementação de ações para que o turismo se
desenvolva como um setor gerador de emprego e renda para a população
Sergipe possui uma variedade de regiões turísticas, cujo potencial tem sido objeto de
estudos e programas governamentais que buscam aumentar competitividade do produto
turístico sergipano. Assim, o Estado de Sergipe é um destino promissor, que demanda
ações para o seu desenvolvimento turístico.
O litoral do Estado destaca-se, por abrigar praias com características diversas, já exploradas
pelo turismo ou ainda desconhecidas. O interior caracteriza-se pelo sertão nordestino, a
região dos lagos do Cânion de Xingó, o Rio São Francisco e o Parque Nacional Serra
Itabaiana.
A Capital, Aracaju, inserida no Polo Costa dos Coqueirais, se destaca como o centro
receptivo principal do Estado, por possuir melhor infraestrutura turística em relação às
outras cidades de Sergipe.

8
Figura 2. Aracaju como Capital do Estado e Centro Receptivo

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O Estado proporciona, em sua extensão territorial, áreas de patrimônio natural como


cerrado, caatinga, mata atlântica, praias, restingas e mangues, em associação a unidades
de conservação, folclore, culinária, artesanato e patrimônio histórico cultural.
No tocante à economia, Sergipe teve seu desenvolvimento iniciado pelo cultivo da cana-de-
açúcar, destacando as propriedades de pequeno e médio porte, com ocupações esparsas
em todo o território, sendo poucos os casos das grandes propriedades. No entanto, a partir
da década de 90, houve uma diversificação das atividades. No âmbito de sua economia
atual destaca a participação expressiva do setor industrial na geração da riqueza estadual,
enquanto o setor de serviços é o maior responsável pela ocupação de mão de obra (IBGE
2010).
O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado foi de R$ 23,93 bilhões em 2010, o que
representou um PIB per capita de R$ 11.572,44 naquele ano, o melhor resultado dentre os
nove Estados nordestinos. No mesmo ano o PIB per capita do Brasil foi de R$ 19.766,33 e o
da Região Nordeste R$ 9.561,41.

9
A Indústria Extrativa, pelo segundo ano consecutivo, apresentou queda na produção ficando
em 2010, 7,1% menor que o ano anterior (Contas Regionais, 2010, Observatório de
Sergipe). Entre os segmentos mais importantes houve queda tanto na extração de petróleo
e gás como na de minerais não metálicos.
O segmento Transformação apresentou em 2010 crescimento de 9,4%. Teve destaque a
Indústria da Construção com crescimento de 11,7%, passando a representar 7,8% do setor
industrial sergipano. Por outro lado, a atividade de Serviços Industriais de Utilidade Pública
(SIUP) apresentou, em 2010 queda de 5,3% resultado de uma geração 11,7% menor da
Usina Xingó, a maior hidrelétrica do sistema Chesf.
Para o planejamento das políticas públicas da administração estadual, no ano de 2007 o
Governo do Estado de Sergipe, em parceria com a Universidade Federal de Sergipe,
organizou o Estado em oito territórios baseados em critérios econômico-produtivos,
geoambientais, sociais, político-institucionais e culturais. São eles: Alto Sertão Sergipano,
Baixo São Francisco Sergipano, Leste Sergipano, Médio Sertão Sergipano, Agreste Central
Sergipano, Grande Aracaju, Centro-Sul Sergipano e Sul Sergipano.
Figura 3. Territórios Sergipanos

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Entretanto para o desenvolvimento turístico sergipano por meio da política setorial de


turismo estabelecida pelo Estado de Sergipe, o território estadual foi organizado em regiões
denominadas Polos, definidas como áreas de planejamento. São áreas delimitadas de
acordo com certa homogeneidade de características turísticas, conformando porções bem
definidas e limitadas por pequenas distâncias. Cada área de planejamento turístico oferece
variadas opções de passeios culturais, ecológicos e da natureza, de aventura, lazer, fluviais
e de negócios: (i) Polo Costa dos Coqueirais, Polo Velho Chico, Polo das Serras, Polo Entre
Rios e Polo dos Tabuleiros.

10
Figura 4. Polos Turísticos de Sergipe

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Os cinco polos se distribuem da seguinte forma:


 Polo Costa dos Coqueirais – formado por municípios localizados na parte litorânea
do Baixo São Francisco, no Leste Sergipano, na Grande Aracaju e no Sul Sergipano;
 Polo Velho Chico – formado por municípios localizados na região do Alto Sertão e
no Baixo São Francisco;
 Polo dos Tabuleiros – formado por municípios localizados no Médio Sertão e no
Leste Sergipano;
 Polo Serras Sergipanas – formados por municípios localizados no Agreste Central;
 Polo Sertão das Águas – formado por municípios localizados no Centro Sul
Sergipano e no Sul Sergipano.
O Polo Costa dos Coqueirais, por abrigar Aracaju, principal portão de entrada do Estado,
assume destaque no cenário turístico estadual. Concentra a oferta de atrativos e
equipamentos, e apesar de ser constituído por treze municípios, são curtas as distâncias a
serem percorridas pelos turistas – no total, o litoral sergipano tem 163 km.
A delimitação territorial do Polo representa 18% da superfície do Estado e área de 4.031
km².
Trata-se de um conjunto de municipios de pequena extensão, conforme se observa na
Tabela 1 a seguir, mas que por engloba uma parcela significativa da população do estado,

11
quase 50% do total dos habitantes de Sergipe. Conforme se observa a grande concentraçao
da população ocorre na Capital, Aracaju, que abriga 28 % da população estadual. Nossa
Senhora do Socorro, cuja área urbana é conurbada à Aracaju, e São Cristóvão que também
integra a Região Metropolitana, também se destacam em volume de habitantes e densidade
demográfica. Dos demais municipios, Estância merece registro pelo volume de habitantes,
enquanto Barra dos Coqueiros pela densidade demográfica.
Tabela 1. Número de habitantes por município e densidade demográfica, Polo Costa dos
Coqueirais, 2010.

Densidade
População 2010 Área
Municípios Demográfica
(hab.) (km²)
(hab./km2)
Aracaju 571.149 181,857 3.140,67
Barra dos Coqueiros 24.976 90,322 276,52
Brejo Grande 7.742 148,858 52,01
Estância 64.409 644,083 100,00
Indiaroba, 15.831 313,525 50,49
Itaporanga D’Ajuda 30.419 739,925 41,11
Laranjeiras 26.902 162,280 165,78
Nossa Senhora do Socorro 160.827 156,771 1.025,88
Pacatuba 13.137 373,818 35,14
Pirambu 8.369 205,879 40,65
Santo Amaro das Brotas 11.410 234,156 48,73
São Cristóvão 78.864 436,863 180,52
Santa Luzia do Itanhy 12.969 325,732 39,36
Total Polo 1.027.004 4.014 255,85
Total - Estado 2.068.017 21.915,116 94,35

Fonte: IBGE, 2010.

A tabela a seguir apresenta os principais indicadores de desenvolvimento socio economico


dos municípios do Polo Costa dos Coqueirais, quais sejam o Índice de Desenvolvimento
Humano – IDH, o Índice de Gini e o Produto Interno Bruto – PIB de cada município e sua
participação no PIB Estadual.
O IDH é uma média do progresso do desenvolvimento humano a longo prazo que engloba a
renda, a educação e a saúde. Seu objetivo é o de oferecer um contraponto a outro indicador
muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão
econômica do desenvolvimento. Note-se que os dados do IDH, apresentados na Tabela 2,
estão desatualizados. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD,
entidade responsável pela produção do Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, ainda
não lançou os dados trabalhados a partir do Censo 2010. O novo Atlas tem seu lançamento
previsto para o primeiro semestre de 2013.
Já o índice de Gini, mede a desigualdade de distribuição de renda. De acordo com o IBGE,
quanto mais o país, estado ou município se aproxima do número 1 nesse coeficiente, mais
desigual é a distribuição de renda e riqueza, e quanto mais próximo do número 0, mais
igualitária será a unidade em estudo. Dentre os municípios do Polo, os que apresentam
distribuição de renda mais igualitária são: São Cristóvão (0,48); Nossa Senhora do Socorro
(0,50) e Itaporanga D’Ajuda (0,51).
Em relação à participação no PIB estadual, a contribuição do Polo é significativa, totalizando
quase 60% do produto interno bruto arrecadado. Dentre os municípios do Polo tem

12
destaque Aracaju (36,57%), Nossa senhora do Socorro (7,54%), Estância (4,30%) e
Laranjeiras (4,01).
Tabela 2. Linha de Base Sócio Ambiental

% da PIB Participação
População População Índice de
IDH valor no PIB
(hab.) em relação Gini
Municípios 2000 corrente Estadual (%)
2010 ao estado 2010
(%) (Fonte 2) (R$ 1000,00) 2010
(Fonte 1) (Fonte 1)
(Fonte 3) (Fonte 1) (Fonte3)

Aracaju 571.149 27,62 0,63 0,794 8.751.494 36,57


Barra dos Coqueiros 24.976 1,21 0,60 0,676 246.251 1,03
Brejo Grande 7.742 0,37 0,52 0,550 45.115 0,19
Estância 64.409 3,11 0,54 0,672 1.029.449 4,30
Indiaroba, 15.831 0,77 0,53 0,650 90.720 0,38
Itaporanga D’Ajuda 30.419 1,47 0,51 0,638 447.993 1,87
Laranjeiras 26.902 1,30 0,54 0,642 960.709 4,01
N. Senhora do Socorro. 160.827 7,78 0,50 0,696 1.804.869 7,54
Pacatuba 13.137 0,64 0,59 0,584 146.196 0,61
Pirambu 8.369 0,40 0,54 0,652 51.723 0,22
Sto. Amaro das Brotas 11.410 0,55 0,58 0,655 70.695 0,30
São Cristóvão 78.864 3,81 0,48 0,700 501.648 2,10
Santa Luzia do Itanhy 12.969 0,63 0,54 0,545 88.825 0,37
Total Polo 1.027.004 49,66 - - 14.235.687 59,48
Total - Estado 2.068.017 100,00 0,63 0,682 23.932 100,00

Fonte: (1) IBGE, 2010; (2) Atlas Desenvolvimento Humano, 2000; (3) Technum Consultoria.

1.3. Aracaju como Destino Indutor e Competitividade no Cenário Nacional


O Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico
Regional - MTur/FGV - 2011 aponta Aracaju com o índice geral de competitividade de 62,7,
avançando aproximadamente cinco pontos percentuais da média nacional (57,5%), porém
três pontos percentuais abaixo quando comparado às demais Capitais, que mantém média
de 65,5.
No geral, em 2011, Aracaju se destaca pela capacidade empresarial, pelas políticas públicas, pelo
acesso e pela infraestrutura geral. As dimensões que obtiveram os índices mais baixos foram o
marketing, a promoção do destino e o monitoramento.

13
Gráfico 1. Índices de Competitividade de Aracaju - 2011

capacidade empresarial 92,2


políticas públicas 75,7
acesso 72,9
infraestrutura geral 67,7
aspectos sociais 64,2
serviços e equipamentos turísticos 60,9
economia local 60,2
cooperaçào regional 57,5
aspectos culturasi 55,7
atrativos turísticos 54,2
aspectos ambientais 52,1
marketing e promoção do destino 48,4
monitoramento 44,8

índice geral 62,7


0 20 40 60 80 100

Fonte: MTur/ FGV. Índice de Competitividade do Turismo Nacional. 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento
Turístico Nacional. 2011.

A Tabela a seguir apresenta a evolução dos índices, de 2008 a 2011, bem como a média no
Brasil e nas capitais, para efeito comparativo e melhor análise da situação de Aracaju.
Tabela 3. Índices de Competitividade do Turismo Nacional - 2008-2011

2008 2009 2010 2011


Dimensões
Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju
Índice geral 52,1 59,5 52,4 54,0 61,9 56,4 56,0 64,1 60,1 57,5 65,5 62,7
Infraestrutura
63,8 70,5 70,0 64,6 71,3 67,0 65,8 74,3 66,7 68,4 75,8 67,7
geral
Acesso 55,6 66,9 63,6 58,1 69,9 67,9 60,5 72,0 69,2 61,8 74,0 72,9
Serviços e
equipamentos 44,8 56,8 39,3 46,8 59,4 41,8 50,8 63,3 48,6 52,0 64,1 60,9
turísticos
Atrativos
58,2 56,6 56,9 59,5 58,5 58,4 60,5 59,5 54,2 62,0 61,3 54,2
turísticos
Marketing e
promoção do 38,2 46,3 46,8 41,1 47,5 42,1 42,7 46,8 49,0 45,6 50,0 48,4
destino
Políticas
50,8 55,7 59,4 53,7 58,7 61,9 55,2 61,5 67,2 56,1 61,3 75,7
públicas
Cooperação
44,1 42,9 51,4 48,1 47,1 52,6 51,1 48,3 55,2 49,9 47,7 57,5
regional
Monitoramento
35,4 42,1 22,5 34,5 41,8 29,5 35,3 42,6 36,4 36,7 44,3 44,8
Ambiental
Economia local 56,6 64,7 39,0 57,1 57,6 49,8 59,5 70,7 61,4 60,8 70,6 60,2
Capacidade
51,3 72,1 44,3 55,7 78,1 81,4 57,0 82,7 92,2 59,3 85,1 92,2
empresarial
Aspectos
57,2 62,3 63,6 57,4 63,1 62,6 58,4 64,2 61,4 59,1 64,7 64,2
sociais
Aspectos
58,9 63,8 45,8 61,8 67,0 50,4 65,6 71,3 53,1 67,2 72,7 52,1
ambientais

14
2008 2009 2010 2011
Dimensões
Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju
Aspectos
54,6 61,4 62,0 54,6 63,0 55,2 55,9 64,1 59,0 57,5 66,2 55,7
culturais
Fonte: MTur/ FGV. Índice de Competitividade do Turismo Nacional. 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento
Turístico Nacional. 2011.

Os dados constantes na Tabela 3, no geral, indicam que a capital sergipana vem


apresentando, a partir de 2008, uma melhora significativa na avaliação dos indicadores de
competitividade. Tanto no índice geral, como nos indicadores de acesso, infraestrutura
geral, aspectos sociais e marketing e promoção do destino, Aracaju se caracteriza por uma
posição um pouco superior à média brasileira, porém um pouco abaixo da média das
demais Capitais.
Em relação à economia local e aos aspectos ambientais, apesar do evidente crescimento
dos índices de Aracaju, a situação local é significativamente inferior à do Brasil e demais
Capitais. Essa condição também ocorria quanto ao quesito monitoramento, porém, em 2011,
o índice se igualou ao das demais Capitais.
Nas dimensões serviços e equipamentos turísticos, atrativos turísticos e aspectos culturais,
Aracaju apresenta oscilações ao longo do período 2008-2011, sendo que a média geral é
inferior à brasileira e das demais capitais – a exceção dos serviços e equipamentos que, em
2009, apresentou avaliação superior (em praticamente 10 pontos percentuais) às demais
capitais.
As dimensões capacidade empresarial, políticas públicas e cooperação regional são o
destaque na competitividade do destino Aracaju. Além de serem os valores mais
expressivos em relação às médias nacionais e das demais capitais, resultam de um
crescimento constante ao longo dos 4 últimos anos.
O balanço geral dos índices de competitividade de Aracaju como destino indutor do
desenvolvimento turístico regional, em específico do Polo Costa dos Coqueirais do qual a
cidade faz parte, indica uma oportunidade de desenvolvimento das atividades turísticas com
foco na melhoria dos serviços e equipamentos turísticos e dos atrativos, tendo como foco os
aspectos ambientais e culturais e o apoio à economia local.
Para os segmentos principais do Polo Costa dos Coqueirais verifica-se que o turismo de
turismo de sol e praia caracteriza-se por uma oferta qualificada e competitiva de destinos
diversos e fortes no Brasil, em especial na região Nordeste.
No mercado nacional e, por proximidade regional os principais destinos competidores ao
Polo Costa dos Coqueirais são os estados da Bahia, Alagoas e Pernambuco, com destinos
internacionalmente conhecidos e comercializados. Segundo dados da Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária - Infraero, dos desembarques nacionais de passageiros em
aeroportos, nos estados do Nordeste, no período de janeiro a dezembro de 2009 e 2010, os
aeroportos que mais receberam passageiros foram quantitativamente os estados da Bahia
com 3.650.334 passageiros em 2009 e 3.746.665 em 2010, Pernambuco com 2.689.525
passageiros em 2009 e 3.064.845 em 2010, Alagoas com 546.646 passageiros em 2009 e
700.692 em 2010 e Sergipe com 362.071 passageiros em 2009 e 471.140 em 2010,
caracterizando assim a competitividade frente a estes estados que já tem seus destinos
consolidados no turismo de sol e praia.
O projeto Destinos Referência em Segmentos Turísticos desenvolvido pelo MTur em
parceria com o Instituto Casa Brasil de Cultura, definiu que o destino referência em Turismo
de Sol e Praia foi Jericoacoara no Ceará, como modelo de gestão do turismo local com foco
na estratégia de segmentação e que deve servir de parâmetro para ações de
desenvolvimento desta segmentação no Polo Costa dos Coqueirais.

15
No que tange ao turismo de negócios e eventos o maior expoente nacional é o estado de
São Paulo, seguido pelo Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte. Sergipe se
encontra em um patamar bastante inferior a essas localidades. O segmento de negócios e
eventos, concentrado em Aracaju, atrai turistas especificamente interessados, enquanto o
segmento sol e praia, disponível nos diferentes municípios do Polo, motiva a visitação
integrada aos atrativos, de forma a consolidar o Polo, a distribuição dos benefícios e a
complementaridade dos segmentos, induzindo o aumento da permanência do turista na
área.

1.4. Os Princípios Metodológicos


A metodologia3 a ser desenvolvida para a Revisão / Atualização do PDITS da Área
Turística do Polo Costa dos Coqueirais, conforme estabelecida no Termo de Referência que
gerou a contratação dos serviços, deve considerar os seguintes princípios:
 planejamento estratégico voltado ao mercado turístico: definição de produtos e
mercados para concentração de esforços, identificando-se os pontos fracos e fortes,
as oportunidades e as ameaças e analisando-se as medidas necessárias para a
correção de rumo e a busca por maior competitividade; os investimentos devem
consolidar a posição da área turística no mercado turístico, atendendo aos
requerimentos dos segmentos de demanda meta e levando em conta a necessidade
de diferenciação de destinos competidores.
 desenvolvimento sustentável: atendimento aos turistas e benefícios dos
residentes, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, mediante a geração
de emprego e renda e a proteção dos recursos naturais e culturais; provisão de
infraestrutura e melhoria dos espaços urbanos disponíveis e utilizáveis; prevenção e
controle dos impactos estratégicos (oportunidades e riscos ambientais) decorrentes
do desenvolvimento turístico.
 planejamento participativo: com representantes dos setores público e privado, que
intervenham ou possam ser afetados pelo turismo, incluindo as organizações sociais;
 planejamento integrado: definição das ações necessárias para melhorar a
competitividade da área como destino turístico em um único plano,
independentemente dos responsáveis pela execução dessas ações e das fontes de
financiamento.

3
Entendida como o conjunto dos fundamentos teóricos, das técnicas e dos métodos empregados no desenvolvimento das
atividades.

16
2. OS ANTECEDENTES
2.1. O Prodetur/ NE - SE
Conceituação do Programa

As ações preconizadas pelo Prodetur/ NE I seguiram as orientações estratégicas do


Governo Brasileiro e as diretrizes macroeconômicas de incentivo à indústria turística, com
ênfase para a intensificação deste setor de atividade, com geração de empregos diretos e
indiretos e melhoria na distribuição de renda.
Para viabilizar o desenvolvimento sustentável do turismo, o Prodetur/ NE I objetivava
promover ações que possibilitassem:
 dotar as regiões turísticas de infraestrutura pública capaz de atrair investimentos
privados para a exploração econômica dos atrativos existentes em seu entorno;
 fomentar a infraestrutura turística da região, através da realização de investimentos,
por parte de empresários nacionais e internacionais;
 priorizar os projetos voltados para a capacitação profissional para o turismo, em
todos os níveis, de forma a ampliar a oferta de empregos diretos e indiretos na
região, mediante o efeito multiplicador do desenvolvimento turístico;
 concentrar os investimentos em projetos que potencializem o incremento do turismo
na região como um todo, evitando dispersões com ações pulverizadas;
 promover as sinergias entre os projetos da região, de forma que um roteiro turístico
contribua para a "venda" de outro;
 prestar suporte institucional aos gestores locais; de forma a dotá-los dos
instrumentos adequados para gerenciar as novas situações decorrentes da
implementação dos projetos.

Estratégia Turística para o Prodetur/ NE I - SE

A Estratégia Turística em que foi situado o Prodetur/ NE I - SE, na primeira fase do


programa, dividiu sua área de atuação em 3 (três) trechos distintos, a saber:
 Região Aracaju/ São Cristóvão, compreendendo o trecho que vai do Mosqueiro a
Pirambu, incluindo os municípios de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Santo Amaro das
Brotas e São Cristóvão, e os estuários dos rios Vaza-Barris e Sergipe;
 Litoral Sul, situado no trecho que vai do rio Vaza-Barris até o rio Real, incorporando
os municípios de Itaporanga d’Ajuda, Estância, Santa Luzia do Itanhy, Indiaroba e os
estuários dos rios Real e Piauí;
 Litoral Norte, trecho que vai de Pirambu até a foz do rio São Francisco, incluindo
Pirambu, Pacatuba, Ilha das Flores, Brejo Grande, Neópolis, Propriá e o estuário do
rio São Francisco.
Para cada uma das três áreas foram identificadas as características e potencialidades
próprias para o desenvolvimento turístico: o Litoral Norte foi identificado pelas maiores
tendências ao ecoturismo, o Litoral Sul para o turismo de lazer e praia e esportes aquáticos
e a Região Aracaju / São Cristóvão para o turismo urbano de lazer, cultural, convenções e
negócios. Foi considerado ainda que todos apresentavam, além das características da

17
tendência principal, o elemento básico para qualquer turismo que contivesse lazer: mar,
praia e sol o ano inteiro 4.
As prioridades do programa foram definidas levando em consideração a lógica do
planejamento regional, conforme definidas a seguir.

1ª Prioridade- Região Aracaju/São Cristóvão, compreendendo:


 consolidação da infraestrutura turística existente e em operação com resultados
positivos;
 implantação da macro infraestrutura de acesso, que melhora o fluxo turístico para a
primeira etapa e constitui paralelamente um ponto de partida para a próxima etapa;
 implantação de um novo marco de referência de qualidade (empreendimentos
hoteleiros) para futuros empreendimentos turísticos, que dará respaldo à nova
imagem no mercado turístico e uma nova dimensão ao setor hoteleiro;
 implantação de programas e equipamentos de preparação de mão-de-obra
qualificada, diretamente ou indiretamente ligados ao setor turístico;
 preservação dos potenciais naturais e econômicos turísticos através de legislação
específica (Plano Diretor de Aracaju e zoneamento das APA’s Litoral Norte e Sul).
2ª Prioridade- Litoral Sul, compreendendo:
 implantação do primeiro embrião de um aglomerado de uso turístico (Vila Turística),
viabilizado pelo acesso gerado na primeira etapa e partindo das experiências desta,
relativas ao comportamento do mercado e dos resultados dos investimentos de
“marketing” anteriores;
 Criação de infraestrutura na região e criação de núcleos de apoio;
 Implantação dos demais núcleos turísticos paralelamente com a primeira etapa do
Litoral Norte.
3ª Prioridade- Litoral Norte, sendo previsto:
 melhoria e complementação dos acessos a partir do Aeroporto e dos pontos de
concentração de infraestrutura hoteleira pré-existentes, viabilizando “tours”;
 implantação da infraestrutura dos núcleos urbanos de apoio ao ecoturismo e
incentivo ao assentamento de hospedarias;
 implantação de um centro turístico na foz do rio São Francisco e de rede de núcleos
na beira rio;
 implantação de sistema de transporte fluvial.

Investimentos do Prodetur/ NE-I e Resultados Alcançados

No âmbito do Prodetur/NE I, o Estado de Sergipe efetivou dois Contratos de Sub-


Empréstimos com o BNB, com recursos provenientes do BID, nos valores da ordem de US$
19,6 milhões e de US$ 13,1, respectivamente em 09.10.95 e em 8.05.98, totalizando US$
32,7 milhões.
Os investimentos do Programa em sua primeira fase, incluindo a contrapartida estadual5,
executou aplicações diretas no montante de US$ 52,7 milhões e encargos de

4
Foram mantidos os termos utilizados conforme definição Constant em documentos da época – PDITS 2001/2003 e PDITS
2005.
5
Para compor a contrapartida do Estado foi contratada com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-
BNDES, a importância de R$ 11.535.200,00.

18
aproximadamente US$ 14,3 milhões, culminado em um investimento total de cerca de US$
67,0 milhões6.
Na primeira fase de investimentos pelo Prodetur foram investidos no Estado
aproximadamente US$ 67 milhões, destinados a nove municípios sergipanos, sete deles
pertencentes ao Polo Costa dos Coqueirais: Aracaju, Barra dos Coqueiros, Itaporanga
D’Ajuda, Estância, Indiaroba, São Cristóvão e Santa Luzia do Itanhy.
Dentre as obras realizadas vale ressaltar melhorias nas condições de acessibilidade, com a
ampliação do aeroporto, a implantação da rodovia litorânea SE 100 Sul (continuidade da
Linha Verde que interliga os Estados de Sergipe e Bahia), valorização do patrimônio e
melhoria no abastecimento de água e esgotamento sanitário, que corresponde a um dos
principais problemas locais. O gráfico a seguir demonstra os investimentos feitos no âmbito
do Prodetur/NE I no estado de Sergipe.
Gráfico 2. Investimentos primeira fase do Prodetur

Fonte: PDITS 2001/2003

De acordo com dados relativos a 2005, o desenvolvimento do turismo no Estado de Sergipe


foi significativo, com um incremento de 30% no número de turistas no período de1995 –
2000 e de mais 50% no período 2000-2005. Tais dados indicam ainda:
 37% de aumento de fluxo aéreo no período de 1995-2000 e de 39% entre 2000-
2005;
 47% de crescimento no número de estabelecimentos de hospedagem entre 1995 e
2000, e de mais 30% no período 2000- 2005.
A posição estratégica da Capital – Aracaju - na porção central do Litoral, e a malha viária
bem distribuída induzem o visitante a se deslocar em busca das mais variadas ofertas
turísticas.
Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União para avaliação dos investimentos
realizados no Prodetur NE I, considerando a melhoria dos indicadores socioeconômicos, a
mitigação dos impactos ambientais, os aspectos organizacionais da gestão pública, dentre
outros aspectos, comprovou resultados positivos, embora não estivessem disponíveis
informações e mecanismos precisos de avaliação e controle.
Silva complementa que a metodologia utilizada pelo TCU partiu da análise do banco de
dados, pesquisa documental, entrevistas e visitas (Silva, 2012. Página 132). Analisou dados

6
Sendo 51,09 % referente à contrapartida e 48,91 proveniente de financiamento, representando os 100,00% dos recursos
contratados com o BNB/ BID.

19
relativos à geração de empregos diretos e indiretos e de investimento privado acumulado
em turismo no Nordeste, conforme apontados na tabela a seguir.
Tabela 4. Resultados Alcançados pelo Prodetur NE I

Meta para 2003 Resultados alcançados Alcance da meta


Indicador
US$ (Set. 2002) (%)
Geração de empregos diretos e
3,87 milhões 3,9 milhões 100%
indiretos
Investimento privado acumulado
10,9 bilhões 6,6 bilhões 61%
em turismo no Nordeste
Fonte: Sigplan. Disponível em TCU, 2004 e em Silva, 2012.

Nesta primeira fase do Prodetur pode-se destacar a institucionalização do turismo


sergipano, e no caso do Polo Costa dos Coqueirais a criação em 2001 do Conselho de
Turismo do Polo, posteriormente desativado (em 2006).

Distribuição Espacial dos Investimentos Realizados

Os investimentos realizados e distribuídos em função das prioridades previamente


estabelecidas, encontram-se assim expressos:
 Região Aracaju/ São Cristóvão – 1ª Prioridade:
- Transporte:
3ª Etapa da Orla de Atalaia – Lote V da SE-100.
- Saneamento Básico:
Sistema IBURA II;
Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água de Atalaia Nova;
Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água de Atalaia Velha/ Mosqueiro;
Sistema de Esgotamento Sanitário de Atalaia Velha.
- Aeroporto:
Construção do Terminal de Passageiros do Aeroporto Santa Maria.
- Proteção e Recuperação do Patrimônio Histórico:
Revitalização do Centro Histórico de Aracaju;
Restauração dos Mercados Antônio Franco e Thales Ferraz;
Restauração da Antiga Fábrica em São Cristóvão.
- Desenvolvimento Institucional:
Projetos de Desenvolvimento Institucional da Administração Estadual de Meio
Ambiente - Adema, Empresa Sergipana de Turismo - Emsetur, Companhia de
Saneamento de Sergipe - Deso, Prefeituras Municipais de Aracaju e Barra dos
Coqueiros, Plano Estratégico do Turismo de Sergipe e PDITS.
- Engenharia e Administração*:
Componentes diversos, rateados pelas áreas (prioridades), em função dos
investimentos realizados.

 Litoral Sul – 2ª Prioridade:


- Transporte
Rodovia SE-100 SUL, Lotes I, II, III e IV;
SE-214, trecho BR-101/Praia da Caueira;
Urbanização da Praia da Caueira.
- Engenharia e Administração*
Componentes diversos, rateados pelas áreas (prioridades), em função dos
investimentos realizados.

20
 Litoral Norte – 3ª Prioridade:
- Transporte
Urbanização da Orla de Neópolis;
Urbanização da Orla de Gararu.

Figura 5. Distribuição das ações do Prodetur I no Polo Costa dos Coqueirais, Sergipe

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

21
2.2. O Prodetur / NE II - SE
O Prodetur/ NE II teve como objetivo dar continuidade às ações e aos programas que
visassem à melhoria da qualidade de vida da população fixa das áreas beneficiadas pela
primeira etapa desse programa. Nesse sentido, priorizou ações e investimentos necessários
à consolidação do turismo na região, completando e complementando os investimentos
realizados pela primeira fase do Programa, Prodetur/ NE – I, centrado nos seguintes
conceitos:
 Ações a serem completadas: aquelas previstas no âmbito do Prodetur/ NE I, mas
não terminadas ou executadas nos municípios beneficiados, e ainda necessárias à
sustentabilidade do turismo do respectivo Polo;
 Ações a serem complementadas: aquelas identificadas como prioritárias em
função dos resultados e impactos do Prodetur/ NE I no Polo.

Estratégia Turística para o PRODETUR/ NE II – SE – PDITS 2001/2003

Como premissa básica, o PDITS 2001/2003 buscou a obtenção de perfeito equilíbrio entre
as atividades turísticas e a proteção do meio ambiente, beneficiando os aspectos
socioeconômicos e histórico-culturais e contribuindo para o desenvolvimento sustentável.
Para tanto, entendeu-se que parcerias haveriam de ser formadas e que seria de
fundamental importância da participação dos municípios e da sociedade local no
planejamento e na gestão compartilhada e eficaz do processo de desenvolvimento turístico,
pretendido como contínuo e permanente.
Em relação às diretrizes já estabelecidas para o estado, foram considerados básicos os
seguintes aspectos:
 Estruturação do turismo em Sergipe apoiado em três pontos:
- polo regional de lazer e entretenimento;
- portão de entrada para o turismo nacional e internacional; e
- destino integrado aos demais estados da região para compor o produto turístico
Nordeste.
 Divulgar o “singular” do Estado de Sergipe:
- a tranquilidade;
- a melhor qualidade de vida da região;
- a localização privilegiada; e
- as tradições peculiares.
 Desenvolver parcerias com organismos do setor público e privado e com a
sociedade organizada, de modo a viabilizar o desenvolvimento sustentável e a
gestão compartilhada e eficaz do turismo no estado, com o fortalecimento do
PNMT – Programa Nacional de Municipalização do Turismo, do Embratur.
 Manter o equilíbrio da baixa sazonalidade, dando continuidade à estruturação
da oferta do produto turístico Sergipe e do desenvolvimento de atrativos para
segmentos particulares como o turismo de negócios e eventos, além de outros,
como o da melhor idade, científico e cultural, naturismo e ecologia, que possam
ser implementados em qualquer época do ano.
 Estruturar os sistemas de informações e de estudos de mercado sobre o setor
para atrair investimentos, orientar a gestão do turismo e subsidiar os investidores
quanto à evolução da atividade no Estado.
 Estruturar programas de conscientização pública e capacitação para o
turismo.
A estratégia turística propõe Áreas e Circuitos de Interesse Turístico, conforme Quadro 02: e
Quadro 03: a seguir.

22
Quadro 02: Áreas de Interesse Turístico na Costa dos Coqueirais, PDITS 2001/2003

Local/ Municípios Base Conceitual Equipamentos / Atividades Público Alvo


Abrangidos Estruturantes
Litoral Sul
Complexos turísticos,
Turismo náutico, Marinas,
Visitantes de Aracaju.
Turismo histórico-cultural, Condomínios para 2ª residência /
Indiaroba, Por ser extensão da Linha Verde,
Turismo gastronômico, especializados para idosos;
Santa Luzia do destino complementar para
Turismo de lazer, Engenhos revitalizados como estâncias
Itanhy, Estância e turistas que visitam norte da
Turismo de hospedeiras (ao estilo das “quintas”
Itaporanga d’Ajuda Bahia pode haver intercâmbio de
entretenimento, e portuguesas) e/ ou recuperação
visitantes nos dois sentidos
Ecoturismo. memória cultura canavieira/ hábitos
rurais (tradições populares).
Grande Aracaju
Ambiente urbano diferenciado;
Hotéis de poucos andares na orla, com
instalações e qualidade diferenciadas;
Turismo de eventos e Hotéis de cadeia; pousada resorts de
negócios; alto padrão;
Aracaju, Barra dos Turismo de aventura Plataformas desativadas da
Coqueiros, e Nossa (mergulho e exploração PETROBRAS, como base de apoio Mercados nacional (ênfase para
Senhora do subaquática) para turismo subaquático/ aventura; Centro Sul ) e internacional.
Socorro Turismo náutico; e Marinas/ atracadouros lazer e
Turismo ecológico . entretenimento;
Espaço eventos/ multiuso;
Restaurantes, teatros, sala de
espetáculos, centros de artesanato e
outros equipamentos turísticos.
Cidades Históricas
Equipamentos urbanos;
Espaços para eventos; Público deve ser conquistado
 São Cristóvão e Serviços de alimentação e bebidas; entre os visitantes de Aracaju e
Roteiros histórico-
Laranjeiras Visitação estruturada; do Litoral Sul, além de
culturais
Recuperação e revitalização de pesquisadores, estudantes e
edificações históricas com uso historiadores
sustentável.

Fonte: Technum Consultoria, 2003.


Quadro 03: Circuitos de Interesse Turístico na Costa dos Coqueirais, PDITS 2001/2003

Categoria Municípios Abrangidos Conceituação

Santa Luzia do Itanhy, Tem como motivação principal as edificações históricas dos engenhos. A
Arauá e entorno; proposta é de que os engenhos já descaracterizados ou em precário
Circuito dos estado de conservação sejam transformados em equipamentos de
Engenhos Itaporanga d´Ajuda, São hospedagem, nos moldes das quintas portuguesas. As edificações mais
Cristóvão, Laranjeiras e preservadas poderão se tornar atrativos de visitação, com exposição de
entorno. costumes, equipamentos e técnicas de época.
O circuito das Festas Juninas abrange as dez localidades onde se
verificam as festas de maior tradição no Estado – além dos municípios
Indiaroba, Estância,
Circuito das incluídos na Costa dos Coqueirais envolve Cristinápolis, Areia Branca,
Pacatuba, Aracaju e
Festas Juninas Muribeca, Capela, e Neópolis. A proposição é articular os municípios de
Itaporanga d´Ajuda.
forma a fortalecer o conjunto, principalmente através de ações de
planejamento, divulgação e marketing.

Fonte: Technum Consultoria, 2003.

Visando a estruturação do espaço físico são eleitos ainda Centros de Apoio às atividades
turísticas nas diversas regiões, notadamente em municípios com características peculiares
de potenciais indutores, com alguma infraestrutura já existente e equipamentos e facilidades
turísticas já instalados (ainda que considerada incipiente face ao potencial verificado).
Assim, na Costa dos Coqueirais devem ser incentivados os seguintes Centros de Apoio
Turísticos:

23
 Centro Receptivo Principal Aracaju.
 Núcleo Receptivo Estância
 Complexos Turísticos Mosqueiro
Ponta do Saco
A estratégia turística estabelecida tem como principiou o desenvolvimento dos instrumentos
de planejamento necessários ao seu desenvolvimento, tanto em relação aos Planos
Diretores Municipais e demais instrumentos legais necessários à adequada gestão, quanto à
elaboração de planos de Proteção de áreas frágeis e de Planos de Manejo para a Áreas de
Proteção Ambiental.
Para cada uma das áreas relacionadas foram estabelecidas metas e objetivos a serem
perseguidos.

Estratégia Turística
 acessibilidade rodoviária: criar condições para aumento do fluxo na SE 100 Sul,
através da: implantação de pequenos trechos de rodovias, interligando povoados e
sistema viário existente; implantação de ponte para eliminar a transposição de um
dos rios via ferry-boat; e implantação de circuito de navegação fluvial, com criação de
atracadouros e urbanização de áreas lindeiras.
 estruturação de atrativos turísticos do Litoral Sul: implantação do circuito de
navegação fluvial; aproveitamento das estruturas de engenhos desativados para
atividades turísticas, com ênfase para hospedagem e visitação, através de parcerias
com a iniciativa privada; implantação de sistemas de água e esgoto em povoados de
especial interesse turístico; e implantação de sinalização turística.
 fortalecimento de Aracaju como Centro Receptivo Principal: melhorar as
condições urbanas do Bairro de Atalaia; ampliar as condições de saneamento da
cidade; melhorar o atendimento aos turistas que chegam via aérea; estruturar
atrativos turísticos, por meio da recuperação de patrimônio histórico, projeto de
revitalização do Parque da Cidade implantação do Museu do Cangaço; e implantação
de sinalização turística.
 fortalecimento dos produtos histórico-culturais: por meio da recuperação de
edificações em Aracaju, São Cristóvão e Laranjeiras; e melhoria da qualidade de
cidades históricas, com implantação de sistemas de água, esgoto e drenagem em
São Cristóvão.
 preservação do meio ambiente: garantir tal preservação, por meio de elaboração de
Plano de Proteção e Recuperação de Lagoas, Dunas e Manguezais da área de
planejamento; elaboração do Plano de Manejo da APA do Morro do Urubu.

Estratégia Setor Produtivo


Composta por duas ações principais: a capacitação profissional para o turismo e o
fortalecimento do artesanato.
 capacitação profissional para o turismo: visando prover o mercado de trabalho de
profissionais capacitados para o exercício de diferentes ocupações gerenciais,
técnicas, operacionais e administrativas pertinentes ao setor de turismo no Estado de
Sergipe. As ações educacionais a serem implementadas no âmbito do sistema
abrangerão as diversas ocupações gerenciais, técnicas e operacionais de produção e
prestação de serviços de turismo.

24
 fortalecimento do artesanato de Sergipe: o artesanato local deve ser valorizado,
incentivado e organizado. Busca: a otimização da produção atual e transmissão
dessa manifestação para as futuras gerações; apoiar a comercialização nos principais
pontos turísticos e sua divulgação; e criar Programa de Desenvolvimento e
Capacitação do Artesão apoiado em ações de capacitação profissional, prevendo
cursos caracterizados pela continuidade, constância e flexibilidade em função de
demandas específica.

Estratégia Institucional
Eleger o setor de turismo como área prioritária de investimento e promoção e compreender
a sua importância como fator de desenvolvimento econômico e social.
 planejamento - incentivar e promover junto às administrações municipais a
elaboração e a implantação de Planos Estratégicos Municipais de Uso do Solo e de
Desenvolvimento.
 integração, interação e gestão participativa - Criar mecanismos e prática
continuada de trabalho conjunto e planejamento integrado, reunindo esforços de
diferentes órgãos e entidades da administração pública, setor privado e sociedade
civil.
 aumento da eficácia dos órgãos públicos promotores do turismo – implantar
processo de adequação das organizações públicas diretamente envolvidas com o
setor de turismo.
 recursos humanos para o setor de turismo - capacitar população para suprir a
carência de profissionais capacitados a atuar nos diversos segmentos que compõem
a cadeia do turismo.
 divulgação e marketing - elaborar, implementar e alimentar continuamente Plano de
Divulgação e Marketing, objetivando resultados efetivos, incluindo busca de recursos
alternativos para sua concretização.

Ações Propostas x Ações Executados

Para a implementação das ações necessárias foi previsto um valor de investimentos da


ordem de US$ 63 milhões. Entre as principais ações estavam a complementação do sistema
de acessibilidade, a estruturação de atrativos turísticos do Litoral Sul, o fortalecimento de
Aracaju como centro receptivo principal, o fortalecimento dos produtos histórico-culturais e a
implementação de ações para garantia de preservação do meio ambiente.
Como já exposto, o sub-empréstimo da segunda fase do Prodetur não foi assinado com o
estado de Sergipe. No entanto, foram alocados recursos provenientes de convênios
firmados com o Ministério do Turismo, sem envolver financiamento do BID. As ações se
restringiram à elaboração de Planos Diretores Municipais (4 municípios), elaboração de
bases cartográficas e atualização de Planos de Desenvolvimento Integrado do Turismo
Sustentável – PDITS, como é o caso do Polo Costa dos Coqueirais.

25
Tabela 5. Matriz de Projetos, Fontes e Prioridades de Investimentos - PDITS Polo dos Coqueirais Versão 2001/2003

Valor Previsto Realizado


Componentes Municípios Não Realizado
U$ Mil Prodetur Outras Fontes
1. ELABORAÇÃO DE PROJETOS 1.159,09
1.1.1 Elaboração do PDITS Municípios do Polo 68,18 X X
1.1.2 Elaboração Projetos, Estudos, Pesquisas Municípios do Polo 454,55 Parcial (1) Parcial
Todos, exceto Aracaju e São
1.1.3 Elaboração Plano Integrado Resíduos Sólidos 454,55 x
Cristóvão
1.1.4 Atualização Plano de Manejo Parque da Cidade Aracaju 90,91 x
1.1.5 Plano de Proteção/ Recuperação de Lagoas Estância, Santa Luzia e Indiaroba 90,91 x
2 DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL 2.909,09
2.1 MUNICÍPIIO 1.545,45
2.1.1 Diagnóstico Elaboração Plano Diretores e Fort Inst. Operacionais Todos, exceto Aracaju 1.545,45 Parcial (2) Parcial
2.2 FORTALECIMENTO ÓRGÃOS ESTADUAIS 1.363,63
2.2.1 Unidade Executora Estadual Todos do Polo 227,27 x
2.2.2 Adm./ Estado do Meio Ambiente - ADEMA Todos do Polo 909,09 x
2.2.3 Departamento de Estradas e Rodagens - DER Todos do Polo 227,27 x
3 MARKETING / PROMOÇÃO 2.727,27
3.1 Elaboração/ Implementação Plano Promoção/ Marketing 2.727,27 x
4 TRANSPORTES 37.181,82
4.1 RODOVIAS 30.590,91
4.1.1 Recuperação áreas degradadas Rodovias Prodetur I Estância Itaporanga 363,64 x
4.1.2 Ponte sobre o Rio Vaza-Barris Aracaju/ Itaporanga 15.909,09 x
4.1.3 Av. Margens rio Poxim (urbanização Coroa do Meio) Aracaju 2.272,73 x
4.1.4 SE 444 – trecho: Santa Luzia/ Crasto Santa Luzia do Itanhy 1.363,64 x
4.1.5 SE 100 – trecho: Convento / Pontal Indiaroba 1.363,64 x
4.1.6 Implantação de Sinalização Turística Todos do Polo 227,27 x
4.1.7 SE 100 – trecho: Pirambu / Foz do São Francisco* Pirambu, Pacatuba, Brejo Grande* 9.090,91 x
4.2 ATRACADOUROS E OBRAS COMPLEMENTARES 4.318,18
4.2.1 atracadouro / obras complementares circuito fluvial (Pontal e Terra
ta.
Caída, mun. Indiaroba; Crasto, Santa Luzia do Itanhy; Saco e Porto da Areia, Indiaroba, Estância e S Luzia 1.363,64 x
Estância)
4.2.2 Atracadouro / obras complementares (Atalaia Nova) Barra Coqueiros 454,55 x
4.2.3 Atracadouro / obras complementares (sede municipal) São Cristóvão 227,27 x
4.2.4 Atracadouro / obras complementares (Atalaia / Mosqueiros) Aracaju 909,09 x
4.2.5 Atracadouro / obras complementares (sede municipal) Brejo Grande 454,55 x
4.2.6 Atracadouro / obras complementares (sede municipal) Pirambu 909,09 x
4.3 AEROPORTO 2.272,73
4.3.1 Modernização do TPS e ampliação da pista Aracaju 2.272,73 Parcial Parcial
5 SANEAMENTO 5.136,36
5.1 ESGOTO 3.863,64
5.1.1 implantação Sist. Esgotos Sanitários Sede Mun. Barra dos Coqueiros 2.727,27 Parcial Parcial
5.1.2 Implantação Esgotamento Sanitário Orla Aruanã Aracaju 227,27 x
26
Valor Previsto Realizado
Componentes Municípios Não Realizado
U$ Mil Prodetur Outras Fontes
5.1.3 Ampliação Sistema esgotamento Sanitário - Atalaia Aracaju 909,09 x
5.2 ÁGUA 1.272,73
5.2.1 implantação Sist. Abastecimento de Água São Cristóvão 909,09 x
5.2.2 Implantação Sistema de Abastecimento d’água (Abais/Saco) Estância 363,64 x
6 RESÍDUOS SÓLIDOS 6.363,64
Aracaju, Nossa S. Socorro, São
6.1 Sist. Integr. Resíduos Sólidos – Região Metropolitana 2.272,73 x
Cristóvão
6.2 Sist. Integr. Resíduos Sólidos – Municípios do Polo Todos exceto item anterior 4.090,91 x
7 MEIO AMBIENTE 1.272,73
7.1 CONSERVAÇAO E RECUPERAÇÃO 1.272,73
7.1.1 Plano Prot./ recup. lagoas Dunas/ Manguezais Estância 363,64 x
7.1.2 Plano de manejo e recuperação do Parque da Cidade Aracaju 909,09 x
8 PATRIMÔNIO HISTÓRICO 3.636,36
8.1 Recuperação de Imóveis Históricos São Cristóvão 1.363,64 x
8.2 Restauração do Antigo Colégio N. S. de Lourdes Aracaju 909,09 x
8.3 Recuperação de Imóveis Históricos Laranjeiras 1.363,64 x
9 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 454,55
9.1 Diagnóstico/ Plano de Educação Ambiental Todos do Polo 454,55 x
10 FORTALECIMENTO SETOR PRODUTIVO 454,55
10.1 Capacitação do Recursos humanos para Turismo 454,55 Parcial
11 INFORMAÇÕES TURÍSTICAS 1.136,36
11.1 implantação sistema para a Gestão Turismo Todos do Polo 1.136,36 x
12 IMPLANTAÇAO DE MUSEU 681,82
121 implantação do Museu do Cangaço Aracaju 681,82 x
TOTAL 63.113,64

(1) elaboração da Base Cartográfica

(2) realização de Planos Diretores para 4 municípios

Fonte: Technum Consultoria, 2003.

27
2.3. Outros Investimentos na Área do Polo
Foram firmados pelo Estado de Sergipe com o Ministério do Turismo, no período de 2008 a
2010, dezesseis convênios. Estes convênios estão classificados em cinco componentes e
totalizam o montante de aproximadamente R$ 23,2 milhões, sendo que R$ 20,9 milhões são
oriundos do governo federal e R$2,32 milhões do governo do estado. A tabela a seguir
aponta os convênios firmados para o desenvolvimento do turismo.
Tabela 6. Convênios Assinados pelo Estado de Sergipe com MTur – 2008 a 2010

Objeto Valor (R$ 1,00)


Infraestrutura e Serviços Básicos
Implantação de Rodovia interligando Santa Luzia ao Povoado Crasto 4.420.366,17
Implantação de Rodovia interligando o Povoado Convento-Pontal a Indiaroba 5.278.160,00
Produto Turístico
Sinalização Indicativa e Turística dos Polos Costa dos Coqueirais e Velho Chico 2.740.000,00
Sinalização turística Polo Costa dos Coqueirais e da Orla de Atalaia 221.450,00
Reforma do Cacique Chá 400.000,00
Elaboração de Pesquisa Diagnóstica de Preparação para o Programa de Qualificação
294.756,00
Profissional
Comercialização
Elaboração e Execução do Plano de Marketing 5.909.060,00
Gestão Ambiental
Elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica dos Polos Turísticos 155.433,00
Fortalecimento Institucional
Elaboração do Projeto de Fortalecimento dos Gestores de Turismo 154.458,52
Fortalecimento Institucional da Emsetur 420.905,52
Fortalecimento Institucional da CPTur 109.711,70
Fortalecimento Institucional da UCP/SE 513.000,00
Revisão e Atualização do PDITS Polo Costa dos Coqueirais 204.886,00
Total 20.822.186,91
Fonte: Adaptado por Joab Almeida, 2012

Dentre os Convênios listados alguns não foram ainda executados e outros estão sendo
renegociados.
Considerando o total de investimentos destinado, direta ou indiretamente, para o
desenvolvimento do turismo no estado de Sergipe no período de 1995 a 2010, tem-se que
os recursos oriundos do Prodetur perfazem 25% dos investimentos totais. A tabela a seguir
demonstra que os outros 75% foram provenientes de outras fontes, dentre as quais o
orçamento do Estado, o BNB e a iniciativa privada.
Tabela 7. Fonte dos Recursos Financeiros destinados ao Desenvolvimento do Turismo Sergipano
- 1995 a 2010

1995 - 2000 2000 – 2010 U$ gerados para


Fonte cada dólar investido
Valor U$ Valor U$ no Prodetur
Prodetur 47.354.342,02 32.000.000,00 _
Outros investimentos do Estado* 52.734.116,44 158.192.090,00 2,65
Financiamentos BNB / FNE ** 6.540.976,93 52.315.037,21 0,74
Investimento em Unidades Hoteleiras *** 11.360.000,00 21.537.853,00 0,41
* Relacionado a área de planejamento com infraestrutura turística
** Valor informado pelo BNB
*** Valor estimado a partir do custo médio por unidade habitacional construída (U$ 25.000,00/UH)
Fonte: Adaptado por Joab Almeida, 2012

Dos investimentos realizados pelo poder público, a maior relevância recaiu sobre a
infraestrutura de acesso, como vias e pontes, enquanto o setor privado priorizou os meios
de hospedagem e os equipamentos de lazer, como bares e restaurantes.
Os investimentos públicos complementares aos do Prodetur para o Polo Costa dos
Coqueirais no período de 2008 a 2011 estão detalhados na Tabela a seguir.

28
Tabela 8. Investimentos públicos complementares ao Prodetur – Apoio aos Roteiros Turísticos -
Polo Costa dos Coqueirais - 2008 a 2012

Área
Roteiro Fonte de Valor R$
do Ação
turístico recurso mil
Polo
Roteiro
Emendas de
Litoral Foz do Implantação da estrada parque interligando aos
bancada 13.500,00
Norte Rio São municípios de Pirambu a Brejo Grande
OGU
Francisco
Reforma do Palácio Olímpio Campos para instalação OGU
12.000,00
de Museu Casa Civil.SE
Reforma de prédio histórico e construção do Museu da
BANESE 22.000,00
Gente Sergipana
Construção da Orla Atalaia Nova no município da Barra
OGU/MTur 4.611,00
dos Coqueiros
Reforma do Complexo Cultural Gonzagão no município Fundo Nacional
City Tour 405,36
de Aracaju da Cultura
Aracaju
OGU/Min.
Adequação e modernização do complexo do Batistão
Esporte 10.861,11
em Aracaju
SEINFRA.SE
Centro Revitalização do Parque Antônio Carlos Valadares OGU
7.500,00
(Parque dos Cajueiros)
Construção do novo centro de convenções de Sergipe Emendas OGU 13.500,00
Reforma do Cine Vitória no Centro Histórico de Aracaju OGU/Minc 272,57
Implantação do projeto de revitalização do conjunto
arquitetônico, urbanístico e paisagístico da cidade de OGU/Minc 6.911,00
Laranjeiras
Cidades Execução das obras e serviços previstos no Projeto de
Históricas Revitalização do Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e OGU/Minc 8.893,17
Paisagístico da Cidade de São Cristóvão/SE
Implantação de via estruturante que liga os municípios OGU/Min.
3.954,60
de Aracaju e São Cristóvão Cidades
Construção da ponte sobre o Rio Piauí ligando os
OGU/MTur
municípios de Estância (Porto Cavalo) e Indiaroba 115.000,00
SEINFRA.SE
Roteiro (Terra Caída)
Litoral
OGU/MTur
Litoral Sul e Construção da Ponte sobre o Rio Vaza Barris ligando
SEINFRA.SE 90.000,00
Sul Roteiro os municípios de Aracaju e Itaporanga D’Ajuda
Mangue
Seco Construção da ponte sobre o Rio Fundo no município
OGU/MTur
de Estância ligando a rodovia SE – 476 a Rodovia SE – 22.000,00
SEINFRA.SE
100.
Capacitação e certificação de profissionais,
Emendas OGU
Todos equipamentos, serviços e produtos para o 300,00
2012
desenvolvimento do turismo
Todas
Todos Promoção do turismo no mercado nacional Emendas OGU 700,00
Qualificação e certificação profissionais, equipamentos,
Todos Emendas OGU 200,00
serviços e produtos
TOTAL 332.908,81
Fonte: SEPLAG, elaborado por Joab Silva, 2012

Os trechos apresentam investimentos significativos para o uso do espaço turístico. Porém,


no Litoral Norte a influência do turismo não trouxe impactos significativos, ocasionando
baixa intervenção no espaço, tendo em vista a preservação da paisagem e da diversidade
ali existente.
No Litoral Sul a principais alterações referem-se à acessibilidade viária e à construção de
orlas e atracadouros. No entanto, observa-se a falta de manutenção destes equipamentos
para a prática do turismo, refletindo na necessidade de uma gestão continuada do turismo.
Nestes espaços a infraestrutura é precária, impossibilitando a permanência do turista na
região.

29
A Área Central foi a que mais recebeu investimentos, o que causou grandes transformações
em seu espaço, adequando-o ao uso turístico, tanto para o segmento cultural, quanto para o
segmento de negócios e eventos e de sol e praia.

3. OS OBJETIVOS DO PDITS
Objetivo Geral – PDITS Polo Costa dos Coqueirais

A revisão do PDITS Costa dos Coqueirais dá continuidade à estratégia estadual de


captação de recursos para suporte à promoção e o planejamento do turismo, representando
esforços de apoio ao desenvolvimento regional e integrado do turismo.
Coadunado com as políticas federais e estaduais, registradas no item 3.1 e 3.2 deste
documento, o objetivo geral e os objetivos específicos do PDITS Polo dos Coqueirais estão
a seguir definidos.

3.1. Objetivo Geral


O PDITS Costa dos Coqueirais, na revisão hora efetuada, tem como objetivo geral:

Objetivo Geral

Promover a estruturação e o planejamento turístico integrado do Polo, mantendo as


características e vocações turísticas de cada um dos trechos que o compõem, com base
no desenvolvimento sustentável da atividade turística e na manutenção da qualidade dos
recursos naturais, de forma a destacar e integrar os segmentos turísticos de negócios e
eventos, de sol e praia e histórico-cultural, tendo como prioridade a melhoria da qualidade
de vida da população local.

Para análise e planejamento do Polo são considerados, nesta revisão, a divisão nos trechos
já indicados no PDITS 2001/2003, quais sejam:
 Trecho 1 – Área Central: municípios de Barra dos Coqueiros, São Cristóvão,
Laranjeiras, Santo Amaro das Brotas, Aracaju e Nossa Senhora do Socorro;
 Trecho 2 - Litoral Sul: municípios de Itaporanga d’Ajuda, Estância, Santa Luzia do
Itanhy e Indiaroba; e
 Trecho 3 - Litoral Norte: municípios de Pirambu, Pacatuba e Brejo Grande.
A revisão do PDITS tem como foco os produtos principais já comercializados em cada
trecho buscando sua estruturação e o aumento do tempo de permanência dos turistas no
Polo.
Esta revisão do PDITS tem como meta aumento da atração de turistas em busca dos
produtos comercializados no Polo, hoje concentrados em maior número em Aracaju.
Além do aumento do número de turistas, tem-se como propósito o aumento do número de
pernoites fora de Aracaju.
O alcance do objetivo do PDITS pressupõe o desenvolvimento e a desconcentração da
atividades turística, apoiada na oferta de roteiros integrados, com atrativos estruturados,
tomando como indutores do desenvolvimento turístico os municípios que se destacam por
suas condições estratégicas quanto à localização, à economia, à oferta de serviços básicos
e ao grau de consolidação da atividade turística.

30
A expectativa é que o turismo desenvolvido de forma integrada por todo o Polo transforme-
se em fonte de novos empregos e ocupações, proporcionando uma melhor distribuição de
renda e melhorando a qualidade de vida das comunidades locais.

3.2. Objetivos Específicos


Para o alcance do objetivo geral e dos objetivos específicos do Plano são destaques em
cada trecho:
 Trecho1 – Área Central: a condição de Aracaju como portão de entrada do Polo e o
roteiro das cidades históricas.
 Trecho2 - Litoral Sul: o roteiro litoral sul, baseado no segmento de sol e praia, e a
estruturação de atrativos complementares, oferecendo alternativas de serviços e
equipamentos turísticos aos visitantes.
 Trecho 3 - Litoral Norte: o roteiro litoral norte, com aumento da acessibilidade e
possibilidade de incremento na oferta de serviços e de equipamentos turísticos,
registrando-se a necessidade de definição do modelo de desenvolvimento turístico
desejado.
Em todos os trechos a revisão do PDITS busca identificar as necessidades e a estruturação
de atrativos, equipamentos e serviços turísticos, visando o suporte e a complementação
necessária para a formação dos núcleos de turismo propostos no PDITS 2001-2003 ou
composição de novos roteiros turísticos.
Em síntese, os objetivos específicos são:
 incrementar a atratividade turística e a competitividade de Aracaju no segmento de
Negócios e Eventos;
 promover a integração e o alinhamento dos roteiros turísticos existentes priorizando
o segmento de sol e praia;
 diversificar as atividades complementares, notadamente as de caráter histórico-
cultural e de ecoturismo, ampliando a oferta turística e o público-alvo;
 promover investimentos articulados e convergentes para o desenvolvimento turístico
do Polo;
 incentivar aportes, tanto do setor público como do setor privado, para alterar a
condição atual dominante no Polo, de área de visitação turística, para a condição de
pleno desenvolvimento do turismo sustentável, integrado em todo o seu território;
 promover o desenvolvimento sustentável pela preservação do patrimônio natural e
cultural do Polo;
 buscar a sustentabilidade econômica visando à melhoria da qualidade de vida da
população local;
 inserir a população local no ciclo econômico do turismo;
 aumentar o fluxo de turistas e o tempo de permanência média do turista no Polo.

31
32
2A PARTE: DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DA ÁREA E DAS
ATIVIDADES TURÍSTICAS

33
34
4. MERCADO TURÍSTICO – DEMANDA E OFERTA
4.1. Demanda Turística Atual
A análise da demanda turística atual para o Polo Costa dos Coqueirais baseou-se em
pesquisas de dados secundários realizadas pela Emsetur, órgão oficial de turismo do
Estado, e pelo MTur e em pesquisas primárias, de natureza quantitativa, realizadas nos
municípios do Polo, abrangendo, em seu conjunto, o período de 2007 a 2011. Em geral, tais
pesquisas possibilitaram a caracterização de tendências, uma vez que são recentes e
abrangem, pelo menos, um espaço temporal de três anos subsequentes.
Parte significativa das informações disponíveis refere-se ao fluxo turístico de hotelaria, e
foram coletadas pela Emsetur, por meio do Subsistema de Informações Hoteleiras de
Sergipe - SIH/SE.
Tais informações são amostrais e decorrem da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes –
FNRH e no Boletim de Ocupação Hoteleira – B.O.H. – preenchidas por unidades hoteleiras
no que diz respeito à taxa de ocupação, permanência média, fluxo turístico e pernoites
gerados. Tais amostras não caracterizam o universo de equipamentos hoteleiros no
município de Aracaju, tampouco das unidades cadastradas, e referem-se aos anos 2008,
2009 e 2010, conforme explicitado a seguir:
 2008 – amostra realizada em 26 estabelecimentos hoteleiros, representando 16,56%
do universo pesquisado (157 unidades cadastradas no Estado), equivalente a
36,59% da capacidade total instalada em termos de Unidades Habitacionais – UH;
 2009 – amostra realizada em 29 estabelecimentos hoteleiros, representando 16,67%
do universo pesquisado (174 unidades cadastradas no Estado), equivalente a
34,89% da capacidade total instalada em termos de Unidades Habitacionais – UH;
 2010 – amostra realizada em 30 estabelecimentos hoteleiros, representando 16,85%
do universo pesquisado (178 unidades cadastradas no Estado) equivalente a 35,98%
da capacidade total instalada em termos de Unidades Habitacionais – UH;
O conjunto de dados e informações assim reunidos, resultantes de pesquisas em fontes
primárias e secundárias, foi significativo e suficiente para a realização do diagnóstico da
área turística em estudo; entretanto, uma parte das informações disponíveis são relativas ao
turismo em Aracaju, município componente da porção central do Polo Costa dos Coqueirais
e não ao Polo como um todo, que abrange mais 12 municípios.
Além desse fato, registra-se que a atual metodologia de coleta de dados dificulta a
interpretação dos mesmos. A pesquisa feita pela Emsetur baseada nas fichas de registros
de hóspedes fornecem informações sobre o responsável por seu preenchimento, muitas
vezes restritas ao chefe da família.
Entende-se que a restrição imposta pela inexistência, em alguns quesitos, de séries
históricas que abranjam o conjunto dos treze municípios que formam a área de estudo,
possa ser superada, dado o cenário local, que tem na capital do Estado a porta de entrada
para o turismo no Polo. Na realidade atual, nota-se que Aracaju concentra a quase
totalidade dos estabelecimentos hoteleiros e dos serviços turísticos ofertados, ainda que os
atrativos turísticos já consolidados ou potenciais se distribuam também pelos outros doze
municípios integrantes do Polo.
Os turistas que acorrem a Sergipe têm em Aracaju a base de sua programação e adquirem
ali pacotes turísticos de um dia ou menos, com destino, por exemplo, ao Delta do São
Francisco, a Mangue Seco (BA), a São Cristóvão e Laranjeiras, dentre outros, fazendo com
que sejam mínimos os pernoites fora da Capital. A carência de infraestrutura relativa ao
saneamento básico, às vias de acesso, ao transporte, bem como a incipiente quantidade e
qualidade dos equipamentos turísticos e dos serviços e prestados nos demais municípios
fazem com que o turista que acessa os atrativos do Polo seja o mesmo que ocupa a rede

35
hoteleira de Aracaju, fornecendo ali os dados que irão caracterizar o seu perfil, as suas
expectativas e o seu grau de satisfação, alimentando as pesquisas realizadas na área do
Polo.
Um banco de dados específicos, confiáveis e constantemente atualizados para o
planejamento do turismo no Costa dos Coqueirais constitui necessidade premente, mas a
validade das informações existentes na atualidade se impõe para a elaboração deste Plano
de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável.

4.1.1. Perfil Quantitativo dos Visitantes Atuais

De onde vêm os turistas

Na composição do fluxo de hóspedes em Aracaju destacam-se no mercado interno como


principais emissores os estados da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, o próprio estado de
Sergipe e o estado de Pernambuco. O destaque fica para o estado da Bahia, o maior
emissor, com 29,54% em 2008, 35,10% em 2009 e 29,59 % em 2010, vindo em segundo
lugar o estado de São Paulo com 15,29% em 2008, 13,46% em 2009 e 14,37% em 2010.
O número de hóspedes provenientes desses dois estados que acorreu a Aracaju apresentou
aumento no comparativo entre 2008, 2009 e 2010, respectivamente: do mercado emissor da
Bahia, 49.645, 62.563, embora tenha ocorrido em 2010 a diminuição para 60.927 hóspedes;
do mercado emissor de São Paulo, 25.696, 23.993 e 29.581.
Do mercado emissor externo merecem destaque os seguintes países: Estados Unidos,
Itália, Espanha, Alemanha, e Argentina em 2008. Em 2009 destacaram-se também a
França, a Holanda e Portugal e em 2010 os cinco primeiros países emissores
permaneceram Estados Unidos, Itália, Alemanha, França e Argentina.
Nos três anos consecutivos, os Estados Unidos ocuparam o primeiro lugar como mercado
emissor, sendo: 2008 - 627 turistas e 17,00% sobre o total de hóspedes estrangeiros; 2009
- 564 turistas e 25,58% e 2010 – 591 turistas e 23,00%.
Tabela 9. Fluxo de Hóspedes em Aracaju segundo os Principais Mercados Emissores –
2008/2009/2010

2008
Mercado Emissor Mercado Emissor
% %
Interno - Jan A Dez /08 Externo - Jan A Dez /08
Bahia 49.645 29,54 EUA 672 17,00
São Paulo 25.696 15,29 Itália 402 10,17
Rio de Janeiro 16.433 9,78 Espanha 331 8,38
Sergipe 14.435 8,59 Alemanha 286 7,24
Pernambuco 14.269 8,49 Argentina 230 5,82
Alagoas 11.623 6,92 França 176 4,45
Minas Gerais 7.319 4,35 Portugal 162 4,10
Distrito Federal 6.709 3,99 Canadá 153 3,87
Rio Grande. do Norte 3.454 2,06 Holanda 131 3,31
Paraná 2.736 1,63 Noruega 80 2,02
Paraíba 2.495 1,48 Inglaterra 73 1,85
Ceará 2.491 1,48 Bélgica 71 1,80
Rio Grande do Sul 1.866 1,11 Peru 62 1,57
Goiás 1.022 0,61 Chile 55 1,39
Demais estados 7.878 4,69 Demais países 1.068 27,02
TOTAL 168.071 100,00 TOTAL 3.952 100,00

36
2009
Mercado Emissor % sobre Mercado Emissor % sobre
Interno - Jan A Dez /09 o Total Externo - Jan A Dez /09 o Total
Bahia 62.563 35,10 EUA 564 25,58
São Paulo 23.993 13,46 Holanda 224 10,16
Pernambuco 15.685 8,80 França 199 9,02
Rio de Janeiro 13.898 7,80 Itália 195 8,84
Alagoas 13.056 7,32 Portugal 165 7,48
Sergipe 11.881 6,67 Argentina 156 7,07
Distrito Federal 8.326 4,67 Alemanha 137 6,21
Minas Gerais 7.171 4,02 Suécia 63 2,86
Paraná 2.531 1,42 Suíça 42 1,90
Rio Grde. do Norte 2.459 1,38 Bélgica 42 1,90
Paraíba 2.366 1,33 Canadá 41 1,86
Goiás 1.922 1,08 Espanha 31 1,41
Rio Grande do Sul 1.870 1,05 China 31 1,41
Ceará 1.340 0,75 Japão 25 1,13
Demais estados 9.184 5,15 Demais países 290 13,15
TOTAL 178.245 100,00 TOTAL 2.205 100,00

2010
Mercado Emissor Mercado Emissor
% %
Interno - Jan A Dez /10 Externo - Jan A Dez /10
Bahia 60.927 29,59 EUA 591 23,00
São Paulo 29.581 14,37 Itália 310 12,06
Pernambuco 17.954 8,72 Alemanha 296 11,52
Rio de Janeiro 15.544 7,55 França 204 7,94
Alagoas 15.452 7,51 Argentina 199 7,74
Sergipe 14.650 7,11 Holanda 153 5,95
Distrito Federal 10.769 5,23 Portugal 115 4,48
Minas Gerais 8.029 3,90 Bélgica 109 4,24
Paraíba 3.826 1,86 Canadá 64 2,49
Paraná 3.275 1,59 Suíça 63 2,45
Rio Gde.do Norte 3.267 1,58 Espanha 61 2,37
Rio Grande do Sul 3.073 1,49 Inglaterra 54 2,10
Goiás 2.914 1,42 Chile 43 1,67
Ceará 2.899 1,41 Noruega 40 1,56
Demais estados 13.741 6,67 Demais países 268 10,43
TOTAL 205.901 100,00 TOTAL 2.570 100,00
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H

37
Gráfico 3. Proveniência dos Hóspedes do Mercado Emissor Interno - Aracaju - 2010

SE DF
7% 5% MG
AL PB PR
RJ 4%
7% 2% 2%
7% RN
2%
PE
9% RS
2%
GO
1%
CE
SP 1%
14% Demais Estados
8%
BA
29%

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H

Pela Tabela 10, a seguir, observa-se que o número de hóspedes provenientes do mercado
interno aumentou cerca de 18% entre 2008 e 2010; já o numero de hóspedes vindos de
outros países decresceu em 35% de 2008 para 2010. Ainda assim, o número total de
hóspedes aumentou, no mesmo período, de 172.000 para 208.000 aproximadamente.
Tabela 10. Fluxo de Total de Hóspedes em Aracaju – Mercados Emissores Interno e Externo –
2008/2009/2010

Número de Hóspedes
Mercado Interno Mercado Externo Total
2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010
168.071 178.245 205.901 3.952 2.205 2.570 172.023 180.450 208.471
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira - B.O.H.

O fluxo de hóspedes em Aracaju, considerado o seu local de residência, é majoritariamente


intra-regional (Região Nordeste), com 57,21% sobre o total em 2008, 59,98% em 2009 e
56,00% em 2010, onde o estado da Bahia permanece em primeiro lugar nos três anos
considerados e 29,23% sobre o total dos estados emissores. São Paulo, Rio de Janeiro e
Minas Gerais (Região Sudeste) aparecem em segundo lugar, com 28% em 2010, conforme
Tabela 11 a seguir.
Tabela 11. Fluxo de Hóspedes segundo Local de Residência Permanente- Aracaju - 2008 a 2010

2008 2009 2010


Residência Permanente o o o
N . % N . % N . %
Bahia 49.645 28,86 62.563 34,67 60.927 29,23
São Paulo 25.696 14,94 23.993 13,30 29.581 14,19
Rio de Janeiro 16.433 9,55 15.685 8,69 17.954 8,61
Sergipe 14.435 8,39 13.898 7,70 15.544 7,46
Pernambuco 14.269 8,29 13.056 7,24 15.452 7,41
Alagoas 11.623 6,76 11.881 6,59 14.650 7,03
Minas Gerais 7.319 4,25 8.326 4,61 10.769 5,17
Distrito Federal 6.709 3,90 7.171 3,97 8.029 3,85
Rio Grande do Norte 3.454 2,01 2.530 1,40 3.826 1,83

38
2008 2009 2010
Residência Permanente o o o
N . % N . % N . %
Paraná 2.736 1,59 2.459 1,36 3.275 1,57
Paraíba 2.495 1,45 2.366 1,31 3.267 1,56
Ceará 2.491 1,45 1.922 1,07 3.073 1,48
Rio Grande do Sul 1.866 1,08 1.870 1,04 2.914 1,40
Goiás 1.022 0,59 1.340 0,74 2.899 1,39
Demais Estados 11.830 16,43 11.389 6,31 16.311 7,82
Total 172.023 100,00 180.450 100,00 208.471 100,00
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira - B.O.H.

Tabela 12. Fluxo de Hóspedes segundo Local de Residência Permanente- Aracaju - 2008 a 2010
Fluxo Turístico
Ano Fluxo Turístico Nacional Fluxo Turístico Total
Internacional
2003 134.982 4.532 139.514
2004 147.656 4.315 151.971
2005 164.744 4.471 169.215
2006 152.014 6.093 158.107
2007 159.628 3.798 163.426
2008 168.071 3.952 172.023
2009 178.245 2.205 180.450
2010 205.901 2.570 208.471
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira - B.O.H., 2011.

Como os turistas chegam a Sergipe

O Aeroporto Santa Maria em Aracaju/SE está localizado na zona sul da capital sergipana
distante 12 km do centro da cidade e é o único aeródromo público que recebe voos
regulares no estado. Diariamente, cerca de 6 mil pessoas circulam pelo terminal e mais de
900 profissionais trabalham no complexo aeroportuário para atender uma média mensal de
60 mil passageiros e 14 voos diários .

Sua vocação principal está voltada para o atendimento aos executivos e turistas que
buscam o Estado de Sergipe para negócios e lazer, complementada pelas operações diárias
de helicópteros, transportando funcionários para as plataformas de petróleo, localizadas no
litoral de Sergipe e Alagoas.
Segundo o Anuário Estatístico da Infraero, elaborado em 2012, o movimento de passageiros
embarcados e desembarcados no Aeroporto Santa Maria – Aracaju, apresentou um
crescimento acumulado, de 2008 a 2011, acima de 40%, como demonstra a Tabela 13 a
seguir.
Tabela 13. Movimento Anual de Passageiros Embarcados e Desembarcados no Aeroporto de
Aracaju – Voos Regulares – 2008-2011.

Número de Passageiros Embarcados e Variação %


Ano
Desembarcados
2008 622.494 -
2009 697.174 10,72
2010 912.420 23,60
2011 1.071.702 14,87
Fonte: Anuário Estatístico da Infraero – 2012

O número de passageiros desembarcados no mesmo Aeroporto em 2008, Tabela 14, foi de


334.697. A sua distribuição pelos meses de Janeiro a Dezembro demonstrou maior

39
movimento no mês de janeiro e no mês de maio. Os outros meses da temporada de verão
também tem expressividade. No mês de junho o número de passageiros desembarcados
também é significativo, talvez em função das festas juninas, e nos demais meses a
distribuição do movimento é menor.
Tabela 14. Passageiros Desembarcados no Aeroporto de Aracaju – Por Mês - Voos Regulares
Domésticos 2008 a 2011

Meses Número de Passageiros Desembarcados

Janeiro 35.350
Fevereiro 25.152
Março 28.505
Abril 30.015
Maio 31.402
Junho 29.306
Julho 26.770
Agosto 22.792
Setembro 22.997
Outubro 26.263
Novembro 26.070
Dezembro 30.045
TOTAL 334.667
Fonte: Anuário Estatístico da Infraero - 2009

Os dados apresentados na Tabela 15 e no Gráfico 4 a seguir corroboram a supremacia do


transporte aéreo perante os demais modos de transporte para acesso a Aracaju. Os
percentuais de utilização do avião pelos hóspedes da rede hoteleira da capital do estado
alcançaram 27,50% em 2008, 21,79% em 2009 e 24,33% em 2010, enquanto o automóvel,
ocupando o segundo lugar, representou 24,74% em 2008, baixando para 13,94% em 2009 e
retornando para 21,91% em 2010. O transporte por ônibus foi o penúltimo menos utilizado,
dadas as distâncias a percorrer da cidade de origem até Aracaju, mesmo para aqueles que
vêm das outras capitais da região nordeste. Quanto ao ínfimo percentual daqueles que
utilizam o transporte hidroviário (fluvial) tal fato se justifica na medida em que o estado de
Sergipe não possui portos fluviais ou marítimos de passageiros de maior porte, sendo este
transporte por barco próprio para cidadãos sergipanos que residem próximo à capital.
Na Tabela 15 e Gráfico 4 nota-se que é grande o percentual de hóspedes que, ao preencher
a FNRH, deixaram de responder sobre o meio de transporte utilizado, prejudicando os
resultados da pesquisa; mesmo assim, a interpretação dos demais dados continuou
possível.
Tabela 15. Fluxo de Hóspedes segundo o Meio de Transporte Utilizado para Acesso a Aracaju –
2008 a 2010

2008 2009 2010


Meio De Transporte
No. % No. % No. %
Avião 47.308 27,50 39.325 21,79 50.741 24,33
Automóvel 42.550 24,74 25.150 13,94 45.668 21,91
Ônibus/Trem 9.308 5,41 6.015 3,33 8.976 4,31
Navio/Barco 393 0,23 361 0,20 596 0,29
Não informou 72.464 42,12 109.599 60,74 102.490 49,16
TOTAL 172.023 100,00 180.450 100,00 208.471 100,00
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira-B.O.H.-2010

40
Gráfico 4. Fluxo de Hóspedes segundo o Meio de Transporte Utilizado para Acesso a Aracaju - 2010

Automóvel
24,34%

Não informou
49,16%

Avião
21,91%

Navio/barco Onibus/Trem
0,29% 4,31%

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira-B.O.H.-2010

Quantos são, quando vêm e por quanto tempo permanecem os turistas

O fluxo turístico nacional para Aracaju apresentou variações anuais pequenas entre 2005
e 2009. Entre 2009 e 2010 apresentou crescimento de 15,5%. Entre julho de 2010 e julho de
2011 o crescimento foi da ordem de 20,77%. O índice de crescimento do fluxo turístico mais
significativo entre 2010 e 2011 foi nos meses de junho (13,79%) e de julho (20,77%), mês
de festas juninas e outras manifestações folclóricas da região e mês de férias, conforme
demonstram a Tabela 16 e o Gráfico 5, a seguir.
Tabela 16. Fluxo Turístico Nacional - Aracaju - Janeiro a Dezembro - 2005 a 2011

Fluxo Turístico Nacional Variação


Mês
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2010/2011
Janeiro 20.722 17.738 17.781 18.683 19.352 24.552 25.462 3,71
Fevereiro 11.601 12.030 11.111 13.035 11.544 14.582 15.224 4,40
Março 13.260 12.529 11.954 13.248 12.889 16.713 16.053 -3,95
Abril 12.532 12.171 12.079 12.460 10.873 16.444 17.253 4,91
Maio 12.697 12.539 11.778 11.770 13.162 15.348 15.493 0,94
Junho 13.551 12.667 14.210 15.540 14.469 17.300 19.686 13,79
1º Sem. 84.363 79.674 78.913 84.736 82.289 104.939 109.171 4,03
Julho 15.695 12.481 13.747 13.716 16.627 15.919 19.226 20,77
Agosto 11.652 10.622 12.152 12.405 13.084 14.614 - -
Setembro 12.415 11.598 12.917 13.331 14.734 16.279 - -
Outubro 14.020 12.016 14.436 13.797 17.673 17.738 - -
Novembro 13.451 11.671 13.697 14.540 16.415 18.214 - -
Dezembro 13.148 13.952 13.766 15.546 17.423 18.198 - -
2º Sem. 80.381 72.340 80.715 83.335 95.956 100.962 - -
TOTAL 152.01
164.744 159.628 168.071 178.245 205.901 - -
ANUAL 4
Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis
* Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.

41
Gráfico 5. Fluxo Turístico Nacional - Aracaju- 2005 a 2011

250.000
205.901
200.000 178.245
164.744 152.014 168.071
159.628
150.000 128.397*

100.000

50.000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011


Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis
* Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.

O fluxo turístico de estrangeiros, em seu total, apresentou-se irregular entre 2005 e 2011,
com um total de 4.741 turistas em 2005, crescendo cerca de 28% em 2006 e decrescendo
em 37% de 2006 para 2007. O decréscimo foi maior em 2009, para chegar em 2010 com
cerca de 46% a menos no quantitativo de turistas estrangeiros com relação ao ano de 2005.
Fatores a serem investigados com precisão fizeram o quantitativo de estrangeiros reduzir
em 60,16% no mês de janeiro de 2010 comparado com janeiro de 2011. No entanto, nos
demais meses do ano, o fluxo de turistas estrangeiros cresceu enormemente, chegando a
índices positivos de 183%, comparando o mês de abril de 2010 com o mesmo mês em 2011
e, da mesma forma, os meses de maio (crescimento de 176%), junho (crescimento de
256%) e julho, com 215% a maior, comparados os meses de julho de 2010 e julho de 2011.
Tabela 17 e Gráfico 6, a seguir.
Tabela 17. Fluxo Turístico Estrangeiros – Aracaju - Janeiro a Dezembro - 2005 a 2011

Fluxo Turístico De Estrangeiros Variação


Mês
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2010/2011
Janeiro 772 787 400 416 421 527 210 -60,16
Fevereiro 364 343 361 296 261 255 373 46,27
Março 527 453 318 377 218 174 233 33,91
Abril 246 590 384 240 166 109 309 183,49
Maio 251 360 216 181 157 122 337 176,23
Junho 359 435 179 290 164 152 542 256,58
1º Semestre 2.519 2.968 1.858 1.800 1.387 1.339 2.004 49,66
Julho 319 333 166 436 320 146 461 215,75
Agosto 472 325 204 339 193 329 - -
Setembro 235 238 230 515 19 116 - -
Outubro 354 472 337 257 0 126 - -
Novembro 409 729 437 307 92 160 - -
Dezembro 433 1.028 566 298 194 354 - -
2º Semestre 2.222 3.125 1.940 2.152 818 1.231 - -
TOTAL ANUAL 4.741 6.093 3.798 3.952 2.205 2.570 - -
Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis
* Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.

42
Gráfico 6. Fluxo Turístico Estrangeiros - Aracaju - 2005 a 2011

8.000
6.093
6.000 4.741
3.798 3.952
4.000
2.570 2.465*
2.205
2.000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011


* Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.
Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis

A taxa de ocupação hoteleira constitui outro meio para a verificação do fluxo de turistas na
área de estudo, ainda que não seja nela abrangido o total de turistas, dado que parte deles
busca alojar-se em casas de parentes e amigos e outros não pernoitem nos municípios
visitados, seguindo viagem no mesmo dia.
A rede hoteleira do Polo Costa dos Coqueirais concentra-se em Aracaju. Enquanto Aracaju
possui instalados 43 hotéis, 88 pousadas e um camping, totalizando 132 estabelecimentos,
nos outros municípios do Polo existem 6 hotéis e 26 pousadas, sobre as quais inexistem
dados para cálculo da taxa de ocupação pois, via de regra, não é exigido dos hóspedes o
preenchimento da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes.
Por sua vez, a taxa de ocupação hoteleira no município de Aracaju, de 2005 a 2011
demonstrou oscilação pouco significativa ao longo desses anos, raramente ficando abaixo
de 50%. A maior taxa é observada no mês de janeiro, quando vem se mantendo entre 75 e
80%. Nos demais meses esta taxa reduz-se para índices de aproximadamente 50 a 60%. A
taxa de ocupação do mês de janeiro manteve-se estável, com 77%, nos meses de janeiro
de 2010 e 2011. Comparando os dados de julho de 2010 e julho de 2011 tem-se a maior
variação observada, qual seja, de 13,72%.
Tabela 18. Taxa de Ocupação Hoteleira – Aracaju - Janeiro a Dezembro - 2005 a 2011

% de Ocupação Hoteleira Variação


Mês
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2010/2011
Janeiro 77,7 81,9 72,6 74,1 78,5 77,0 77,0 0,00
Fevereiro 56,9 63,8 56,1 59,9 59,9 50,8 53,3 4,92
Março 55,8 62,5 54,7 58,6 50,8 49,7 48,5 -2,42
Abril 54,4 62,0 56,1 59,4 47,3 53,9 50,1 -7,06
Maio 50,5 62,5 62,4 49,9 42,9 44,3 44,1 -0,46
Junho 54,1 57,6 61,9 63,8 52,1 53,1 53,8 1,32
1º Semestre 58,2 65,1 60,6 61,0 55,3 54,8 54,5 -0,61
Julho 61,4 62,5 59,4 60,2 53,1 50,3 57,2 13,72
Agosto 50,0 55,2 50,6 53,2 43,8 47,2 - -
Setembro 53,6 63,9 54,9 59,6 49,2 58,2 - -
Outubro 60,5 57,7 57,5 57,4 56,3 57,0 - -
Novembro 61,1 57,4 62,4 62,4 56,2 60,5 - -
Dezembro 62,6 57,2 55,9 56,4 52,7 56,7 - -
2º Semestre 58,2 59,0 56,8 58,2 51,9 55,0 56,0 -
Total Anual 58,2 62,0 58,7 59,6 53,6 54,9 55,2 -
* Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.
Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis

43
Gráfico 7. Taxa de Ocupação Hoteleira em Aracaju - 2005 a 2011

64,0
62,0
62,0
58,7 59,6
60,0
58,2
58,0
56,0 54,9 55,2*
53,6
54,0
52,0
50,0
48,0

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011


* Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.
Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis

A permanência média do turista nos meios de hospedagem de Aracaju no período de 2007


a 2010 é tratada na Tabela 19, a seguir. Durante este período, a menor taxa de
permanência média foi verificada em agosto de 2007 (2,36 dias) e a maior em fevereiro de
2009 (3,35 dias). Ainda que se possa observar certa variação da permanência média nos
anos e meses considerados, tal variação não parece significativa, com exceção dos meses
de janeiro e fevereiro dos anos de 2009 e 2010, época de férias de verão, quando a
permanência média ultrapassa os três dias. Tal tendência de crescimento não impactou,
entretanto, os outros meses e anos.
Note-se que a tendência de crescimento do fluxo de turistas e da taxa de ocupação hoteleira
não tem correspondido ao aumento do tempo de permanência do turista na cidade. O
número de turistas vem crescendo ao longo dos anos, embora o tempo de permanência se
mantenha, com exceção do incremento verificado em janeiro de 2009 e 2010.
Tabela 19. Permanência Média nos Meios de Hospedagem – Aracaju – 2007 a 2010

Permanência Média (dias) – 2007-2008


Variação Variação Variação
Mês 2007 2008 2009 2010
2007/2008 2008/2009 2009/2010
Janeiro 2,80 2,76 3,21 3,18 -1,43 16,30 -0,31
Fevereiro 2,89 2,76 3,35 2,90 -4,50 21,38 -13,43
Março 2,67 2,55 2,78 2,68 -4,49 9,02 -3,60
Abril 2,71 2,67 2,81 2,88 -1,47 5,24 2,49
Maio 2,93 2,77 2,64 2,41 -5,46 (4,69) -8,71
Junho 2,74 2,58 2,88 2,71 -5,84 11,63 -5,90
Julho 2,77 2,82 2,74 2,78 1,81 (2,84) 1,46
Agosto 2,36 2,56 2,87 2,45 8,47 12,11 -14,63
Setembro 2,52 2,57 2,76 2,79 1,98 7,39 1,09
Outubro 2,41 2,42 2,74 2,66 0,41 13,22 -2,92
Novembro 2,54 2,80 2,90 2,61 10,24 3,57 -10,00
Dezembro 2,43 2,66 2,84 2,75 9,47 6,77 -3,17
Média 2,65 2,66 2,88 2,76 0,38 8,27 -4,06
Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira-B.O.H.-2010

44
A permanência média é medida a partir de Aracaju, onde o turista se hospeda e pernoita
para visitar a Capital e acessar os atrativos turísticos do Polo Costa dos Coqueirais, ou
mesmo do Polo Velho Chico. Neste caso, inexistem dados atualizados que permitam
precisar o tempo de permanência média na Capital e nos demais doze municípios do Polo,
ainda que todos façam parte da mesma área turística.
A variação da taxa de permanência se deve à soma de alguns fatores reconhecidos como
de influência direta sobre o movimento turístico, sendo eles: o grau de atratividade dos
produtos do Estado e também o grau de interesse do mercado nesses produtos, baseados
principalmente na relação entre custo e benefício quando da escolha do destino - Aracaju e,
a partir daí, produtos do Estado, que concorre com diversos outros destinos consolidados do
Nordeste do Brasil, como Salvador, Maceió, Recife e João Pessoa. O outro fator
preponderante é o crescimento econômico ou a estagnação econômica internacional,
nacional ou no próprio Estado, que afeta relações de turismo de negócios, investimentos em
turismo para o crescimento da oferta, dentre outras melhorias estruturantes.
Observa-se que, no caso de Sergipe, a competitividade com outros destinos próximos
sempre foi um importante gargalo para o desenvolvimento turístico, acompanhado do
incipiente investimento em infraestrutura de apoio e turística – hoteleira, restaurantes e
atrativos, eventos, sinalização turística, e também à falta de profissionais qualificados para o
mercado local, principalmente nos demais municípios além de Aracaju, aliada a certa
estagnação econômica ocorrida entre os anos de 2007 e 2008. A partir de então, o
crescimento observado da permanência média pode ser atribuído, dentre outros fatores, aos
investimentos realizados para a melhoria da infraestrutura turística em Aracaju, à ativação
crescente do turismo de negócios e eventos, inclusive em consequência do incremento
significativo da produção minero-química, uma das mais importantes fontes de recursos do
Estado.
O número de pernoites gerados nas unidades hoteleiras de Aracaju é outra informação
que se correlaciona ao fluxo de turistas e ao tempo de sua permanência na cidade e no Polo
Costa dos Coqueirais. Conforme se verifica na Tabela 20 e no Gráfico 8, a seguir, o número
de pernoites gerados nos meses de fevereiro a dezembro de 2005 a 2009 oscilou entre os
meses e anos, sem, entretanto, apresentar grande disparidade, digna de destaque. Nos
anos de 2011 e 2012 é que as variações se impõem com mais força, com maior destaque,
mais uma vez, para o mês de janeiro, quando, de 2009 para 2011 houve um crescimento de
22,69% no número de pernoites. Novamente se destaca o mês de junho, com aumento de
14,67% de 2009 para 2011, e também o mês de julho, com variação de 19,78% no mesmo
período.
Considerando o total de pernoites no primeiro semestre dos anos 2005 a 2011, tem-se um
aumento de 31,53%. Ao final do ano, no período de 2005 a 2010, esse crescimento é
reduzido para 27,82%, continuando ainda significativo.
Tabela 20. Pernoites Gerados em Aracaju - Janeiro a Dezembro - 2005 a 2011

Número de Pernoites Variação


Mês
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2011/2010
Janeiro 71.307 61.287 57.379 60.220 72.522 90.511 88.980 -1,69
Fevereiro 39.012 42.343 37.342 40.200 45.463 49.053 51.376 4,74
Março 37.061 45.795 35.767 37.499 40.828 48.195 50.018 3,78
Abril 35.785 43.684 36.591 36.764 34.001 51.389 48.706 -5,22
Maio 34.516 43.858 39.299 36.557 38.533 42.158 43.318 2,75
Junho 36.869 39.478 42.750 43.487 45.718 50.446 52.428 3,93
1º Sem. 254.550 276.445 249.128 254.727 277.065 331.752 334.826 0,93
Julho 46.668 46.134 43.579 43.047 49.671 48.131 59.499 23,62
Agosto 34.663 34.690 31.435 36.238 43.089 39.987 - -
Setembro 36.922 38.821 35.448 37.915 43.668 52.338 - -

45
Número de Pernoites Variação
Mês
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2011/2010
Outubro 41.650 39.697 37.906 38.858 52.127 50.071 - -
Novembro 40.384 34.531 37.931 44.537 52.463 52.232 - -
Dezembro 37.536 42.499 37.745 44.446 53.583 54.889 - -
2º Sem. 237.823 236.372 224.044 245.041 294.601 297.648 - -
Total Anual 492.373 512.817 473.172 499.768 571.666 629.400 - -
Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis
* Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.
Gráfico 8. Número de Pernoites Gerados em Aracaju- 2005 a 2011

700.000 629.400
571.666
600.000 512.817
492.373 473.172 499.768
500.000
394.325*
400.000
300.000
200.000
100.000
0
Total Anual

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

* Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.


Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis

Dados relativos a 2008 resultantes de pesquisa realizada pela Emsetur dão conta do
percentual de pernoites naquele ano nos municípios do Polo Costa dos Coqueirais
resultantes de atividades turísticas realizadas na área turística. Ainda que os dados não
sejam atuais, pode-se, por meio deles, realizar análises importantes. Esses dados são
apresentados na Tabela 21, a seguir.
O município de Aracaju concentrava, em 2008, 36,20 % dos pernoites, enquanto os demais
municípios do Polo somavam 19,62%.
Tabela 21. Porcentagem de Pernoites Resultantes de Atividades Turísticas nos Municípios do Polo
Costa dos Coqueirais - 2008

Municípios % de Pernoites
Polo Costa dos Coqueirais 58,30
Aracaju 36,20
Estância 8,00**
- Estância/ Praia do Abais (6,50)*
Barra dos Coqueiros 3,90
- Barra dos Coqueiros/Atalaia Nova (0,20)*
Itaporanga d’Ajuda 3,30
- Itaporanga d’Ajuda/Praia da Caueira (2,80)*
Pirambu 1,90
Laranjeiras 1,40
São Cristóvão 1,40
Nossa Senhora do Socorro 0,90
Indiaroba 0,80**

46
Municípios % de Pernoites
Santa Luzia do Itanhy 0.30**
Brejo Grande 0,20
Pacatuba -
Santo Amaro das Brotas -
* O quantitativo de pernoites entre parêntesis refere-se a um determinado local no âmbito de um município e foi
somado ao quantitativo geral do município correspondente.

** Ao % de pernoites nos municípios de Estância, Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy foram acrescidos 0,30%
relativos à distribuição equitativa dos 0,90% dos turistas que ali pernoitaram em função de visitas a Mangue Seco –
Estado da Bahia. Tais municípios sergipanos são as entradas mais comumente utilizadas pelos turistas ao povoado
de Mangue Seco, a partir de Aracaju.

Fonte: Emsetur e Única Pesquisas, 2008. Informações reorganizadas para este estudo.

Por meio da mesma pesquisa verifica-se que, do total do Estado, 14,20% correspondem a
pernoites realizados nos municípios do Polo Velho Chico no ano de 2008. Desta forma,
somando-se os percentuais correspondentes aos municípios do Polo Costa dos Coqueirais
aos municípios do Polo Velho Chico, tem-se 72,5 dos pernoites gerados no Estado. Os
demais 27,5% equivaleriam aos pernoites nos demais municípios do estado de Sergipe ou
mesmo fora dele.
O índice de pernoites gerados nos Polos Velho Chico e Costa dos Coqueirais indica a
importância dessas áreas turísticas em relação às demais existentes no estado. Não é
possível, entretanto, vincular o percentual de pernoites à ocupação hoteleira e nem à
qualidade dos serviços da rede hoteleira nessas áreas, na medida em que os pernoites
incluem turistas que se hospedaram em casas de parentes e em casas alugadas para
temporadas, dentre outros locais.
Note-se, por fim, na Tabela 21, que a Praia do Abais, em Estância, Atalaia Nova, em Barra
dos Coqueiros e Caueira, em Itaporanga d’Ajuda destacaram-se, ainda que com pequenos
percentuais, no quadro dos pernoites gerados no Polo Costa dos Coqueirais, demonstrando
o seu potencial para incremento do turismo.

4.1.2 Perfil Qualitativo dos Segmentos/Visitantes Atuais


A segmentação turística baseia-se no princípio de que os mercados turísticos são
compostos por compradores com preferências diversas, mas passíveis de serem agrupados
de acordo com certas características homogêneas quanto a gostos e preferências. Essa
base conceitual está relacionada às características da localidade turística (no caso, o Polo
Costa dos Coqueirais) e à motivação da viagem.
A relevância de compreender o perfil do turista que visita o Estado vem da necessidade de
se identificar qual é o público que atualmente pode ser fidelizado ou captado e direcionado
para o Polo. A partir desse conhecimento é possível orientar a iniciativa privada e as ações
concernentes à iniciativa governamental para atingir o público-alvo ou, ainda, identificar se é
necessário captar outros perfis de público para incrementar o movimento turístico
especificamente para o Polo, desde que observados os condicionantes de sustentabilidade
dessas ações.
A partir dos dados constantes dos Gráficos e Tabelas a seguir busca-se traçar o perfil dos
visitantes atuais da área turística estudada.
Para tal caracterização foram considerados os dados mais recentes constantes na Pesquisa
de Demanda Turística, realizada em janeiro de 2011 por iniciativa da Emsetur, em que foi
avaliado o grau de satisfação referente aos atrativos turísticos locais, aos equipamentos e
serviços turísticos e à infraestrutura e serviços públicos, bem como o perfil do turista de
Sergipe. São ainda referidas as pesquisas relativas a Aracaju, de 2008 a 2010, também em
período de alta temporada, igualmente realizadas por iniciativa da Emsetur com base na

47
Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e no Boletim de Ocupação Hoteleira -
B.O.H.

Quem é o Turista Atual

Para caracterização do perfil atual do turista são considerados os seguintes fatores:


 Gênero;
 Faixa etária;
 Estado civil;
 Profissão exercida;
 Ocupação;
 Renda;
 Escolaridade;
 Motivo da Viagem;
 Companhias na viagem;
 Meio de hospedagem;
 Utilização de agências de viagens.
Quanto ao gênero, dentre os turistas predominam os de sexo masculino, numa incidência
crescente nos anos de 2008, 2009 e 2010 (respectivamente 73,89%, 75,67% e 77,04%).
Tabela 22 e Gráfico 9.
Tabela 22. Fluxo de Hóspedes conforme o Gênero - Aracaju - 2008 a 2010

2008 2009 2010


Gênero
No. % No. % No. %
Masculino 127.102 73,89 136.546 75,67 160.605 77,04
Feminino 44.921 26,11 43.904 24,33 47.866 22,96
Total 172.023 100,00 180.450 100,00 208.471 100,00
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.-2010
Gráfico 9. Fluxo de Hóspedes conforme o Gênero - Aracaju – 2010

Feminino
22,96%

Masculino
77,04%

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.-2010

A caracterização do perfil do turista do estado de Sergipe, de acordo com a Pesquisa de


Demanda Turística realizada em janeiro de 2011, no entanto, demonstra que 50,7% são do
sexo masculino. Nota-se uma considerável mudança do perfil neste quesito, quando
comparado com as informações resultantes das fichas de registro de hóspedes, que
apresentavam índices de 73,9%, 75,7% e 77,1%, respectivamente aos anos de 2008, 2009
e 2010, Tabela 23.

48
Tabela 23. Identificação dos Turistas por Gênero - Aracaju – Janeiro 2011

Gênero No. %

Masculino 355 50,7


Feminino 345 49,3
Total 700 100

Fonte: Emsetur - Única Soluções.

A faixa etária dos turistas que visitaram Aracaju nos anos de 2008, 2009 e 2010 situou-se
predominantemente entre 26 a 30 anos, seguida das faixas entre 31 a 35 anos e de 36 a 40
anos. Tabela 24 e Gráfico 10.
Tabela 24. Fluxo de Hóspedes segundo a Faixa Etária – Aracaju - 2008 a 2010
2008 2009 2010
Faixa Etária
No. % No. % No. %
Menos de 20 2.197 1,28 2.068 1,15 2.127 1,02
21 a 25 9.761 5,67 8.516 4,72 11.966 5,74
26 a 30 20.139 11,71 19.182 10,63 22.483 10,78
31 a 35 19.433 11,30 17.225 9,55 19.708 9,45
36 a 40 19.272 11,20 16.709 9,26 17.942 8,61
41 a 45 17.870 10,39 16.065 8,90 17.180 8,24
46 a 50 15.656 9,10 15.284 8,47 16.670 8,00
51 a 55 12.935 7,52 11.521 6,38 15.249 7,32
56 a 60 9.080 5,28 8.089 4,48 10.544 5,06
Acima de 60 45.531 26,46 65.634 36,46 72.513 34,78
Faixas Etárias
149 0,09 158 0,09 2.089 1,00
não informadas
Total 172.023 100,00 180.450 100,00 208.471 100,00
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.

Tomando como referência a ano de 2010, tem-se que 10,78% estão na faixa de 26 a 30
anos e 9,45% na faixa de 31 a 35 anos, somando 20,23%. Nestas faixas encontram-se
pessoas que tendem a optar pelo ecoturismo e pelo turismo de aventura, enquanto que nas
faixas de 36 a 40, de 41 a 45, de 46 a 50 anos e de 51 a 55 anos, que totalizam 32,17%,
encontram-se pessoas com estabilidade profissional e financeira que se encaixam, tanto no
perfil de turistas de negócios, quanto no de lazer. Estas faixas são as que mais interessam
às características de oferta do Polo Costa dos Coqueirais. Até o ano de 2010 foi expressivo
o aumento do número de turistas com baixa etária até 60 anos – a faixa etária com o maior
número de turistas de 2008 a 2011. Entretanto, os dados relativos a janeiro de 2011
demonstram que os maiores percentuais foram relativos às faixas etárias mais jovens,
enquanto os da terceira idade aparecem em último lugar no quantitativo de turistas. Tal fato
pode ser atribuído ao mês de realização da pesquisa – janeiro, alta temporada de verão,
enquanto os mais velhos evitam as viagens de turismo nessa época.
Com distribuição até certo ponto equilibrada, aparecem outras duas faixas de interesse para
captação, que incluem o turista jovem, entre 21 a 25 anos, que perfaz 5,7% dos turistas do
Estado, e os de 56 a 60 anos e os acima de 60 anos, que representam 39,84 % do total,
superando em muito a faixa jovem. Estes merecem atenção especial, envolvendo
investimentos específicos para a formatação de produtos e a oferta de facilidades para o
incremento do turismo no segmento.

49
Apesar de todas as faixas serem significativas, potenciais e relativamente equilibradas, é
necessário que se estabeleçam critérios para que, num primeiro passo de desenvolvimento,
haja um público-alvo que responda a duas necessidades:
 colaboração no desenvolvimento econômico da região, com a injeção de recursos no
Polo; e
 viabilidade econômica para o atendimento às necessidades de dada faixa, que
abrange investimentos em capacitação gerencial e profissional, instalação de
equipamentos e melhoria das estruturas turísticas e da infraestrutura básica, em
curto, médio e longo prazo.
Para cada faixa etária e perfil socioeconômico, diferenciam-se as iniciativas de investimento.
Enquanto o turista em plena atividade profissional, muitas vezes acompanhado de família,
necessita de uma estrutura que permita acessibilidade, flexibilidade e conforto, mas que
também possibilite otimizar os custos da viagem, ou seja, uma viagem mais organizada e
objetiva, o turista jovem, por sua vez, busca alternativas econômicas dinâmicas e criativas
para o seu lazer, com muito mais independência e despojamento. Já o turista com idade
avançada necessita de certos rigores na qualidade do atendimento, que valorizem
segurança, acessibilidade, saúde e conforto.
Pode-se, então, objetivar atingir todo o leque qualitativo do turista que chega ao Estado,
potencialmente direcionável ao Polo, desde que o planejamento identifique em que
momento o Polo estará pronto para atrair a entrada em seu mercado turístico de cada um
dos perfis almejados (se no curto, médio ou longo prazo), para que todos se sintam
atendidos e gratificados por suas experiências, fidelizando cada novo turista na cadeia do
turismo.
Gráfico 10. Fluxo de Hóspedes segundo a Faixa Etária - Aracaju - 2010

Idade não
informada menor que 20
Acima dos 60
1,00%
34,78% 21a25
5,74%

26a30
10,78%

31a35
56a60
9,45%
5,06%
51a55
7,31%
41a45 36a40
46a50
8,24% 8,61%
8,00%

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.

Quanto à faixa etária, em 2011 o maior índice, 24,1%, correspondia à faixa de 18 a 24 anos,
seguida da faixa de 25 a 29 anos com 20%. Nos anos anteriores, a faixa etária
predominantemente encontrava-se entre 26 a 30 anos (11,7%) em 2008, 10,6% em 2009 e
10,8 % em 2010. Nota-se, portanto, o aumento do quantitativo de jovens que vêm
acessando o turismo no estado, conforme a abaixo.

50
Tabela 25. Identificação dos Turistas Segundo a Faixa Etária – Aracaju – Janeiro de 2011

Faixa Etária No. %

18 a 24 168 24,1
25 a 29 139 20,0
30 a 39 135 19,4
40 a 49 125 18,0
50 a 59 82 11,8
60 e + 47 6,8
Total 696 100
Fonte: Emsetur - Única Soluções.

O perfil do turista com relação à profissão por ele exercida revela, de certa forma,
considerados os dados de 2010 constantes da Tabela 26 e do Gráfico 11, a seguir, que as
três profissões que apresentam maior percentual dizem respeito aos engenheiros,
administradores e advogados. Os comerciantes, os tecnólogos, os gerentes e os
consultores/assessores também se destacam nas posições seguintes, com o índice de
levando à percepção de que o motivo das viagens deve vincular-se aos negócios, forte
segmento em Aracaju.
Tabela 26. Fluxo de Hóspedes segundo a Profissão Exercida. Aracaju – 2008 a 2010

2008 2009 2010


Principais Profissões o o o
N . % N . % N . %
Engenheiro 20.543 11,24 15.681 8,89 16.977 8,14
Administrador 7.918 4,32 10.233 5,79 11.772 5,65
Advogado 7.749 4,25 7.142 4,05 11.362 5,45
Professor Educação Básica 7.741 4,23 6.858 3,89 10.564 5,07
Empresário/Produtor de 7.021 3,84 6.783 3,84 10.088 4,84
Espetáculos
Vendedor – Rep. Comercial 6.741 3,68 6.598 3,74 9.523 4,57
Comerciante 5.613 3,06 6.471 3,67 8.769 4,21
Gerente 5.031 2,75 6.065 3,44 8.043 3,86
Médico 4.412 2,41 4.627 2,62 7.234 3,47
Tecnólogo 3.820 2,10 4.524 2,56 6.524 3,13
Aposentado 3.389 1,85 4.130 2,34 5.715 2,74
Bancário- Economiário 2.540 1,38 4.104 2,33 5.559 2,67
Servidor Público 2.472 1,35 3.074 1,74 4.911 2,35
Estudante 2.448 1,34 2.964 1,68 4.120 1,98
Consultor/Assessor 2.146 1,17 2.146 1,22 3.161 1,51
Não informou 10.262 5,62 20.104 11,39 10.217 4,90
Demais Profissões 83.039 45,41 64.962 36,81 73.926 35,46
Total 182.885 100,00 176.466 100,00 208.465 100,00

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.-2010

51
Gráfico 11. Principais Profissões dos Turistas - Aracaju - 2010

Engenheiro Tecnólogo
8,14% 5,65% Comerciante
Demais Profissões 5,45%
35,46% Outros - Nível
Superior
5,07%
Administrador
4,84%
Servidor Público
Não Sabe/não 4,57%
opinou Advogado
4,90% 4,21%
Bancário
1,52% Empresário/
Gerente Vendedor Produtor
2,36% 3,13% Médico
Estudante 3,47% 3,86%
Supervisor Aposentado
1,98%
2,67% 2,74%

Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.-2010

O perfil qualitativo do turista que acorre ao estado de Sergipe é marcado pelo interesse em
negócios, em primeiro lugar, com índice de 25,9% em 2010, seguido daquele que busca o
lazer (23,8%). Tem preferência pela viagem aérea (49,1% em 2011) e pela viagem por
ônibus, em segundo lugar (32,1% em 2011), em detrimento do automóvel, que vem em
terceiro lugar.
O perfil do turista induzido pelo meio de acesso ao Estado pode levar às seguintes
considerações:
 a preferência pelo transporte aéreo remete, em geral, ao turismo de negócios e
eventos e a pessoas de mais alto poder aquisitivo, provenientes dos mais diversos
estados brasileiros; há que se considerar, entretanto que, se em anos anteriores esta
afirmativa levava grande possibilidade de acerto, na atualidade com o acesso
facilitado à passagem aérea, pelo seu preço e pelo parcelamento oferecido, tal não
ocorre com certeza. Entretanto, pode-se ainda cogitar que os visitantes do estado
residam em estados mais distantes, restando o transporte por ônibus para outros
provenientes de áreas mais próximas, na própria região nordeste ou do próprio
estado de Sergipe;
 fatores econômicos ou de preferência induzem a opção de acesso pela via terrestre,
o que pode delinear certas características de mobilidade e gasto desse turista
potencial, também decisivas nas ações sobre o nível qualitativo das estruturas
turísticas que devem ser desenvolvidas no Polo, caso esse turista seja o alvo
desejável.
Dados de 2011 indicam que, quanto ao acompanhamento durante a viagem, o turista típico
do estado de Sergipe tende a viajar com a família (40,5%); 39,2% viajam sozinhos,
indicando coincidir com o motivo de negócios e eventos e 18,1% viajam com amigos,
mantendo relativamente a mesma proporção nos anos anteriores.
Quanto ao meio de hospedagem, maioria significativa dos visitantes do estado (dados de
2011) remete para o perfil do turista atual que tem por hábito hospedar-se na casa de
parentes e amigos (48,5%), enquanto 32,5% utilizam os serviços de hotéis e pousadas. Os
que têm por hábito alugar casas e apartamentos para temporadas correspondem a 11,4%.
Em 2011, segundo a Pesquisa o meio de hospedagem mais utilizado verificado foi em casa

52
de parentes/amigos com, seguido de Hotéis com 11,4% utilizaram casas/apartamentos
alugados e 9% em pousadas.
Informações complementares também de 2011 trazidas pela pesquisa da demanda turística
no estado de Sergipe indicam para o perfil dos turistas as seguintes características:
 Estado civil: 45,5% solteiros e 45,5% casados;
 Renda:
Tabela 27. Identificação dos Turistas: Renda. Aracaju – Janeiro de 2011

Renda – No. de Salários Mínimos No. %

Até 1 102 15,2


2a5 317 47,1
6 a 10 109 16,2
11 a 15 63 9,4
16 a 20 49 7,3
21 a 25 22 3,3
Mais de 25 11 1,6
Total 673 100
Fonte: Emsetur - Única Soluções.

 Escolaridade:
Tabela 28. Identificação dos Turistas: Escolaridade. Aracaju - Janeiro de 2011

Escolaridade No. %

Básico 27 3,9
Fundamental 56 8,1
Ensino Médio 210 30,3
Superior incompleto 133 19,2
Superior graduado 221 31,8
Pós-Graduação 47 6,8
Total 694 100
Fonte: Emsetur - Única Soluções.

 Ocupação:
Tabela 29. Identificação dos Turistas: Ocupação. Aracaju - Janeiro de 2011

Ocupação No. %

Assalariado com registro 202 29,3


Autônomo 41 6,0
Funcionário Público 93 13,5
Assalariado sem registro 32 4,6
Estudante 77 11,2
Aposentado/Pensionista 120 17,4
Dona–de-casa 62 9,0
Profissional Liberal 26 3,8
Empresário 30 4,4
Desempregado 06 0,9
Total 689 100
Fonte: Emsetur - Única Soluções.

53
 Meio de hospedagem utilizado:
A grande maioria dos visitantes não utilizava meio de hospedagem pago (71%) de
acordo com análise realizada no PDITS 2001/2003. Em janeiro de 2011, mês de
férias escolares de verão, o meio de hospedagem em casas de parentes ou amigos
ainda imperava, com 48,5% em relação à hospedagem em hotéis, 23,5%.
Observava-se, entretanto, queda acentuada na opção pela hospedagem em casa de
parentes ou amigos.
Tabela 30. Identificação dos Turistas: Local de Hospedagem. Aracaju - Janeiro de 2011

Local de Hospedagem No. %

Casa parentes/amigos 314 48,5


Hotel 152 23,5
Casa/apto. aluguel 74 11,4
Pousada 58 9,0
Resort 16 2,5
Casa própria 15 2,3
Outra (Citar) 12 1,9
Pensão/hospedaria 6 0,9
Total 647 100
Fonte: Emsetur - Única Soluções.

 Utilização de agências de viagens:


- 92% não utilizaram serviços de agências de viagens para organização da viagem
e, dos 8% que utilizaram, 98,2% destinou-se à emissão de bilhetes de passagem
e à reserva de hospedagem.
 Motivos da Viagem
Os dados do PDITS 2001/2003 indicam que 89% dos turistas tinham o lazer como
motivo de viagem. Em 2011 os motivos principais da viagem declarados foram o
lazer (40,4%) e a visita a parentes e amigos (30,2%).
Ressalte-se que os dados constantes na Tabela a seguir foram coletados no mês de
janeiro, ou seja, período de férias escolares de verão, o que, certamente, influenciou
nos resultados obtidos.
Tabela 31. Identificação dos Turistas: Motivo da Viagem. Aracaju - Janeiro de 2011

Principal Motivo da Viagem No. %

Lazer 278 40,4


Visita parente/amigo 208 30,2
Negócio/Trabalho 67 9,7
Eventos, feiras e festivais 61 8,9
Congresso/Convenção 26 3,8
Saúde 15 2,2
Religião 15 2,2
Intercâmbio 10 1,5
Outro 8 1,2
Total 688 100
Fonte: Emsetur - Única Soluções.

54
4.1.3. Comportamento e Hábitos de Informação e de Compra da Viagem -
De acordo com a Pesquisa de Demanda Turística no Estado de Sergipe – Emsetur - 2011,
os fatores que influenciaram os turistas nacionais na opção pelo destino foram:
 informações de parentes e amigos que já conheciam o local (27,0%);
 conteúdos veiculados na Internet (10,1%) e
 divulgação feita por meio de agências de viagem (4,2%).
Já os dados do Estudo da Demanda Turística Internacional (FIPE/MTur) demonstraram que
as fontes de informação utilizadas para a decisão quanto à viagem do turista estrangeiros
em 2010 foram: informações da Internet (30,9%); informações de amigos e parentes
(28,4%), o que evidencia a importância assumida pela rede mundial de computadores a
partir de 2009 no cenário internacional do turismo. As informações veiculadas por Agências
de Viagens e as viagens corporativas, somadas, também assumem importância, com um
total de 30,5% em 2010.
Tabela 32. Fonte de Informação para Decisão da Viagem - Demanda Turística Internacional 2004-
2010

%
Fonte De Informação
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Internet 26,8 19,9 19,9 24,4 27,6 30,1 30,9
Amigos e parentes 37,3 43,1 39,7 38,4 30,7 30,8 28,4
Viagem corporativa - negócios - 16,9 19,5 17,9 17,1 15,6 16,0
Agência de viagens 11,3 - 8,5 8,6 13,6 12,2 14,5
Guias turísticos impressos - 8,4 7,5 5,8 6,5 7,3 6,2
Feiras, eventos e congressos - - - 1,3 1,6 1,4 1,4
Folders e brochuras - 1,1 0,4 0,5 0,4 0,3 0,4
Outros 24,6 10,6 4,5 3,1 2,5 2,3 2,2
Fonte: Ministério do Turismo - MTur e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE

4.1.4. Composição do Gasto Turístico


No ano de 1998, os estudos indicavam que os gastos dos turistas brasileiros que visitaram
Aracaju situaram-se na faixa de U$ 27 a U$ 80 de gastos por pessoa/dia, o que significava
um valor médio de aproximadamente U$ 53 pessoa/dia. Transporte e alimentação eram os
itens que mais pesavam, respectivamente 33 e 31% do total, enquanto hospedagem ficava
com 6,5% dos gastos efetivados, pois era menor a parcela dos turistas que usava meio
pago de hospedagem. Os gastos médios diários realizados pelos turistas em Aracaju
estavam abaixo do padrão da região nordeste, que variava de U$ 67. Os turistas que
acessavam o estado de Sergipe eram, predominantemente, das classes econômicas B e C
(pesquisa FIPE– Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas –Estudo Mercado Doméstico
Turismo de Sergipe – 1998).
Os dados de 2003 indicaram que os visitantes eram provenientes de classes econômicas
mais privilegiadas, com quase 50% ganhando mais do que 10 salários mínimos.
Em 2003, estudos realizados pela Emsetur indicavam que o gasto médio diário do turista
estava na faixa de U$ 67 por pessoa dia, incluindo hospedagem (equivalente a - U$ 47),
que representava cerca de 70% do total.
De acordo com o panorama descrito pela Pesquisa de Demanda Turística de 2009,
realizada pela Emsetur, a composição dos gastos turísticos apresentavam-se como se
segue:
A composição dos gastos turísticos é vista, na Tabela a seguir, a partir das principais
motivações de viagem. Dela depreende-se que a maior renda média situa-se no turista que

55
acessa o estado por motivo de negócios/trabalho, seguida daqueles que vêm participar de
eventos. A maior permanência média no estado é do turista que busca o lazer, que também
tem a maior média de dependentes – 2,11.
O gasto médio do turista que viaja a negócios/trabalho é significativamente maior que os
demais (R$ 471,20). Tal diferença liga-se ao fato de tais gastos serem cobertos por recursos
corporativos, ou seja, não estão condicionados ao poder de consumo do próprio turista e
sim dependem das regras de despesas com viagens adotadas pela empresa, que em geral
são mais maleáveis. Vê-se que o gasto médio per capita é também significativo para o
turista que participa de eventos, que vivencia situação similar ao caso anterior.
“Se considerado o impacto econômico da motivação da viagem (gasto médio x
permanência média), conclui-se que a maior permanência média do turista de lazer
(quase o dobro da de negócios), faz com que o impacto provocado pelo fluxo
turístico de negócios seja somente 5,3% superior ao turismo de lazer: R$ 1.145,00 e
R$ 1.087,00, respectivamente”7
Tabela 33. Informações Econômicas do Turista – Sergipe – 2009
Negócios /
Dados Econômicos Lazer Eventos Outros
Trabalho
Renda Média do Turista (R$) 2.963,81 4.902,35 3.308,72 2.767,65
Permanência Média do Turista (dias) 4,43 2,43 3,66 2,46
Média de Dependentes (pessoas) 2,11 1,13 1,33 1,65
Gasto Médio Diário Per Capita (R$) 245,39 471,2 348,22 325,63
Inserido em Estudo de Mercado do Prodetur Nacional – Setur/Prodetur SE
Fonte: Emsetur / Pesquisas de Demanda Turística – 2009

Ainda relacionando os gastos turísticos com a motivação das viagens, a Tabela a seguir
permite tecer as seguintes considerações sobre a composição dos gastos:
 dentre os gastos especificados a Hospedagem corresponde ao item mais oneroso
para todos os turistas, independente da motivação da viagem; seguido ao item
Alimentação;
 o percentual dos gastos do turista que viaja a lazer relativo ao componente Diversão
é o maior em todo o quadro (18,67%).
Tabela 34. Composição dos Gastos do Turista – Sergipe – 2009

%
Composição dos Gastos Negócios /
Lazer Eventos Outros
Trabalho
Hospedagem 30.01 27,47 27,18 22,85
Alimentação 15,73 12,27 11,49 11,14
Transporte 10,11 8,92 14,03 9,55
Diversão 18,67 10,60 12,96 12,78
Compras 11,60 11,72 9,92 15,15
Outros 13,88 29,02 24,42 28,53
Total 100 100 100 100
Inserido em Estudo de Mercado do Prodetur Nacional – Setur/Prodetur SE
Fonte: Emsetur / Pesquisas de Demanda Turística – 2009

O Gasto Turístico no estado de Sergipe foi também item considerado na Pesquisa de


Demanda Turística – Emsetur, relativa a 2010/2011. Por meio dela, observa-se que o gasto
médio do turista no ano de 2010 chegou a R$ 808,51 para uma permanência de oito dias,
sem incluir o valor da passagem e dos pacotes turísticos, pagos diretamente à Agência de
Turismo por ele contratada. Neste caso, o gasto médio diário foi de R$ 100,00/dia para oito

7
Estudo de Mercado do Prodetur Nacional – Setur/Prodetur SE – Aracaju, maio de 2012 – pág. 17.

56
dias. Incluídos a esta média diária os custos de alimentação, tem-se o gasto diário de R$
145,76 por turista, no ano de 2010.
Os valores de 2011, se comparados aos de 2010, não apresentam grande variação – o
gasto médio por oito dias, não incluindo hospedagem, ficou em R$800,00, permanecendo o
gasto médio/ dia de R$ 100,00 por turista. Somados a este valor os gastos com
alimentação, o valor diário sobe, em 2011, para R$ 250,00, evidenciando o aumento e o
peso muito significativo deste quesito, se comparado com 2010, com uma diferença diária
de R$ 104,00.
Com hospedagem, ainda para uma permanência de 8 dias, o gasto médio foi de R$ 327,19
em 2010 e R$ 350,00 em 2011, o que evidencia aumento, ainda que não tão significativo,
dos custos neste item.
Considerando o gasto médio de turista citado no PDITS 2001/2003, que foi de R$ 50,00/dia,
chega-se ao gasto por 8 dias de R$ 400,00. Sendo de R$ 800,00 o valor de 2011, conclui-se
que o valor médio gasto pelo turista dobrou em relação aos dias atuais.
Os gastos do turista estrangeiro no Brasil, de acordo com o Estudo da Demanda Turística
Internacional 2004/2010 indica que o maior gasto médio corresponde ao turismo de
negócios e eventos, com o gasto médio per capita/dia, ao longo desses cinco anos, de U$
105,55, enquanto o per capita/dia para o turista de lazer fica em U$ 64,97.
Tabela 35. Gasto Médio do Turista Estrangeiro per Capita no Brasil – US$ - 2004-2010

Motivo Da Viagem 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010


Lazer 54,43 60,87 64,33 73,37 68,00 63,26 70,53
Negócios, eventos e convenções 91,21 93,13 105,24 112,86 110,89 106,14 119,38
Outros motivos 43,62 43,51 41,77 43,57 42,79 42,35 48,58

Fonte: Ministério do Turismo - MTur e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE – Estudo da
Demanda Turística Internacional

4.1.5. Qualidade da Oferta Atual e Imagem da Área Turística


A imagem da área turística percebida pelo turista é formada tanto pelas informações por ele
absorvidas quanto por suas experiências pessoais. A satisfação do turista quanto ao destino
por ele escolhido resulta da imagem assim construída e pode expressar-se a partir de
sentimentos – objetivos alcançados, benefícios, desejos satisfeitos, sonhos realizados,
dentre outros. Por outro lado, a satisfação pode se expressar de forma objetiva, a partir, por
exemplo, da avaliação dos equipamentos e serviços turísticos oferecidos e da infraestrutura
básica e serviços públicos disponíveis na área visitada.
O foco da pesquisa de Demanda Turística 2010-2011 promovida pela Emsetur recai sobre
os equipamentos e serviços turísticos e sobre a infraestrutura básica e serviços públicos.
Nessa perspectiva, tem-se que:
 quanto à satisfação com relação aos equipamentos e serviços turísticos ofertados,
tem-se, em 2010, a avaliação de 55,8% dos turistas na posição BOM e 32,9% na
posição ÓTIMO. Somados, esses dois campos alcançam o percentual significativo
de 88,7%, enquanto a soma das posições RAZOÁVEL e RUIM alcança apenas 8%
naquele ano de 2010.
 no ano de 2011, nos mesmos quesitos do item anterior, somando-se as posições
BOM e ÓTIMO, tem-se 90% das escolhas, enquanto a soma de RAZOÁVEL e RUIM
perfaz 10%.

57
O índice de satisfação do turista com relação aos equipamentos e serviços turísticos na
pesquisa supracitada apresenta uma percepção positiva dos pesquisados, sendo avaliados
como BOM em 2010 (54,8%) e em 2011 (55,8%).
No que tange à hospitalidade os turistas consideraram BOM em 2010 (52,2%) e em 2011
este mesmo quesito foi avaliado como ótimo (50,3%).
Os outros itens como: roteiros oferecidos, informação turística, guia de turismo, meios de
hospedagem, bares/restaurantes, comércio e compras, diversões noturnas e serviços de
taxi não sofreram alterações significativas de 2010 para 2011, Em contrapartida, os
equipamentos de lazer e as empresas/serviço de turismo receptivo, avaliados como ótimos
em 2010, caíram para desempenho bom em 2011 na avaliação do turista. A tabela a seguir
apresenta os resultados desta avaliação referente aos equipamentos e serviços turísticos.
Tabela 36. Grau de Satisfação do Turista quanto a Equipamentos e Serviços Turísticos – 2011-2010

2011
Equipamentos e Serviços Ótimo Bom Ruim Péssimo
Equipamentos de lazer 32,9% 59,9% 6,5% 0,6%
Roteiros oferecidos 38,2% 55,6% 5,5% 0,8%
Empresa/Serviços de receptivo 22,6% 62,7% 12,9% 1,9%
Hospitalidade / povo 50,3% 38,7% 6,8% 4,2%
Informação turística 28,0% 55,8% 12,9% 3,3%
Guia de turismo 22,8% 61,6% 12,5% 3,1%
Meios de hospedagem 36,3% 57,7% 4,4% 1,7%
Bares / restaurantes 38,4% 54,5% 5,8% 1,4%
Comércio / compras 30,2% 63,8% 5,0% 1,0%
Diversões noturnas 38,3% 52,9% 6,3% 2,5%
Serviços de táxi 30,4% 56,3% 8,4% 4,9%
Média Geral 2011 34,2% 55,8% 7,7% 2,3%

2010
Equipamentos e Serviços Ótimo Bom Ruim Péssimo
Equipamentos de lazer 49,4% 39,8% 10,8% 0,0%
Roteiros oferecidos 31,0% 58,6% 10,3% 0,0%
Empresa/Serviços de receptivo 53,3% 46,7% 0,0% 0,0%
Hospitalidade / povo 43,3% 52,2% 3,4% 1,0%
Informação turística 26,7% 62,2% 11,1% 0,0%
Guia de turismo 36,4% 63,6% 0,0% 0,0%
Meios de hospedagem 40,5% 51,7% 5,2% 2,6%
Bares / restaurantes 36,4% 59,4% 3,6% 0,6%
Comércio / compras 23,7% 64,9% 7,0% 4,4%
Diversões noturnas 35,7% 54,3% 8,6% 1,4%
Serviços de táxi 32,0% 50,4% 16,0% 1,6%
Média Geral 2010 37,1% 54,8% 6,9% 1,0%
Fonte: Pesquisa de Demanda Turística- Emsetur 2010-2011

A infraestrutura e os serviços públicos em Aracaju foram considerados pelos turistas, em


2011, como de boa qualidade (61,3%) e de muito boa qualidade (35,2%), índices que
somados perfazem 96,5%. O quesito avaliado com o maior percentual em RUIM e MUITO
RUIM foram os transportes coletivos, que alcançou, somadas as escolhas, 55,1%.
Comparando-se esses dados com os levantados em 2010 vê-se que não houve diferença
fundamental na avaliação da infraestrutura e dos serviços públicos pelos turistas.

58
Tabela 37. Grau de Satisfação do Turista – Infraestrutura e serviços públicos – Aracaju - 2011-2010

2011
Infraestrutura e Serviços Públicos Muito Bom Bom Ruim Muito Ruim
Condição / qualidade ambiental da localidade 30,3% 60,5% 7,3% 1,8%
Comunicações (correios/fones/internet) 24,3% 63,3% 10,0% 2,3%
Sinalização urbana e turística 18,9% 61,9% 15,9% 3,3%
Segurança pública 27,3% 50,5% 20,0% 2,3%
Limpeza pública 33,3% 46,7% 16,9% 3,2%
Transporte urbano coletivo 11,1% 43,8% 29,6% 15,5%
Terminal rodoviário 14,3% 54,9% 21,5% 9,3%
Aeroporto / campo de pouso 16,2% 68,6% 12,5% 2,8%
Média Geral 2011 35,2% 61,3% 3,0% 0,5%

2010
Infraestrutura e Serviços Públicos Muito Bom Bom Ruim Muito Ruim
Condição / qualidade ambiental da localidade 36,4% 61,7% 0,9% 0,9%
Comunicações (correios/fones/internet) 25,0% 63,0% 12,0% 0,0%
Sinalização urbana e turística 28,6% 64,3% 7,0% 0,0%
Segurança pública 21,5% 66,8% 9,8% 2,0%
Limpeza pública 39,3% 52,6% 7,1% 0,9%
Transporte urbano coletivo 12,5% 45,5% 37,5% 4,5%
Terminal rodoviário 11,1% 59,6% 26,3% 3,0%
Aeroporto / campo de pouso 18,1% 58,1% 21,9% 1,9%
Média Geral 2010 24,5% 72,3% 2,6% 0,6%

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística- Emsetur 2010-2011

Importa ressaltar que os dados da pesquisa aqui considerada foram levantados junto aos
turistas em Aracaju, inexistindo dados que abranjam especificamente os demais municípios
do Polo Costa dos Coqueirais. Por ser o centro receptivo do turismo no Estado a partir do
qual são acessados os atrativos turísticos comercializados pelas Agências de Turismo
sediadas na capital, e por contar com infraestrutura hoteleira e com serviços turísticos
estruturados, Aracaju se diferencia em relação aos demais municípios do Polo. Os demais
municípios, em relação aos equipamentos e serviços turísticos e à infraestrutura básica e
serviços públicos, apresentam um quadro geral de carência em praticamente todos os
quesitos avaliados, bem como uma forte dependência em relação a Aracaju. Desta forma, a
satisfação do turista, como apresentada, não pode estender-se ao Polo, com exceção de um
único item, qual seja, a hospitalidade do povo sergipano. Com relação aos demais, ainda
que os turistas visitem, por exemplo, a Foz do São Francisco ou Mangue Seco, a
programação cumprida pelas Agências não permite maior contato com a realidade dos
municípios – não há pernoites programados fora de Aracaju e mesmo os serviços de
alimentação são prestados no próprio barco de turismo, como é o caso da Foz.
O grau de satisfação do turista foi também objeto da Pesquisa de demanda turística
realizada pela Emsetur em janeiro de 2011, mês de férias de verão e de maior fluxo turístico
no estado, conforme Tabela 38, a seguir. Ressalta-se, neste caso, a preponderância da
avaliação dos atrativos, dos equipamentos turísticos e da infraestrutura e serviços públicos
como bons (56,87%). Resta investigar as razões da defasagem entre os conceito BOM e
MUITO BOM (este com 32,20% das escolhas), que podem influenciar negativamente a
competitividade do Estado de Sergipe diante dos estados vizinhos.

59
Tabela 38. Grau de satisfação dos turistas - Aracaju – Jan/2011

Muito
Fatores Bom Ruim Muito Ruim
Bom
Atrativos turísticos 37,7% 57,8% 3,8% 0,8%
Equipamentos e serviços turísticos 34,2% 55,8% 7,7% 2,3%
Infraestrutura e serviços públicos 24,7% 57,0% 14,4% 3,9%
Média Geral 32,20% 56,87% 8,63% 2,33%

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística – Emsetur, Jan 2011

Ainda no que diz respeito aos atrativos, merece destaque a análise da satisfação dos
turistas referente aos atrativos naturais, patrimoniais e às manifestações populares,
conforme a tabela que se segue.
O grau de satisfação do turista quanto aos atrativos naturais, que supostamente incluem os
circuitos fluviais do Polo, além de outros atrativos naturais do Estado, resulta em 35,5% na
gradação ÓTIMO, e 35,9% na gradação BOM, somando aproximadamente 72% de
satisfação. Em contrapartida, os atrativos históricos/culturais e as manifestações populares
foram avaliados negativamente pelos turistas.
Tabela 39. Grau de satisfação de turistas segundo atrativos turísticos - Aracaju – Jan/2011

Muito
Atrativos Ótimo Bom Regular Ruim
Ruim
Naturais 35,5% 35,9% 5,5% 2,2% 20,9%
Patrimônio Histórico/Cultural 19,5% 31,2% 9,4% 5,7% 34,2%
Manifestações Populares 20% 27,1% 9,2% 5,5% 38,2%
Média/ Conjunto 25% 31,4% 8% 4,5% 31,1%

Fonte: Pesquisa de Demanda Turística- Emsetur, Jan 2011

Neste sentido, conclui-se que o turista que visita o Estado de Sergipe avalia positivamente,
sobretudo, os atrativos naturais. Ações voltadas para a valorização e a promoção dos
demais tipos de atrativos se fazem necessárias, tendo em vista a exploração de todo o
potencial do Polo, que possui rico acervo patrimonial e cultural.

4.1.6. Campanhas de Promoção da Área Turística


A divulgação dos produtos turísticos do Estado é realizada por meio da Setur e Emsetur que
realizam campanhas de promoção e participam de eventos diversos. Dentre os eventos
mais recentes que contaram com a presença de Sergipe ressalta-se a Feira Internacional de
Turismo, em Lisboa, Portugal. O Estado de Sergipe conta com um calendário anual de
eventos elaborado pela Setur e pela Emsetur. Folders, banners, mapas turísticos e outros
materiais promocionais, tal como o Guia Sergipe Trade Tour, que descreve os atrativos dos
municípios do Estado e está em sua 11ª edição, são criados e distribuídos pelos órgãos
governamentais e pelo trade turístico.
No âmbito da Emsetur, a Coordenadoria de Pesquisa/Gerência de Estudo de Mercado
sistematiza, periodicamente, pesquisas referentes à demanda turística na baixa e alta
temporada do turismo no estado. Por meio do site www.turismosergipe.net é divulgado um
extenso conjunto de informações relativas aos atrativos turísticos do Estado, bem como
dados referentes à cultura, ao artesanato, à gastronomia, aos festejos juninos, aos locais de
hospedagem, alimentação, agências de turismo, dentre outros. A imagem a seguir
apresenta a tela inicial do site.

60
Figura 6. Site Setur/Emsetur – Governo do Estado de Sergipe - 2012

Fonte: www.turismosergipe.net, acesso em novembro de 2012.

Note-se que a promoção do turismo no Estado de Sergipe não considera, via de regra, a
organização do território estadual em Polos, dentre eles o Polo Costa dos Coqueirais.
Assim, o Polo não é comercializado como um produto integrado e as ofertas turísticas não
se destinam a conjuntos de municípios, nem alavancam atrativos potenciais. A oferta
turística vista de forma mais ampla é desconhecida e sem sistematização, resultando em
boa parte de ações diretas da iniciativa privada – notadamente das operadoras de receptivo
local sediadas em Aracaju.
A seguir encontram-se descritas as estratégias e os meios utilizados em cada município
para promoção e divulgação do turismo local.
 Aracaju
O órgão oficial de turismo do município de Aracaju é a Funcaju – Fundação Municipal de
Cultura e Turismo. A Funcaju dispõe de material promocional que inclui folheteria impressa
e em meio digital. Em parceria com o governo estadual, participa de eventos de promoção
do turismo na capital do estado.
Pela internet a Funcaju divulga o turismo municipal por meio do site oficial da Administração
Pública Municipal de Aracaju, nos links relativos a turismo e cultura -
www.aracaju.se.gov.br/cultura_e_turismo/.
Figura 7. Site Administração Pública Municipal de Aracaju – FUNCAJU - 2012

Fonte: Site da Administração Pública Municipal de Aracaju – FUNCAJU -


http://www.aracaju.se.gov.br/cultura_e_turismo/, acesso em abril de 2012.

61
 Barra dos Coqueiros
O site da administração pública municipal cita a Secretaria de Turismo como órgão
componente da estrutura administrativa do município no endereço eletrônico:
www.barradoscoqueiros.se.gov.br. Não há no site referência à atividade turística em
Barra dos Coqueiros. Não estão disponíveis materiais promocionais impressos.
 Estância
A Secretaria Municipal de Turismo e Comunicação Social de Estância dispõe de
material promocional impresso e em meio digital. Por meio do site da administração
pública - www.estancia.se.gov.br são apresentadas notícias sobre os eventos turísticos
municipais.
 Itaporanga D’Ajuda
No site da administração pública municipal - www.itaporanga.se.gov.br/ estão
contemplados os atrativos turísticos locais e referenciada a Secretaria de Cultura e
Turismo. Não estão disponíveis materiais promocionais impressos. não tem material
promocional impresso.
 Laranjeiras
A Secretaria Municipal de Turismo é referenciada como “Bureau de Informações
Turísticas”. Possui material promocional impresso e digital para divulgação do
município e de seus atrativos histórico-culturais, fazendo valer a chancela de
Patrimônio Histórico e Cultural do Brasil. O governo municipal conta com site onde
estão inseridas informações relativas ao turismo e à cultura local:
www.laranjeiras.se.gov.br/cultura.asp e www.laranjeiras.se.gov.br /turismo.asp. O município
é também referenciado no site da Setur/Emsetur www.turismosergipe.net/escolha-seu-
destino/cidades-historicas.
 Pirambu
A Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo de Pirambu tem para divulgação e
promoção de seus atrativos, um guia em formato de folder institucional e um folheto
relativo ao Festival do Camarão. O município não possui site na internet e está
referenciado no site da Setur/Emsetur: www.turismosergipe.net/escolha-seu-destino/.
 Pacatuba
A administração pública mantém o site www.pacatuba.se.gov.br/, onde é feita
referência à Secretaria Municipal de Turismo e veiculadas informações sobre os
atrativos turísticos e meios de hospedagem em Pacatuba.

 São Cristóvão
Por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, possui material promocional
para divulgação do município e de seus atrativos culturais, tais como folder
institucional, folheteria diversa de boa qualidade. O governo municipal não possui um
site próprio, mas o município está referenciado no site da Setur/Emsetur -
www.turismosergipe.net/escolha-seu-destino/cidades-historicas.
O site de Santa Luzia do Itanhy encontra-se em construção. Os demais municípios do Polo
Costa dos Coqueirais, quais sejam, Brejo Grande, Indiaroba, Nossa Senhora do Socorro,
Santa Luzia do Itanhy e Santo Amaro das Brotas, não possuem sites na Internet e não
apresentaram material promocional para divulgação de seus atrativos turísticos.
Mesmo com a divulgação dos atrativos, observa-se que não há uma imagem do Polo
associada a estes destinos. Neste sentido, coloca-se a necessidade de difundir uma nova
imagem, baseada no conceito de Polo, abrangendo os atrativos existentes e novos atrativos,
integrando-os e destacando a diversidade cultural da área. Para isto, o governo estadual, os

62
governos municipais envolvidos, a iniciativa privada e mesmo a sociedade, por meio das
lideranças e formadores de opinião precisam firmar parcerias e atuar em conjunto.
Na medida em que estabelece diretrizes, estratégias e ações específicas para a divulgação
e promoção do turismo, vinculadas às orientações emanadas de uma política pública
setorial claramente definida, o Plano Estadual de Marketing e de Mídia do Turismo constitui
peça principal.
Dentre os vários meios de propaganda utilizados, destaca-se o potencial da internet,
principalmente relacionado aos principais fatores que influenciam a viagem, como a
recomendação de parentes e amigos. Pelas características de singularidade, qualidade dos
recursos naturais, é comum surgirem depoimentos em páginas especializadas ou
relacionadas a ecoturismo ou turismo de aventura das belezas locais e à agradável
experiência vivida. A estruturação do programa de marketing poderia se ater a esse fato,
uma vez que a internet e as redes sociais ampliam de forma ilimitada a recomendação de
parentes e amigos.

4.1.7. Portfólio Estratégico de Produtos Turísticos/Segmentos Atuais de


Demanda
O portfólio estratégico do Polo Costa dos Coqueirais está embasado no interesse do turista
por determinados produtos e segmentos turísticos, bem como na potencialidade identificada
por meio da vocação turística dos municípios do Polo.
Os produtos turísticos comercializados no Polo Costa dos Coqueirais voltam-se para as
belezas naturais e a riqueza patrimonial e cultural existente destacando, portanto, como
vocação principal, o turismo de sol e praia e o turismo cultural. Importa acrescentar que o
movimento gerado pela exploração petrolífera em Sergipe, com o Estado entre os quatro
maiores produtores de petróleo do Brasil, dentre outros fatores, favorece o turismo de
negócios e eventos.
Pesquisas realizadas pelo Aracaju Convention & Visitors Bureau e pelo Ministério do
Turismo dão conta das vantagens do turismo de negócios e eventos, dentre elas a de
atenuar a sazonalidade. Os estudos comprovam também que o gasto diário per capita do
turista de negócios e eventos é significativamente maior do que o do turismo de lazer,
chegando, em Aracaju, a ser quatro vezes maior. O Aracaju Convention & Visitors Bureau
dedica-se à prospecção e captação de eventos para a área, tendo em realizado trinta
eventos em 2011 e outros doze já confirmados até 2020. Neste sentido, ressalte-se que a
consolidação desse segmento no Polo Costa dos Coqueirais requer investimentos
significativos, principalmente para realização de eventos de maior porte. Requer também
que esses investimentos sejam descentralizados, abrangendo municípios potencialmente
polarizadores, além de Aracaju.
Aracaju concorre com as demais capitais nordestinas na procura de sol e praia. Tem sua
diferenciação na tranquilidade oferecida, agradando aos que buscam férias “sossegadas”.
Os roteiros comercializados em Aracaju para este segmento são:
 Catamarã Aracaju: tour fluvial pelo Rio Sergipe, passando por Aracaju, Barra dos
Coqueiros, Atalaia Nova, Ponte do Imperador, Ilhas de Santa Luzia e Ilha do
Pomonga, com parada opcional para banho no Rio Sergipe. Tempo do tour: 4hs.
Custo do pacote: R$75,00 (2011) com almoço, translado e transporte e, R$ 55,00
(2011) somente o transporte e translado.
 CityTour – saindo da Orla de Atalaia pela Avenida 13 de Julho, atingindo os
Mercados Públicos, a Colina Santo Antônio, o Museu Palácio Olímpio Campos, o

63
Parque da Cidade com teleférico, o Centro Turístico e a Catedral Metropolitana.
Tempo do tour: 4hs. Custo do pacote: R$ 40,00 (2011).
 Delta do São Francisco: inclui deslocamento de van, ônibus ou microônibus até o
município de Brejo Grande, e depois, trecho de catamarã até a Foz do Rio São
Francisco. A duração é de 9hs, o custo médio do pacote é de R$110,00 (2011)
incluídos transporte rodoviário, hidroviário e almoço.
 Mangue Seco: localizado no município Jandaíra, estado da Bahia, é comercializado
em Aracaju, com três opções de trajeto: via Porto D’Angola, no município de
Estância; via Pontal, em Indiaroba e via Crasto, em Santa Luzia do Itanhy. O pacote
comercializado leva em torno de 9hs e o custo médio é de R$ 80,00 (2011), incluindo
transporte rodoviário e trecho de escuna. O roteiro possibilita ainda trecho opcional
em bugre até a praia, com custo adicional médio de R$60,00.
Estes roteiros apresentam grande potencial, por sua beleza e pela diversidade dos recursos
naturais. Contam, entretanto, com infraestrutura precária ao longo do percurso e pouca
oferta de oportunidades de consumo extra pelos turistas, o que diminui a possibilidade de
ganho pelos municípios envolvidos.
Envolvendo os municípios de Laranjeiras e São Cristóvão, o roteiro das cidades históricas
constitui destaque na comercialização no campo do turismo cultural no Polo Costa dos
Coqueirais. As agências de receptivos locais vendem pacotes em separado para cada
município ou para os dois municípios, ambos com três horas de duração e custo médio de
R$50,00 (2011) por pessoa.
Laranjeiras, cidade do séc. XIX, foi considerada uma das mais importantes cidades do
Estado, tem importante acervo de arquitetura religiosa e colonial, foi tombada pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN em 1971. Conta com inúmeros grupos
folclóricos originais, com destaque para o povoado Mussurca, de remanescentes
quilombolas. O Encontro Cultural de Laranjeiras, tradicional evento que acontece há 33 anos
na cidade movimenta um fluxo de turistas expressivo.
São Cristóvão, também tombada pelo IPHAN, preserva um conjunto arquitetônico colonial; a
Praça de São Francisco, que abriga a Igreja e o Convento de São Francisco, o Museu de
Arte Sacra, a Casa de Misericórdia, o Museu Histórico, foi reconhecida pela UNESCO como
Patrimônio da Humanidade em 2010. São Cristóvão tem ainda como atrativo cultural
relacionado ao artesanato local a Casa dos Saberes e Fazeres, espaço de produção e
comercialização de bonequeiras e artesãos locais que mantém parceria com o SEBRAE.
A capital está também incluída em dois outros roteiros comercializados para o Polo Costa
dos Coqueirais: Cidades Históricas e Litoral Sul.
No segmento de turismo cultural têm-se ainda em Aracaju os festejos e eventos juninos,
com destaque para o Forró-Caju e para a Vila Forró. Ambos possuem grande aceitação da
população e dos visitantes, tornando-se centros de animação para o turismo.
Merecem ainda destaque como atrativo cultural os festejos de São João em municípios
como Estância, Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda e Pacatuba. Danças típicas como quadrilha,
xote e xaxado, casamento matuto, missa do vaqueiro e shows de forró são as maiores
atrações. Nos “forródromos”, de grande capacidade, acontecem shows com artistas locais e
nacionais; nas ruas das cidades, os concursos de quadrilha, por iniciativa dos próprios
moradores. No contexto dos festejos juninos, Estância é famosa pelo show pirotécnico dos
“barcos de fogo”, com peças deslizando em um fio metálico, impulsionadas por foguetes.
O Litoral Norte e o Litoral Sul de Sergipe, com seu grande potencial turístico, integram-se à
vocação turística principal do Polo Costa dos Coqueirais, No intuito de complementar a
vocação turística principal do Polo Costa dos Coqueirais, compondo um portfólio estratégico
diversificado, expandindo a qualidade do destino, a sua competitividade no mercado, de

64
forma a aumentar a permanência do turista. Segue-se a descrição dos dois trechos, Norte e
Sul.

Litoral Norte

No litoral norte destacam-se os ecossistemas diferenciados e o conjunto de corpos d’água,


junto à foz do rio São Francisco, com roteiros fluviais de cunho ecológico e áreas
preservadas como a APA do Litoral Norte.
Saindo de Aracaju e passando por Barra dos Coqueiros, tem-se a estrada litorânea, com
praias extensas, além de dunas, manguezais e lagoas que chegam a Pirambu. Neste
município está instalada a sede do Projeto TAMAR, na Reserva Biológica de Santa Izabel,
um dos principais centros de estudos, totalizando uma área de 131 km de praias
monitoradas. Ali se reproduzem cinco espécies de tartarugas marinhas.
A Reserva de Santa Izabel é também uma área de proteção de outras importantes espécies
da fauna e flora nativa, despertando interesse no segmento do turismo cientifico. Outro
atrativo turístico potencial no Litoral Norte é o Pantanal de Pacatuba, com 40 Km², que
corresponde à maior área alagada do Nordeste. A região revela grande biodiversidade de
flora e fauna, além de manguezais, lagoas, dunas, restingas e Mata Atlântica.
Os produtos turísticos em estruturação no Litoral Norte incluem as imagens-identidade
denominadas mundo das tartarugas, roteiro de Pirambu até a Foz do Rio São Francisco,
com a visitação à base do Projeto TAMAR e extensão da praia para lazer, bem como o
mundo das águas - o Pantanal - que vai de Pacatuba à Foz do Rio São Francisco,
proporcionando atividades contemplativas da beleza da paisagem por meio de mirantes e
paradas em médios/pequenos empreendimentos locais. Nesta área é preciso promover o
artesanato local, feito de taboa e papiro e a culinária típica da região.

Litoral Sul

Os atrativos turísticos do litoral sul referem-se, principalmente, ao turismo de sol e praia,


com as praias de Caueira, Abais, Saco do Rio Real, Pontal, Terra Caída, a Ilha do Sossego,
e ainda, trechos de navegação pelos rios, lagoas, matas virgens, coqueirais e dunas que
chegam a 20 m de altura, com opções de trecho opcional em bugre ou a cavalo.
A Reserva Ecológica do Crasto, localizada em Santa Luzia do Itanhy, é a maior área
preservada de Mata Atlântica do estado e configura-se como atrativo ecoturístico potencial.
O município de Santa Luzia do Itanhy faz parte de um projeto de estruturação do turismo de
base comunitária desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação – IPTI,
desde o início de 2011. Trata-se de um Plano de Gestão do Turismo, elaborado de forma
participativa, que identifica os principais ativos imateriais locais com base no modelo de
economias criativas, levando em conta a identidade e cultura local, e estabelece ações para
o fortalecimento da comunidade para promoção da atividade turística como meio de
desenvolvimento econômico e social. Este empreendimento coloca o turismo de base
comunitária como forma de inserir a comunidade na cadeia do turismo e como protagonista
do desenvolvimento turístico, orientação aplicável não só ao município de Santa Luzia do
Itanhy, mas a todo o Polo Costa dos Coqueirais.

65
Figura 8. Produtos Turísticos - Polo Costa dos Coqueirais - Sergipe

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A partir das considerações e informações anteriores, o Quadro 04: a seguir, sintetiza os o


portfólio estratégico do turismo no Polo Costa dos Coqueirais:
Quadro 04: Portfólio Principal e Segmentos Turísticos Complementares – Polo Costa dos Coqueirais –
Sergipe
Portfólio Principal
 Turismo de Sol e Praia;
 Turismo de Negócios e Eventos;
 Turismo Cultural.
Segmentos Complementares
 Ecoturismo;
 Turismo Náutico;
 Turismo Rural.
Produtos Comercializados
 Catamarã Aracaju – Turismo de Sol e Praia;
 City tour Aracaju – Turismo Cultural;
 Cidades Históricas - Turismo Cultural;
 Foz do Rio São Francisco - Turismo de Sol e Praia;
 Mangue Seco - Turismo de Sol e Praia.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

66
4.2. Demanda Turística Potencial
4.2.1. Perfil Qualitativo dos Segmentos/Visitantes Potenciais
O Ministério do Turismo propõe a segmentação como uma estratégia para estruturação e
comercialização de destinos e roteiros turísticos brasileiros com maior qualidade. Assim,
para que a segmentação do turismo seja efetiva, é necessário conhecer com profundidade
as características do destino, da oferta – atrativos, infraestrutura, serviços e produtos
turísticos – e da demanda – as especificidades dos grupos de turistas que já o visitam ou
que virão a conhecer o destino.
A segmentação parte do pressuposto que quem entende melhor os desejos da demanda e
promove a qualificação ou aperfeiçoamento de seus destinos e roteiros com base nesse
perfil, terá mais facilidade de inserção, posicionamento ou reposicionamento no mercado.
Os segmentos evidenciados no Polo Costa dos Coqueirais caracterizam-se
predominantemente pelo turismo de sol e praia e turismo cultural e turismo de negócios e
eventos em Aracaju. De forma complementar encontram-se o ecoturismo, o turismo rural e o
turismo náutico.

Turismo de Sol e Praia


De acordo com as definições do Ministério do Turismo entende-se como turismo de sol e
praia aquele que se constitui de atividades turísticas relacionadas à recreação,
entretenimento ou descanso em praias, em função da presença conjunta de água, sol e
calor.
Segundo a pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo em 2009, Hábitos de Consumo do
Turismo Brasileiro, 64,9% dos turistas que realizaram pelo menos uma viagem no ultimo
ano, e 68,2% dos que pretendem realizar uma viagem nos próximos dois anos tem como
primeira opção de viagem ir para a praia, sendo este, portanto, o segmento preferencial dos
brasileiros.
Estabelecer um perfil único do turista de Sol e Praia é um desafio, pois este segmento está
associado a uma rede de atividades e dinâmicas distintas ao longo do território. No entanto,
o que se percebe são algumas características comuns aos turistas e usuários da praia
motivados pelo desejo de descanso, práticas esportivas, diversão, novas experiências e
busca de vivências e interação com as comunidades receptoras.
Alguns estudos gerais apontam que o turismo no litoral é especialmente sensível à variação
da renda dos consumidores, na medida em que o aumento da renda do turista significa um
incremento na sua demanda por esse tipo de lugar. Vale ressaltar que no Brasil não são
frequentes os estudos específicos a respeito do turista de sol e praia.

Turismo Cultural
Segundo o Ministério do Turismo, em sua publicação Turismo Cultura (2010) a cultura
engloba todas as formas de expressão do homem: o sentir, o agir, o pensar, o fazer, bem
como as relações entre os seres humanos e destes com o meio ambiente. A definição de
cultura, nesta perspectiva abrangente, permite afirmar que o Brasil possui um patrimônio
cultural diversificado e plural. Esses aspectos, da pluralidade e da diversidade cultural,
representam para o turismo a oportunidade de estruturação de novos produtos turísticos.
Sendo assim, o turismo cultural compreende as atividades turísticas relacionadas à vivência
do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos
culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.

67
Existem formas de expressão da cultura que são classificadas em áreas de interesse
específico e que geram demandas de viagem com motivação própria, mas se configuram
dentro da dimensão e caracterização do Turismo Cultural. É o caso da religião, do
misticismo e do esoterismo, dos grupos étnicos, da gastronomia, da arqueologia, das
paisagens cinematográficas, das atividades rurais, entre outros.
O segmento do turismo cultural engloba outras classificações, tais como o Turismo Cívico, o
Turismo Religioso, o Turismo Místico e Esotérico, o Turismo Étnico, o Turismo
Cinematográfico, ó Turismo Arqueológico, o Turismo Gastronômico, o Ecoturismo.
A identificação do atrativo cultural, de seu contexto histórico e sociocultural, é um exercício
de compreensão daquilo que lhe é inerente, sua identidade, essência e elementos
característicos, podendo, assim, ser organizado e classificado conforme suas características
e aspectos relacionados à sua apreciação, aos grupos de interesse que mobiliza, o que
confere ao Polo Costa dos Coqueirais o potencial para o desenvolvimento do turismo
cultural.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo, o segmento corresponde a
aproximadamente 10% do total das viagens internacionais. No Brasil, o Estudo de Demanda
Turística Internacional 2004 – 2008 – MTur, reúne informações sobre o comportamento dos
turistas estrangeiros que visitam o Brasil, segundo as quais, em 2008, cerca de 16,9% dos
entrevistados tiveram a cultura brasileira como principal motivação das viagens a lazer
realizadas no País.
No Brasil calcula-se que o segmento de Turismo Cultural mobilize diretamente pelo menos
28 milhões de viagens por ano, cabendo ao turismo religioso em torno de 11 milhões de
viagens e aos eventos cerca de 7 milhões. Nas viagens cuja motivação principal é a cultura
são mais numerosos os grupos de maior renda.
A pesquisa de Hábitos e Consumos do Turista Brasileiro – 2009 - revela que 12% dos
turistas que realizaram pelo menos uma viagem no ultimo ano, e 10,9% dos que pretendem
realizar uma viagem nos próximos dois anos tem como primeira opção ir para cidades
históricas. Na média ponderada das primeiras opções sobre os locais de viagem esse
número é ainda maior, representado 18,4% dos turistas atuais e 17,1% dos turistas
potenciais.
Conhecer os desejos, interesses e necessidades dos clientes atuais e potenciais representa
uma ferramenta de estratégia competitiva para produtos e serviços turísticos. Não existem
pesquisas específicas brasileiras com séries históricas sobre o turista cultural que
possibilitem identificar com precisão as principais tendências sobre os hábitos de viagem e
preferências do turista nesse segmento
Pesquisa realizada no México aponta dois tipos de turistas que visam atrativos culturais:
 aqueles com interesse específico na cultura (motivação principal), isto é, que
desejam viajar e aprofundar-se na compreensão das culturas visitadas, se
deslocando especialmente para esse fim;
 aqueles com interesse ocasional na cultura (motivação secundária ou
complementar), possuindo outras motivações que o atraem ao destino, relacionando-
se com a cultura como uma opção de lazer. Esses turistas, muitas vezes, acabam
visitando algum atrativo cultural, embora não tenham se deslocado com esse fim, e,
apesar de não se configurarem como público principal do turismo cultural, são
também importantes para o destino, devendo ser considerados para fins de
estruturação e promoção do produto turístico.
Em 2008 um estudo pioneiro no Brasil, realizado pela Embratur em parceria com a
UNESCO sobre o comportamento do turista cultural no Brasil, procurou identificar e
caracterizar o perfil e o comportamento do turista internacional que visita o País para
conhecer a cultura brasileira.

68
A pesquisa foi realizada nos festejos juninos do Norte e Nordeste brasileiro – sendo ouvidos
visitantes em Campina Grande/PB, Caruaru/PE, Aracaju/SE, São Luís/MA e Parintins/AM.
Embora os festejos juninos se configurem como produto turístico cultural específico diante
da diversidade cultural no país, os dados sistematizados mostram o interesse crescente
neste segmento, pelo que ele representa em termos de mobilização de públicos e da
participação de mercados geográficos mais afastados.
Os dados desta pesquisa comprovaram o perfil do turista cultural, idealizado como:
escolaridade elevada, utilização de meios de hospedagem convencionais, viagem com
outras pessoas (amigos, família, casal), cultura como motivo da viagem, hábitos de
consumo próprios do segmento.
Os resultados apontam ainda para a imagem cultural que o turista deste segmento tem
sobre o Brasil, que está ligada principalmente à musicalidade, às danças e à hospitalidade,
seguidas das manifestações populares, do artesanato e da gastronomia. Os festejos
culturais do ciclo junino são considerados manifestações autênticas, que representam a
diversidade cultural do Brasil.
Diante dessas considerações e a partir das características da demanda e da oferta turística
no Polo, conclui-se pela efetiva potencialidade do segmento cultural no Polo Costa dos
Coqueirais, marcado não só pelas cidades históricas, artesanato e gastronomia, mas
também pelas festividades juninas e por manifestações culturais típicas da área.

Turismo de Negócios e Eventos


A globalização da economia, o desenvolvimento tecnológico e o consequente
aprimoramento dos meios de transporte e de comunicação, entre outros fatores, facilitaram
e estimularam a movimentação turística mundial e, de modo especial, os deslocamentos
para fins de conhecimento, troca de informações, promoção e geração de negócios.
Configura-se, assim, o segmento da oferta turística denominado Turismo de Negócios e
Eventos. Como um destino de negócios, o Brasil vem se posicionando por conta do seu
desenvolvimento industrial e respectivos produtos, tanto para exportação, como para a
comercialização interna. A imagem favorável do Brasil no exterior e a conquista de
referências mundiais no desenvolvimento tecnológico e científico em diferentes áreas vêm
contribuindo para o avanço do segmento do turismo de negócios e eventos. No estado de
Sergipe agrega-se a este movimento o desenvolvimento da indústria petrolífera.
Segundo publicação do Ministério do Turismo este segmento agrega vantagens e
características peculiares, destacando-se (i) a oportunidade de equacionamento de períodos
sazonais, proporcionando equilíbrio na relação entre oferta e demanda durante o ano, pois
independe de condições climáticas e períodos de férias escolares; (ii) a alta rentabilidade –
maior gasto médio e possibilidade de retorno para o lazer, propiciando maior permanência
no destino; (iii) possibilidade de interiorização e descentralização da atividade turística, na
dependência de instalação das estruturas necessárias; (iv) demanda por serviços de alta
qualidade, forçando a melhoria; (v) pequena influência das crises econômicas na demanda;
(vi) dinamização da arrecadação de impostos, com o aumento da emissão de notas fiscais
para comprovação de despesas realizadas pelo turista; (vii) abertura de possibilidades de
intercâmbio comercial e empresarial e de aumento dos negócios locais; (viii) atividades
vinculadas ou não à atratividade da cidade sede, com possibilidade de complementação
pelos outros municípios da área; (ix) revitalização urbana provocada pela instalação de
equipamentos específicos para o segmento turístico.
Os resultados do Brasil no segmento de negócios e eventos, foco da promoção
internacional, podem ser verificados no posicionamento atual do Brasil no Ranking da
International Congress & Convention Association (ICCA), Em 2009, com a confirmação da 7ª
posição no ranking, tendo realizado 293 eventos internacionais, o Brasil se consolidou como
um dos 10 principais destinos realizadores de eventos no mundo, com média de

69
crescimento maior do que a média mundial. Segundo a ICCA, o país representou um
aumento de 15,4%, enquanto o total de eventos realizados no mundo cresceu 10,8%,
evidenciando, assim, o fortalecimento do setor e da credibilidade do país na captação de
eventos e negócios.
Os eventos de Medicina se destacam com o maior gasto médio de US$ 304,44, seguido
pelos eventos relacionados à Tecnologia e Meio Ambiente, que apresentaram um gasto
médio de US$ 290,07. Os eventos de Educação, Social e Esporte apresentaram o menor
gasto médio, de US$244,92, explicado principalmente pelo perfil dos participantes, na sua
maioria, formado por estudantes. Em todos os casos, as atividades de hospedagem e
alimentação foram as mais beneficiadas, absorvendo aproximadamente 61% dos gastos dos
visitantes.
O perfil do turista do segmento de negócios e eventos, segundo a Pesquisa do Impacto
Econômico dos Eventos Internacionais realizados no Brasil – 2007/2008, é composto por
características tais como:
Faixa etária: 27% têm entre 25 e 34 anos; 35,44% têm entre 35 e 44 anos; e 23,2% têm
entre 45 e 54 anos.
Grau de formação escolar: cerca de 96% dos turistas possuem nível de formação superior.
Ocupação principal: 35,6% são empregados do setor privado.
Faixa de renda média: 38,40% possuem renda mensal de até US$ 3.000,00, 27,11% têm
renda entre US$ 3.001,00 e US$ 6.000,00 e 26,20% dos participantes recebem mais de
US$ 6.000,00 por mês;
Acompanhantes na viagem: 59,3% viajou sozinho e 14,6% viajou com cônjuge/namorado(a);
Organização da viagem: 34,9% com agência de turismo; 34% organização sem pacote,
organizado pelo próprio turista; e 20,3% organizada pela empresa aonde trabalha.
• Tipo de Hospedagem: 97,2% hospedaram-se em hotéis.
• Gasto médio diário individual: US$ 285,10, sendo o meio de hospedagem o primeiro item,
seguido de alimentos e bebidas; compras e presentes; transportes; cultura e lazer.
• Permanência média no destino: 6,8 noites.
• Imagem em relação à cidade sede do evento: positiva ou chegou a melhorar para 78,8%
dos participantes, consultados após a viagem. 81,7% pretendem voltar à cidade e 94,5% ao
Brasil. Destes, 82,6% querem retornar por motivo de lazer.
Contudo, vale destacar que mesmo havendo um perfil geral, traçado para os turistas de
negócios e eventos, não é possível relacioná-lo diretamente ao turista frequentador de feiras
e exposições como um todo, pois esse tipo de evento pode apresentar os mais variados
perfis – seja quanto ao tema, seja pelo seu público.

Ecoturismo
O Ecoturismo no Brasil destaca-se a partir do movimento ambientalista, quando os debates
sobre a necessidade de conservação do meio ambiente por meio de técnicas sustentáveis
alcançam a atividade turística. No decorrer dos anos, a atividade vem se desenvolvendo e
ganhando forças em meio à discussão de um modelo de turismo mais responsável.
O Ecoturismo possui entre seus princípios a conservação ambiental aliada ao envolvimento
das comunidades locais, devendo ser desenvolvido sob os princípios da sustentabilidade,
com base em referenciais teóricos e práticos, e no suporte legal.
Reconhece-se que o Ecoturismo tem liderado a introdução de práticas sustentáveis no setor
turístico, mas é importante ressaltar a diferença e não confundi-lo como sinônimo de

70
Turismo Sustentável. A Organização Mundial de Turismo e o Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente referem-se ao Ecoturismo como um segmento do turismo, enquanto
os princípios que se almejam para o Turismo Sustentável são aplicáveis e devem servir de
premissa para todos os tipos de turismo em quaisquer destinos.
Em relação ao turista internacional que viaja ao Brasil, segundo o Estudo da Demanda
Turística Internacional 2004-2008, dentre os entrevistados do último ano que vieram ao País
a lazer, 22,2% tem na natureza, no ecoturismo ou na aventura a principal motivação de suas
viagens.
De acordo com o Plano Aquarela - Marketing Turístico Internacional do Brasil 2007-2010, o
turismo e o lazer destacaram-se (70%) como principal motivação da viagem ao Brasil.
Dentre o lazer os principais aspectos motivadores da visita foram as belezas naturais e a
diversidade brasileira, bem como o povo e a cultura popular. Quanto à imagem dos turistas
estrangeiros sobre o Brasil, a natureza, junto com o povo brasileiro, representa o aspecto
determinante da imagem positiva perante o país.
Quanto aos motivos da visita as áreas protegidas, em maiores proporções aparece a
contemplação ou contato com a natureza, seguida pela busca pelo repouso ou fuga da
rotina.
O Ecoturismo, como segmento de mercado turístico, é competitivo e deve oferecer produtos
compatíveis com as exigências do ecoturista. Sabe-se que uma parcela destes turistas
possui elevada consciência ambiental e buscam experiências únicas que conservem os
recursos ambientais, históricos e culturais, e que envolvam a comunidade, contribuindo,
assim, para ampliar as expectativas de que esta atividade esteja realmente relacionada ao
desenvolvimento sustentável de diversas localidades e regiões.
Os ecoturistas visitam as localidades para interagir com os ambientes a partir das
informações anteriormente obtidas. A qualidade da informação e atividades experimentadas
pelo ecoturista nas áreas naturais, permite ampliar sua satisfação e as possibilidades de
divulgação e retorno no destino de Ecoturismo.
Esse tipo de consumidor, de modo geral, importa-se com a qualidade dos serviços e
equipamentos, com a singularidade e autenticidade da experiência e com o estado de
conservação do ambiente.
Segundo a pesquisa de Perfil do Turista de Aventura e do Ecoturismo no Brasil - 2009, os
turistas desses segmentos revelaram que a viagem foi a forma encontrada para satisfazer
às necessidades mais fortes em suas vidas: (i) fugir do dia a dia, seja ele urbano ou não, da
correria, do trabalho, do estresse e da violência, em busca de descanso, por meio do ócio
ou da prática de atividades inusitadas; (ii) resgatar a vida, o prazer, voltar às origens.
Segundo o estudo, em sua maioria, as pessoas que desenvolvem atividades de Ecoturismo
e turismo de aventura possuem como características: (i) maioria do sexo masculino; (ii)
idade entre 18 e 29 anos; (iii) solteiros; (iv) escolaridade: ensino médio completo e ensino
superior incompleto; (v) hábito de viajar em grupos; (vi) planeja pessoalmente a sua viagem
e demonstra respeito pelo ambiente natural e social; (vii) exige qualidade, segurança,
acessibilidade e informação;
Uma parcela majoritária dos turistas – 68% - estão abertos à realização de atividades na
natureza, seja a sua viagem motivada pelo ecoturismo ou por outros segmentos turísticos.
Sobre as atividades que gostariam de realizar, 70% destacou o mergulho, 61% a
observação da vida selvagem, 57% as caminhadas e 51% o
Dentre as atividades mais praticadas levantadas na pesquisa, a caminhada aparece em
terceiro lugar com 31% e a observação de vida selvagem com 22%. Para os entrevistados
que ainda não fizeram alguma das atividades pesquisadas, ao serem perguntados que
atividade gostariam de realizar, 70% destacou o mergulho, 61% a observação da vida

71
selvagem, 57% caminhadas e 51% o espeleoturismo – prática esportiva e recreativa de
visitação de cavernas.
Dentre os ecoturistas, o carro é o meio mais utilizado nas viagens (61%), seguido do avião e
do ônibus, empatados com 16%. Quase todos os entrevistados (91%) viajam durante as
férias, 72% preferem os finais de semana prolongados e 40% os finais de semana normais.
Sendo o Ecoturismo um segmento complementar potencial para o Polo Costa dos
Coqueirais, constata-se a necessidade premente de investimento em infraestrutura turística
e na implantação de um sistema integrado de informação ao turista, colocado à sua
disposição ainda na fase de escolha do destino, dado o perfil constatado para os que
demandam esse segmento.

Turismo Rural
O turismo no espaço rural ou em áreas rurais inclui todas as atividades turísticas praticadas
no meio não urbano, de alguma forma comprometidas com a produção rural. O turismo
rural, por sua característica espacial, interfaceia com os demais segmentos do turismo na
medida em que naquele ambiente pode-se dispor de condições para a prática do
ecoturismo, do turismo de aventura, do turismo de negócios e eventos, do turismo de saúde
e, como é o caso mais clássico, do turismo cultural, onde o turista, ao conviver no meio
rural, conhece e adquire experiências relativas à cultura típica ou à história daquele meio ou
daquele sítio, como nas fazendas engenhos. O turismo rural, via de regra, agrega valor aos
produtos e serviços do meio, resgatando o patrimônio cultural e natural da comunidade.
Hoje, poucas propriedades rurais no Brasil dispõem de registros, ainda que simples, sobre a
prática do turismo rural ou sobre o número de turistas recebidos, períodos de maior e menor
visitação, tempo de permanência e perfil do turista.
Os dados da pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no
Brasil – 2007 indicam que apenas 2,2% dos entrevistados apontaram o Turismo Rural como
motivação para sua principal viagem, enquanto a pesquisa de Hábitos de Consumo do
Turismo Brasileiro - 2009. Indica ser o meio campestre o preferido de 13,5% dos turistas
abordados, ficando atrás apenas da opção “praias” (64,9%). Ao considerar a soma
ponderada, ou seja, aquela que engloba não apenas a primeira, mas as três primeiras
opções respondidas pelo entrevistado, 19,2% dos entrevistados afirmaram desejar viajar
para o campo.
As pesquisas indicam também que o turismo rural é praticado por turistas de diferentes
classes sociais. Ele tende a buscar a aproximação com ambientes naturais e com a
paisagem rural, que indica que ele está fora do seu ambiente de rotina –, não se tratando
simplesmente de uma viagem, mas sim uma experiência diferente e autêntica.
Segundo informações do Manual de Turismo Rural publicado pelo MTur, os turistas deste
segmento apresentam características como: (i) são moradores de grandes centros urbanos;
(ii) possuem entre 20 e 55 anos, abrangendo ampla faixa etária; (iii) são casais que viajam
com os filhos e/ou amigos; (iv) escolaridade: ensino médio ou superior completos; (v)
deslocam-se em automóveis particulares, em um raio de até 150 km do núcleo emissor
urbano; (vi) realizam viagens de curta duração, em fins de semana e feriados; (vi) organizam
sua própria viagem, que é preparada com informações da Internet ou a partir da indicação
de parentes e amigos; (vii) apreciam a culinária típica regional; (viii) valorizam produtos
autênticos, artesanais e agroindustriais.

72
Turismo Náutico
A atividade náutica, quando atrelada ao turismo, possui características que a diferenciam do
simples ato de navegação. O Turismo Náutico, portanto, não se configura pela utilização da
embarcação como simples meio de transporte, mas como principal motivador da prática
turística.
Entende-se como náutica toda atividade de navegação desenvolvida em embarcações sob
ou sobre águas, paradas ou correntes, sejam fluviais, lacustres, marítimas ou oceânicas. A
navegação, quando considerada como uma prática turística, caracteriza o segmento do
Turismo Náutico.
No Brasil, como o desenvolvimento deste segmento turístico ainda é incipiente, dados e
pesquisas que retratem seus impactos econômicos, perfil do turista e demanda potencial
ainda são escassos.
Segundo pesquisa realizada pelo Governo de Portugal, o mercado do Turismo Náutico na
Europa (principal emissor de turistas náuticos) cresce a taxas que variam entre 8 e 10% ao
ano.
O perfil do turista náutico difere de acordo com o tipo de embarcação utilizada, tipo de
viagem e nacionalidade. No entanto, é possível identificar algumas características comuns à
maioria dos turistas náuticos, sejam eles de cruzeiro ou de esporte e recreio.
Segundo o Manual Turismo Náutico – Orientações Gerais - MTur, de forma geral os serviços
mais utilizados pelos turistas são: restaurantes; programação noturna; atividades esportivas;
compras; atividades de ecoturismo, como trekking e passeios náuticos em áreas bem
preservadas; atividades culturais e festas típicas regionais; e roteiros turísticos náuticos e
terrestres diversificados.
Para a escolha do destino da viagem, o turista deste segmento considera a oferta de
infraestrutura e serviços de qualidade (marinas), meio ambiente conservado, segurança,
proximidade dos atrativos, atividades de lazer e de recreio para crianças durante o dia e
para adultos, à noite, possibilidade de descanso, atividades de esporte náutico, clima
adequado e preço justo.
Devido à riqueza fluvial do Polo Costa dos Coqueirais, o turismo náutico se revela como um
segmento potencial complementar para a área turística, tendo em vista a diversificação da
oferta e incremento de novos produtos pela utilização plena e sustentável dos recursos
naturais disponíveis na região.
No quadro a seguir são apresentados os segmentos predominantes nos diferentes
municípios do Polo Costa dos Coqueirais.
Quadro 05: Tipologia do Turismo no Polo Costa dos Coqueirais - Sergipe
Município Tipologia Do Turismo
Negócios e eventos, turismo de sol e praia, turismo cultural, turismo
Aracaju
náutico
Barra dos Coqueiros
Sol e praia, turismo cultural, turismo náutico
Estância
Indiaroba Sol e praia, turismo rural
Itaporanga D’ajuda Sol e praia, turismo cultural
Laranjeiras
Turismo cultural
Nossa Senhora do Socorro
Pacatuba Sol e praia, ecoturismo
Pirambu Sol e praia, ecoturismo
Santa Luzia do Itanhy Turismo rural, turismo cultural
Santo Amaro das Brotas Turismo cultural
São Cristóvão Turismo cultural e de sol e praia
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

73
4.2.2. Elementos Críticos que Influenciam a Decisão de Compra da Viagem com
Relação aos Segmentos Potenciais
A pesquisa de Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro – MTur – 2009, relativa à
demanda potencial, obteve os seguintes resultados ao tratar do que poderia ser oferecido
para que os turistas potenciais viajassem dentro do Brasil: 31% já praticavam o turismo
nacional e 33,2% informaram que nada lhes poderia ser oferecido para que viajassem
internamente ao país. E ainda, 13,6% afirmaram que seria a oferta de pacotes com menores
custos e 6,6% que seria a redução dos preços das viagens aéreas.
Ao serem questionados se viajariam por conta própria ou utilizando pacotes turísticos,
79,1% da demanda potencial afirmou que viajaria por conta própria.
Quanto aos meios de hospedagem 38,9% preferiam os hotéis, 28,4% as pousadas, 20,8%
as casas de amigos ou familiares e 8,4% as casas alugadas. Como meio de transporte
preferencial da demanda potencial foram citados os ônibus e vans (40,2%), seguidos dos
carros (35,5%) e dos aviões (24,1%).
Dos clientes atuais – aqueles que realizaram pelo menos uma viagem nos dois últimos
anos, 1,9% realizou a sua viagem para o estado de Sergipe. Os principais motivos da
escolha dos clientes atuais foram a beleza natural/natureza (33,9%), praia (21,2%) e cultura
local (13,2%). Para 57,4% dos entrevistados aquela não tinha sido a primeira visita ao local,
o que vem demonstrar que, quando satisfeitos, os turistas retornam aos destinos, ou seja,
permanecem como clientes potenciais.
Dentre os clientes potenciais, 1,5% afirmaram querer viajar para o estado de Sergipe nos
próximos dois anos. Os principais motivos da escolha se repetem: Beleza natural/natureza -
37,9% Praia - 24,4% e Cultura local/população - 13,6%.
Dentre as atividades pretendidas em primeiro lugar destacam-se os passeios para conhecer
os pontos turísticos (42,0%), frequentar festas/bares/restaurantes/discotecas/boates
(23,8%), conhecer pratos e comidas típicas (9,6%), realizar atividades culturais (6,4%) e
praticar atividade esportiva (8,2%).
Foram investigadas as impressões dos entrevistados quanto à segurança no destino e
64,3% consideraram que a segurança seria positiva, 19,8% regular e apenas 5% ruim.
Apesar da pesquisa considerada ser de âmbito nacional, e portanto não expressar
especificamente o perfil do turista potencial do Polo Costa dos Coqueirais, a sua
contribuição é relevante por reafirmar a preferência por belezas naturais, pela viagem de
automóvel e por apontar os locais mais indicados para a busca de informações.
Ainda que praia seja um dos principais fatores motivacionais para a escolha de um destino
turístico, o turista atual espera pela oferta de outras atividades que agreguem valor àquele
atrativo. Desta forma, quanto mais diversificada for a oferta, mais elementos favoráveis o
turista terá para decidir pelo destino.
Assim, quanto mais atrativos diferenciados o destino possuir, maior a diversidade e mais
elementos favoráveis o turista terá para decidir pelo destino.
Se o destino de Sol e Praia aliar à beleza natural a oferta de atrativos culturais,
demonstrando valorização e respeito pela cultura local, o potencial para inserção do produto
será ampliado.
A consolidação e a ampliação do turismo no Polo Costa dos Coqueirais depende,
certamente, da consideração dos elementos críticos que deverão influenciar a decisão de
compra da viagem pelos turistas potenciais. Esta análise é fundamental para formatação do
produto turístico e para planejamento do processo de promoção e divulgação da área
turística, a partir da integração dos produtos ofertados. O Polo precisa ainda ser assimilado,
reconhecido e suficiente difundido, por esforços integrados das diferentes instâncias do
poder público, das entidades não governamentais e dos agentes privados.

74
4.2.3. Expectativa do Turista Quanto aos Diferentes Segmentos Potenciais
Os princípios de escolha do destino turístico pelos diferentes grupos de consumidores
retratam as necessidades, desejos e satisfações de cada grupo.
O desejo de descanso, de práticas esportivas, de diversão, de aquisição de novas
experiências e de busca de oportunidades para interação com as comunidades receptoras
são características comuns aos turistas, que têm também a expectativa de que a atividade
turística venha contribuir para o bem estar e para a melhoria da qualidade de vida das
comunidades anfitriãs. Já o ecoturista se preocupa e se interessa em buscar experiências
únicas e meios para manter os recursos ambientais e socioculturais preservados.
A pesquisa de Hábitos de Consumo do Turista Brasileiro - 2009,revela que os entrevistados
associam o turismo e a sua expectativa ao viajar com (i) descanso/tranquilidade - 42,8%;
com diversão e entretenimento - 25,7%; beleza natural/lugares bonitos - 8,3%.
Vale ressaltar que existe uma expectativa de nível nacional com relação ao segmento de sol
e praia, que é visto não isoladamente, mas aliado a atividades turísticas complementares.
Para os turistas que se destinam ao estado de Sergipe, tal composição, que representa um
dos principais fatores de motivação para a viagem, é viável dado o potencial existente, e
mesmo já consolidado, para desenvolvimento das atividades complementares.
Os segmentos de turismo ecológico, náutico e de pesca esportiva, vistos de forma
integrada, aliados ao turismo de sol e praia, constituem potencial do Polo Costa dos
Coqueirais, dada a rede hidrográfica diversificada e de grande porte ali existente e as áreas
específicas com características ambientais diferenciadas. Destacam-se no Litoral Sul a
área do Estuário do Rio Real e no Litoral Norte a Foz do Rio São Francisco, onde as vias
fluviais foram intensamente utilizadas para o transporte local e hoje exibem riquezas
histórico-culturais expressivas. Na Área Central do Polo as atividades náuticas - de lazer e
as de pesca no rio Vaza-Barris fazem parte do cotidiano atual da população, notadamente
na área próxima ao Mosqueiro. Em todo o território destaca-se a presença dos mangues,
dunas e reservas de Mata Atlântica, formando conjuntos peculiares para o desenvolvimento
do ecoturismo agregando segmentos complementares que atendem à expectativa dos
turistas.

Viagens realizadas
A pesquisa de Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro aponta que 95,1% das viagens
realizadas foram positivas, sendo que 61,7% foram ótimas e 33,4% foram boas. Isso
demonstra que a expectativa dos clientes foram atingidas durante a viagem.
Dentre os aspectos positivos mais citados, relativo ao panorama nacional, em primeiro lugar
aparece a beleza natural, com 33,6%, seguida da praia 17,5%, da cultura local, com 14,5%,
do perfil do local com 14,4% e das festas populares, com 5,8%. Estes resultados
demonstram que o Polo Costa dos Coqueirais, dadas as suas características, corresponde
aspectos mais relevantes e satisfatórios das viagens brasileiras, ofertando beleza natural,
praias de qualidade, cultura local relevante, povo hospitaleiro, festas populares marcantes e
outros aspectos da cultura brasileira. Entretanto, todo esse potencial do Polo só poderá
despontar e mostrar-se plenamente a partir de investimentos significativos em infraestrutura
e serviços públicos, equipamentos e serviços turísticos, em promoção e marketing, em
recursos de informação e de gestão setorial, dentre outros.
Quanto aos aspectos negativos das viagens no território brasileiro, os principais citados
foram problemas com a viagem de ônibus/carro (6,2%), falta de segurança (3,9%), falta de
estrutura para o turismo (3,8%) e problemas com transporte público (2,4%). Nota-se que as
expectativas dos turistas incluem infraestrutura viária e transporte público qualificados,
informações turísticas e infraestrutura básica.

75
Quanto às expectativas sobre a viagem 31,8% dos entrevistados afirmaram que a viagem
superou as suas expectativas, 53,7% que a viagem correspondeu totalmente, 12,3% que
correspondeu parcialmente e apenas 2,2% que ficou abaixo das suas expectativas.

4.2.4. Hábitos de Informação e Compra dos Diferentes Segmentos Potenciais


O turista potencial do turismo de sol e praia busca informações sobre os destinos,
majoritariamente na internet, bem como com amigos e parentes. No que diz respeito ao
turismo de eventos e negócios, segundo dados da Pesquisa do Impacto Econômico dos
Eventos Internacionais no Brasil, realizada em 2010 pela EMBRATUR/FGV, 33,71% turistas
de eventos obtiveram na Internet dados e informações sobre o destino e 30,62% buscaram
informações com o próprio organizador do evento.
De acordo com a pesquisa de Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro – 2009, 47,7%
dos clientes potenciais, ou seja, aqueles que pretendem viajar pelo menos 1 vez nos
próximos 2 anos, informaram buscar informações sobre viagens com parentes e amigos,
30,9% na internet e apenas 4,3% em agências de viagens e 4,2% em revistas e guias de
turismo.
A programação da viagem realizada por 68,8% dos entrevistados é realizada com
antecedência, sendo que 17,0% programam a viagem com antecedência de 91 a 180 dias
de antecedência, 8,1% de 61 a 90 dias, 7,9 de 31 a 60 dias e 17,2% de 16 a 30 dias. Sendo
assim, percebe-se que apenas 31,2% das pessoas viajam sem se programar com, pelo
menos, 15 dias de antecedência.
Em relação à compra da viagem, 16,3% dos clientes potenciais a realizam com até 7 dias de
antecedência, 12,2% de 8 a 15 dias de antecedência, 28,9% de 16 a 30 dias, 10,9% de 31 a
60 dias, 7,7% de 61 a 90 dias e 16,5% com mais de 91 dias de antecedência.
O pagamento da viagem é realizado à vista por 63,9% dos turistas potenciais; 79,1% dos
turistas viajam por conta própria, ou seja, sem adquirir pacotes turísticos.
Quanto à quantidade de viagens em território brasileiro ao longo do ano, 44,2% dos clientes
potenciais afirmaram realizar uma viagem, 21,7% duas viagens, 9,3% três viagens, 2,5%
quatro viagens, 2,6% cinco viagens e 1,9% de 6 a 10 viagens.
Em 52,9% dos casos, a viagem tem duração de até uma semana, sendo que deste
percentual 40,7% tem duração de 4 a 7 dias, 31,6% a viagem tem duração de uma a duas
semanas, e 12% tem duração de duas a quatro semanas e, em apenas 0,5% dos casos a
viagem dura mais de um mês. 90,2% dos turistas potenciais afirmaram fazer menos viagens
turísticas no Brasil do que gostariam.

4.2.5. Nível de Conhecimento e de Interesse da Demanda Potencial


O Estado de Sergipe possui características peculiares uma vez que apresenta pequenas
dimensões e um potencial turístico significativo representado pelas riquezas naturais pouco
exploradas como as praias, dunas, rios, matas e cachoeiras. Oferece também uma
diversidade cultural, gastronômica, artesanal e patrimonial e, além disso, o Estado está
entre os quatro maiores produtores de petróleo do Brasil.
O turismo em Sergipe, se considerado desde o início da década de 2000, apresentou
índices significativos de crescimento; os investimentos diversos realizados para a
implantação e melhoria da infraestrutura, dos serviços públicos e dos equipamentos e
serviços turísticos produziram resultados evidenciados no aumento do fluxo turístico
estadual. A pequena dimensão do estado, fazendo com que os atrativos sejam
relativamente próximos uns aos outros, e os atrativos potenciais, como praias, dunas, rios,
matas e cachoeiras, a cultura local e a natureza preservada contribuíram para a
concretização do cenário atual. Nele, tanto o Estado de Sergipe, quanto o Polo Costa dos

76
Coqueirais e os demais polos turísticos, são considerados destinos novos e singulares,
frente a outros destinos do Nordeste no segmento do turismo sol e praia. As atividades
ofertadas aliadas à singularidade das características locais conferem ao Polo uma imagem
que se identifica com tranquilidade e interface com cultura e meio ambiente. Portanto, a
complementaridade de produtos, atrativos e atividades ofertadas em curtas distâncias
podem garantir ao Polo a condição de destino diferenciado dos demais destinos do
Nordeste.
O Polo Costa dos Coqueirais, por abrigar Aracaju, principal entrada do Estado, assume
destaque no cenário turístico estadual. Concentra a oferta de atrativos e equipamentos e,
apesar de ser formado por treze municípios, as distâncias a serem percorridas pelos turistas
são pequenas – 163 Km de litoral. A oferta de produtos comercializados são as Cidades
Históricas, a Foz do Rio São Francisco, Mangue Seco (BA) e City Tour em Aracaju. Estes
destinos comercializados, bem como as características do Polo enfatizam os segmentos
principais que são o turismo de sol e praia, o turismo cultural e o turismo de negócios e
eventos, mas, nem de longe abarcam todo o potencial existente. Há uma variedade de
produtos turísticos ainda não explorados, considerados potenciais e que sugerem como
segmentos complementares o ecoturismo, o turismo rural, o náutico e o rural. O Polo
corresponde, portanto, um destino promissor que necessita de investimentos para
fortalecimento e integração do turismo, que teve no PDITS em vigor o seu marco inicial.
O Estado recentemente vem tendo os seus atrativos turísticos reconhecidos e apoiados pelo
desenvolvimento do turismo brasileiro, em particular do Nordeste, pela abertura turística e
pela necessidade crescente de novos destinos e também pelos esforços dos órgãos oficiais
de gestão do turismo em promover, divulgar e comercializar um portfólio de produtos nas
feiras e eventos de turismo, nacionais e internacionais definindo novas estratégias de
mercados a serem atingidos.
Notadamente, o fato de Aracaju ser considerado um dos 65 destinos indutores do
Desenvolvimento Turístico Regional no Brasil, conforme tratado no item 1.3 deste
documento, contribui para a atração de turistas na região, dinamizando a economia do
Polo.

4.3. Oferta Turística


A oferta turística diz respeito a um conjunto formado por atrativos turísticos – naturais,
culturais, tecnológicos e científicos e eventos programados, bem como a serviços e
equipamentos, dentre os quais, de hospedagem, de alimentação, de recreação e lazer, de
caráter artístico, cultural e social, com capacidade de captar e manter visitantes em
determinada localidade receptora, por um período determinado de tempo, dedicado a
atividades turísticas.
A oferta turística o Polo Costa dos Coqueirais concentra-se, em grande parte, em Aracaju,
que possui, além dos atrativos naturais e culturais, infraestrutura turística já consolidada. O
levantamento da oferta turística nos outros doze municípios do Polo surpreende pelo
número e pelo significado dos atrativos existentes, ainda que sejam limitados aqueles que,
além de Aracaju, hoje sustentam o fluxo turístico existente, como é o caso da Foz do Rio
São Francisco, as cidades históricas e o acesso a Mangue Seco, na divisa do litoral sul
sergipano com o estado da Bahia. O fato de existirem e suprirem o movimento turístico
atual, não significa que o fazem com qualidade nem que há capacidade de absorver uma
demanda crescente. Desta forma, tem-se para o Polo Costa dos Coqueirais situações
pontuais de turismo em fase de consolidação e um grande potencial de expansão, que
poderá se concretizar se tal crescimento for subsidiado por diferentes ações de melhoria, de
curto, médio e longo prazos, destinadas a infraestrutura e serviços básicos, criação de
roteiros, criação de estruturas turísticas, ações socioambientais e de gestão.

77
Ao analisar o mercado turístico, cabe ainda avaliar se a situação atual da oferta de
equipamentos e serviços turísticos e da infraestrutura básica e de serviços públicos poderá
atender o crescimento da demanda.
A seguir são apresentadas as informações sobre cada um dos municípios e sobre os
atrativos turísticos neles localizados.

4.3.1. Descrição e Avaliação dos Atrativos Turísticos Mais Relevantes


Atrativos turísticos referem-se a localidades, objetos, equipamentos, pessoas, fenômenos,
eventos ou manifestações capazes de motivar o deslocamento de visitantes ao destino
turístico.
Inicialmente foram realizados levantamentos em fontes secundárias, definindo uma ficha
turística por município do Polo com atrativos relevantes de cada localidade. Em um segundo
momento, foram realizadas visitas e pesquisas in loco, para avaliação e análise dos
principais atrativos turísticos municipais, indicados pelos Órgãos Oficiais de Turismo
Municipais e pela Emsetur, de acordo com o formulário de pesquisa do Inventário da Oferta
Turística.
No PDITS Costa dos Coqueirais elaborado em 2001/2003 e aprovado pelo MTur/Prodetur,
que embasou os investimentos realizados na área com recursos do Programa, foi adotada a
divisão da área turística em três trechos, que possuem, cada um deles, características
peculiares e potencialidades próprias para desenvolvimento turístico.
Nesta revisão do PDITS foi adotada a mesma divisão:
 Trecho 1 - Área Central, incorporando os municípios de Barra dos Coqueiros, São
Cristóvão, Laranjeiras, Santo Amaro das Brotas, Aracaju e Nossa Senhora do
Socorro;
 Trecho 2 - Litoral Sul, abrangendo os municípios de Itaporanga d’Ajuda, Estância,
Santa Luzia do Itanhy e Indiaroba.
 Trecho 3 - Litoral Norte, abrangendo os municípios de Pirambu, Pacatuba e Brejo
Grande.
Os trechos adotados para o planejamento do Polo são ilustrados no mapa da Figura 9.

78
Figura 9. Municípios Integrantes do Polo Costa dos Coqueirais - Divisão em Trechos para Efeito de
Planejamento

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A seguir são apresentadas as principais características dos municípios, no que diz respeito
a atrativos turísticos e principais localidades ou equipamento turístico oferecido. A análise
integrada e a valoração dos principais atrativos turísticos do Polo encontra-se na Terceira
Parte deste documento, item 9.

TRECHO 1 – ÁREA CENTRAL


A. Aracaju

Capital do estado de Sergipe, foi fundada em 17 de março de 1855 pelo então presidente da
província de Sergipe Del Rey, Inácio Barbosa. A transferência da sede do governo de São
Cristóvão, no interior, para Aracaju, no litoral, se deu devido à facilidade de escoamento da
produção agrícola, principalmente açucareira.

79
Caracteriza-se por ser o centro receptivo do Estado. É uma cidade planejada e ordenada,
com ruas limpas e arborizadas. Possui clima ameno, brisa constante e um povo hospitaleiro.
A população é de 570.937 habitantes e ocupa uma área territorial de 181,856km² de
extensão. O PIB, per capita, é de R$ 12.940,65 (IBGE 2010).
Os principais segmentos turísticos que merecem destaque, de acordo com o Relatório
Analítico dos 65 Destinos Indutores, são o do Turismo de Negócios e Eventos, Turismo de
Sol e Praia e Turismo Cultural. A cidade possui uma diversidade de atrativos naturais como
rios, manguezais e praias de água morna. A área litorânea possui mais de 35 Km de
extensão.
A capital apresenta infraestrutura turística, incluindo variedade hoteleira e gastronômica,
além de riqueza patrimonial, ciclovias, parques, praças, museus, teatros, galerias de arte,
bares, restaurantes, casas noturnas e um centro de convenções. A exploração petrolífera é
crescente na região, o que vem atraindo turistas e investidores.
Os principais atrativos turísticos são:
 Praia de Atalaia – localizada a 9 Km do Centro de Aracaju, a Orla de Atalaia possui
6 Km de extensão, abrigando bares, restaurantes, hotéis, pousadas, equipamentos
de lazer e convivência, com destaque para o Centro de Arte e Cultura e o Oceanário.
Conta com a Delegacia de Turismo, com a CPTur – Companhia de Policiamento do
Turismo.
Na Passarela do Caranguejo, à beira-mar, são encontradas especialidades
gastronômicas variadas.
Dentre os equipamentos de lazer e convivência conta com quadras poliesportivas,
praça de eventos, equipamentos de ginástica, banheiros, ciclovia com 5 mil metros
de extensão, fontes luminosas, parques infantis, pergolados, passarelas sobre as
areias para acesso ao mar, quadras de tênis, de vôlei, campos de futebol de areia,
parede de escaladas, complexo de esportes radicais com rampas de skate, pista de
Kart, lagos e estacionamentos.
A sinalização turística e indicativa é adequada e encontra-se em bom estado de
conservação.
 Oceanário de Aracaju – conjunto de 18 aquários que mostram a diversidade da
flora e fauna marítima e fluvial de Sergipe. A visita é monitorada e o ingresso é
cobrado.
Inaugurado em junho de 2002, o Oceanário tem o formato de uma tartaruga. Os
aquários abrigam variadas espécies de peixes, tartarugas, moréias, xaréus,
caranhas e tubarões-lixa.
Existem ainda quatro tanques onde os visitantes podem tocar em espécies de
invertebrados, crustáceos, moluscos e peixes, com a orientação de um monitor. O
visitante pode, ainda, em horários determinados, auxiliar o monitor na alimentação
dos animais.
O Oceanário conta ainda com um anfiteatro, painéis informativos, sistema de som
com música ambiente, projeção de vídeo, vitrine com exposição sobre o mangue e
uma concha acústica para apresentações de cunho cultural. Na área externa há uma
loja com produtos Tamar.
No que se refere à infraestrutura, o Oceanário oferece acesso aos portadores de
necessidades especiais, com rampas e banheiros projetados para atender esse
segmento de visitantes.
A visita é realizada com monitores do Projeto Tamar, de 3ª a domingo, das 9h ás
21h. O valor da entrada é de R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia para estudantes,

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com carteira de identificação); crianças de até 1metro de altura e portadores de
necessidades especiais não pagam entrada.
Figura 10. Oceanário de Aracaju – Praia de Atalaia

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Rio Vaza Barris – Croa do Goré – no rio Vaza Barris que separa os municípios de
Aracaju e São Cristóvão, merece destaque a Croa do Goré. O espaço é muito
utilizado nos finais de semana e feriados.
O Rio Vaza Barris possui cerca de 450 quilômetros de comprimento e banha os
estados da Bahia e Sergipe. Desaguando no litoral sergipano, no povoado de
Mosqueiro. Sua paisagem é formada por manguezais preservados, vegetações
nativas e ilhas que surgem com a maré seca.
O acesso à Croa do Goré depende da maré baixa para sua visitação. Croa significa:
monte de areia que surge do rio na maré vazante e Goré é o caranguejo que se
esconde na terra.
O acesso à Croa é realizado por catamarã, lancha ou barco que, via de regra,
partem do atracadouro do Mosqueiro. O percurso dura aproximadamente 15
minutos. Na Croa, aos sábados, domingos e feriados, fica ancorado um bar flutuante
que atende as demandas de alimentação e bebida dos visitantes, com um cardápio
diversificado à base de frutos do mar. São também disponibilizados banheiros no bar
flutuante.

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Figura 11. Atracadouro do Mosqueiro – Povoado do Município de Aracaju

Fonte: Technum Consultoria, 2011.


Figura 12. Croa do Goré – Município de Aracaju

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Figura 13. Croa do Goré – Município de Aracaju

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Orla Por do Sol – localizada no Povoado Mosqueiro, conta com equipamentos


voltados para o lazer e atividades físicas, além de abrigar eventos culturais. É
também ponto de partida para navegação pelo Rio Vaza Barris.
Inaugurada em 2010 pela Prefeitura Municipal de Aracaju, a Orla Por do Sol possui
600 metros de extensão com ciclovias, pista para caminhada, equipamentos de
ginástica, rampa de acesso para lanchas e transportes marítimos de pequeno porte,

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passarela de madeira às margens do rio Vaza Barris e quiosques. No espaço há
também um Centro de Atendimento ao Turista e um Posto Policial
O Governo Municipal de Aracaju, por meio da Fundação Municipal de Cultura e
Turismo – FUNCAJU promove aos sábados, a partir das 17 horas, o Projeto Orla Por
do Sol, com variadas atrações musicais, com o objetivo atrair sergipanos e turistas
para o espaço.
No Povoado de Mosqueiro ressalta-se a necessidade de investimento para a
recuperação de atracadouros, que se encontram em estado precário de manutenção.
Figura 14. Orla Pôr do Sol – Mosqueiro – Município de Aracaju

Fonte: Technum Consultoria, 2011.


Figura 15. Orla Pôr do Sol – Mosqueiro – Município de Aracaju

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Orla do Bairro Industrial – localizada na zona norte de Aracaju, às margens do Rio


Sergipe. É voltada ao lazer de moradores e visitantes. Conta com calçadão, bares,

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restaurantes, centro de artesanato, ciclovia, píer, banca de revistas e
estacionamento.
É um dos bairros mais antigos da cidade e nele podem ser vistas algumas fábricas
antigas ainda em atividade e residências com características arquitetônicas
singulares.
O bairro é margeado pelo Rio Sergipe e, por este motivo, a Prefeitura da cidade
construiu uma orla voltada para o lazer de moradores e visitantes, onde se
instalaram bares e restaurantes com culinária típica da região.
Figura 16. Orla do Bairro Industrial - Aracaju

Fonte: www.leveweb.com.br

 Mercados Públicos Antônio Franco e Thales Ferraz - localizados no Centro de


Aracaju, constituem parte do patrimônio edificado da cidade. Funcionam como centro
comercial, cultural e de gastronomia, abrigando lojas de produtos artesanais locais e
regionais, bancas de literatura popular e restaurantes.
O mercado Thales Ferraz data de 1949 e o mercado Antônio Franco de 1926.
O mercado Antônio Franco era inicialmente um espaço onde se comercializava
produtos industrializados, carnes, queijos, doces, mandioca, ervas e produtos
relacionados aos cultos afro-brasileiros. No ano de 1948, foi construído o mercado
auxiliar que recebeu o nome de Thales Ferraz, cuja leitura arquitetônica era
semelhante à do mercado Antônio Franco. Na década de 90 foi realizado um projeto
de revitalização do centro da cidade que incluiu a reforma dos dois mercados. Nesta
época foi construído o Mercado Albano Franco, com uma arquitetura diferente dos
outros dois.
O Mercado Antônio Franco abriga lojas de produtos artesanais locais e regionais,
bancas de literatura popular e restaurantes. Ligado a este pela Passarela das Flores
encontra-se o Mercado Thales Ferraz que comercializa produtos como queijo, mel,
castanha de caju e doces típicos. O mercado Albano Franco é um dos mais
importantes centros de abastecimento da capital no ramo de hortifrutigranjeiros.

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O horário de funcionamento dos mercados é das 6h às 18h, de segunda a sábado, e
das 6h às 12h aos domingos.
Figura 17. Mercados Públicos

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Museu da Gente Sergipana - instalado em antigo prédio restaurado, entrou em


operação em 2011. Conta com recursos interativos e de multimídia que
proporcionam ao visitante o conhecimento da cultura sergipana e suas
manifestações folclóricas.
O acervo do museu foi instalado no antigo prédio do Atheneuzinho, que foi
restaurado pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese), em parceria com o Governo
do Estado.
O prédio do museu conserva em seu exterior as características arquitetônicas da
época, adaptadas para as necessidades atuais. Em seu interior há uma variedade de
recursos interativos e de multimídia que proporcionam ao visitante uma oportunidade
de conhecer o Estado de Sergipe em suas manifestações folclóricas, simbólicas,
natureza, artes, história, culinária, festas e costumes.
A programação é variada e inclui passeios guiados e apresentação de vídeos, no
Auditório, com belas imagens de paisagens e manifestações culturais presentes no
estado.
A exposição permanente conta com conteúdos relacionados à história, culinária,
festas, personalidades sergipanas, artesanato, ecossistemas, entre outros.
Outros equipamentos disponíveis são a Loja da Gente, localizada no térreo, com a
comercialização de produtos artesanais e o Café da Gente, ambiente climatizado e
agradável, que oferece diversificada culinária além de contar com uma programação
cultural com música e exposições artísticas.
O horário de funcionamento do Museu da Gente Sergipana é de terça a domingo,
das 10h às 17h.
 Festejos Juninos - destaque no calendário de eventos de Aracaju e do Estado de
Sergipe, com expressivas manifestações populares. Os principais eventos ocorrem
no Centro Histórico e na praia de Atalaia.
Um dos eventos que se destacam no calendário de eventos de Aracaju e do Estado
de Sergipe são os Festejos Juninos que ocorrem no mês de Junho.

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A capital do estado é o principal centro destas manifestações populares. São as
festas de Santo Antônio, São João e São Pedro que atraem visitantes de todas as
partes. Ao som do forró, da zabumba, da sanfona, do triângulo toca-se o xote, o
xaxado e o baião. Os grandes eventos ocorrem no Centro Histórico e na praia de
Atalaia como o Forró Caju e o Arraiá do Povo.
O Barco do Forró é outro atrativo que ocorre no mês de junho. Ao som de
sanfoneiros, triângulos e zabumba o Catamarã Parnamirim realiza dois itinerários:
 Píer do Crase no Rio Sergipe: saída em direção à ponte Aracaju/Barra dos
Coqueiros, retornando ao Píer. O roteiro tem a duração de 3 horas e sai ás
10h e ás 15h.
 Orla Pôr-do-Sol no Rio Vaza Barris: saída em direção à Croa de Goré,
passando pela Ilha dos Namorados e retorno à Orla Pôr-do-Sol. O roteiro tem
a duração de 3h e 30 minutos, e sai ás 9h e ás 14h.
As festas juninas de Aracaju, ainda que não decepcione a população local e os
visitantes, poderiam ser enriquecidas e expandidas se o calendário de eventos do
município contemplasse os festejos promovidos em diferentes bairros e ruas da
cidade e que, também a estes eventos fosse dada promoção e apoio.
 Centro de Convenções de Sergipe - maior complexo de eventos de Sergipe,
administrado pelo governo estadual. Possui pavilhão para feiras e exposições, com
cerca de 5.000 m2, e complexo de salas e auditórios. Capacidade, porém, é limitada
– o maior auditórios tem 408 lugares.
Está localizado na Avenida Tancredo Neves, a 10 minutos do centro da cidade e a
15 minutos da orla de Atalaia e do aeroporto de Aracaju, próximo dos principais
hotéis, shoppings, restaurantes, bares, cinemas, teatros e praias da capital.
Foi construído no ano de 1986 e inaugurado dois anos depois. Em 1994 foi chamado
de Centro de Convenções de Sergipe, uma vez que o Estado necessitava de um
espaço para sediar eventos de grande porte.
O complexo de salas e auditórios, possui quatro auditórios e duas salas de
treinamento com capacidade que varia de 30 a 408 lugares. O conjunto está ligado
ao Teatro Tobias Barreto por meio de passarela coberta. O Teatro possui
capacidade para 1.350 pessoas que pode também ser utilizado para eventos.
Em 2002 foi realizada uma reforma no complexo, sendo instalados elevador, posto
médico, entrada individual e banheiros adaptados para o Pavilhão de Exposições.
O Centro de Convenções de Sergipe oferece adequada infraestrutura para a
realização de feiras, congressos, convenções, seminários, simpósios, exposições e
outros tipos de eventos.
Importa acrescentar que os espaços são equipados com ar refrigerado, permitindo
maior conforto para seus usuários. Possui também foyer, depósito e telefones
públicos.

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Figura 18. Térreo do Centro de Figura 19. Pavimento do Centro de
Convenções Convenções

Fonte: http://www.centrodeconvencoes.se.gov.br

Além desses atrativos principais, a cidade possui outros atrativos de menor porte, como:
 Centro de Turismo – Rua 24 horas;  Catedral Metropolitana;
 Ponte do Imperador; Palácio Fausto  Igrejas: Santo Antônio; São José;
Cardoso;  Praças: Fausto Cardoso; Olímpio
 Teatro: Atheneu e Tobias Barreto Campos; Tobias Barreto;
 Centro de Criatividade;  Calçadão da 13 de Julho;
 Espaço Cultural Imbuaça;  Parques: da Sementeira – Governador
 Centro Cultural e Arte UFS – Augusto Franco; Parque da Cidade –
CULTART; José Rollemberg Leite; dos Cajueiros –
 Galeria de Arte Álvaro Santos; Governador Antônio Carlos Valadares;
 Galerias: Florival Santos; J. Inácio;  Eventos: Pré-caju, Réveillon e Projeto
Félix Mendes; Jenner Augusto; Verão.

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B. Barra dos Coqueiros

Fundada em 1953, o município foi inicialmente denominado “Ilha de Santa Luzia”. Localiza-
se a 800 metros da capital sergipana, possui uma população aproximada de 24 mil
habitantes e 90.322 Km² de área territorial. Pequena e aconchegante, a cidade guarda o
bucolismo de tempos remotos mas abre espaço para a modernidade, percebida com a
construção da ponte Construtor João Alves, em 24 de setembro de 2006. A ponte interliga a
capital, Aracaju, ao município de Barra dos Coqueiros, cruzando as águas do Rio Sergipe. A
ponte possui também o propósito de facilitar a ligação de Aracaju aos municípios do litoral
norte do estado; porém, as lanchas, balsas e tototós perderam sua utilidade e as travessias
ficaram escassas.
Sua posição geográfica favorece a vocação do município para o turismo de sol e praia e
turismo de lazer, uma vez que é cercado pelo rio e pelo mar, com praias de águas calmas e
mornas, manguezais e coqueirais. Até o ano de 2006 o acesso dos moradores e visitantes
do município à capital sergipana era realizado somente por meio de transporte hidroviário
em tototós, lanchas, escunas ou barcos.
As praias da Costa, Atalaia Nova e Jatobá atraem os visitantes. Bares rústicos, oferecem
comidas típicas como moqueca de robalo, peixe frito, carne de sol com pirão de leite, e
petiscos variados, como pilombeta e pastéis de caranguejo e de aratu.
A sede municipal não conta com saneamento básico satisfatório e grande parte de suas
ruas não têm calçamento. O atracadouro necessita igualmente de intervenções e
benfeitorias. A segurança pública também precisa ser reforçada. Com o crescimento do
turismo, destaca-se a importância de um Centro de Informações Turísticas na cidade,
preferencialmente no atracadouro onde desembarcam os tototós, catamarãs e barcos.
Dentre os atrativos do município destacam-se:
 Ponte Construtor João Alves - ligando o município à capital sergipana, foi
inaugurada em 2006. Possui 1.850 metros de extensão, com quatro faixas para
veículos, além de ciclovia e faixa para pedestres.
Figura 20. Ponte Construtor João Alves

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Travessia de Tototó - embarcação de madeira movida a motor, considerado desde


dezembro de 2011 como patrimônio cultural do Estado de Sergipe.
O som característico da embarcação motivou o nome pelo qual é conhecido –
Tototó. O título de patrimônio cultural do Estado de Sergipe, reforça sua importância
na história da população aracajuana.

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Os tototós representaram, por muito tempo, a única forma de se chegar a Barra dos
Coqueiros, partindo de Aracaju. Dezenas de embarcações realizavam essa
travessia, considerada popular devido ao preço e à rapidez.
Atualmente 23 tototós se revezam diariamente nas travessias, garantindo ocupação
para 46 proprietários que persistem no trabalho, escasso após a inauguração da
ponte Construtor João Alves.
Figura 21. Travessia de Tototó – Aracaju a Barra dos Coqueiros

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Navegação pelo Rio Sergipe – em catamarã, permite a contemplação do município


de Barra dos Coqueiros, em específico a Praia de Atalaia Nova. O trecho navegado
se estende até o Rio Pomonga, local utilizado pelos turistas para banho. A
embarcação parte do atracadouro localizado na Avenida Ivo do Prado, em Aracaju e
passeia pelas águas do Rio Sergipe.
 Praia de Atalaia Nova - primeiro local povoado no município, é ainda pouco
explorada pelo turismo. Utilizada como palco para eventos, notadamente os
realizados no verão. A infraestrutura local se encontra em estado precário; com
degradação de casas e calçamentos pela a força do mar. O lixo constitui outro
grande problema, com restos de construção e outros resíduos dispostos
indevidamente em espaços públicos.
São 30 km de extensão, com pontos de vegetação nativa e deserta, com paisagem
de areias escuras e coqueirais. A praia é ainda pouco explorada pelo turismo.
É palco do evento artístico, cultural e esportivo denominado Verão Sergipe.
Figura 22. Praia de Atalaia Nova

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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 Passeio de Charrete – saindo da Praça da Matriz. Registra-se o estado precário das
ruas, que precisam receber melhorias para conforto e segurança dos usuários do
passeio.
 Praia da Costa - com boa infraestrutura turística, com bares e restaurantes, localiza-
se próximo à rodovia que liga a sede municipal à Praia de Atalaia Nova. Abriga
algumas pousadas e um Resort. A transformação desta praia num atrativo turístico
demanda, pelo menos, a construção de um calçadão com área de estacionamento,
área de lazer e espaço para comercialização do artesanato local.
 Festa de Santa Luzia - em homenagem à padroeira da cidade, é a festa cristã mais
tradicional da cidade, atraindo a comunidade local e os moradores e visitantes dos
municípios vizinhos.
A festa é realizada no dia 13 de dezembro. A comemoração inclui novenas e missas,
culminando com uma grande procissão que percorre as principais ruas do centro da
cidade de Barra dos Coqueiros.
Merece destaque também, como atrativo do município, a Igreja Santa Luzia, o
folclore regional, o artesanato, a atividade das catadoras de mangaba e as festas e
celebrações como a Festa da Padroeira ou a Cavalgada.
 Praia do Jatobá - próxima à divisa Barra dos Coqueiros / Pirambu, com acesso por
estrada de chão batido. Plana, tranquila e de águas claras, a praia do Jatobá presta-
se ao descanso e ao turismo em família. Destaque para a rica biodiversidade do
local.
Ao longo do trajeto, o turista pode se deslumbrar com um cenário formado por
vegetação de manguezais e coqueirais que adornam a estrada.
Registra-se a necessidade de implantação de melhorias no acesso à praia, já que a
estrada de barro, em dias chuvosos, pode tornar-se um obstáculo à visitação. É
também necessário o planejamento do espaço público - calçadão, praças,
estacionamentos, etc., assim como melhoria da qualidade dos serviços de bares e
restaurantes existentes no local.
Tem ainda importância como atrativos turístico do município: a Igreja Santa Luzia, o folclore
regional, o artesanato, a atividade das catadoras de mangaba e as festas e celebrações
como a Festa da Padroeira ou a Cavalgada.

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C. Laranjeiras

Fundada em 1832 às margens do Rio Cotinguiba, a cidade situa-se a 23 km de Aracaju.


Possui aproximadamente 27 mil habitantes e área territorial de 162 Km². O município é
considerado patrimônio histórico cultural nacional devido a riqueza de casarios, engenhos e
igrejas que remontam ao período colonial brasileiro.
Merece destaque também sua cultura popular manifestada por mais de vinte grupos
folclóricos e religiosos, alguns dos quais existentes apenas em Laranjeiras.
 Patrimônio Arquitetônico – as mais importantes edificações compreendem a Casa
de Engenho Retiro, os Engenhos Jesus Maria José e Usina Pinheiro, as Igrejas Boas
Jesus dos Navegantes, Matriz do Sagrado Coração de Jesus, Conjunto do Retiro,
Igreja Nossa Senhora da Conceição de Comandaroba, Igreja Nossa Senhora do
Rosário e São Benedito.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Comandaroba foi erguida em 1734 e
abrigou a segunda residência dos jesuítas. Possui características barrocas e está
aberta a visitação diariamente até às 16h. A edificação, tombada pelo IPHAN, é um
dos monumentos históricos de maior valor no Estado.
Figura 23. Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Comandaroba

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A Igreja Nosso Senhor do Bonfim foi edificada em 1836 no ponto mais alto da
cidade, a 65 metros de altura, no morro do Bonfim. Foi conhecida inicialmente como
"Capela Azulada" por quase tocar o firmamento. Em meados do século XIX, a igreja
foi atingida por um incêndio que destruiu seu altar. Sua restauração foi realizada
utilizando o teto e os altares laterais da Igreja Jesus, Maria e José.
Figura 24. Igreja Nosso Senhor do Bonfim - Laranjeiras

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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A Capela do Engenho Jesus, Maria e José foi construída em 1769. Atualmente
encontra-se em ruínas. O altar, bem histórico tombado pelo IPHAN, foi retirado e
encontra-se hoje na Igreja do Senhor do Bonfim. Localiza-se Zona rural, em
propriedade particular de difícil acesso.
Figura 25. Área Rural de Laranjeiras - Capela do Engenho Jesus, Maria e José

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Patrimônio Cultural – variado e expressivo, com grande acervo material e imaterial,


com destaque para o Mercado Municipal, o antigo Teatro Santo Antônio, o Museu de
Arte Sacra o Museu Afro-brasileiro de Sergipe e outros. A despeito do rico acervo, os
museus possuem baixa capacidade de atração pela forma de exposição e
capacidade operacional. A elaboração de um projeto museológico, em parceria com
a UFS que instalou recentemente campus no município e conta com curso de
graduação em Museologia, poderia apontar as adequações necessárias ao
restabelecimento e aumento da atratividade destes espaços.
O Mercado Municipal de Laranjeiras foi construído no século XIX, com características
góticas. Recebia as mercadorias que desembarcavam no pequeno atracadouro no
Rio Cotinguiba e era também o local onde os escravos eram desembarcados e
alojados enquanto aguardavam seus senhores. Atualmente funciona no local o
Centro de Tradições, palco de manifestações artísticas que se encontra aberto à
visitação de terça a domingo das 9h às 17h.
A construção do Antigo Teatro Santo Antônio data do século XIX. Funcionou como
teatro por muito tempo. Foi utilizado como cortiço em sua época de abandono e
atualmente abriga a biblioteca e laboratórios do campus da Universidade Federal de
Sergipe (UFS).
O Museu de Arte Sacra foi fundado no ano de 1980 com o intuito de preservar o
acervo sacro do município. É o segundo mais importante do Estado. O Museu Afro-
brasileiro de Sergipe abriga peças ligadas à cultura afro-brasileira como objetos de
cultos religiosos, fotografias, telas e documentos.
A despeito do rico acervo que possuem ambos os museus possuem baixa
capacidade de atração. Conforme se observa, os museus, suas peças, assim como
o método de exposição se mantêm inalterados ao longo do tempo, demonstrando
incapacidade de dialogar com a comunidade, acompanhar sua dinâmica e atrair
visitantes.
Riquezas folclóricas - o município se destaca pela riqueza das manifestações
culturais e danças variadas. Dentre as manifestações culturais destacam-se o

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Lambe-Sujo e Caboclinhos, o Reisado, as Taieiras, o Cacumbi, a Dança de São
Gonçalo do Amarante, a Chegança Almirante Tamandaré, o Samba de Coco e o
Samba de Pareia, as Quadrilhas juninas.
Os Eventos de maior expressão são o Encontro Cultural de Laranjeiras, que reúne
manifestações culturais e pesquisadores de todo o país, e a Micareme, festa com
características carnavalescas (alegorias) que agrega a comunidade local em torno de
diferentes blocos percussivos. No artesanato destaca-se a renda irlandesa, o
redendê, ponto de cruz e crochê.
Há necessidade de apoio à cultura local, em específico de fortalecimento de grupos
já atuantes, para sustentabilidade das ações empreendidas. Dentre as demandas
registra-se as iniciativas da Casa de Cultura João Ribeiro e a Casa do Folclore,
espaços já existentes, porém com necessidade de estruturação.
Importante registrar a existência de um projeto de Desenvolvimento Turístico
elaborado pelo Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI), no ano de
2011.
 Atrativos Naturais
A sede do município está as margens do rio Cotinguiba. Destacam-se no município
as cavernas, de descoberta recente, que vem sendo muito procuradas.
Figura 26. Rio Cotinguiba

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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D. Nossa Senhora do Socorro

Localizado a 13 km de Aracaju, faz parte da Região Metropolitana do Estado de Sergipe.


Em razão de sua proximidade com a capital sergipana, o município é considerado cidade-
dormitório, possuindo diversos conjuntos habitacionais.
É o segundo maior do estado em população, com aproximadamente 160 mil habitantes.
Fundada em 1868, a cidade de Nossa Senhora do Socorro destaca-se pelo seu forte polo
industrial. Foi o município que mais atraiu empresas entre 1997 e 2002, elevando o
número de unidades industriais de 566 para 1.024. São indústrias de alimentos,
malharias, artefatos de cimento, renovadoras de pneus, fábricas de velas, de leite de
coco, gesso, entre outros.
A atratividade cultural é baseada nas igrejas, museus, palácios, e nos grupos de
Capoeira e de Samba de Coco. Os eventos religiosos como a festa da padroeira, a
lavagem das escadarias da igreja e a festa do Forró do Siri atraem os turistas para a
região.
Destaques:
 Igreja Matriz Nossa Senhora Perpétuo do Socorro - patrimônio histórico e
artístico nacional tombado pelo IPHAN em 1943.
Principal monumento turístico da cidade. Não há documentação que ateste a data
da sua construção, contudo na sacristia há uma inscrição de 1714.
No interior da igreja há uma imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
esculpida em madeira, datada do século XVIII. A imagem foi considerada
pequena pelos jesuítas e então estes providenciaram uma imagem maior. Ambas
permanecem na igreja. No templo há um túnel que facilitava a fuga dos padres
durante a perseguição dos holandeses.
Prainha do Porto Grande - localizada às margens do Rio Cotinguiba e teve o
acesso liberado ao público pelo Ibama e pelo Deso em 1992. Foi então construída
a orla do Porto Grande, com bares e outros itens de infraestrutura para
recebimento dos visitantes. Os festejos carnavalescos no município de Nossa
Senhora do Socorro concentram-se na Prainha do Porto Grande.
 Prainha de São Braz - localizada às margens do Rio do Sal no Povoado São
Braz. As paisagens do rio e do mangue atraem turistas que buscam a
tranquilidade e o contato com a natureza; entretanto, a Prainha possui pouca
infraestrutura na orla para o atendimento aos visitantes.
 Festa da Padroeira - uma das festas mais importantes do calendário municipal.
sendo realizada em 2 de fevereiro. Comemorada no dia 2 de fevereiro com a
celebração de missas, novenas e procissões que reúnem milhares de fiéis.
Durante a festa há a lavagem das escadarias da igreja, realizada por fiéis ligados
à umbanda.

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E. Santo Amaro das Brotas

O município foi fundado em 1697. Corresponde ao quinto mais antigo município de Sergipe
e o 54° mais antigo do Brasil. Distante de Aracaju 37 quilômetros, possui aproximadamente
11 mil habitantes e área territorial de 234 Km².
Os atrativos do município incluem igrejas, Mirante de Cristo e festas populares.
 Igreja Matriz de Santo Amaro – construída em 1728, data que está inscrita na
cercadura da porta que liga a capela‐mor à sacristia. Possui uma fachada simples
com frontão triangular sem ornamentação. Possui apenas uma torre que foi
concluída posteriormente, em 1941. Tal evidência pode ser verificada pela forma
adotada e os materiais empregados na construção desta torre. O interior é
desprovido de ornamentação, atraindo a atenção alguns elementos em cantaria que
revelam a participação de mão de obra pouco qualificada. Foi classificada pelo
IPHAN em 1943 por seu valor histórico e arquitetônico.
Figura 27. Igreja Matriz de Santo Amaro

Fonte: http://www.hpip.org/, acesso em novembro de 2012

 Capela de Nossa Senhora da Conceição (Engenho Caieira) - Construída no ano


de 1750, a Capela erguida em homenagem a Nossa Senhora da Conceição foi o que
restou do conjunto edificado do antigo Engenho Caieira. Localizada em um ponto
elevado do terreno, possui em sua área externa um adro com o cruzeiro em madeira.
Possui um alpendre, característica marcante da edificação, e no seu interior a nave e
a capela mor. Por seu valor histórico e arquitetônico, esta capela foi classificada pelo
IPHAN, em 1944.

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Figura 28. Capela Nossa Senhora da Conceição – Engenho Caieira

Fonte: http://www.hpip.org/, acesso em novembro de 2012

 Mirante do Cristo - principal atração turística da cidade. Deste ponto é possível ter
uma vista panorâmica de Santo Amaro, do Rio Sergipe e da Ponte Construtor João
Alves.

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F. São Cristóvão

São Cristóvão é a quarta cidade mais antiga do país e a primeira capital do Estado de
Sergipe. Foi fundada pelo português Cristóvão de Barros no ano de 1590. A configuração
urbana da cidade segue o modelo português que a divide em dois planos: cidade alta, onde
se concentra a sede do poder civil e religioso, e a cidade baixa, onde se localiza a
população de baixa renda, os portos e as fábricas.
No ano de 1855 houve a transferência da capital para Aracaju pela necessidade da
instalação de porto com capacidade para embarcações de maior porte, visando facilitar o
escoamento da produção açucareira, principal fonte da economia na época.
O município se localiza a 23 km de Aracaju, faz parte da região metropolitana do Estado,
possui aproximadamente 80 mil habitantes (2010) e área territorial de 440 Km². Abriga um
conjunto arquitetônico de grande valor histórico-cultural. Os primeiros tombamentos em São
Cristóvão ocorreram entre os anos de 1941 a 1944, e protegeram monumentos isolados. No
ano de 1967 o conjunto arquitetônico e urbanístico do Centro Histórico foi tombado pelo
IPHAN.
São dez os bens tombados individualmente:
 Praça de São Francisco,
 Igreja e Convento Santa Cruz – Convento São Francisco,
 Igreja Matriz de Nossa Senhora das Vitórias,
 Sobrado à Rua Getúlio Vargas S/N – Restaurante Solar do Parati,
 Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo,
 Sobrado à Rua Messias Prado N° 20 – Restaurante do Japonês,
 Igreja de Nossa Senhora do Amparo, Antiga Ouvidoria – Futura sede do Iphan,
 Antiga Santa Casa de Misericórdia – Lar Imaculada Conceição,
 Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
No ano de 2010 a Praça São Francisco recebeu da UNESCO o título de Patrimônio Cultural
da Humanidade.
Os atrativos culturais do município são: o Centro Histórico, a Praça de São Francisco, a
Praça da Matriz e os sobrados que datam da época colonial. Importa acrescentar que a
riqueza patrimonial também é configurada pelo centro de artesanato, igrejas, museus,
palácios, fazendas e engenhos.
Possuem expressividade as festas Juninas, de Santos Reis e de São Pedro, bem como o
artesanato feito com cerâmica, a cestaria e os bordados.
A gastronomia local é também marcante com a fabricação da queijada e dos doces típicos.
A esse respeito destaca-se o papel socioeconômico e cultural da Cooperativa de Doces
Santa Salu, situada no Povoado Cabrita. Interessantes trabalhos vêm sendo desenvolvidos
pelo curso de turismo da Universidade Federal de Sergipe com a intenção de compreender
como o processo de cooperativismo tem transformado a produção e comercialização da
doçaria, que representa um importante legado identitário local.
Na produção sancristovense é possível encontrar as contribuições indígenas, africanas e
europeias que, assim como em outros territórios brasileiros, foram assimiladas e
reelaboradas conforme as especificidades locais. As contribuições indígenas podem ser
identificadas no intenso uso da mandioca na produção de beijus, sarolhos, bolos de
macaxeira e puba, que são fartamente produzidos nas fabriquetas espalhadas nos bairros e
povoados. A presença europeia se dá, sobretudo, por meio dos refinados biscoitos de

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origem suíça, os bricelets, confeccionados por religiosas que mantêm até hoje o legado
deixado pelas freiras estrangeiras que viveram na Santa Casa de Misericórdia. Já a herança
negra pode ser encontrada no intenso e criativo uso do coco em doces de frutas, bolos,
balas e cocadas.
A Casa da Queijada é o local de produção e comercialização de doces mais conhecido de
São Cristóvão, estando localizado no centro histórico da cidade. A proprietária, com a ajuda
dos familiares, é responsável pela produção diária de 200 a 350 queijadas.
 Praça de São Francisco - do fim do século XVI, recebeu em 2010 o título de
patrimônio cultural da humanidade. O conjunto arquitetônico compreende a Praça, a
Igreja de São Francisco, o Convento de Santa Cruz, a Capela da Ordem Terceira
(hoje Museu de Arte Sacra), a antiga Santa Casa de Misericórdia (atual Lar
Imaculada da Conceição) e o Palácio dos Governadores (atual Museu Histórico de
Sergipe).
A Praça São Francisco foi construída para se tornar o centro da cidade e espaço
para as edificações de cunho político, judicial e religioso. Recebeu o título de
patrimônio cultural da humanidade expressando, acima de tudo, desenvolvimento
para a região e resgate da história de Sergipe.
A Capela da Ordem Terceira é hoje Museu de Arte Sacra; a antiga Santa Casa de
Misericórdia, o atual Lar Imaculada da Conceição; e o Palácio dos Governadores, o
atual Museu Histórico de Sergipe.
A Igreja e Convento de São Francisco foram construídos em 1693 por meio de
doação da comunidade aos padres franciscanos. O conjunto possui estilo barroco e
no convento funcionou a Assembleia Provincial na época em que São Cristóvão era
a capital da província e serviu também como espaço para a ocupação dos
seguidores de Antônio Conselheiro na Guerra de Canudos (1897). Na área externa
encontra-se o cruzeiro, herança dos frades franciscanos.
Figura 29. Igreja e Convento de São Francisco

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A arquitetura da Capela da Ordem Terceira possui características e elementos


neoclássicos como o frontão. Atualmente o espaço abriga o Museu de Arte
Sacra que guarda peças ligadas à fase do Brasil Império, exemplos de grande
valor para a historiografia sergipana.

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A antiga Santa Casa de Misericórdia é uma construção que data do século XVIII,
seu espaço abrigou um hospital de caridade, em 1911 funcionou como asilo e
após esse período foi também orfanato. Desde 1922 encontra sob a
administração das Irmãs Missionárias Imaculada Conceição da Mãe de Deus. É
um monumento tombado pelo Iphan.
Figura 30. Antiga Santa Casa de Misericórdia

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O Palácio dos Governadores remonta ao século XVIII. O espaço já abrigou


cadeia, hospital e escola e atualmente funciona o Museu Histórico de Sergipe
que detém aproximadamente 4 mil peças que, em conjunto, buscam
salvaguardar a memória e identidade do povo sergipano representado nos bens
móveis e imóveis que compõe seu acervo.
Figura 31. Palácio dos Governadores – Museu Histórico de Sergipe

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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 Praça da Matriz - o conjunto arquitetônico da Praça da Matriz é formado pela Casa
Paroquial e Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória. Adjacente à praça está
também o Poder Municipal de São Cristóvão.
Compõem ainda o conjunto da Praça São Francisco a Casa do Folclore Zeca de
Norberto; o Posto de Informações Turísticas – PIT, a Biblioteca Pública Municipal
“Lourival Baptista” e a Casa do IPHAN, todos abertos à visitação.
Os monumentos que fazem parte do roteiro visitação funcionam de terça a sábado,
das 10 às 16 horas e aos domingos o horário de funcionamento das Igrejas é das 9
às 13 horas. O Museu de Arte Sacra funciona diariamente das 10 às 13 horas e o
Museu Histórico de Sergipe funciona das 10h às 16 horas.
Junto à Praça São Francisco se insere o roteiro turístico para a Igreja de nossa
Senhora do Rosário, Igreja do São Francisco, Igreja Nossa Senhora da Vitória, Igreja
de Nossa Senhora do Carmo, Igreja de Nossa Senhora dos Passos, Memorial de
Irmã Dulce e a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes.
A Praça é também palco das manifestações artístico-culturais como a utilização do
espaço por grupos folclóricos como as taieiras, caceteiras, langas e outros. As festas
juninas, a Cidade Seresta e o Festival de Arte de São Cristóvão utilizam o espaço da
praça também. No campo da literatura, Gregório de Matos e Jorge Amado já
declararam amor à São Cristóvão e às belezas do centro histórico.
O conjunto arquitetônico da Praça da Matriz é formado pela Casa Paroquial e Igreja
Matriz de Nossa Senhora da Vitória. A Praça também sedia o Poder Municipal de
São Cristóvão.
A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória foi construída no século XVII.
Considerada o templo religioso mais antigo da cidade, foi destruída durante a
invasão holandesa. Recentemente a Igreja passou por um processo de restauração
executada em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico nacional
(Iphan) com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Além das fachadas e
do interior, foram também restauradas imagens e quadros.
Figura 32. Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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 Conjunto Arquitetônico do Carmo - localizado na Praça Senhor dos Passos, a
construção do Conjunto Arquitetônico do Carmo data do século XVIII. O conjunto
compreende o Convento do Carmo, a Igreja Conventual e a Igreja da Ordem
Terceira que atualmente abriga o Museu dos Ex-Votos. A Igreja do Carmo Maior foi
fundada em 16 de julho de 1739 e sua construção possui estilo barroco.
O Museu dos Ex-Votos possui um acervo composto de peças que representam
graças alcançadas. São objetos feitos em madeira, barro, gesso, tecidos e registros
fotográficos de graças alcançadas. O museu está aberto diariamente, das 10 às 16
horas.
Figura 33. Museu dos Ex-Votos

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Igreja Nossa Senhora do Amparo - a construção da Igreja data do fim século XVIII,
mantida pela Irmandade de Nossa Senhora do Amparo até ser extinta no ano de
1902. No ano de 1907 a Igreja passou à administração do vigário de São Cristóvão.
Em 1996 todo o conjunto arquitetônico e seus elementos artísticos foram
restaurados. É um Monumento histórico tombado pelo Iphan.
Figura 34. Igreja Nossa Senhora do Amparo

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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 Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos - Construída no século
XVIII pelos jesuítas, a igreja barroca era o palco dos festejos folclóricos como a
Taieira e a Chegança. Atualmente ainda se realiza a Procissão dos Fogaréus e a
Chegança, com participação exclusiva dos homens. É um monumento histórico
tombado pelo Iphan e o horário de visitação é diariamente das 10 às 16 horas. As
missas ocorrem uma vez ao mês.
Figura 35. Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Cristo Redentor - localizado a 2 km do Centro Histórico de São Cristóvão, o


monumento foi construído no ano de 1924 , na colina São Gonçalo, há dois
quilômetros do centro histórico da ex-capital. A obra tem 16 m de altura (10 m de
base e 6 m da estátua) e foi encomendada pelo Governo de Graccho Cardoso
(1922/1926) ao arquiteto Bellando Belandi.
A inauguração realizada no dia 24 de janeiro de 1926 foi marcada pelo discurso do
padre Luiz Gonzaga, da Bahia. A área ganhou restaurante e banheiros públicos em
1972, benfeitorias da administração municipal de Paulo Correia. Até meados da
década de 1980, o Cristo era um legítimo atrativo turístico da cidade histórica,
também área de lazer das famílias, de festas populares, excursões escolares e de
missas campais. Desde a sua inauguração que a igreja organiza caminhada e
soleniza o Cristo Rei perante a imagem. Curiosamente, o grupo folclórico Caceteiras
mantém a tradição de dançar até ele para saudar a chegada do mês junino.

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Figura 36. Cristo Redentor de São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Bica dos Pintos –

O balneário, conhecido como Bica dos Pintos, foi criado em terreno da antiga Fábrica São
Cristóvão como espaço de lazer para seus funcionários. Com a falência da empresa, o
espaço passou a atender a toda população da cidade e, na década de 80, a Prefeitura com
o apoio do Programa Estadual de apoio aos Municípios “Chapéu de Couro” realizou uma
obra de urbanização da área, que recebeu o nome de “Parque João Alves Filho”. O novo
parque, além de oferecer atividades de lazer e entretenimento à comunidade, ganhou fama
e atraiu frequentadores de todo o Estado.
Com o tombamento paisagístico do Centro Histórico, muitas das opções de lazer são
voltadas à cultura, a exemplo dos museus, sendo restritas as opções de lazer destinadas à
contemplação e esporte, o que denota a importância do Parque para o Município.
 Atracadouro do rio Vaza Barris –

Antigo acesso marítimo à Cidade de São Cristóvão, o Atracadouro do Rio Vaza Barris é um
dos poucos e principais locais de lazer para os moradores do centro histórico da sede
municipal. Hoje, o local conta com dois restaurantes, estacionamento para carros, banheiros
e algumas casas de pescadores que ainda hoje desenvolve as praticas pesqueira
rudimentares transmitidas de geração a geração, desta forma os impactos ambientais são
reduzidos apesar dos sistemas de tratamento de esgoto das casas e restaurantes.
Uma das ações desenvolvidas pelo governo do Estado, contemplava o passeio de catamarã
com parte de um percurso turístico que se iniciava em Aracaju e desenvolvia um Tour pela
cidade e possibilitava a volta a Aracaju através de trem ou pelo próprio catamarã.
Além dos atrativos descritos, o município possui outros de grande expressividade como as
Igrejas de Nossa Senhora de Nazaré, Nossa Senhora do Amparo, Nossa Senhora do
Carmo, Nossa Senhora da Vitória, Santa Cruz, Mosteiro de São Bento e Capela Nossa
Senhora da Conceição do Engenho Poxim. Os exemplos da arquitetura rural são a Fazenda
Itaperoá, o Engenho Belém, Engenho Cumbe, Engenho Escurial, Engenho Dira e o

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Engenho Quindongá. Possui ainda como atrativo os seguintes Palácios: da Justiça, Olimpo
Campos, Fausto Cardoso, Graccho Cardoso, Inácio Barbos e da Colina Santo Antônio.
Destacam-se ainda na paisagem os sobrados e as casas da época do Brasil colônia que
eram construídas sobre o alinhamento das vias públicas e também sobre os limites laterais
dos terrenos. As vias, em paralelepípedos, tem traçados conforme a disposição das casas.
Com técnicas construtivas primitivas, nas casas mais simples as paredes eram de pau-a-
pique, adobe ou taipa de pilão. Nas casas mais importantes utilizavam-se materiais como a
pedra e o barro, tijolos ou pedra e cal.

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TRECHO 2 – LITORAL SUL
A. Estância

O município foi fundado em 1831. Denominado “Cidade Jardim” pelo Imperador Dom Pedro
II. Guarda em suas praças, ruas e monumentos uma atmosfera bucólica que atrai turistas.
Localiza-se no sul do Estado de Sergipe, a 68 km da capital sergipana e a 230 Km de
Salvador. Possui 4.409 habitantes (2010) e área de 644 Km².
Suas festas também possuem grande expressividade, como a Festa de São João, que atrai
cerca de 50 mil pessoas. Nesta festa, destacam-se as quadrilhas juninas, a culinária típica,
os fogos de artifício (espada e buscapé) e o “barco de fogo”. Entre os grupos folclóricos
destacam-se o Pisa Pólvora e a Batucada.
A região é entrecortada por rios, dos quais se destacam o Real, Piauí, Piauitinga e Fundo,
margeados pela Mata Atlântica, e que revelam, ao final de seus cursos, um estuário cercado
pelos manguezais. Possui ainda um Distrito Industrial localizado às margens da BR-101,
onde indústrias locais, nacionais e internacionais estão instaladas. Merece destaque o
comércio na região, que também dá suporte aos municípios circunvizinhos.
No litoral há hotéis, pousadas e restaurantes que dão suporte aos turistas e visitantes.
Escunas, barcos e lanchas também estão disponíveis para o turismo. O acesso ao litoral é
facilitado por rodovias em bom estado de conservação, tais como a Linha Verde e a
Litorânea.
Destacam-se os seguintes atrativos no município:
 Patrimônio Arquitetônico - o município possui um rico acervo arquitetônico,
paisagístico e urbanístico. São sobrados azulejados, casas coloniais, igrejas e
acervos sacros, como também fábricas e vilas operárias que compõem a paisagem.
Muitos sobrados em azulejo português são tombados pela Secretária de Cultura do
Governo do Estado de Sergipe. Localizam-se, em sua maioria, na Rua Capitão
Salomão. Importa acrescentar que alguns desses imóveis estão em estado precário
de conservação.
Figura 37. Casarões de Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Figura 38. Casarões de Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O Sobrado Colonial localizado na Praça Barão do Rio Branco, nº 35 foi tombado pelo
IPHAN em 1962. Sua importância se deve à visita de D. Pedro II em 1860 que,
durante sua estadia de três dias, transformou Estância em sede do governo
municipal.
Figura 39. Sobrado Colonial - Estância

Fonte: Tanit Bezerra em www.sergipetradetour.com.br. Acesso em Outubro de 2012.

A Igreja Nossa Senhora de Guadalupe é uma obra do Século XVIII, considerada a


primeira construção urbanística em estilo jesuítico. Localiza-se na Praça Barão do
Rio Branco.

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Figura 40. Igreja Nossa Senhora de Guadalupe - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Localizada na Praça Orlando Gomes, antigo Jardim Velho, traz no piso superior um
pequeno museu com peças raras – ainda não catalogadas – como quadros,
castiçais, livros, mantos sacros e outras. Trata-se de edificação tombada pela
Secretaria de Estado da Cultura.
Figura 41. Igreja Nossa Senhora do Rosário - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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 Bairro Porto D`Areia e Centro Histórico de Estância - o bairro Porto D’Areia,
antiga vila operária, preserva ainda o clima do passado. Carrega nas casinhas, nas
praças e nos diversos estabelecimentos como clínicas, uma rádio e alguns centros
sociais, marcas de uma sociedade emergente fruto da dinamicidade econômica que
marcou a cidade ao longo dos séculos XIX e XX. Nas ruas principais do centro de
Estância, rua Barão do Rio Branco e Largo João Pessoa, sobressaem-se a Igreja
Nossa Senhora do Rosário e os casarões revestidos com azulejos portugueses,
construídos na segunda metade do século XIX. Estes embelezam sobremaneira
sobrados e casas, contrastando suas cores fortes com os tons pastel instituídos no
neoclássico.
Em 1962 o IPHAN tombou o sobrado colonial localizado na Praça Rio Branco nº. 35,
único exemplar acautelado em nível federal, incluído no livro de tombo histórico, a
verdade, uma homenagem à rica história de Estância. Entretanto, são os sobrados e
casas azulejados, muitos tombados pela Secretária de Cultura do Governo do
Estado de Sergipe, que se destacam na paisagem urbana. Também são tombados
pelo Governo Estadual a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a pintura em óleo
sobre tela Misericórdia e Caridade de autoria de Horácio Hora do Hospital Amparo
de Maria.
Alguns dos imóveis citados estão em estado inadequado de conservação. Não tem
recebido a devida prioridade a preservação do rico acervo arquitetônico, paisagístico
e urbanístico da cidade: sobrados azulejados, coloniais, casas ecléticas, art-déco, e
alguns exemplares da arquitetura modernista; igrejas e acervos sacros, fábricas e
vilas operárias, e o próprio espaço urbano com suas ruas, praças, texturas e cores.
 Ilha da Sogra - banco de areia, situada entre o rio e o mar.
A lenda diz que nesta ilha foi abandonada a mãe da mulher de um pescador nativo,
por isso o seu nome. A Ilha da Sogra possui um quilômetro de extensão sem
qualquer vegetação, apenas algumas rochas.
O acesso à Ilha da Sogra é realizado por escuna e no percurso é possível observar a
reserva de Mata Atlântica, os manguezais e algumas ruínas históricas existentes.
Figura 42. Ilha da Sogra - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Praia do Saco - enseada situada em área ecológica protegida, classificada em 2006,


pelo guia turístico francês Grands Voyageurs, como uma das cem praias mais belas
do mundo. Apesar das ruínas de casas construídas à beira mar, o estado de
conservação da paisagem circundante é considerado bom pelas pesquisas
realizadas. Dispõe de alguns equipamentos de infraestrutura turística, como
pousadas, bares e restaurantes. Atualmente, a paisagem natural encontra-se
empobrecida pelas ocupações irregulares em áreas de dunas e manguezais,
veículos que circulam nas praias, lixo deixado nas areias e redondezas, e abandono
de imóveis antigos.

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Figura 43. Praia do Saco - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Praia do Abais – a 26 Km da sede municipal, tem 20 km de extensão. Possui muitas


dunas e é considerada uma das praias mais frequentadas do Estado, atraindo
também a atenção de surfistas. Na década de 90 foram construídas a orla e a praça
de eventos para a realização de shows populares. Na orla urbanizada se encontram
supermercados, padarias, pousadas, hotéis, bares, restaurantes, lojas de materiais
de construção e escolas. Observam-se, porém, áreas degradadas devido à ação do
mar e à presença de jipes nas areias da praia – o que prejudica também a segurança
do visitante.
Figura 44. Praia do Abais - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Figura 45. Praia do Abais - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Lagoa dos Tambaquis e APA Sul – conhecida como Lagoa Azul localiza-se na
APA do Litoral Sul, na Praia do Abais. Oferta atividades turísticas, nado com
tambaquis e alimentação, e também técnico-científica, realizada por pesquisadores
da Universidade Federal de Sergipe – UFS. Dispõe de área de lazer e meio de
hospedagem.
É considerada a maior lagoa do Estado, com cerca de nove quilômetros de
extensão. Expedição técnico-científica em torno da Lagoa Azul, realizada por
pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe – UFS - revelou a existência, no
local, de peixes de diversas espécies, dentre as quais a tilápia, de origem africana, o
tambaqui. De origem amazônica, e a traíra.
A APA conta hoje com um Regimento Interno e com um Conselho Gestor
constituído, eleito democraticamente por representantes de órgãos públicos e da
sociedade civil, contemplando a participação de moradores locais, de organizações
não governamentais, representante do comitê da bacia hidrográfica e de instituições
de ensino e pesquisa.
O grau de uso atual pode ser considerado médio, pois além de movimentar o turismo
doméstico, o local também atrai visitantes de outros estados do país. Além de área
de lazer, o local pode ser utilizado também como meio de hospedagem: 08 chalés
com banheiro e 04 dormitórios para uso comunitário são disponibilizados ao turista,
além de uma área para camping com capacidade para até 80 barracas. As diárias
saem, para o casal, R$ 50,00, com o café da manhã incluído (dados levantados em
2011). Crianças até nove anos não pagam hospedagem.
Para passar o dia na Lagoa os visitantes têm à sua disposição um restaurante e
banheiros. A entrada/diária custa R$ 3,00 para adultos e R$ 2,00 para crianças e
idosos.

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Figura 46. Lagoa dos Tambaquis - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Festa de São João - principal evento de cunho turístico e cultural do município,


compreende 30 dias de festejos, com destaque para o Barco de Fogo, criado na
década de 30. Trata-se de disputa com barcos de madeira de balsa e papelão,
enfeitados, deslizando em fios de metal, impulsionados por foguetes.
Figura 47. Barco de Fogo – Festa de São João - Estância

Fonte: http://www.estancia.se.gov.br

 Natal de Luz – cidade cenográfica do Papai Noel montada no centro da cidade, em


dezembro, com programação natalina intensa.
 Mangue do Farnaval – local utilizado para lazer da população com potencial de
visitação. O grau de uso atual é baixo, restrito aos frequentadores de fim-de-semana
(domingueiros), que, em sua maioria, advêm da própria comunidade ou de
comunidades circunvizinhas. As instalações e o acesso ainda são muito precários.
A chegada ao Farnaval por Estância requer a utilização de um carro apropriado,

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já que a estrada é de terra. Para alcançar o local por barco ou escuna, considera-se
a necessidade de um atracadouro.
Uma quantidade considerável de lixo é jogada às margens da estrada que dá
acesso ao mangue, deixada, aparentemente, pela própria comunidade local. Outros
atrativos de Estância de cunho cultural são o Arraial, cidade cenográfica junina, e a
Batucada, dança folclórica realizada pelas mulheres. Também merecem destaque o
rendedê, o crochê, o ponto de cruz e a confecção de fogos de artifício com bambus.

Outros atrativos de Estância de cunho cultural são o Arraial, cidade cenográfica junina, e a
Batucada, dança folclórica realizada pelas mulheres. Também merecem destaque o
rendedê, o crochê, o ponto de cruz e a confecção de fogos de artifício com bambus.
O município ainda possui exemplares remanescentes de antigos engenhos de cana-de-
açúcar. O ciclo da cana-de-açúcar e o engenho tiveram papel significativo na formação
econômica e social do povo sergipano e o sul do estado também participou ativamente da
economia açucareira.
Há oferta de serviços de alimentação, com estabelecimentos estruturados que servem
pratos típicos da região, à base de frutos do mar (peixes), carnes e sucos regionais.
Como fraquezas identificou-se a relativa dificuldade de acesso a Farnaval; estado
acentuado de deterioração e abandono dos casarões históricos do Porto D’Areia e Centro
Histórico; precariedade da mão-de-obra empregada no museu; o baixo valor agregado dos
produtos comercializados no Centro de Artesanato; a disposição inadequada do lixo,
principalmente no Mangue do Farnaval, na Lagoa dos Tambaquis e na Praia do Saco;
deterioração dos bens patrimoniais de Porto D’Areia e do centro histórico.
Dentre os investimentos necessários citam-se: a qualificação dos serviços e melhorias
estruturais em pousadas, bares e restaurantes na Praia do Saco; a manutenção e/ou
restauração de parte do patrimônio arquitetônico local do bairro Porto D’Areia e o centro
histórico; dinamização na comercialização de frutas, verduras, legumes e carnes por parte
das associações locais.

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B. Indiaroba

O município está localizado no extremo sul do Estado de Sergipe, a 100 km de Aracaju.


Possui área de 314 Km² e 15.821 habitantes (2010). Apresenta uma diversidade de recursos
naturais composta de manguezais, lagoas, dunas, restingas, estuários e remanescentes de
Mata Atlântica. Riqueza é também encontrada no modo de vida da população, com suas
festas e manifestações folclóricas ao som do samba de coco.
Como atividades econômicas do município destaca-se a produção do algodão e da cana de
açúcar e a pecuária. É também comum encontrar fazendas com tanques para o cultivo de
camarão, muito utilizado na culinária local e na exportação comercial.
Indiaroba é o portão de entrada do Estado no extremo sul. A expansão turística do litoral da
Bahia até Sergipe, bem como a implantação da Linha Verde, reforçou esta condição. O
município atrai um bom número de turistas devido ao Povoado de Pontal, que foi palco,
juntamente com Mangue Seco, da novela Tieta, baseada na obra de Jorge Amado.
Dentre os atrativos merecem destaque as praias de Mangue Seco (do município vizinho de
Jandaíra/BA, acessadas pela divisa de Sergipe); o projeto comunitário da mangaba e do
massunim (crustáceo em forma de pequenos búzios), a Fonte das Pedras; a pescaria no
estuário; a navegação pelos manguezais em barco a vela; a Lagoa Vermelha; os passeios
de jegue, charrete e bicicleta; as trilhas; e o turismo náutico de velejadores nas águas
marinhas e fluviais.
 Povoado de Terra Caída – com aproximadamente mil habitantes que vivem da
pesca artesanal, o povoado é procurado pelos turistas devido às suas riquezas
naturais. Situada nas margens dos Rios Cajazeiras e Piauí, possui 13 bares, uma
praça, escola, clube, posto de saúde, ruas calçadas com paralelepípedos e um porto.
 Povoado de Pontal - situado às margens do Rio Real, foi cenário da novela Tieta,
veiculada pela Rede Globo e inspirada no romance Tieta do Agreste, de Jorge
Amado. Local de banho e pratica de esportes. Na orla há quiosques, banheiros e um
atracadouro, atualmente desativado.
Figura 48. Orla do Rio Real - Indiaroba

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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C. Itaporanga D’Ajuda

Fundado em 1846, o município está localizado às margens do Rio Vaza Barris, a 31 Km da


capital sergipana. Possui aproximadamente 30 mil habitantes e área de 740 Km².
É uma cidade que abriga grande diversidade cultural, com destaque para a culinária, religião
e festas típicas. Dentre as belezas naturais destacam-se a Praia da Caueira e a Ilha Mem de
Sá.
No que diz respeito ao Turismo Cultural, o destaque fica por conta da arquitetura do
Engenho do Colégio Itaporanga D’Ajuda, da Igreja Nossa Senhora D’Ajuda e da Casa
Capela Iolanda.
 Praia da Caueira - de grande extensão, é propícia ao banho e à prática de esportes
náuticos como kitesurf. Possui orla recentemente urbanizada, com coqueiros, bancos
e quiosques que funcionam como bar e restaurante. Abriga também casas de
veraneio e pousadas à beira mar. Apesar da recente urbanização, observam-se
áreas degradadas devido à ação do mar.
Figura 49. Praia da Caueira – Itaporanga D’Ajuda

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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 Festejos de São João - realizados no mês de junho, atraindo turistas com
programação de shows, bandas, casamento caipira, cavalgada, quadrilhas, comidas
típicas, sanfoneiros, fogos de artifícios, fogueiras e forró pé de serra.
• Ilha Mem de Sá - situada no estuário do rio Vaza-barris, a 23 Km da sede do
município de Itaporanga D’ Ajuda, e 53 Km de Aracaju. Incluída na APA do Litoral
Sul.
O Instituto Federal de Sergipe (IFS), vem desde 2008, desenvolvendo ações de inventário e
diagnóstico participativo na localidade. A responsabilidade direta é do Grupo de Pesquisa
Turismo, Educação e Cultura, vinculado ao curso de Gestão do Turismo. O foco é o
cotidiano dos moradores locais, em grande parte pescadores artesanais, que tem sido
valorizado e estruturado turisticamente.
O Projeto intitulado “Re-Conhecer Pedra Bonita” gerou um espaço de discussão sobre o
turismo no município, que ainda não apresenta roteiros turísticos. Utilizou técnica de
Diagnóstico Rural Participativo (DRP), possibilitando aos moradores identificar potenciais
atrativos turísticos da região. A contribuição comunitária permitiu gerar e executar o Roteiro
Pedra Bonita.

123
124
D. Santa Luzia do Itanhy

Situada no litoral sul do Estado, o município se localiza a 76 km de Aracaju. A colonização


de Sergipe iniciou-se em Santa Luzia do Itanhy, no ano de 1575. Na história, destaca-se: a
primeira missa, celebrada em 1575; a produção de farinha de mandioca da província, que
contribuiu para o auge da economia sergipana no século XVI; e o crescimento da produção
canavieira, no século XVII, representando a base econômica da então Vila. Neste sentido o
município contribui para o enriquecimento da cultura do povo sergipano manifestada ainda
hoje pelos engenhos presentes em sua paisagem.
Seu nome é uma homenagem a Santa Luzia e o complemento "Itanhy" vem do nome dado
pelos índios Tupinambás ao Rio Real.
O município possui aproximadamente 13 mil habitantes (2010) e oferece como atrativo
turístico uma diversidade natural formada por manguezais, mata atlântica e a reserva
ecológica do Crasto. Merece destaque também os Engenhos e a cultura da região
manifestada pelo folclore, samba de coco e o artesanato feito em palha.
Importa ressaltar a existência do Plano de Gestão Participativa do Turismo do Município de
Santa Luzia do Itanhy, elaborado no ano de 2011 pelo Instituto de Pesquisas em Tecnologia
e Inovação – IPTI com apoio do Ministério do Turismo. Baseando-se no modelo de Turismo
de Base Comunitária, este projeto teve as etapas de sensibilização e mobilização
comunitárias seguidas de workshops participativos de roteirização, o que culminou no
primeiro Plano de Gestão de Turismo do estado de Sergipe. O objetivo do Projeto é
promover o aumento de ocupação e renda e garantir a auto sustentabilidade das atividades
praticadas pelos artesãos locais, qualificando a produção artesanal com base na valorização
dos elementos culturais da região.
Dentre os atrativos diagnosticados neste município, destacam-se:
 Santuário de Santa Luzia do Itanhy - localizado no alto de pequena colina, com
acesso pela rodovia Camilo Calazans, que interliga parte significativa dos atrativos
existentes no município. É o espaço onde teria sido celebrada, em 1575, a primeira
missa de Sergipe.
O piso de azulejo hidráulico e as paredes típicas das construções coloniais conferem
ao local um certo valor arquitetônico que justifica a visitação e necessidade de
melhoramentos.
A única característica original que a igreja mantém desde a sua construção são as
paredes de 1,5m de largura. O telhado e o piso foram substituídos algumas vezes,
assim como o altar, que hoje é uma réplica do original. De acordo com relatos dos
moradores todas as imagens, santas e santos, datadas dos séculos XVIII, trazidas
pelos fundadores do município de Santa Luzia, foram saqueadas ao longo dos anos.
Não há, na rodovia que lhe dá acesso, nenhuma indicação da existência desta
importante igreja.
 Sede do Cultura em Foco –projeto do IPTI, localizada próxima ao Santuário Santa
Luzia do Itanhy. Os produtos confeccionados no local têm como base as fibras
vegetais, colhidas, tratadas e tecidas manualmente. Resultam em objetos
sofisticados e contemporâneos, como persianas, luminárias, jogos americanos e
guarda-sóis. Outra linha de produtos é voltada aos tecidos artesanais de algodão,
confeccionados por meio de técnicas tradicionais, fomo o fuxico, passadas entre
gerações. A comercialização dos produtos é feita a partir do site de e-commerce
http://www.fellicia.com.br/.
 Engenho São Félix - considerado o segundo engenho mais antigo de Sergipe
(1632), foi tombado como patrimônio do Estado em 1984. Sua infraestrutura

125
encontra-se em bom estado de conservação e suas características originais foram
preservadas. Além dos móveis coloniais, a propriedade conserva o porão onde,
segundo informações levantadas, os escravos eram acomodados. A fazenda conta
ainda com 250 hectares onde outros recursos naturais podem ser encontrados:
pequenos córregos, nascentes, restinga de Mata Atlântica e estruturas históricas
como a chaminé da antiga usina.
Praticamente não existe restrição por parte do atual proprietário à entrada de
visitantes no interior da antiga casa grande. O acesso por carro é feito pela rodovia
Camilo Calazans, que possui boas condições.
Figura 50. Engenho São Félix

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Engenho Antas - fundado em 1825, o conjunto arquitetônico era formado pelo


engenho, uma capela e três casas. Destas somente a casa grande e a capela ainda
existem, apesar de descaracterizadas devido à realização de reparos. O engenho
está localizado na zona rural de Santa Luzia do Itanhy, a 2 Km da rodovia que corta
o município. O acesso é precário e não há sinalização indicativa.
 Engenho Cedro - localizado a 25 km da sede do município. Do conjunto
arquitetônico restam apenas a casa grande, em completo estado de degradação, e
as casas dos trabalhadores da fazenda. O engenho e a torre da propriedade estão
em ruínas. Há relato do interesse dos proprietários na abertura da fazenda para a
visitação turística.
 Engenho / Fazenda Castelo - à margem da rodovia que corta o município de Santa
Luzia do Itanhy, data do século XIX, e encontra-se em ótimo estado de conservação.
A propriedade possui uma diversidade de elementos naturais como rios, nascentes,
açudes, cachoeira e mata ciliar. Atualmente a principal atividade econômica da
fazenda é a pecuária de corte.
 Fazenda Priapu da Feira e Cachaçaria Reserva do Barão - a Fazenda Priapu da
Feira (antigo Engenho Priapu), localizada a poucos minutos do centro de Santa
Luzia, possui como fonte de renda a pecuária e agricultura. Nela encontra-se em
atividade a Cachaçaria Reserva do Barão, produzida artesanalmente e
comercializada em larga escala, atendendo inclusive à demanda internacional. O
local tem boa infraestrutura e oferece visitação acompanhada. Há necessidade,
porém de capacitação dos funcionários para melhoria do atendimento ao visitante,
bem como melhoria das condições de acesso e sinalização.
 Sítio Ebenezer - considerado como exemplo de atividade econômica que pode ser
classificada como atrativo turístico, centrado na agricultura familiar. Localizado

126
próximo à sede municipal, em área de 6 hectares, utiliza técnicas orgânicas e
pretende se desenvolver ainda mais para a vertente do agroturismo.
 Povoado do Crasto - situado às margens do Rio Piauí, é um destino preferido por
visitantes que procuram contato com a natureza, descanso e tranquilidade, se
localizando próximo a pontos turísticos importantes, como Mangue Seco e Praia do
Saco. Possui uma única pousada para os visitantes e um restaurante. No povoado é
possível fretar embarcações e ir até outros pontos turísticos do Estado. Destaca-se a
necessidade de recuperação do píer/atracadouro do Crasto, que se encontra em
ruínas e sem utilização, comprometendo a paisagem.
Figura 51. Rio Piauí – Povoado do Crasto

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

No alto da montanha, há uma igreja secular em ruínas que simboliza a presença dos
jesuítas na região.
Figura 52. Igreja Secular – Povoado do Crasto

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Importante destacar a sede do Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação
(IPTI), que localiza-se no povoado Crasto. Nele, os visitantes podem conhecer os
projetos já desenvolvidos pelo IPTI e outros que ainda se encontram em
desenvolvimento, como é o caso do Arte com Ciência, Educação Inclusiva,
Ampliação e Fortalecimento da difusão de Tecnologias Sociais por meio das redes
virtuais de conhecimento, o Cultura em Foco e, sobretudo, o Plano de Gestão
Participativa do Turismo do município de Santa Luzia do Itanhy.
 Mata do Crasto - reserva particular de Mata Atlântica, por onde passa o acesso ao
povoado do Crasto, via sede de Santa Luzia, realizado por uma estrada de barro.
Com aproximadamente 700 hectares permite visitação acompanhada, mediante
agendamento. A infraestrutura de visitação é precária, não havendo qualquer
equipamento de apoio aos visitantes. Existe um projeto para a pavimentação da
estrada de acesso.
 Navegação pelo rio Piauí – a navegação pelo rio Piauí ofertada por pescadores
locais, de forma amadora, em canoas motorizadas. O circuito tem duração
aproximada de três horas. O rio tem destaque pela produtividade de camarão
cultivado, sendo a principal fonte de renda dos habitantes do povoado do Crasto.
 Escuna Gazzela – serviço integra atrativos presentes nos municípios de Santa
Luzia, Estância, Indiaroba e Jandaíra (Mangue Seco - BA). Conta com duas escunas
com capacidade para 40 e 49 passageiros. Oferece, há 11 anos, três opções de
roteiro, com duração de duas a quatro horas, partindo do Crasto (Santa Luzia do
Itanhy), Porto dos Cavalos (Estância) e Terra Caída (Indiaroba). Num dos roteiros, o
visitante tem a oportunidade de chegar até o Condomínio Porto Belo (Estância /
Praia do Saco). Outra opção é passar pela Ilha da Sogra rumo a Mangue Seco. Já o
terceiro roteiro leva o visitante diretamente a Mangue Seco. Com serviço de
alimentação a bordo, serve pratos típicos da região.

Como pontos restritivos tem-se, na área, a restrição de acesso à Mata do Crasto, a falta de
condutores especializados para a operação das embarcações, esgoto a céu aberto nas ruas
do Crasto, sendo despejado sem tratamento no Rio Piauí e o desmatamento da Mata
Atlântica. Como impulsores tem-se a diversidade da segmentação turística. Para melhoria
dos serviços turísticos tornam-se necessárias ações de capacitação e certificação de guias
de turismo, proprietários e equipes de restaurantes e pousadas; de educação ambiental,
utilizando os recursos disponíveis na mata atlântica. Quanto à infraestrutura, requer-se a
implantação do sistema de esgotamento sanitário do povoado Crasto, a implantação de
rodovia interligando o Crasto à sede municipal, a revisão e implementação do Plano de
Manejo da APA do Litoral Sul e dos projetos nele especificados.
Como se observa, o município vem se estruturando para o fortalecimento das atividades
turísticas, identificando suas potencialidades e buscando melhorias. O levantamento
detalhado da oferta, permitiu o conhecimento de suas potencialidades e a organização para
o desenvolvimento.
Nesse contexto é importante o trabalho, realizado e em desenvolvimento, feito pelo IPTI
como é o caso do Arte com Ciência, Educação Inclusiva, Ampliação e Fortalecimento da
Difusão de Tecnologias Sociais por meio das redes virtuais de conhecimento, do Cultura em
Foco e, sobretudo, do Plano de Gestão Participativa do Turismo do município de Santa
Luzia do Itanhy.

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129
TRECHO 3 – LITORAL NORTE
A. Brejo Grande

O município encontra-se às margens do rio São Francisco, a 137 km da capital sergipana.


Fundado em 1926, possui população de 7.742 habitantes (Censo 2010) e área territorial de
aproximadamente 148 Km². Possui um dos menores IDH – Índice de Desenvolvimento
Humano - do Brasil e o terceiro menor do Estado de Sergipe.
O município é quase todo formado por dunas, mangues e restingas, intercaladas por lagoas
e apicuns, de onde se pode visualizar o encontro do Velho Chico com o Oceano Atlântico.
Neste sentido, o principal patrimônio do local é o natural; entretanto, há muita pressão
especulativa na região, gerando conflitos entre os moradores locais. A região da Resina,
onde vivem famílias de pescadores artesanais e remanescentes de quilombolas, foi
comprada em 2007 para a construção de um Resort. Houve grande resistência da
comunidade, que não deixou a região, o que obrigou a empresa compradora a fazer um
acordo com o povoado para mantê-los no local.
Brejo Grande possui grande potencial turístico devido à sua diversidade natural, porém a
exploração da atividade ainda é realizada de maneira primitiva, enquanto o município
necessita de investimentos em infraestrutura turística.
Merece destaque a culinária local, composta de frutos do rio e do mar, como o camarão
dentro do coco verde e a sobremesa tipicamente local, o pudim de coco verde, do
Restaurante e Pousada Carapeba, localizado às margens do Rio São Francisco.
Como atrativos destacam-se:
 Foz do Rio São Francisco – a navegação até a Foz do São Francisco ou até o
Pontal do Cabeço, como é conhecida, pode ser realizado por lancha, barco ou
catamarã. No percurso, compreendendo 17 km observa-se paisagem composta por
matas ciliares, ilhas fluviais, dunas, coqueirais e povoados ribeirinhos. Na foz pode-
se tomar banho nas margens do Rio São Francisco ou nas piscinas naturais que se
formam entre as dunas. Há quiosques que vendem comida e artesanato, porém os
produtos carecem de originalidade e melhoria da qualidade.
Figura 53. Foz do Rio São Francisco – Município de Brejo Grande

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Figura 54. Foz do Rio São Francisco – Município de Brejo Grande

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Povoado Cabeço – no local havia aldeia de pescadores que foi quase totalmente
tomada pelas águas do Rio e do oceano Atlântico. Uma das causas para sua
inundação foi o impacto do represamento do Rio São Francisco com a construção da
Hidrelétrica de Xingó. As águas perderam a força na foz e o mar avançou, cobrindo
ruas, casas e igreja. O farol da vila, parcialmente submerso, virou símbolo e passou
a ser ponto turístico da região. Atualmente alguns moradores residem na região do
povoado ainda não atingida e outros migraram para o povoado de Saramén.
Figura 55. Farol do Povoado Cabeço – Brejo Grande

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Povoado Saramén - destino pouco explorado pelos turistas, o Povoado oferece aos
turistas banhos em ilhotas de água doce, dunas e uma vila de pescadores,
conhecida como Resina.

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Figura 56. Povoado Saramén

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Além desses atrativos pode-se citar também, o artesanato regional feito com palha de
Ouricuri - confecção de chapéus, cestas e objetos de decoração e a gastronomia típica
como a cocada, guaiamu e siris.

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B. Pacatuba

Localiza-se no litoral norte de Sergipe, a 116 km da capital do Estado. Possui área territorial
de 373 km² onde 40 Km² é formado pelo Pantanal Nordestino, também conhecido por
Pantanal Sergipano.
No município encontra-se a Reserva Biológica de Santa Izabel ciada com o objetivo de
proteger os ecossistemas costeiros compostos de dunas, manguezais, lagoas, além da área
de desova das tartarugas marinhas. Na reserva encontra-se a sede do Projeto Tamar
O município vem sendo preparado para uma ocupação ordenada que respeite o homem e a
natureza, onde a convivência não seja predatória, garantindo um turismo sustentável, de
baixo impacto e com clara visão ecológica. É um importante ponto turístico para os
apreciadores do turismo ecológico.
Atualmente a cidade possui aproximadamente 13 mil habitantes e 373 Km² de área
territorial. Sua economia é baseada na plantação de coco, agricultura, pesca e extração do
petróleo. Merece também destaque a produção artesanal como as bolsas feitas com fibra de
taboa, encontrada em abundância na região e as festas de São João.
 Pantanal Nordestino - 40 km² de área com um ecossistema que abriga lagoas,
manguezais, áreas remanescentes de mata atlântica, dunas, mar e rica fauna, sendo
encontrados lontras, capivaras, jacarés-de-papo-amarelo e mais de 100 espécies de
aves. A região possui belas paisagens, porém sem qualquer infraestrutura turística.
O acesso é realizado pela SE 100 norte ainda não pavimentada e a sinalização é
precária. No mirante do Robalo, área particular, é possível visualizar toda a
diversidade e beleza do pantanal.
Figura 57. Pantanal Nordestino

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Ponta dos Mangues - praia que se localiza a 23 Km da cidade de Pacatuba.


Considerada praia deserta e calma, porém com ondas que chegam a 2 metros de
altura em períodos de ressaca. A praia não apresenta qualquer infraestrutura
turística e, mesmo assim, é um destino procurado por turistas e surfistas. Suas
areias são também utilizadas pelas tartarugas para a desova de ovos. O projeto
Tamar atua com o objetivo de proteger as tartarugas. Observa-se ainda o tráfego de
veículos nas areias da praia, comprometendo a segurança dos visitantes e a desova
das tartarugas.

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Figura 58. Ponta dos Mangues

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

135
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C. Pirambu

Localizado na faixa litorânea norte do estado de Sergipe, o município está localizado a 32


Km de Aracaju. É considerado o maior centro pesqueiro do Nordeste, exportando para a
Bahia, Pernambuco, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte.
Foi fundado em 1953, e conta hoje com aproximadamente 9 mil habitantes. Mesmo
sendo ponto de partida para roteiros ecológicos e de praia, é ainda pouco explorado
turisticamente.
Como atrativos verifica-se uma diversidade de elementos naturais como praias, dunas,
rios, cachoeiras e mangues. Destacam-se a Lagoa Redonda, a Lagoa do Sangradouro, o
Morro da Lucrécia, o Mirante, o Rio Japaratuba e a Reserva de Santa Izabel, sede do
Projeto Tamar.
Como manifestações culturais destacam-se as festas juninas, o Pirambrega, o Festival de
Verão, o Cultuarte e o Carnaval. O artesanato é representado pelos bordados de ponto
de cruz e a utilização de materiais como couro, madeira e corda.
• Lagoa Redonda - à 17 km da cidade de Pirambu. As dunas que margeiam a
lagoa são muito utilizadas para a prática de esportes como o sandboard. No alto
das dunas pode-se avistar, de um lado, o mar e, do outro, os manguezais. No
local há área de camping com restaurante e banheiros.
Figura 59. Lagoa Redonda

Fonte: Agnaldo Cordelista em www.agnaldocordelista.blogspot.com.br, acesso em novembro de 2012.

 Lagoa do Sangradouro - localiza-se a 22 km de Pirambu. É utilizada para a


prática de esportes náuticos. Não possui infraestrutura turística.
 Cachoeira Roncador - localizada no povoado de Santa Izabel, a cachoeira
possui 5 m de altura. O acesso é realizado a partir da Lagoa Redonda. São 30
minutos de caminhada, trecho arenoso, entre a mata e o mar, por meio de uma
trilha de 1km de extensão.
 Vale da Lucrécia – acessado por caminhada, de 250 metros, a partir da Lagoa

137
Redonda. Do topo pode-se avistar a lagoa azul que consiste em uma cratera
preenchida por uma porção de água propícia ao banho. Não há infraestrutura
turística no local.
 Reserva Biológica Santa Izabel – REBIO - Criada pelo Decreto Nº 96.999, de 20
de outubro de 1988, possui 2.766 ha sendo 45 km de praia limitados pela barra do
rio Japaratuba e pela barra do Funil. Está localizada nos municípios de Pirambu e
Pacatuba. A Unidade tem como objetivos específicos a proteção de ecossistemas
delicados, como dunas móveis e fixas, vegetação de restinga, lagoas temporárias
e permanentes, praias, manguezais e fauna diversificada. A categoria de manejo
da Unidade atende somente a pesquisadores e ações de educação ambiental. Em
relação ao seu planejamento, a Unidade ainda não possui documento que norteie
suas atividades de manejo.
Dentre os animais encontrados, destaca-se a menor tartaruga marinha
(Lepidochelys oleácea), que encontra na reserva seu maior sítio de desova no
Brasil. O risco de extinção desta espécie marinha foi o principal motivo para a
criação da Unidade.
Os equipamentos disponíveis são limitados: 2 alojamentos e 2 escritórios de
apoio; um centro de visitantes com museu, sala de projeção, casa de bombas,
stand para divulgação e 6 tanques; 1 veículo (categoria passeio), garagem,
galpão e oficina de pequeno porte.
A Unidade mantém acordos de parceria com: Fundação Pró-TAMAR; Petrobrás -
Petróleo Brasileiro; e CONATURA - Cooperativa Mista de Trabalhadores da
Natureza.
Figura 60. Reserva Biológica Santa Izabel

Fonte: Technum Consultoria, 2011.


Figura 61. Reserva Biológica Santa Izabel

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

138
 Projeto Tamar - monitora 157 km de praia no litoral norte de Sergipe por meio de
sua primeira base instalada em Pirambu, em 1982. Na sede, encontra-se o Centro
de Educação Ambiental – CEA, que recebe, em média, 120 mil visitantes/ano por
meio do Programa de Visitas Orientadas - PVO. Voltado à conservação das
tartarugas marinhas e proteção das áreas de desova. Além de trabalhos voltados
à educação ambiental o Tamar oferece também programas voltados ao resgate
do artesanato e da cultura local.
No Centro há uma área cercada para a incubação de ovos de tartaruga; tanques
com exemplares vivos de tartarugas marinhas em diversas fases de
desenvolvimento; sala para a realização de palestras e projeção de filmes e salas
com aquário marinho onde são encontradas espécies típicas do entorno da
Reserva. Há ainda estacionamento e stand que divulga as atividades culturais
desenvolvidas com as comunidades do entorno.
No período da temporada reprodutiva ocorrem as solturas programadas de
filhotes, em que os turistas e a comunidade podem participar do evento. Nesta
ocasião, os participantes recebem explicações a respeito do ciclo reprodutivo das
tartarugas marinhas.
Destaca-se ainda que o litoral norte de Sergipe possui a maior concentração da
desova da tartaruga-oliva (Lepidoshelys Olivecea). Em época de desova
registram-se aproximadamente 1200 desovas nas praias de Pirambu, sendo 80%
destas da tartaruga-oliva.
Antes da implantação da base do Tamar, no período da desova, as tartarugas
eram coletadas por pescadores e utilizadas tanto para consumo, quanto para
comercialização. Após a criação da base, e por meio de um trabalho de educação
ambiental realizado pelo Tamar, pescadores e comunidade foram envolvidos na
conservação das tartarugas marinhas. Atualmente 70% das desovas permanecem
em seus locais de origem.
Além de trabalhos voltados à educação ambiental o Tamar oferece também
programas voltados ao resgate do artesanato e da cultura local.
Figura 62. Sede do Projeto Tamar - Coordenação Regional ICMBio de Sergipe e Alagoas

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

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Figura 63. Projeto Tamar - Incubadoras

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Dentre os principais entraves para o desenvolvimento do turismo municipal encontram-


se:
 ausência de infraestrutura de acesso aos atrativos descritos e de sinalização
turística;
 ausência de um calendário de eventos culturais e turísticos;
 saneamento básico deficiente (em alguns pontos da cidade os efluentes das
casas são lançados diretamente no mar); falta de energia e de limpeza
pública,
 ausência de equipamentos de apoio, como postos de gasolina, postos de
saúde, agências bancárias etc.
 praças (praças de eventos e demais praças) e orlinha degradadas.
A elaboração de um Plano de Gestão do Turismo do Município de Pirambu seria de
grande valia para traçar os rumos e as metas do turismo no município e encaminhar a
criação de roteiros turísticos de mais de um dia, motivando a demanda de visitantes ao
longo de todo o ano.
Para Pirambu, outras ações podem ser indicadas, dentre as quais:
 Capacitação dos bens e serviços turísticos: hospedagem, guias de turismo,
alimentação, receptivo;
 Construção de um Centro de Arte e Cultura (CAC) para comercialização do
artesanato local (à base de palha de coqueiro e madeira) que hoje é
comercializado em Aracaju e outros estados. Este espaço poderia servir
igualmente para reuniões e apresentações dos grupos folclóricos da região;
 Revitalização do Projeto Tamar;
 Criação de um maior terminal de integração e aprimoramento no terminal
turístico.
 Construção de uma área para lazer e entretenimento na orlinha;
 Capacitação dos profissionais que lidam com o turismo;
 Sensibilização em Educação Ambiental para toda a comunidade;
 Melhorias no terminal pesqueiro;
 Implementação de passeios de barco pelo rio;
 Construção de uma nova ponte de acesso ao município.

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SÍNTESE DOS ATRATIVOS PRINCIPAIS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS
Quadro 06: Síntese dos Atrativos Turísticos Principais – Polo Costa dos Coqueirais - 2012
Trechos Municípios Atrativos
Praia de Atalaia
Oceanário de Aracaju
Rio Vaza Barris – Croa do Goré
Orla Por do Sol
Orla do Bairro Industrial
Aracaju
Mercado Público Antônio Franco
Mercado Público Thales Ferraz
Museu da Gente Sergipana
Festejos Juninos
Centro de Convenções de Sergipe
Ponte Construtor João Alves
Travessia do Tototó
Navegação pelo Rio Sergipe
Praia de Atalaia Nova
Barra dos Coqueiros
Passeio de Charrete
Praia da Costa
Trecho 1 Festa de Santa Luzia
Área Central Praia do Jatobá
Patrimônio Arquitetônico
Laranjeiras Riquezas Folclóricas
Patrimônio Natural – cavernas
Igreja Matriz Nossa Senhora Perpétuo do Socorro
Nossa Senhora do Prainha do Porto Grande
Socorro Prainha de São Braz
Festa da Padroeira
Igreja Matriz de Santo Amaro
Santo Amaro das
Capela de Nossa Senhora da Conceição (Engenho Caieira)
Brotas
Mirante do Cristo
Praça de São Francisco
Praça da Matriz
Conjunto Arquitetônico do Carmo
São Cristóvão
Igreja Nossa Senhora do Amparo
Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
Cristo Redentor
Patrimônio Arquitetônico
Bairro Porto D`Areia e Centro Histórico de Estância
Restaurantes X-PTO, Atlântico e Barriga’s
Ilha da Sogra
Praia do Saco
Estância
Praia do Abais
Lagoa dos Tambaquis e APA Sul
Trecho 2
Festa de São João
Litoral Sul
Natal de Luz
Mangue do Farnaval
Povoado da Terra Caída
Indiaroba
Povoado de Pontal
Praia da Caueira
Itaporanga D’Ajuda Festejos de São João
Ilha Mem de Sá

142
Trechos Municípios Atrativos
Festejos de São João
Santuário de Santa Luzia do Itanhy
Sede do Cultura em Foco
Engenho São Felix
Engenho Antas
Engenho Cedro
Engenho / Fazenda Castelo
Santa Luzia do Itanhy Fazenda Priapu da Feira e Cachaçaria Reserva do Barão
Sítio Ebenezer
Restaurante de Dona Rosa – POVOADO SÃO JOSÉ
Ki-Delícia de Pirão – Povoado Rua da Palha
Povoado do Crasto
Navegação pelo rio Piauí – Turismo Náutico e de Pesca
Escuna Gazzela
Foz do Rio São Francisco
Brejo Grande Povoado Cabeço
Povoado Saramén
Pantanal Nordestino
Pacatuba
Ponta dos Mangues
Trecho 3
Lagoa Redonda
Litoral Norte
Lagoa do Sangradouro
Cachoeira Roncador
Pirambu
Vale da Lucrécia
Reserva Biológica Santa Izabel – REBIO
Projeto Tamar

Fonte: Technum Consultoria, 2012.

4.3.2. Serviços e Equipamentos Turísticos


O cenário atual da oferta de equipamentos e serviços turísticos no Polo Costa dos
Coqueirais abrange os meios de hospedagem, os equipamentos e serviços de alimentação,
as agências de turismo e os prestadores de serviço de transporte e de locação de veículos.
A Tabela 40, a seguir, apresenta o quantitativo dos estabelecimentos existentes, por
município, levantado a partir de pesquisa em campo e de dados da Coordenadoria de
Pesquisa – Emsetur.
Tabela 40. Total de Equipamentos e Serviços Turísticos Instalados nos Municípios Integrantes do
Polo Costa dos Coqueirais – Sergipe – 2011*
Agências de Transportadoras
Município Hospedagem Alimentação**
Viagem turísticas
Aracaju 132 169 37 66
Barra dos Coqueiros 2 11 2 0
Brejo Grande 4 4 0 0
Estância 8 17 5 1
Indiaroba 4 13 0 0
Itaporanga D’Ajuda 3 5 0 0
Laranjeiras 3 3 2 0
N. S. do Socorro 0 11 2 0
Pacatuba 2 3 0 0
Pirambu 5 6 0 0
Santa Luzia do Itanhy 1 3 0 0

143
Agências de Transportadoras
Município Hospedagem Alimentação**
Viagem turísticas
Santo. Amaro das Brotas 0 2 0 0
São Cristóvão 0 3 2 0
Total 164 250 50 67

Fonte: Emsetur e Technum Consultoria SS, 2011.


* Dados referentes a instrumento de pesquisa de campo e formulários preenchidos no ano de 2012 *
restaurantes, bares, lanchonetes e similares.

No quadro dos equipamentos e serviços turísticos, Aracaju, como capital do estado, se


sobressai, dispondo do maior número de estabelecimentos em todas as categorias. de
maior quantidade de serviços e equipamentos turísticos.

A. Serviços e Equipamentos de Hospedagem

A análise dos serviços e equipamentos de hospedagem instalados em Aracaju teve como


base os dados da ABIH - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, levantamento de
campo de novembro de 2011 a janeiro de 2012 e pesquisas realizadas pela Emsetur nos
anos de 2008, 2009 e 2010. 40 hotéis e 14 pousadas dentre os 132 existentes em Aracaju
são associados da ABIH e fazem parte do Cadastur8. Nos demais municípios do Polo os
equipamentos de hospedagem, no total de 32, entre hotéis e pousadas, não estão
associados à ABIH e somente 3 hotéis localizados nos municípios de Barra dos Coqueiros,
Estância e Laranjeiras e 6 pousadas localizadas em Barra Grande, Estância, Itaporanga
D’Ajuda e Pirambu estão inseridos no Cadastur.
Tabela 41. Quantitativo dos Meios de Hospedagem Instalados nos Municípios Integrantes do Polo
Costa dos Coqueirais – Sergipe - 2012

Estabelecimentos de Hospedagem
Municípios Hotéis Pousadas Campings Total
Aracaju 43 88 1 132
Barra dos Coqueiros - 2 - 2
Brejo Grande - 4 - 4
Estância 5 3 - 8
Indiaroba - 4 - 4
Itaporanga D’Ajuda - 3 - 3
Laranjeiras 1 2 - 3
N.S.do Socorro - - - 0
Pacatuba - 2 - 2
Pirambu - 5 - 5
Santa Luzia do Itanhy 1 - 1
Santo Amaro das Brotas - - - 0
São Cristóvão - - - 0
Total 49 114 1 164
Fonte: Technum Consultoria SS, 2012

O Polo reúne 164 estabelecimentos de hospedagem, sendo 49 hotéis, 114 pousadas e 10


campings. Aracaju abriga a maior oferta do setor hoteleiro enquanto os municípios de Nossa
Senhora do Socorro, São Cristóvão e Santo Amaro das Brotas não contam com
estabelecimentos do gênero. Os dois primeiros suprem a sua necessidade atual de
hospedagem por meio de Aracaju, devido à sua proximidade com a capital.

8
Sistema de Cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor do turismo, executado pelo Ministério do Turi6smo,
em parceria com os Órgãos Oficiais de Turismo Estaduais.

144
Aracaju e Barra dos Coqueiros possuem hotéis com capacidade para sediar eventos de
pequeno e médio porte, complementando os serviços do Centro de Convenções de Aracaju
e centralizando a recepção dos turistas do segmento de negócios e eventos. O número de
UH – Unidades Hoteleiras e de leitos disponíveis no Polo pode ser verificado na Tabela 42,
a seguir.
Tabela 42. Quantitativo das Unidades Hoteleiras e Leitos - Municípios do Polo Costa dos Coqueirais
– Sergipe - 2011

Municípios UH´s Leitos

Aracaju 4.575 9146


Barra dos Coqueiros 19 57
Brejo Grande 24 60
Estância 207 411
Indiaroba 57 164
Itaporanga D’Ajuda 53 229
Laranjeiras 155 388
N.S.do Socorro 0 0
Pacatuba 30 86
Pirambu 76 118
Santa Luzia do Itanhy 9 18
Santo Amaro das Brotas 0 0
São Cristóvão 0 0
Total 5205 10.677

Fonte: Technum Consultoria SS, 2011

Constata-se a concentração de UH e leitos em Aracaju, na medida em que, das 5.205 UH


existentes, 90% estão instaladas na capital. As pequenas dimensões do Estado e a posição
estratégica da Capital, aproximadamente no ponto médio do seu litoral, facilitam o acesso
aos atrativos turísticos sem pernoite nos municípios, o que gera a baixa permanência de
turistas nestas áreas, e, consequentemente, menor arrecadação proveniente da cadeia do
turismo e baixa capacidade de dinamização das economias municipais.
A qualidade, a diversidade e a quantidade de meios de hospedagem interferem diretamente
em sua atratividade e na capacidade de receber um determinado número de turistas. Dos 32
estabelecimentos envolvidos na pesquisa de campo, sediados nos municípios do Polo,
exceto Aracaju, cabe ressaltar que 22 responderam afirmativamente pela necessidade de
reforma, ampliação, substituição de equipamentos e melhoria no serviço de hospedagem no
intuito de gerar a permanência do turista na região. 81,2% desses estabelecimentos ofertam
serviços de alojamento associados ao fornecimento de alimentação e bebidas (53%) e à
realização de eventos (34%), Não existem informações relativas ao volume de negócios
desses estabelecimentos.
Segundo informações prestadas diretamente pelos 32 estabelecimentos, os hóspedes
procedem predominantemente dos estados da Bahia, Alagoas, São Paulo, Rio de Janeiro,
Sergipe, Pernambuco, sendo também citados hóspedes estrangeiros procedentes da
Alemanha, Argentina, Itália, Estados Unidos da América, Suíça, França, México e Inglaterra.
Inexistem dados sistematizados sobre o quantitativo de hóspedes, sobre a taxa de
ocupação, a permanência média, o fluxo de hóspedes e o índice de pernoites nos 32 hotéis
pesquisados. Tais dados estão disponíveis apenas no que diz respeito à rede hoteleira de
Aracaju, apresentados na Tabela 43, a seguir.

145
Tabela 43. Taxa de Ocupação, Permanência Média, Fluxo e Pernoites Gerados por Categoria das
Unidades Hoteleiras – Aracaju - 2008, 2009 e 2010
2008
Categoria Taxa de Ocupação Permanência Média Fluxo de Pernoites
% (Dias) Hóspedes Gerados
Hotel 5 71,8 2,42 82.702 218.941
Hotel 4 47,3 2,40 31.644 81.271
Hotel 3 64,7 3,18 33.714 117.652
Hotel 2 49,9 5,43 6.422 41.847
Hotel 1 33,0 2,17 9.815 22.773
Pousada 46,6 2,07 7.726 17.284
Total 59,5 2,66 172.023 499.768
2009
Categoria Taxa de Ocupação Permanência Média Fluxo de Pernoites
% (Dias) Hóspedes Gerados
Hotel 5 59,1 2,74 77.232 228.652
Hotel 4 41,6 2,25 36.364 89.199
Hotel 3 58,3 3,34 40.533 152.520
Hotel 2 59,5 4,78 10.354 58.763
Hotel 1 31,8 2,76 7.892 23.693
Pousada 44,7 2,15 8.075 18.839
Total 53,1 2,88 180.450 571.666
2010
Categoria Taxa de Ocupação Permanência Média Fluxo de Pernoites
% (Dias) Hóspedes Gerados
Hotel 5 58,0 2,64 98.528 286.089
Hotel 4 47,5 2,61 31.397 88.823
Hotel 3 53,0 2,74 49.971 148.490
Hotel 2 56,0 4,29 11.763 58.162
Hotel 1 36,0 2,97 8.778 28.422
Pousada 55,9 2,31 8.034 20.092
Total 54,8 2,76 208.471 630.078
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.

A evolução da média de permanência em Aracaju é apresentada na tabela a seguir:


Tabela 44. Média de permanência, Aracaju 2005 – 2011.

Ano 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Permanência Média 2,63 dias 2,93 dias 2,65 dias 2,66 dias 2,88 dias 2,76 dias 2,75 dias

Fonte: Pesquisa de Demanda turística, EMSETUR, 2011.

Os dados gerais indicam que a capital sergipana vem apresentando, a partir de 2008, um
aumento significativo quanto ao fluxo de hóspedes e quanto aos pernoites gerados. Em
Aracaju o fluxo turístico, em 2010, foi de 208.471 hóspedes, gerando 630.078 pernoites, o
que significa o crescimento de 13,4% em relação a 2008 e de 17,5% em relação a 2009.
Este fato se deve principalmente aos investimentos realizados no setor hoteleiro da capital
devido ao aumento da procura por hospedagem.
A taxa de ocupação hoteleira no município de Aracaju, de 2008 a 2010, por categoria de
hotéis demonstrou oscilação pouco significativa ao longo desses anos, raramente ficando
abaixo de 50%. Em 2008 os hotéis de categoria cinco estrelas apresentaram a maior taxa
de ocupação em relação aos demais, ficando em segundo lugar os hotéis três estrelas. Em
2009 e 2010 esses índices se mantiveram entre 50% e 60% para a categoria de duas e três
estrelas.
O hóspede de estabelecimentos cinco estrelas tende a privilegiar os serviços turísticos
oferecidos pelo próprio hotel, diminuindo o seu gasto na cidade. Ao contrário, os hóspedes

146
de hotéis de menor categoria utilizam serviços externos ao hotel, contribuindo, assim,
diretamente, para a dinamização da economia na cadeia produtiva do turismo.
A permanência média do turista nos meios de hospedagem de Aracaju no período de 2008
a 2010 variou entre 2,66 a 2,88 dias. Observa-se que o tempo de permanência é maior na
ocupação de hotéis de categoria duas estrelas. Porém, constata-se que o aumento do
tempo de permanência na cidade não cresce na mesma proporção do fluxo de turistas no
período de 2008 a 2010, ou seja, o número de turistas vem crescendo ao longo dos anos,
embora o tempo de permanência se mantenha.

B. Equipamentos e Serviços de Alimentação

Os serviços de alimentação, assim como os meios de hospedagem, são essenciais como


componentes da cadeia produtiva do turismo, não só para suprir necessidades básicas do
turista, mas também como elemento que traduz a cultura local, por sua culinária típica e
caseira.
O Polo Costa dos Coqueirais possui 260 equipamentos voltados para a gastronomia, de
acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Abrasel, complementados
pela pesquisa de campo realizada em 2011/2012.
Em Aracaju estão instalados cerca de 169 equipamentos de alimentação, dentre eles bares
e restaurantes, bares noturnos, choperias e botecos, que oferecem pratos da cozinha
internacional, frutos do mar, cozinha naturalista, cozinha regional, rodízio de churrasco,
pizzarias, lanchonetes sorveterias e outros tipos de estabelecimentos.
A tabela a seguir quantifica o número de estabelecimentos de alimentação existente no Polo
Costa dos Coqueirais.
Tabela 45. Estabelecimentos Prestadores de Serviços de Alimentação Instalados nos Municípios
Integrantes do Polo Costa dos Coqueirais – Sergipe - 2011

Município Quantidade de Estabelecimentos

Aracaju 169
Barra dos Coqueirais 11
Brejo Grande 4
Estância 17
Indiaroba 13
Itaporanga D’Ajuda 5
Laranjeiras 3
Nossa Senhora do Socorro 11
Pacatuba 3
Pirambu 6
Santa Luzia do Itanhy 3
São Cristóvão 3
Santo Amaro das Brotas 2
Total 250
Fonte: Technum Consultoria SS, 2011.

Os estabelecimentos instalados em Aracaju estão prontos para atender turistas de todas as


faixas sociais e poder de consumo. Os outros municípios do Polo apresentam uma reduzida
quantidade de empreendimentos gastronômicos que, na sua maioria, estão voltados para o
atendimento da população local e carecem de infraestrutura para atendimento ao turista,
tanto no que diz respeito à qualificação de funcionários, quanto às instalações e estado de

147
conservação. Este fato afeta a permanência do turista e ainda incentiva o oferecimento
destes serviços diretamente pelas agências de viagem, diminuindo ainda mais investimentos
privados neste setor.
Na gastronomia do Polo destaca-se a influência da cozinha nordestina e sergipana, além da
comida caseira nos municípios e estabelecimentos onde as estruturas são mais simples.
Em parceria com o Sebrae/SE, foi implantado na região o programa Gestão Estratégica
Orientada para Resultados de Bares e Restaurantes, que elabora projetos para qualificação
e desenvolvimento das empresas associadas. O Senac está presente, realizando, em
Aracaju cursos de qualificação profissional para das empresas associadas.
Sergipe dispõe, ainda, de programa de qualidade relacionado a Hotéis, Bares, Pousadas,
Restaurantes e Similares. Para obter o Selo de Qualidade as empresas passam por um
diagnóstico, que inclui visita técnica e avaliação de um Comitê Gestor formado por técnicos
do Sebrae, da Secretaria de Estado do Turismo e de outras entidades relacionadas ao setor
atuantes no Estado: Abav, Abeoc, Abih, Abrajet, Abrasel, Funcaju, Senac, Senar, e Singtur.
Dos 79 estabelecimentos instalados nos municípios do Polo, exceto Aracaju, 45 deles
informaram a necessidade de reforma, ampliação, substituição de equipamentos no intuito
de gerar maior permanência do turista na região.
O quantitativo das equipes que atuam nos estabelecimentos de alimentação na região do
Polo varia entre duas a doze pessoas com carteira assinada e de um a quinze temporários.
Verifica-se que nos meses de janeiro, fevereiro, março e dezembro o quadro de funcionários
se mantém estável, diminuindo sensivelmente nos demais meses do ano. Três restaurantes,
em Barra dos Coqueiros, Estância e Indiaroba, declaram possuir empregados com
formação específica/especialização para o exercício de suas funções
Na questão de créditos e Incentivos Fiscais, um restaurante localizado no município de
Pirambu utilizou créditos para capital de giro, sendo o Banese o fornecedor do credito.

C. Equipamentos e Serviços de Agenciamento

Os serviços de agenciamento turístico são prestados por estabelecimentos comerciais,


organizados com o objetivo de produzir, vender ou intermediar a venda e a reserva de
transporte, hospedagem, alimentação e eventos para fins considerados turísticos. Tais
serviços podem assumir a forma de excursões ou pacotes ou ser prestados individualmente.
Foram identificadas em Aracaju 41 agencias de viagens e operadoras de turismo
associadas à Abav/SE - Associação Brasileira de Agências de Viagens de Sergipe. Destas,
6 são agencias receptivas, 3 são operadoras de turismo e as demais são agências de
viagens emissivas. Segundo dados da Abav, existem em Aracaju mais 25 agências não
associadas, dentre as quais 13 são agências receptivas e fazem parte do Cadastur. Dentre
os demais municípios do Polo Costa dos Coqueirais, somente Estância possui uma agência
de viagem.
São poucas as agências que trabalham com turismo receptivo e pequeno também é o
número de roteiros turísticos por elas comercializados, o que acaba por gerar maior receita
para a capital do Estado, diminuindo a receita do turismo nos demais municípios do Polo.

148
D. Equipamentos e Serviços de Transporte e Locadoras de Veículos

Segundo dados do Cadastur, somente Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância, Laranjeiras,
Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão possuem estabelecimentos voltados para o
transporte turístico, conforme demonstra a tabela a seguir. Constata-se pouca oferta de
transporte turístico no Polo, com concentração em Aracaju.
Tabela 46. Estabelecimentos Prestadores de Serviço de Transporte Turístico - Instalados no Polo
Costa dos Coqueirais – Sergipe - 2011

Municípios Quantidade de Estabelecimentos


Aracaju 37
Barra dos Coqueiros 2
Estância 5
Laranjeiras 2
Nossa Senhora do Socorro 2
São Cristóvão 3
Total 51
Fonte: CADASTUR

E. Centros de Atendimento ao Turista

Quatro Centros de Atendimento ao Turista estão instalados em Aracaju, localizados no


Mercado Municipal Thales Ferraz, na Colina do Santo Antônio, no Mirante 13 de Julho e na
Orla Pôr do Sol, onde estão disponíveis materiais de apoio, distribuídos gratuitamente, tais
como: mapas de orientação turística, folheteria sobre os atrativos principais, guias,
prospectos de shows e passeios, porém referindo-se a cada município do estado, sem citar
o conjunto turístico do Polo Costa dos Coqueirais.
O município de Brejo Grande possui um Centro de Atendimentos ao Turista que atualmente
encontra-se desativado. Em Estância há um Terminal Turístico em construção; Laranjeiras
possui um Bureau de Informações Turísticas junto à Secretaria Municipal de Turismo e São
Cristóvão conta com um Posto de Informações Turísticas. Os demais municípios do Polo
não possuem equipamentos formalizados de recepção e informação ao turista.
Verifica-se que nos centros de atendimento ao turista não há um banco de dados atualizado
para que os turistas possam saber sobre a gastronomia local, a hospedagem, transportes,
entretenimentos, atrações turísticas, dentre outros serviços, além de informações
direcionadas aos eventos que estejam ocorrendo nos municípios.

F. Organizadoras e Locais para Realização de Eventos

A capital do Estado conta com o Centro de Convenções de Sergipe que possui um Pavilhão
de Feiras e Exposições com 5.050m², quatro auditórios com acomodação 900 pessoas
aproximadamente e salas de treinamento para 100 pessoas.
A atuação do Aracaju Convention & Visitors Bureau configura um elemento fortalecedor e
indutor ao turismo de negócios e eventos no Polo Costa dos Coqueirais. Ainda que a
capacidade dos auditórios locais seja um fator de desvantagem frente aos destinos
competitivos do turismo de eventos, Aracaju demonstra qualificação e significativa
capacidade de captação de eventos. A rede de hotéis de Aracaju, principalmente as
unidades melhor classificadas, contam com salões e salas para pequenos eventos, cursos,
convenções, sendo importante complemento ao Centro de Convenções.

149
O município de Barra dos Coqueiros possui hotel com capacidade de receber eventos de
pequeno e médio porte, de modo a complementar os serviços existentes em Aracaju, pela
sua proximidade. Os outros municípios do Polo não dispõem de infraestrutura para abrigar o
turista cuja motivação da viagem foi estruturada em torno do segmento de negócios ou da
participação em eventos.

5. INFRAESTRUTURA BÁSICA E SERVIÇOS PÚBLICOS


5.1. Rede Viária de Acesso
A malha de transporte e acesso ao estado de Sergipe é formada por rodovias, ferrovias,
porto e aeroporto. São, aproximadamente, 11,5 mil km de estradas que ligam as principais
cidades do estado à sua capital, Aracaju, bem como aos demais estados do País.
O sistema ferroviário possui 286 km. As atividades portuárias são realizadas pelo Terminal
Marítimo Inácio Barbosa, em Barra dos Coqueiros e o Aeroporto está localizado em Aracaju.
Os elementos que compõem a rede viária do Polo podem ser verificados no mapa a seguir.
Figura 64. Rede Viária - Polo Costa dos Coqueirais - 2011

Fonte: Technum Consultoria, 2011

150
5.1.1. Sistema Rodoviário
O mapa a seguir ilustra o sistema rodoviário do Estado de Sergipe. O Estado apresenta 411
km de estradas federais, 3.849 km estaduais e 7.206 km de vias municipais, pavimentadas
ou não, de acordo com o DNIT. No Polo Costa dos Coqueirais as principais rodovias
federais de acesso são a BR-101, que corta Sergipe no sentido norte-sul, e a BR 235, que
corta no sentido leste / oeste.
Figura 65. Sistema Rodoviário - Polo Costa dos Coqueirais - 2011

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

As rodovias que compõem a malha viária do Polo Costa dos Coqueirais, são estruturadas a
partir das pelas rodovias federais - BR 101 e BR 235 -, a SE 100 – Rodovia estadual
principal – e as vias de ligação que conectam os municípios do Polo.
No geral, as condições físicas das rodovias existentes são boas, ainda que necessitem de
algumas melhorias.
Na BR 101 há intenso fluxo de veículos, sobretudo de carretas com cargas e ônibus de
longo percurso. Merecem destaque as obras de duplicação desta rodovia nos acessos aos
municípios Nossa Senhora do Socorro, Laranjeiras, São Cristóvão e Itaporanga D’Ajuda.
A BR 235 possui pista dupla no principal acesso a Aracaju e Nossa Senhora do Socorro.

151
A rodovia SE 100 foi implantada com recursos do Prodetur I visando separar a circulação
dos turistas do Polo Costa dos Coqueirais do tráfego pesado provocado pelos veículos de
passeio e de cargas que circulam na BR 101. Denominada Linha Verde, em continuação à
rodovia do estado da Bahia, a SE 100 margeia o litoral sergipano até Brejo Grande.
A SE 100 corresponde ao eixo articulador do turismo litorâneo do Polo Costa dos
Coqueirais. Nesta, pode-se observar que ainda há necessidade de infraestrutura e obras
complementares como pavimentação de trechos, projetos de sinalização, iluminação e a
construção de pontes. Estas ações são de significativa importância, pois permitirão a
continuidade de percurso, induzindo fortemente o deslocamento dos visitantes por todo o
Polo Costa dos Coqueirais.
A SE 100 pode ser dividida em dois trechos:
 a SE 100 Sul, que percorre os municípios de Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy,
Estância, São Cristóvão e Aracaju e,
 a SE 100 Norte, trecho que abrange Barra dos Coqueiros, Pirambu, Pacatuba e
Brejo Grande.
O trecho Sul da rodovia SE 100 encontra-se praticamente estruturado. Outros trechos
rodoviários do litoral sul demandam, porém, investimentos como os citados a seguir:
 acesso ao Povoado de Pontal em Indiaroba por meio da SE 285;
 acesso ao Povoado de Crasto em Santa Luzia do Itanhy por meio da SE 444 –
Figura 66;
 pavimentação da estrada que liga a Sede do município de Estância à sua área
litorânea - Praia do Saco e do Abais e a Lagoa Azul - SE 476.
 finalização da Ponte Gilberto Amado que liga o Povoado de Porto Cavalo - Estância -
ao Povoado de Terra Caída - Indiaroba – Figura 67.
Figura 66. Acesso ao Povoado de Crasto – SE 444 - Santa Luzia do Itanhy

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

152
Figura 67. Ponte Gilberto Amado - Estância

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Algumas pontes já estão construídas, como a que interliga os municípios de Aracaju e Barra
dos Coqueiros e a Ponte Joel Silveira sobre o Rio Vaza Barris. Dentre as melhorias com a
construção destas pontes, merece destaque: a redução de veículos na BR 101 transferindo
o fluxo para a SE 100, integração entre o litoral Sul sergipano e o litoral Norte da Bahia
facilitando o acesso entre as duas capitais e benefícios em empreendimentos turísticos,
hoteleiros e imobiliários já existentes e abrindo possibilidades para surgimento de novos.
A Ponte Gilberto Amado que liga o Povoado de Porto Cavalo - Estância - ao Povoado de
Terra Caída - Indiaroba - encontra-se em fase final de construção. A construção da ponte
resultará em um percurso direto de quem vai de Aracaju a Salvador ou vice-versa pela "linha
verde", sem a necessidade de utilizar a BR 101. Atualmente 90% da obra foi executada e o
objetivo consiste em atrair mais visitantes através das belezas naturais oferecidas pela
região, aumentando, assim, investimentos no setor turístico.
A ligação da SE 476 - sede municipal de Estância - à SE-100 - faixa litorânea de Estância -
é, notadamente um trecho em potencial para a captação de turistas que trafegam pela BR-
101. Esta ligação objetiva reduzir a distância entre a sede e suas belezas naturais de praias
e dunas, promovendo o desenvolvimento do turismo na região. Vale ressaltar que a obra
encontra-se paralisada, necessitando da construção da ponte sob o Rio Fundo para facilitar
a travessia.
A conclusão dessas obras permitirá um percurso turístico litorâneo que irá contribuir de
forma bastante significativa para aumentar a oferta de produtos turísticos, servirá também
como eixo estruturador do espaço e elemento de integração dos estados do nordeste.
Quanto à rodovia SE 285 é prioritária a conclusão da pavimentação do trecho entre os
povoados de Convento, Pontal e Terra Caída, formando uma rede de circulação e
diminuindo as distâncias destes com a sede municipal de Indiaroba. A obra irá fortalecer a
economia local, uma vez que a região abrange o estuário do Rio Real, importante ponto
turístico e destino para Mangue Seco. 70% das obras de pavimentação já foram executadas
com os recursos do Prodetur I, restando apenas finalizar o meio fio, a sarjeta e as calçadas.
Neste projeto há a previsão de instalação de cordas nas árvores para a travessia de saguis.
A SE-444, no trecho Santa Luzia/Crasto, em Santa Luzia do Itanhy não é pavimentada. A
região apresenta a maior reserva de Mata Atlântica do estado e, desta forma, o
condicionante de ações e projetos de melhorias do sistema viário versa sobre a preservação
da flora e fauna nativas. No projeto de pavimentação, já foi elaborado, porém não licitado,

153
propõe-se a passagem subterrânea de animais com telas nas vias, evitando acidentes e
contribuindo para a preservação ambiental.
Considera-se que a realização de obras desta natureza permitirá a otimização dos recursos
investidos no Prodetur I, potencializando e consolidando os benefícios esperados.
Considerando que o modo rodoviário é expressivo como meio de transporte e acesso ao
Estado, é de extrema importância a complementação do sistema de acessibilidade na SE
100 Sul, de modo a permitir não só o acesso mais rápido e com melhores condições de
segurança aos visitantes que se destinam à Aracaju, mas também oferecer opções de
passeios e visitação a pontos turísticos diversos.
A pavimentação da SE 100 Norte inicia-se em Barra dos Coqueiros e se estende ao
município de Pirambu. A partir daí, a rodovia encontra-se sem pavimentação asfáltica até
alcançar Brejo Grande, na margem direita do rio São Francisco, divisor natural entre Sergipe
e Alagoas. A falta de pavimentação deste trecho - Figura 68 - gera dificuldade de locomoção
da população local e interfere no desenvolvimento do fluxo turístico.
Figura 68. Final da Pavimentação SE 100 Norte

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Um protocolo de intenções foi firmado entre os governadores de Sergipe e Alagoas visando


à construção, no trecho norte da SE 100, de uma nova ponte sobre o rio São Francisco,
interligando Sergipe com a rodovia litorânea de Alagoas, importante ponto de ligação da
malha viária.
Apesar do protocolo firmado, as providências nesse sentido estão interrompidas, dadas as
divergências no que diz respeito ao local de implantação da ponte. O Governo de Alagoas
quer a ponte entre os municípios de Penedo (AL) e Neópolis (SE), devido a melhor
viabilidade econômica e ambiental desta região. Já o governo de Sergipe pretende que a
ponte esteja localizada entre os municípios de Brejo Grande (SE) e Piaçabuçu (AL)
alegando que a construção da ponte entre os municípios de Penedo (AL) e Neópolis (SE) irá
impedir o desenvolvimento econômico de Neópolis.
A implantação da SE 100 Norte deve promover o desenvolvimento do litoral norte, buscando
maior integração deste com os demais municípios do polo localizados ao sul e com as
outras regiões do estado. Merece destaque o trecho de Pirambu a Brejo Grande, que
consiste em uma região sensível do ponto de vista ambiental. Neste trecho encontra-se o
Pantanal Nordestino onde há um mosaico de ecossistemas interligados, formados por

154
lagoas, rios e brejos. Seu cenário abriga uma rica e diversificada flora e fauna nativa, com
abundância de aves, peixes, mamíferos e plantas ornamentais.
A estrada, ainda não pavimentada, está localizada entre o cordão litorâneo e a área
alagada, contornando as dunas ali existentes. Ainda assim, há a necessidade de se avaliar
as questões ambientais, condicionando o caminho através da engenharia para que seus
usuários percebam a natureza como passeio turístico.
Destaca-se, quanto à acessibilidade rodoviária do Polo Costa dos Coqueirais, a posição
estratégica de Aracaju, situada na porção central no litoral sergipano, próxima de destinos
turísticos consolidados como Salvador (330 km) e Maceió (280 km), pela rodovia federal BR
101, e as curtas distâncias que separam a Capital dos demais municípios do Polo,
possibilitando o acesso do visitante às mais variadas ofertas.
As distâncias de Aracaju para algumas das principais capitais brasileiras podem ser
verificadas no quadro a seguir.
Quadro 07: Distâncias entre Aracaju e as Principais Capitais Brasileiras.
Capital Km
Belo Horizonte 1242
Brasília 1292
Curitiba 2061
Fortaleza 816
Maceió 201
Recife 398
Rio de Janeiro 1483
Salvador 277
São Paulo 1731

Fonte: DNIT – 2011 – http://www1.dnit.gov.br.

Partindo da caracterização da área, segue o Quadro 08: que identifica a situação atual, bem
como aponta as possíveis soluções a respeito à acessibilidade rodoviária no Polo Costa dos
Coqueirais.
Quadro 08: Pontos Críticos e Indicação de Ações para a Melhoria do Sistema Rodoviário no Polo Costa
dos Coqueirais.
Situação Atual Ações
Ponte Gilberto Amado que liga o Povoado de Porto Cavalo
Finalização da obra.
(Estância) ao Povoado de Terra Caída (Indiaroba).
Trecho rodoviário que liga a sede municipal de Estância ao Realização da obra de pavimentação e da ponte
seu litoral - SE 476. sobre o Rio Fundo.
Finalização da pavimentação do trecho da Sede
Povoado de Pontal em Indiaroba - SE 285.
de Indiaroba até o povoado de Pontal.
Realização da pavimentação do trecho da Sede
Povoado de Crasto em Santa Luzia do Itanhy – SE 444. de Santa Luzia de Itanhy até o Povoado de
Crasto.
 Pavimentação do trecho tendo em vista as
Pirambu à Brejo Grande (SE 100 norte).
questões ambientais.
 Integração interestadual, elaboração de projetos
Ponte sobre o Rio São Francisco.
e execução da obra.
Fonte: Technum Consultoria, 2012.

Esse conjunto de ações preliminares tem como objetivo interligar comunidades e pontos de
interesse turístico ao sistema de acessibilidade já iniciado com a implantação da SE-100.
Desta forma haverá melhor circulação de turistas aos mais variados destinos turísticos do
Polo, indução da distribuição de oferta de serviços e comercialização de bens, gerando
emprego e renda.

155
5.1.2. Sistema Ferroviário
Quando da sua implantação em 1935, a ferrovia fazia parte da Viação Férrea Federal Leste
Brasileira, da Rede Ferroviária Federal SA, ligando Aracaju a outras 21 cidades. São 286 km
de ferrovia em todo estado sergipano, partindo da capital, a linha se estende para o Norte
até Propriá e para o Sul, até Salvador.
Atualmente, o sistema ferroviário existente no Estado é de propriedade da Ferrovia Centro-
Atlântica S.A. e interliga a capital Aracaju a Recife e a Salvador.
No Polo Costa dos Coqueirais a ferrovia passa por Nossa Senhora do Socorro, Aracaju, São
Cristóvão e Itaporanga D’Ajuda e é utilizada para o transporte de produtos minerais.
Alguns obstáculos dificultam o melhor aproveitamento da ferrovia para o transporte de
mercadorias e passageiros, como: o traçado com curvas, fortes rampas, trilhos leves e bitola
estreita impedindo suportar o transporte de cargas pesadas. Coube, então, às rodovias
assumirem o papel mais importante de transporte, desativando a linha férrea para
passageiros, optando-se pelo plausível.
Figura 69. Estação Ferroviária em São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O mapa apresentado na Figura 64 aponta a malha ferroviária e o circuito ferroviário de


interesse turístico passando pelas cidades históricas de Laranjeiras e São Cristóvão, bem
como no município de Nossa Senhora do Socorro.
Avalia-se a utilização da ferrovia para fins turísticos, porém seu traçado não deve assumir
uma função estruturadora. Essa função cabe, principalmente, ao sistema rodoviário que
perpassa toda a extensão do Polo. Poderia tão somente ser utilizada como um meio
complementar de conduzir pessoas advindas de outro polo ou circuito turístico para os
pontos em que a ferrovia atinge o Costa dos Coqueirais.
No Quadro 09: onde se encontram os pontos críticos e as possíveis soluções para a
melhoria do sistema ferroviário no Polo.

156
Quadro 09: Pontos Críticos e Soluções Possíveis para Melhoria do Sistema Ferroviário no Polo Costa
dos Coqueirais.
Situação Atual Indicativo de Ação

Ferrovia utilizada apenas para o transporte de Inserção da ferrovia em roteiros turísticos ,


minerais. favorecendo o turismo integrado no Polo.

Fonte: Technum Consultoria, 2012.

5.1.3. Sistema Hidroviário


O porto de Sergipe - Terminal Portuário Inácio Barbosa - está localizado no município de
Barra dos Coqueiros, a 15 km ao Norte de Aracaju. Possui acesso pela BR 101 ou pelo
sistema hidroviário existente entre o município e a capital.
Considerado um dos mais modernos, de sua tipologia, trata-se de um terminal off-shore, ou
seja em águas profundas, administrado pela Companhia Vale do Rio Doce. Possui um cais
de acostagem a 2.400 metros da linha da costa, abrigado por um quebra-mar de 550
metros. O cais de acostagem, com extensão de 331 metros e largura de 17 metros, é
alargado para 23,60 metros no trecho sul, numa extensão de 59,20 metros, que permite a
manobra de qualquer veículo.
O Terminal Hidroviário Jackson de Figueiredo foi desativado em Dezembro de 2006.
Atualmente, o prédio onde funcionou o Terminal Hidroviário, está sendo reformado para
abrigar um Batalhão da Policia Militar.
O transporte hidroviário é utilizado, basicamente, para cargas e passageiros entre os
municípios ribeirinhos. Merecem destaque, no que diz respeito ao deslocamento e ao
potencial turístico, os seguintes rios: Rio São Francisco, Rio Sergipe, Rio Vaza Barris, Rio
Piauí e Rio Real.
Quadro 10: Hidrologia do Polo Costa dos Coqueirais.

Principais Municipios do Polo


Rio Municípios do Polo
Afluentes Parcialmente
Abrangidos
Abrangidos
Rio Paraopeba
Rio Abaeté
Rio das Velhas
Rio Jequitaí
Rio Paracatu
São Francisco Brejo Grande -
Rio Urucuia
Rio Verde Grande
Rio Carinhanha
Rio Corrente
Rio Grande
Rio Poxim Aracaju
Rio Pitanga Barra dos Coqueiros
Itaporanga D’Ajuda
Rio Morcego Laranjeiras
Sergipe S. Amaro das Brotas
Rio Jacoca N.S. do Socorro
São Cristóvão
Rio Catinguiba Pirambu
Rio Ganhamoroba
Rio Paramopama
Rio Tejupeba
Aracaju
Rio Pedras
Vaza Barris Itaporanga D’Ajuda
Rio Traíras
São Cristóvão
Rio Jacocas
Rio Lomba
Rio Piauitinga
Itaporanga D’Ajuda
Rio Fundo Estância
Piaui Indiaroba
Rio Quebradas Santa Luzia do Itanhy
Rio Ariquitiba
Real Rio Itamirim Indiaroba

157
Principais Municipios do Polo
Rio Municípios do Polo
Afluentes Parcialmente
Abrangidos
Abrangidos
Rio Puxica
Rio Paripe
Rio Macaco
Rio Mangue Seco -BA
Fonte: IBGE, 2011.

Na malha hidroviária do Polo Costa dos Coqueirais encontram-se cursos navegáveis,


formando sistemas de porte significativo para o transporte de passageiros e, propícios para
a criação e exploração de roteiros turísticos, tal como já é feito de Aracaju para o delta do
Rio São Francisco. O mapa apresentado na Figura 70 aponta os circuitos fluviais principais
e potenciais e a ligação desses circuitos também por meio das pontes.
O sistema hidroviário é utilizado, basicamente, para transporte de cargas e passageiros
entre as cidades ribeirinhas, como: Aracaju e Barra dos Coqueiros, no Rio Sergipe, e entre
os estados de Sergipe e Alagoas, no Rio São Francisco.
Figura 70. Transporte Hidroviário Rio Sergipe

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

As rotas fluviais do Polo Costa dos Coqueirais são sintetizadas no quadro a seguir.
Quadro 11: Rotas Fluviais – Polo Costa dos Coqueirais.
Local Rotas Fluviais
Os atrativos são Orlinha, Atalaia Velha e Mosqueiro
Aracaju
pelo Rio Vaza Barris.
Pontal: travessia no Rio Real, passeios turísticos
pelas ilhas, praia Saco e Mangue Seco (Bahia),
através de jangadas ou barcos.
Povoados de Pontal e Terra Caída, localizados em
Terra Caída: Passeios de barco pelo manguezal e
Indiaroba.
de lanchas ou escunas levam para pontos turísticos
como Praia do Saco, Ilha da Sogra, Ilha do
Sossego e Mangue Seco, já na Bahia.
Rio Piauí e Rio Piauitinga até o encontro com o Rio
Real passando pela Enseada (ponto elevado de
Povoado de Crasto, localizado em Santa Luzia do
onde se tem a vista do rio e do povoado), pelo
Itanhy.
povoado Olhos D’água, Trapiche Velho e Barreira
de Cima.
Localizados junto à foz do Rio Real há Catamarã
para Mangue Seco (Bahia) e para os povoados:
Crasto, Terra Caída e Pontal; passeios de escuna
Praia do Saco e Povoado Porto de Areia, localizados
para a Ilha do Sossego, Ilha da Sogra e Mangue
em Estância.
Seco Bahia.
Realiza passeios para Mangue Seco (Bahia), Praia
do Sossego e Ilha da Sogra.

158
Local Rotas Fluviais
São Cristóvão Rota até a Ilha Croa do Goré.
Nossa Senhora do Socorro Prainha de São Brás pelo Rio Sergipe.
Santo Amaro das Brotas Praia do Porto e Santo Amaro pelo Rio Sergipe.
Barra dos Coqueiros Pomonga e Atalaia Nova pelo Rio Sergipe.
Povoados de Saramén, Ponta dos Mangues e Novo
Cabeço em Brejo Grande e o Município de Brejo Foz do Rio São Francisco.
Grande.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Em Indiaroba, no Povoado de Pontal, em Santa Luzia do Itanhy, no Povoado de Crasto e


em Estância, no Povoado Porto Cavalo localizam-se os principais atracadouros, conforme
figuras a seguir. Tais atracadouros não vêm sendo, entretanto, utilizados com fins turísticos,
dada a ausência de infraestrutura turística e de gestão.
Figura 71. Atracadouros: Pontal e Crasto

Fonte: Technum Consultoria, 2011.


Figura 72. Porto Cavalo

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Os trechos hidroviários do Polo promovem o transporte de passageiros, especialmente em


viagens turísticas. São lanchas, barcos a vela, barcas com motor diesel, catamarãs, balsas,
escunas e tototós que trafegam nos rios. Os proprietários das embarcações são barqueiros

159
autônomos que transportam passageiros entre as localidades ribeirinhas - Figura 73 e
Figura 74.
Figura 73. Barcos de turismo no Rio São Francisco

Fonte: Technum Consultoria, 2011.


Figura 74. Catamarã no Rio Vaza Barris

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

As condições de acessibilidade hidroviária no Polo Costa dos Coqueirais são precárias, uma
vez que há poucos atracadouros, carência de equipamentos de segurança e de condições
para a circulação intermodal, bem como de um arranjo institucional eficaz que venha
implantar instrumentos regulatórios do transporte fluvial e exercer as funções relativas à
gestão do transporte fluvial, incluindo a manutenção da infraestrutura e a fiscalização da
operação.
Com efeito, para a correta utilização da rede hidroviária há a necessidade de infraestrutura
adequada que envolve, entre outras medidas, a construção ou revitalização dos
atracadouros, a implantação de infraestrutura turística em trechos ribeirinhos de atração

160
turística, a criação de vias de acesso e a implantação de sistema operacional de integração
com outros modos de transporte, especialmente com o transporte rodoviário. Os
investimentos atuais tendem a privilegiar a malha rodoviária, sem priorizar a instalação de
condições para a operação hidroviária integrada ao sistema rodoviário.
No Povoado de Porto Cavalo o transporte fluvial encontra-se suspenso devido à construção
em curso da ponte Gilberto Amado. Neste trecho, propício para a navegação de passageiros
e para a sua exploração como atrativo turístico, será necessário prever medidas de incentivo
nessa direção, para que, quando da entrada da ponte em operação, não se substitua tais
práticas, de forma radical, pela travessia terrestre. Destinos como a Ilha da Sogra e a Praia
do Sossego, considerados pontos de atração turística, possuem acesso somente através do
transporte fluvial.
Fato semelhante ocorreu no momento da inauguração da Ponte Construtor João Alves que
liga a capital Aracaju ao município de Barra dos Coqueiros. As lanchas e balsas perderam a
sua utilidade, embora os tototós, que fazem parte da cultura e da tradição local, persistam,
ainda que de forma precária, como meio de transporte local e turístico.
Torna-se, assim, importante a implantação, revitalização e regularização de atracadouros
em pontos estratégicos da região e a implantação das condições para o transporte
intermodal. Por sua localização, atratividade turística e número de habitantes, são
considerados pontos estratégicos: Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy, Estância, São
Cristóvão, Barra dos Coqueiros, Aracaju e Brejo Grande.
No Quadro 12: a seguir, estão elencados pontos críticos relativos à infraestrutura turística às
margens de cursos d’água no Polo Costa dos Coqueirais e indicadas possíveis ações para a
sua superação.
Quadro 12: Pontos Críticos e Possíveis Soluções para Melhoria da Infraestrutura Turística em
Hidrovias do Polo Costa dos Coqueirais.
Situação Atual Ação
Precariedade dos atracadouros e ausência de
infraestrutura turística em
 São Cristóvão;
 Povoado de Pontal em Indiaroba, Construção dos atracadouros e infraestrutura
 Povoado de Crasto em Santa Luzia do Itanhy; turística.
 Povoado de Porto Cavalo em Estância.
 Atalaia Nova em Barra dos Coqueiros;

Inexistência de atracadouros e de infraestrutura em:
 Terra Caída, em Indiaroba;
 Saco e Porto da Areia em Estância.
Construção de atracadouros e de infraestrutura.
 Atalaia Velha e Mosqueiro, em Aracaju.
 Litoral norte: Saramén, Ponta dos Mangues e Novo
Cabeço, em Brejo Grande.
Infraestrutura turística inexistente em:
 Pomonga e Atalaia Nova em Barra dos Coqueiros,
 Orlinha em Aracaju,
Infraestrutura adequada.
 Prainha de São Brás em Nossa Senhora do Socorro, e
 Praia do Porto e Santo Amaro em Santo Amaro das
Brotas.
Ausência de marco regulatório para o transporte Fortalecimento institucional e incremento da
hidroviário de uso local e turístico no Polo . fiscalização do transporte turístico hidroviário.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

161
5.1.4. Sistema Aeroportuário
O transporte aéreo para o Polo Costa dos Coqueirais é realizado por meio do Aeroporto de
Santa Maria, localizado em Aracaju. Consiste no único equipamento de porte do Estado.
O Aeroporto de Aracaju atende uma média mensal de 60 mil passageiros e 15 voos diários
que interligam a capital com as principais cidades do país. Foi beneficiado com recursos do
Prodetur I para adequação e melhoria de suas instalações, com investimentos da ordem de
U$ 8,088,000,00 (oito milhões e oitenta e oito mil). Atualmente, segundo dados da Infraero,
tem como características principais:
 Sítio Aeroportuário: 874.742,13 m²
 Pátio das aeronaves: 22.356 m²
 Pista: 2.200m x 45m
 Terminal de Passageiros: 9.321 m²
 Estacionamento: 201 vagas
 Nº de Posições: 4*
A Tabela 47, a seguir, apresenta o quantitativo de aeronaves, da carga e de passageiros
relativos à operação do aeroporto entre 2005 e 2011, Note-se que, mesmo com a
diminuição do número de aeronaves verificada em 2009, o quantitativo de passageiros
continuou em crescimento.
Tabela 47. Quantitativo de Aeronaves, de Carga Aérea e de Passageiros - Aeroporto de Aracaju/SE
– 2005-2011

Aeronaves Carga Aérea Passageiros

Ano Quantidade Ano Quantidade Ano Quantidade


2011* 16.791 2011* 1.924.549 2011* 891.51
2010 18.850 2010 2.619.378 2010 940.389
2009 14.915 2009 2.420.790 2009 727.679
2008 17.631 2008 2.582.758 2008 669.777
2007 18.968 2007 2.378.888 2007 691.640
2006 17.659 2006 2.497.256 2006 589.719
2005 15.096 2005 2.717.322 2005 490.300
* até o mês de outubro/2011.
Fonte: Infraero

O movimento de embarque e desembarque de passageiros no aeroporto de Aracaju, de


janeiro de 2010 a outubro de 2011 pode ser verificado na Tabela 48, a seguir.
Tabela 48. Passageiros embarcados e desembarcados – 2010/2011

Passageiros Embarcados Passageiros Desembarcados


Meses
2010 2011 Var.11/10 2010 2011 Var.11/10
Janeiro 41.758 51.372 23,02% 44.596 47.925 7,46%
Fevereiro 33.393 39.731 18,98% 28.278 34.821 23,14%
Março 37.746 42.180 11,75% 43.536 40.979 -5,87%
Abril 35.930 43.650 21,49% 33.805 42.921 26,97%
Maio 33.916 43.226 27,45% 33.811 41.025 21,34%
Junho 36.439 42.841 17,57% 39.484 43.141 9,26%
Julho 40.261 48.461 20,37% 39.889 47.941 20,19%
Agosto 40.745 46.743 14,72% 37.573 42.862 14,08%
Setembro 42.581 46.591 9,42% 39.875 47.910 20,15%

162
Passageiros Embarcados Passageiros Desembarcados
Meses
2010 2011 Var.11/10 2010 2011 Var.11/10
Outubro 41.949 48.481 15,57% 40.900 48.706 19,09%
Novembro 42.235 - - 41.017 - -
Dezembro 42.255 - - 48.403 - -
Total 469.208 471.167

Fonte: Infraero, 2011.

Os dados relativos à variação do embarque e do desembarque nos meses de janeiro a


outubro de 2010, comparados aos de 2011 demonstram o incremento de 84% quanto aos
passageiros embarcados e de 87% quanto aos desembarcados. Em março de 2011 houve
uma queda significativa no número de passageiros desembarcados, da ordem de 5,87%.
Observa-se que no mês de janeiro, considerado a alta estação, bem como o mês de junho,
que é o período das festas juninas no estado, houve um aumento pouco significativo de
passageiros desembarcados. Esta ocorrência pode apontar a necessidade de maior
promoção e divulgação dos atrativos de lazer e das festas, expandindo o público abrangido
a regiões mais distantes, já que as pesquisas apontam que cerca de 50% dos turistas que
visitam Sergipe são originários dos estados da Bahia e de Alagoas e, desses, 90% usam
transportes terrestres para chegarem até o estado.
Estão sendo desenvolvidos pelo Governo do Estado, em parceria com a Infraero, projetos
de reforma e ampliação da pista de pouso do aeroporto de Aracaju, além da construção de
um novo pátio e terminal de passageiros, com área aproximada de 32.000/m². Tais projetos
têm a sua conclusão prevista ainda em 2012. A celeridade na realização das obras
resultantes repercutirá na ampliação do acesso, em melhoria da qualidade e na segurança
dos usuários.

5.2. Transporte Urbano


No Polo Costa dos Coqueirais o transporte rodoviário de passageiros compreende as
seguintes conexões e serviços:
 transporte interestadual: operam cerca de quinze empresas, entre elas a São
Geraldo; Bomfim; Real Alagoas e Gontijo com linhas disponíveis para as principais
capitais do Brasil como Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Goiânia;
 intermunicipal: transporte realizado por meio de sete empresas ou cooperativas
com linhas para todos os municípios do Estado, partindo de Aracaju, possibilitando
conexão para os passageiros desembarcados de linhas interestaduais. O transporte
urbano intermunicipal por ônibus na Região Metropolitana de Aracaju é operado oito
empresas concessionárias cujos ônibus interligam os municípios de Aracaju, Nossa
Senhora do Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros;
 transportadoras turísticas: utilizam vans e ônibus para acesso aos atrativos
turísticos, compreendendo: (i) City Tour Aracaju, (ii) Foz do Rio São Francisco/ Brejo
Grande, (iii) Litoral Sul – Mangue Seco – BA, (iv) Cidades Históricas e Cânions do
São Francisco, este inserido no Polo Velho Chico e os demais no Polo Costa dos
Coqueirais.
O quadro a seguir aponta os destinos do transporte intermunicipal, partindo de Aracaju para
os municípios do Polo Costa dos Coqueirais, no qual todas as linhas têm frequência diária.
Importa acrescentar que para acesso aos municípios de Estância e de Itaporanga D’Ajuda
há maior disponibilidade de linhas e horários, facilitando o acesso àquelas áreas. Ao
contrário, em Brejo Grande, Pirambu, Indiaroba e Pacatuba, as condições de acesso por
ônibus intermunicipal mostram-se precárias, prejudicando o usuário local e fazendo com que
o turista dependa das transportadoras turísticas ou de táxi para o acesso a esses
municípios.

163
Quadro 13: Transporte Intermunicipal no Polo Costa dos Coqueirais.
De Aracaju Para:. Destino Das Linhas Operadas Horários
Barra dos Coqueiros Atendido pelo Sistema Integrado Metropolitano (RM Aracaju)
Sede Municipal 3 horários
Brejo Grande
Povoado Pirunga 3 horários
Sede Municipal (Linha para Itaporanga) 14horários
Nova Estância (Linha para Itaporanga) 16 horários
Estância Sede Municipal (Linha Tobias Barreto) 2 horários
Ponte 8 horários
Riacho Fundo 6 horários
Indiaroba Ponte 8 horários
Sede Municipal 40 horários
F. Conceição 4 horários
Lagarto 15 horários
Sucupira 2 horários
Nova Estância (Linha para Itaporanga) 16 horários
Itaporanga D’Ajuda Sede Municipal (Linha Tobias Barreto) 2 horários
Ponte 8 horários
Boquim 2 horários
Pedrinhas 5 horários
S. Anjo 12 horários
Rio Fundo 6 horários
Sem informação
Laranjeiras
Nossa Senhora do Socorro Atendido pelo Sistema Integrado Metropolitano (RM Aracaju)
Povoado Pirunga 3 horários
Pacatuba
Tatu 2 horários
Pirambu Sede Municipal via BR 10 3 horários
Santo Amaro das Brotas Sem informação -
Entrada S. Cristóvão (Linha Boquim) 2 horários
São Cristóvão Atendido também pelo Sistema Integrado
Metropolitano (RM Aracaju)
Santa Luzia do Itanhy Sem informação -
Fontes: Operadoras de Transporte Municipal

Nota-se que o transporte público de passageiros na região do Polo Costa dos Coqueirais
concentra-se nas linhas intermunicipais, todas elas partindo de Aracaju em direção aos
municípios. Alguns deles são atendidos por linhas de passagem, cujo ponto final localiza-se
em um município vizinho. O deslocamento de passageiros na área urbana dos municípios
também é feito por meio das linhas intermunicipais, pois, via de regra, inexistem sistemas de
transporte urbano municipais de passageiros, cuja gestão seria de responsabilidade do
governo de cada município. Aracaju é exceção a esta regra; como capital do estado e
cidade de grande porte, o transporte público urbano municipal de Aracaju e o transporte
integrado metropolitano atendem à capital, a Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do
Socorro e São Cristóvão. .
Quanto aos terminais rodoviários, apenas Aracaju dispõe de boa estrutura. Os Terminais
Rodoviários Governador José Rollemberg Leite e Luiz Garcia recebem os ônibus cujas
linhas têm origem em Aracaju, com destino a outros municípios do estado, a outros estados.
Deles se servem também os ônibus urbanos municipais que servem à Capital e à Região
Metropolitana. Os demais municípios do Polo não contam com Terminais Rodoviários,
valendo-se de pontos de parada.
O órgão gestor do transporte público de passageiros no município de Aracaju e RM é a
Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito – SMTT, criada em 1984, à qual cabe
a o planejamento, a administração, a coordenação, o controle e a fiscalização do serviço de
transporte público de passageiros. A SMTT gerencia também o serviço de transporte
individual de passageiros (taxi) e o transporte escolar.

164
O transporte público por ônibus concentra- no Sistema Integrado Metropolitano e no Sistema
Integrado de Transportes, que prevê conexões entre terminais, podendo o usuário trocar de
ônibus em qualquer ponto da cidade em até três horas pagando apenas uma passagem. Os
principais terminais de ônibus urbanos localizam-se no Distrito Industrial, no Centro, na
Rodoviária Nova (Zona Oeste), em Atalaia, no Mercado e em Maracaju. O preço da
passagem – tarifa integrada é equivalente à média brasileira.
Dados de 2011 dão conta de que 2079 veículos compõem a frota de taxi de Aracaju, dos
quais 168 são táxis-lotação, 30 servindo à cooperativa do Aeroporto e 1871 classificados
como taxi bandeira.
O sistema de transporte público de passageiros em Aracaju e demais municípios da Região
Metropolitana encontra-se estruturado e atende, com razoável qualidade, as necessidades
de deslocamento nessa área. O ponto crítico recai sobre as linhas intermunicipais,
interligando os municípios do Polo Costa dos Coqueirais, exigindo investimentos de peso.
Neste contexto, a expansão e a melhoria dos serviços de transporte, principalmente aqueles
que interligam os municípios que compõem o Polo, virá beneficiar tanto a população
residente quanto os turistas. O transporte especial para atendimento ao turismo também
deve ser alvo de planejamento, regulação, melhoria operacional e expansão, de forma a
atender, com conforto e qualidade, à demanda atual e futura, como fruto dos investimentos
no desenvolvimento da área turística.
Outra opção para o transporte urbano é o uso bicicleta articulado com o sistema de
transporte coletivo, viabilizando os deslocamentos da comunidade e dos turistas com
segurança, eficiência e conforto. Neste sentido, é necessário dotar dos municípios com
infraestrutura para o trânsito de bicicletas, introduzindo critérios para o planejamento de
ciclovias ou ciclofaixas nos trechos das rodovias nas zonas urbanizadas, em vias públicas,
nas margens dos cursos d’água e parques, bem como celebrar convênio com os municípios
do Polo para a criação de ciclovias intermunicipais.
Em Aracaju, a atual administração municipal, dentro da política de incentivo ao uso de
bicicletas para a mobilidade no meio urbano, tem priorizado a implantação de novas
ciclovias. A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito investiu na ampliação e
estruturação de vias exclusivas para ciclistas que somam 62 Km (2012), o que torna a
malha cicloviária de Aracaju a maior do Nordeste. Tais investimentos trarão resultados
positivos para a população local e para o desenvolvimento turístico se forem expandidos
para outros municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais, de forma planejada,
levando o uso da bicicleta, de preferência articulado com o sistema de transporte coletivo,
aos roteiros turísticos, aos parques, às vias beira mar ou beira rio, e se tornando, ele
próprio, um atrativo, urbano e intermunicipal. .
O Quadro 14: resume a situação atual e ações possíveis para o desenvolvimento do
transporte urbano no Polo.
Quadro 14: Pontos Críticos e Soluções Possíveis para Melhoria da Mobilidade e Acessibilidade no Polo
Costa dos Coqueirais.
Situação Atual Ação Possível
Transporte Intermunicipal não atende, com qualidade
Remodelagem, modernização e expansão do transporte
e segurança as necessidades de deslocamento de
público de passageiros entre os municípios do Polo
turistas e da população local na região do Polo.
Gestão de Transporte Público de Passageiros entre Remodelagem da gestão do transporte intermunicipal e
os municípios do Polo aquém do esperado para implantação de medidas continuadas de capacitação
promover a eficácia do sistema. profissional.
Planejamento e implantação dos serviços municipais de
Transporte urbano de passageiros intramunicipal transporte público de passageiros, considerando as
ausente nos municípios do Polo peculiaridades e demandas de cada cidade, as
necessidades da população local e o seu uso turístico.
Municípios do Polo sem estrutura e sem capacidade Criação e implantação de modelo de gestão do
instalada para assumir a gestão do transporte público transporte urbano de passageiros nos municípios do
de passageiros em sua área urbana. Polo, considerando as prioridades locais.

165
Situação Atual Ação Possível
Planejamento e implantação de serviço permanente de
transporte turístico abrangendo Aracaju e os demais
Transporte especial para o turismo no Polo restrito a
municípios do Polo, a partir de estudos
Aracaju e aos roteiros comercializados,
consubstanciados na realidade, vocação e perspectivas
de cada um deles.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

5.3. Abastecimento de Água


O abastecimento de água em Sergipe é, em grande parte, responsabilidade da Deso,
atingindo 96% das sedes municipais. Os outros 4% são de responsabilidade da SAAE -
Serviço Autônomo de Água e Esgoto. No Polo Costa dos Coqueirais, a SAAE detém a concessão nos
municípios de Estância e São Cristóvão.
Excetuando-se o Rio São Francisco, os mananciais utilizados para o abastecimento público
são de pequeno porte, a maioria perene, não havendo número significativo de reservatórios
de regularização. Os reservatórios de regularização servem para armazenar o excesso de
água no período chuvoso e compensar as deficiências nos períodos de estiagem.
Quanto ao tipo de sistema, 52% das sedes urbanas do Estado utilizam os sistemas isolados,
ou seja, um sistema de abastecimento que atende somente uma sede municipal, enquanto
que 48% utilizam o sistema integrado que corresponde a um sistema que abastece dois ou
mais municípios. Os sistemas integrados atendem 75% da população do Estado.
A Figura a seguir aponta os mananciais existentes e a tipologia do sistema estadual de
abastecimento de água em Sergipe, destacando o Polo Costa dos Coqueirais.

166
Figura 75. Principais Mananciais Existentes e Tipologia do Abastecimento de Água – Polo Costa dos
Coqueirais

Fonte: www.atlas. ana.gov.br

O abastecimento de água no Polo se dá a partir de um sistema integrado, que abrange


Aracaju, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro. Os demais municípios possuem
sistemas independentes – Tabela 49.
Para os sistemas independentes, de acordo com o Plano Diretor de Recursos Hídricos –
PDRH, tendo em vista o atendimento à demanda de água em 2020, são previstas
ampliações nas seguintes cidades: Barra dos Coqueiros, São Cristóvão, Estância, Indiaroba,
Itaporanga D’Ajuda e Santa Luzia do Itanhy.
O abastecimento de água do Polo Costa dos Coqueirais corresponde a 50% do
abastecimento total, conforme aponta a tabela seguinte. Este fato se justifica na medida em
que os municípios que pertencem à Região Metropolitana, que compreende Aracaju, Barra
dos Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro, pertencem ao Polo.

167
Tabela 49. Formas de abastecimento de água em domicílios particulares permanentes* - 2010 –
Estado de Sergipe e Polo Costa dos Coqueirais

Domicílios

Rede geral Poço ou Poço ou


Sem Total
de nascente na nascente na Outra %
declaração geral
distribuição propriedade aldeia ou fora
Sergipe 493.908 22.286 0 75.025 2 591.221 100
Polo Costa
272.566 5.955 0 17.031 2 295.554 50
Coqueirais
Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.
*Domicílio Particular Permanente: domicílio construído para servir exclusivamente à habitação.
Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010.

No âmbito estadual, de acordo com a Deso, em 2002 existiam 436.735 ligações de água.
Este total comparado ao total relativo a 2012 indica um aumento de quase 35%.
As formas de abastecimento de água nos municípios do Polo, para os domicílios
particulares permanentes, conforme o Censo 2010, podem ser verificadas por meio da
tabela a seguir. Importa acrescentar que aproximadamente metade dos municípios possuem
índices semelhantes ao da média do estado.
Tabela 50. Formas de abastecimento de água em domicílios particulares permanentes* - 2010 –
Municípios do Polo Costa dos Coqueirais
Poço
Poço ou
Rede Geral de nascente Outra Total
Nascente na
Distribuição na aldeia Geral
Propriedade
ou fora
No. % No. % - No. %
Aracaju 165.887 98 - - 3.533 2 169.422
Barra dos
5.996 88 351 5 0 499 7 6.846
Coqueiros
Brejo Grande 1.395 69 120 6 0 511 25 2.026
Estância 15.127 83 919 5 0 2.162 12 18.208
Indiaroba 2.249 57 394 10 0 1.321 33 3.964
Itaporanga
5.308 64 1.145 14 0 1.817 22 8.270
D'Ajuda
Laranjeiras 5.798 84 15 0.2 0 1.097 15.8 6.910
Nossa Senhora
43.873 97 47 0.1 0 1.397 2.9 45.317
do Socorro
Pacatuba 1.566 44 675 20 0 1.288 36 3.529
Pirambu 1.886 85 113 5 0 219 10 2.218
Santa Luzia do
1.647 50 726 22 0 928 28 3.301
Itanhy
Santo Amaro
2.208 70 546 17 0 412 13 3.166
das Brotas
São Cristóvão 19.626 88 904 4 0 1.847 8 22.377
Total Polo
Costa dos 272.566 92 5.955 2 0 17.031 6 295.554
Coqueirais
Sergipe 493.908 92 22.286 2 0 75.025 6 591.221
Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010. Elaboração: Observatório
de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.
*Domicílio Particular Permanente: domicílio construído para servir exclusivamente à habitação.

Os dados de abastecimento de água por domicílio no conjunto dos municípios do Polo


apontam que 92% são abastecidos por rede geral de distribuição. Quando analisados em

168
separado, nota-se que este índice cai para aproximadamente 50% dos domicílios em
Indiaroba, Pacatuba e Santa Luzia do Itanhy, evidenciando a precariedade da situação.
Em Indiaroba o sistema atual que abastece a sede do município é atendido por dois
mananciais: um poço no povoado Convento e o rio Parece. A captação no rio Parece é
muito precária, com projeto anterior a 1990. Em meados de 2005 foi construído um segundo
sistema de reforço a partir de um poço no povoado Convento, porém as demais unidades do
sistema, como as de rede e de reservação, não foram ampliadas.
Os projetos de abastecimento de água da sede municipal de Pacatuba encontram-se
desatualizados, tendo sido elaborados em 1972 e revisados em 1991. Recentemente foram
integrados ao sistema Pacatuba os povoados: Ponta de Areia e Siqueira, sem que fosse
estudada a sua capacidade de produção. Por esta razão, o sistema atual tem atendido de
maneira precária.
Os projetos das unidades existentes da sede municipal de Santa Luzia do Itanhy foram
elaborados na década de 80 e também ali o atendimento tem sido precário.
Encontram-se em um patamar intermediário em termos de abastecimento d’água os
municípios de: Brejo Grande, Itaporanga D’Ajuda e Santo Amaro das Brotas, com índices de
atendimento variando entre 64% e 70% Sete dos treze municípios do Polo apresentam
índices de atendimento acima de 80%: Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância, Laranjeiras,
Nossa Senhora do Socorro, Pirambu e São Cristóvão.
Importa acrescentar que, mesmo com 85% de atendimento em rede geral, o município de
Pirambu possui um sistema que opera com intermitência moderada, uma vez que as
unidades implantadas foram projetadas no início da década de 90 pela Deso, tendo sido
ultrapassado o horizonte de projeto.
A rede de distribuição domiciliar de água fora das sedes municipais é praticamente
inexistente. Nos povoados o abastecimento é realizado por meio de poço ou nascente.
O quadro a seguir aponta os projetos existentes e as obras do sistema estadual de
abastecimento de água em andamento nos municípios do Polo Costa dos Coqueirais.
Quadro 15: Projetos Existentes e Obras em Andamento para Melhoria do Sistema de Abastecimento de
Água no Polo Costa dos Coqueirais - 2011.
Município, projeto existente ou obra em andamento
Aracaju
Projetos Existentes:
Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água da Área de Influência do Sistema Produtor Poxim (Adutora
Barragem do Poxim/ETA, Estação Elevatória, Reservação e Ampliação da ETA Poxim e da Rede de
Distribuição) – Bairros Aruanã e Mosqueiro.
Implantação do Novo Centro de Reservação R5
Obras em Andamento:
Ampliação do centro de Reservação R6.
Barra dos Coqueiros
Projetos Existentes:
Ampliação e Reforço do Sistema de Abastecimento de Água de Barra dos Coqueiros, integração do Sistema
R2/R12, R12/R13 e implantação do Centro de Reservação Jatobá.
Brejo Grande
Projetos Existentes:
Projeto das Unidades de Tratamento e Reservação da Sede Municipal de Brejo Grande/SE
Estância
Projetos Existentes:
Projeto Básico do Sistema de abastecimento de Água dos Povoados Porto do Mato e Abais
Indiaroba
Projetos Existentes:
Não existem projetos para ampliação do sistema de abastecimento de água do Município de Indiaroba

169
Município, projeto existente ou obra em andamento
Itaporanga D’Ajuda
Projetos Existentes:
Não existem projetos para ampliação de sistemas de abastecimento de água para o Município de Itaporanga
d'Ajuda
O contrato referente às obras de ampliação do sistema da sede municipal a partir da captação no Rio Fundo
encontra-se paralisado
Laranjeiras
Projetos Existentes:
Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água da Cidade de Laranjeiras (encontra-se na FUNASA em
análise)
Nossa Senhora do Socorro
Obras em Andamento:
Ampliação do Sistema Adutora do São Francisco, que compreende: duplicação do trecho da derivação para a
ETA Oviedo Teixeira, ampliação da ETA e recalque e adução para a Sede Municipal de N. Senhora do
Socorro.
Pacatuba
Não existem projetos para ampliação de sistemas de abastecimento de água.
Pirambu
Não existem projetos para ampliação de sistemas de abastecimento de água.
Santa Luzia do Itanhy
Projetos Existentes:
Ampliação para os Povoados Crasto, Botequim, Mangabeira, Baixa Funda e Taboa 1 e 2
Santo Amaro das Brotas
Projetos Existentes:
Ampliação para os Povoados de Plantas, Pronuncio, Urubas, Palmar, Atoleiros, Sapé, Areias, Aldeia,
Caraíbas
São Cristóvão
Obras em Andamento:
Está sendo iniciada a tramitação interna (elaboração de edital) para contratação do projeto de ampliação do
sistema de abastecimento de água, que deverá contemplar as áreas atendidas.

Fonte: Deso, 2011.

Analisando a situação atual, conclui-se pela necessidade de investimentos significativos


quanto ao abastecimento de água no que diz respeito à ampliação e reforço nos municípios
e povoados do Polo, tendo em vista o atendimento e a saúde da população residente e dos
turistas, considerando o cenário atual e os cenários futuros de desenvolvimento do turismo.

5.4. Esgotamento Sanitário


A responsabilidade de gestão e operação do sistema de esgotamento sanitário, envolvendo
a coleta, o tratamento e o destino do esgoto no Estado de Sergipe, assim como o sistema
de abastecimento de água, é da Deso.
O volume do esgoto coletado nos municípios que compõem o Polo Costa dos Coqueirais,
realizada por meio da rede geral de esgoto ou da rede pluvial e por fossa séptica,
corresponde a 50% do volume coletado em todo o estado de Sergipe, conforme aponta a
Tabela 51, a seguir. Este fato se justifica na medida em que a Região Metropolitana, que
compreende Aracaju, Barra dos Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro,
cuja população supera as demais regiões do estado, é composta por municípios
pertencentes ao Polo.

170
Tabela 51. Tipo do esgotamento sanitário de banheiros exclusivos de domicílios particulares
permanentes - 2010

Rede Geral de esgoto ou


Outro** Total Geral %
pluvial ou fossa séptica*
Sergipe 296.544 276.796 573.340
Polo Costa dos Coqueirais 198.774 92.556 291.330 50%
Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.
* A rede geral de esgoto ou pluvial refere-se à canalização das águas servidas e dos dejetos, proveniente do banheiro ou
sanitário, ligada a um sistema de coleta que os conduza a um desaguadouro geral da área, região ou município, mesmo que o
sistema não disponha de estação de tratamento.
A fossa séptica refere-se a canalização do banheiro ou sanitário ligada a uma fossa séptica onde a matéria é esgotada para
uma fossa próxima e passa por um processo de tratamento ou decantação, sendo ou não a parte líquida conduzida em
seguida para um desaguadouro geral da área, região ou município.
**OUTRO: banheiro ou sanitário estava ligado a uma fossa rústica (fossa negra, poço, buraco, etc.), diretamente a uma vala a
céu aberto, rio, lago ou mar, ou quando o escoadouro não se enquadrasse em quaisquer dos tipos descritos anteriormente.
Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010.

No âmbito estadual, de acordo com o Anuário Estatístico de Sergipe, a Deso - Companhia


de Saneamento de Sergipe - possuía em 2002, 541.763 ligações de esgoto. Este total
comparado ao total relativo a 2010 indica um aumento de quase 35%.
O tipo de esgotamento sanitário para os banheiros dos domicílios particulares permanentes
nos municípios do Polo, conforme o Censo 2010, estão especificados na Tabela 52, a
seguir. Importa acrescentar que aproximadamente metade dos municípios possuem índices
semelhantes aos da média do estado.
Tabela 52. Tipo de Esgotamento Sanitário de Banheiros Exclusivos de Domicílios Particulares
Permanentes - 2010

Rede Geral De Esgoto Ou Total


Outro
Municípios Pluvial Ou Fossa Séptica Geral
No. % No. % No.
Aracaju 148.778 88 20.120 12 168.898
Barra dos Coqueiros 4.354 65 2.361 35 6.715
Brejo Grande 26 2 1.826 98 1.852
Estância 3.297 19 14.373 81 17.670
Indiaroba 104 3 3.661 97 3.765
Itaporanga D'Ajuda 1.914 25 5.904 75 7.818
Laranjeiras 2.414 35 4.383 65 6.797
Nossa Senhora do Socorro 27.890 62 17.130 38 45.020
Pacatuba 315 10 2.583 90 2.898
Pirambu 332 16 1.700 84 2.032
Santa Luzia do Itanhy 451 15 2.605 85 3.056
Santo Amaro das Brotas 255 8 2.844 92 3.099
São Cristóvão 8.644 40 13.066 60 21.710
Total Polo Costa dos Coqueirais 198.774 68 92.556 32 291.330
Total Sergipe 296.544 51 276.796 49 573.340
Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010.Elaboração: Observatório de
Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.

Apenas 68% dos domicílios do Polo possuem rede de esgoto e os outros 32% despejam os
esgotos em fossa rudimentar, que escoa diretamente em vala a céu aberto, rio, lago ou mar,
poluindo os recursos hídricos, conforme ilustram as figuras seguintes.

171
Figura 76. Despejo de esgoto em valas a céu aberto e em rios

Fonte: Technum Consultoria, 2011.


Figura 77. Despejo de esgoto no Rio Sergipe.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Quando analisados em separado, evidencia-se também a precariedade do atendimento dos


serviços de esgotamento nos municípios, ressaltando a utilização de fossa rústica para o
destino final dos esgotos.
Em Brejo Grande, Estância, Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda Laranjeiras, Pacatuba, Pirambu,
Santa Luzia do Itanhy e Santo Amaro das Brotas, entre 65 e 98% dos domicílios particulares
permanentes utilizam fossas rústicas ou rudimentares para o despejo de esgotos. Somente
os municípios de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão
apresentam índice um pouco mais elevado, embora denotando também situação crítica.
Nestes quatro municípios há estações de tratamento de esgotos, conforme o quadro a
seguir.

172
Quadro 16: Estações de Esgotamento Sanitário Existentes em Municípios do Polo Costa dos
Coqueirais.
Corpo
Município Estação Tipo De Tratamento
Receptor
Lagoas de estabilização facultativas, seguidas por
ERQ-Norte Rio do Sal
lagoas de maturação.
Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente + Lagoa de
ERQ-Sul Rio Pitanga
Polimento.
Aracaju Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente + Reator
ERQ-Oeste Aeróbio de Ciclos Sequenciais (RCS) + Desinfecção Rio Poxim
com hipoclorito de sódio.
ETE Orlando Riacho
Valos de Oxidação
Dantas Samambaia
Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente + Reator
Barra dos ETE Barra dos
Aeróbio de Ciclos Sequenciais (RCS) + Desinfecção Rio Sergipe
Coqueiros Coqueiros
com hipoclorito de sódio.
N. Senhora do Lagoas de estabilização facultativas, seguidas por
ERQ-Norte Rio do Sal
Socorro lagoas de maturação.
ETE Eduardo Lagoas de estabilização facultativas, seguidas por
São Cristóvão Rio Poxim
Gomes lagoas de maturação.
Fonte: Deso, 2011.

Em relação ao saneamento ambiental, é importante ressaltar a existência de banheiro ou


sanitário nos domicílios do Polo Costa dos Coqueirais, segundo resultados preliminares do
censo demográfico 2010 – Tabela 53.
Tabela 53. Número de Banheiros Exclusivos em Domicílios Particulares Permanentes Segundo
Resultados Preliminares do Censo Demográfico 2010

Total de Domicílios com Banheiro Domicílios sem Banheiro


Município
Domicílios
No. % No. %
Aracaju 169.422 167.405 99 2.016 1
Barra dos Coqueiros 6.846 6617 97 229 3
Brejo Grande 2.026 1760 87 266 13
Estância 18.208 17.021 94 1.187 6
Indiaroba 3.964 2906 73 1.058 27
Itaporanga D'Ajuda 8.270 7159 86 1.111 14
Laranjeiras 6.910 6649 96 261 4
Nossa Senhora do
45.317 44.592 98 725 2
Socorro
Pacatuba 3.529 2258 64 1.271 36
Pirambu 2.218 1955 88 263 12
Santa Luzia do
3.301 2822 85 479 15
Itanhy
Santo Amaro das
3.166 2926 92 240 8
Brotas
São Cristóvão 22.377 21.059 94 1.318 6
Total Geral 295.554 285.130 96 10.424 4
Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010.
Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.

Constata-se que, no Polo, 96% dos domicílios possuem banheiros ou sanitários. Quando os
municípios são analisados separadamente, no entanto, nota-se a situação crítica de
Indiaroba e Pacatuba onde instalações deste tipo estão presentes, respectivamente, em
apenas 73 e 64% dos domicílios existentes. Em um segundo patamar, Brejo Grande,
Pirambu e Santa Luzia do Itanhy aparecem com índices de atendimento próximos a 90%.
Os demais, Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância, Laranjeiras, Nossa Senhora do
Socorro, Santo Amaro das Brotas e São Cristóvão têm índices que variam de 90% a 99%.

173
As áreas de manguezais, dunas, terras baixas inundáveis, onde o lençol freático
normalmente é elevado, são características do panorama geográfico predominante no polo,
o que exige medidas especiais e cuidadosas quanto ao saneamento, sem as quais a
situação sanitária pode sofrer consequências negativas, comprometendo, inclusive, os
corpos d’água.
O Saneamento foi um dos componentes fortes de investimento no Prodetur-NE.
Aproximadamente 32% do total dos recursos foram destinados a obras de ampliação e de
implantação de redes de tratamento de esgoto. Porém, mesmo com os investimentos
realizados, observa-se que a situação ainda é crítica, tanto na coleta, quanto na destinação
e tratamento dos resíduos.
O quadro a seguir aponta os projetos existentes e as obras em andamento para a melhoria
do esgotamento sanitário nos municípios do Polo Costa dos Coqueirais, dentre eles vários
dependendo de licitação e contratação e poucos em andamento.
Quadro 17: Projetos Existentes e Obras em Andamento para Melhoria do Sistema de Abastecimento de
Água no Polo Costa dos Coqueirais -2011.
Municípios, Projetos existentes e Obras em andamento

Aracaju
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Obras contempladas pelo PAC 1, a iniciar tramitação interna do processo licitatório para sua contratação.
Zona de Expansão de Aracaju (Bairros Aruanã e Aeroporto).
Obras em Andamento:
Comunidade do Coqueiral, Bairro Farolândia, Ponto Novo, Bairro Novo (Módulo II), Farolândia, Atalaia, Coroa
do Meio, Inácio Barbosa, Suissa e Salgado Filho, Jardins/Garcia, Bairro Santa Maria e São Conrado.
Barra dos Coqueiros
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Contrato paralisado: Praia do Jatobá (Nº 18/2009 - SEINFRA).
Brejo Grande
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Sede municipal - obras paralisadas.
Estância
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Praias do Saco e Abais: atendidas pela Deso.
Indiaroba
Não há projetos existentes para a Sede Municipal.
Itaporanga D’Ajuda
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Contrato paralisado: Praia da Caueira (Nº 18/2009 - SEINFRA).
Laranjeiras
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Povoado Pedra Branca.
Obras em Andamento:
Sede municipal (executada pela Prefeitura Municipal de Laranjeiras)
Nossa Senhora do Socorro
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Obras contempladas pelo PAC 1, a iniciar tramitação interna do processo licitatório para sua contratação.
Loteamento Jardim Parque dos Faróis e Adjacências – Bacia do Poxim.
Pacatuba
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Sede municipal (Projeto Básico Elaborado pela CODEVASF e que deverá sofrer revisões).
Pirambu
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:

174
Municípios, Projetos existentes e Obras em andamento
Sede municipal.
Santa Luzia do Itanhy
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Povoado Crasto (contrato Nº 019/2009 SEINFRA).
Santo Amaro das Brotas
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Sede municipal.
São Cristóvão
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Conjuntos Rosa Elze, Rosa Maria, Loteamentos Luiz Alves, Oco do Pau, e Adjacências.
Sede Municipal de São Cristóvão.
Obras em Andamento:
Centro Histórico da Sede Municipal de São Cristóvão.

Fonte: Deso, 2011

5.5. Limpeza Urbana


O sistema de limpeza urbana dos municípios do polo compreende a varrição, manutenção e
coleta de resíduos sólidos. De maneira geral, esses serviços atendem a população urbana
dos municípios, sendo a administração pública municipal responsável pelo gerenciamento e
execução dos serviços, por meios próprios ou terceirizados.
Via de regra, o serviço de varrição é realizado com frequência diária e os de manutenção,
que envolvem a poda de árvores, capina e pinturas de meio-fio, dentre outras necessidades,
são feitos conforme a necessidade.
A coleta de lixo nos principais logradouros das cidades atende à maioria da população
urbana dos municípios do Polo. O volume de lixo coletado nos municípios do Polo
corresponde a 50% do volume coletado em todo o estado de Sergipe, conforme
demonstrado na Tabela 54, a seguir.
Tabela 54. Destino do Lixo dos Domicílios Particulares Permanentes Segundo Resultados
Preliminares do Censo Demográfico 2010

Coletado diretamente por Coletado em caçamba de Total


Outros*** %
serviço de limpeza* serviço de limpeza ** Geral

Sergipe 446.365 44.372 100.483 591.221 100


Polo Costa 250.461 21.210 23.882 295.554 50
Coqueirais
(*) - Lixo coletado diretamente por serviço de limpeza - serviço de empresa pública ou privada.
(**)Lixo coletado em caçamba de serviço de limpeza - lixo do domicílio depositado em caçamba, tanque ou depósito, fora do
domicílio, para depois ser coletado por serviço de empresa pública ou privada.
(***) Outros - lixo do domicílio é queimado ou enterrado no terreno ou propriedade onde se localiza o domicílio ou jogado em
terreno baldio, logradouro, rio, lago ou mar - Figura 78.
Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010. Elaboração: Observatório de
Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.

175
Figura 78. Lixo queimado em São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria – 2011

Nos municípios da área de estudo verifica-se ainda a ocorrência, em grande volume, de lixo
descartado e queimado a céu aberto – Figura 78, o que contribui para a contaminação de
recursos hídricos, a proliferação de doenças e a presença de animais nocivos.
De acordo com o anuário Estatístico de Sergipe 2002-2003, no ano de 2000, 209.152
domicílios do Polo eram abrangidos pela coleta de lixo. Em 2010 a coleta havia se
expandido em 19% em relação ao dado anterior, o que, considerado o espaço de oito anos,
pode ser interpretado como índice insuficiente de expansão, para a manutenção da
qualidade de vida da população, quanto para a consolidação do turismo na área.
Figura 79. Empobrecimento da paisagem pela deposição do lixo a céu aberto no litoral de Barra dos
Coqueiros e na linha férrea em São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria – 2011

O destino do lixo dos domicílios nos municípios do Polo é demonstrado na Tabela 55, a
seguir:

176
Tabela 55. Destino do Lixo dos Domicílios Particulares Permanentes por município - Polo Costa
dos Coqueirais - 2010
1. Coletado 2. Coletado em
Total de lixo
diretamente por caçamba de Total
coletado 3. Outros
Municípios serviço de serviço de Geral
(1+2)
limpeza limpeza
% % % %
Aracaju 157.251 93 10.518 6 99 1.652 1 169.422
Barra dos
5.329 77 1.211 18 95 306 5 6.846
Coqueiros
Brejo Grande 1.272 63 1 0,05 63 753 36,95 2.026
Estância 14.107 77 784 4 81 3.317 19 18.208
Indiaroba 2.049 51 160 4 55 1.755 45 3.964
Itaporanga
2.971 35 2.464 30 65 2.835 35 8.270
D'Ajuda
Laranjeiras 5.150 74 1.198 17 91 562 9 6.910
Nossa Senhora
40.070 89 2.634 6 95 2.613 5 45.317
do Socorro
Pacatuba 822 23 8 0,2 23 2.699 76,8 3.529
Pirambu 1.428 64 121 6 70 669 30 2.218
Santa Luzia do
439 13 1.164 35 48 1.698 52 3.301
Itanhy
Santo Amaro das
2.363 74 9 0,3 74 794 25,7 3.166
Brotas
São Cristóvão 17.210 77 938 4 81 4.229 19 22.377
Total Polo 250.461 100 21.210 100 - 23.882 100 295.554
Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico, 2010.
Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.

Verifica-se que dos treze municípios que compõem o Polo, Pacatuba e Santa Luzia do
Itanhy apresentam taxas de coleta de lixo, seja pelo serviço de limpeza ou por caçamba,
abaixo de 50%. Em Pacatuba somente 23% dos domicílios são servidos, seguido por Santa
Luzia do Itanhy com 48%.
Na faixa superior de atendimento, com a coleta acima de 85%, são encontrados apenas os
municípios de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Laranjeiras e Nossa Senhora do Socorro. Os
demais, Brejo Grande, Estância, Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda, Pirambu, Santo Amaro das
Brotas e São Cristóvão encontram-se em uma faixa intermediária, variando de 55% a 81%.
Em Aracaju o lixo coletado é transportado para uma área de aproximadamente 9,0 ha.
localizada a 15 km do centro da cidade, próxima ao aeroporto da capital. A área não possui
tratamento adequado como impermeabilização do solo, drenagem do chorume ou
cercamento da área, configurando-se como um lixão a céu aberto.
De acordo com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos de Aracaju – EMSURB - existem
iniciativas por parte da administração local dos municípios de Aracaju, Nossa Senhora do
Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros para a construção em consórcio de um aterro
sanitário, que, entretanto, vem encontrando dificuldades para a liberação da licença
ambiental pela Administração Estadual do Meio Ambiente - ADEMA.
O volume de resíduos sólidos produzido por habitante/dia nos municípios do Polo, segundo
dados da EMSURB corresponde a:
 Aracaju: 1,3 kg/dia/hab.
 Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Estância: 0,7 kg/dia/hab.
 Demais municípios: 0,8 kg/dia/hab.
A Tabela 56, a seguir, informa a população por município, em 2010 e a produção de
resíduos sólidos (kg/dia) em cada município do Polo.

177
Tabela 56. População e Produção de Resíduos Sólidos no Polo Costa dos Coqueirais - 2010

Produção de Resíduos Sólidos


Município População 2010
(Kg/dia)
Aracaju 571.149 742.494
Barra dos Coqueiros 24.976 17.483
Brejo Grande 7.742 6.193
Estância 64.409 45.086
Indiaroba 15.831 12.665
Itaporanga 30.419 24.335
Laranjeiras 26.902 21.521
Nossa Senhora do Socorro 160.827 112.578
Pacatuba 13.137 10.509
Pirambu 8.369 6.695
Santa Luzia do Itanhy 12.969 10.157
Santo Amaro das Brotas 11.410 9.128
São Cristóvão 78.864 55.204
Total 2.068.017 1.074.048

Fonte: EMURB (2000): de 1,3 kg/ dia/ hab. para Aracaju; 0,8 kg/ dia/ hab. em Nossa Senhora do Socorro,
São Cristóvão e Estância, e 0,7 kg/ dia/ hab. nos demais municípios.

De acordo com os dados apresentados, conclui-se que a produção de resíduos sólidos


coletados no Polo chega a 33.000 toneladas/mês, o que representa um acrescimento de
32% ao volume produzido no ano 2.000 (25.000 ton./mês).
Aracaju e Nossa Senhora do Socorro são responsáveis por aproximadamente 80% do
volume total de lixo produzido no Polo e depositados no lixão, sem o recobrimento e a
compactação diária, sendo comum a queima do lixo para a diminuição do volume de lixo
gerado.
Para os outros municípios do Polo os problemas são similares, dentre eles, a disposição de
lixo a céu aberto, a inexistência de políticas públicas para o setor, a ausência de coleta
seletiva e de ações continuadas de educação ambiental. Destes, é a disposição final dos
resíduos sólidos urbanos, efetuada sem nenhum controle ou preocupação quanto à poluição
do ar, solo e recursos hídricos, é o fator mais preocupante.
A situação atual e a indicação de medidas para a melhoria e expansão do sistema de
limpeza urbana e de gestão de resíduos sólidos no Polo são alvo do Quadro 18:, a seguir.
Quadro 18: Pontos Críticos e Soluções Possíveis para Melhoria da Gestão de Resíduos Sólidos no Polo
Costa dos Coqueirais.
Situação Atual Indicativos de Ação
 Ausência de um sistema Modernização e expansão das práticas atuais.
adequado de gestão dos resíduos Recolhimento regular e adequado dos resíduos gerados. Construção
sólidos. de aterros controlados.
 Despejo de lixo em rios e lagos Implantação da coleta seletiva.
contaminando os recursos
hídricos. Implantação de ações de educação ambiental continuadas.
 Proliferação de animais nocivos e Disposição de lixeiras nas áreas de potencial turístico, bem como em
pratica desordenada da ação de locais de grande fluxo.
catadores nos lixões.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

178
5.6. Drenagem Pluvial
O quadro da drenagem pluvial que se configura nas áreas urbanas da grande maioria dos
municípios do Polo Costa dos Coqueirais é de carência e de falta de manutenção, apesar
das vias centrais da sede dos municípios, via de regra, contarem com elementos como
meios fios, sarjetas, valas, calhas, bueiros com tampões e bocas de lobo que, ainda de
forma precária, configuram um sistema de drenagem. Inexistem cadastros ou informações
sistematizadas sobre redes subterrâneas em funcionamento. Na grande maioria dos
povoados nem mesmo essa rede rudimentar de captação de águas pluviais é encontrada.
Figura 80 e Figura 81.
Os municípios do Polo por serem, em sua maioria, litorâneos, situam-se em grandes
baixadas, necessitando, pois, de estrutura de macrodrenagem que permita o escoamento
adequado nos períodos de precipitação intensa para evitar inundações e controle de
erosões nas áreas urbanas e suburbanas.
Neste aspecto, somente a capital, Aracaju, possui um sistema de drenagem projetado e, em
grande parte, implantado. Os problemas verificados em Aracaju são, na maioria dos casos,
relacionados ao lançamento de esgoto na rede de drenagem, o que acaba por comprometer
todo o sistema.
Torna-se necessário prover as áreas urbanizadas dos municípios do polo da infraestrutura
adequada para o saneamento ambiental, incluindo a drenagem pluvial, dentro dos padrões
requeridos para um território ambientalmente frágil, que tem como vocação o
desenvolvimento turístico em bases sustentáveis.
Figura 80. Panoramas da drenagem pluvial nos municípios do Polo

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

179
Figura 81. Panoramas da drenagem pluvial nos municípios do Polo

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

5.7. Comunicação
Com a universalização dos serviços de telecomunicações, o estado de Sergipe possui hoje
uma ampla oferta de meios de comunicação. Merece destaque a telefonia fixa e celular e o
acesso à internet, por meio de banda larga, presente em, praticamente, todo o Estado, com
exceção de pequenos povoados mais distantes.
Os demais meios de comunicação como correios, televisão, rádios e jornais possuem maior
concentração na Região Metropolitana, que compreende Aracaju, Barra dos Coqueiros, São
Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro. Os outros municípios do Polo são contemplados
com equipamentos de menor porte, como postos de correios, estações locais de rádios,
torres de retransmissão de sinais de televisão, antenas parabólicas e outras. Nos povoados
esses equipamentos são mais escassos e, na maioria das vezes, inexistentes.
Os jornais produzidos em Aracaju circulam na sede municipal dos municípios,; em Aracaju
são encontrados jornais de grande circulação provenientes de outros Estados, tais como A
Folha de São Paulo e O Globo.
No campo da comunicação, os investimentos necessários dizem respeito à expansão para
os pequenos centros urbanos e para os equipamentos turísticos já implantados e a
implantar, tendo em vista o processo de desenvolvimento do turismo no Polo projetado para
os próximos dez anos. ,

5.8. Energia Elétrica


As empresas responsáveis pelo fornecimento de energia elétrica para os municípios que
compõem o Polo Costa dos Coqueirais são a ENERGISA e a SULGIPE, ambas de capital
privado, supridas pelo sistema de geração das Usinas Hidroelétrica de Paulo Afonso (BA) e
Xingó (SE), da CHESF.
A ENERGISA distribui energia elétrica para mais de 595 mil consumidores em 63 municípios
do Estado, enquanto que a SULGIPE atende a 12 municípios localizados ao sul de Sergipe.

180
Os municípios do Polo atendidos pela SULGIPE são Estância, Indiaroba e Santa Luzia do
Itanhy, enquanto os outros são atendidos pela ENERGISA.
Além dos chamados Consumidores Livres (que possuem o direito de escolher seu
fornecedor, conforme a legislação pertinente – indústrias, shoppings e outros) e FAFEN
(Fábrica de Fertilizantes da Petrobrás), o consumo de energia elétrica em Sergipe, tanto
pela ENERGISA quanto pela SULGIPE, cresceu 30%, passando de 2.175.211 MWh em
2000 para 3.098.526 MWh em 2009.
Tabela 57. Consumo de Energia Elétrica Total – Sergipe - 2000 a 2009.

Total Variação
Ano
(Mwh) (%)
2000 2.175.211 -
2001 1.995.450 -8,26
2002 2.097.195 5,10
2003 2.223.869 6,04
2004 2.150.430 -3,30
2005 2.411.516 12,14
2006 2.461.321 2,07
2007 2.839.924 15,38
2008 2.945.473 3,72
2009 3.098.526 5,20
Fonte: ENERGISA; SULGIPE; consumidores livres.

A distribuição de energia elétrica pelos domicílios particulares permanentes no Polo Costa


dos Coqueirais corresponde a 50% do total distribuído aos domicílios de todo o estado, o
que se justifica na medida em que os municípios da Região Metropolitana, inclusive Aracaju,
que apresentam, naturalmente, o consumo mais elevado, pertencem ao Polo.
Tabela 58. Distribuição de Energia Elétrica em Domicílios Particulares Permanentes – Polo Costa
dos Coqueirais e Sergipe - 2010

Abrangência No. de Domicílios %

Polo Costa dos Coqueirais 291.579 50%


Sergipe 582.136 100%
Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas, 2011.
Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010.

O consumo de energia nos domicílios particulares permanentes do Polo Costa dos


Coqueirais, demonstrado na Tabela 59, a seguir, corresponde aos índices de fornecimento
pelas companhias distribuidoras, por outras fontes, além de demonstrar o número de
domicílios sem fornecimento de energia, no Polo e no estado de Sergipe.
O número de atendimento dos domicílios no Polo situa-se entre 99 e 92% (este em Brejo
Grande).
Tabela 59. Distribuição de Energia Elétrica em Domicílios Particulares Permanentes –Polo Costa
dos Coqueirais - 2010

Fornecimento de Energia por Domicílio


Sem
Municípios Por Cia. Distribuidora Por Outra Fonte Total
Fornecimento
No. % No. % No. % No.
Aracaju 168.402 99 749 0,4 270 0,6 169.422
Barra dos Coqueiros 6.618 96 74 1,0 154 3,0 6.846
Brejo Grande 1.866 92 31 1,5 129 6,5 2.026
Estância 18.034 99 9 0,1 165 0,9 18.208
Indiaroba 3.826 96 1 0,02 137 3,98 3.964

181
Fornecimento de Energia por Domicílio
Sem
Municípios Por Cia. Distribuidora Por Outra Fonte Total
Fornecimento
o o
N . % N . % No. % No.
Itaporanga D'Ajuda 7.923 96 168 2 179 2 8.270
Laranjeiras 6.824 99 20 0,3 66 0,7 6.910
N. S. do Socorro 44.274 98 918 108 125 0,2 45.317
Pacatuba 3.425 97 7 0,3 97 2,7 3.529
Pirambu 2.163 98 23 1 32 1 2.218
Santa Luzia do Itanhy 3.236 98 1 0,03 64 1,97 3.301
Sto. Amaro das Brotas 3.053 97 4 0,1 109 2,9 3.166
São Cristóvão 21.935 98 249 1,1 193 0,9 22.377
Polo Costa dos
291.579 98,66 2.254 0,76 1.720 0,58 295.554
Coqueirais
Sergipe 582.136 98,47 3.278 0,55 5.806 0,98 591.221
Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas, 2011.
Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010.

As interrupções do fornecimento, a baixa frequência da energia nas sedes municipais e as


variações de voltagem nos povoados demonstram pontos críticos quanto à qualidade dos
serviços prestados, demandando ainda investimentos para a melhoria do atendimento no
cenário atual e a expansão do fornecimento para fazer face, em cenários futuros a serem
propiciados pelo desenvolvimento do turismo na área do Polo Costa dos Coqueirais.
Nos municípios de valor histórico e cultural como Aracaju, Laranjeiras e São Cristóvão há
previsão de instalação de fiação subterrânea para a rede elétrica, telefônica e lógica nas
áreas que abrigam o conjunto arquitetônico formado por igrejas, casarões e edifícios
tombados pelo patrimônio histórico, de forma a diminuir a interferência de tais instalações e
ressaltar a beleza das edificações, dinamizando o turismo e fortalecendo a cultura local.
Figura 82, a seguir.
Figura 82. Iluminação pública aérea – São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

182
O fornecimento de energia elétrica não constitui, diante do exposto, ponto crítico para o
desenvolvimento sustentável da área do Polo Costa dos Coqueirais. No cenário atual
destaca-se a necessidade de remanejamento da rede aérea e instalação de fiação
subterrânea, principalmente em sítios históricos. Para atendimento às necessidades futuras,
em cenários de desenvolvimento e expansão do fluxo turístico na área, resta avaliar os
serviços e, por meio de estudos e investimentos continuados, acompanhar a demanda
gerada.

5.9. Serviço de Saúde


A análise dos serviços de saúde prestados no Polo Costa dos Coqueirais, a par da
importância fundamental que assumem para a qualidade de vida da população local,
privilegiou dois itens que incidem sobre a qualidade do atendimento ao turista, prevendo um
cenário futuro de intensificação do desenvolvimento turístico na área: (i) a estrutura física de
saúde e a distribuição dos serviços prestados nos municípios do Polo; (ii) a incidência de
casos de doenças de veiculação hídrica, enfermidades de risco passíveis de atingir os
turistas que procuram a área.

Estrutura de Saúde Existente


Neste estudo foram consideradas, para efeito de análise, as categorias de estabelecimento
de saúde designadas pelo Ministério da Saúde e, dentre elas, escolhidas quatro para
comparar a sua evolução no período de 2002 a 2010, quais sejam: Postos de Saúde,
Centros de Saúde/Unidades Básicas de Saúde, Hospitais Gerais e Secretarias de Saúde.
Estes estabelecimentos são a base do atendimento médico mínimo eventual que se aplica à
situação do turismo.
O número de estabelecimentos destes quatro tipos existentes nos municípios do Polo Costa
dos Coqueirais estava assim configurado no ano de 2002 – Tabela 60:
Tabela 60. Número de Unidades de Atendimento em Saúde por Tipo. Polo Costa dos Coqueirais -
2002
No. de Unidades de Saúde Existentes
Município Postos de Centros de Outros
Total Hospitais
Saúde Saúde Tipos
Aracaju 183 4 18 6 155
Barra dos Coqueiros 7 3 2 0 2
Brejo Grande 4 2 2 0 -
Estância 30 8 8 1 13
Indiaroba 10 6 1 0 3
Itaporanga D´Ajuda 15 13 1 0 1
Laranjeiras 14 7 4 1 2
Nossa Senhora do Socorro 28 10 6 1 11
Pacatuba 4 1 2 0 1
Pirambu 4 1 0 3
Santa Luzia do Itanhy 9 6 0 3
Santo Amaro das Brotas 4 1 1 0 2
São Cristóvão 16 8 3 1 4
Polo Costa dos Coqueirais 328 69 49 10 200
Estado de Sergipe 658 224 119 32 383
Fonte: Anuário Estatístico do Sergipe 2002 - 2003.

Dados mais recentes, provenientes do DATASUS – 2010 - demonstram mudanças no


quantitativo de unidades de saúde, conforme Tabela 61, a seguir:

183
Tabela 61. Número de Unidades de Atendimento em Saúde por Tipo. Polo dos Coqueirais - 2010
No. de Unidades de Saúde Existentes
Centro de
Município Posto de Hospital Sec.
Total Saúde/Unid. Outros
Saúde Geral Saúde
Básica
Aracaju 1819 3 44 10 1 1761
Barra dos Coqueiros 14 1 8 0 1 4
Brejo Grande 3 0 2 0 1 0
Estância 54 3 12 1 1 37
Indiaroba 12 5 5 1 1 0
Itaporanga D´Ajuda 33 16 6 0 1 10
Laranjeiras 19 3 9 1 1 5
Nossa Senhora do Socorro 86 0 36 1 1 48
Pacatuba 7 0 6 0 1 0
Pirambu 6 3 1 0 1 1
Santa Luzia do Itanhy 9 0 7 0 1 1
Sto. Amaro Brotas 7 4 1 0 1 1
São Cristóvão 29 1 15 1 1 11
Polo Costa dos Coqueirais 2098 39 152 15 13 1879
Estado Sergipe 2798 243 384 36 76 2059
Fonte: DATASUS – 2011.

Constata-se crescimento considerável dos estabelecimentos de saúde em Aracaju, Barra


dos Coqueiros, Estância, Itaporanga D’Ajuda, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão.
Em Brejo Grande o número de estabelecimentos caiu de 4 para 3 e em Santa Luzia do
Itanhy o número se manteve estável.
Nota-se que a rede de atendimento à saúde foi ampliada, se comparada à existente em
2002. Além disso, os dados demonstram uma reestruturação da quantidade de
estabelecimentos por tipologia, quando se percebe a redução do número de Postos de
Saúde e a ampliação do número de Centros e Unidades Básicas de Saúde, além de um
pequeno ganho em número de hospitais. A ampliação de Unidades Básicas de Saúde tem
correlação com a implantação do programa de Saúde da Família, cujas equipes são
alocadas nesta tipologia de estabelecimento. O incremento mais expressivo, no entanto,
ocorre em outros tipos de estabelecimentos especializados.
Agrega-se à tabela mais recente de quantitativo por tipologias de estabelecimentos de
saúde a informação sobre as Secretarias Municipais de Saúde, existente em todos os
municípios do Polo, até mesmo pela exigência do Sistema Único de Saúde para repasse de
recursos e para integração ao SUS.
Atualmente predominam, na maior parte dos municípios, os centros de saúde, exceto em
Itaporanga, Pirambu e Santo Amaro das Brotas, onde o número de postos de saúde
sobressai. Quanto a hospitais, além da capital, onde se localizam 10 unidades Estância,
Indiaroba, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão dispõem de equipamento dessa
categoria. No total, comparando-se a oferta da área de planejamento atualmente e no ano
de 2002, pode-se afirmar que houve o decrescimento de 224 para 39 Postos de Saúde, o
crescimento de 119 para 152 Centros de Saúde, o crescimento de 32 para 36 hospitais e o
grande incremento de unidades classificadas como outros tipos de estabelecimento entre
laboratórios, cínicas e hospitais especializados de 383 para 1879.
O planejamento da Secretaria de Estado de Saúde de Sergipe prevê a expansão da rede de
atendimento no estado. Tal planejamento é demonstrado na Figura 83, que ilustra a
distribuição espacial das unidades de saúde.

184
Figura 83. Planejamento da rede de atendimento em saúde do Estado de Sergipe - 2011

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde de Sergipe-SES – ASCOM, 2011.

O Ministério da Saúde adota, para avaliação da cobertura da rede hospitalar, a comparação


entre o numero de leitos existentes por mil habitantes, tendo como parâmetro de satisfação
um total maior ou igual a 2,5/ 3 leitos para cada mil habitantes.
De acordo com este parâmetro, no Polo Costa dos Coqueirais os municípios que melhor
atendem são Aracaju e Estância, com a oferta de mais de dois leitos por mil habitantes.
Figura 84. Laranjeira aparece em seguida com a oferta de 1 a 2 leitos/1000; em Indiaroba,
Itaporanga, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão a oferta está abaixo de um leito,
enquanto nos demais inexiste oferta de leitos hospitalares.

185
Figura 84. Leitos Hospitalares por 1000 Habitantes – Polo Costa dos Coqueirais - 2009

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, 2009.

O Programa Saúde da Família


O programa Saúde da Família é uma das importantes estratégias assistenciais em saúde
adotadas pelo Governo Federal, operacionalizada por meio da implantação de equipes
multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Como demonstra a Figura a seguir, em
2008 o programa já atendia a população de Sergipe com 75 a 100% das equipes
necessárias ao atendimento da demanda existente no Polo, cobrindo virtualmente todos os
municípios integrantes.

186
Figura 85. Cobertura do Programa Saúde da Família – Polo Costa dos Coqueirais - 2009

Fonte: Ministério da Saúde - Sistema Nacional de Vigilância em Saúde – 2009

Doenças de Veiculação Hídrica


Dentre as doenças que mais influenciam a qualidade do ambiente turístico estão a Hepatite
A, Leptospirose, Cólera, Esquistossomose e Dengue, que são transmitidas por meio da
água. As tabelas a seguir apresentam o número de ocorrências dessas doenças por 1000
habitantes nos municípios do Polo em 2009.

187
Tabela 62. No. de Casos de Doenças de Veiculação Hídrica - – por 1.000 habitantes – Polo Costa
dos Coqueirais - 2009

Município Hepatite A Leptospirose Cólera Esquistossomose Dengue


Aracaju 6.0 0.0 0.0 0.0 3.0
Barra dos Coqueiros 0.0 0.0 0.0 0.0 15.5
Brejo Grande 0.0 0.0 0.0 0.0 7.6
Estância 0.0 0.0 0.0 0.0 24.9
Indiaroba 43.0 0.0 0.0 0.0 8.7
Itaporanga d'Ajuda 0.0 0.0 0.0 0.0 54.4
Laranjeiras 6.0 0.0 0.0 0.0 39.3
N. Senhora do Socorro 0.0 14.3 0.0 0.0 42.8
Pacatuba 0.0 1.1 0.0 0.0 69.2
Pirambu 0.0 0.0 0.0 33.0 115.4
Santa Luzia do Itanhy 3.0 9.7 0.0 0.0 119.1
Santo Amaro Brotas 0.0 0.0 0.0 0.0 11.5
São Cristóvão 0.0 0.0 0.0 68.8 86.0
Fonte: SISAGUA 2009.

Dentre as doenças citadas a de maior incidência é, claramente, a dengue, que alcançou em


2009 índices entre 3/1000 em Aracaju e 119/1000 em Santa Luzia. Índices significativos,
acima de 50/1000 foram observados em Pirambu (115,4), São Cristóvão (86,0), Pacatuba
(69,2) e Itaporanga d’Ajuda (54,4). Quanto às demais doenças, ressalta-se o índice de
esquistossomose em São Cristóvão (68,8) e em Pirambu (33,0), o de Leptospirose em
Nossa Senhora do Socorro (14,3/1000) e de Hepatite A em Indiaroba (43,0).
Desde a epidemia de dengue ocorrida em 1998, com grande quantidade de casos em
Aracaju, Barra dos Coqueiros e Estância, este último município é o único que continua a
apresentar altos índices, com 42 casos para cada 1.000 habitantes.
Considera-se que para o ambiente turístico, o fácil acesso à estrutura de atendimento em
saúde no nível primário - Postos e Centros de Saúde - e o controle sanitário e
epidemiológico sejam os fatores mais importantes, não obstante a existência e
acessibilidade ao nível terciário - Hospitais Gerais - também seja fundamental.
O Polo oferece unidades nos dois níveis de atendimento, porém, a oferta é relativa tendo em
vista que há um desequilíbrio na distribuição dos estabelecimentos dentro do território do
Polo, sendo a sua porção central, Aracaju e municípios vizinhos, melhor provida, seguida da
porção Sul. A porção Norte é pouco provida de estrutura em saúde.

5.10. Segurança Pública


O Estado de Sergipe conta com a Companhia de Policiamento Turístico, que foi criada
em 2006, em decorrência do desmembramento da 2ª/1º BPM, a fim de priorizar o
Policiamento Ostensivo voltado para este seguimento, devido ao grande potencial turístico
do Estado de Sergipe.
A CPTUR tem como missão primordial “Proporcionar serviços de Segurança Pública a todas
as pessoas que visitam, frequentam ou circulam nas áreas de especial interesse turístico do
Estado de Sergipe”. A criação da CPTUR foi fruto dos anseios apresentados pela população
e pelo trade turístico do Estado, da existência de um policiamento ostensivo especializado,
qualificado e equipado, capaz de atender as necessidades desse público diferenciado,
conciliando a missão constitucional da Polícia Militar de preservação da ordem pública com
um serviço de proteção e orientação aos visitantes.
A CPTUR conta com um efetivo de 90 (noventa) policiais, em sua maioria com escolaridade
de nível superior completo e incompleto, com conhecimentos em línguas estrangeiras e
alguns com especialização na área de turismo e hotelaria. Apesar de ser uma Companhia

188
estadual, seu efetivo vem atuando apenas em Aracaju, nos bairros Coroa do Meio, Atalaia,
Aruanã e toda a Orla do município. De acordo com informações na própria CPTur, a maioria
das ocorrências no campo do turismo em sua área de atuação atual refere-se a pequenos
furtos na orla e ao tráfico e prostituição que ocorrem em frente aos hotéis. Inexiste um
sistema computadorizado de ocorrências específicas para os turistas ou que se estenda a
todas as regiões e bairros de Aracaju, dificultando uma análise mais profunda neste sentido.
Prevê-se a extensão do policiamento turístico se entenda para toda a cidade de Aracaju,
bem como para o município de São Cristóvão.
Encontra-se instalado no município de Estância o 6º. Batalhão da Polícia Militar do Estado
de Sergipe.
No estágio de desenvolvimento do turismo em que se encontram, e principalmente diante da
perspectiva de expansão e crescimento do turismo, a atuação da CPTur deverá
necessariamente se estender pelos demais municípios do Polo Costa dos Coqueirais, para
o que a Companhia haverá de passar por um processo específico de fortalecimento e de
aumento de seu efetivo, instalando-se nos trechos Sul e Norte do Polo.

189
6. QUADRO INSTITUCIONAL
A análise do quadro institucional vigente para a gestão do turismo no Polo Costa dos
Coqueirais no âmbito da revisão do PDITS para a área é condição necessária para o
estabelecimento de estratégias e ações de desenvolvimento integrado do turismo
sustentável. Os investimentos em infraestrutura não darão a resposta esperada se,
paralelamente, a gestão do turismo, envolvendo os atores da administração pública e da
iniciativa privada, bem como a sociedade local, seja recriada e fortalecida.
O escopo da análise não se limita, assim, à organização e às condições de atuação do setor
público, seja na instância federal, estadual ou municipal. Governo e sociedade têm funções
e papéis a assumir para a consolidação da política pública setorial integrada para a área,
sendo necessário, para tanto, a adoção de um modelo participativo e inovador de gestão,
que conte com os recursos organizacionais, administrativos, legais e tecnológicos
requeridos e com equipes qualificadas e competentes, sejam elas formadas por gestores e
técnicos da administração pública, ou por líderes, formadores de opinião, empresários,
entidades não governamentais e especialistas, enquanto atores sociais. Partindo desses
princípios, e considerando o turismo como matéria intersetorial, interdisciplinar e
intergovernamental, os temas tratados a seguir assumem a sua pertinência.

6.1. Órgãos e Instituições que atuam na Gestão do Turismo


O estado de Sergipe vem desenvolvendo e adotando ao longo dos anos, e mais fortemente
a partir do ano 2000, um modelo de gestão participativa das políticas públicas setoriais que
teve origem quando da elaboração do Plano Estratégico de Turismo de Sergipe, que
identificou diretrizes para o desenvolvimento do Estado no setor.
Em seguida, a elaboração do PDITS 2001/2003 para o Polo Costa dos Coqueirais veio
integrar os esforços e investimentos do MTur/Prodetur Nacional com a administração
estadual e com os municípios pertencentes ao Polo. A organização do estado para fins de
planejamento das políticas públicas estaduais, estabelecendo os Territórios Sergipanos, em
2007, e posteriormente a criação dos cinco Polos para efeito do planejamento setorial do
turismo, dentre eles o Polo Costa dos Coqueirais, foram iniciativas que contribuíram para
definir e agregar os diferentes atores.
Conforme o Plano Nacional do Turismo 2007-2010, o modelo de gestão definido é
compreendido em um sistema nacional de gestão do turismo no País. No âmbito federal, é
composto por um n cleo básico formado pelo Ministério do Turismo, pelo Conselho Nacional
de Turismo e pelo Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo.
O Conselho Nacional de Turismo é o órgão colegiado que tem a atribuição de assessorar o
Ministro de Estado do Turismo na formulação e aplicação da Política Nacional de Turismo e
dos planos, programas, projetos e atividades derivados.
O Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo é um órgão consultivo,
constituído pelos secretários e dirigentes estaduais de turismo, que tem como função no
processo de gestão descentralizada auxiliar no apontamento de problemas e soluções,
concentrando as demandas oriundas dos estados e municípios.”9
Complementam a rede de gestão descentralizada definida na Política Nacional de Turismo
2007-2010, os Fóruns e Conselhos Estaduais de Turismo, instâncias de representação do
turismo nas Unidades da Federação, formados por representantes do setor p blico,
incluindo representantes dos municípios e regiões turísticas, da iniciativa privada e do
terceiro setor, além de outras entidades de relevância estadual vinculadas ao turismo.
No nível regional, encontram-se as instâncias de representação dos denominados Polos
Turísticos, que discutem e dispõem sobre os temas e questões relacionados ao
9
MTur, Plano Nacional do Turismo 2007-2010, p. 43-44

190
desenvolvimento da atividade, articulando os elos da cadeia de relacionamento e buscando
a gestão descentralizada.
Na ponta, onde a atividade turística se realiza, estão as instâncias de representação
municipal. Conforme disposto pelo Ministério do Turismo, os municípios são incentivados a
criar os conselhos municipais de turismo e organizarem-se em instâncias de representação
regional, p blica e privada, possibilitando a criação de ambientes de discussão e reflexão
adequados às respectivas escalas territoriais, complementando, assim, o sistema nacional
de gestão do turismo.10
Figura 86. Gestão Descentralizada do Turismo – Estrutura de Coordenação, conforme definido pela
Política Nacional do Turismo 2007 – 2010, aplicada para o Estado de Sergipe

CONSELHO NACIONAL DE TURISMO

COORDENAÇÃO MINSTÉRIO DO TURISMO


NACIONAL

FORUM NACIONAL DE DIRIGENTES E


SECRETARIOS ESTADUAIS DE TURISMO

COORDENAÇAO SECRETARIA DE
ESTADUAL ESTADO DO TURISMO
FORUM DO CONSELHO ESTADUAL
DE TURISMO DE SERGIPE

COORDENAÇAO CONSELHO DE TURISMO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS


REGIONAL

COORDENAÇÕES ÓRGÃOS MUNICIPAIS DE


TURISMO
MUNICIPAIS

COLEGIADOS TURÍSTICOS LOCAIS

Fonte: MTur, Política Nacional do Turismo 2007-2010, adaptado para Sergipe pela Technum Consultoria

Originalmente, a instância político-institucional do Polo Costa dos Coqueirais se reportava


ao Conselho de turismo do Polo Costa dos Coqueirais.

10
Idem, p. 44

191
Conselho de Turismo do Polo Costa dos Coqueirais – período 2000 a 2006
O Conselho de Turismo do Polo Costa dos Coqueirais, de acordo com Estatutos de abril de
2000, constituía espaço sistematizado para planejar, deliberar e viabilizar as ações que
concorram para o desenvolvimento do turismo no Estado de Sergipe. Era coordenado pelo
Banco do Nordeste, e tinha a visão do planejamento compartilhado, incluindo empresários
do setor e organizações diversas.
Dentre suas atribuições se destacavam atuações como:
 facilitador e integrador do processo de desenvolvimento do turismo;
 fomentador da visão de produto turístico integrado no espaço regional;
 provedor de competências: conhecimento da região, desenvolvimento local,
capacitação, crédito, estudos econômicos, infraestrutura, meio ambiente e promoção
de investimentos.
Aos agentes institucionais do estado cabia, no bojo do conselho, direcionar os programas
estaduais para o âmbito das ações regionais do turismo e ajustar as ações de interiorização
do turismo no estado (Programa Nacional de Regionalização do Turismo), direcionando os
destinos turísticos da base local para os corredores estruturantes regionais.
Em agosto de 2003, o Conselho foi reformulado, passando a ser comporto por:
 Secretaria de Estado do Turismo – coordenador;
 Banco do Nordeste – secretaria executiva;
 Poder Público Federal: Banco do Nordeste S/A, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e Recursos Naturais - IBAMA, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional -
IPHAN:
 Poder Público Estadual: Secretarias de Estado do Planejamento; Secretaria de
Estado do Turismo, Secretaria de Estado do Meio-Ambiente, Secretaria de Estado da
Infraestrutura, Secretaria de Estado da Cultura, Banco do Estado de Sergipe –
BANESE, e Unidade Executora Estadual UEE do Prodetur;
 Poder Público Municipal: Prefeitura Municipal de Aracaju, Prefeitura Municipal de
Laranjeiras, Prefeitura Municipal de Pirambu, Prefeitura Municipal de Indiaroba,
Prefeitura Municipal de São Cristóvão, Prefeitura Municipal de Itaporanga D’Ajuda,
Prefeitura Municipal de Santa Luzia do Itanhy, Prefeitura Municipal de Barra dos
Coqueiros;
 Iniciativa privada: ABAV- Associação Brasileira das Agências de Viagem, ABRASEL -
Associação Brasileira de Empresas de Entretenimentos e Lazer, ABIH - Associação
Brasileira de Hotéis, SINDETUR – Sindicato das Empresas de Turismo, SENAC-
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, AC&VB- Aracaju Conventions &
Visitors Bureau, SEST/SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte,
FCDL – Federação das Câmaras de Dirigentes e Lojistas de Sergipe, ABEOC –
Associação Brasileira de Organização de Eventos;
 Terceiro setor: SACI _ Sociedade Afrosergipana de Estudos e Cidadania, ÁGUA É
VIDA, Instituto Sócio Ambiental ACAUÃ, Sociedade SEMEAR, Movimento Popular
Ecológico – MOPEC, Organização Sócio Ambiental PROCRIAR, Universidade
Federal de Sergipe – UFS, Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET/SE,
Universidade Tiradentes – UNIT.
Salienta-se que o coordenador, a secretaria executiva e os representantes do governo
estadual eram indicados, enquanto os representantes dos governos municipais, da iniciativa
privada e do terceiro setor eram eleitos.

192
No começo de sua atuação, as ações do Conselho de Turismo do Polo Costa dos
Coqueirais ultrapassavam as questões do Prodetur, havendo motivação dos participantes
para a discussão do desenvolvimento do turismo na Região. Com o passar do tempo,
porém, o Conselho foi esvaziado, por razões diversas, sendo uma das principais o impasse
na captação dos recursos do Prodetur II. Além dessa, o fato do Polo Costa dos Coqueirais,
naquela época, não conseguir atuar como região turística integrada contribuiu para a perda
da força do Conselho do Polo. Muitas vezes a visão individualizada dos municípios
prejudicava o entendimento da região integrada como um todo e gerava disputa interna
pelos recursos do Prodetur.
Com o espaçamento das reuniões e a diminuição da participação, o Conselho foi revisto em
2005, mas acabou sendo desativado em 2006.

Fórum Estadual de Turismo - Fortur/SE


No âmbito estadual, o Fórum Estadual de Turismo - Fortur/SE, foi instituído em 2003, pelo
Decreto nº 22.006, de 14 de julho. Passou por alguns ajustes em 2008, quando da retomada
do funcionamento da Emsetur, e sofreu uma reestruturação em 2009. Segundo o Decreto
Estadual n° 26.43/2009, tem como competências:
 acompanhar a execução e o desenvolvimento da Política Estadual de Turismo;
 expedir instruções normativas para orientação das atividades turísticas de empresas
privadas;
 opinar sobre a concessão de registros às atividades turísticas de empresas privadas;
 opinar sobre as exigências relativas à concessão de estímulos e incentivos de
qualquer natureza às empresas e atividades turísticas privadas, bem como a
entidades públicas e afins;
 opinar sobre a constituição de fundos especiais destinados a incrementar o
desenvolvimento sustentável do turismo, bem como propostas de aplicação dos
recursos desses fundos;
 acompanhar a execução do Plano Estratégico de Turismo e de outros planos,
programas e projetos integrantes da Política Estadual de Turismo
Desde então é a é a principal instância de governança de caráter deliberativo e consultivo
do Estado. Seguindo as orientação do MTur, foram criadas Comissão de Trabalho, a
exemplo das Câmaras Temáticas. As Comissões funcionam como grupos técnicos e
constituem um importante agrupamento para aprofundar temas de interesse do turismo ou
demandas do colegiado. São formadas por alguns conselheiros, voluntaries, e convidados
que se organizam em caráter consultivo e propositivo para assessorar o Fórum Estadual de
Turismo.
As Comissões, de caráter permanente, são organizadas a partir da mesma divisão dos
componentes do Prodetur – Produto Turístico, Comercialização, Fortalecimento Institucional,
Infraestrutura e Serviços Básicos e Gestão Ambiental-, por entender que esses abrangem
todas as ações compreendidas na cadeia do turismo. Sua atuação, porém extrapola as
questões do Prodetur. Cada uma das Comissões tem reuniões bimestrais, sendo que a
cada 20 dias ocorre reunião de uma das Comissões. Os resultados tem sido bons e as
propostas com interação de agentes externos ao Fórum tem permitido maior objetividade e
facilidade de encaminhamento quando das reuniões do Fórum.
A atuação do Fórum vem gerando bons frutos na gestão descentralizada do turismo, tendo
como principais resultados o fortalecimento do setor.

A proposição de retomada do Conselho de Turismo do Polo Costa dos Coqueirais

193
Desde outubro de 2011 tem sido realizadas reuniões para a retomada do Conselho de
Turismo do Polo Costa dos Coqueirais. O trabalho de reativação e de promoção de reuniões
resulta da parceria do Ministério do Turismo (MTur), da Secretaria de Estado do Turismo
(SETUR) e do Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano (IADH), que apoia o
fortalecimento das instâncias de governança (fóruns e conselhos regionais), baseando-se
nos critérios e diretrizes do Programa de Regionalização do Turismo do MTur.
O regulamento, em proposição, contempla a composição do Conselho por 22 membros,
representantes do poder público, setor privado e terceiro setor, levando em consideração o
equilíbrio entre o público e o não público. O desejo, conforme expresso nas reuniões do
processo participativo deste PDITS é que o controle do Conselho saia do Estado e seja
assumido no âmbito municipal, a partir do entendimento dos municípios envolvidos.
Os municípios, por sua vez, contam com órgãos municipais de gestão, conforme item “C” a
seguir apresentado, porém ainda não tem organizados os Colegiados Turísticos Municipais.
Há um expresso interesse pelo tema, tendo sido recentemente desenvolvido o Plano de
Gestão pelo município de Santa Luzia do Itanhy. Além desse, o município de Estância
também vem se manifestando e envidado ações para a realização desse Plano, conforme
depoimentos em reuniões do processo de construção participativa ocorridos na elaboração
deste PDITS.
É indicada a necessidade da organização e atuação efetiva dos Colegiados Turísticos
Municipais como instâncias locais de governança, de forma a viabilizar os canais de
interlocução entre as diversas atores da gestão p blica e as diferentes escalas de
representação da iniciativa privada e do terceiro setor, possibilitando a implementação das
ações propostas pelo PDITS, de forma articulada com o planejamento estadual e federal,
bem como a implementação de outros programas e ações relacionados à gestão do turismo
no âmbito federal e estadual.

A responsabilidade pela aprovação da revisão do PDITS Polo Costa dos Coqueirais e


pelo seu processo de acompanhamento e monitoramento
Hoje cabe ao Fórum Estadual de Sergipe a aprovação dos processos de revisão dos PDITS,
bem como pelo acompanhamento e monitoramento de sua implantação. Caso instituídos,
efetivamente, os Conselhos do Polo do Velho Chico e do Polo Costa dos Coqueirais, essas
atribuições poderão ser revistas, passando a competência para os respectivos Conselhos
Regionais.
A. Órgãos Federais de Gestão do Turismo
O Quadro 19: destaca os órgãos federais que fazem parte do Arranjo para a Gestão do
Turismo.

194
Quadro 19: Órgãos Federais envolvidos com a Gestão do Turismo.
Órgão Estrutura e Competências
Órgão Federal criado em Janeiro de 2003 voltado para a gestão da Política Nacional
do Turismo.
Estrutura organizacional básica: Secretaria Nacional de Políticas de Turismo e
Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo.
Órgãos Colegiados: Conselho Nacional de Turismo e suas Câmaras Temáticas;
Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo.
Secretaria Nacional de Políticas de Turismo: Elaboração da política nacional para
o setor sob orientação do Conselho Nacional do Turismo e concretização do modelo
MTur – Ministério do
de gestão descentralizada do turismo.
Turismo
Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo: Promoção
do desenvolvimento da infraestrutura turística e a melhoria da qualidade dos serviços
turísticos. Subsídio para a formulação de planos, programas e ações destinados ao
fortalecimento do turismo nacional.
A esta Secretaria, por meio do Departamento de Programas Regionais de
Desenvolvimento do Turismo, cabe a coordenação do Prodetur Nacional. A
Coordenadoria Geral de Programas Regionais II, vinculada ao Departamento, cabe,
por sua vez, a interface com o Prodetur/Sergipe.
Ao Instituto Brasileiro de Turismo – Embratur, autarquia especial do Ministério do
EMBRATUR –
Turismo, é responsável pela execução da Política Nacional de Turismo no que diz
Instituto Brasileiro do
respeito a promoção, marketing e apoio à comercialização dos destinos, serviços e
Turismo
produtos turísticos brasileiros no mercado internacional.
Órgão colegiado com a atribuição de assessorar o titular do Ministério do Turismo na
formulação e a aplicação da Política Nacional de Turismo e dos planos, programas,
CNT – Conselho
projetos e atividades dela derivados.
Nacional de Turismo
O Conselho é integrado por 71 conselheiros, representantes de instituições públicas
e entidades privadas do setor em âmbito nacional.
Fonte: MTur, Embratur, turismo.gov.br.

A Lei n.º 11.771, de 17 de setembro de 2008, conhecida como Lei Geral do Turismo surgiu
como resultado do avanço das discussões referentes à importância do setor turismo para o
desenvolvimento nacional. Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo e define as
competências do governo federal quanto ao planejamento, desenvolvimento e estímulo ao
setor turístico, obedecendo aos seguintes princípios:
 livre iniciativa;
 descentralização;
 regionalização; e
 desenvolvimento econômico justo e sustentável.

B. Órgãos Estaduais de Gestão do Turismo

No Estado de Sergipe a estrutura da administração pública inclui a Setur, à qual se vincula,


como economia mista, a Empresa Sergipana de Turismo.

195
Quadro 20: Órgãos Estaduais envolvidos com a Gestão do Turismo.

Lei n°. 7.116/2011 - atribui à Setur, como a instituição que faz parte da
administração direta da política pública estadual e Lei n° 4.826/2003, dispõe sobre
a organização básica da Setur e suas competências.
Setur – Compete à Setur a política estadual de governo na área de turismo, bem como: o
Secretaria do desenvolvimento turístico e respectivos incentivos; a ampliação e o melhoramento
Estado de de espaços turísticos; a realização e organização de exposições, feiras e outros
Turismo eventos de divulgação de potencialidade turísticas do estado; a capacitação de
mão de obra do turismo; outras atividades necessárias ao cumprimento de suas
finalidades.
Organograma da Setur

O quadro de pessoal da Setur é formado por 35 profissionais que ocupam


os seguintes cargos:

Cargo Quantidade
Secretário de Estado de Turismo 1
Secretário Adjunto de Turismo 1
Diretor de Coordenadoria Especial 1
Diretor do Departamento de Administração e Finanças 1
Chefe da Assessoria de Planejamento 1
Gerente de Execução Orçamentária 1
Consultor Técnico Operacional 7
Supervisor Técnico Administrativo 4
Consultor Técnico Administrativo 1
Assessor Executivo 1
Assessor Geral de Programas e Projetos 5
Assessor Especial 3
Assessor Geral de Atividades de Imprensa 1
Assessor Técnico Operacional 4
Assistente Técnico Operacional 1
Assistente Extra para Assuntos Técnico Administrativos 1

196
Vinte e quatro profissionais da equipe foram admitidos no ano de 201 e os
demais entre 2003 e 2010.
Quanto à área de formação, os componentes da equipe da Setur estão
assim distribuídos:
Formação Quantidade
Direito 10
Turismo 5
Jornalismo 4
Administração 3
Economia 3
Engenharia Civil 2
Contabilidade (Técnico) 2
Ciências Contábeis 1
Comunicação 1
Gestão Pública 1
Fotografia 1
Matemática 1

A Coordenação do Prodetur/SE
Criada pela lei ordinária nº 4.912/2003 como órgão operacional da Setur, a
Unidade de Coordenação do Prodetur/SE – UCP/Prodetur-SE é
responsável por implantar as ações resultantes da celebração, aplicação e
execução de convênios, contratos e outros acordos entre o Estado de
Sergipe e instituições ou entidades públicas ou privadas, nacionais,
internacionais ou estrangeiras, promovendo sua articulação com os
programas, projetos e atividades desenvolvidos por outros órgãos e
entidades públicas federais, estaduais e municipais, na realização do
Programa de Desenvolvimento do Turismo - Prodetur.
O Prodetur/Nacional foi desenvolvido a partir de estudos encomendados
pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no
começo da década de 1990, para identificar as atividades econômicas que
apresentariam vantagens competitivas, caso desenvolvido na região
Nordeste. A conclusão desses estudos identificou que uma das
oportunidades mais viáveis para a região era o Turismo, pelo fato de a
Região Nordeste apresentar recursos cênicos e culturais significativos,
além de mão-de-obra em abundância e custos relativamente baixos.
Sociedade de economia mista criada em 1972. Vinculada à Setur. Missão:
“fazer de Sergipe um destino turístico sustentável de referência,
fomentando sua cadeia produtiva, promovendo o desenvolvimento
socioeconômico, a partir da valorização das potencialidades regionais”
Lei no 4.749/2003 - altera a estrutura organizacional da administração
EMSETUR - Empresa
pública estadual, cria a Secretaria de Estado do Turismo, a ela vinculando
Sergipana de
a Emsetur.
Turismo
Compete a Emsetur: implementar a política estadual de promoção turística;
desenvolver, avaliar e monitorar o produto turístico sergipano; implementar
o Sistema de Informações Turísticas; implementar as políticas de formação
profissional, inclusão social e de adensamento da cadeia produtiva do
turismo.

197
Organograma da Emsetur

Fonte: Emsetur, 2011.

O observado é que os órgãos estaduais voltados à gestão do turismo buscam realizar um


trabalho de qualidade, porém ainda carecem de pessoal para o desenvolvimento de suas
atribuições, tanto no que diz respeito à quantidade quanto à capacitação para as funções a
serem desempenhadas.
Outros órgãos da administração pública estadual de Sergipe estão, indiretamente,
relacionados à formulação e à execução da Política Estadual de Turismo e fazem parte do
Fórum Estadual de Turismo. Dentre eles citam-se:

A SEPLAN centraliza o Sistema Estadual de Planejamento, o orçamento,


as ações de desenvolvimento institucional e a estatística do Estado de
SEPLAN - Secretaria
Sergipe. Cabe a ela elaborar, coordenar, controlar e avaliar planos,
de Estado do
programas e projetos governamentais, o orçamento anual e o plano
Planejamento
plurianual do Estado. Suas decisões e políticas tem claro impacto no
desenvolvimento do turismo.

Cabe à SEMARH formular e executar políticas de gestão ambiental com a


participação da sociedade, promovendo o desenvolvimento ecologicamente
equilibrado de forma integrada, garantindo a proteção dos recursos
SEMARH - Secretaria
naturais para as presentes e futuras gerações.
de Estado do Meio
Ambiente e Compete à SEMARH: a formulação e gestão de políticas estaduais de
Recursos Hídricos - Governo, relativas ao meio ambiente, recursos hídricos e educação
ambiental; a preservação, conservação e utilização sustentável de
ecossistemas, biodiversidade e florestas; a elaboração do Zoneamento
Ecológico-Econômico; a promoção do uso racional da água e gestão
integrada do uso múltiplo sustentável dos recursos hídricos.

198
À SEINFRA cabe, como missão, “assegurar ao cidadão o cumprimento
das políticas públicas de infraestrutura do Governo, através da gestão de
SEINFRA -
qualidade das ações dos órgãos vinculados, contribuindo para o
Secretaria de Estado
desenvolvimento e o bem-estar da sociedade”. Dentre as suas
da Infraestrutura de
competências, citam-se: a oferta de infraestrutura de qualidade, incluindo
Sergipe
o abastecimento de água, a coleta e tratamento dos resíduos sólidos e do
esgoto; a drenagem urbana; a pavimentação de vias.

Cabe à SECULT: o fomento à cultura, às letras, às artes, à arte-educação,


ao folclore e às manifestações artísticas e culturais populares; a
SECULT - Secretaria preservação, a guarda e a gestão do patrimônio histórico, artístico, cultural,
de Estado da Cultura arqueológico, paleontológico e ecológico; a administração dos
equipamentos culturais e artísticos; a concepção e a gestão da Política
Estadual de Cultura.

À SEDURB, que tem como órgão vinculado a Deso – Companhia de


Saneamento de Sergipe. A Secretaria tem como competências principais:
formular, coordenar, implementar, acompanhar e avaliar a política
estadual de desenvolvimento urbano, habitação e saneamento básico;
SEDURB - Secretaria promover, coordenar, executar, supervisionar, acompanhar e avaliar a
de Estado do elaboração de planos, programas e projetos na sua área de competência,
Desenvolvimento compatibilizando-os com a política do Governo Federal; articular-se,
Urbano. permanentemente, com órgãos e entidades da administração pública
federal, estadual e municipal e com o setor privado e a sociedade civil
organizada, visando racionalizar e potencializar ações relacionadas ao
desenvolvimento urbano, habitação, saneamento básico e assistência aos
municípios.

 À Secretaria de Trabalho compete: a elaboração de políticas


públicas direcionadas ao mercado de trabalho, à mão-de-obra, ao
SETRAB – Secretaria sistema de emprego, à geração de postos de trabalho, à formação e
de Trabalho. ao desenvolvimento profissionais e ao artesanato; o fomento às
políticas públicas direcionadas ao fortalecimento da economia
solidária; o incentivo ao cooperativismo e ao associativismo;

Além dos organismos citados, outras entidades públicas, privadas e do terceiro setor,
incluindo as representativas dos segmentos profissionais do turismo e correlatos e unidades
educacionais e de formação profissional, exercem, direta ou indiretamente, funções
importantes no Arranjo Institucional de Gestão do Turismo. Dentre eles citam-se:
 IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Superintendência de
Sergipe;
 Banese – Banco do Estado de Sergipe;
 Universidade Federal de Sergipe – UFS;
 Universidade Tiradentes – UNIT.
 Associação Brasileira da Indústria Hoteleira – ABIH;
 Associação Brasileira dos Agentes de Viagens – ABAV;
 Associação Brasileira dos Jornalistas Especializados em Turismo – ABRAJET;
 Associação Brasileira dos Organizadores de Eventos – ABEOC;
 Associação Brasileira dos Locadores de Automóveis – ABLA;
 Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – ABRASEL;

199
 Sindicato dos Guias de Turismo – SINGTUR;
 Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Sergipe –
SEBRAE/SE;
 Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC/SE;
 Aracaju Convention & Visitors Bureau.

C. A Gestão Municipal do Turismo no Polo Costa dos Coqueirais


Na esfera municipal a gestão do turismo nos municípios deve pautar-se pela integração
entre os diversos setores locais, formulação de estratégias para o desenvolvimento do
município, bem como planejar e executar as ações locais em parceria com a esfera estadual
e federal.
Nos municípios do Polo Costa dos Coqueirais a gestão do turismo na esfera da
administração pública municipal está a cargo dos seguintes organismos:
Quadro 21: Cargos da Gestão Municipal do Turismo.
Município Gestão Municipal do Turismo

Aracaju FUNCAJU – Fundação Municipal de Cultura e Turismo de Aracaju*


Barra dos Coqueiros Secretaria Municipal de Turismo.
Brejo Grande Secretaria Municipal de Turismo.
Estância Secretaria de Turismo e Comunicação Social.
Indiaroba Secretaria Municipal de Agricultura e Turismo.
Itaporanga D'Ajuda Secretaria de Cultura e Turismo
Laranjeiras Secretaria Municipal de Turismo.
Nossa Senhora do Socorro Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo
Pacatuba Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer
Pirambu Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo
Santa Luzia do Itanhy Secretaria de Esporte, Lazer, Turismo e Cultura
Santo Amaro das Brotas Secretaria da Juventude, Cultura, Esporte e Turismo.
São Cristóvão Secretaria Municipal de Cultura e Turismo

* No início de 2013, foi criada a Secretaria Municipal da Indústria, Comércio e Turismo (SEMICT) do município de
Aracaju, que assumiu a competência pelo setor turístico municipal, ficando a Funcaju com a competência pelo
setor de Cultura.

No âmbito municipal, o que se observa é a limitação da capacidade para a gestão turística


municipal, com exceção de Aracaju. Alguns municípios, como Estância tem feito esforços
para a melhoria da estruturação de seus órgãos e corpo técnico, mas ainda há um longo
caminho a percorrer. A intenção, manifesta durante as reuniões do processo participativo
deste PDITS é a gestão compartilhada, com envolvimento direto da iniciativa privada e
organizações não governamentais para o efetivo desenvolvimento do setor.

6.2. Impactos e Limitações das Políticas Públicas


A Política e o Sistema Nacional de Turismo
As políticas de turismo vêm ocupando espaço no âmbito do planejamento e gestão pública,
dada a importância da atividade para as economias locais.. Com efeito, a organização pauta
pela criação de um sistema formado por planos, programas, leis e instituições que
concebem políticas para o turismo nas diversas escalas territoriais e de gestão do País que
serão discutidos a seguir.

200
Os benefícios do Programa Nacional de Municipalização do Turismo- PMNT, criado em
1994 -, correspondem ao fortalecimento dos municípios e à sensibilização das comunidades
locais para a o turismo sustentável e à organizando dos atores para promoção do turismo,
por meio de Conselhos e outros mecanismos de gestão participativa.
Com a criação do Ministério do Turismo- MTur, em janeiro de 2003, entram em pauta as
prioridades do governo federal preconizando uma nova postura para a atividade turística no
Brasil. O turismo passa a ser visto como política pública específica, independente, ainda
que integrada, das políticas de esporte, lazer e cultura, e como atividade econômica
sustentável e alternativa de importante para a geração de emprego e renda.
O Plano Nacional do Turismo- PNT, o Programa de Regionalização do Turismo – PRT
e o Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo – Prodetur Nacional são
carros chefe do Ministério do Turismo
O Plano Nacional de Turismo passou a ser um macroprograma que reúne um conjunto de
programas com ações específicas para o desenvolvimento do turismo brasileiro.
Outro marco da política nacional do turismo foi o lançamento do documento: 65 Destinos
Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional, como subsídio para o
desenvolvimento da atividade turística de forma sustentável para os próximos anos.
Em 2010 o Conselho Nacional do Turismo lançou o documento intitulado Turismo no Brasil
2011-2014, trazendo o diagnóstico do turismo no País e metas para os próximos anos, com
foco nos dois grandes eventos que serão sediados no Brasil: a Copa do Mundo de 2014 e
as Olimpíadas de 2016.
Ainda em 2010 iniciou-se a avaliação do Programa de Regionalização do Turismo- PRT,
que apontou a sua relevância para o desenvolvimento turístico no País.
A valorização do turismo é reforçada com a aprovação da Lei n°. 11.771/2008, que trata da
Política Nacional de Turismo, definindo as competências do governo federal dentro do
planejamento e desenvolvimento turístico. Denominada Lei Geral do Turismo (LGT), sua
publicação demonstra o avanço das discussões referentes à importância do setor turístico
no desenvolvimento nacional e define que a viabilização do financiamento ao setor turístico
deve ser realizada mediante a canalização dos seguintes recursos:
 Lei Orçamentária anual, mediante recursos alocados ao Ministério do Turismo e à
EMBRATUR;
 Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR;
 linhas de crédito de bancos e instituições federais;
 agências de fomento ao desenvolvimento regional;
 Lei Orçamentária de estados, Distrito Federal e municípios;
 organismos e entidades nacionais e internacionais; e
 securitização de recebíveis originários de operações de prestação de serviços
turísticos, por intermédio da utilização de Fundos de Investimento em Direitos
Creditórios (FIDC) e de Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de
Investimento em Direitos Creditórios (FICFIDC), observadas as normas do Conselho
Monetário Nacional (CMN) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A LGT institui o Sistema Nacional de Turismo- SNT no intuito de promover o
desenvolvimento do turismo de forma sustentável através da coordenação e integração das
iniciativas oficiais com o setor produtivo. Os objetivos específicos do SNT são:
 atingir as metas do Plano Nacional de Turismo -PNT;
 estimular a integração dos diversos segmentos do setor, atuando em regime de

201
cooperação com os órgãos públicos, entidades de classe e associações
representativas voltadas à atividade turística;
 promover a regionalização do turismo, mediante o incentivo à criação de organismos
autônomos e de leis facilitadoras do desenvolvimento do setor, descentralizando a
sua gestão; e
 promover a melhoria da qualidade dos serviços turísticos prestados no País.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo- OMT quanto maior o poder do
turismo na economia local, maior é a necessidade de intervenção do setor público em suas
diversas esferas. A intervenção do estado no desenvolvimento do turismo não é um fato
prejudicial, no entanto, depende da maneira que o turismo atende às necessidades e
interesses da população local e como ele se encaixa nas metas de desenvolvimento social.
Os organismos municipais de turismo são indispensáveis no processo de desenvolvimento
do turismo, pois são eles que possuem o contato mais próximo com a comunidade e com o
empresariado do setor. Desta forma a comunidade deve estar preparada para o
desenvolvimento, para que ela também seja beneficiada. Quem mobiliza a comunidade são
os organismos municipais que devem dar o apoio e assistência necessária. No entanto, no
que diz respeito a política do turismo no Polo Costa dos Coqueirais, vale ressaltar que os
municípios pouco avançam em sua estruturação para o turismo, agregando suas decisões e
ações aos planos do Prodetur.
As políticas existem e traçam planos e projetos que visam o desenvolvimento turístico
sustentável, porém quando se fala no alcance destas na escala municipal do Polo Costa dos
Coqueirais, observa-se que não há abrangência ou incidência destas na prática do turismo
local.
Com efeito, a influência das políticas públicas para o turismo nos municípios do Polo Costa
dos Coqueirais, devem atuar para promover o turismo, beneficiando a comunidade local, e,
norteando o rumo da atividade turística, buscando atingir os objetivos dos programas e dos
projetos de forma integrada.

6.2.1. O Planejamento do Turismo


O planejamento turístico tem a função de assegurar a competitividade e sustentabilidade
dos destinos turísticos. É um processo que analisa a atividade turística, diagnosticando o
seu desenvolvimento e fixando um modelo de atuação para impulsionar ou integrar o
turismo por meio de planos e programas.
Desta forma age como uma ferramenta estruturante da política de desenvolvimento
sustentável, ocupando um lugar decisivo no processo de concepção e implementação de
estratégias de desenvolvimento. Neste sentido vale ressaltar os planos e programas
voltados para este fim.

A. Plano Nacional de Turismo

Lançado em 2003 pelo Ministério do Turismo, o Plano Nacional de Turismo tem como
pressupostos: (i) parceria e gestão descentralizada; (ii) distribuição de renda por meio da
regionalização, interiorização e segmentação da atividade turística; (iii) diversificação dos
mercados, produtos e destinos turísticos; (iv) inovação dos arranjos produtivos; (v) visão
estratégica por meio de planejamento integrado; (vi) incremento do turismo interno; e (vii)
desenvolvimento do turismo sustentável. As ações do PNT relacionam-se diretamente ao
desenvolvimento e inclusão social.

202
O Plano Nacional 2011/2014 destaca como prioridades a preparação para a Copa do Mundo
de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, a criação de oportunidades de trabalho e de
geração de renda, com foco nos beneficiados pelos programas sociais do governo federal, o
aumento da entrada de divisas internacionais por meio do turismo, a ampliação do número
de brasileiros em viagens nacionais e o aumento da competitividade dos destinos turísticos.
Cada um dos cinco itens é detalhado por um projeto específico, prevendo o
acompanhamento do alcance das metas traçadas.
Elaborado em sintonia com o Plano Plurianual 2012/2015 do governo federal, o PNT tem
com premissas: ampliar o diálogo com a sociedade, reduzir desigualdades regionais,
promover a sustentabilidade, incentivar a inovação e promover a regionalização do turismo.

B. Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil

O Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil tem como estratégia de


organização do turismo a concepção de produtos, de roteiros e destinos específicos de cada
região. A oferta turística possui significado e identidade através da qualidade e originalidade
da produção artesanal, gerando valor ao produto turístico. As diretrizes do Programa
incorporam o conceito de Arranjo Produtivo Local – APL, referindo-se à promoção e ao
apoio à comercialização, ao desenvolvimento das relações de mercado e à interação entre
os atores da cadeia produtiva do turismo.
Guiado pelas orientações contidas no Plano Nacional do Turismo, o Programa promove um
planejamento integrado através da cooperação e parceria de agentes públicos e privados,
nos âmbitos federal, estadual e municipal para a promoção da diversificação da oferta
turística, a estruturação dos destinos turísticos, a qualificação profissional e a maximização
da competitividade do produto turístico no mercado internacional, com foco na
sustentabilidade, na preservação e conservação dos recursos naturais e histórico-culturais,
bem como na inclusão social e revitalização das tradições e dos costumes de cada
localidade.
Os Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo visam a estruturação da atividade
turística de forma sustentável em áreas prioritárias selecionadas pelos estados. O modelo
de financiamento das ações dos Programas contam com três fontes distintas de recursos:
 Financiamento internacional, obtido junto ao BID,
 Recursos de contrapartida federal, Ministério do Turismo e
 Contrapartida estadual.
Neste contexto, a regionalização pressupõe uma ampla convergência de interesses em uma
rede de relações com foco no mercado e intensa integração econômica-social produzindo
uma interação dinâmica entre diferentes setores para o desenvolvimento sustentável do
turismo.

C. Prodetur Nacional – Programa de Desenvolvimento do Turismo

O Programa de Desenvolvimento do Turismo possui abrangência nacional, sendo que os


estados e municípios, com mais de um milhão de habitantes, poderão solicitar recursos
diretamente ao BID de acordo com suas capacidades de endividamento e critérios do MTur
e do BID.
É estruturado de forma a agilizar o acesso às linhas de crédito e aos recursos financeiros,
sem o comprometimento prévio de recursos e nem a necessidade de um agente financeiro.

203
Os Estados e municípios podem se comprometer com mais de um financiamento junto à
linha de crédito, além de contarem com o apoio técnico do Ministério do Turismo na
elaboração das propostas e com o apoio financeiro na alocação de contrapartida federal ao
programa.
O Prodetur tem como objetivos específicos:
 estruturar os destinos e dar qualidade ao produto turístico brasileiro;
 aumentar a competitividade do produto turístico nacional;
 melhorar a qualidade de vida da população residente nos destinos turísticos;
 promover o desenvolvimento econômico e social local de forma sustentável;
 apoiar a recuperação e adequar a infraestrutura dos equipamentos nos destinos
turísticos.
O Programa prevê seus investimentos organizados em cinco componentes: estratégia de
produto turístico; estratégia de comercialização; informação, distribuição e promoção;
fortalecimento institucional; infraestrutura e serviços básicos; gestão ambiental.
As ações a serem desenvolvidas são selecionadas a partir do Plano de Desenvolvimento
Integrado do Turismo Sustentável – PDITS, que possui referência norteadora para o
desenvolvimento do turismo.

6.3. Legislação Urbanística, Ambiental e Turística.


Os instrumentos legais de âmbito federal e estadual que sustentam a Gestão do Turismo
encontram-se relacionados no Quadro 22:. Importa ressaltar que tais instrumentos são
importantes na medida em subsidiam o ordenamento, a promoção e o uso equilibrado dos
espaços turísticos, de forma a garantir o turismo sustentável.
Quadro 22: Instrumentos Legais e de Gestão dos Municípios do Polo dos Coqueirais

Legislação Federal
 Lei n.º 11.771, de 17 de setembro de 2008: dispõe sobre a Política Nacional de
Turismo, define as atribuições do governo federal no planejamento,
desenvolvimento e estímulo ao setor turístico, institui o Sistema Nacional de
Turismo – SNT;
 Lei 8.623/93: valida o exercício da profissão de Guia de Turismo;
 Deliberação Normativa 416/00 – EMBRATUR: regulamenta o Cadastro das empresas
turísticas;
 Deliberação Normativa 161/85 – EMBRATUR: Dispõe sobre o regulamento comercial entre
as Agências de Turismo e seus usuários para operação de viagens e excursões turísticas;
 Deliberação Normativa 246/88: disciplina o registro e classificação de empresas de
transporte turístico;
 Decreto 84.934: Agências de Turismo;
 Decreto 84.910/80: Regulamentação dos Meios de Hospedagem;
 Decreto 87.348/82: Regulamentação do Transporte Turístico;
 Decreto 136/84: Serviços de Agências de Turismo;
 Decreto 89.707/84: Organização de congressos, convenções, seminários ou
eventos congêneres;
 Decreto 5.406/05: Regulamentação do cadastro obrigatório para fins de fiscalização
das sociedades empresariais, das sociedades simples e dos empresários
individuais que prestam serviços turísticos remunerados.

204
Estadual
 Lei n.º 7.116 de 25 de março de 2011, que dispõe sobre a criação da Setur.
 Lei Ordinária n.º 4.912 de 22 de agosto de 2003, que cria a Unidade Executora
Estadual do Prodetur SE.
 Emsetur, criada em 12 de maior de 1972.

A. Instrumentos de Planejamento e Gestão Municipal

Políticas Municipais de Turismo


Os organismos municipais de turismo e as empresas que forma o trade turístico local, são a
base indispensável para o fomento do turismo. É no município que o consumidor entra em
contato com o produto turístico e realiza o ato de consumo. A preparação e mobilização da
comunidade para o desenvolvimento do turismo leva ao seu envolvimento e à sua
responsabilização diante da oportunidade de desenvolvimento socioeconômico que o setor
proporciona.
Convém destacar que uma das metas das políticas do MTur consiste na descentralização,
ou seja, traz aos municípios responsabilidades maiores no desenvolvimento turístico.
Porém, o auxílio e participação das instâncias federais, estaduais e dos demais atores
sociais envolvidos no processo, como o setor privado e terceiro setor continua sendo
fundamental para o desenvolvimento turístico.
Em âmbito local são vários instrumentos que podem ser criados para a concretização de
objetivos e ações do turismo. Dentre eles, merece destaque o Plano Diretor e a Lei Orgânica
do Município, que objetivam ordenar o território e estabelecer as bases para garantir o
desenvolvimento socioeconômico e a qualidade de vida de seus habitantes.
O Plano Diretor Municipal regula o uso do espaço urbano e rural, de forma a melhorar a
qualidade de vida da população em geral. Para o desenvolvimento do turismo, merece
destaque:
 O planejamento das ações da administração pública;
 O enfrentamento de problemas provocados pelo crescimento econômico;
 A análise das dimensões do desenvolvimento político, social, econômico, espacial,
administrativo e financeiro;
 A garantia de bem estar da população local; e
 A distribuição equitativa dos bens e serviços urbanos, propiciando a ocupação
ecologicamente equilibrada do território municipal.
A Lei Orgânica do Município que rege sua política geral e sua administração. Trata dos
seguintes temas: alimentação, educação, saúde, lazer e esportes, segurança, cultura,
ambiente ecologicamente equilibrado, transporte coletivo, assistência social, habitação e
saneamento básico.
Outros instrumentos legais também são próprios dos municípios, dentre eles: Planos de
Governo, Plano Plurianual de Investimentos, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Plano
Estratégico, Lei do Perímetro Urbano, Lei do Parcelamento do Solo, Lei de Zoneamento ou
equivalente, Código de Obras e Código de Posturas e outros, que embasam a gestão
pública e permitem a regulação, o monitoramento e a fiscalização das funções municipais.
A seguir encontram-se discriminados os instrumentos legais e de gestão existentes nos
municípios do Polo Costa dos Coqueirais:

205
Quadro 23: Instrumentos Legais e de Gestão dos Municípios do Polo dos Coqueirais

São Cristóvão
Brejo Grande

Santo Amaro
Santa Luzia
Senhora do
Laranjeiras

das Brotas
Itaporanga
Coqueiros
Barra dos

Indiaroba

Pacatuba

do Itanhy
Estância

Pirambu
Socorro
Aracaju

D’ajuda
Legislação/

Nossa
Instrumentos de
Gestão

Plano Diretor ■ ■ ■ ■ ■* ■ ■ ■ ■ ■ ■* ■ ■
Lei Orgânica ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Plano de Governo ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Plano Plurianual
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
de Investimentos
Lei de Diretrizes
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Orçamentárias
Plano Estratégico ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Lei do Perímetro
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Urbano
Lei do
Parcelamento do ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Solo
Lei Zoneamento
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
ou equivalente.
Legisl. Área
Interesse ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Especial/ Social
Código de Obras ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Código de
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Posturas
Órgão Setorial de Gestão/Fiscalização do Turismo e do Meio Ambiente
Secretaria de
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Turismo
Secretaria de
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Meio Ambiente
Fiscalização
Monitoramento. ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Ambiental
LEGENDA: ■ SIM ■ NÃO
* Plano Diretor ainda não aprovado pela Câmara de Vereadores
Fonte: Prefeituras Municipais e Ministério das Cidades, 2011.

Os agentes municipais possuem papel central na implementação dos Planos Diretores e,


por isso, é importante observar a capacidade institucional instalada nos municípios no
momento em que a qualidade e a oferta dos serviços urbanos estão diretamente
relacionadas à existência de órgãos capazes de planejar e de executar programas públicos.
A integração entre as instâncias governamentais é outra condição essencial para promover
as políticas de desenvolvimento territorial de forma adequada.
O município de Aracaju se destaca por dispor de legislação e instrumentos de gestão
adequados, bem como Itaporanga D’Ajuda que também se encontra em situação satisfatória
em relação aos outros municípios do Polo Costa dos Coqueirais.

206
Através das visitas realizadas em campo constatou-se que, apesar dos municípios
afirmarem dispor de legislação e instrumentos para a gestão do turismo, a eficácia destes
para o planejamento é nula, indicando a necessidade de um trabalho de melhoria e de
reestruturação dos órgãos para uma adequada capacidade de gestão e de fiscalização.
A elaboração do Plano Diretor Municipal Participativo constitui um documento relevante no
sentido de construir a base legal necessária. Embora alguns municípios informem a
disposição desse documento, na realidade muitos carecem de revisão, a exemplo de
Aracaju – em processo de revisão desde 2005. Os Planos Diretores de Indiaroba e de Santa
Luzia do Itanhy, apesar de elaborados, não estão aprovados. Tendo sido elaborados há já
alguns anos, deverão passar por processo de revisão antes do encaminhamento à câmara
de Vereadores para transformação em Lei municipal.
Brejo Grande e Pirambu, por sua vez, não dispõe de Planos Diretores elaborados, o que
causa preocupação, principalmente pela eminente implantação da SE 100 Norte, que com
certeza atrairá o desenvolvimento não só das atividades turísticas mas também a ocupação
do território por empreendimentos imobiliários. Tratando-se de áreas de grande fragilidade
ambiental, é imprescindível o desenvolvimento dos Planos Diretores no curto prazo.
Tem ainda destaque a necessidade de revisão do Plano Diretor de Barra dos Coqueiros,
frente ao grande impacto ocorrido a partir da implantação da Ponte Construtor João Alves. É
destaque, no município de Barra dos Coqueiros, a área da ponta sul do litoral municipal, em
frente à cidade de Aracaju, que poderia ser preservada para futuro desenvolvimento
turístico.
Para a gestão do uso e ocupação do solo urbano há uma base legal que estabelece
diretrizes para a intervenção no espaço urbano para a promoção da qualidade de vida na
cidade. Assim, a Lei do Parcelamento do Solo, Lei Zoneamento, Legislação voltada para
Área Interesse Especial/ Social, Código de Obras e Código de Posturas, tem por objeto
ações relacionadas à construção do espaço urbano visando ao bem comum e à harmonia
social. No Polo Costa dos Coqueirais a maioria dos municípios não dispõe desses
instrumentos para a gestão do solo, conforme aponta o Quadro 23:, anteriormente
apresentado.
A gestão municipal do turismo, no âmbito da administração pública local, está a cargo das
Secretarias de Turismo. Todos os municípios do Polo possuem Secretarias de Turismo, o
que facilita a atuação destas para a promoção do turismo, porém o impacto sobre esta
atividade ainda é pouco expressivo.
Quanto à capacidade ambiental nos municípios observa-se que Indiaroba e Itaporanga
D’Ajuda não possuem órgãos voltados para a gestão. Porém, há precariedade no controle e
monitoramento ambiental na maioria dos municípios, o que incide diretamente no
gerenciamento sustentável da atividade turística no Polo.
Diante do quadro apresentado, afere-se que a legislação ambiental, turística e urbanística
ainda é incipiente na maioria dos municípios do Polo. Assim, há a necessidade de se criar
instrumentos legais para incentivar, regular e fiscalizar o turismo e o meio ambiente de
forma sustentável tanto para os municípios, quanto para o Polo. Além disso, os municípios
devem adotar outros mecanismos específicos para a realidade de cada um.
Importa acrescentar que a criação de Conselhos Municipais de Turismo e de Meio Ambiente
são estratégias para a promoção do turismo sustentável e mecanismo de ressonância do
modelo de gestão participativa. O Conselho do Polo Costa dos Coqueirais encontra-se
atualmente desativado e, o que se observa, é que seu funcionamento está atrelado à
perspectiva de investimentos externos.
Outro fato relevante para o desenvolvimento do turismo refere-se à articulação e integração
institucional contínua no intuito de otimizar a busca de recursos, financeiros e humanos, que
viabilizem o desenvolvimento pretendido. Na análise do panorama institucional do Polo

207
Costa dos Coqueirais constata-se a ausência da prática continuada do trabalho conjunto
entre os municípios e a centralização das atividades no governo estadual.
O desenvolvimento do PDITS aparece nesse contexto como uma oportunidade de abertura
à ações que fomentem a economia do turismo e sua organização no Polo, como forma de
suprir em certos níveis a falta dos instrumentos de gestão municipal, agregar melhorias à
qualidade de vida da população e de iniciar, na maioria dos municípios, a instalação de uma
cultura de planejamento que deve se refletir em outras esferas da gestão municipal..

6.4. Quadro de Incentivos para o Investimento Turístico


Incentivos Federais
A. Linhas de crédito para o turismo

A maioria das linhas de crédito no Estado de Sergipe está voltada para o setor industrial e
não para o desenvolvimento do turismo. No entanto, existem alguns programas de crédito,
financiados pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (1988), para o
turismo. Esse fundo é um instrumento da política pública federal, operado pelo BNB que
objetiva contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região por meio de
programas de financiamento aos setores produtivos, em consonância com o plano regional
de desenvolvimento possibilitando, assim, a redução da pobreza e das desigualdades -
BNB, 2010.
O BNB disponibiliza algumas linhas de crédito voltadas para investimentos no setor turístico,
por meio do Programa de Apoio ao Turismo Regional – PROATUR, único destinado
especialmente ao setor turístico.
Os programas de crédito do BNB destacam-se pela oferta de bônus de adimplência sobre
os juros cobrados, sendo que este bônus varia conforma a área do investimento. Segue
uma descrição dos programas de crédito do BNB e suas principais características. O
Programa Nordeste Competitivo também aparece no cenário de linhas de crédito para o
fomento a empreendimentos do setor turístico
 PROATUR
Objetiva a implantação, ampliação, modernização e reforma de empreendimentos do
setor turístico para Investimentos e capital de giro associado, observadas as exceções
normativas internas previstas, quanto a determinados itens e atividades excluídos de
serem financiados por esse programa, a exemplo de aquisição de terrenos,
transferências de edificações (exceto no caso de hospedagens já construídas ou em
construção desde que atendidas as condições estabelecidas pela linha de crédito), flats,
dentre outros.
Beneficiários: Pessoas jurídicas, inclusive empresárias registrados na junta comercial,
cadastrados pelo Ministério do Turismo, cujo objetivo econômico principal seja a
atividade turística, de médio e grande porte.
 Programa de Financiamento às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
(FNE-MPE)
Financia a construção e ampliação de benfeitorias e instalações, aquisição de
máquinas, equipamentos, veículos e capital de giro associado ao investimento fixo para
a modernização de empreendimentos de microempresas e empresas de pequeno porte
dos setores industrial (inclusive mineração), agroindustrial, turismo, comercial e de
prestação de serviços, inclusive empreendimentos culturais.

208
Beneficiários: microempresas e empresas de pequeno porte dos setores industrial,
agroindustrial, turismo, cultura e comercial e serviços.
 Programa Nordeste Competitivo (PNC) - BNDES Automático e FINEM
Financia a implantação, ampliação, localização e modernização de empreendimentos
econômicos nos setores rural, industrial, agroindustrial, comercial, de turismo e de
prestação de serviços.
Beneficiários: pessoas físicas que sejam produtores rurais, empresários individuais
registrados na junta comercial, pessoas jurídicas privadas brasileiras de controle
nacional e pessoas jurídicas privadas brasileiras de controle estrangeiro, observadas
ainda as restrições normativas do programa para o caso de empresas cujo controle seja
de estrangeiro.
As linhas de crédito para o turismo estabelecidas por meio de parceria entre o Ministério
do Trabalho e Emprego, Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador -
CODEFAT, Banco do Brasil e o Ministério do Turismo, são as listadas a seguir:
 Microcrédito - empreendedor popular
Recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, objetivando sua
integração ao setor produtivo formal da economia.
Beneficiários: disponível às pessoas físicas atuantes, exclusivamente, no setor
informal.
 BNDES – Programa de Turismo
O programa de Turismo é uma parceria entre o BNDES e o Ministério do
Turismo e, tem por objetivo apoiar empreendimentos do setor do Turismo nas
localidades que apresentem potencial para esta atividade, contribuindo para o
desenvolvimento e competitividade do setor no país.
Beneficiários: empresas de qualquer porte, nacionais ou estrangeiras.

B. Parceria entre a Caixa Econômica Federal e o Ministério do Turismo -


Programa CAIXA TURISMO - Capital de Giro

Empréstimo destinado a antecipar o fluxo de caixa da empresa, mediante o desconto de


títulos para sua emissão, ou cheques pré-datados de terceiros, entregues para cobrança na
CAIXA, ou cheques eletrônicos pré-datados provenientes de convênio com a TECBAN –
Tecnologia Bancária SA e creditados na CAIXA.
Beneficiários: empresas com faturamento anual ilimitado, porém com foco de atuação para
empresas com faturamento anual de até R$ 5 milhões.
 Giro-CAIXA Instantâneo para o Turismo
Crédito rotativo com Limites Flutuantes, em uma mesma conta-corrente, para
antecipação dos recebíveis (cheques pré-datados, cheques eletrônicos pré-datados,
duplicatas de venda mercantil, duplicatas de prestação de serviços e aplicações
financeiras), cuja prioridade de utilização será da menor para a maior taxa de juros
dentre as modalidades que contiverem estoque de recebíveis.
Beneficiários: empresas com faturamento anual de até R$ 35 milhões.

209
C. Parceria entre o Ministério da Integração Nacional e o Ministério do
Turismo

 Fundos Constitucionais de Financiamento


O Governo Federal criou em 1989 os Fundos Constitucionais de Financiamento do
Centro Oeste (FCO), do Nordeste (FNE) e do Norte (FNO), com o objetivo de contribuir
para o desenvolvimento econômico e social dessas Regiões.
Beneficiários: Microempresa Empresa de pequeno, médio e grande porte.

D. Parceria entre o Ministério do Trabalho e Emprego, CODEFAT, Banco


do Brasil e o Ministério do Turismo

 PROGER- Turismo – Investimento


Financiamento de projetos de investimento e capital de giro associado, voltado para
implantação, ampliação e modernização de empreendimentos no setor turístico
brasileiro.
Beneficiários: empresas da cadeia produtiva do setor de Turismo com faturamento bruto
anual de até R$ 5 milhões e cadastradas no MTur.
 PROGER- Turismo – Capital de Giro
Antecipação de créditos de vendas realizadas com cartão de crédito ou desconto de
cheques pré-datados.
Beneficiários: empresas da cadeia produtiva do setor de Turismo, e cadastradas no
MTur.

E. Parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário, Banco do


Brasil e o Ministério do Turismo.

 PRONAF – Turismo Rural


O Programa tem por objetivo apoiar o desenvolvimento de projetos turísticos em
propriedades familiares, tais como pousadas, restaurantes, locais de “pesque e pague”
e cafés coloniais.
Beneficiários: produtores rurais enquadrados no PRONAF Grupos “C” e “D” (*), que
possuam renda bruta anual acima de R$ 2 mil e até R$ 40 mil, sendo, no mínimo, 80%
proveniente da atividade agropecuária e não agropecuária, assim considerados os
serviços e atividades relacionados ao turismo rural, produção artesanal, agronegócio
familiar e com a prestação de serviços no meio rural; possua ou explore área de terra
até 6 módulos fiscais, quando a atividade preponderante for a bovinocultura ou a
ovinocaprinocultura; tenham o trabalho familiar como predominante.

 PRONAF Agregar
O Programa visa apoiar projetos de investimento que contribuam para a agregação de
renda à propriedade rural familiar, tais como a exploração do turismo rural, o
desenvolvimento de produtos artesanais, bem como o beneficiamento, o
processamento e a comercialização da produção agropecuária.

210
Beneficiários: produtores rurais enquadrados no PRONAF Grupos “B”, “C” e “D” (*), que
possuam renda bruta anual de até R$ 40 mil, sendo, no mínimo, 80% proveniente da
atividade agropecuária e não agropecuária, assim considerados os serviços e
atividades relacionados ao turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e
com a prestação de serviços no meio rural; possua ou explore área de terra até 6
módulos fiscais, quando a atividade preponderante for a bovinocultura ou a
ovinocaprinocultura; tenham o trabalho familiar como predominante.

Incentivos Estaduais e Municipais


Na região do Polo Costa dos Coqueirais não foram identificados programas ou ações de
incentivo próprios do estado de Sergipe ou dos municípios envolvidos.
Como destaque da análise do ambiente institucional realizada, ressalta-se que, na esfera
municipal encontram-se municípios enfraquecidos e com capacidade para a gestão do
turismo ainda muito limitada. Esta realidade pode ser comprovada pela a ausência de dados
sistematizados, inexistência ou falta da qualificação profissional para a gestão do turismo,
fragilidade do ambiente de gestão e em relação ao empreendedorismo, envolvimento da
sociedade local ainda incipiente. Este panorama aplica-se sobretudo aos doze municípios
do Polo, excetuando, portanto, Aracaju, onde as condições institucionais apresentam-se
com maior dinamismo e eficácia, ainda que requeiram também atenção em muitos aspectos.
.

211
7. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS
Neste Capítulo busca-se analisar as condições ambientais vigentes no Polo Costa dos
Coqueirais, de forma a identificar as suas características e fragilidades socioambientais mais
relevantes e os principais riscos a considerar no processo de planejamento e ordenamento
da atividade turística, abordando principalmente os aspectos relacionados à qualidade dos
recursos e seus usos potenciais.
Figura 87. Localização do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

7.1. Condições Ambientais


7.1.1. Clima
De acordo com dados das normais climatológicas dos anos de 1961 a 1990 produzidos pela
Estação Climatológica automática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), intitulada
“Aracaju”, o clima na região do Polo é denominado Subúmido, caracterizado por chuvas
concentradas nos meses de abril a julho, somando totais anuais entre 1.400 a 1.600
mm/ano. Vide Figura 88.

212
Figura 88. Índices de Precipitação na região do Polo Costa dos Coqueirais - 2011

Fonte: INMET, 2011

A temperatura média anual encontra-se entre 24ºC e 26ºC, sendo que as menores
temperaturas ocorrem nos meses de julho e agosto - Figura 88. A umidade relativa do ar é
praticamente constante ao longo de todo o ano, variando entre 75 e 85% (INMET, 2011) e a
quantidade de insolação total chega a 2600 horas/ano, sendo que o período com as maiores
taxas estão entre outubro e fevereiro, conforme Figura 89 e Figura 90, a seguir.
Figura 89. Temperatura na região do Polo Costa dos Coqueirais - 2011

Fonte: INMET, 2011

213
Figura 90. Índices de insolação na região do Polo Costa dos Coqueirais - 2011

Fonte: INMET, 2011

Os ventos dominantes da região são de Leste (E), Sudeste (SE) e Leste-Sudeste (ESE),
sendo que estes, além de influenciarem na dinâmica das marés, atuam na conformação das
dunas móveis, principalmente no verão, época em que os ventos são mais fortes e o clima
mais seco.
De acordo com o sítio da SEMARH – SE na internet, o monitoramento da qualidade do ar na
Cidade de Aracaju é efetuado por meio de uma estação de amostragem manual composta
por dois equipamentos que se encontram instalados nas dependências da Companhia de
Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais de Sergipe – CODISE.
A Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar instalada pela Adema é composta pelos
seguintes equipamentos:
 um amostrador de Grande Volume Com Controlador de Vazão (AGV PTS/CVV) –
determinação de partículas totais em suspensão;
 um amostrador de Pequeno Volume (OPSOMS) – determinação da concentração de
SO2 e fumaça no ar.
A instalação desses equipamentos na proximidade da Rótula do Distrito Industrial de
Aracaju – DIA, tem como finalidade a avaliação da qualidade do ar em um dos pontos mais
críticos de emissões de poluentes atmosféricos na capital do Estado, seja proveniente dos
veículos que por ali circulam ou pelas indústrias existentes na região.
Os pontos de controle climáticos relativos ao Polo Costa dos Coqueirais denotam vantagens
para o desenvolvimento de atividades turísticas na região, conforme Quadro 24:, a seguir:
Quadro 24: Uso potencial dos controles climáticos relacionados às atividades turísticas no Polo
Controle Ambiental Pontos Fortes

Precipitação Baixa taxa de precipitação durante a alta temporada de turismo (verão).


Temperatura Temperaturas amenas e agradáveis ao longo de todo o ano.
Insolação Muito sol, especialmente durante a alta temporada de turismo (verão).

Fonte: INMET, 2011

Desta forma, as condições climáticas favorecem as atividades turísticas, uma vez que é
sempre mais agradável a realização de qualquer atividade, mesmo as ligadas a negócios e
eventos, em localidades com clima ameno.

214
7.1.2. Recursos Hídricos
De acordo com dados do IBGE, a área de estudo é drenada por rios perenes e
intermitentes. Entre os principais rios perenes encontrados estão o rio Betume, Cotinguiba,
Fundo, Guararema, Indiaroba, Itamirim, Japaratuba, Pagão, Paripe, Piauí, Piauitinga,
Pitanga, Poxim, Poxim-Açú, Poxim-Mirim, Real, Sergipe, Siriri, Tejupeba e Vaza-Barris -
Figura 91.
Além dos cursos d’água, na região pode ser encontrada grande extensão de áreas
alagadas, formando lagoas perenes e intermitentes, na região denominada de “Pantanal” de
Sergipe - Figura 91, Figura 92 e Figura 93.
Figura 91. Mapa hidrográfico do Polo Costa dos Coqueirais - IBGE – Carta 1:100.000

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

215
Figura 92. Curso d’água em Santo Amaro das Brotas e Rio Cotinguiba

Fonte: Technum Consultoria, 2011.


Figura 93. Lagoa Redonda – Pirambu e Pantanal de Pacatuba

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Toda a rede de drenagem está inserida em seis bacias hidrográficas encontradas na região.
Essas estão ilustradas na Figura 94 e são descritas a seguir.

216
Figura 94. Mapa de bacias hidrográficas do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2011.


 Rio São Francisco: A partir do seu afluente Xingó até a foz, o Rio São Francisco -
Figura 95 - serve de limite entre os estados de Sergipe e Alagoas numa extensão de
aproximadamente 236 km. Sua bacia ocupa 29% da superfície do Estado. Além da
barragem e reservatório do Xingó e do extenso cânion, localizados no Polo Velho
Chico, a foz do Rio São Francisco chama a atenção pela variedade de paisagens
formadas pelo seu delta, que se inicia a jusante da cidade de Penedo - AL e se
alarga em direção à praia, por onde se estende cerca de 35 km em território
sergipano.

217
Figura 95. Rio São Francisco

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Rio Japaratuba: Drena 8,4% da área do Estado. Tem sua nascente próxima a
Gracho Cardoso e percorre 92 km até o Oceano Atlântico - Figura 96, com sua foz
entre os municípios de Pirambu e Barra dos Coqueiros. Cerca de dois terços desta
bacia pertencem ao clima de transição semiárido, com chuvas inferiores a 1.000mm
e períodos secos de até cinco meses, fazendo com que esses aspectos reflitam
diretamente na baixa vazão do rio.
Figura 96. Rio Japaratuba

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Rio Sergipe: Drena cerca de 14,9% do Estado. O Rio Sergipe tem nascente na
Serra da Boa Vista, na divisa com a Bahia. A cidade de Aracaju está localizada na
sua margem direita, justo onde são lançadas suas águas no Atlântico, formando
amplo estuário abraçado por Aracaju e por Barra dos Coqueiros - Figura 97. Os
afluentes Poxim e Pitanga, da margem direita do Rio Sergipe, têm suas águas
represadas e aproveitadas para o abastecimento da cidade de Aracaju.

218
Figura 97. Rio Sergipe em sua foz, na cidade de Aracaju.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Rio Vaza-Barris: Nasce próximo a Canudos, na Bahia, e deságua entre São


Cristóvão e Itaporanga d’Ajuda. Cerca de 70% de seu curso permanece seco durante
a maior parte do ano, pois corta uma das regiões mais áridas do País, com médias
anuais de chuva de 300mm. O Rio Vaza-Barris só é perene em seu baixo curso -
Figura 98.
Figura 98. Rio Vaza-Barris

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Rio Piauí: Drena cerca de 32,5% da área de Sergipe. Nasce na Serra de Palmares,
entre os municípios Simão Dias e Riachão do Dantas, e percorre cerca de 132 km
até a foz - Figura 99. A maioria dos seus afluentes pode ser aproveitada para
captação e abastecimento.

219
Figura 99. Rio Piauí

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Rio Real: nasce na Serra do Tubarão, na Bahia, e serve de limite entre Sergipe e
Bahia. Este rio tem sua foz junto com o Rio Piauí no Estuário do Mangue Seco.
A Tabela 63, a seguir, apresenta as áreas das bacias hidrográficas por município, de acordo
com dados do Anuário Estatístico de Sergipe (1999 e 2002-2003).
Tabela 63. Área terrestre e área das bacias hidrográficas.

Área Área Das Bacias (Km2)


Município Terrestre São Vaza Japara-
(Km2) Piauí Sergipe Real
Francisco Barris Tuba
Aracaju 174,05 - - 78,98 72,12 - -
Barra dos
91,1 - - 87,6 - - -
Coqueiros
Brejo Grande 149,95 131,1 - - - - -
Estância 642,3 - 651,2 - - - -
Indiaroba 313,57 - 94,2 - - 217,7 -
Itaporanga
757,28 - 163,38 10,9 582,82 - -
D'Ajuda
Laranjeiras 162,53 - - 164 - - -
N. Senhora do
157,51 - - 156,1 - - -
Socorro
Pacatuba 363,76 406,2 - - - - -
Pirambu 218,08 - - - - - 199
Santa Luzia do
329,49 - 317,5 - - - -
Itanhy
Santo Amaro
234,65 - - 209,66 - - -
das Brotas
São Cristóvão 437,43 - - 215 244,3 - -
Total do Polo 4.031,75 537,30 1.226,28 922,24 899,24 217,7 199
% Área Bacia/
100 13,43 30,64 23,05 22,47 5,44 4,97
Área Total
Fonte: Anuário Estatístico de Sergipe 1999 e 2002-2003

Como é incipiente a rede de coleta e tratamento de esgoto nos municípios integrantes do


Polo Costa dos Coqueirais, há um comprometimento da qualidade dos recursos hídricos
especialmente pela poluição por efluentes e pela disposição inadequada de lixo, conforme
ilustra a Figura 100, contaminando a drenagem superficial e o lençol freático. Nesse sentido,
é necessária a urgente elaboração de plano de saneamento com a consequente instalação

220
de rede de drenagem e esgoto, com respectivas estações de tratamento, além de adequada
coleta e disposição final de resíduos sólidos11.
Figura 100. Lançamento de esgoto in natura e lixão a céu aberto.

Fonte: Technum Consultoria, 2011

Outro ponto importante no que diz respeito aos recursos hídricos é o assoreamento dos
cursos d’água que, além de impossibilitar a navegação, é responsável pela formação de
ilhas e bancos de areia nos rios e no mar - Figura 101.
Figura 101. Formação de bancos de areia no mar (a) e em rio (b).

Fonte: Technum Consultoria, 2011

A rede de drenagem e a rede hidrográfica pertinentes ao Polo Costa dos Coqueirais


denotam vantagens para o desenvolvimento de atividades turísticas na região, conforme
Quadro 25:, a seguir.
Quadro 25: Uso potencial da rede hidrográfica relacionado às atividades turísticas.
Controle
Pontos Fortes
Ambiental
 A densa rede de drenagem existente na região do Polo possibilita o uso múltiplo das
águas, fazendo com que a região seja mais desenvolvida e bem estruturada, além
da promover a eficácia do abastecimento de água nos atrativos e equipamentos
Rede de turísticos.
drenagem  a existência de grande extensão de estuários e manguezais com grande potencial
para o turismo, além das praias de rios.

Sobre essa questão, o Estado tem promovido esforços para criação de aterros sanitários
11

intermunicipais, dentro de um “Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos”.

221
Controle
Pontos Fortes
Ambiental
A localização estratégica do Polo, inserido em seis bacias hidrográficas diferentes,
possibilita maior quantidade de água disponível, além de minimizar os problemas na
Bacias
qualidade e quantidade de água distribuída para a população e para o turismo, devido à
hidrográficas variabilidade de fontes (bacias)

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

7.1.3. Relevo
O Polo Costa dos Coqueirais é caracterizado por altitudes que variam de zero a
aproximadamente 480 metros em relação ao nível do mar. Essa variação ocorre na direção
leste-oeste, aumentando na medida em que se distancia do litoral em direção ao interior do
continente, como mostra a Figura 102.
Figura 102. Mapa hipsométrico do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

No que diz respeito às feições de relevo encontradas, pode-se observar no mapa


geomorfológico da Figura 103, que as principais são as descritas a seguir.

222
Figura 103. Mapa geomorfológico do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Planície Costeira: estende-se de Norte a Sul da região e é formada por praias e dunas
com altura de até 30 metros – Figura 104.
Figura 104. Planície costeira. Praia em Aracaju (a) e Dunas em Pirambu (b)

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

223
 Tabuleiros Costeiros: após a Planície Costeira, em direção ao interior, os tabuleiros
aparecem formando morros e colinas - Figura 105.
Figura 105. Feições de relevo dos Tabuleiros Costeiros. Laranjeiras (a) e São Cristóvão (b)

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

No que diz respeito aos pontos fortes dos controles hipsométricos e geomorfológicos
relacionados às atividades turísticas, pode-se citar algumas feições de relevo existentes na
região com potencial para exploração turística, como as grutas formadas em substratos
calcários no município de Laranjeiras e a presença de paisagens na estrada de Pirambu
para Brejo Grande, onde a beleza cênica é deslumbrante em função da presença de áreas
alagadas, dunas, morretes etc - Figura 106.
Figura 106. Gruta em Laranjeiras (a) e vista da estrada de Pirambu para Brejo Grande (b).

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O relevo pertinente ao Polo Costa dos Coqueirais denota vantagens para o desenvolvimento
de atividades turísticas na região, conforme Quadro 26:, a seguir.
Quadro 26: Uso potencial do relevo relacionado às atividades turísticas
Controle
Pontos Fortes
Ambiental
As altitudes baixas no litoral, com aumento crescente em direção ao interior do continente,
Hipsometria possibilitam ventos constantes, proporcionando um ambiente agradável. Além disso, a
paisagem torna-se um atrativo para os turistas que têm o objetivo de contemplação.

A existência da Planície Costeira, formada por praias e dunas, permite a exploração desses
Geomorfologia produtos turísticos na região. Já no interior, a presença dos tabuleiros costeiros com serras e
colinas permite que essa parte também seja utilizada para o turismo no Polo.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

224
7.1.4. Solos
Os solos são formados sob influência direta da geomorfologia, geologia e do clima. Nesse
contexto, segundo classificação da EMBRAPA, podem ser encontradas no Polo as classes
pedológicas ilustradas na Figura 107 e descritas a seguir.
Figura 107. Mapa de solos do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A. Neossolos

Estão presentes em todo o litoral Sergipano. São solos ácidos, profundos, de baixa
fertilidade. Drenam com rapidez toda a água que cai e devido à salinização dificultam o uso
agrícola. Os coqueirais adaptam-se muito bem a este tipo de solo.
Os neossolos são considerados de baixa aptidão agrícola e o uso contínuo pode levá-los
rapidamente à degradação. Práticas de manejo que mantenham ou aumentem os teores de
matéria orgânica podem reduzir esse problema.
Por serem muito arenosos, com baixa capacidade de agregação de partículas, condicionada
pelos baixos teores de argila e de matéria orgânica, esses solos são muito suscetíveis à
erosão.

225
Tendo em vista a grande quantidade de areia sobretudo naqueles em que a areia grossa
predomina sobre a fina, há séria limitação quanto à capacidade de armazenamento de água
disponível (solos bem drenados).

B. Argissolos

Compreende solos constituídos por material mineral e ocorrem em relevos suave ondulado
e ondulado. A exposição desse solo, pela retirada da cobertura vegetal, deve ser criteriosa a
fim de evitar uma intensificação descontrolada da erosão.
No que se refere ao potencial agrícola, o argissolo pode ser utilizado para lavoura, mas de
forma restrita, sendo que a maior limitação é a baixa fertilidade e a suscetibilidade à erosão,
relacionada à mudança textural. Quando sob relevo mais íngreme o problema se agrava.
São particularmente indicados para situações em que não é possível grande aplicação de
capital para o melhoramento e a conservação do solo e das lavouras, o que é mais comum
em áreas de agricultura familiar.
Problemas sérios de erosão são verificados, sendo tanto maior o problema quanto maior for
a declividade do terreno.

C. Gleissolos

Ocorre em relevo plano de várzea. São solos constituídos por material mineral. O solo
possui baixo teor de fósforo natural.
Apresentam sérias limitações ao uso agrícola, principalmente, em relação à deficiência de
oxigênio (pelo excesso de água), à baixa fertilidade e ao impedimento à mecanização. Essa
dificuldade é aumentada se o risco de inundação for frequente.
Por estarem em locais úmidos, conservadores de água, não se recomenda sua utilização
para atividades agrícolas, principalmente, nas áreas que ainda estão intactas e nas
nascentes dos cursos d água. O ambiente onde se encontram os gleissolos é muito
importante do ponto de vista conservação do recurso água.
A drenagem dessas áreas pode comprometer o reservatório hídrico da região,
particularmente, nas áreas onde se utiliza irrigação de superfície. A manutenção das
várzeas é de suma importância para a perenização dos cursos d´água.
É interessante que os ambientes onde se encontram esses solos devem ser mantidos com o
mínimo de interferência antrópica, uma vez que neles se concentram as reservas hídricas.

D. Latossolos

Ocorrem normalmente em relevo plano (declives de 0 a 3%) e suave ondulado (declives 3%


a 8%) e, com menos frequência, em relevo ondulado (declives entre 8% a 20%). São
profundos a muito profundos, com boa drenagem, mas com limitações referentes à
permeabilidade e infiltração lenta. São solos minerais e não hidromórficos.
Apresentam importante limitação para uso agronômico, decorrente da baixíssima fertilidade
natural, representada por reação muito ácida, comumente alta saturação por alumínio e
valores muito baixos de soma e saturação de bases. Além disso, muitas vezes apresentam
deficiência de micronutrientes. Contudo, com aplicações adequadas de corretivos e

226
fertilizantes, aliadas à época propícia de plantio de cultivares adaptadas, obtêm-se boas
produções.
Os latossolos apresentam amplo potencial para agricultura de sequeiro, pois mesmo com
baixa fertilidade natural, ocorre em relevo suave ondulado que permite uma fácil
mecanização e por isso são muito utilizados, após fertilização artificial.
Embora os latossolos possuam boas propriedade físicas, o manejo destes deve ser
cuidadoso para evitar a sua degradação, devido principalmente ao decréscimo do nível de
matéria orgânica e alteração da distribuição de poros (compactação), acarretando maior
susceptibilidade à erosão.

E. Predisposição à Erosão dos Solos

Os solos não são estáticos, pelo contrário, encontram-se em estado de contínuas


modificações. As enxurradas causadas pelas chuvas, os rios e os ventos desgastam a
superfície da Terra, transportando lentamente as partículas do solo. No estado natural do
solo, a vegetação cobre-o como um manto protetor, o que faz com que sua remoção seja
muito lenta e, portanto, compensada pelos contínuos processos de formação do solo. No
entanto, quando o homem se põe a cultivar a terra para o seu sustento, este equilíbrio
benéfico pode ser rompido. Para cultivar o solo é necessário destruir sua cobertura vegetal e
arar a camada superficial. Estas operações, quando efetuadas sem o devido cuidado
apressam grandemente a remoção dos horizontes superficiais, promovendo a erosão
acelerada.

Vale salientar que os solos existentes na região do Polo Costa dos Coqueirais devem ser
devidamente manejados para que maiores problemas causados por erosão (voçorocas,
erosão regressiva etc) não ocorram na área, especialmente os Neossolos e os Argissolos.
Na região do Polo deve-se atentar para a fragilidade dos solos arenosos, que possuem
grande susceptibilidade à erosão. Atualmente podem ser observados diversos pontos onde
os processos erosivos estão desenvolvidos, como nos municípios de Estância, Santo Amaro
das Brotas e Itaporanga D’Ajuda - Figura 108.
Figura 108. Processos erosivos nos municípios de Estância e Santo Amaro das Brotas

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O solo pertinente ao Polo Costa dos Coqueirais denota vantagens para o desenvolvimento
de atividades turísticas na região, conforme Quadro 27:, a seguir.
Quadro 27: Uso potencial das características dos solos relacionados às atividades turísticas

227
Classe de Solo Pontos Fortes

A maior parte de área é composta por esse tipo de solo que permite a ocupação e o
Argissolos
uso com algumas restrições relacionadas à erosão

A planície litorânea é praticamente inteira formada por Neossolos, o que permitiu a


presença de dunas e praias. Esses solos devem ser bem manejados e quanto mais
Neossolos
unidades de conservação criadas para a proteção dessas áreas, maior a
possibilidade de manutenção das características ambientais que atraem o turismo

As pequenas manchas de latossolos estão localizadas no limite extremo oeste da


Latossolos
região e não são significativas

Os Gleissolos estão localizados nas áreas de várzea e mangues da região e devem


ser preservados proporcionando qualidade dos recursos hídricos, permitindo a
Gleissolso
visitação turística das áreas, além de proporcionarem a exploração sustentável do
caranguejo para fins de culinária tradicional sergipana.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

F. Cobertura e Uso do Solo

Em função da configuração do relevo, solos, clima e hidrografia, os principais usos do


solo/atividades econômicas encontrados na região são a pecuária, extração mineral (areia e
argila), carcinicultura e piscicultura, pesca e pequenas lavouras de arroz e de subsistência -
Figura 109.
Figura 109. Exemplo das atividades econômicas/uso do solo presente na região.

Carcinicultura em Barra dos Coqueiros Piscicultura em Pacatuba

(continuação)

228
Extração de areia em Barra dos Coqueiros Plantação de arroz em Pacatuba

Pecuária em Estância Pecuária em Santo Amaro das Brotas

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Como observado, a área de estudo é composta por um mosaico formado por formações
vegetais e usos do solo distintos. A vegetação é caracterizada especialmente pelas
fisionomias litorâneas Restinga, Campos de Dunas e Manguezais, descritos a seguir.
 Campos de Dunas: compostos por vegetação herbácea, uma vez que a ação da
brisa marinha impede o desenvolvimento de árvores. São encontrados ao longo do
litoral, onde são identificadas plantas como a salsa-da-praia, feijão-da-praia e o
capim gengibre. Os campos de dunas são expressivos nas áreas próximas à Ponta
dos Mangues, no município de Brejo Grande; na Praia do Saco e Abais, ambas no
município de Estância;
 Restinga: vegetação baixa, arbustiva, xeromorfa e com moitas de espécies
suculentas, muitas vezes separadas por tufos de gramíneas. São encontradas após
os campos de dunas, principalmente na faixa costeira dos municípios de Pirambu e
Pacatuba. Essa vegetação tem árvores de até quinze metros de altura e são comuns
o cajueiro, oitizeiro, pitombeira, angelim e araçazeiro. A mata de restinga muitas
vezes recobre faixas até de doze quilômetros de largura e serve para fixar as dunas
móveis;

229
Figura 110. Vegetação de dunas e restinga em Pirambu.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Manguezais: são as formações mais atingidas nos últimos anos. A madeira retirada
é utilizada para a fabricação de carvão, construções civis, combustíveis para
indústrias, panificadoras e restaurantes. Os manguezais vêm sendo aterrados para
dar lugar à instalação de conjuntos habitacionais, rodovias e, principalmente, para a
ampliação do espaço urbano. Essa é uma fitofisionomia bastante representativa no
estado de Sergipe, especialmente nos estuários dos rios Piauí, Real e Rio Vaza-
Barris - Figura 111.
Figura 111. Manguezal.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Estão presentes, ainda, fragmentos de Mata Atlântica, e áreas alagadas - Figura 112.
Figura 112. Mata Atlântica em Pirambu (a) e área alagada em Pacatuba (b).

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

230
É importante ressaltar que as fitofisionomias encontradas na região são todas protegidas por
leis federais e outros instrumentos, como:
 Constituição Federal de 1988, artigo 225.
 Lei Federal nº 9.605/98, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
 Código Florestal – Lei nº 4.771/1965.
 Lei Federal Nº 7.661/98, que institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro.
 Resolução CONAMA nº 04/1985.
 Decreto Federal nº 750/93, que dispõe sobre o corte, a exploração, a supressão de
vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata
Atlântica
A Figura 113 a seguir mostra os principais usos do solo encontrados no Polo Costa dos
Coqueirais e indica a área das principais fitofisionomias.
Figura 113. Mapa de uso do solo do Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A vegetação pertinente ao Polo Costa dos Coqueirais denota vantagens para o


desenvolvimento de atividades turísticas na região, conforme Quadro 28:, a seguir.

231
Quadro 28: Uso potencial da vegetação relacionado às atividades turísticas
Controle Ambiental Pontos Fortes

Vegetação Litorânea As fisionomias litorâneas são recursos turísticos importantes e significativos, uma vez
(mangues, restingas e que têm grande potencial para atividades de ecoturismo (como os mangues), além
campos de dunas) de serem essenciais para a manutenção das dunas, paisagem com potencial de
atrativo.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

7.2. Vulnerabilidade Ambiental do Polo Costa dos Coqueirais em Relação ao


Desenvolvimento do Turismo
No que diz respeito à relação entre as fragilidades ambientais e o desenvolvimento das
atividades turísticas, algumas observações são feitas e apresentadas no Quadro 29:, a
seguir.
Quadro 29: Riscos ambientais em relação às atividades turísticas
Controle Ambiental Riscos em Relação às Atividades Turísticas

As atividades turísticas, que são atividades localizadas, não afetam diretamente os


Clima
aspectos climáticos (que são fenômenos regionais).

Possibilidade de aumento significativo no volume de esgoto in natura lançado nos


cursos d’água devido ao aumento do número de turistas (tanto em casas de
veraneio e hotéis, como nos atrativos turísticos).
Recursos Hídricos
Possibilidade de problemas com abastecimento de água caso o número de
usuários aumente consideravelmente e ultrapasse a capacidade de carga do
sistema.

As atividades turísticas, quando mal planejadas, podem causar prejuízos


Relevo ambientais em paisagens frágeis, como, por exemplo, com a invasão de dunas e
praias para a construção de condomínios de casas de veraneio.

Os impactos causados por atividades turísticas podem ser observados


principalmente na abertura de áreas para construção de condomínios de casas de
Solos
veraneio ou pousadas e hotéis, aumentando a área de solo exposto e a
possibilidade de desenvolvimento de processos erosivos.

A cobertura vegetal sofre impactos causados por atividades turísticas


principalmente pela retirada da vegetação nativa para a construção civil (casas de
veraneio, hotéis, pousadas, restaurantes etc), além da exploração descontrolada,
Cobertura vegetal como a abertura de trilhas, a exploração dos mangues, entre outros.
Ressalta-se, ainda, quanto à preservação de vegetação protegida por Lei,
especialmente no que diz respeito à necessidade de intervenção para contenção de
invasão de mangues e áreas alagadas.

A falta de ações de fiscalização no uso e ocupação do solo pode oferecer riscos às


Uso do solo atividades turísticas com a degradação dos recursos naturais e consequente perda
dos valores cênicos

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

É importante frisar que parte do litoral norte do Polo, adjacente às praias, apesar de possuir
grande beleza cênica, é área de extrema fragilidade, fato assumido com a criação da
Reserva Biológica de Santa Izabel. Devido a esse fato, a área deve continuar sem
exploração turística como forma de contenção das ações antrópicas negativas no meio
ambiente.

232
7.3. Identificação e Avaliação dos Impactos no Meio Ambiente que já tenham
sido causados por Atividades Turísticas ou que afetem essas Atividades
A identificação e avaliação dos impactos no meio ambiente que já tenham sido causados
por atividades turísticas abordará os seguintes aspectos:
 identificação e descrição de áreas degradadas, suscetíveis de ocupação ou em
risco de deterioração, contemplando os fatores de degradação;
 fatores que degradam o meio ambiente e que têm potencial de afetar as atividades
turísticas.
Apesar de alguns municípios possuírem problemas específicos relacionados às atividades
turísticas, todos apresentam problemas em comum, principalmente relacionados aos fatores
que degradam o meio ambiente com potencial de afetar as atividades turísticas, como:
 destinação incorreta dos resíduos sólidos;
 queima de lixo a céu aberto;
 invasão e aterro de mangues;
 despejo de esgoto in natura nos cursos d’água;
 supressão da vegetação nativa;
 retirada de madeira dos manguezais;
 ocupações irregulares.
A seguir, são elencados problemas específicos, além dos citados anteriormente, observados
em alguns municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais. Os municípios de
Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda, Santa Luzia do Itanhy, Santo Amaro das Brotas e Nossa
Senhora do Socorro não possuem problemas ambientais específicos, além dos relacionados
acima, com potencial de afetar atividades turísticas.

7.3.1. Problemas Específicos


A. ARACAJU

Em Aracaju os principais problemas ambientais relacionados à atividade turística são a


abertura de novas áreas para construção de casas e condomínios de veraneio, o que
compromete a cobertura vegetal nativa e aumenta a carga de resíduos sólidos e esgoto no
meio ambiente.
Além desses, a falta de conscientização em relação ao lixo gerado na praia faz com que a
orla, especialmente em finais de semana e feriados de sol, tenha acumulado grande
quantidade de resíduos.
Na malha urbana, alguns aspectos que podem comprometer as atividades turísticas
conforme a Figura 114:
 esgoto a céu aberto correndo nos “canais” que cortam a cidade;
 resíduos de construção civil em local inapropriado.

233
Figura 114. Barracas na praia; resíduos de construção na margem do rio Sergipe; invasão de mangue;
queima de lixo a céu aberto.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

B. BARRA DOS COQUEIROS

Em relação à exploração turística, o município de Barra dos Coqueiros tem sofrido com
pressão imobiliária para abertura de novas áreas para construção de condomínio de casas
de veraneio em locais inapropriados, áreas alagadas por exemplo, conforme Figura 115.
Figura 115. Abertura de novas áreas para construção de condomínios de casas de veraneio.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

234
Alguns outros aspectos que podem comprometer as atividades turísticas:
 esgoto a céu aberto correndo nos “canais” que cortam a cidade;
 esgoto lançado in natura diretamente nas praias;
 erosão marinha;
 ocupação indevida da orla marítima;
 presença de animais em área urbana;
 retirada de areia comprometendo a paisagem;
 poluição sonora na Praia.
Em Barra dos Coqueiros tem-se ainda o Terminal Portuário Inácio Barbosa, que é um porto
em offshore, ou seja, em águas profundas. Além da poluição causada pelo óleo dos navios
e demais dejetos, a presença desse porto faz com que exista ocupação antrópica,
principalmente com loteamentos irregulares, acarretando a existência de problemas comuns
a ocupações sem planejamento, como por exemplo, ausência de esgotamento sanitário e
disposição irregular de resíduos sólidos.
Figura 116. Ocupações irregulares nas margens do rio; “canal” com esgoto a céu aberto; Lixo; Animais
em área urbana

Fonte: Technum Consultoria, 2011.


Figura 117. Ocupações irregulares nas margens do rio; “canal” com esgoto a céu aberto; Lixo; Animais
em área urbana

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

235
C. BREJO GRANDE

No que diz respeito à exploração turística, o município de Brejo Grande sofre principalmente
pela falta de infraestrutura em todos os aspectos, como:
 ausência de infraestrutura de saneamento ambiental;
 vias de acesso precárias para povoados;
 abastecimento com água de má qualidade;
 ausência de infraestrutura turística, como porto ou marinha para barcos de turismo.
Na Figura 118 estão ilustrados outros aspectos que podem comprometer as atividades
turísticas.
 erosão marinha com a submersão de áreas - Povoado Cabeço;
 atividades ligadas à aquicultura, rizinicultura e carcinicultura;
 carvoarias.
Figura 118. Erosão marinha (Farol do Cabeço); Ocupação na margem do rio São Francisco

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

D. ESTÂNCIA

No município de Estância existem alguns problemas ambientais relacionados à atividade


turística, especialmente os referentes à invasão de mangues/estuários para construção de
casas de veraneio, contaminação das águas por atividades turísticas (bares e casas),
invasão da orla para construção de casas e hotéis - Figura 119 -, falta de fiscalização de
veículos nas dunas, ocupação irregular das dunas - Figura 120 -, entre outros.

236
Figura 119. Invasão da orla com construções irregulares.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.


Figura 120. Construção de estrada em duna; Tráfego irregular de veículos.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Na Praia do Saco, a presença do estuário dos rios Piauí e Real, a vegetação de mangue e
as dunas compõem um patrimônio natural de grande beleza, no qual os atrativos turísticos
paisagísticos contribuem no avanço do uso e ocupação do território de forma desordenada,
que, associado à falta de medidas restritivas e de uma fiscalização eficiente contribuíram
para a crescente e desordenada ocupação de construção de casas de veraneio (SEMARH –
SE, 2004).
Alguns outros aspectos que podem comprometer as atividades turísticas também são
demonstrados na Figura 121.
 erosão marinha;
 assoreamento no mar (Ilha da Sogra);
 ocupações irregulares em lagoas e áreas alagadas;
 poluição hídrica por esgoto e lixo doméstico e de estabelecimentos de turismo;
 desmonte de dunas;
 tráfego irregular de veículos (nas praias e dunas);
 iluminação artificial em contradição com projeto de preservação das tartarugas
marinhas.

237
Figura 121. Invasão de lagoa para construção de casas de veraneio (a e b); Erosão marinha destruindo
construções de veraneio e bares (c e d); erosão (e); Ilha da Sogra (f).

(a) (b)

(c) (d)

(e) (f)
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

E. LARANJEIRAS

Em Laranjeiras, os principais problemas ambientais que interferem ou podem interferir no


desenvolvimento turístico foram citados anteriormente, mas além daqueles, é importante
citar os problemas com assoreamento dos rios e a presença de grandes empresas de
cimento, fertilizantes e usina de açúcar causam prejuízos ao meio ambiente na região -

238
Figura 122 -. Outra ameaça existente na região é a possibilidade de destruição de grutas
com potencial para exploração turística pelas empresas que extraem calcário.
Figura 122. Rio canalizado na sede municipal (a); Fábrica de cimento (b); rio assoreado (c); Lixo
espalhado (d).

(a) (b)

(c) (d)
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

F. PACATUBA

Em Pacatuba um dos maiores problemas ambientais é a presença de lixão a céu aberto,


atraindo vetores de doenças, contaminando o solo e aquíferos e os cursos d’água - Figura
123.
Figura 123. Lixão e incinerador de lixo hospitalar

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

239
Além desse, existem problemas com a falta de consciência da população sobre a poluição
dos corpos d’água com a presença de animais para dessedentação e carcinicultura.
Figura 124. Lixo, esgoto e águas servidas nas ruas da sede municipal; Dessedentação de animais em
curso d’água

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Existem, também, conflitos resultantes da criação da Reserva Biológica de Santa Izabel no


litoral do município, que impede o aproveitamento da orla para atividades turísticas. Essa é
uma área frágil e de interesse ambiental em função principalmente da presença de desovas
de tartarugas marinhas e deve ser mantida preservada.

G. PIRAMBU

O município de Pirambu abriga a primeira base do Projeto Tamar para proteção da tartaruga
marinha. Em função da presença das tartarugas marinhas que desovam no litoral, alguns
aspectos negativos do turismo podem ser citados, como a presença de veículos na praia,
excesso de iluminação na orla - fato que prejudica a desova das tartarugas - e demanda por
expansão urbana - Figura 125.
Figura 125. Presença de veículos na praia (a); Cercado de incubação na praia(b)

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Um aspecto importante de ser evidenciado é que, devido à presença do Tamar no


município, existe uma atuação mais intensa do IBAMA na região, que influencia na gestão
ambiental do município.
Um dos principais aspectos observados é relacionado à limitação de crescimento da cidade
em função da presença da Reserva Biológica de Santa Izabel, que ocupa extensa faixa do

240
litoral para proteção das áreas de desova das tartarugas marinhas. Além disso, qualquer
expansão é acompanhada de perto pelo IBAMA, que sempre exige infraestrutura prévia etc.
Outro aspecto a ser citado sobre a influência do IBAMA na região é a dificuldade de acesso
às fazendas, que antes era feita pela praia, e a dificuldade de escoamento da produção local
pelos rios, pois antes era uma prática podar as árvores do mangue para passagem dos
barcos, o que agora é fiscalizado mais intensamente.
No que diz respeito ao restante do município, um aspecto importante é a susceptibilidade à
erosão em função do tipo de solo e a extração de areia, que compromete o acesso e a
paisagem - Figura 126.
Figura 126. Extração de areia e processos erosivos no município de Pirambu

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Alguns outros pontos devem ser citados ainda:


 despejo do esgoto de toda a cidade sem tratamento diretamente no mar;
 ocupação irregular (loteamentos clandestinos);
 presença de um atracadouro com capacidade para pequenas e médias
embarcações, que na verdade serve como um entreposto pesqueiro, funcionando
sem mínimas condições de infraestrutura;
 erosão marinha;
 uso e ocupação indiscriminados nas áreas de orla marítima;
 derrame de Caxixe no Rio Japaratuba pelos produtores de cana-de-açúcar.

H. SÃO CRISTÓVÃO

No município de São Cristóvão existe uma grande demanda por novas áreas de ocupação,
principalmente com loteamentos de classe média - Figura 127. Por ser muito próxima à

241
capital do estado e ser uma cidade histórica, atrai esse tipo de público. Mas essas novas
áreas têm como característica o desmatamento, aumento de pressão sobre os recursos
hídricos e sobre os sistemas de saneamento, quando mal planejadas aumentam a
possibilidade de erosão e assoreamento, entre outros aspectos.
Figura 127. Abertura de área para instalação de condomínio em São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Além desse fato, alguns outros problemas podem ser citados, como:
 canalização de cursos d’água;
 lixo espalhado pela cidade;
 carcinicultura.
Figura 128. Lançamento de esgoto in natura; Canalização de curso d’água; Lixo a céu aberto;
Carcinicultura.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

242
No município existem ainda grande número de granjas e fontes de água mineral, que podem
ser comprometidas se houver contaminação dos recursos hídricos superficiais e
subterrâneos.

7.3.2. Necessidade de Reabilitação


A deficiência de ações estratégicas de planejamento e ordenamento territorial contribui para
o surgimento de conflitos e impactos socioambientais.
No quadro a seguir é apresentada a síntese dos principais conflitos, os impactos negativos e
as ações que podem ser efetivadas para minimização dos mesmos. Esses dados são
provenientes, principalmente, de estudo elaborado pela SEMARH – SE, no âmbito do
“Projeto Orla” (2004).
Quadro 30: Síntese dos principais conflitos, impactos negativos e as ações para minimização.
Problemas/Conflitos Impactos/Efeitos Ações
 Campanhas de sensibilização;
 Empobrecimento da paisagem;
 Distribuição de lixeiras ao longo da
Disposição inadequada de  Diminuição da visitação;
faixa de areia;
lixo na praia  Risco de contaminação aos usuários da
 Recolhimento regular dos resíduos
praia;
gerados;
 Contaminação do solo;
Ausência de aterros  Elaboração de Planos de gestão de
 Empobrecimento da paisagem;
sanitários resíduos sólidos;
 Proliferação de insetos e doenças;
 Implantação de coleta de lixo, do
tipo seletiva, gerando renda para a
comunidade;
Ausência de um sistema  Disposição de lixeiras seletivas ao
 Contaminação dos recursos hídricos;
disposição adequada, longo da área de orla;
 Perda do valor cênico da paisagem;
coleta, destinação e  Ações de Educação Ambiental;
 Diminuição da visitação;
tratamento do lixo  Local adequado para disposição
final destes resíduos;
 Realização de obras de
saneamento básico;
 Estabelecimento de Padrões para o
 Diminuição da visitação;
uso de som;
Poluição sonora na Praia  Desconforto entre a população local
 Campanha de sensibilização;
frente aos usuários da orla;
 Fiscalização efetiva;
 Perda de biodiversidade;
 Poluição dos recursos naturais;
 Perda de potencial extrativista e
pesqueiro;
 Redução no rendimento das atividades  Ações de Fiscalização;
Invasão dos manguezais produtivas;  Retirada de moradores de áreas
 Extinção de algumas espécies da fauna irregulares;
local;
 Assoreamento dos canais de maré;
 Perda da beleza cênica da paisagem;
 Diminuição do potencial turístico;
 Regularização das ocupações
existentes;
 Degradação ambiental;
 Fiscalização e autuação de novas
 Uso e ocupação desordenados em área
invasões;
de orla;
 Ações de recuperação das áreas
 Contaminação do lençol freático;
mais atingidas com a ocupação
Ocupações irregulares  Risco de deficiência no abastecimento
irregular;
 Pressão imobiliária;
 Construção de rede de esgoto;
 Desordenamento urbano;
 Fiscalização e exigência do
 Clandestinidade no fornecimento de cumprimento das normas para
água e energia elétrica; perfuração de poços;
 Fiscalização quanto ao

243
Problemas/Conflitos Impactos/Efeitos Ações
licenciamento ambiental para
construção;
 Regularização das edificações em
situação não condizente com as
legislação;
 Assoreamento / diminuição da vazão do
rio;
 Redução do potencial pesqueiro em
determinadas áreas;
 Interferência na paisagem natural  Ações de fiscalização;
Construções em Após  Erosão de talude (borda do rio);  Ações de revitalização;
 Redução da calha do rio;  Remoção e recuperação ambiental
 Prejuízos à qualidade da paisagem
(perda do atrativo turístico);
 Poluição da água
 Restrição de acesso à área pública
 Contaminação dos recursos hídricos;  Obras de saneamento;
Falta de saneamento
 Prejuízos na reprodução natural de  Tratamento de esgoto;
básico;
peixes e mariscos;  Fiscalização por órgãos estaduais
 Perda de potencialidade turística; de Meio Ambiente;
 Entraves na realização de atividades de  Melhorias nas condições de
Abastecimento irregular de
turísticas; abastecimento;
água; água de má
 Má qualidade de vida da população  Utilização de outras fontes de
qualidade.
local; recursos hídricos;
 Dificuldades de locomoção por parte da
Falta de pavimentação nas
população local;
vias de acesso a alguns  Melhoria dos acessos;
 Interferência no desenvolvimento do
povoados
fluxo turístico;
 Elaboração de Projeto de
 Alteração na paisagem natural;
reordenamento da ocupação;
Restrição de acesso às  Poluição visual (diminuição dos atrativos
 Proposição de novos padrões
praia e aos rio. turísticos);
urbanísticos;
 Prejuízos às atividades de lazer.
 Sistema de fiscalização eficiente.
Falta de conscientização
 Atividades mais efetivas de
Ambiental por parte da  Depreciação dos recursos naturais.
sensibilização ambiental;
população.
 Maior divulgação das
Falta de divulgação da
 Enfraquecimento as atividades potencialidades paisagísticas do
área conhecida como
turísticas; município, dentro de uma
pantanal do Agreste.
perspectiva de turismo ecológico;
 Impedimento na construção de casas
em algumas áreas;
 Campanhas de aproximação e
Relação da comunidade  Atritos com a gestão institucional;
envolvimento da comunidade local e
com o projeto TAMAR.  Impedimento de atividades pesqueiras a
o projeto Tamar;
uma determinada distância da linha de
costa;
 Devastação da flora do manguezal;
 Contaminação da água, peixes e
crustáceos pelos efluentes dos tanques;
 Ações efetivas de fiscalização;
 Conflitos entre comunidade local e
 Autuação das fazendas de camarão
carcinicultores;
sem licenciamento ambiental;
 Conflitos com órgãos fiscalizadores;
 Busca da minimização de impactos
 Caráter exploratório da atividade;
Problemas causados pela causados;
 Mortandade de peixes e caranguejos;
carcinicultura.  Efetivação na fiscalização;
 Conflito entre a população local e os
 Autuação dos produtores que se
carcinicultores, por conta da
encontram em situação irregular;
inacessibilidade às praias, rios e
 Estruturação dos arranjos produtivos
mangue, causada por essa atividade;
relacionados às atividades
 Desmatamento da vegetação de
extrativistas;
mangue;
 Conflitos com órgãos fiscalizadores;
 Contaminação das várzeas pelos

244
Problemas/Conflitos Impactos/Efeitos Ações
efluentes dos tanques de larvas;
 Redução na produtividade de Taboa;
 Mortandade de peixes e caranguejos;
 Contaminação da água dos canais de
 Efetivação em ações de fiscalização;
Uso de agrotóxicos nos maré; Contaminação das áreas de
 Utilização de produtos
áreas de cultivo. várzea;
biodegradáveis;
 Contaminação de espécies de peixe;
 Queda na produtividade pesqueira;
 Migração dos nativos e casas de
 Ações de ordenamento territorial
Erosão e assoreamento veraneio;
(realocação dos desabrigados);
nos estuários e orla.  Desordenamento territorial;
 Revitalização da área;
 Assoreamento do rio e canais de maré;
 Redução do potencial pesqueiro;
Assoreamento dos rios.  Dificuldades no atracamento e  Ações de revitalização;
deslocamento de embarcações;
 Ações de Educação Ambiental na
comunidades artesãos e
Retirada Irregular de piscicultores;
 Desequilíbrio ambiental
Taboa.  Regulamentação da atividade por
parte da comunidade em conjunto
com o poder público;
 Redução do potencial pesqueiro;
 Campanhas de sensibilização;
 Contaminação da água, peixes e
 Realização de obras de
Poluição dos rios. população;
saneamento;
 Prejuízos no potencial paisagístico;
 Fiscalização efetiva;
 Emperramento das atividades turísticas;
 Perda das feições paisagísticas (dunas,
 Elaboração de Projeto de
manguezal e restinga);
Destruição dos reordenamento da ocupação;
 Redução da biodiversidade (supressão
ecossistemas locais.  Cumprimento efetivo da legislação
da vegetação);
ambiental.
 Degradação dos recursos naturais
 Esmagamento dos ovos de tartaruga;
Apropriação dos recursos  Cumprimento efetivo da legislação
 Pisoteamento e supressão da vegetação
naturais de forma ambiental.
de restinga;
predatória.  Sistema de fiscalização eficiente.
 Modificação da paisagem natural.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

7.4. Vulnerabilidade Social do Polo Costa dos Coqueirais em relação ao


desenvolvimento do turismo
No Estado de Sergipe existem 22 Comunidades Quilombolas reconhecidas pelo Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA. No Polo Costa dos Coqueirais foram
mapeadas oito comunidades, num total de 2.384 famílias.
A tabela a seguir indica as comunidades existentes no Polo e o número de famílias
residentes dessas comunidades. A Figura 129 ilustra a localização dessas comunidades.
Tabela 64. Comunidades Quilombolas no Polo Costa dos Coqueirais.

Municípios Comunidades Número de Famílias


Barra dos Coqueiros Pontal da Barra 112
Laranjeiras Mussuca 503
Brejão dos Negros (Brejão, Carapitanga,
Brejo Grande 486
Resina e Brejo Grande)
Alagamar 84
Pirambu
Aningas 150

245
Municípios Comunidades Número de Famílias
Curuanhas 53
Estância
Porto D'Areia 140
Santa Luzia do Itanhy Luzienses 856
Total de Famílias 2.384
Fonte: EXPANSÃO, Gestão em Educação e Eventos. Elaboração da Pesquisa Diagnóstica e Preparação do Programa de
Qualificação Profissional e Empresarial para o Polo de Turismo Costa dos Coqueirais, 2013.

Figura 129. Comunidades Quilombolas no Polo Costa dos Coqueirais.

Fonte: EXPANSÃO, Gestão em Educação e Eventos. Elaboração da Pesquisa Diagnóstica e Preparação do Programa de
Qualificação Profissional e Empresarial para o Polo de Turismo Costa dos Coqueirais, 2013.

As comunidades quilombolas têm formas próprias e distintas de organização social e


cultural que devem ser preservadas. Tendo em vista a preservação dessas comunidades no

246
território do Polo Costa dos Coqueirais, ressalta-se a questão da vulnerabilidade
sociocultural.
Assim o desenvolvimento do turismo deve respeitar essa diversidade cultural dos
quilombolas, monitorando os possíveis impactos de modo a garantir a preservação de seus
traços culturais.
Ressalta-se que o programa voltado para a capacitação das comunidades existentes no
Estado e as ações para o atendimento das demandas específicas de cada comunidade
estão sendo elaborados pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de
Desenvolvimento Urbano – SEDURB e da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e
Desenvolvimento Social – SEIDES

7.5. Gestão Ambiental Pública


7.5.1. Órgãos e Instituições Públicas presentes na área
A. IBAMA

Possui sede na capital do estado, Aracaju.

B. EMDAGRO

Criada no ano de 1962 com a denominação de ANCAR-SE passando, posteriormente, a


receber ao longo dos anos denominações outras: EMATER-SE, EMDAGRO, DEAGRO e
atualmente EMDAGRO, por força de reformas administrativas ocorridas a nível estadual.
Tem como missão Contribuir para o fortalecimento da agricultura familiar e expansão do
agronegócio do Estado de Sergipe, atuando nas áreas de Assistência Técnica e Extensão
Rural, Pesquisa, Defesa Agropecuária e Ações Fundiárias, para assegurar o
desenvolvimento sustentável e o bem-estar da sociedade.

C. Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos –


SEMARH

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos - SEMARH, órgão de


natureza operacional da estrutura organizacional básica da Administração Pública Estadual,
é o resultado da transformação da antiga SEMA que, com base na lei nº 6.130, de 02 de
abril de 2007, incorporou às atribuições de meio ambiente o conjunto de ações do
gerenciamento dos recursos hídricos do Estado.
A partir de 1989 o meio ambiente foi incorporado no nome e nas competências de algumas
Secretarias de Estado, numa nítida preocupação dos governantes de então com a questão
ambiental.
A lei nº 4.749, de 17/01/03, recria a Secretaria de Estado do Meio Ambiente; e lei nº 6.130,
de 02/04/2007, incorpora ao meio ambiente toda a estrutura de recursos hídricos e
transforma a SEMA em SEMARH – somente neste governo é que o segmento ambiental
passou a ter uma Secretaria de Estado efetivamente voltada para a gestão dos recursos
naturais, cuidando do meio ambiente e seus ecossistemas associados e dos recursos
hídricos, assim entendido as águas subterrâneas e superficiais.

247
D. Superintendência de Qualidade Ambiental, Desenvolvimento
Sustentável e Educação Ambiental

É um órgão de subordinação direta da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos


Hídricos – SEMARH que tem, entre outras competências, propor políticas, normas e
estratégias e promover estudos, visando o desenvolvimento sustentável; coordenar e
acompanhar a implementação da Agenda 21 estadual e estimular os municípios para
elaboração e implementação de Agendas locais; coordenar a elaboração do Zoneamento
Ecológico Econômico - ZEE no estado; promover a adoção de tecnologias sustentáveis;
promover o desenvolvimento de estatísticas ambientais e indicadores de desenvolvimento
sustentável; promover estudos, normas e políticas voltadas para a Educação Ambiental.
Entre os principais projetos encontram-se:
Agenda Ambiental da Administração Pública - A3P
 Plano de Ação Estadual de Combate à desertificação e mitigação da seca
 Projeto "Praça Verde"
 Projeto "Água Doce"
 Zoneamento Agroecológico do Estado de Sergipe (ZAESE)
 Campanha de Combate ao Caramujo Gigante Africano

E. Superintendência de Áreas Protegidas, Biodiversidade e Florestas


(SBF)

Órgão de proposição e gestão de políticas voltadas à proteção da biodiversidade,


favorecendo a utilização sustentável dos recursos florestais, faunísticos e pesqueiros, com
gestão eficiente e integrada ao sistema de governança ambiental do estado.
Tem como principais atribuições propor políticas e normas e definir estratégias nos distintos
biomas do estado nos temas relacionados à valorização, conservação da biodiversidade e
uso sustentável dos recursos florestais, faunísticos e pesqueiros, favorecendo a participação
e repartição dos benefícios para a sociedade.
Tem como principais projetos:
 Criação de Unidades de Conservação;
 Elaboração dos Planos de Manejo das Unidades de Conservação Estaduais;
 Implementação da Gestão Florestal do Estado de Sergipe;
 Gestão e Manejo de Unidades de Conservação Estaduais;
 Formulação de Políticas Ambientais;
 Criação de Instrumentos Econômicos para o Desenvolvimento Sustentável;
 Apoio à Implementação de Técnicas Alternativas Voltadas ao Desenvolvimento
Sustentável.

248
F. Superintendência de Recursos Hídricos (SRH)

Composta por:
 Gerência de Planejamento e Coordenação de Recursos Hídricos;
 Gerência de Administração e Controle de Recursos Hídricos.

G. Conselhos

São órgãos que congregam representações diversas da sociedade, segundo a natureza da


representação, e cujas decisões são tomadas por maioria de seus membros. Integram a
estrutura organizacional da SEMARH os seguintes órgãos colegiados:

Conselho Estadual do Meio Ambiente (CEMA)


O Conselho Estadual do Meio Ambiente, sucessor do Conselho Estadual de Controle do
Meio Ambiente (CECMA), é o órgão consultivo, normativo e deliberativo do Sistema
Estadual do Meio Ambiente, integrante da estrutura organizacional da Secretaria de Estado
do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, que tem por finalidade, assessorar o Governo
do Estado na formulação da política ambiental, propondo diretrizes para o meio ambiente e
editando normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e
essencial à sadia qualidade de vida. Reúne-se ordinariamente todos os meses e em caráter
extraordinário, sempre que necessário, sendo suas deliberações traduzidas em forma de
Resolução, publicada no Diário Oficial do Estado de Sergipe.
Competências:
 colaborar na elaboração de proposições governamentais que visem a preservação
ambiental;
 propor diretrizes, prioridades e instrumentos de políticas estaduais relacionados
ao meio ambiente;
 avaliar e julgar recursos administrativos interpostos na área ambiental;
 editar normas de procedimentos administrativos decorrentes da política ambiental
do Estado;
 deliberar as matérias que lhe são afetas.
Composição: O Plenário do CEMA é presidido pelo Vice-Governador do Estado e integrado
pelos representantes das instituições a seguir indicadas.
 Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos;
 Secretaria de Estado da Educação;
 Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário;
 Secretaria de Estado da Saúde;
 Secretaria de Estado da Infraestrutura;
 Administração Estadual do Meio Ambiente;
 Instituto Tecnológico e de Pesquisas de Sergipe;
 Governo do Estado, com 2 representantes;
 Universidade Federal de Sergipe;
 Ordem dos Advogados do Brasil / Seccional de Sergipe;

249
 Federação das Indústrias do Estado de Sergipe;
 Ministério Público Estadual;
 Assembleia Legislativa de Sergipe;
 Organização Não Governamental ambientalista;
 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, como
convidado;
 Capitania dos Portos de Sergipe, como convidado;
 Polícia Militar de Sergipe, como convidado;
Mais dois representantes da comunidade participam do Conselho como convidados, sendo
que um deles é responsável pela Secretaria Executiva do CEMA.
Legislação: O CEMA, integrante da estrutura da SEMARH e assim denominado conforme
disposição da lei nº 5.057/03, sucedeu o CECMA, que foi criado pela lei nº 2.181/78, como
órgão da estrutura da Administração Estadual do Meio Ambiente, sofrendo alterações
através das leis nos 2.578/85 e 3.090/91.

Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CONERH)


O Conselho Estadual de Recursos Hídricos, órgão de coordenação, fiscalização e
deliberação coletiva, de caráter normativo e de recurso e arbitramento do Sistema Estadual
de Gerenciamento de Recursos Hídricos, integrante da estrutura organizacional da
SEMARH. Tem por finalidade o exercício das competências a seguir elencadas:
 promover a articulação do planejamento de recursos hídricos de domínio do Estado
com os de níveis nacional, regional, estadual e dos setores usuários;
 aprovar o Plano Estadual de Recursos Hídricos e encaminhá-lo ao Conselho
Nacional para integrar o Plano Nacional de Recursos Hídricos;
 acompanhar a execução do Plano Estadual de Recursos Hídricos e determinar
providências necessárias ao cumprimento de suas metas;
 atuar, como instância de recurso, nos conflitos existentes entre Comitês de Bacias
Hidrográficas e entre estes e usuários de água;
 deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hídricos que extrapolem
o âmbito de um Comitê de Bacia Hidrográfica;
 deliberar sobre as questões que lhe tenham sido encaminhadas pelos Comitês de
Bacia Hidrográfica;
 aprovar propostas de criação de Comitês de Bacia Hidrográfica e Agências de
Água, estabelecendo critérios gerais para elaboração de seus regimentos internos;
 analisar e manifestar-se sobre propostas de alteração da legislação pertinente a
recursos hídricos e Política Estadual de Recursos Hídricos e respectivo Sistema de
Gerenciamento;
 estabelecer critérios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hídricos;
 estabelecer critérios gerais sobre a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
 aprovar o Regimento Interno;
 apreciar o relatório anual sobre a situação dos Recursos Hídricos no Estado de
Sergipe e promover, se for o caso, a divulgação e a tomada de providências
julgadas necessárias;

250
 expedir atos referentes ao exercício de sua finalidade, suas competência e suas
atribuições;
 exercer outras funções, inclusive estabelecer diretrizes complementares para
implementação da Política Estadual de Recursos Hídricos, bem como as
atribuições que lhe forem delegadas, compatíveis com a sua finalidade e as suas
competências;
 manifestar-se sobre outros assuntos relativos a recursos hídricos, que sejam
submetidos à sua apreciação.
Composição: O Plenário do CONERH é presidido pelo Secretário de Estado do Meio
Ambiente e dos Recursos Hídricos e integrado pelos membros a seguir relacionados.
 representantes do Poder Executivo Estadual:
 Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos;
 Secretário de Estado do Planejamento;
 Secretário de Estado da Infraestrutura;
 Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário;
 representantes do Poder Executivo Municipal:
 um Prefeito representando a Bacia Hidrográfica do rio Sergipe;
 um Prefeito representando a Bacia Hidrográfica do rio Piauí;
 um Prefeito representando a Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba;
 um representante do Poder Legislativo Estadual;
 um representante do Ministério Público Estadual;
 Representantes de usuários, de entidades da sociedade civil, ligadas a recursos hídricos
e de ensino e pesquisa:
 um representante do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA);
 um representante eleito entre as entidades de ensino e pesquisa, legalmente
constituídas no Estado;
 um representante eleito entre as associações ligadas à aqüicultura, legalmente
constituídas no Estado;
 um representante eleito entre as associações de usuários irrigantes, legalmente
constituídas no Estado;
 um representante eleito entre as associações para proteção, conservação e
melhoria do meio ambiente, legalmente constituídas no Estado;
 um representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Piauí;
 um representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba;
 um representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Sergipe.
Legislação: O CONERH, criado pela lei nº 3.870/97 e regulamentado através do Decreto nº
18.099/99, é integrante da atual estrutura organizacional da SEMARH, conforme disposição
da lei nº 6.130/07.

251
Conselho Gestor do Fundo de Defesa do Meio Ambiente de Sergipe (Cogef)
O Conselho Gestor do Fundo de Defesa do Meio Ambiente de Sergipe, órgão de gestão e
deliberação, e coordenação, acompanhamento e avaliação das atividades e ações
implementadas com a aplicação dos recursos do FUNDEMA/SE, integrante da estrutura
organizacional da SEMARH. Tem por finalidade o exercício das competências a seguir
elencadas:
 gerir as atividades do FUNDEMA/SE nos termos da legislação vigente;
 aprovar o Plano de Aplicação e definir a política geral de aplicações de recursos
financeiros do Fundo;
 interagir com setores competentes no sentido de conseguir e/ou assegurar
recursos orçamentários e financeiros necessários à consecução da finalidade do
Fundo;
 acompanhar e avaliar as atividades e ações implementadas e/ou desenvolvidas
com a aplicação ou utilização dos recursos do Fundo, assim como das respectivas
contas;
 promover a elaboração dos devidos informes, relatórios e documentos de
prestação de contas e o encaminhamento aos órgãos de controle e fiscalização,
como Secretário de Estado da Fazenda, Controladoria Geral do Estado e Tribunal
de Contas do Estado de Sergipe, observadas a legislação e as normas regulares
pertinentes;
 aprovar os critérios e as diretrizes e prioridades para a atuação do Fundo.
Composição: O Plenário do COGEF é presidido pelo Secretário de Estado do Meio
Ambiente e dos Recursos Hídricos e integrado pelos membros a seguir relacionados.
 Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos;
 Secretário de Estado do Planejamento;
 Secretário de Estado da Fazenda;
 Diretor-Presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente;
 um representante do Conselho Estadual do Meio Ambiente;
 um membro designado de livre escola pelo Governador do Estado.
Legislação: O COGEF, criado pela lei nº 5.360/04, é integrante da atual estrutura
organizacional da SEMARH, conforme disposição da lei nº 6.130/07.

H. Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga de Sergipe


(CERBCa/SE)

O Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga no Estado de Sergipe, é uma


instância colegiada de caráter consultivo, funcionando junto à Secretaria de Estado do Meio
Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH), estruturado na forma de subunidades de
trabalho, com Coordenação-Geral, Vice-Coordenação, Secretaria Executiva e Plenário,
tendo por finalidade precípua, assegurar e coordenar a implantação da Reserva da Biosfera
da Caatinga no Estado, com base nos princípios e diretrizes delineados pelo Conselho
Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga, e de promover ações que objetivem a
conservação da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável e o conhecimento científico
do bioma em Sergipe.

252
Competências:
 elaborar e aprovar o seu Regimento Interno, submetendo à homologação do
Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos;
 representar e apoiar as atividades do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da
Caatinga, desenvolvidas no Estado de Sergipe;
 assegurar e coordenar a implantação da Reserva da Biosfera da Caatinga em
Sergipe, estabelecendo as suas diretrizes e estratégias de ação;
 promover a divulgação dos princípios da Reserva da Biosfera da Caatinga;
 organizar e coordenar o sistema de gestão da Reserva da Biosfera da Caatinga em
Sergipe, em consonância com as diretrizes fixadas pelo Conselho Nacional da
Reserva da Biosfera da Caatinga;
 elaborar, de forma participativa, o Plano de Ação Estadual da Reserva, propondo
prioridades, metodologias, parcerias e áreas de atuação;
 fomentar estudos e projetos visando à conservação do patrimônio natural e cultural,
estimulando o desenvolvimento sustentável e o conhecimento científico da Reserva
da Biosfera da Caatinga;
 manifestar-se sobre programas, projetos e empreendimentos significativos na área
da Reserva da Biosfera da Caatinga em Sergipe;
 promover a articulação entre instituições com vistas à captação de recursos internos
e externos para projetos de conservação, pesquisa e desenvolvimento da Reserva
da Biosfera da Caatinga em Sergipe;
 colaborar para o aprimoramento da legislação e de políticas públicas na área da
caatinga e seus ecossistemas associados;
 incentivar e apoiar a implantação de unidades de conservação, públicas e privadas;
 selecionar e propor o estabelecimento de áreas-piloto da Reserva da Biosfera da
Caatinga e homologar as já existentes, visando ao desenvolvimento de projetos-
modelo que proporcionem a implantação da mesma Reserva através de ações
regionalizadas;
 avaliar e aprovar as propostas de criação de postos avançados da Reserva da
Biosfera da Caatinga;
 analisar e aprovar projetos na área da Reserva da Biosfera da Caatinga, a serem
encaminhados ao Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga –
CNRBCA, para fins de concessão de apoio financeiro;
 promover a realização de diagnósticos socioambientais nas áreas da Reserva, de
modo a embasar as ações prioritárias;
 incentivar a realização de pesquisas científicas no bioma Caatinga, no âmbito da
Reserva;
 promover o desenvolvimento, a divulgação e o monitoramento de instrumentos e
incentivos voltados à conservação e à recuperação ambiental na área da Reserva da
Biosfera da Caatinga;
 atuar, em conjunto com Estados vizinhos, com referência a questões pertinentes à
Reserva em áreas limítrofes;
 incentivar e apoiar programa de melhoria da qualidade de vida da população local,
especialmente nas áreas de saúde, saneamento, educação e geração de renda, com
a implementação de alternativas de desenvolvimento sustentável;

253
 propor e apoiar o tombamento do patrimônio ambiental e cultural, nas esferas
estadual e federal, nas áreas de caatinga e ecossistemas associados, no âmbito da
Reserva.
Composição: O Plenário do CERBCa/SE é composto pelos membros a seguir relacionados,
sendo um dos quais Coordenador-Geral eleito pelo Plenário:
 representantes de órgãos e entidades governamentais:
 um representante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos
Hídricos;
 um representante da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento
Agrário;
 um representante da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do
Estado de Sergipe;
 um representante do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis;
 um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária;
 um representante de Prefeitura Municipal, cujo Município esteja localizado na área
do bioma da Caatinga.
 representantes da sociedade civil:
 um representante de Instituição de Ensino Superior com atuação técnico-
cientifica na área do bioma da Caatinga;
 um representante do Instituto Xingó, como centro de desenvolvimento científico,
tecnológico e de produção da região semi-árida;
 um representante de organização não-governamental com fins socioambientais
e atuação na área da Reserva;
 um representante de movimentos sociais com atuação direta no ecossistema
Caatinga;
 um representante dos trabalhadores rurais com foco na conservação da
Caatinga e no combate à desertificação;
 um representante de Instituição Financeira Oficial com atuação na área do bioma
Caatinga.
Legislação: O CERBCa/SE foi criado pelo decreto estadual nº 24.039/06, e funciona junto da
SEMARH.

I. Administração Estadual do Meio Ambiente – ADEMA

A Administração Estadual do Meio Ambiente é uma Autarquia Estadual criada pela Lei nº
2.181, de 12 de outubro de 1978, que veio ser alterada pela Lei 5.057, de 07 de novembro
de 2003, e que possibilita a execução das políticas estaduais relativas ao meio ambiente.
Tem autoridade de licenciar atividades e empreendimentos no estado.

254
J. Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO

A empresa é responsável pelo abastecimento de água, pela rede e o tratamento de esgoto


do município.

K. Polícia Militar Ambiental – PPAmb

O Pelotão de Polícia Ambiental foi criado em 23 de março de 1996, fundamentado na Lei nº


3.511 de 17 de agosto de 1994, combinada com a Lei nº 3.696 de 15 de março de 1996.
O Pelotão de Polícia Ambiental objetiva a proteção e preservação do meio ambiente e
recursos naturais existentes no Estado de Sergipe, apoiando e auxiliando os órgãos
ambientais competentes como Ibama, Adema e organizações-não-governamentais.
A fim de assegurar a preservação ambiental, o PPAmb atua na fiscalização das áreas
preservadas, coibindo de maneira repressiva e inibidora as ações delituosas e depredadoras
do meio ambiente, tais como desmates de manguezais, caça e pesca ilegais em especial as
espécies nativas e/ou ameaçadas de extinção, poluição ambiental, entre outras situações. O
Pelotão de Polícia Ambiental se presta também como um veículo conscientizador da
população, sobre a necessidade de preservação dos ecossistemas do nosso Estado, para a
melhoria da qualidade de vida.

L. Promotoria de Justiça - Núcleo do Meio Ambiente, Urbanismo,


Patrimônio Social e Cultural

Exerce suas atribuições na área de defesa do Meio Ambiente, Urbanismo, Patrimônio


Histórico e Cultural, Bens de Valor Turístico e Paisagístico.

7.5.2. Organizações da Sociedade Civil e do Estado


Várias são as organizações que atuam no município, trabalhando em parceria com o estado.
Entre elas pode-se citar:

A. Projeto TAMAR

O Projeto Tamar-ICMBio foi criado em 1980, pelo antigo Instituto Brasileiro de


Desenvolvimento Florestal-IBDF, que mais tarde se transformou no Ibama-Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente. Hoje, é reconhecido internacionalmente como uma das mais
bem sucedidas experiências de conservação marinha e serve de modelo para outros países,
sobretudo porque envolve as comunidades costeiras diretamente no seu trabalho
socioambiental.
O Projeto Tamar/ICMBio é co-administrado pela Fundação Centro Brasileiro de Proteção e
Pesquisa das Tartarugas Marinhas-Fundação Pró-Tamar, instituição não governamental,
sem fins lucrativos, fundada em 1988 e considerada de Utilidade Pública Federal desde
1996.
A Fundação foi criada para executar o trabalho de conservação das tartarugas marinhas,
como responsável pelas atividades do Projeto Tamar nas áreas administrativa, técnica e

255
científica; pela captação de recursos junto à iniciativa privada e agências financiadoras; e
pela gestão do programa de auto-sustentação. Essa união do governamental com o não-
governamental revela a natureza institucional híbrida do Projeto.
O Tamar conta com patrocínio nacional da Petrobras, apoios e patrocínios regionais de
governos estaduais e prefeituras, empresas e instituições nacionais e internacionais, além
de organizações não-governamentais. Mas é fundamental, sobretudo, o papel das
comunidades onde mantém suas bases e da sociedade civil em geral, que participa e ajuda
o Projeto, individual ou coletivamente.
No Polo Costa dos Coqueirais existem três bases do projeto Tamar:
 Abais: A base do Abais, no extremo sul de Sergipe, fica entre as praias da Caueira,
em Itaporanga D’Ajuda, e a do Abais, que pertence ao município de Estância.
Monitora 36Km de praias, desde a foz do rio Real, ao sul, até o Vasa Barris, ao
norte. Está inserida na APA Estadual do Litoral Sul. Nas praias de Boa Viagem,
Abais e Caueira registra-se intensa atividade reprodutiva das espécies oliva
(Lepidochelysolivacea) e cabeçuda (Carettacaretta) e de pente
(Eretmochelysimbricata) - as duas últimas em menor proporção. As praias não têm
pedras ou costões, facilitando o monitoramento e a localização de cerca de 1.500
desovas que geram 65 mil filhotes a cada temporada reprodutiva.
 Ponta dos Mangues: Esta base fica no extremo norte da Reserva Biológica de
Santa Izabel, em Sergipe, e tornou-se independente de Pirambu a partir de 1989. É
responsável pelo monitoramento de 36km de praias, sendo 15 pertencentes à
reserva, ao sul, e 21km ao norte, até a foz do rio São Francisco, na divisa com o
Estado de Alagoas. Além da tartaruga-oliva (Lepidochelysolivacea), há intensa
atividade reprodutiva da tartaruga-cabeçuda (Carettacaretta). A base protege mais
de 1.600 desovas e cerca de 78 mil filhotes por temporada.
 Pirambu: Pirambu foi a primeira base do Tamar instalada no Brasil, em 1982.
Monitora 53km de praias e protege quase 2.400 desovas e 106 mil filhotes, a cada
temporada. Cerca de 80% são da espécie oliva, a menor entre as tartarugas
marinhas que ocorrem no Brasil, também conhecida na região como tartaruga
pequena, com comprimento curvilíneo de casco entre 70 e 74cm. Logo que a base
foi criada, todas as desovas precisavam ser transferidas para cercados de incubação
para não serem danificadas. Hoje, 70 por cento das desovas permanecem nos locais
de origem, sem riscos de agressão pelo homem, graças ao grande envolvimento dos
pescadores e da comunidade no trabalho de conservação das tartarugas marinhas.
Pirambu é município de Sergipe desde l965. Fica a 80 quilômetros de Aracaju e
sedia a Coordenação Regional do Projeto Tamar-ICMBio de Sergipe e Alagoas.
Atualmente a base encontra-se dentro da Reserva Biológica de Santa Izabel.
 Oceanário de Aracaju: O Oceanário de Aracaju, inaugurado em junho de 2002, tem
capacidade para receber até 300 pessoas ao mesmo tempo e alcança a marca de
aproximadamente 120 mil visitantes/ano. Primeiro do Nordeste e quinto do Brasil, foi
criado, construído e é mantido e administrado pela Fundação Pró-Tamar, através da
coordenação regional do Projeto Tamar em Sergipe. Instalado na praia da Atalaia, a
500m do mar, ocupa 141 mil m2 de área cedida pelo Governo Federal, através de
contrato de cessão entre o Serviço de Patrimônio da União e a Fundação Pró-Tamar.
Tem área construída de 1.700 m², na forma de uma tartaruga gigante, com a
cobertura em eucalipto e piaçava. É mais um atrativo turístico de Aracaju,
destacando-se na moderna e revitalizada Orla de Atalaia, entre espelhos d’água com
pontes, calçadão, ciclovia e espaço para exposições, shows e esportes aquáticos.
Através de atividades regulares, como visitas orientadas, palestras e exposições,
favorece a sensibilização de moradores e visitantes para a preservação do
ecossistema marinho e das riquezas do rio São Francisco. Através de palestras,
mostras de vídeo e aulas ao vivo junto aos aquários, os visitantes aprendem sobre o

256
ecossistema do litoral sergipano, além de conhecer diversas espécies de animais
marinhos.

B. Organização Sócio-Ambiental PROCRIAR

Organização sem fins lucrativos que tem como objetivo o desenvolvimento de projetos
relacionados com os aspectos sociais e preservação ambiental associada ao
desenvolvimento sustentável das populações da zona costeira sergipana, conforme
discriminações abaixo relacionadas:
 viabilizar a implantação de recifes artificiais para desenvolver em curto e médio
prazos novos habitats para o recrutamento e colonização da fauna e flora marinhas
da região;
 viabilizar a pratica de atividades subaquáticas, esportiva e recreacional, associada a
uma visão ecológica e ambiental adequadas, estimulando o fluxo turístico
sustentável para a região;
 levantamento e coleta de informações e dados sociais, culturais, científicos e
ambientais da costa sergipana;
 motivar e estabelecer convênios com entidades governamentais ou não
governamentais, nacionais e estrangeiras nos âmbitos cultural, científico,
educacional e congêneres, com interesses similares à PROCRIAR, para o
desenvolvimento de projetos comuns, troca de informações, tecnologia e
conhecimentos, para realização de pesquisas, trabalhos de campo, exposições,
palestras e cursos, sempre ligados ao interesse desta PROCRIAR;
 defender, dentro das formas da lei, os interesses das populações da Zona Costeira
Sergipana, nos âmbitos nacionais e internacionais, conforme convênios e/ou acordos
assinados entre Associações Comunitárias e essa PROCRIAR;
 elaborar, debater e implantar projetos do interesse das populações da Zona Costeira
Sergipana, sempre com a participação das mesmas, através de suas Associações
Comunitárias;
 o desenvolvimento de auditoria ambiental, inclusive Estudo e Relatórios de impacto
ambiental ( EIAs/RIMAs );
 organização das populações costeiras para a constituição de núcleos comunitários
que possam reivindicar e exercer seus plenos direitos quanto à melhorias de padrão
de vida e condições ambientais;
 desenvolver trabalhos, sempre nos interesse das populações da Zona Costeira, nas
áreas a seguir: Antropologia, Arquitetura, Artes, Economia, Educação Ambiental,
Esportes, Estatísticas, Saúde, Condições Sanitárias, Manifestações Artísticas,
Sociologia, Turismo Sustentado, Agronomia, Biologia, Cartografia, Ecologia,
Engenharia, Física, Geologia, História, Pesca, Meteorologia, Veterinária e Geografia;
 promoção da divulgação direta e indireta dos trabalhos realizados e em curso,
através da publicação à eles relativa, através das mídias: Impressa ( livros, imprensa,
relatórios, revistas, manuais, apostilas, exposições ); Eletrônica ( Internet, cd-rom
etc.); Documentários ( filmes, vídeos ); Palestras; Relatórios;
 comercialização de bens e serviços relacionados aos seus objetivos e atividades
bem como artigos promocionais.

257
7.5.3. Políticas Públicas e Programas de Gestão Ambiental Instalados ou
Desenvolvidos na Área
Fundos Socioambientais no Estado de Sergipe
Os fundos socioambientais são instrumentos do Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA), criados por lei com a finalidade e apoiar projetos de meio ambiente, recursos
hídricos, proteção de florestas, controle da poluição, saneamento e reparação de direitos
difusos lesados.
Através da lei nº 3.870, de 25 de setembro de 1997, o Estado de Sergipe criou o Fundo
Estadual de Recursos Hídricos (FUNERH), regulamentado pelo Decreto nº 19.079, de
05/09/2000, como um dos instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos, com o
objetivo de assegurar os meios necessários à execução das ações relacionadas com o
gerenciamento da água no Estado.
Apesar das dificuldades para funcionamento pleno, o FUNERH ao longo de sua existência,
apoiou com recursos financeiros como contrapartida do Estado a projetos do PRÓÁGUA
Semi-Árido voltados à iniciativas de proteção dos mananciais sergipanos e a ampliação e
fortalecimento dos sistemas de abastecimento de água do Estado.
Em 2004, por força da lei nº 5.360, de 04 de junho, foi constituído o Fundo de Defesa do
Meio Ambiente de Sergipe (FUNDEMA/SE), criado nos termos do art. 232, § 5º, da
Constituição Estadual, com a finalidade de implementar a Política Estadual de Meio
Ambiente através de ações de defesa e preservação do meio ambiente abrangendo a
prevenção, recuperação e melhoria da qualidade ambiental no Estado.
Como a maioria dos fundos estaduais, o FUNDEMA/SE ainda não entrou em funcionamento
por conta da falta de regulamentação e de definições claras sobre as formas de apoio a
projetos, bem como por carência de recursos financeiros suficientes para o cumprimento da
sua missão.
Tanto o FUNERH quanto o FUNDEMA/SE, como órgãos com vinculação institucional à
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, estão sendo objeto de
reestruturação e fortalecimento para o pleno funcionamento em prol da efetivação das
políticas de meio ambiente e de recursos hídricos no âmbito do Estado de Sergipe.

7.5.4. Programas Integrantes do Planejamento Estratégico do Estado


A. Programa Estratégico de Educação Ambiental

A preocupação em preservar o meio ambiente do Estado tem proporcionado ações ora


isoladas, ora em parceria, tanto por iniciativa do IBAMA quanto da Adema, já que ambas as
instituições possuem núcleos específicos para desenvolver ações e atividades de educação
ambiental. O objetivo desse programa estratégico é ampliar o conhecimento e a participação
da sociedade na gestão ambiental.
Principais Projetos:
 Capacitação Continuada para a Gestão Ambiental e de Recursos Hídricos, através
Cursos, Seminários, Oficinas e afins;
 Eventos para Construção da Cidadania Ambiental, através da realização de Fóruns
Meio Ambiente em Debate, Semana da Água, Olimpíada Ambiental, Semana do
Meio Ambiente, Conferências de Meio Ambiente, Semana da Caatinga, entre
outros;

258
 Implementação da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), de forma a
orientar os gestores e servidores estaduais para o uso racional dos recursos
naturais no dia-a-dia das atividades de seus órgãos;
 Elaboração e Implementação do Plano Estadual de Educação Ambiental
 Implantação e Operacionalização de Centro Estadual de Educação Ambiental, em
Aracaju e de Centros Regionais, no interior do Estado;
 Produção de Programas de TV - Meio Ambiente Sergipe, com periodicidade
quinzenal; e
 Capacitação e Treinamento em Recursos Hídricos.

B. Programa Estratégico de Gestão e Proteção Ambiental e Recursos


Hídricos

O Objetivo desse programa estratégico é instituir mecanismos e captar investimentos para a


gestão ambiental e de recursos hídricos.
Principais Projetos:
 Apoio à Implementação de Técnicas Alternativas Voltadas ao Desenvolvimento
Sustentável;
 Construção da Agenda 21 Sergipana;
 Criação de Instrumentos Econômicos para o Desenvolvimento Sustentável;
 Criação de Unidades de Conservação Estaduais;
 Implementação da Política Estadual de Meio Ambiente;
 Elaboração de Estudos para Implantação da Cobrança pelo Direito de Uso dos
Recursos Hídricos;
 Elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos e dos Planos de Bacias dos
Rios Japaratuba, Piauí e Sergipe - Pró Água;
 Elaboração dos Planos de Manejo das Unidades de Conservação Estaduais.
 Elaboração do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado;
 Enquadramento dos Corpos d’Água das Bacias Hidrográficas dos Rios Japaratuba,
Piauí e Sergipe;
 Fiscalização Ambiental e do Uso dos Recursos Hídricos, visando a preservação e
conservação do meio ambiente e dos corpos d’água;
 Formulação das Políticas Estaduais de Educação Ambiental, de Florestas, de
Biodiversidade e de Povos Tradicionais;
 Gestão e Manejo das Unidades de Conservação do Estado;
 Gestão do Plano Estadual de Ação de Combate à Desertificação e Mitigação dos
Efeitos da Seca;
 Implantação, Operação e Manutenção da Rede Hidrometeorológica e de Qualidade
das Águas, através da aquisição de Estações Meteorológicas automatizadas;
 Implementação da Gestão Florestal no Estado de Sergipe;
 Implementação da Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos;

259
 Preservando Nascentes e Municípios através da execução do projeto Adote um
Manancial, voltado à recuperação e preservação de nascentes e pequenos cursos
d’água;
 Fortalecimento do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos - ProÁgua.
 Fortalecimento do Sistema de Outorga de Direito de Uso dos Recursos Hídricos;
 Recuperação de Dessalinizadores no Estado de Sergipe;
 Elaboração do Sistema Estadual de Informações Ambientais;
 Licenciamento Ambiental;
 Levantamento Quantitativo dos Manguezais do Estado de Sergipe;
 Diagnóstico Ambiental dos Impactos da Carcinicultura nos Estuários do Litoral Sul
de Sergipe;
 Diagnóstico Ambiental da Atividade Canavieira no estado de Sergipe;
 Avaliar a Qualidade Ambiental dos Corpos de Água do Estado;
 Implantação da Rede de Monitoramento da qualidade do Ar;
 Reestruturação do Laboratório da Adema;
 Fiscalização, Monitoramento e Controle da Poluição e das Áreas Degradadas do
Estado de Sergipe;
 Implantação de Base de Dados Informatizada para o Licenciamento Ambiental.
 Elaboração de Estudos e Pesquisas Voltados ao Gerenciamento dos Recursos
Hídricos e
 Fomento a Práticas para o Desenvolvimento Sustentável.

C. Programa Estratégico de Construção E Recuperação de


Infraestrutura para o Saneamento Ambiental

O objetivo desse programa estratégico é planejar, projetar, construir e recuperar


infraestrutura para o saneamento ambiental.

Principais Projetos:
 Ampliação, Melhoria e Automação do Sistema Integrado de Adutoras do Alto Sertão
e Sertaneja, de forma a restituir a plena capacidade operacional aos sistemas de
adução da região.
 Recuperação e Automação Operacional dos Sistemas de Abastecimento de Água.
 Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe.

D. Programa de Fortalecimento da Gestão Institucional

O objetivo desse programa estratégico é implementar um conjunto de ações convergentes


para o fortalecimento da infraestrutura física, operacional e organizacional da Instituição.

260
Principais Projetos:
 Reestruturação e Fortalecimento dos Fundos Socioambientais
 Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas dos Rios Japaratuba, Piauí e
Sergipe - Pró-Água.
 Apoio á Ampliação e Densificação da Rede Hidrometeorológica - PróÁgua.

E. Políticas, Programas e Projetos Colocalizados

As Políticas, Programas e Projetos Colocalizados, encaminhadas pela SEMARH, são


apresentadas nos quadros seguintes.
 POLITICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
Quadro 31: Políticas, Programas e Projetos Colocalizados da Política Estadual de Recursos Hídricos

Órgão Responsável SEMARH/SRH

Objetivos  Assegurar, à atual e às futuras gerações, da necessária disponibilidade de


água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos.;
 A utilização racional e integrada de recursos hídricos com vistas ao
desenvolvimento sustentável;
 A prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem
natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.

Estágio de Com exceção da cobrança pelo uso dos recursos hídricos que no momento se
Implementação encontra em fase de estudo, todos os demais instrumentos da Política estadual
de Recursos Hídricos já foram implantados, tais como: o Plano Estadual de
Recursos Hídricos; o Enquadramento dos corpos de água em classes, segundo
os usos preponderantes da água; o Fundo Estadual de Recursos Hídricos; a
Outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; e o Sistema Estadual de
Informações sobre recursos hídricos.

Principais Ações  Ampliação, melhoria e automação do sistema integrada de adutoras do alto


sertão e sertaneja;
 Elaboração do plano estadual de recursos hídricos;
 Projeto águas de Sergipe;
 Implantação, operação e manutenção da rede hidrométrica de Sergipe;
 Implantação, operação e manutenção da rede de qualidade das águas de
Sergipe;
 Implantação, operação e manutenção da rede meteorológica de Sergipe;
 Previsão climática e implantação da sala de situação;
 Sistema de informações sobre recursos hídricos de Sergipe – sirhse;
 Gerenciamento integrado de águas urbanas – giau;
 Outorga de direito de uso de recursos hídricos;
 Capacitação e treinamento;
 Comitês de bacias hidrográficas;
 Programa água doce.

Recursos envolvidos Aproximadamente R$ 350 milhões de reais.


*ordem de grandeza

261
Órgão Responsável SEMARH/SRH

Resultados esperados  Sistema de Gestão do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos consolidado
no estado de Sergipe;
 Melhoria da gestão da disponibilidade hídrica do Estado para os diversos
usos;
 Redução nos índices de poluição em corpos hídricos na bacia hidrográfica do
rio Sergipe;
 Preservação de mananciais;
 Melhoria da eficiência operacional e do uso racional da água no saneamento
e na irrigação na bacia hidrográfica do rio Sergipe;
 Melhoria da coleta e disposição adequada de resíduos sólidos;
 Melhoria das condições de habitabilidade e qualidade de vida da população;
 Melhoria da qualidade ambiental do Estado.

Área de Abrangência Todo Estado de Sergipe

Fonte: SEMARH.

 PROGRAMA AGUA DOCE


Quadro 32: Políticas, Programas e Projetos Colocalizados do Programa Água Doce

Órgão Responsável SEMARH/SRH

Objetivos  Recuperação, implantação e gestão de sistemas de dessalinização em 25


comunidades do semiárido segipano, garantindo água potável para o consumo
humano em conformidade com a metodologia do Programa Água Doce. .

Estágio de Convênio firmado entre o MMA/SRHU e SEMARH/SE


Implementação

Principais Ações  Criar o Arranjo Institucional para atuação do Programa Água Doce no
Estado;
 Apoio à gestão;
 Diagnóstico técnico e socioambiental;
 Mobilização social;
 Sustentabilidade Ambiental;
 Sistemas de dessalinização.

Recursos envolvidos Aproximadamente R$ R$ 4.725.502,75


*ordem de grandeza

Resultados esperados  Criar, através de dispositivo legal, o Núcleo Estadual de Gestão do


Programa Água Doce;
 Instituir, através do mesmo dispositivo legal, o Arranjo Institucional para
atuação do Programa Água Doce no Estado;
 Aquisição de bens
 Formação de recursos humanos (Capacitação da equipe técnica de
execução e capacitação para a gestão dos sistemas de dessalinização em 93
comunidades);
 Realização do diagnóstico técnico e socioambiental em 75 comunidades
 Realização de testes de vazão em 25 comunidades

262
Órgão Responsável SEMARH/SRH
 Elaborar 25 projetos para as comunidades selecionadas;
 Elaboração de 25 Acordos de Gestão nas comunidades selecionadas
 Acompanhamento dos acordos de gestão;
 Monitoramento da qualidade ambiental das localidades beneficiadas;
 Recuperação e/ou implantação de 25 sistemas de dessalinização
 Monitoramento e manutenção preventiva nos 93 sistemas de
dessalinização

Área de Abrangência Comunidades do semiárido sergipano,

Fonte: SEMARH.

 POLITICA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL


Quadro 33: Políticas, Programas e Projetos Colocalizados da Política Estadual de Educação Ambiental

Órgão Responsável SEMARH/SRH

Objetivos  Implementar a Política Estadual de Educação Ambiental, com atividades


socioeducativas e ambientais.

Estágio de Política Estadual de Educação Ambiental em processo de regulamentação


Implementação

Principais Ações  Regulamentação da Política Estadual de Educação Ambiental;


 Implementação de ações socioeducativas;
 Capacitação em Educação Ambiental para gestores e sociedade em geral.

Recursos envolvidos Aproximadamente R$ 6.000,00


*ordem de grandeza

Resultados esperados  Melhoria da qualidade ambiental nos municípios sergipanos;


 População sensibilizada e enraizamento da Educação Ambiental nos
municípios sergipanos;

Área de Abrangência Todo Território Sergipano

Fonte: SEMARH.

 PLANO INTERMUNICIPAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO BAIXO SÃO FRANCISCO


SERGIPANO
Quadro 34: Políticas, Programas e Projetos Colocalizados do Plano Intermunicipal de Resíduos Sólidos
do Baixo São Francisco Sergipano

Órgão Responsável SEMARH/SQS

Objetivos  Realizar estudos com vistas a elaboração do referido plano composto por
28 municípios, de acordo com a lei número 12.305/2010, envolvendo as ações
do objeto de contrato de repasse firmado entre a SEMARH e MMA.

Estágio de Plano Intermunicipal de Resíduos Sólidos da região do baixo São Francisco em


Implementação processo licitatório para contratação de empresa de consultoria para
elaboração

Principais Ações  Elaboração de Planos Intermunicipais como Apoio a Consórcios de

263
Órgão Responsável SEMARH/SQS
Municípios na Criação e Implementação de Processos para Gestão Integrada
de Resíduos Sólidos na BHSE

Recursos envolvidos Contrato de repasse MMA no valor de R$ 220.000,00


*ordem de grandeza

Resultados esperados  Plano Elaborado

Área de Abrangência 28 municípios da região do consórcio do baixo São Francisco

Fonte: SEMARH.

 POLITICA ESTADUAL DE GERENCIAMENTO COSTEIRO


Quadro 35: Políticas, Programas e Projetos Colocalizados da Politica Estadual de Gerenciamento
Costeiro

Órgão Responsável SEMARH/SQS

Objetivos  Avaliar e planejar o ordenamento do uso e ocupação do solo em áreas


costeiras baseado nos processos marinhos

Estágio de No ano de 2010 foram elaborados os diagnósticos socioambientais dos


Implementação municípios de Barra dos Coqueiros, Pacatuba, Brejo Grande, como subsídio
para elaboração do Projeto de Gestão Integrada de Orla nos municípios acima
citados.
Processo de licitação para contratação de consultoria para a revisão e
atualização do Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima do Município de
Estância.

Principais Ações  Projeto de Gestão Integrada de Orla Marítima nos municípios de Aracaju,
Itaporanga D’juda, Estância, Barra dos Coqueiros, Pacatuba ,Brejo Grande e
Pirambu.
 Elaboração da Política Estadual de Gerenciamento Costeiro.

Recursos envolvidos R$ 36.000,00


*ordem de grandeza

Resultados esperados  Planos de Gestão Integrada de Orla Marítima implementados nos


municípios litorâneos;
 Melhoria da gestão costeira do Estado;
 Proteção de ecossistemas costeiros;
 Melhoria da eficiência do licenciamento e ordenamento do uso e ocupação
do solo em áreas costeiras;
 Melhoria da qualidade ambiental da zona costeira.

Área de Abrangência Municípios costeiros

Fonte: SEMARH.

264
 FUNDO CLIMA
Quadro 36: Políticas, Programas e Projetos Colocalizados do Fundo Clima

Órgão Responsável SEMARH/SBF

Objetivos  Desertificação (ASD’s) em Sergipe

Estágio de Preparação de Termos de Referências para processos de licitação.


Implementação

Principais Ações  Implementação de Sistemas Agroflorestais/Agroecológicos, Recuperação


de Áreas degradadas, Estruturação de Cadeias Produtivas e Eficiência
Energética.

Recursos envolvidos R$ 2. 301.330,00


*ordem de grandeza

Resultados esperados  Criar sinergias entre diferentes instituições com potencial p/ trabalhar no
combate a desertificação( Governamental, Universidade e Tecnológica). Definir
mecanismos e aperfeiçoar os existentes no combate à desertificação com
ações integradas às populações das ASD’s sergipanas dentre outros.

Área de Abrangência Municípios do Alto Sertão Sergipano (Canindé do S. Francisco, Poço Redondo,
NS da Glória, Gararu, Porto da Folha e Monte Alegre de Sergipe.

Fonte: SEMARH.

7.5.5. Monitoramento Ambiental


O Monitoramento ambiental é a avaliação qualitativa e quantitativa, contínua e/ou periódica,
da presença de poluentes no meio ambiente. Apresenta informações sobre a qualidade da
água e avalia os impactos e riscos ambientais, a partir de levantamentos e medições
realizadas pela Adema. Estas informações, além de direcionar as ações de licenciamento
ambiental, têm também a finalidade de informar a qualidade atual do meio ambiente no
Estado.
As atividades de Avaliação e Monitoramento Ambiental desenvolvidas pela Adema são:
 Avaliação do automonitoramento de Indústrias;
 Avaliação da eficiência do tratamento de efluentes industriais e domésticos;
 Monitoramento das águas de reservatórios, poços artesianos, açudes públicos,
lagoas e riachos;
 Monitoramento da qualidade da água de corpos d’água como rios e nascentes em
todo Estado.
 Monitoramento das Condições de Balneabilidade das Praias:
 Na capital: Atalaia Velha, Aruanã, Robalo, Náufragos, do Bairro Industrial, 13
de Julho, Coroa do Meio, Artistas, Bico do Pato e Areal, no rio Santa Maria, em
Aracaju;
 No interior: Praias da Costa, da Atalaia Nova, do Farol e do Jatobá na Barra
dos Coqueiros; de Pirambu, em Pirambú; da Caueira, em Itaporanga D’Ajuda;
da Boa Viagem e Saco em Estância; Prainha de São Pedro Pescador e do Siri,
em Nossa Senhora do Socorro - SE.
 Monitoramento das águas de Lagos e Lagoas: nos lagos artificiais e nas lagoas
naturais na Atalaia Velha são avaliados o nível de contaminação, através do nº. de

265
Coliformes Termotolerantes. Também, mensalmente é monitorada as condições de
balneabilidade da Lagoa do Abais, em Estância - SE;
 Monitoramento da qualidade de águas de rios e riachos: Cotinguiba, Sergipe,
Poxim, Poxim Mirim, Sal, Santa Maria, Fundo, Vaza Barris, Jabeberi, Jacaré,
Porções, Piauí, Piauitinga, Japaratuba, Lagartixo, riacho Taboca.

A. Gerenciamento Costeiro

Em relação ao estabelecimento de diretrizes de ocupação para o litoral do Estado, a


Secretaria responsável pelo Planejamento Estadual está desenvolvendo, em convênio com
o MMA (como parte do Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro), um projeto de
Gerenciamento Costeiro para Sergipe.
O projeto de Gerenciamento Costeiro - GERCO tem o objetivo de:
 Diagnosticar as potencialidades socioeconômicas e dos recursos naturais da zona
costeira;
 Identificar as limitações naturais e restrições legais ao uso do território e conflitos de
uso;
 Promover a participação da comunidade na definição de alternativas de uso do
solo, aproveitamento dos recursos naturais e desenvolvimento econômico,
incorporando os princípios do desenvolvimento sustentado;
 Participar da Gestão Ambiental a partir de mapeamentos utilizados para elaboração
de uso do solo e meio ambiente do litoral;
 Cooperar com os órgãos ambientais no licenciamento de empreendimentos a
serem instalados na zona costeira.

B. Projeto Orla

No âmbito do Estado de Sergipe, o Projeto Orla abordou os mais diversos aspectos de


influência significativa para as orlas sergipanas, sob a coordenação da Secretaria de Estado
do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos - SEMARH, em articulação com a Gerência
Regional do Patrimônio da União – GRPU, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos
Recursos Naturais – IBAMA, as Administrações Municipais diretamente envolvida, bem
como a Universidade Federal de Sergipe e a Universidade Tiradentes, organizações não
governamentais locais e instituições relacionadas ao patrimônio histórico, artístico e cultural.
O princípio básico do Diagnóstico Paisagístico é a caracterização da orla municipal e sua
gestão compartilhada, que considere o conjunto de planos, projetos e ações desenvolvidos
pela Prefeitura Municipal, com vista à promoção do desenvolvimento sustentável local.

C. Demais Programas e Políticas Públicas

O Estado de Sergipe elaborou estudo de seus recursos hídricos, através da SEPLANTEC, e


como resultado, um programa, feito em cooperação técnica com a JICA – Agência de
Cooperação Internacional do Japão, no período de junho de 1998 a março de 2000,
estruturou as intervenções hídricas, voltadas para o uso múltiplo da água, através de ações
em horizontes de curto, médio e longo prazo.

266
D. Metas de Qualidade

No estado não existe um Plano, com metas de qualidade, instituído.

7.5.6. Capacidade Institucional dos Municípios e das Entidades Estaduais Para


a Gestão Ambiental

No Quadro 37: estão listados os órgãos gestores municipais do meio ambiente do Polo
Costa dos Coqueirais, sendo que alguns municípios não colocaram as informações
necessárias referentes ao funcionamento dos organismos municipais voltados à Gestão
Ambiental.
Quadro 37: Capacidade Institucional dos municípios para a Gestão Ambiental
Município Órgãos Responsáveis
Administração Estadual do Meio Ambiente – Adema
Aracaju Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos -
SEMARH
Barra dos Coqueiros Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Brejo Grande Secretaria Municipal de Agricultura
Estância Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente
Indiaroba Não Possui
Itaporanga D’Ajuda Não Possui
Laranjeiras Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Nossa Senhora do Socorro Secretaria Municipal de Agricultura, Irrigação, Meio Ambiente e Pesca
Pacatuba Sem Informação
Pirambu Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente
Santa Luzia do Itanhy Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Santo Amaro das Brotas Sem Informação
São Cristóvão Secretaria Municipal de Infraestrutura, Coordenadoria de Defesa Civil
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

7.6. Unidades de Conservação/Eficiência da Fiscalização


No Polo Costa dos Coqueirais existem Unidades de Conservação – UC, tanto de proteção
integral como de uso sustentável (federais, estaduais e municipais), mas nenhuma delas
possui plano de manejo.

7.6.1. Federais
A. Reserva Biológica Santa Izabel

Criada pelo Decreto nº 96.999, de 20 de outubro de 1988, possui área de 2.766 ha, sendo
45 km de praia limitados pela barra do rio Japaratuba e pela barra do Funil.
A Unidade tem como objetivos específicos a proteção dos ecossistemas de dunas,
vegetação de restinga, lagoas temporárias e permanentes, praias, manguezais, além da
fauna associada.
Entre um dos principais motivos de criação da unidade está a presença da menor tartaruga
marinha (Lepidochelys oleácea), sendo, o local, seu maior sítio de desova no Brasil. Devido
ao fato da referida tartaruga encontrar-se em perigo de extinção, a Reserva Biológica Santa

267
Izabel é de fundamental importância para a manutenção dessa espécie e, por, concentra
atividades do Projeto Tamar, consistindo em educação ambiental para turistas e população
local e incentivo ao resgate de tradições e artesanato regionais.
Por ser uma unidade de conservação de proteção integral, o acesso é permitido somente a
pesquisadores e para ações de educação ambiental.
Figura 130. Reserva Biológica de Santa Izabel

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

B. Floresta Nacional do Ibura

Unidade de Conservação criada especialmente para proteção do Macaco Guigó na Mata


Atlântica, abrange os municípios de Santa Luzia do Itanhy e Indiaroba. A unidade não
possui plano de manejo tampouco conselho consultivo.
A Floresta Nacional do Ibura está localizada no município de Nossa Senhora do Socorro,
Sergipe, e conta com uma área de 144 hectares, dezessete ares e oitenta e cinco centiares.
Criada por decreto em 19 de setembro de 2005, com o objetivo de promover o uso múltiplo
sustentável dos recursos florestais, a manutenção de banco de germoplasma in situ de
espécies florestais nativas, inclusive do bioma Mata Atlântica com formações de floresta
estacional semidecidual nos estágios médio e avançado de regeneração, em associação
com manguezal, a manutenção e a proteção dos recursos florestais e da biodiversidade, a
recuperação de áreas degradadas e a pesquisa científica, o Ibura compreende riquezas
naturais e culturais tão exuberantes: um ecossistema que agrega mata atlântica, restinga,
mangues, e áreas úmidas. Os critérios e normas para a criação da Floresta Nacional do
Ibura, implantação e gestão das Unidades de Conservação, são estabelecidos pela Lei
9.985 de 18 de Julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação
da Natureza (MMA, 2004). A área é utilizada para a produção de mudas e essências
florestais, que servem para recuperação de áreas degradadas e matas ciliares.

268
Figura 131. ICMBio

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

7.6.2. Estaduais
A. APA do Morro do Urubu

Localizada no Município de Aracaju, na área urbana, limita-se ao Norte com o Rio do Sal, ao
Leste com o Rio Sergipe e ao Sul e Oeste com as áreas urbanas da Zona Norte do
município. Trata-se de região onde originalmente predominavam a Mata Atlântica e seus
ecossistemas associados, além de enclaves de Cerrado. Criada e regulamentada pelos
Decretos 13.713, de 14.07.93, e 15.505, de 13.07.95, a área vem sofrendo pressão urbana
e se descaracterizando cada vez mais. O complexo de vegetação encontra-se hoje bastante
comprometido, sobretudo pela invasão, construção e urbanização das favelas na área.
Informações sobre a UC:
 Possui o único Posto Avançado do Estado – O Parque José Rollemberg Leite,
aprovado pela Reserva da Biosfera da Mata Atlântica em outubro de 2000.
 Com 68 ha de Mata Atlântica, ainda não dispõe de Plano de Manejo.
 A APA não dispõe de estrutura de apoio administrativa local.
O Parque inserido nessa APA também se encontra em péssimo estado de conservação,
com áreas degradadas e sofrendo pressão antrópica constante, aumentando cada vez mais
os prejuízos ao meio ambiente.
As atividades turísticas desenvolvidas atualmente na APA do Morro do Urubu estão
direcionadas para a visita orientada. A APA do Morro do Urubu vem sofrendo intensos
processos de degradação ambiental necessitando de ações imediatas voltadas para a
revitalização e o manejo sustentável.

B. APA da Foz do Rio Vaza-Barris

Criada pela Lei Estadual No 2795 de 30 de março de 1990, compreende área situada na foz
do rio Vaza-Barris. A “Ilha do Paraíso” atualmente não mais se constitui em ilha, uma vez
que o depósito de sedimentos levou a mesma a juntar-se ao continente, formando vasta
planície de restinga onde predominam espécies singulares de vegetação. A área vem
sofrendo forte pressão antrópica.

269
C. APA do Litoral Sul

Transformada em Unidade de Conservação através do Decreto 13.468 de 22 de


janeiro de 1993, define a estrutura de ocupação da área compreendida entre a foz do
Rio Vaza Barris e a desembocadura do Rio Real, com cerca de 55,5 km de costa e
largura variável de 10 a 12 km, do litoral para o interior.
Abrange os municípios de Itaporanga d’Ajuda, Estância, Santa Luzia do Itanhy e
Indiaroba. Inserem-se nessa APA as praias mais habitadas do estado, destacando-se
Caueira, Saco e Abais. Observam-se também as maiores áreas de Restingas
arbóreas, Manguezais e manchas mais preservadas de Mata Atlântica. Compreende
ainda área de grande fragilidade ambiental formada por dunas, lagoas e manguezais,
que vem sofrendo início de processo de pressão em virtude do desenvolvimento
turístico e econômico do Litoral Sul, notadamente após a abertura da rodovia SE-100.
A APA do Litoral Sul foi criada em consequência da proposta do Governo do Estado
de promover o desenvolvimento sustentável baseado na implantação de programas de
desenvolvimento econômico-social, voltados para as atividades turísticas, em sintonia
com a proteção dos ecossistemas essenciais à biodiversidade e à melhoria da
qualidade de vida da população.
Atualmente, o eixo do desenvolvimento para o Estado assenta-se na política do
turismo que tem provocado impactos na zona costeira, sobretudo, em relação ao uso
do solo. As áreas outrora exploradas com o cultivo do coco da baia rapidamente serão
parceladas e transformadas em loteamentos, à beira da praia.
Aliado ainda ao dinamismo dos loteamentos, há uma demanda crescente no Estado
pelas atividades relacionadas à carcinicultura. Sabendo-se que o foco das referidas
atividades é a zona costeira, fundamentalmente, a área delimitada pela APA do litoral
Sul e que o Estado e os Municípios não dispõem de normas específicas para o
ordenamento do território, acredita-se ser o Plano de Manejo o instrumento básico
para nortear o desenvolvimento do litoral Sul sergipano.

D. APA do Rio Sergipe

Criada pela Lei Estadual Nº 2.825, de julho de 1990, constitui-se como “paisagem
natural” em todo o trecho do Rio Sergipe, que serve de divisa entre os municípios de
Aracaju e Barra dos Coqueiros. Sofre pressão decorrente do desenvolvimento urbano.
O rio é ameaçado pelo lançamento de esgoto sanitário, tanto de Aracaju, quanto de
Barra dos Coqueiros.

E. APA do Litoral Norte

Criada pelo decreto Governamental N° 22995 de 09/11/2004, englobando área situada


nos municípios de Pirambu, Japoatã, Pacatuba, Ilha das Flores e Brejo Grande. A área
abrangida pela APA é relativamente pouco ocupada e composta em sua maioria de
restingas, mangues e dunas. As paisagens harmonizam-se e são interdependentes,
no que concerne a biota, podendo ser explorado de forma equilibrada e dando
sustentabilidade econômica à população local.

270
Brejo Grande, sede do município, é a maior área urbana existente dentro da APA e
abriga cerca de 4.000 habitantes. As vilas e povoados são bem menores. Excluindo
estas localidades, a densidade média no restante da área é provavelmente inferior a
10 hab./km2. Na região, apenas as várzeas inundadas eram bastante cultivadas, até
que a ausência de cheias e a introdução da mecanização levaram ao abandono de
muitas áreas. De maneira geral, o meio ambiente encontra-se em razoável estado de
preservação, notadamente no manguezal, nos brejos e nas várzeas dos rios, e em
extensos trechos de restinga.
O delta do São Francisco contém as mais significativas espécies endêmicas da costa
nordestina e compreende os mais importantes e variados locais de reprodução.
Ao Sul da APA do Litoral Norte encontra-se a Reserva Biológica de Santa Izabel. Ao
norte, em Alagoas, há a APA de Piaçabuçu, que se estende para o norte e se encontra
com a APA Costa dos Corais. A criação da APA do Litoral Norte estabelece um
corredor ecológico indo da costa norte de Sergipe até a costa sul de Pernambuco.
Toda a região sofre riscos ambientais pelo alto grau de pressão humana, que tende a
se elevar rapidamente nos próximos anos. Há todo um conjunto de pressões, incluindo
desde a sobrepesca até a exploração de petróleo e a carcinicultura.
A região apresenta também significativo valor histórico e cultural. A ocupação inicial da
área foi feita pelos colonizadores, no entanto como suas características não se
adequavam à criação de gado ou cultivo de cana-de-açúcar, não surgiram cidades de
vulto significativo.
Quando da introdução do cultivo de arroz, foi criada uma cultura típica, com singular
modo de trabalho, também observado em outras áreas do baixo São Francisco, que
associado ao transporte fluvial e aos métodos de pesca formam um importante nicho
de conhecimento local. A recuperação desta cultura popular, em rápido processo de
esquecimento, é importante e deverá ser considerada como uma das atividades
prioritárias na gestão da APA. Encontram-se ainda na região diversas antigas
construções e engenhos em estado precário de conservação.
A APA compreende ainda o denominado “Pantanal de Pacatuba”: com cerca de 40
Km². Trata-se de um ambiente inusitado, composto por um quadro natural que funde
ambientes de inigualável beleza: dunas, manguezais e lagoas rodeadas de coqueirais
e trechos de mata remanescente. As águas do Rio Poxim contribuem para a formação
deste cenário. A rede de drenagens acomoda na topografia do terreno formando
canais e lagoas que se comunicam. A hidrografia e a vegetação variada, com espécies
frutíferas silvestres como mangabeiras e cajueiros, favorecem que cerca de 100
espécies de aves, segundo observações realizadas, sejam encontradas.
Animais de porte como o jacaré do papo amarelo - ameaçado de extinção - capivaras
e macacos-prego são outros representantes da fauna que vive nestes ambientes. Os
recursos de pesca são abundantes e de qualidade variada: tainhas, bagres, robalos e
baiacus.

7.6.3. Municipais
A. Reserva Ecológica do Crasto

Localizada no município de Santa Luzia do Itanhy, às margens dos rios Piauí e


Piauitinga. Com área de 780 ha, é uma das maiores reservas de Mata Atlântica de
Sergipe. Estão presentes diversas espécies de fauna e flora nativa na área,
ameaçadas de extinção.

271
B. Parque Ecológico Tramanday

Criado pelo Decreto Municipal Nº112, de 13 de novembro de 1996, possui área de


aproximadamente 3,6 ha. Situa-se nas proximidades do Bairro Jardins, zona nobre de
Aracaju, e tem como objetivo preservar e recuperar o restante dos manguezais da
região. Trata-se de medida mitigadora/compensatória da ocupação da área com o
Bairro Jardins definida por Lei, porém ainda não implantada.
Figura 132. Parque Ecológico Tramanday

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

7.7. Gestão Ambiental nas Empresas Privadas: Programas de Certificação


Ambiental das Empresas Turísticas da AT (Consolidados Ou Em
Implementação)

Não existem programas de certificação ambiental para empresas de turismo no estado


de Sergipe. Segundo o Prodetur, as empresas que querem certificações como a ISO
14001 têm que buscar consultorias por meios próprios sem apoio do Governo do
Estado.

7.7.1. Instrumentos de Planejamento e Controle Territorial


A. Zoneamento Econômico-Ecológico

O Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE, elaborado para o Litoral Sul aborda as


áreas dos municípios de São Cristóvão, Itaporanga d’Ajuda, Estância, Santa Luzia do
Itanhy e Indiaroba. Na área foram identificadas diversas restrições e limitações ao uso
do solo, sendo as principais:
 problemas de drenagem sobre as áreas inundáveis e os fundos de vales;
 restrições por fertilidade dos solos;
 restrições de ordem legal - dunas, manchas de matas, mangues e restingas e o
uso de mananciais previsto no reenquadramento dos corpos d’água -; e
 erosão marinha, eólica e pluvial e assoreamento.
Além dessas restrições, verifica-se o uso inadequado dos mananciais superficiais, que
vem comprometendo os recursos disponíveis e degradando as condições naturais dos

272
ecossistemas estuarinos. A utilização dos mananciais como local de despejos urbanos
domésticos e de efluentes industriais têm comprometido a qualidade das águas,
principalmente nos estuários dos rios Sergipe e Piauí.
A presença de áreas úmidas e de lagos que servem de refúgio para a fauna,
principalmente as aves, é merecedora de atenção especial, visando impedir que
ocupação desordenada contamine os corpos de água. Por outro lado, os cordões
dunares têm sido alvo constante das mineradoras de areia e dos empreendedores
imobiliários, implicando em sucessivas atuações por parte do Ministério Público
Federal e Estadual. Também a flora remanescente, restrita a manchas de Mata
Atlântica e manguezais deve ser preservada para a manutenção das funções
ecológicas.
A concentração populacional e das atividades econômicas e a tendência de
urbanização devem ser equacionadas diante da pouca disponibilidade de terras e das
características ambientais da zona costeira. Ressalta-se que entre os principais
problemas de atenção imediata encontram-se: a regulamentação de uso do solo da
APA do Urubu e revitalização do parque nela inserido; e a proteção, controle e
recuperação da área de lagoas, dunas e manguezais do dispersas por todos os
municípios da área de planejamento.
O ZEE existente já está ultrapassado e, segundo informações da SEMARH, deve ser
reelaborado com urgência.

273
8. CONSOLIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
Neste Capítulo é apresentada a consolidação do Diagnóstico Estratégico como base
referencial para a validação da área turística, para formulação das estratégias de
desenvolvimento turístico e para elaboração do plano de ação de desenvolvimento integrado
do turismo sustentável da área de planejamento. A caracterização, a análise e avaliação dos
pontos críticos concernentes ao cenário atual constituem passos essenciais para que os
investimentos previstos nesta revisão do PDITS se ajustem às necessidades do Polo e
possibilitem o alcance dos objetivos fixados.
Para a elaboração do PDITS do Polo Costa dos Coqueirais, o diagnóstico estratégico
apresenta a situação atual da região em termos do mercado turístico, os produtos
consolidados e potenciais, os gargalos existentes e as possibilidades de sua superação,
definindo seu posicionamento competitivo perante o mercado turístico brasileiro e
internacional.
O Diagnóstico Estratégico foi elaborado a partir de uma ampla pesquisa documental em
busca de dados disponíveis nas diversas mídias e junto a diferentes atores, nas instâncias de
governo federal, estadual e dos municípios envolvidos. O levantamento de subsídios
demandou também atividades de campo, junto aos órgãos governamentais e aos agentes da
sociedade local envolvidos com a gestão e a operacionalização do turismo e do meio
ambiente no Polo Costa dos Coqueirais. Complementando este processo, duas Oficinas
Públicas foram realizadas em Aracaju, a primeira com a participação de gestores/técnicos de
órgãos públicos estaduais e municipais e de representantes do segmento empresarial e de
organizações do terceiro setor no campo do turismo sergipano; a segunda Oficina foi dirigida
para profissionais graduados da área de turismo, docentes e pesquisadores pertencentes às
entidades educacionais de nível superior sediadas na área do Polo.

A. Validação dos Segmentos e Produtos Turísticos


A análise dos dados provenientes de pesquisas e estudos da Demanda e à Oferta Turística
no Estado de Sergipe permite, em um exercício de síntese, identificar e validar os segmentos
e produtos turísticos relativos ao Polo Costa dos Coqueirais e verificar a sua diversidade,
estejam eles já consolidados ou como potencial para exploração e desenvolvimento. Ainda
há, na área turística, grande potencial quanto aos recursos da natureza, novos circuitos de
ecoturismo e de patrimônio cultural e histórico, dentre outros, para serem explorados, de
forma sustentável, e integrados à oferta atual.
Os dados demonstram que, considerando a situação atual e os atrativos consolidados
existentes, os segmentos turísticos principais do Polo são identificados como: turismo de sol e
praia, na proporção de 57,5%, turismo cultural (21,6%) e turismo de negócios e eventos
(16,4%). Desta forma, a área do Polo possui seus principais produtos turísticos relacionados
ao turismo de sol e praia e ao turismo cultural que, somados, representam 79,1% do turismo
praticado.
Os principais atrativos da Área Turística são então classificados como naturais, culturais e de
negócios e eventos. Dentre eles, destacam-se como produtos já consolidados:
 Produtos do Segmento de Sol e Praia
 Praia de Atalaia – Aracaju;
 Foz do Rio São Francisco – Brejo Grande
 Mangue Seco (BA), acessado por Estância, Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy –
Litoral Sul;
 Produtos do Segmento Turismo Cultural
 City Tour – Aracaju,

274
 festas de São João – Aracaju, Estância, Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda e
Pacatuba;
 patrimônio histórico cultural - São Cristóvão e Laranjeiras,
 turismo de base comunitária – Santa Luzia do Itanhy.
 Produtos do Segmento de Negócios e Eventos
 feiras e eventos corporativos e culturais de pequeno e médio porte – Aracaju e
Barra dos Coqueiros (Centro de Convenções e Rede Hoteleira).
 reuniões de trabalho / negócios (Organizações, Empresas e Rede Hoteleira).
Estes produtos consolidados são os mais rentáveis, têm maior possibilidade de crescimento
sob o enfoque da sustentabilidade e, portanto, devem ser mantidos, promovidos, ampliados e
alvo de melhorias.
Os segmentos complementares e potenciais identificados no Polo Costa dos Coqueirais são
os relativos:
 ao Ecoturismo que, segundo dados disponíveis, já é responsável por 4,4% do fluxo
turístico do Polo;
 ao Turismo Rural e
 ao Turismo Náutico.
Em relação aos produtos emergentes, que têm maior potencial ou possibilidade de
crescimento na Área Turística destacam-se:
 Produtos do Segmento Ecoturismo
 APA Litoral Norte;
 Projeto Tamar – Pirambu;
 Reserva Biológica de Santa Izabel – Pirambu;
 Pantanal Nordestino – Pacatuba;
 Reserva Ecológica de Castro – Mata Atlântica – Santa Luzia do Itanhy.
 Produtos do Segmento Turismo Rural
 Engenhos – São Cristóvão, Santa Luzia do Itanhy,
 Sitio Ebenezer – Santa Luzia do Itanhy.
 Produtos do Segmento Turismo Náutico
 Catamarã – Aracaju;
 Tototó – Barra dos Coqueiros;
 Escuna Gazzela e outras embarcações similares – Santa Luzia do Itanhy,
Estância e Indiaroba;
 Rio São Francisco – Brejo Grande;
 Rio Piauí – Santa Luzia do Itanhy;
 Rio Sergipe – Aracaju;
 Navegação por manguezais em barco a vela – Indiaroba.
Esses produtos em estágio potencial requerem concentração de esforços no sentido de
qualificar e expandir as estruturas físicas e de atendimento turístico, a par de ações de
promoção e comercialização, de forma a permitir a prática real do turismo, possibilitando a
diversificação da oferta atual.
O ecoturismo, frente às características naturais da área, já é, mesmo que de forma incipiente,
praticado no Polo, ainda que sua exploração plena e sustentável exija investimentos
significativos. Desta forma, resta priorizar ações que permitam incluir efetivamente os
segmentos de turismo náutico e de turismo rural no portfólio de produtos do Polo.

275
Os segmentos principais, já consolidados, e os segmentos potenciais relativos ao turismo no
Polo Costa dos Coqueirais devem constituir um mix que levem ao fortalecimento da oferta
turística e ao desenvolvimento sustentável da área, em benefício da população residente e
dos turistas que a acessam.

B. Identificação dos Principais Pontos Críticos de Intervenção

Os principais gargalos para o desenvolvimento do turismo sustentável no Polo Costa dos


Coqueirais estão a seguir registrados e foram extraídos e sumarizados a partir do Diagnóstico
Estratégico elaborado como primeira etapa da revisão do PDITS da área turística. A
caracterização da área de estudo e a identificação dos problemas existentes constituem
subsídios essenciais para formulação das estratégias de desenvolvimento sustentável do
turismo em direção ao plano de ação.
Neste sentido, os prontos críticos incidem em questões voltadas para: (i) o fortalecimento
institucional, (ii) a diversificação de produtos e a formatação de roteiros integrados, (iii) a
formação da imagem/identidade do Polo, (iv) a infraestrutura básica e os serviços públicos, (v)
os equipamentos e serviços turísticos e, por fim, para a gestão de áreas ambientais frágeis
que a área apresenta.

Fortalecimento Institucional
A ausência de um sistema de informações gerenciais que contemple dados e informações
sobre o mercado turístico, o perfil da demanda, os gastos turísticos, as preferências dos
turistas, o produto interno bruto do setor turístico e sobre o impacto econômico do turismo,
dentre outros, constitui um gargalo crítico para a gestão eficaz do turismo. O sistema de
informações turísticas é ferramenta básica para o planejamento e para o processo de tomada
de decisões estratégicas.
Outro ponto crítico que se apresenta no Polo consiste na organização político-institucional e
da atividade turística. Verifica-se:
 a desarticulação das instâncias gestoras do turismo,
 a incipiência de mecanismos de mobilização e participação comunitária na gestão
territorial,
 a insuficiência de quadros de profissionais especializados e capacitados para atuação
no setor,
 a ausência de especialistas habilitados para a elaboração e gestão de projetos e para
captação de recursos e
 a carência de recursos orçamentários para a promoção da atividade turística.
Constata-se também:
 a falta de sensibilização da população local em relação o turismo, sem reconhecê-lo
como atividade econômica importante para o desenvolvimento da região e para a
geração de emprego e renda;
 a capacitação dos profissionais para ocupação de postos de trabalho no mercado do
turismo é incipiente para promover a melhoria da qualidade dos serviços turísticos e
para o atendimento adequado ao turista.
Esta posição requer o fortalecimento das relações entre o poder público, iniciativa privada e
sociedade civil.

276
Diversificação do Produto Turístico e Formatação de Produtos Turísticos Integrados
A análise dos atrativos turísticos dos municípios do Polo permitiu identificar a diversidade
natural, cultural e histórica existente na região, possibilitando a formatação de novos
produtos, mas, ao mesmo tempo, permitiu constatar a acomodação da oferta, reduzida a
poucos produtos e roteiros turísticos comercializados pelas agências de turismo e por outros
meios. Esta situação gera a baixa permanência do turista na região, a redução do gasto
turístico e, em razão do pequeno índice de pernoites e, consequentemente, a pequena
demanda por serviços de hospedagem, alimentação, transporte e outros, causando a
estagnação dos destinos turísticos municipais, com exceção de Aracaju.
Outro ponto crítico verificado refere-se à ausência de produtos e roteiros integrados que,
ultrapassando os limites territoriais dos municípios, une-os, aumentando o potencial de
comercialização, favorecido também pela proximidade existente entre eles no Polo.

Marketing
Não há uma imagem/identidade associada ao Polo, o que denota a necessidade de adoção
de estratégias e ações de marketing turístico consolidadas em um Plano elaborado de
acordo com as características do Polo e adequado para atendimento de cenários futuros,
direcionado aos produtos prioritários e mercados-meta identificados.

Infraestrutura Básica e Serviços Públicos


Dentre as carências de infraestrutura e serviços destacam-se, principalmente, aquelas
relacionadas ao abastecimento de água, ao esgotamento sanitário, à limpeza urbana, à
segurança pública e aos serviços de saúde.
O abastecimento de água é especialmente comprometido nos municípios de Indiaroba,
Pacatuba e Santa Luzia do Itanhy, indicando a necessidade de ampliação e reforço do
sistema existente, em busca do atendimento integral e a promoção da saúde da população
residente e dos turistas, considerando o cenário atual e os cenários futuros de
desenvolvimento do turismo.
Quanto ao serviço de esgotamento sanitário observa-se que as sedes municipais contam, via
de regra, com redes coletoras de esgoto; no entanto a destinação e o tratamento são
precários, constatando-se casos frequentes de escoamento do esgoto em valas a céu aberto,
nos rios, nos lagos ou no mar, poluindo os recursos hídricos e fazendo proliferar doenças que
atingem, principalmente, as comunidades com menor poder aquisitivos. Nos povoados
destaca-se maior precariedade do que nas áreas urbanas das sedes municipais, tanto com
relação à captação quanto na disposição e no tratamento do esgoto.
Os gargalos referentes à limpeza urbana referem-se, principalmente, aos locais utilizados
para deposição do lixo, à inexistência de políticas públicas para o setor, à ausência de coleta
seletiva e de ações continuadas de educação sanitária e ambiental. Destes, é a disposição
final dos resíduos sólidos urbanos, efetuada sem nenhum controle ou cuidado quanto à
poluição do ar, do solo e dos recursos hídricos, é o fator mais preocupante. Quanto à coleta
observa-se maior precariedade em Pacatuba e em Santa Luzia do Itanhy.
Os maiores problemas no Polo referente à segurança estão relacionados ao policiamento
turístico, desempenhado pela CPTur, que tem a sua atuação restrita apenas à capital. Diante
da perspectiva de expansão e de crescimento do turismo, verifica-se também a necessidade
de expansão e aumento do efetivo de segurança em todos os municípios do Polo.

277
A oferta de serviços de saúde aponta um desequilíbrio no que diz respeito à distribuição dos
estabelecimentos de atendimento à saúde entre os municípios do Polo. A porção central
possui maior oferta de equipamentos de saúde, seguida pelo Litoral Sul. Ao contrário, o
Litoral Norte possui poucas unidades de atendimento, hospitalares ou de outro tipo,
adequadas para suprir as necessidades da comunidade e dos turistas.

Infraestrutura Turística – Acessos Viários Secundários e Atracadouros


Destacam-se como gargalo para o desenvolvimento turístico os acessos viários no litoral
norte devido à falta de pavimentação da SE 100 e de sinalização indicativa. No litoral sul
constata-se o difícil acesso ao povoado de Crasto, em Santa Luzia do Itanhy, que se encontra
sem pavimentação.
Os atracadouros existentes no Polo encontram-se em estado precário, tanto para o embarque
e desembarque de turistas com segurança, quanto para a oferta de serviços complementares
como alimentação, artesanato, sanitários e locais para descanso, tornando-se um elemento
crítico que impede o desenvolvimento do turismo na região.

Fragilidade Ambiental
O patrimônio natural do Polo é formado por dunas, mangues, restingas, Mata Atlântica, rios,
praias, cachoeiras, reservas e áreas de preservação ambiental. Estas áreas são atrativas
para os turistas e contribuem para o fortalecimento dos segmentos náutico e de ecoturismo.
Neste sentido, a gestão ambiental deve ser tratada de forma cuidadosa, e um dos desafios
consiste em conciliar o crescente interesse empresarial em abrir ou explorar novos atrativos e
a capacidade dos órgãos de fiscalização para orientar e fiscalizar estes estabelecimentos
Outro aspecto da gestão pública que representa um gargalo a ser superado, é a fragilidade
dos órgãos ambientais no tocante à fiscalização em função do limitado quadro de pessoal
técnico e a falta de equipamentos adequados ao seu funcionamento.

C. Posição atual da área no mercado turístico versus seu


posicionamento potencial

Diante de todas as análises realizadas e da delimitação dos segmentos e produtos turísticos


consolidados e potenciais, resta visualizar, finalmente, a condição instalada e refletir sobre a
posição atual do Polo Costa dos Coqueirais no mercado turístico e sobre o que é realmente
necessário empreender para que seja alcançado em longo prazo o seu potencial pleno de
desenvolvimento sustentável do turismo.
No diagnóstico ressaltam-se a evolução, desde o início da década de 2000 até hoje, e a
consolidação do turismo em Aracaju, influenciadas, inclusive, por investimentos de peso em
infraestrutura básica e em equipamentos públicos, realizados ao longo deste tempo, cuja
ressonância no setor privado provocou a instalação de equipamentos hoteleiros, de
alimentação, de agenciamento de viagens, dentre outros.
Por outro lado, é evidente o potencial do Polo quanto aos produtos disponíveis, sejam eles
naturais, culturais ou outros, com perspectivas positivas para competir com os destinos da
região, principalmente por sua riqueza, diversidade e singularidade. Entretanto, dois fatores
influenciam no rumo ao desenvolvimento sustentável:
 a centralização do fluxo turístico em Aracaju, cuja rede hoteleira detém praticamente
todo o fluxo turístico e os pernoites gerados pela permanência do turista na Capital,

278
em detrimento dos demais municípios do Litoral Sul ou Norte, que não contam com
unidades de hospedagem em quantidade e qualidade;
 a concentração da oferta turística comercializada em Aracaju, que se restringe a
quatro ou cinco roteiros, alguns deles na própria Capital, bem como acesso a esses
atrativos turísticos com duração de apenas um dia, sem mobilizar a economia local.
Desta forma, o potencial pleno do Polo só será alcançado com investimentos continuados,
planejados com rigor e monitorados quanto aos resultados alcançados. Todos os
componentes de investimento típicos do Prodetur, por exemplo, encaixam-se perfeitamente
nas necessidades do Polo, ou seja, formatação do produto turístico, a adoção de estratégias
eficazes de comercialização, o fortalecimento da gestão, a implantação e melhoria da
infraestrutura básica e dos serviços públicos e as ações socioambientais.
Outra mudança essencial e de grande impacto para que o Polo possa despontar em todo o
seu potencial diz respeito à imagem identidade da área turística. Ainda que o Polo Costa dos
Coqueirais, como também o Polo Velho Chico, tenha sido instituído há quase uma década,
ainda hoje não se percebe os efeitos de um processo de planejamento turístico refletindo na
formatação de produtos e roteiros integrados, que potencializem toda a diversidade de cada
trecho em si – Área Central, Litoral Norte e Litoral Sul, e da totalidade do Polo. O mesmo se
dá na promoção, na divulgação e na comercialização do turismo, quando se percebe
iniciativas que privilegiam a imagem-identidade do estado de Sergipe ou isoladamente este
ou aquele município ou um roteiro ou evento específico. Aracaju já possui sua imagem
consolidada no turismo nacional como segmento de sol e praia e mesmo de negócios e
eventos; o Polo Costa dos Coqueirais ainda não possui uma imagem única e fortalecida.
O posicionamento potencial do Polo aponta também a possibilidade de um salto para o
Ecoturismo, consolidando novos produtos complementares, e também para o turismo náutico,
com a melhoria dos balneários existentes, a qualificação dos atracadouros e a qualificação
dos equipamentos náuticos e o afloramento do turismo rural, com base nos antigos engenhos
e nas propriedades rurais produtivas e exemplos do modo de vida da população local.
Em síntese, o Polo Costa dos Coqueirais, como fruto de investimentos e resultado de um
processo contínuo de desenvolvimento, poderá alcançar as condições necessárias para
competir, com vantagem, com outros destinos turísticos da região nordeste ou de outras
regiões brasileiras. Para tanto deve:
 ser reconhecido como produto turístico de qualidade, diversificado, capaz de satisfazer
os segmentos-meta;
 dar ênfase à riqueza e diversidade natural e histórico-cultural que o caracteriza;
 confirmar Aracaju como porta de entrada do turismo e, ao mesmo tempo, valorizar e
explorar os segmentos potenciais existentes nos demais municípios, promovendo a
integração e afirmando a complementaridade entre os seus principais segmentos
turísticos e respectivos produtos.

D. Análise SWOT do Cenário Atual

A partir do conhecimento da realidade dos municípios do Polo, consolidada no diagnóstico, a


análise da realidade atual da área abrangida foi realizada a partir dos princípios
metodológicos da matriz SWOT - Strengths /Weaknesses/ Opportunities / Threats ou Forças /
Oportunidades / Fragilidades / Ameaças. Foram consideradas as forças e fragilidades
pertinentes ao cenário atual, tidas como fatores internos inerentes ao Polo, bem como as
oportunidades e ameaças, tidas fatores externos, que impactam desenvolvimento do turismo
no território.

279
A análise procedida foi feita pelo cruzamento dessas variáveis, considerando o modelo
expresso no quadro a seguir:
Quadro 38: Análise SWOT

AMBIENTE INTERNO

FORÇAS FRAGILIDADES

CAPITALIZAÇÃO/DESENVOLVIMENTO CRESCIMENTO
OPORTUNIDADES

FORÇAS x OPORTUNIDADES FRAGILIDADES x OPORTUNIDADES

Desenvolvimento. Eliminar ou minimizar os pontos fracos,


Resultado mais rápido - consolidação do para aproveitar as oportunidades.
desenvolvimento. Intervenções para não perder as
Campos mais acessíveis. oportunidades presentes.
AMBIENTE EXTERNO

Ambiente preparado – sinal aberto.

PRIORIDADE 1 PRIORIDADE 2

MANUTENÇÃO SOBREVIVÊNCIA

FORÇAS x AMEAÇAS FRAGILIDADES x AMEAÇAS


AMEAÇÃS

Monitorar ameaças. Eliminar ou minimizar, ao máximo, as


Exercer o controle sobre a situação. fragilidades e monitorar as ameaças.
Manter ou aperfeiçoar as forças. PERIGO! INTERVIR COM URGÊNCIA!
Gestão do ambiente interno.

PRIORIDADE 3 PRIORIDADE 4

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Quadrante 1: diante de um dado de realidade que representa Força identificada no ambiente


interno tida como fator impulsor, em cruzamento com uma Oportunidade detectada no
ambiente externo, tem-se a indicação de agir em função de capitalizar o que está acessível,
obtendo assim respostas rápidas rumo ao DESENVOLVIMENTO;
Quadrante 2: igualmente, diante de um dado da realidade que representa Força identificada
no ambiente interno, tida como fator impulsor, agora em cruzamento com uma Ameaça
detectada no ambiente externo, tem-se a indicação de agir no sentido de manter as forças e
de monitorar as ameaças, tendo como resultante a MANUTENÇÃO. Esta ação requer uma
postura proativa e assertiva, na medida em que os atores do ambiente interno não podem
interferir diretamente para superação das ameaças, que estão fora de seu controle;
Quadrante 3: Neste caso, diante de um dado da realidade interna, que representa uma
Fragilidade – uma barreira ao desenvolvimento , em cruzamento com uma Oportunidade,
tem-se a indicação de ações que levem à reversão da fragilidade, de forma a não desperdiçar
a Oportunidade apresentada pelo ambiente externo. Assim, ter-se-á como resultante o
CRESCIMENTO, ainda que este possa vir de forma lenta, dependendo das dificuldades a
serem enfrentadas para eliminação ou minimização da fragilidade em tela;
Quadrante 4: Neste caso, diante de um dado da realidade interna, que representa também
uma Fragilidade - uma barreira ao desenvolvimento em cruzamento com uma Ameaça
detectada no ambiente externo, tem-se a indicação clara de intervenções urgentes,
prioritárias, para eliminar ou minimizar a fragilidade interna e, desta forma, com forças
repostas, poder SOBREVIVER às ameaças externas.
Para a avaliação procedida a partir da Matriz SWOT foram estabelecidos cinco pontos focos
de análise:
 Produto Turístico - relaciona-se diretamente com a motivação de viajar a um destino
turístico. Tem como base os atrativos que originam o deslocamento do turista a um

280
espaço geográfico determinado e inclui os equipamentos e serviços necessários para
satisfazer a motivação de viagem e possibilitar o consumo turístico.
 Comercialização - contempla as ações destinadas a fortalecer a imagem dos
destinos turísticos e a garantir a eficiência e eficácia dos meios de comercialização
escolhidos.
 Fortalecimento Institucional - engloba ações orientadas a fortalecer as instituições
do polo turístico, por meio de mecanismos de gestão e coordenação no âmbito
federal, estadual e local e do setor privado, e de apoio da gestão turística estadual e
municipal.
 Infraestrutura e Serviços Básicos - integra investimentos de infraestrutura e serviços
não vinculados diretamente a produtos turísticos, mas necessários para gerar
acessibilidade ao destino e dentro dele e para satisfazer as necessidades básicas do
turista durante a sua estada, quanto a serviços de saneamento, energia,
telecomunicações, saúde, segurança e transporte.
 Gestão Socioambiental - engloba a proteção dos recursos naturais e culturais, que
constituem a base da atividade turística, além de prevenir e minimizar os impactos
ambientais e sociais que os diversos investimentos turísticos possam gerar.
A análise a seguir apresentada refere-se a dois momentos complementares, quais sejam, a
Leitura Técnica, baseada na visão dos técnicos envolvidos, a partir dos insumos coletados na
realidade; (ii) a Leitura Comunitária, procedida por atores locais envolvidos, por meio de
Oficina de Trabalho.
No Quadro a seguir é apresentada a síntese da Matriz SWOT elaborada.
Quadro 39: Forças, Fragilidades, Oportunidades e Ameaças – Polo Costa dos Coqueirais

Produto Turístico
Relaciona-se diretamente com a motivação de viajar a um destino turístico. Tem como base os atrativos que
originam o deslocamento do turista a um espaço geográfico determinado e inclui os equipamentos e serviços
necessários para satisfazer a motivação de viagem e possibilitar o consumo turístico.
Forças Fragilidades
 Diversidade de atrativos naturais e culturais.  Falta de visão integrada e intercomplementar dos
 Área territorial pouco extensa e diversificada, produtos turísticos.
propiciando acesso rápido a diferentes atrativos.  Falta de planejamento integrado de eventos
 Riqueza do artesanato, da gastronomia e das turísticos nos municípios
festas regionais.  Concentração de infraestrutura turística e de
 Balneabilidade das praias e rios. serviços em Aracaju.
 Patrimônio cultural material e imaterial  Oferta de roteiros apenas de curta duração.
reconhecido Existência de roteiros já  Baixa permanência do turista.
estruturados e comercializados pelas agências.  Carência de roteiros turísticos complementares.
 Hotéis de rede, formatados para o turismo de  Sazonalidade do turismo
negócios de pequeno e médio porte  Ausência de equipamentos para eventos de grande
 Aracaju como Centro Receptivo principal porte.
estruturado  Fragilidade dos Centros de Atendimento ao Turista
 Parque industrial do estado capaz de fornecer quanto à infraestrutura, equipamentos, informação
insumos importantes para o setor de turismo. e gestão.
 Competitividade de Aracaju potencializada como  Descontinuidade dos serviços e produtos
um dos destinos indutores do turismo indicados oferecidos.
pelo MTUR.  Perda da identidade e pouco incentivo à produção
e à comercialização do artesanato local
 Carência de profissionais qualificados para a
cadeia do turismo
 Insuficiência e pouca qualidade dos serviços de
hospedagem e alimentação fora de Aracaju.
 Fragilidade da gestão dos atrativos relacionados ao
patrimônio histórico prejudicando sua visitação e
restringindo o acesso dos turistas.
 Deficiência da sinalização turística.

281
Produto Turístico
Relaciona-se diretamente com a motivação de viajar a um destino turístico. Tem como base os atrativos que
originam o deslocamento do turista a um espaço geográfico determinado e inclui os equipamentos e serviços
necessários para satisfazer a motivação de viagem e possibilitar o consumo turístico.
Oportunidades Ameaças
 Investimento de cadeias hoteleiras em Aracaju.  Investimento externo atrai mão de obra externa e
 Estabilidade climática favorecendo os não valoriza produção local.
segmentos principais.  Concorrência dos estados vizinhos com produtos
 Capital estrangeiro investido na economia local mais qualificados e consolidados
a partir da indústria petrolífera.  Influência das crises econômicas mundiais
 Programas federais de incentivo ao  Influência externa modificando a cultura local
desenvolvimento do turismo e da cultura.  Fragilidade dos recursos ambientais de uso
 Investimentos realizados com recursos do turístico.
Prodetur no Estado e na Região Nordeste.
 Valorização externa do ecoturismo e do turismo
histórico-cultural.
 Proximidade de outros destinos turísticos
consolidados.
 Aumento do fluxo turístico da terceira idade no
país.
 Crescimento das oportunidades de realização
de eventos de grande porte no território
nacional.

Comercialização
Contempla as ações destinadas a fortalecer a imagem dos destinos turísticos e a garantir a eficiência e
eficácia dos meios de comercialização escolhidos.
Forças Fragilidades
 Custo acessível dos produtos e serviços  Falta de integração para comercialização do destino
turísticos se comparado a outras áreas. Polo Costa dos Coqueirais.
 Proximidade dos Municípios do Polo  Inexistência de diretrizes de marketing específico
facilitando a implantação de roteiros para o Polo.
integrados.  Fragilidade da identidade/imagem do Polo
 Investimentos realizados na divulgação e  Falta de integração entre o empresariado para
promoção do Estado de Sergipe. comercialização dos produtos turísticos.
 Comercialização centrada em poucos atrativos
turísticos.
 Defasagem entre a imagem real e a imagem
divulgada e comercializada dos atrativos turísticos.
 Gasto turístico centrado em Aracaju.

Oportunidades Ameaças
 Comercialização do turismo facilitada pela  Competição com destinos próximos.
definição, pelo MTur, de Aracaju como  Existência de roteiros alternativos em estados
destino indutor do turismo no país. vizinhos.
 Atrativos turísticos intercomplementares entre
Sergipe e Estados limítrofes.
 Mercado do turismo não esgotado.
 Mercado emissor principal próximo à área
turística, potencializando a atratividade do
destino.

282
Infraestrutura e Serviços Básicos
Integra investimentos de infraestrutura e serviços não vinculados diretamente a produtos turísticos, mas
necessários para gerar acessibilidade ao destino e dentro dele e para satisfazer as necessidades básicas
do turista durante a sua estada, quanto a serviços de saneamento, energia, telecomunicações, saúde,
segurança e transporte.
Forças Fragilidades
 Aeroporto local com novas linhas por meio  Sinalização básica e turística precária.
dos recursos do Prodetur I.  Precariedade dos meios de comunicação (telefone e
 Capital do Estado localizada no Polo. internet).
 Malha viária estadual em boas condições de  Concentração de instituições ensino em Aracaju.
circulação (SE 100 Sul).  Vias de acesso aos municípios sem pavimentação
 Fornecimento de energia elétrica satisfatório. (SE 100 Norte, SE 285, SE 290, SE 476 e SE 444).
 Saneamento Básico adequado em Barra dos  Precariedade de infraestrutura de apoio (banco,
Coqueiros postos de gasolina, borracharia).
 Precariedade ou ausência de atracadouros e de
infraestrutura turística.
 Precariedade no atendimento do sistema de
abastecimento de água e esgoto.
 Ausência de sistema de tratamento e deposição
adequada dos resíduos sólidos.
 Falta de policiamento turístico.
 Patrimônio público degradado
 Concentração de infraestrutura em Aracaju
 Ocupação desordenada
 Especulação imobiliária.
 Baixa acessibilidade e funcionamento dos
equipamentos turísticos
Oportunidades Ameaças
 Programas governamentais de saneamento  Poluição do meio ambiente.
ambiental.  Infraestrutura aeroportuária e malha aérea pouco
 Construção e recuperação de rodovias. diversificada.
 Compra de insumos fora do estado.

Fortalecimento Institucional
Engloba ações orientadas a fortalecer as instituições do polo turístico, mecanismos de gestão e
coordenação no âmbito federal, estadual e local e do setor privado, e de apoio da gestão turística estadual
e municipal.
Forças Fragilidades
 Proximidade entre os municípios favorecendo  Dependência das instâncias estadual e municipais de
a integração e a aplicação de políticas recursos federais e externos para desenvolvimento
públicas. do turismo.
 Consolidação do Polo por meio da sua  Falta de integração e articulação intermunicipal e do
criação no Prodetur I em 1995. trade.
 Existência das Secretarias Municipais de  Inexistência de Conselhos Municipais de Turismo.
turismo.  Conselho de desenvolvimento do Polo inativo.
 Cooperativismo – associações voltadas à  Ausência ou precariedade de Instrumentos de Gestão
pesca, catadoras de mangaba e artesanato. municipais e regionais.
 Instituição de capacitação empresarial.  Inexistência de Planos específicos voltados ao
 Setor privado atuante. turismo.
 Experiência no turismo de base comunitária  Secretarias de turismo sem estrutura para o
em Santa Luzia do Itanhy. planejamento e gestão do turismo local.
 Existência de órgãos voltados à capacitação,  Dependência de ações e políticas estaduais e
consultoria e universidades. federais.
 Presença de grandes empresas no Estado.  Ausência de métodos, processos e instrumentos para
a avaliação do potencial turístico e implantação de
novos produtos turísticos.
 Ausência da participação da sociedade no
desenvolvimento turístico.
 Pouca participação dos municípios na construção do
PDITS.
 Falta de compromisso dos municípios para o

283
Fortalecimento Institucional
Engloba ações orientadas a fortalecer as instituições do polo turístico, mecanismos de gestão e
coordenação no âmbito federal, estadual e local e do setor privado, e de apoio da gestão turística estadual
e municipal.
desenvolvimento do turismo.
 Falta de união do TRADE.
 Instrumentos de gestão ineficientes.
 Falta de políticas públicas que assegurem a
continuidade das ações.
 Falta de profissionais qualificados para o mercado do
turismo.
Oportunidades Ameaças
 Recursos de Programas de Governo Federal e  Descontinuidade de políticas públicas nos municípios.
Estadual para investimento em fortalecimento.  Dependência de ações e políticas estaduais e
 Incentivo de programas federais e estaduais federais.
para gestão integrada do território.  Funcionamento do conselho do polo atrelado à
 Crescente valor atribuído aos mecanismos de perspectiva de recebimento externo.
participação social e às parcerias público-  Não inclusão da população local no movimento de
privadas. desenvolvimento turístico dos municípios por força da
 Estabelecimento de Parcerias (Alagoas e atuação de agentes externos de maior poder econômico.
Bahia) e estados vizinhos.

Gestão Ambiental
Engloba a proteção dos recursos naturais e culturais, que constituem a base da atividade turística, além de
prevenir e minimizar os impactos ambientais e sociais que os diversos investimentos turísticos possam
gerar.
Forças  Fragilidades
 Existência de projetos voltados para a  Falta de sensibilização da população e dos turistas
preservação ambiental. referente às questões voltadas à preservação
 Existência de Conselho Estadual para a ambiental e turismo sustentável.
Defesa do Meio Ambiente de Sergipe.  Falta de priorização por parte dos administradores
 Existência de Programas Ambientais para a preservação ambiental.
estratégicos.  APA e APP sofrem pressão de atividades
 Valorização do meio ambiente. econômicas, inclusive do turismo.
 Pouca Mão de obra especializada.
 Desmatamento de florestas.
 Meio ambiente frágil – Mangues e Restingas.
 Falta de valorização das áreas ambientais.
 Gestão ambiental somente com documento formal.
 Falta de profissionais qualificados para o mercado do
turismo.
Oportunidades Ameaças
 Existência de Projetos voltados ao meio  Ausência de fiscalização e monitoramento ambiental.
ambiente (Tamar).  Deficiência nos instrumentos de gestão ambiental.
 Organizações da sociedade civil e do estado  Falta de definição e orientação para a utilização
voltados à presença ambiental turística em Áreas de Proteção Ambiental - APA –
 Presença de Unidades de Conservação Plano de Manejo.
Federal, Estadual e Municipal.  Competitividade gerada pela qualificação de outros
 Capital da qualidade de vida. estados.
 Aumento do número de moradores.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A elaboração de estratégias de desenvolvimento turístico para o Polo Costa dos Coqueirais a


partir da Matriz SWOT baseou-se no estágio atual do destino e sua possibilidade de enfrentar
o mercado e na correlação existente entre as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.
Neste sentido, optou-se, para o Polo pela estratégia de minimização das fraquezas e
maximização das oportunidades, que se aplica a situações em que são detectadas
diversas fragilidades, mas o ambiente externo é favorável, permitindo o aproveitamento das
oportunidades. No caso do Costa dos Coqueirais nota-se que o ambiente favorece os

284
segmentos em que pretende atuar mais fortemente e que, dirimindo os pontos fracos, será
possível aproveitas as oportunidades oferecidas pelo mercado.

E. Espacialização da Caracterização e dos Pontos Críticos

Os Mapas a seguir demonstram graficamente as características e os pontos críticos


detectados e analisados, considerando alguns temas básicos do PDITS em elaboração, quais
sejam: Produto Turístico, Comercialização, Infraestrutura e Serviços, Acessibilidade e
Conectividade e Meio Ambiente.
Figura 133. Atrativos Turísticos – Polo Costa dos Coqueirais, 2012.

Fonte: Technum Consultoria, 2012.

285
Figura 134. Comercialização de Produtos Turísticos – Polo Costa dos Coqueirais, 2012.

Fonte: Technum Consultoria, 2012.


Figura 135. Infraestrutura e Serviços Básicos – Polo Costa dos Coqueirais, 2012.

Fonte: Technum Consultoria, 2012.

286
Considerou-se como satisfatórios os serviços prestados nos municípios que estão na faixa de
71% a 100% de atendimento dos serviços, enquanto o precário está entre 41% a 70% dos
domicílios atendidos. Abaixo de 40% de domicílios atendidos por infraestrutura básica foi
considerado extremamente precário.
O sistema de esgotamento sanitário é o que necessita de maiores investimentos uma vez
que, dos treze municípios que compõem o Polo, dez municípios possuem o atendimento
extremamente precário e dois possuem atendimento precário. Da mesma forma, os serviços
de abastecimento de água e de limpeza urbana têm sido restritos, refletindo negativamente
na oferta de qualidade ambiental e na sustentabilidade da região. O único serviço
considerado satisfatório em todos os municípios foi o atendimento da rede de energia elétrica.
Neste sentido as diretrizes para a formulação das estratégias apontam para a necessidade de
implantação de infraestrutura e de serviços que reflitam na melhoria das condições do destino
para o atendimento ao turista tendo em vista o desenvolvimento do turismo no Polo.
Figura 136. Condições de Acessibilidade e Conectividade – Polo Costa dos Coqueirais, 2012.

Fonte: Technum Consultoria, 2012.

287
O sistema de acessibilidade turística tem como pontos centrais, voltados ao desenvolvimento
turístico, a complementação do sistema rodoviário no trecho norte e em povoados do trecho
sul; a estruturação do transporte fluvial uma vez que o mapa aponta a existência de circuitos
fluviais comercializados e potenciais; a presença de circuito ferroviário de interesse turístico
que pode ser estruturado; a estruturação de atracadouros para a oferta de roteiros. Importa
acrescentar que o aeroporto e os terminais rodoviários localizados em Aracaju fortalecem a
acessibilidade no Polo, porém nos outros municípios do Polo há carência destes
equipamentos.
Observa-se também a falta integração, principalmente, entre o sistema rodoviário e fluvial
para a estruturação de produtos, rotas e atividades complementares ao turismo mesmo com a
existência de atrativos turísticos e com a configuração do sistema rodoviário que cria
condições para o estabelecimento de eixos principais de circulação de turistas.
Busca-se, portanto, otimizar as condições de acessibilidade, tanto rodoviária, quanto
hidroviária e aérea e estruturar o sistema de transporte nos municípios para favorecer a
conectividade entre eles.
Figura 137. Aspectos Ambientais – Polo Costa dos Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2012.

288
3A PARTE: VALIDAÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA

289
290
9. IMPORTÂNCIA DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS
9.1. A Hierarquização dos Atrativos Principais do Polo Costa dos Coqueirais
Como um dos itens a considerar para a validação da seleção da área turística – Polo Costa
dos Coqueirais, a análise da importância dos atrativos turísticos existentes baseou-se na
hierarquização dos principais atrativos consolidados e potenciais.
A metodologia utilizada para a hierarquização, a seguir descrita, foi configurada a partir da
adaptação daquela utilizada pela Organização Mundial do Turismo – OMT - e pelo Centro
Interamericano de Capacitação Turística – CICATUR, e compõe-se de duas etapas
intercomplementares.
 Etapa 1 – Avaliação do Potencial de Atratividade
A avaliação do potencial de atratividade de cada elemento considerou a sua
peculiaridade e o interesse que pode despertar nos turistas. O Quadro 40:, a seguir,
estabelece uma ordem quantitativa para esta análise – de 3 (alto potencial de
atratividade) a zero (ausência de méritos suficientes para atrair o turista).
Quadro 40: Critérios para Avaliação do Potencial de Atratividade
Hierarquia Características

Atrativos turísticos excepcionais e de grande interesse, com significação para o


3 (alto) mercado turístico internacional, capazes de, por si só, motivar importantes correntes de
visitantes, atuais e potenciais.
Atrativos com aspectos excepcionais em um país, capazes de motivar uma corrente
2 (médio) atual ou potencial de visitantes deste país ou estrangeiros, em conjunto com outros
atrativos próximos a este.
Atrativos com algum aspecto expressivo, capazes de interessar visitantes do próprio
1 (baixo) país, que tenham chegado à área por outras motivações turísticas ou capazes de
motivar fluxos turísticos regionais e locais, atuais e potenciais.
Atrativos sem méritos suficientes, mas que são parte do patrimônio turístico como
0 (sem méritos
elementos que podem complementar outros de maior hierarquia. Podem motivar
suficientes)
correntes turísticas locais, em particular a demanda de recreação popular.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

 Etapa 2 – Avaliação de Aspectos Complementares


Nesta etapa foram considerados o grau de uso atual, a representatividade, o estado de
conservação da paisagem circundante, a infraestrutura existente e as condições de
acesso. Os atrativos foram analisados considerando cada um desses aspectos, de
maneira a fornecer subsídios para a diferenciação objetiva das características e dos
graus de importância de cada um deles.
O grau de uso atual permite analisar o fluxo turístico atual para o atrativo e o impacto
provocado por esta dinâmica no município onde se localiza. O grau de uso atual difere do
grau de interesse, na medida em que representa um fato que ocorre no presente, e não o
fluxo potencial para o dado atrativo. Um alto grau de uso indica que o atrativo apresenta
uma utilização turística efetiva.
A representatividade fundamenta-se na singularidade ou raridade do atrativo. Quanto
mais se assemelhar a outros atrativos, menos interessante ou prioritário ele será.
O estado de conservação da paisagem circundante é verificado por observação in
loco e relaciona-se à área circunvizinha ao atrativo. Refere-se à ambiência12 do atrativo.
A existência e o estado de conservação da infraestrutura é observada in loco e refere-se
às instalações, equipamentos ou serviços que vinculam-se ou interferem na atividade

12
Ambiente que está em volta do atrativo.
291
turística em um determinado atrativo, seja ela pública ou resultante de investimentos da
iniciativa privada.
As condições de acesso ao atrativo dizem respeito às vias existentes, sua adequação,
suficiência e estado de conservação.
O quadro a seguir apresenta a matriz de hierarquização utilizada, com o cruzamento
entre o potencial de atratividade e os aspectos complementares considerados para
análise da importância dos atrativos turísticos principais do Polo Costa dos Coqueirais,
tendo em vista a validação da seleção da área turística.
Quadro 41: Matriz de hierarquização dos atrativos turísticos
Classificação
Critérios
0 1 2 3
(a) Potencial de Sem méritos
Baixo Médio Alto
atratividade suficientes
Fluxo turístico Média intensidade e
(b) Grau de uso atual Pequeno fluxo Grande fluxo
insignificante fluxo

Elemento Pequeno grupo de Elemento


(c) Representatividade Nenhuma
bastante comum elementos similares singular, raro

(d) Estado de
Estado de Estado de
conservação da Bom estado de Ótimo estado de
conservação conservação
paisagem conservação conservação
péssimo. regular
circundante
Existente, mas
Existente, mas
necessitando de Existente e em
(e) Infraestrutura Inexistente em estado
intervenções/ ótimas condições
precário
melhorias
Existente, mas
Em estado necessitando de Em ótimas
(f) Acesso Inexistente
precário intervenções/ condições
melhorias
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Para os itens “potencial de atratividade” e “representatividade” foi atribuído peso 2


(dois), por serem mais significativos em comparação com os demais itens avaliados.
Pela soma dos pontos obtidos define-se o ranking dos atrativos analisados. Quanto maior
o número de pontos de determinado atrativo, maior a sua importância relativa.
A partir do Diagnóstico Estratégico realizado, foi definida a lista de atrativos a considerar
neste estudo, conforme apresentado no Quadro 42:

292
Quadro 42: Atrativos Turísticos do Polo Costa dos Coqueirais Considerados para Hierarquização
Atrativos Naturais Atrativos Culturais
Praia de Atalaia - Aracaju Museu da Gente Sergipana
Rio Vaza Barris – Croa do Goré Festejos Juninos
Praia do Saco Patrimônio Arquitetônico
Praia do Abais / Escuna Gazzela Riquezas Folclóricas / Encontro Cultural de Laranjeiras
Mata do Crasto e Navegação pelo rio Piauí – Praça de São Francisco (Patrimônio Cultural da
Turismo Náutico e de Pesca Humanidade)
Foz do Rio São Francisco Praça da Matriz
Povoado Cabeço Conjunto Arquitetônico do Carmo
Povoado Saramén Igreja Nossa Senhora do Amparo
Pantanal Nordestino Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
Ponta dos Mangues Cristo Redentor
Lagoa Redonda Patrimônio Arquitetônico / Bairro Porto D`Areia e Centro
Histórico de Estância
Lagoa do Sangradouro
Festa de São João
Cachoeira Roncador
Sede do Projeto Cultura em Foco
Vale da Lucrécia
Engenho São Felix Engenho / Fazenda Castelo
Reserva Biológica Santa Izabel – REBIO

Atrativos vinculados a Atividades Econômicas Eventos


Mercado Público Antônio Franco Festejos Juninos
Mercado Público Thales Ferraz Encontro Cultural de Laranjeiras
Sede do Programa Cultura em Foco
Cachaçaria Reserva do Barão
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Da leitura diagnóstica, extrai-se que dos treze municípios que compõem a Área Turística, o
único destino indutor é o município Aracaju. Os demais municípios que compõem a AT
apresentam atrativos turísticos que podem ter atratividade nacional e mesmo internacional,
porém caracterizam-se por não possuírem, ainda, equipamentos turísticos suficientemente
estruturados para o desenvolvimento do turismo e nem fluxo atual considerável.
Tais municípios foram analisados levando-se em conta os seguintes aspectos: atratividade,
uso atual, representatividade, conservação da paisagem circundante, infraestrutura e acesso.
Cada atrativo teve a pontuação somada, obtendo um resultado entre 0 e 24 pontos. Para
efeito de validação da área, consideram-se os municípios que possuem entre 15 a 19 pontos
e aqueles com pontuação acima de 20.
Tomando-se como referência os atrativos do Quadro 42: e transpondo-os para a tabela de
hierarquização, tem-se os resultados apresentados na Tabela 65.

293
Tabela 65. Hierarquização de Atrativos Polo Costa dos Coqueirais – SE
Potencial de Estado de conservação
Tipos de Grau de Representatividade
Atrativo atratividade da paisagem Infraestrutura Acesso Total
Atrativo uso atual (n x 2)
(n x 2) circundante
1. Praia de Atalaia - Aracaju 2x2=4 2 2x2=4 3 3 3 19
2. Rio Vaza Barris; e
1x2=2 2 2x2=4 2 2 2 14
3. Croa do Goré - Aracaju
4. Praia do Saco; e
1x2=2 2 2x2=4 2 2 2 14
5. Praia do Abais - Estância
6. Mata do Crasto - Santa Luzia do Itanhy; e 7.
1x2=2 0 2x2=4 1 1 2 10
Rio Piauí – Litoral Sul
8. Foz do Rio São Francisco – Brejo Grande 3x2=6 2 3x2=6 2 2 2 20
9. Povoado Cabeço e
1x2=2 2 2x2=4 2 2 2 14
10. Povoado Saramén – Brejo Grande
11. Pantanal Nordestino - Pacatuba 2x2=4 2 3x2=6 2 2 2 18
12. Ponta dos Mangues,
13. Lagoa Redonda,
14. Lagoa do Sangradouro,
Atrativos 15. Cachoeira Roncador, 2x2=4 2 2x2=4 2 2 2 16
Naturais
16. Vale da Lucrécia,
17. Reserva Biológica Santa Izabel – REBIO -
Pacatuba
18. Ilha da Sogra 1x2=2 2 1x2=2 2 2 2 12
19. Lagoa dos Tambaquis e APA Sul 1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
20. Mangue do Farnaval 1x2=2 1 0x2=0 2 2 2 9
21. Povoado de Terra Caída; e
1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
22. Povoado Pontal
23. Praia da Caueira; e
1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
24. Ilha Mem de Sá
25. Navegação pelo Rio Sergipe 1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
26. Praias de Atalaia Nova, da Costa e Jatobá 1x2=2 1 1x2=2 1 1 1 8
27. Prainha do Porto Grande 1x2=2 1 1x2=2 0 0 0 5
28. Prainha de São Braz 1x2=2 1 0x2=0 1 1 1 6

294
Potencial de Estado de conservação
Tipos de Grau de Representatividade
Atrativo atratividade da paisagem Infraestrutura Acesso Total
Atrativo uso atual (n x 2)
(n x 2) circundante
29. Patrimônio Arquitetônico - Laranjeiras 2x2=4 2 2x2=4 2 2 2 16
30. Praça de São Francisco;
31. Praça da Matriz;
32. Conjunto Arquitetônico do Carmo;
33. Igreja Nossa Senhora do Amparo; 3x2=6 2 3x2=6 2 2 2 20
34. Igreja Nossa Senhora do Rosário dos
Homens Pretos;
35. Cristo Redentor - São Cristóvão
36. Bairro Porto D`Areia;
2x2=4 1 2x2=4 2 2 2 15
37. Centro Histórico - Estância
38. Engenho São Félix; e
2x2=4 1 2x2=4 2 2 2 15
39. Fazenda Castelo – Santa Luzia do Itanhy
39. Orla Por do Sol 1x2=2 2 1x2=2 2 2 2 12
40. Orla do Bairro Industrial 1x2=2 2 1x2=2 2 2 2 12
Atrativos
Culturais 41. Centro de Convenções de Sergipe 2x2=4 2 2x2=4 2 2 2 16
42. Ponte Construtor João Alves 1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
43. Santuário de Santa Luzia do Itanhy 1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
44. Travessia do Tototó (Aracaju) 1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
45. Passeio de Charrete 0x2=0 1 1x2=2 1 1 1 6
46. Festa de Santa Luzia 0x2=0 1 1x2=2 2 2 2 9
47. Igreja Matriz Nossa Senhora do Perpétuo 1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
Socorro
48. Igreja Matriz de Santo Amaro 1x2=2 1 1 1 1 2 8
49. Capela de Nossa Senhora da Conceição
1x2=2 0 1 1 0 2 6
(Engenho Caieira)
50. Mirante do Cristo 0x2=0 0 1 0x2=0 1 2 4

295
Potencial de Estado de
Grau de Representatividade
Tipos de Atrativo Atrativo atratividade conservação da Infraestrutura Acesso Total
uso atual (n x 2)
(n x 2) paisagem circundante
51. Fazenda Priapu da Feira; e
52. Cachaçaria Reserva do Barão – 2x2=4 1 2x2=4 2 2 2 15
Santa Luzia do Itanhy
Atividades 53. Mercados Públicos Antônio Franco
Econômicas 1x2=2 2 1x2=2 2 2 2 12
e Thales Ferraz
54. Sítio Ebenezer (Santa Luzia) 1x2=2 1 1x2=2 1 2 1 9
55. Engenho Cedro Engenho Antas 1x2=2 1 1x2=2 1 1 1 8
56. Museu da Gente Sergipana -
Realizações 2x2=4 2 2x2=4 3 3 3 19
Aracaju
técnicas,
57. Sede do Programa Cultura em
científicas e 1x2=2 1 2x2=4 2 2 2 13
Foco – Santa Luzia do Itanhy
artísticas.
58. Oceanário de Aracaju 1x2=2 2 1x2=2 2 2 2 12
59. Festa de São João – Diversos
2x2=4 2 2x2=4 2 3 3 18
Municípios
Eventos 60. Encontro Cultural - Laranjeiras 2x2=4 2 3x2=6 2 2 2 18
programados
61. Natal de Luz (Estância) 1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
62. Festa da Padroeira (Socorro) 1x2=2 1 1x2=2 1 1 2 9
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

296
Por meio da avaliação dos atrativos turísticos efetivos e potenciais existentes no Polo – e de
sua valoração, hierarquização e atributos – é possível concluir que a área apresenta grande
potencialidade turística. De forma geral, a singularidade, a relevância e a diversidade dos
atrativos existentes nos treze municípios que compõem o Polo Costa dos Coqueirais
deverão ser suportadas por investimentos em infraestrutura que alavancarão – mediante
planejamento - o pleno desenvolvimento das atividades turísticas, visando, de maneira
abrangente, os mercados regional, nacional e internacional.
Considerando os principais critérios que balizam a mensuração qualitativa de atrativos,
quais sejam, o grau de interesse que o recurso desperta na demanda, a singularidade do
recurso e sua disponibilidade em tempo, conclui-se que a capital Aracaju - e nela a praia de
Atalaia; a Foz do Rio São Francisco; o Pantanal Nordestino e as cidades históricas
assumem grande relevância. São atrativos que despertam grande interesse nacional, são
singulares e podem ser visitados todos os meses do ano.
O Pantanal Nordestino de Pacatuba, assim como as cidades históricas de São Cristóvão,
Laranjeiras e Estância, em que pese a sua singularidade e atratividade, recebem, na
avaliação, nota inferior aos demais atrativos devido ao fato de ainda não constituírem
produto turístico. Os atrativos vinculados a estes destinos encontram-se ainda pouco
explorados em todas as suas potencialidades.
Os atrativos turísticos pertinentes a Aracaju, como capital e portão de entrada do Estado,
destacam-se dentre os demais atrativos do Polo, em especial a Praia de Atalaia, detentora
de infraestrutura hoteleira e de equipamentos de lazer de implantação recente. Associadas
aos atrativos naturais ligados às praias e aos rios da capital destacam-se as festas juninas,
eventos festivos de repercussão nacional, comemoradas também em diversos outros
municípios do Estado.
A Foz do Rio São Francisco, no município de Brejo Grande, igualmente, apresenta-se
como um dos principais atrativos turísticos do Polo, sendo um destino já comercializado por
operadoras de turismo locais. Diferentemente dos demais atrativos avaliados, a Foz do São
Francisco, por sua exclusividade, coloca-se com um atrativo de escala internacional, capaz
de motivar por si só importantes fluxos internacionais e nacionais.
Ainda pouco explorado, o Pantanal Nordestino, localizado no município de Pacatuba,
conforma, juntamente com a praia de Ponta dos Mangues, as Lagoas Redonda e do
Sangradouro, a Cachoeira Roncador e o Vale da Lucrécia (Pirambu), um importante
conjunto de atrativos ecoturísticos, em que estão presentes equipamentos científicos (sede
do Projeto TAMAR) e biomas preservados. O Pantanal possui 40 km² de área com um
ecossistema que abriga lagoas, manguezais, áreas remanescentes de Mata Atlântica,
dunas, mar e uma fauna rica, composta por lontras, capivaras, jacarés-de-papo-amarelo e
mais de cem espécies de aves.
A despeito das belas paisagens, a região do Pantanal Nordestino não possui infraestrutura
turística alguma. O acesso desde Aracaju é realizado pela SE-100 Norte, rodovia não
pavimentada neste trecho e sinalização precária.
A Praia de Ponta dos Mangues, localizada em Pirambu, a 23 Km da cidade de Pacatuba.
caracteriza-se por ser uma praia deserta e calma. Em algumas épocas do ano as ondas
podem chegar a dois metros de altura, atraindo os surfistas.
As areias de Ponta dos Mangues são também utilizadas pelas tartarugas para a desova.
Neste sentido, o projeto Tamar atua na região com o objetivo de protegê-las. Entretanto,
observa-se ainda o tráfego de veículos nas areias da praia, comprometendo a segurança
dos visitantes e a desova das tartarugas.
Com relação aos atrativos culturais com ênfase em Patrimônio Histórico, o Polo se destaca
com as cidades de São Cristóvão, Laranjeiras e Estância. A cidade de São Cristóvão, quarta
mais antiga do Brasil, localizada a apenas 23 km de Aracaju, abriga um conjunto
297
arquitetônico de grande valor histórico-cultural. Em 1967 o conjunto arquitetônico e
urbanístico do Centro Histórico foi tombado pelo IPHAN e em 2010 a Praça São Francisco
recebeu da UNESCO o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Importa acrescentar
que a riqueza patrimonial também é configurada pelo centro de artesanato, igrejas, museus,
palácios, fazendas e engenhos.
A cidade histórica de Laranjeiras, cuja arquitetura colonial complementa a existente em São
Cristóvão, destaca-se pela existência de importantes atrativos ligados ao patrimônio cultural
imaterial. Tem no Encontro Cultural de Laranjeiras, realizado anualmente no início do mês
de Janeiro e na Micareme seus momentos especiais e festivos.
A complementaridade entre os atrativos do Polo Turístico Costa dos Coqueirais evidencia-se
nos municípios de Aracaju, São Cristóvão, Laranjeiras (Turismo Cultural), os municípios de
Pacatuba e Pirambu (Turismo de Sol e praia e Ecoturismo) e a Foz do Rio Francisco (Brejo
Grande). Com o desenvolvimento de ações conjuntas entre as diferentes categorias de
atrativos, se proporcionará a atração de um maior e diversificado número de visitantes e
com perfis distintos. A complementaridade entre os atrativos sugere a elaboração de roteiros
integrados considerando a similaridade entre eles e os segmentos turísticos potenciais do
Polo, ainda que respeitando a singularidade de cada um deles. Neste sentido, destacam-se
os segmentos turismo de sol e praia, histórico-cultural e ecoturismo. O segmento de
negócios e eventos, centrado em Aracaju, encontra, nos demais segmentos, um
complemento que leva à maior permanência e maior gasto do turista no Polo.
Todos esses fatores contribuem para que os impactos positivos da atividade sejam
maximizados, ampliando os benefícios econômicos do turismo para todos os atores
envolvidos a partir do desenvolvimento do turismo sustentável. Os esforços devem ser
direcionados para a consolidação de uma identidade comum ao Polo Turístico, baseada em
seus aspectos naturais, históricos e culturais.
A integração entre os diversos atores e instâncias envolvidas, o desenvolvimento de
circuitos turísticos e roteiros integrados, bem como a comercialização conjunta de produtos
e atrativos deverão ser dinamizadas pelo Conselho do Polo Costa dos Coqueirais.
Com relação às regiões abrangidas pelo Pantanal Nordestino e pela REBIO – Santa Izabel
destaca-se a importância do ecoturismo como principal segmento econômico, já que outras
atividades, de cunho predatório, ameaçam a integridade da paisagem local.
A hierarquização dos atrativos turísticos existentes no Polo Costa de Coqueirais13 permite
concluir pela importância e significado dos mesmos, ao tempo em que alguns deles
caracterizam a área turística como singular e diferenciada perante as áreas turísticas de
Estados concorrentes. Cabe, entretanto, ressaltar, a necessidade de investimentos diversos,
que deverão compor o Plano de Ação deste PDITS, para que o Polo e o Estado de Sergipe
assumam realmente tal posição.

9.2. Acessibilidade e Conectividade


O Estado de Sergipe possui localização estratégica no território nacional, entre dois estados
brasileiros de destaque no cenário turístico: Bahia e Alagoas. É possível aos turistas
acessá-lo por via terrestre ou aérea. Possui também elementos favoráveis para o
desenvolvimento do turismo, dentre os quais a grande diversidade que marca o seu
território, com áreas de patrimônio natural como cerrado, caatinga, mata atlântica, praias,
restingas e mangues, em associação a unidades de conservação ambiental, folclore,
culinária, artesanato e patrimônio histórico-cultural. A pequena dimensão do seu território
facilita a conectividade dessas áreas e, em consequência, o estabelecimento e a
comercialização de roteiros turísticos integrados. É, portanto, um destino promissor, com

13
Os atrativos turísticos do polo Costa dos Coqueirais são apresentados no item 4.3.1.
298
áreas turísticas já consolidadas e em crescimento e grande potencial para expansão e
desenvolvimento sustentável.
O Polo Costa dos Coqueirais, por abrigar Aracaju, principal portão de entrada do Estado,
assume também destaque no cenário turístico estadual. Concentra a oferta de atrativos e
equipamentos e, ainda que seja constituído por treze municípios, são curtas as distâncias a
serem percorridas pelos turistas em seu território – no total, o litoral sergipano tem 163 km -
possibilitando o acesso do visitante às mais variadas ofertas, favorecendo a conectividade.
O acesso aéreo ao Polo é realizado pelo Aeroporto de Santa Maria localizado em Aracaju,
que oferece voos diretos para as principais capitais brasileiras. Estão sendo desenvolvidos
pelo Governo do Estado, em parceria com a Infraero, projetos de reforma e ampliação da
pista de pouso do aeroporto de Aracaju, além da construção de um novo pátio e terminal de
passageiros. A celeridade na realização das obras resultantes repercutirá na ampliação do
acesso, em melhoria da qualidade e na segurança dos usuários.
Os terminais rodoviários instalados em Aracaju - Governador José Rollemberg Leite e Luiz
Garcia abrigam linhas de ônibus interestaduais e intermunicipais, abrangendo diversos
estados, próximos e mais distantes, e municípios de Sergipe. Os demais municípios do Polo
não possuem Terminais Rodoviários, ainda que contem com linhas regulares de ônibus que
partem e chegam a Aracaju.
A malha rodoviária de acesso ao Polo é composta por um conjunto de rodovias federais e
estaduais, em grande parte pavimentadas e com boas condições de trafegabilidade. Os
principais portões de entrada são as rodovias federais BR 101 e 235 e a rodovia estadual
SE 100. A SE 100, que é o eixo articulador do turismo litorâneo do Polo Costa dos
Coqueirais, de sul a norte – entre a Bahia e Alagoas, ainda demanda investimentos em
infraestrutura e obras complementares, tais como pavimentação de trechos, (principalmente
no litoral norte) e de vias de ligação com rodovias municipais, implantação de sinalização,
iluminação e construção de pontes. Tais investimentos são de significativa importância, pois
permitirão a continuidade do percurso turístico, induzindo fortemente o deslocamento dos
visitantes por todo o Polo.
A malha hidroviária do Polo é formada por cursos navegáveis de porte significativo,
propícios ao transporte de passageiros e à criação e exploração de roteiros turísticos.
O transporte hidroviário entre os municípios e povoados ribeirinhos se dá, atualmente, por
meio de lanchas, barcos a vela, barcas com motor diesel, catamarãs, balsas, escunas e
tototós, operados por barqueiros autônomos. As necessidades de investimento neste campo
incluem a construção, ampliação e reforma de atracadouros, bem como a ordenação e a
implantação de desenho e normas operacionais que possibilitem a melhoria da qualidade do
transporte hidroviário de passageiros e o aproveitamento de seu potencial como atrativo
turístico, componente de roteiros turísticos integrados na região do Polo Costa dos
Coqueirais.
Para o turista que desembarca na capital estão disponíveis serviços de boa qualidade
relativos à locação de veículos, transporte por vans e taxi. O transporte urbano de
passageiros por ônibus, em Aracaju, é considerado de boa qualidade. Inexistem linhas
regulares de ônibus de turismo na capital. O acesso de turistas aos municípios dos trechos
norte e sul do Polo Costa dos Coqueirais é atendido por agências de turismos sediadas em
Aracaju ou por meio de veículos próprios ou alugados; a qualidade incipiente do transporte
intermunicipal não viabiliza o seu uso turístico.
Quanto às atuais condições de conectividade e acessibilidade existentes no Polo Costa dos
Coqueirais, conclui-se pela necessidade de investimentos significativos para adequação e
melhoria da malha viária e da infraestrutura e operação do transporte hidroviário, rodoviário
intermunicipal e do transporte urbano. Por outro lado, tem-se como pontos positivos, que
viabilizam o Polo como área turística prioritária do Estado, a sua localização estratégica, as
pequenas distâncias entre os municípios e seus atrativos turísticos, viabilizando a conexão
299
necessária e a adoção de roteiros turísticos temáticos e integrados internos ao Costa dos
Coqueirais e conjuntos com o Polo Velho Chico.

9.3. Nível de Uso Atual e Potencial da Área Turística


No Polo Costa dos Coqueirais, o uso turístico planejado da área teve como marco inicial a
elaboração do Plano Estratégico do Turismo de Sergipe, em 2001 e, posteriormente, do
Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável - PDITS 2001-2003, que
motivou investimentos significativos no âmbito do Prodetur Nordeste – Ministério do
Turismo. Desde então, o incremento da atividade turística no Estado concentrou-se
claramente em Aracaju e nas vizinhas cidades históricas de São Cristóvão e Laranjeiras e, a
partir da capital, na comercialização dos roteiros Delta do São Francisco e Povoado de
Mangue Seco – divisa com a Bahia.
Embora inexistam séries históricas relativas à capacidade de carga ou à saturação dos
atrativos turísticos, a análise técnica do cenário alvo permite afirmar que a pressão exercida
pelo turismo na área do Polo, considerados os últimos doze anos, centrada na Região
Metropolitana de Aracaju, não representou impacto significativo, a ponto de provocar a
deterioração notável de suas características naturais ou de seus valores culturais. Neste
período, observou-se em Aracaju a expansão dos equipamentos de hospedagem e dos
serviços turísticos, bem como dos investimentos voltados à infraestrutura urbana de apoio
ao turista, de forma a suprir, a contento, a demanda turística atual. Entretanto, a capacidade
de carga dos atrativos, mesmo considerando as épocas de temporada – férias e verão – não
se encontra esgotada, seja do ponto de vista ambiental ou da qualidade da experiência
turística. De qualquer forma, considerando o crescimento do fluxo turístico e os
investimentos previstos para a próxima década, no âmbito do PDITS em processo de
revisão, medidas preventivas diversas são exigidas, dentre as quais o reforço do controle
urbano, dos serviços de saneamento básicos e do fortalecimento do sistema de transporte
público e de uso turístico.
Nas demais áreas do Polo, com exceção da procura pelos dois roteiros turísticos principais,
hoje em franco crescimento, muito está por fazer. A ausência ou incipiência da infraestrutura
e dos serviços turísticos requeridos, bem como da cobertura dos serviços públicos
essenciais, a par dos esforços governamentais e do interesse privado, vem atuando como
barreira ao desenvolvimento do turismo sustentável. A consolidação do Polo Costa dos
Coqueirais a partir de roteiros turísticos integrados e a conexão da área com a do Polo
Velho Chico e com os demais polos turísticos do Estado, bem como com os Estados
limítrofes e outros da região nordeste são pontos estratégicos imprescindíveis. Inexistem
impactos significativos nesta zona, na medida em que o fluxo turístico ainda é moderado; os
cenários futuros, pelo grande potencial existente, apontam grande incremento do turismo,
pelo que medidas preventivas à saturação ou deterioração do ambiente natural, já
originalmente frágil e diversificado, devem ser alvo de atenção continuada.
A análise do uso atual e potencial dos recursos naturais, considerado o segmento turístico
de sol e praia, aponta para a inexistência de saturação dos recursos naturais; os impactos
negativos sofridos nos trechos de praia, nos trechos do Polo Costa dos Coqueirais, com
ênfase para a Área Central e para o Litoral Sul, são debitados mais à ausência de
saneamento básico (deposição de esgoto e de lixo) do que ao afluxo de turistas. A
expansão e a melhoria desses serviços ao longo do litoral, são medidas que, aliadas ao
fortalecimento da segurança e da infraestrutura de apoio turístico, são essenciais para fazer
face ao desenvolvimento sustentável do turismo.
O segmento turístico de negócios e eventos de pequeno e médio porte, também em
expansão no Polo e considerado como principal, junto ao segmento sol e praia não oferece
riscos maiores de saturação ou impacto negativo na área, em médio prazo. Pelo contrário,
tem sido oportunidade crescente de desenvolvimento, com sua demanda atendida
300
atualmente pelo Centro de Convenções e pelas unidades hoteleiras de Aracaju. O
incremento do turismo de negócios e eventos, considerados os próximos dez anos,
condicionado à expansão da oferta de instalações apropriadas para iniciativas de grande
porte, também exige planejamento e medidas preventivas, entretanto sem outras
especificidades além das requeridas pelos demais segmentos.
O turismo histórico-cultural, como segmento turístico complementar, vem aumentando a sua
visibilidade e atração ao longo dos últimos anos, calcado na diversidade das manifestações
culturais, incluindo os festejos juninos e o artesanato típico local, bem como na riqueza do
patrimônio histórico representada por São Cristóvão e Laranjeiras, dentre outras áreas.
Como os demais segmentos, também este apresenta larga possibilidade de expansão, sem
que, por isto, seja, necessariamente, extrapolada a carga permitida a saturação do
ambiente. Entretanto, também exige planejamento e medidas preventivas, por se tratar de
patrimônio histórico tombado e de edificações que exigem manutenção continuada. Vistos
como conjuntos a serem preservados, tais atrativos demandam ainda medidas coerentes de
gestão urbana.
Figura 138. Turismo Histórico-cultural

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Os festejos juninos e outras manifestações religiosas e folclóricas tendem a mobilizar, cada


vez mais, grandes massas, incluindo a população local e os turistas. Neste ponto, além do
planejamento integrado das instalações físicas necessárias aos diversos municípios do
Polo, é necessário considerar, ao longo do tempo, o risco significativo de degradação das
origens de tais manifestações, com a introdução de mudanças radicais quanto ao estilo das
músicas, das danças, da gastronomia, das vestimentas e todos os outros aspectos que
caracterizam os festejos originais, a título de atender à demanda, nem sempre benéfica, do
ambiente de consumo e de apelos calcados na mídia, alheia às raízes locais.
Também no segmento complementar do ecoturismo a capacidade de carga e a saturação
não são ainda observadas; entretanto, todos os cuidados são necessários neste particular
para que se possa assumir o incremento da atividade turística, principalmente no que
concerne a áreas preservadas e ambientalmente frágeis. A exigência de estudos de impacto
ambiental rigorosos para qualquer empreendimento e a obediência a planos de manejo de
áreas preservadas são medidas essenciais. A Rebio Santa Izabel e o Pantanal Sergipano
são exemplos clássicos de situações observadas no Polo Costa dos Coqueirais.
301
Vale ressaltar ainda a importância da formulação e da implantação de um modelo de gestão
integrada do Polo, que envolva todos os setores direta ou indiretamente relacionados ao
turismo, no âmbito estadual e municipal, e que insira, como atores efetivos, os
representantes da sociedade local. Sob este prisma, está a necessidade de manter e utilizar
efetivamente os instrumentos específicos da gestão territorial e urbana, como é o caso dos
Planos Diretores Municipais. A prática do planejamento e do controle territorial e urbano é a
estratégia mais adequada para evitar problemas fundiários, a ocupação indiscriminada do
território e a especulação imobiliária, fenômeno comum em áreas com grande potencial
turístico e atividade turística em expansão, como se pretende para o Polo Costa dos
Coqueirais.

9.4. Condições Físicas e Serviços Básicos


Aspectos físicos
As condições físicas do Polo Costa dos Coqueirais são favoráveis ao turismo e impulsoras
do desenvolvimento do turismo, haja vista a singularidade e a diversidade natural de
atrativos formados pelos manguezais, mata atlântica, dunas, mangues, cachoeiras, rios e
praias, além das condições climáticas existentes, que propiciam as atividades turísticas
durante todo o ano, sem períodos efetivamente impróprios à sua prática.
A hidrografia típica da área turística em estudo possibilita o uso das águas para banhos,
para a prática de esportes e para a navegação turística. Os atrativos turísticos mais
intensamente explorados atualmente estão vinculados aos recursos hídricos: percurso até a
foz do Rio São Francisco e a utilização do Rio Real para Mangue Seco – Bahia.
O clima sub-úmido do Polo caracteriza-se por um período de chuvas concentradas nos
meses de abril a julho, temperatura média anual entre 24ºC e 26ºC, com as menores
temperaturas ocorrendo nos meses de julho e agosto. A umidade relativa do ar é
praticamente constante ao longo de todo o ano. A pequena oscilação da temperatura anual,
o baixo índice pluviométrico e a pouca variação da umidade possibilitam o desenvolvimento
de atividades aquáticas durante todo o ano, configurando-se como indicativo favorável aos
segmentos turístico de sol e praia, náutico e de ecoturismo.
Figura 139. Gruta formadas por substratos calcários

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

O relevo traz vantagens para o desenvolvimento de atividades turísticas na região, uma vez
que as baixas altitudes no litoral possibilitam ventos constantes, proporcionando um
ambiente agradável. Além disso, podem-se citar algumas feições de relevo existentes na
região que, embora apresentem grande fragilidade, representam, por outro lado, grande
potencial para exploração turística: (i) as grutas formadas em substratos calcários no
302
município de Laranjeiras; (ii) o Pantanal Nordestino, com áreas alagadas, dunas,
manguezais, riqueza da fauna e da flora, e (iii) a Reserva Biológica de Santa Izabel.

Serviços básicos
De modo geral, os municípios da Região Metropolitana, que compreende Aracaju, Barra dos
Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro contam com atendimento adequado
no que diz respeito à infraestrutura pública e ao saneamento básico.
O fornecimento de energia elétrica é adequado à demanda atual na área do Polo. Destaca-
se apenas a necessidade de remanejamento da rede aérea e a instalação de fiação
subterrânea nas áreas que abrigam edificações consideradas patrimônio histórico.
A universalização dos serviços de telecomunicação permitiu uma ampla oferta destes em
todo o Estado de Sergipe, com destaque para a telefonia fixa e celular e para o acesso à
internet nas sedes urbanas. Os demais meios de comunicação como correios, televisão,
rádios e jornais possuem maior concentração na Região Metropolitana de Aracaju, ainda
que os outros municípios do Polo sejam contemplados com equipamentos de menor porte,
como postos de correios, estações locais de rádio transmissão, torres de retransmissão de
sinais de televisão, antenas parabólicas e outras. Nos povoados esses equipamentos são
mais escassos e, na maioria das vezes, inexistentes.
As maiores deficiências estão relacionadas ao abastecimento de água, à coleta, tratamento
e disposição de esgoto e ao serviço de limpeza urbana – coleta e disposição final dos
resíduos sólidos. Nos povoados destaca-se maior precariedade quanto ao atendimento
destes serviços.
A segurança pública é também fator de instabilidade no Polo uma vez que o serviço de
policiamento turístico tem a sua atuação restrita apenas à capital. Diante da perspectiva de
expansão e de crescimento do turismo verifica-se a necessidade de aumento do efetivo de
segurança em todos os municípios do Polo.
A oferta de serviços de saúde aponta um desequilíbrio no que diz respeito à distribuição dos
estabelecimentos de atendimento à saúde entre os municípios do Polo. Na porção central
há maior oferta de equipamentos de saúde, seguida pelo Litoral Sul, enquanto que no Litoral
Norte há poucas unidades de atendimento de saúde adequadas para suprir às
necessidades da comunidade e dos turistas.
A partir da análise da área turística sob o ponto de vista das condições físicas e da
infraestrutura e dos serviços básicos pode-se concluir que:
 as características físicas da área são grandemente apropriadas para o
desenvolvimento do turismo;
 a situação atual da infraestrutura pública e dos serviços básicos aponta para a
necessidade de melhoria nas áreas urbanas e nos povoados, junto aos atrativos
turísticos já explorados e potenciais. Promover o planejamento e a realização de
investimentos continuados na expansão da infraestrutura e dos serviços é condição
necessária para atendimento da demanda futura, proveniente do aumento
populacional e do incremento do turismo, rumo ao desenvolvimento sustentável do
Polo, considerando-se os próximos dez anos.

303
9.5. Quadro Institucional e Aspectos Legais
As condições legais e institucionais relativas ao Polo Costa dos Coqueirais, com destaque
para a gestão do turismo e do meio ambiente, são fatores que influem diretamente no
desenvolvimento turístico da área em estudo, devendo ser consideradas para a sua
validação.
Figura 140. Organização Mundial do Turismo - OMT

Fonte: MTur, Política Nacional do Turismo 2007-2010, adaptado para Sergipe pela Technum Consultoria

A análise do quadro institucional vigente leva à identificação de três ambientes


diferenciados:
 o arranjo institucional atual para a gestão das políticas públicas estaduais,
notadamente no que se refere à gestão do turismo e do meio ambiente;
 a gestão das politicas públicas municipais e sua interface com a administração
pública estadual, destacando-se o ambiente institucional pertinente ao município de
Aracaju e aos demais municípios que integram o Polo;
 a organização e a mobilização social para a gestão pública compartilhada e
participativa – organizações não governamentais e iniciativa privada.

Gestão Pública Estadual


A organização do estado para fins de planejamento das políticas públicas estaduais,
estabelecendo os Territórios Sergipanos, em 2007, e posteriormente a criação dos cinco

304
Polos para efeito do planejamento setorial do turismo, dentre eles o Polo Costa dos
Coqueirais, foram iniciativas que contribuíram para definir e agregar os diferentes atores que
hoje compõem o Arranjo Institucional para a Gestão do turismo sergipano.
O governo do estado de Sergipe conta, de forma geral, com uma estrutura administrativa
bem delineada e fortalecida para a gestão das políticas públicas estaduais, o que tem sido
essencial para a manutenção de parcerias com o governo federal, inclusive para captação
de recursos e realização de investimentos públicos. No caso do turismo, essa parceria vem
carreando investimentos significativos para o Estado, vinculados ao Prodetur/MTur. O
turismo se tornou foco prioritário desde o ano 2000, com a elaboração e a implantação do
Plano Estratégico de Turismo de Sergipe e dos PDITS para o Polo Costa dos Coqueirais e
para o Polo Velho Chico.

Gestão Pública Municipal


Os treze municípios do Polo Costa dos Coqueirais contam em sua estrutura governamental
com um organismo voltado para a gestão pública do turismo, sendo doze Secretarias
Municipais, como órgãos da administração direta, e uma Fundação, que é o caso Aracaju,
capital do Estado, com a Funcaju – Fundação Municipal de Cultura e Turismo.
A estrutura e as condições de funcionamento dos órgãos municipais voltados para o setor
de turismo, com algumas exceções, como é o caso da Funcaju, deixam muito a desejar,
principalmente no que diz respeito à equipe técnica disponível, aos recursos de tecnologia
da informação, à prática do planejamento turístico e à gestão dos atrativos turísticos locais,
dentre outros gargalos.
Também no nível municipal nota-se a falta de integração entre os municípios no tocante à
gestão do turismo e à promoção e comercialização de roteiros integrados no Polo Costa dos
Coqueirais e deste com o Polo Velho Chico. Em que pese os esforços do Governo do
Estado neste sentido, os esforços são isolados, não contribuindo para o fortalecimento da
identidade da área turística.
Com relação à legislação urbanística, Aracaju destaca-se por possuir todos os instrumentos
legais necessários, ainda que o Plano Diretor revisto esteja em fase de aprovação; os
demais municípios contam com Planos Diretores em vigor ou em fase de revisão, enquanto
Indiaroba, Santa Luzia e Brejo Grande não o possuem. Quanto a esta e a outras leis
urbanísticas, resta ao Polo Costa dos Coqueirais evoluir muito, não só pela existência das
leis mas, principalmente, pela sua real utilização e pelo exercício do planejamento, da
fiscalização e do controle urbano, essenciais à adequada gestão municipal numa área que
se propõe a desenvolver sua vocação turística de forma sustentável.

Gestão Descentralizada e Participativa do Turismo


Sob o ponto de vista governamental, observa-se que a gestão do turismo concentra-se
ainda fortemente na instância estadual, com destaque também para a administração
municipal de Aracaju, cidade que, como porta de entrada para o turismo no Estado, vem
recebendo, ao longo dos anos, incentivos e investimentos setoriais de porte, consolidando-
se no segmento turístico de sol e praia e de negócios e eventos. Os demais municípios do
Polo Costa dos Coqueirais atuam, via de regra, isoladamente no âmbito de seu território, na
divulgação dos atrativos turísticos e na realização de eventos locais. A par de todos os
esforços do governo do estado para a promoção do turismo em Sergipe, ainda é incipiente o
papel desempenhado pelos municípios do Polo, a par daqueles que já se integram nesse
sentido.
Por outro lado, organismos não governamentais e representativos da sociedade civil vêm,
cada vez mais, atuando em seu campo e mobilizando esforços para o desenvolvimento
305
turístico do Estado e, em especial, do Polo Costa dos Coqueirais, ainda que seu campo de
influência concentre-se em Aracaju, dado o movimento turístico ali observado. A expansão
do campo de atuação das entidades sociais é requerida, de forma a abranger as
potencialidades existentes em todo o território do Polo Costa dos Coqueirais e a promover e
consolidar a imagem da área turística.
Como mecanismo de gestão participativa e integrada do turismo no Estado, o Fórum
Estadual de Turismo vem desempenhando papel relevante. Faz-se, entretanto, necessária a
instalação das demais instâncias participativas previstas, quais sejam, ainda no âmbito
estadual, os Conselhos do Polo Costa dos Coqueirais e do Polo Velho Chico, e na esfera
municipal, os Conselhos Municipais de Turismo (ou o fortalecimento daqueles já existentes),
buscando fortalecer os canais de comunicação e de diálogo, bem como de tomada de
decisões conjuntas entre o poder público estadual, municipal, iniciativa privada e terceiro
setor.
Conclui-se que, sob o ponto de vista institucional, o Polo Costa dos Coqueirais possui amplo
potencial para consolidar-se e projetar-se. a Entretanto, para que tal aconteça,
investimentos de porte no fortalecimento das instâncias estadual e municipais e na
instalação de um modelo de gestão participativa inovador e eficaz.

9.6. Aspectos Ambientais críticos para o Desenvolvimento do Turismo no Polo


Costa dos Coqueirais
Para promover o turismo sustentável há que se condicionar o desenvolvimento dessa
atividade àqueles relacionados ao meio ambiente. O litoral do Estado de Sergipe apresenta
grande diversidade de áreas de interesse ambiental, entre elas os estuários de grande porte
formados por uma densa rede de canais compostos por manguezais, vegetação de restinga,
dunas móveis e fixas, grande extensão de áreas alagadas no litoral norte do Estado
(chamada de “pantanal” de Sergipe), além da presença de um dos principais pontos de
desova de tartarugas marinhas do Brasil, localizado no município de Pirambu.
O desenvolvimento do turismo deverá portanto considerar especialmente a fragilidade
ambiental da região, materializada na existência de extensas unidades de conservação (UC)
de uso sustentável e uso restrito ao longo de toda a costa de Sergipe, compostas
principalmente pelas APAs do Litoral Sul e Norte, além da REBIO de Santa Izabel - Figura
141.
Esse mosaico de áreas frágeis protegido por lei faz com que o meio ambiente seja
considerado fator-chave para as ações voltadas ao desenvolvimento do turismo na região.

306
Figura 141. Principais unidades de conservação existentes no Polo. Fonte: Atlas Digital de Sergipe.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

É importante ressaltar que as atividades turísticas e a preservação ambiental não são


incompatíveis, e que o desenvolvimento econômico e social associados às características
naturais são considerados, inclusive, no Decreto de criação da APA Litoral Sul. O citado
Decreto enfatizou, inclusive, que a implantação da rodovia SE-100 constituiria um
importante fator de desenvolvimento econômico e social da área do litoral sul de Sergipe e,
devido a esse fato, as atividades deveriam ser harmonizadas com os valores ambientais,
uma vez que nessa região “existe um inestimável patrimônio natural, formado por diversos
ecossistemas, constituídos por manguezais, áreas estuarinas, dunas, restingas, lagoas e
tantas outras áreas, inclusive de grande valor paisagístico” (DECRETO nº 13468 de 21 de
janeiro de 1993).
Da mesma forma, a APA do Litoral Norte foi criada com o objetivo geral de “promover o
desenvolvimento econômico-social da área, voltado às atividades que protejam e conservem
os ecossistemas ou processos essenciais à biodiversidade, à manutenção de atributos
ecológicos, e à melhoria da qualidade de vida da população” (DECRETO n.º 22.995 de 09
de novembro de 2004).
Nesse contexto, um dos principais mecanismos para desenvolvimento de atividades
turísticas no Polo Costa dos Coqueirais, e que deve constar em uma estratégia que vise o
desenvolvimento de turismo sustentável, é a efetivação dessas UCs por meio de seus

307
respectivos Planos de Manejo. Esses, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio), visam definir os objetivos específicos de manejo de cada zona
da UC, orientando a gestão da UC. Entre as principais funções do Plano de Manejo está a
de estabelecer a diferenciação e intensidade de uso mediante zoneamento, visando a
proteção dos recursos naturais e culturais da UC.
Considerando a fragilidade ambiental da área e a grande porcentagem de área protegida, é
importante que seja pensado um turismo de pequeno porte, que atenda à demanda
existente e ao mesmo tempo respeite a capacidade de uso dos recursos naturais enquanto
produto turístico. Deve-se pensar em um turismo relacionado às características ambientais e
paisagísticas específicas existentes na região, explorando de forma sustentável o que cada
uma tem de melhor a oferecer.
Dado o exposto, registra-se que a possibilidade de implementação de infraestrutura turística
deverá ser estudado em escala detalhada, a partir das estratégias estabelecidas neste
PDITS. A título exemplificação, poderiam ser estudados pontos específicos a serem
desenvolvidos com potencial para um turismo sustentável como os que se encontram no
extremo sul (Figura 142 - Área A), com a facilidade de acesso e grande potencial
paisagístico da densa rede de canais, além do extremo norte da região de estudo (Figura
142 - Área B), com extraordinária beleza cênica proveniente do “Pantanal” e da foz do Rio
São Francisco. Nesses locais, as características ambientais entram em consonância umas
com as outras permitindo que sejam exploradas atividades de turismo com baixo impacto
negativo para o meio ambiente.
Figura 142. Exemplo de áreas com potencial para desenvolvimento de turismo sustentável.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

308
A observação das características associadas, como a imagem de satélite, enfatiza as
variáveis ambientais - rede hidrográfica e geomorfologia por meio das áreas alagadas e rede
de drenagem. Na leitura dessas características juntamente com o mapa de solos, que indica
as áreas frágeis para ocupação, o mapa de uso e cobertura da terra, que indica os usos
atuais e possíveis áreas com potencial para mudança de uso, verifica-se que áreas
extremamente sensíveis foram antropizadas e ocupadas.
Nesses casos, aliados ao grande potencial turístico que alguns locais apresentam, deveriam
ser desenvolvidos estudos e negociações para uma ocupação mais apropriada, relacionada
ao turismo sustentável. A Figura 143 (Área A e Área B) ilustra essa exemplificação.
Nos casos exemplificados, são as áreas que atualmente possuem uso agropastoril, nas
quais pode ocorrer a instalação de infraestrutura para o turismo local, próximas às áreas
com potencial de exploração.
Figura 143. Condicionantes ambientais e uso e cobertura da terra na Área A. Imagem de satélite (a),
mapa de solos (b), uso da terra (c).

(a) (b)

(c)
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

309
Figura 144. Condicionantes ambientais e uso e cobertura da terra na Área B. Imagem de satélite (a),
mapa de solos (b), uso da terra (c).

(a) (b)

(c)
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Como exposto ao longo de todo este documento, o Polo Costa dos Coqueirais é composto
por uma grande diversidade de áreas frágeis de interesse ambiental que poderiam ser
exploradas por meio de um turismo de pequeno porte de forma sustentável. Para que isso
aconteça, é necessário que previamente sejam estabelecidas as normas de uso e ocupação
dessas áreas, por meio da elaboração dos Planos de Manejo das UC que facilitam o
desenvolvimento da região dentro dos paradigmas de proteção do meio ambiente.

9.7. Síntese – Validação da Seleção da Área Turística e Priorização de


Segmentos
A partir da análise procedida, pode-se concluir pela importância e pelo significado relevante
do Polo Costa dos Coqueirais que, vista de forma integrada ao Polo Velho Chico, constitui
área turística que impulsiona o turismo sergipano e que, se dotada das condições de
infraestrutura e de gestão necessárias e respeitada do ponto de vista ambiental, poderá
trazer o desenvolvimento sustentável, a empregabilidade e a qualidade de vida para seus
habitantes.

310
Como conclusão dos estudos e análises feitas, tem-se a indicação dos segmentos turísticos
– principais e complementares – tidos como foco desta revisão do PDITS do Polo Costa dos
Coqueirais.
Quadro 43: Segmentos Turísticos

SEGMENTOS TURÍSTICOS PRINCIPAIS

Sol e Praia Negócios e Eventos Histórico-Cultural

Segmentos Turísticos Complementares

Ecológico Náutico

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Note-se que é reconhecida a potencialidade do Turismo Rural, principalmente em função da


existência dos Engenhos situados na área rural e remanescentes de uma época em que a
produção agrícola de cana de açúcar foi o carro chefe da economia local. A decisão, no
entanto, para a priorização dos investimentos estaduais nesta revisão do PDITS Polo Costa
dos Coqueirais é pela não inclusão de investimentos, neste momento, voltados para este
segmento.
Considera-se que a viabilização desses engenhos, como atrativos turísticos, deverá ter
andamento a partir das ações municipais e da iniciativa privada. Tal posição poderá ser
revista e reconsiderada nas próximas revisões do PDITS para a área.

311
312
4A PARTE: ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO

313
314
10. ESTRATÉGIAS
Como premissa básica, esta revisão do PDITS polo dos Coqueirais busca o equilíbrio entre
as atividades turísticas e a proteção do meio ambiente, beneficiando os aspectos
socioeconômicos e histórico-culturais e contribuindo para o desenvolvimento sustentável.
Conforme políticas federais e estaduais busca, por meio do turismo, a melhoria da qualidade
de vida da população local e a geração de emprego e renda.
Na definição das estratégias, o estado assume seu papel de coordenador e orientador do
desenvolvimento geral, entendendo ainda que os municípios deverão dar continuidade às
ações empreendidas para o desenvolvimento local e que parcerias devem ser formadas. A
exemplo da experiência de municípios do litoral sul, é de fundamental importância a
participação dos gestores públicos municipais e da sociedade local no planejamento e na
gestão compartilhada e eficaz do processo de desenvolvimento turístico, pretendido como
contínuo e permanente.
Em relação às diretrizes já estabelecidas para o estado, foram considerados básicos os
seguintes aspectos:
 a descentralização das atividades turísticas do Polo Costa dos Coqueirais,
atualmente concentradas em Aracaju:
 entendimento de que Aracaju é portão de entrada do Estado e do Polo, mas há
necessidade de desenvolvimento de outras localidades para melhor equilíbrio
regional e aumento da própria competitividade de Aracaju enquanto destino
indutor do turismo;
 incentivo para que o turista se desloque mais pelo Polo, não apenas em
visitação aos atrativos, mas com prolongamento de sua permanência e pernoite
em outras localidades;
 o apoio ao despertar dos atores locais para o turismo, de forma que esses se
mobilizem e se engajem no ciclo econômico de atividades relacionadas à
cadeia do turismo:
 entendimento, pelos atores locais, das potencialidades turísticas e da
necessidade da oferta de produtos e serviços adequados ao perfil do público-
alvo;
 melhoria da capacidade dos atores locais para o aproveitamento das
oportunidades advindas do desenvolvimento pretendido;
 o fortalecimento do “singular” e das características específicas de cada
localidade:
 resgate da cultura e do sentimento sergipano;
 reconhecimento da importância dessas características na formação e definição
do turismo do Polo Costa dos Coqueirais, mantendo equipamentos turísticos de
pequeno porte e equilibrados à capacidade de suporte socioambiental;
 o ajuste do planejamento turístico a partir de dados sistematizados, que
permitam a tomada de decisão e de correção de rumo a partir de informações
concretas:
 estruturação de sistema de informação turística, com centros de gestão e
disseminação de informações gerenciais em pontos estratégicos do território;

Baseados nos trechos assumidos par o planejamento do Polo Costa dos Coqueirais, a visão
desejada para o turismo pode ser sintetizada como:

Trecho1 – Área Central:


Valorização da condição de Aracaju como portão de entrada do Polo e o roteiro das cidades
históricas;
Desenvolvimento equilibrado, ressaltando as potencialidades dos demais municípios;
315
Fortalecimento de equipamentos turísticos para suporte ao segmento de negócios e
eventos, com ênfase para os eventos de maior porte.
Trecho 2 – Litoral Sul
Captação do turista hoje em passagem pela área, notadamente com destino à Mangue
Seco, por meio da oferta de atividades complementares, com destaque para aquelas
voltadas ao turismo náutico – circuitos fluviais do litoral sul;
Compatibilidade entre desenvolvimento turístico e qualidade do meio ambiente, garantindo a
sustentabilidade da região14, além de melhoria do saneamento ambiental em pontos críticos
de áreas de interesse turístico.
Estruturação da área para melhor apoio à atividade turística:
 sede do município de Estância como Núcleo de Apoio15 regional de caráter urbano
de oferta de equipamentos e serviços ao turista e localidades estratégicas, como por
exemplo Porto do Mato e Pontal, como Núcleos Receptivos16 ofertando meios de
hospedagem de equipamentos de pequeno porte com características adequadas ao
publico meta;
 atrativos turístico principais estruturados, em específico os circuitos fluviais apoiados
nas localidades do Crasto – Santa Luzia, Pontal e Terra Caída – Indiaroba e Porto
Cavalo e Porto do Mato - Estância;
 atrativos turísticos complementares em melhores condições, em específico
adequações urbanísticas e melhorias em orlas e praias.
Trecho 3 – Litoral Norte
Estruturação turística da região, com ênfase no ecoturismo, a partir da:
 implantação da Estrada Parque Litoral Norte;
 desenvolvimento de atrativos e atividades turísticas complementares, conforme
vocação da região17
Garantia da sustentabilidade ambiental da área18.
Incentivo ao desenvolvimento do turismo, pelo suporte às atividades turísticas pretendidas e
o fortalecimento da gestão ambiental da área, sendo:
 Brejo Grande estruturado como Núcleo Receptivo;
 povoado de Saramén como Núcleo Receptivo19;
 Pacatuba como Núcleo de Apoio, de caráter Institucional, voltado ao Turismo e ao
Meio Ambiente13;
 Barra dos Coqueiros como Núcleo potencial para desenvolvimento de atrativo
complementar20.

14
As condições efetivas de ocupação da área estão atreladas ao Plano de Manejo da APA do Litoral Sul, que carece de
elaboração e implementação.
15
O Núcleo de Apoio objetiva: a oferta de serviços de apoio nas áreas urbanas mais estruturadas tais como serviços de saúde,
bancários, comércio mais diversificado, facilidade de acesso à transportes em geral, etc; ou de atividades de natureza
institucional abarcando apoio ao Sistema de Informação para Gestão do Turismo e para o Turismo; Gestão Ambiental,
Educação Ambiental, e Atendimento ao Turista.
16
O Núcleo Receptivo objetiva a oferta de meios de hospedagem na Região com equipamentos de pequeno porte, voltado ao
público meta, e que envolva a população local. Os locais exatos dos Núcleos receptivos, bem como suas capacidades de
carga, dependerão de estudos específicos, previstos neste PDITS.
17
Ecoturismo deve ser baseado em atividades contemplativos (como no caso da REBIO), com pouca interferência (Pantanal
Nordestino), e estruturação dos centros de apoio e receptivo, como propostos neste PDITS e conforme estudos de capacidade
de carga a serem elaborados.
18
Considerando as peculiaridades locais tais como REBIO e APA do Litoral Norte, registrando a necessidade de elaboração do
Plano de Manejo da APA do Litoral Norte para definição dos locais de oferta de equipamentos e serviços de apoia às
atividades turísticas.
19
Ressaltando necessidade de estudos, conforme previsto neste PDITS, tendo em vista fragilidade ambiental.
20
O município de Barra dos Coqueiros tem grande potencial de atrativo, em específico na ponta Sul de sua Orla, em frente à
cidade de Aracaju, porém atualmente condição turística é dificultada pela poluição do rio Sergipe. A proposta é que a área seja
resguardada. Para tanto na Revisão do Plano Diretor Municipal deve ser previsto o Planejamento da sua ocupação da área,
316
Integração de produtos principais e atrativos complementares, com melhoria de suas
condições, em especifico:
 Delta do Rio São Francisco e Pirambu – Lagoa Redonda, Lagoa do Sangradouro e outros;
 povoados – valorização da riqueza cultural e roteiros náuticos;
 terminal turístico em Brejo Grande – melhorias, tendo em vista sua condição de ponto de
partida para a Foz do Rio São Francisco;
 transporte fluvial – ordenamento, regulamentação e definição de parâmetros de qualidade
para os serviços ofertados, além da melhoria de atracadouros principalmente em Brejo
Grande e Saramén;
 serviços turísticos – melhoria da qualidade, principalmente daqueles ofertados na foz -
atracação, alimentação, características das embarcações, artesanato.
O mapa a seguir ilustra a Estratégia Geral para o Polo dos Coqueirais indicando a
localização dos principais núcleos de desenvolvimento do turismo, voltados aos objetivos
deste PDITS.
Figura 145. Representação Gráfica da Estratégia Geral de Desenvolvimento Turístico do Polo Costa dos
Coqueirais

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

que pode abrigar empreendimentos relacionados ao Turismo de Negócios e Eventos e ter características bucólicas, resgatando
seu passado e projetos propostos, a exemplo de Paquetá/ RJ.
317
10.1. Objetivos e Estratégias por Componente
As estratégias ao PDITS Polo Costa dos Coqueirais são definidas no contexto de cinco
Componentes, que se traduzem em eixos estratégicos para o desenvolvimento do turismo,
quais sejam:
Componente 1 – Produto Turístico;
Componente 2 – Comercialização
Componente 3 – Fortalecimento Institucional
Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos
Componente 5 – Gestão Socioambiental.
O Quadro 44:, a seguir, apresenta as ações previstas, relacionando-as aos objetivos
específicos do PDITS e às estratégias de desenvolvimento do turismo relativas a cada
Componente do Plano.
Quadro 44: Objetivos e Estratégias do PDITS Polo Costa dos Coqueirais
Objetivos Estratégias

Componente – PRODUTO TURÍSTICO


Incrementar a atratividade turística e a
competitividade no segmento de negócios e
eventos.
Promover a integração, o alinhamento e a Fortalecimento e instalação das condições
intercomplementaridade de roteiros turísticos necessárias para expansão do segmento do
existentes e potenciais nos segmentos de sol e turismo de negócios e eventos.
praia e do turismo histórico-cultural e nos
Estruturação de roteiros turísticos integrados
segmentos complementares de ecoturismo,
e intercomplementares;
turismo náutico, de forma a ampliar e diversificar
a oferta turística e o público-alvo; Diversificação e melhoria da qualidade da
oferta de produtos e serviços turísticos;
Aumentar a permanência média do turista no
Polo de forma a alavancar / dinamizar a Expansão, fortalecimento e qualificação dos
economia local e promover o desenvolvimento serviços de atendimento ao turista.
sustentável do turismo sergipano;
Promover a preservação do patrimônio natural e
histórico-cultural do Polo.
Componente – COMERCIALIZAÇÃO
Incrementar a atratividade turística e a
competitividade no segmento de negócios e
eventos; Consolidação e fortalecimento da imagem-
identidade do Polo diante dos segmentos-
Promover a integração, o alinhamento e a
meta estabelecidos;
intercomplementaridade de roteiros turísticos
existentes e potenciais nos segmentos de sol e Aumento da visibilidade dos produtos
praia e do turismo histórico-cultural e nos turísticos formatados para o Polo;
segmentos complementares de ecoturismo,
turismo náutico, de forma a ampliar e diversificar Captação de mercados diferenciados e
a oferta turística e o público-alvo; complementares voltados para diferentes
produtos e públicos específicos;
Aumentar a permanência média do turista no
Polo de forma a alavancar / dinamizar a Envolvimento do poder público, da iniciativa
economia local e promover o desenvolvimento privada e do terceiro setor na comercialização
sustentável do turismo sergipano. dos destinos turísticos.

318
Objetivos Estratégias

Componente – FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL


Adoção de mecanismos e instrumentos de
gestão integrada do turismo e do meio
ambiente, com envolvimento do poder público
e dos diferentes segmentos representativos
da sociedade;
Mobilizar e articular os atores e instâncias Adoção e incentivo à parceria público-privada
públicas e privadas tendo em vista a gestão tendo em vista a melhoria da qualidade dos
integrada e participativa do turismo e a promoção produtos e serviços turísticos;
do desenvolvimento sustentável do setor;
Capacitação profissional para a gestão
Estabelecer e qualificar as condições estruturais, participativa do turismo, envolvendo a
organizacionais e legais necessárias à gestão administração pública estadual e municipal,
pública do turismo e do meio ambiente nas os empreendedores do turismo e a
instâncias estadual e municipais. comunidade;
Desenvolvimento e implantação de sistema
de informações turísticas como base para o
planejamento e gestão do turismo, para
formatação de novos produtos turísticos e
para atendimento ao turista.

Componente – INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS


Priorização de melhorias quanto à
conectividade e acessibilidade do Polo com
outros estados, no próprio estado e entre os
municípios integrantes do Polo, incluindo
acessos aeroviários, rodoviários, ferroviários,
hidroviários, vias urbanas e transporte público
Qualificar e ampliar a oferta de equipamentos e de passageiros;
serviços turísticos e de serviços públicos com
impacto direto sobre o turismo no Polo; Expansão e melhoria das condições de
saneamento ambiental, com ênfase para o
sistema de esgotamento sanitário e para o
tratamento e disposição de resíduos sólidos;
Promoção e incentivo à melhoria de
instalações e equipamentos turísticos
públicos e privados.
Componente – GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
Preservação ambiental e recuperação de
áreas turísticas degradadas;
Promover a preservação e a conservação do Promoção da educação ambiental de forma a
meio ambiente como base para o abranger a população local e os turistas;
desenvolvimento sustentável do turismo.
Incentivo e apoio à formação e capacitação
Promover a inserção da população local no ciclo profissional para o mercado do turismo;
econômico do setor de turismo visando à
Apoio e incentivo ao empreendedorismo
melhoria da qualidade de vida.
visando à implantação e o desenvolvimento
de médios e pequenos negócios inseridos na
cadeia do turismo.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

319
320
5A PARTE: PLANO DE AÇAO: PROCEDIMENTOS, AÇOES E
PROJETOS

321
322
11. PLANO DE AÇÃO
Tendo o planejamento estratégico do turismo como forma de promover mudanças futuras
por meio de ações ordenadas, o PDITS Polo Costa dos Coqueirais baseia-se nos princípios
de sustentabilidade estabelecidos pela OMT – Organização Mundial do Turismo, quais
sejam:
a. Os recursos naturais, históricos, culturais e outros voltados ao turismo são
conservados para que continuem a ser utilizados no futuro, sem deixar de trazer
benefícios para a sociedade atual;
b. O desenvolvimento turístico é planejado e gerenciado de modo a não gerar
problemas ambientais ou socioculturais para a área turística;
c. A qualidade ambiental geral da área turística é mantida e melhorada onde
necessário;
d. O alto nível de satisfação dos turistas é mantido para que os destinos turísticos
conservem seu valor de mercado e sua popularidade; e
e. Os benefícios do turismo são estendidos a toda a sociedade.

Desse modo, além de respeitar o ambiente natural e construído onde se desenvolve a


atividade turística, a preocupação com a melhoria, tanto da qualidade de vida quanto do
produto turístico, em todos os seus níveis, deve ser uma constante.
A garantia de qualidade em relação aos atrativos, instalações, serviços e infraestrutura deve
permitir que ações sustentáveis realizadas hoje garantam, não apenas a manutenção física
dos recursos necessários para a atividade no futuro, mas também a sua melhoria, visando
gerar a satisfação dos usuários e a ampliação dos mercados turísticos futuros.
Os estudos realizados neste PDITS levaram à definição dos segmentos turísticos principais
e os complementares para o Polo Costa dos Coqueirais que, por sua vez, orientaram a
definição das ações de desenvolvimento do turismo a seguir indicadas.
Quadro 45: Segmentos Turísticos

SEGMENTOS TURÍSTICOS PRINCIPAIS

Sol e Praia Negócios e Eventos Histórico-Cultural

Segmentos Turísticos Complementares

Ecológico Náutico

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

Dadas essas premissas, as ações propostas neste Plano convergem para o objetivo geral
deste PDITS, qual seja:

Promover a estruturação e o planejamento turístico integrado do Polo, mantendo as


características e vocações turísticas de cada um dos trechos que o compõem, com base no
desenvolvimento sustentável da atividade turística e na manutenção da qualidade dos
recursos naturais, de forma a destacar e integrar os segmentos turísticos de negócios e
eventos, de sol e praia e histórico-cultural.

323
11.1. Visão Geral e Ações Previstas
Tendo por base a conceituação exposta neste PDITS e o processo participativo de sua
elaboração, são propostas ações estratégicas concebidas para o desenvolvimento do
turismo no Polo Costa dos Coqueirais.
Para a composição dessas ações foram consideradas as análises procedidas desde o
diagnóstico, incluindo as entrevistas com as lideranças e os atores chave identificados pela
Setur.
Na definição das ações levou-se em conta a sua importância e contribuição na modificação
do cenário atual em busca do cenário futuro desejado para o Polo, conforme pactuado nas
reuniões e oficinas realizadas no processo de revisão deste PDITS.
Importa acrescentar que o panorama das ações elencadas destina-se ao desenvolvimento
turístico do Polo Costa dos Coqueirais como um todo. As ações estratégicas identificadas
deverão ser complementadas por outras decorrentes da elaboração e execução dos Planos
de Gestão Participativo do Turismo nos municípios. Além dessas, poderão ainda ser
consideradas complementares outras, de caráter local, identificadas e justificadas pelos
gestores municipais desde que integradas às concepções e diretrizes estabelecidas neste
documento.
As ações inerentes ao PDITS Polo Costa dos Coqueirais são definidas no contexto de cinco
Componentes, que se traduzem em eixos estratégicos para o desenvolvimento do turismo,
quais sejam:

Componente 1 – Produto Turístico;

Componente 2 – Comercialização;

Componente 3 – Fortalecimento Institucional;

Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos;

Componente 5 – Gestão Socioambiental.

O Quadro 46: ao 50, a seguir, apresentam as ações previstas, relacionando-as aos objetivos
específicos do PDITS e às estratégias de desenvolvimento do turismo relativas a cada
Componente do Plano.

324
11.2. Objetivos, Estratégias e Ações
Quadro 46: Ações Relativas ao Componente 1 – Produto Turístico

Componente 1 - Produto Turístico


OBJETIVOS
 Incrementar a atratividade turística e a competitividade no segmento de negócios e eventos.
 Promover a integração, o alinhamento e a intercomplementaridade de roteiros turísticos existentes e potenciais nos segmentos de sol e praia
e do turismo histórico-cultural e nos segmentos complementares de ecoturismo, turismo náutico, de forma a ampliar e diversificar a oferta
turística e o público-alvo;
 Aumentar a permanência média do turista no Polo de forma a alavancar / dinamizar a economia local e promover o desenvolvimento
sustentável do turismo sergipano;
 Promover a preservação do patrimônio natural e histórico-cultural do Polo.

AÇÕES ESTRATÉGIAS

1.1 Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª etapa.

Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos


1.2
Turísticos

1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística  Fortalecimento e instalação das
condições necessárias para
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística expansão do segmento do turismo de
negócios e eventos.
Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação
1.3
Empresarial.
 Estruturação de roteiros turísticos
Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão integrados e intercomplementares.
1.4
Ambiental.

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.

Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do


1.6
Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.

325
AÇÕES ESTRATÉGIAS

Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus


1.7
(programação visual, equipamentos interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).

Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do


1.8
Litoral Sul de Aracaju

Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município
1.8.1
e Aracaju.

1.8.2 Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.

Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima
1.9
Atendida pelo Programa.

Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e
1.10
Costa Marítima Atendida pelo Programa.
 Diversificação e melhoria da
1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.
qualidade da oferta de produtos e
serviços turísticos.
1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.

Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos  Expansão, fortalecimento e
1.13
Destinos Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais qualificação dos serviços de
atendimento ao turista.
Concepção, Organização e Instalação de Centro de Apoio Institucional de Gestão do Turismo e
1.14
do Meio Ambiente

1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

1.15.1 Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico

326
AÇÕES ESTRATÉGIAS

1.15.2 Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio

1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.

1.17 Revitalização e Ampliação do Atual Centro de Convenções de Aracaju

1.18 Apoio à Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Laranjeiras e de São Cristóvão

1.19 Revitalização e Reforma do Atracadouro do Rio Vaza Barris

1.20 Requalificação do Cristo Redentor de São Cristóvão

1.21 Revitalização e Requalificação da Bica de São Cristóvão

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

327
Quadro 47: Ações Relativas ao Componente 2 – Comercialização

Componente 2 - Comercialização
OBJETIVOS
 Incrementar a atratividade turística e a competitividade no segmento de negócios e eventos.
 Promover a integração, o alinhamento e a intercomplementaridade de roteiros turísticos existentes e potenciais nos segmentos de sol e
praia e do turismo histórico-cultural e nos segmentos complementares de ecoturismo, turismo náutico, de forma a ampliar e diversificar a
oferta turística e o público-alvo;
 Aumentar a permanência média do turista no Polo de forma a alavancar / dinamizar a economia local e promover o desenvolvimento
sustentável do turismo sergipano.

AÇÕES ESTRATÉGIAS

2.1 Execução do Plano de Marketing  Consolidação e fortalecimento da


imagem-identidade do Polo diante dos
segmentos-meta estabelecidos;
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing  Aumento da visibilidade dos produtos
turísticos formatados para o Polo;
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing  Captação de mercados diferenciados
e complementares voltados para
diferentes produtos e públicos
específicos;
Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o  Envolvimento do poder público, da
2.4 iniciativa privada e do terceiro setor na
Polo Velho Chico
comercialização dos destinos
turísticos.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

328
Quadro 48: Ações Relativas ao Componente 3 – Fortalecimento Institucional

Componente 3 – Fortalecimento Institucional


OBJETIVOS
 Mobilizar e articular os atores e instâncias públicas e privadas tendo em vista a gestão integrada e participativa do turismo e a promoção do
desenvolvimento sustentável do setor.
 Estabelecer e qualificar as condições estruturais, organizacionais e legais necessárias à gestão pública do turismo e do meio ambiente nas
instâncias estadual e municipais.

AÇÕES ESTRATÉGIAS

Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de


3.1
demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
 Adoção de mecanismos e instrumentos
de gestão integrada do turismo e do
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos meio ambiente, com envolvimento do
poder público e dos diferentes
3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais
segmentos representativos da
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização sociedade;
 Adoção e incentivo à parceria público-
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo privada tendo em vista a melhoria da
qualidade dos produtos e serviços
3.6 Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos Estaduais Gestores de Turismo
turísticos;
Reforma da Galeria Ana Maria e Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede  Capacitação profissional para a gestão
3.7
da SETUR participativa do turismo, envolvendo a
administração pública estadual e
3.7.1 Reforma da Galeria para Instalação de Nova Sede da SETUR
municipal, os empreendedores do
3.7.2 Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede da SETUR turismo e a comunidade;
 Desenvolvimento e implantação de
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais sistema de informações turísticas como

329
AÇÕES ESTRATÉGIAS
base para o planejamento e gestão do
3.9 Sistema de Gerenciamento do Programa
turismo, para formatação de novos
3.10 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
produtos turísticos e para atendimento
ao turista.
Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de
3.11
Empreendimentos Turísticos

Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o


3.12
Turismo

Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e


3.13
Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

3.14 Elaboração e Implantação de Plano Estadual de Educação Financeira e Fiscal

3.15 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de


3.16
Parcerias

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

330
Quadro 49: Ações Relativas ao Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos

Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos


OBJETIVOS
 Qualificar e ampliar a oferta de equipamentos e serviços turísticos e de serviços públicos com impacto direto sobre o turismo no Polo.

AÇÕES ESTRATÉGIAS

Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD)
4.1
cabeceira 29
Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do Novo
4.2  Priorização de melhorias quanto à
Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju
conectividade e acessibilidade do Polo
4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 com outros estados, no próprio estado
e entre os municípios integrantes do
4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário Polo, incluindo acessos aeroviários,
4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários rodoviários, ferroviários, hidroviários,
vias urbanas e transporte público de
4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água passageiros;
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público  Expansão e melhoria das condições
4.7 de saneamento ambiental, com ênfase
Intermunicipal de Passageiros
para o sistema de esgotamento
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias sanitário e para o tratamento e
4.8 Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de disposição de resíduos sólidos;
interesse turístico.  Promoção e incentivo à melhoria de
4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte instalações e equipamentos turísticos
públicos e privados.
4.10 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476
Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Luzia do Itanhy ao Povoado
4.11
de Crasto

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

331
Quadro 50: Ações Relativas ao Componente 5 – Gestão Socioambiental

Componente 5 – Gestão Socioambiental


OBJETIVOS
 Promover a preservação e a conservação do meio ambiente como base para o desenvolvimento sustentável do turismo.
 Promover a inserção da população local no ciclo econômico do setor de turismo visando à melhoria da qualidade de vida.

AÇÕES ESTRATÉGIAS

5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas

Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas


5.2
e Comunidades Receptoras.
 Preservação ambiental e recuperação de áreas
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental turísticas degradadas;
Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e
5.2.2
Comunidades Receptoras
 Promoção da educação ambiental de forma a
Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico abranger a população local e os turistas;
5.3 
(Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do litoral Norte)

5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte


 Incentivo e apoio à formação e capacitação
5.3.2 Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da APA do Litoral Norte profissional para o mercado do turismo;
5.4 Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo
 Apoio e incentivo ao empreendedorismo visando à
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos implantação e o desenvolvimento de médios e
Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e pequenos negócios inseridos na cadeia do turismo.
5.5.1
Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.

Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das


5.5.2
Ações dos Planos Intermunicipais

332
AÇÕES ESTRATÉGIAS

Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e


degradada - Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de
5.6
áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais -
Rio Betume

5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas

5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e


5.7.3 Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além de Rodovias e
Saneamento, em Parceria com a ADEMA

5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul

5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo

Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a


5.8.2
APA do Litoral Sul

5.9 Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel

Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais


5.10
Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas

Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e


5.10.2
Sul

5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

5.11 Elaboração e Implantação do Plano Estadual de Recursos Hídricos

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

333
11.3. Descrição das Ações Previstas
As ações que compõem o PDITS Polo Costa dos Coqueirais, agrupadas por Componente,
estão a seguir descritas. Recuperando as estratégias de desenvolvimento e os objetivos
específicos do Plano, é apresentado o título das ações, uma justificativa geral para sua
inserção no Plano, uma breve descrição do escopo de cada uma delas, o custo estimado
dos investimentos previstos para o Componente, bem como o produto e o resultado
esperados de sua execução.
Quadro 51: Descrição das Ações do Componente 1 – Produto Turístico
COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO
Fortalecimento e instalação das condições necessárias para expansão do segmento
Estratégias do turismo de negócios e eventos.

Estruturação de roteiros turísticos integrados e intercomplementares


 Incrementar a atratividade turística e a competitividade no segmento de
negócios e eventos.
 Promover a integração, o alinhamento e a intercomplementaridade de
roteiros turísticos existentes e potenciais nos segmentos de sol e praia e do
turismo histórico-cultural e nos segmentos complementares de ecoturismo,
Objetivos turismo náutico, de forma a ampliar e diversificar a oferta turística e o
público-alvo;
 Aumentar a permanência média do turista no Polo de forma a alavancar /
dinamizar a economia local e promover o desenvolvimento sustentável do
turismo sergipano;
 Promover a preservação do patrimônio natural e histórico-cultural do Polo.
Ações Área de Abrangência
Complementação da Sinalização Turística da Cidade de
1.1 Aracaju
Aracaju - 4ª etapa.
Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária
1.2
Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Polo Costa dos Coqueirais
1.2.1
Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
Execução do Plano de Capacitação Profissional para o
1.3 Polo Costa dos Coqueirais
Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da
1.4 Polo Costa dos Coqueirais
Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à
1.5 Polo Costa dos Coqueirais
Demanda Turística.
Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE,
1.6 compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Aracaju
Centro de Informações Turísticas.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e
1.7 Adequação e Modernização de Museus (programação
visual, equipamentos interativos, etc.)
Polo Costa dos Coqueirais
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
Adequação e Modernização de Museus (Programação
1.7.2
Visual, Equipamentos Interativos.).

334
Elaboração de Projetos e Execução da Adequação
1.8 Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de
Aracaju
Polo Consta dos Coqueirais
Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e
1.8.1 - Litoral Sul
Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.
Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das
1.8.2
Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.
Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio
1.9 São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Polo Costa dos Coqueirais
Programa.
Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos
1.10 Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Polo Costa dos Coqueirais
Marítima Atendida pelo Programa.
Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Polo Costa dos Coqueirais -
1.11
Paisagística Litoral Norte. Litoral Norte
Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística Polo Costa dos Coqueirais -
1.12
do Litoral Norte. Litoral Norte
Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização
1.13 de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Polo Costa dos Coqueirais
Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais
Concepção, Organização e Instalação de Centro de
1.14 Apoio Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Estância e Pacatuba
Ambiente

1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico


Indiaroba - Povoado de
Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos
1.15.1 Terra Caída, Estância -
e de Apoio Turístico
Povoado de Porto do Mato,
Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Brejo Grande - Sede
1.15.2
Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio Municipal, Brejo Grande -
Povoado de Saramén.
Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos
1.15.3
e de Apoio
Aracaju, Brejo Grande,
Pacatuba, Indiaroba
Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de (Povoado de Terra Caída),
1.16
Atendimento ao Turista. Estância (Povoado de Porto
do Mato), Brejo Grande
(Povoado de Saramén)
Revitalização e Ampliação do Atual Centro de
1.17 Aracaju
Convenções de Aracaju
Apoio à Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural Laranjeiras e de São
1.18
de Laranjeiras e de São Cristóvão Cristóvão
Revitalização e Reforma do Atracadouro do Rio Vaza São Cristóvão
1.19
Barris

1.20 Requalificação do Cristo Redentor de São Cristóvão São Cristóvão

1.21 Revitalização e Requalificação da Bica de São Cristóvão São Cristóvão

Justificativa A estruturação do Produto Turístico nos municípios que compõem o Polo Costa dos

335
Coqueirais alinha-se à necessidade de promover a diversificação e qualificação da
oferta turística e a integração dos produtos turísticos disponíveis no Polo, conforme
identificado e detalhado em diagnóstico.
É visível o efeito que ineficiente prestação de serviços turísticos associada à
inexistência de roteiros integrados exerce sobre a qualidade do produto turístico nos
municípios do Polo, o que vem provocando uma baixa permanência do turista na
região.
A qualidade dos produtos turísticos está associada à qualificação dos serviços
prestados e ao padrão de qualidade desejado, que deve estar referenciado na
satisfação dos consumidores e nos pressupostos do turismo sustentável, o que implica
estabelecer uma política que estimule a melhoria contínua da qualidade e da segurança
dos serviços prestados, principalmente no que tange à regularização dos
empreendimentos de turismo.
A melhoria da sinalização turística, a modernização de atrativos culturais como museus
e centro de artesanato, associada à qualificação de serviços turísticos deverá atuar de
forma decisiva na melhoria da oferta de produtos direcionados a diversos perfis de
demanda turística. A criação e estruturação de roteiros para o turismo náutico
favorecerá a ascensão de uma nova modalidade que, com a instalação de Centros de
Atendimento ao turista distribuídos em pontos estratégicos do Polo, favorecerá a
integração de roteiros culminando numa maior permanência e consumo por parte dos
turistas na região.
Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju – complementar a
sinalização turística de Aracaju de acordo com o padrão internacional ditado pela OMT,
permitir o deslocamento, facilitando a residentes e turistas o acesso às principais
rodovias da cidade, às vias urbanas de acesso aos atrativos turísticos e outros pontos
estratégicos de Aracaju.

Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa


para Destinos Turísticos – Elaborar projeto executivo e implantar placas de
sinalização turística rodoviária nas rodovias federais e estaduais que dão acesso aos
municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais.

Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas


de Capacitação Empresarial - Qualificar prestadores de serviços, profissionais e
empreendedores da cadeia produtiva do turismo, contribuindo para o aumento da
qualidade dos serviços prestados na atividade.
Descrição
das Ações Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços
Turísticos e Gestão Ambiental – Prestar assessoria técnica na área de gestão
(comercial e ambiental) para micro e pequenos empreendimentos, formais e informais,
localizados na região do Polo Costa dos Coqueirais, para inserção efetiva e eficiente
dos mesmos na cadeia produtiva do turismo.

Fomento à Qualidade da Produção Artesanal – Proporcionar aos artesãos dos


municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais assistência técnica para o
aprimoramento da qualidade dos produtos, de forma a proporcionar aumento do valor
agregado dos mesmos e satisfação por parte dos turistas.

Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju-SE, compreendendo inclusive o


Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas – Recuperar
equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato. Esta ação
integra o complexo de intervenções realizadas no centro histórico de Aracaju, com
vistas a ampliar a oferta de atrativos históricos e culturais no Polo.

336
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e
Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.) –
Elaborar estratégia de roteiro histórico cultural para os municípios de São Cristóvão e
Laranjeiras, contemplando diagnóstico, análise de mercado e capacidade de carga dos
principais equipamentos do roteiro. Adequar e modernizar museus contemplando
sinalização interpretativa, equipamentos interativos nas unidades selecionadas.

Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das


Praias do Litoral Sul de Aracaju -
Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na
Costa Marítima Atendida pelo Programa – Orientar a prática de turismo náutico
(fluvial e marítimo) por meio de estudo de circuito turístico para o segmento. Análise do
potencial de turismo náutico no Polo Costa dos Coqueirais, identificando a
infraestrutura de apoio ao turismo náutico.

Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio


São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa - Melhorar a infraestrutura
local de apoio ao turismo possibilitando passeios turísticos pelos rios da região
favorecendo o aumento do fluxo turístico.

Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte –


Realização de audiência pública junto ao trade e comunidade em geral do Polo, no
sentido de eleger a referida rota como corredor turístico.

Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte – Caso a


audiência seja favorável, elaborar projeto básico e executivo, no sentido de dotá-la de
atratividades tais como: portais de acesso, mirantes, serviços de informações,
sinalização interpretativa e padronização dos acessos aos empreendimentos ao longo
do trecho transformando a rota em produto turístico, favorecendo a consolidação de
roteiros no Norte do Polo.

Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e


Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais –
Diagnóstico analítico dos principais atrativos que compõem o Polo em parceria com
agentes comunitários locais, levantamento dos principais beneficiários e criação de
roteiros envolvendo atrativos e capital social mobilizado, visando ao fortalecimento de
instâncias de governança locais.

Concepção, Organização e Instalação de Centro de Apoio Institucional de Gestão


do Turismo e do Meio Ambiente – Elaborar projeto e realizar obras das instalações
físicas de um novo Centro de Apoio no município de Pacatuba; Elaborar Plano
contendo princípios, diretrizes e procedimentos/instrumentos operacionais para
funcionamento do Centro, dimensionamento e caracterização das equipes necessárias,
identificação do mobiliário, equipamentos e outros materiais necessários; aquisição de
mobiliário, equipamentos de informática e multimídia demandados para funcionamento
do Centro; capacitação gerencial e técnica das equipes.

Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico –- Elaborar projeto de


criação de Núcleos Receptivos e de Apoio nos municípios de Brejo Grande e Estância,
dimensionamento e caracterização das equipes necessárias, identificação do
mobiliário, equipamentos e outros materiais necessários.

337
O Núcleo de Apoio objetiva: a oferta de serviços de apoio nas áreas urbanas mais
estruturadas tais como serviços de saúde, bancários, comércio mais diversificado,
facilidade de acesso à transportes em geral, etc; ou de atividades de natureza
institucional abarcando apoio ao Sistema de Informação para Gestão do Turismo e
para o Turismo; Gestão Ambiental, Educação Ambiental, e Atendimento ao Turista.
O Núcleo Receptivo objetiva a oferta de meios de hospedagem na Região com
equipamentos de pequeno porte, voltado ao público meta, e que envolva a população
local. Os locais exatos dos Núcleos receptivos, bem como suas capacidades de carga,
dependerão de estudos específicos, previstos neste PDITS.

Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista –


Elaborar Plano de Atendimento ao Turista, comum ao município de Brejo Grande e
povoados Crasto, Terra Caída e Porto do Mato contendo princípios, diretrizes e
procedimentos/instrumentos operacionais para funcionamento dos Centros,
dimensionamento e caracterização das equipes necessárias, identificação do
mobiliário, equipamentos e outros materiais necessários; aquisição de mobiliário,
equipamentos de informática e multimídia demandados para funcionamento dos
Centros; capacitação gerencial e técnica das equipes de atendimento ao turista.

Revitalização e Ampliação do Atual Centro de Convenções de Aracaju – revitalizar


e ampliar o atual Centro de Convenções adequando-o para comportar satisfatoriamente
eventos de pequeno e médio porte, favorecendo a captação e o desenvolvimento deste
segmento turístico no destino indutor, Aracaju.

Apoio à Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Laranjeiras e de São


Cristóvão – apoio à preservação do patrimônio histórico e cultural de forma a garantir
sua importância enquanto espaços que agregam valores culturais, históricos e sociais.
Em São Cristóvão deve-se dar destaque à sua condição de Patrimônio Mundial da
Humanidade.
Revitalização e Reforma do Atracadouro do Rio Vaza Barris – refere-se a
construção de um porto de atendimento ao turista, a formulação de uma pequena orla,
reforma de um dos restaurantes e demolição de outro e ampliação do estacionamento,
a fim de contemplar a chegada de ônibus e carros. Faz parte ainda da requalificação do
atracadouro a reforma do píer, hoje degradado e a ampliação de dois braços que
facilitaria a contemplação da área dos mangues.

Requalificação do Cristo Redentor de São Cristóvão - recuperação da estátua, base


com capela e pavimentação das áreas de entorno. A reforma contempla ainda, a
edificação de uma escadaria para acesso frontal ao Cristo. Na área destinada ao
estacionamento, foi contemplada acessibilidade segundo norma brasileira NBR 9050,
além da edificação de lanchonete e banheiros.

Revitalização e Requalificação da Bica de São Cristóvão – realização de obras para


a preservação da configuração dos bares e o balneário existentes, que deram
notoriedade ao parque na década de 80, e cria espaços de recreação para crianças e
atividades esportivas.

Custo
Estimado US$ 43.931,56

338
Sinalização turística efetivamente instalada nas rodovias de acesso e avenidas
principais da cidade de Aracaju. Sinalização de acesso aos atrativos turísticos e outros
pontos estratégicos da cidade.
Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos efetivada
através de placas de sinalização turística nas rodovias federais e estaduais que dão
acesso aos municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais.
Prestadores de serviços, profissionais e empreendedores da cadeia produtiva do
turismo qualificados - relativa à área urbana do município revitalizada e estruturada
para a atividade turística e para a população residente nos dois municípios que
compõem o Polo.
Produção artesanal qualificada de modo a proporcionar aumento do valor agregado
do produtos artesanais e satisfação por parte dos turistas.
Complexo Turístico de Aracaju – SE, Museu do Artesanato e Centro de
Informações Turísticas estruturados e com as condições de conforto demandadas
para atendimento e satisfação do turista e para o lazer da população residente no
município de Aracaju.
Produtos Históricos Culturais e Museus Adequados e Modernizados em condições
de atendimento ao turista e à população local com segurança e conforto, denotando
cuidados com a preservação dos recursos histórico-culturais.
Praias do Litoral Sul de Aracaju delimitadas permitindo o acesso e o
reconhecimento de praias distintas, suas peculiaridades, assim como bares e
restaurantes situados em cada uma delas.
Produtos e
Resultados Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico na Costa Marítima Atendida pelo Programa
delimitados e comercializados por operadoras locais, contando com Orlas e
Atracadouros em pontos estratégicos favorecendo a atividade turística e o lazer da
população residente nos municípios atendidos.
Rota Paisagística Litoral Norte dotada de portais de acesso, mirantes, serviços de
informações, sinalização interpretativa e padronização dos acessos aos
empreendimentos ao longo do trecho.
Roteiros turísticos que contemplem atrativos valorizados e integrados, contando com
a articulação e participação das comunidades locais.
Centro de Apoio Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Ambiente
implantado no município de Pacatuba em condições de prestar informações e atender
ao turista com alto nível de qualidade, além de monitorar ações de proteção em áreas
ambientalmente sensíveis.
Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico – concebido e elaborado.
Centros de Atendimento ao Turista – CAT implantados em número suficiente nos
municípios de Estância, Brejo Grande e povoados Crasto, Terra Caída e Porto do Mato
em condições de prestar informações e atendimento ao turista com alto nível de
qualidade.
Centro de Convenções de Aracaju revitalizado, ampliado e equipado, com condições
de receber turistas e abrigar eventos com conforto e segurança.
Patrimônio Histórico e Cultural de Laranjeiras e de São Cristóvão cuidados,
destacando à sua importância histórica e cultural.
Atracadouro do Rio Vaza Barris revitalizado e reformado.

339
Cristo Redentor de São Cristóvão requalificado.
Bica de São Cristóvão revitalizada e requalificada.

Novos produtos ofertados e qualificados para atender à demanda turística do Polo, de


forma a diversificar a oferta e permitir a prestação de serviços turísticos de qualidade e
nas condições de segurança necessárias, além de possibilitar a abertura de novos
negócios e a geração de emprego e renda em benefício da população local.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
Quadro 52: Descrição das Ações do Componente 2 – Comercialização

COMPONENTE 2: COMERCIALIZAÇÃO
 Consolidação e fortalecimento da imagem-identidade do Polo diante dos segmentos-
meta estabelecidos;
 Aumento da visibilidade dos produtos turísticos formatados para o Polo;
 Captação de mercados diferenciados e complementares voltados para diferentes
Estratégias
produtos e públicos específicos;
 Envolvimento do poder público, da iniciativa privada e do terceiro setor na
comercialização dos destinos turísticos.

 Incrementar a atratividade turística e a competitividade no segmento de negócios e


eventos.
 Promover a integração, o alinhamento e a intercomplementaridade de roteiros
turísticos existentes e potenciais nos segmentos de sol e praia e do turismo histórico-
Objetivos cultural e nos segmentos complementares de ecoturismo, turismo náutico, de forma a
ampliar e diversificar a oferta turística e o público-alvo;
 Aumentar a permanência média do turista no Polo de forma a alavancar / dinamizar a
economia local e promover o desenvolvimento sustentável do turismo sergipano.

Ações  Área de Abrangência

2.1 Execução do Plano de Marketing


2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Polo Costa dos Coqueirais
2.3
Marketing

Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e


2.4
entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
O diagnóstico realizado para elaboração deste PDITS revela que apesar da diversidade
natural, cultural e histórica existente no Polo, há pouca oferta de produtos e roteiros
turísticos comercializados, seja por meio das agências de turismo ou por outros meios de
divulgação. Esta situação traz uma baixa permanência do turista e poucos gastos e,
consequentemente, uma pequena demanda por serviços de hospedagem, alimentação,
transportes, entre outros.
Constata-se também a ausência de uma imagem/identidade associada ao Polo, o que
denota a necessidade de adoção de estratégias e ações de marketing turístico
Justificativa consolidadas em um Plano elaborado de acordo com as características do Polo e
adequado para atendimento de cenários futuros. Neste contexto, o Plano de Marketing
possui a função de organizar e consolidar as diretrizes e estratégias e ações para
divulgação, promoção e comercialização do Polo, identificando a sua vocação e o público
alvo dos produtos disponíveis.
Ainda no âmbito da comercialização merece destaque a elaboração de roteiros turísticos
integrados para o aumento da oferta e dinamização do turismo, resultando em benefícios
para o Polo.
Execução do Plano de Marketing – execução das estratégias de marketing por meio de
Descrição
um plano de ação que se compõe das atividades específicas a serem desempenhadas

340
das Ações para o fortalecimento da identidade do Polo e divulgação dos produtos ofertados, bem
como a determinação do prazo e forma de execução de cada atividade na sequência
apropriada e por ordem de prioridade e a atribuição de responsabilidades por essas
atividades.
Monitoramento do Plano de Marketing – acompanhamento periódico e contínuo do
Plano de Marketing pelo trade turístico com o apoio e incentivo do Estado por meio da
realização de reuniões e apresentação de relatórios mensais visando o monitoramento dos
fatos positivos e negativos e a correção e ajustes, quando necessário.
Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing – revisão, reajuste e
complementação do Plano de Marketing pelo trade turístico com o apoio e incentivo do
Estado, por meio da discussão, realização de reuniões e relatórios mensais para a
correção e ajustes, quando necessários, de forma a garantir a execução adequada do
Plano.
Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos
Coqueirais e o Polo Velho Chico – pressupõe o trabalho conjunto do trade turístico, com
o apoio e incentivo dado Estado, considerando as atividades, atrativos e produtos
turísticos comercializados. As possibilidades existentes devem ser discutidas entre os
atores interessados, analisada a viabilidade de sua operação e o seu potencial de
comercialização. Os roteiros escolhidos serão descritos em documento técnico, bem como
os meios e os instrumentos para a sua comercialização.
Custo
US$ 3.312,05
Estimado
Plano de Marketing executado, monitorado, reajustado e complementado, tendo em vista
a diversificação do mercado consumidor, o aumento da permanência e do gasto médio
diário dos turistas no Polo. Políticas regionais de comercialização definidas e Plano de
Investimentos elaborado, com diretrizes para a sua execução.
Produtos e Roteiros turísticos integrados relativos ao Polo estruturados, divulgados e
Resultados
comercializados.
O conjunto de ações deste componente têm como resultado a dinâmica de
comercialização do Polo definida e operacionalizada, com a efetiva participação dos atores
do mercado do turismo considerando o Plano de Marketing executado.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
Quadro 53: Descrição das Ações do Componente 3 – Fortalecimento Institucional

COMPONENTE 3: FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

 Adoção de mecanismos e instrumentos de gestão integrada do turismo e do


meio ambiente, com envolvimento do poder público e dos diferentes
segmentos representativos da sociedade;
 Adoção e incentivo à parceria público-privada tendo em vista a melhoria da
qualidade dos produtos e serviços turísticos;
Estratégias  Capacitação profissional para a gestão participativa do turismo, envolvendo a
administração pública estadual e municipal, os empreendedores do turismo e a
comunidade;
 Desenvolvimento e implantação de sistema de informações turísticas como
base para o planejamento e gestão do turismo, para formatação de novos
produtos turísticos e para atendimento ao turista.
 Mobilizar e articular os atores e instâncias públicas e privadas tendo em vista
a gestão integrada e participativa do turismo e a promoção do
desenvolvimento sustentável do setor.
Objetivos
 Estabelecer e qualificar as condições estruturais, organizacionais e legais
necessárias à gestão pública do turismo e do meio ambiente nas instâncias
estadual e municipais.

341
Ações  Área de Abrangência
Implantação do Sistema de Informações Turísticas
3.1 (inventariação turística, pesquisas de demanda e Polo Costa dos Coqueirais
oferta, dados socioeconômicos do turismo).

Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos


3.2 Turísticos Polo Costa dos Coqueirais

3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais Brejo Grande e Pirambu

Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do


3.4 Turismo e Incentivos para Fiscalização Polo Costa dos Coqueirais

Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal


3.5 do Turismo Polo Costa dos Coqueirais

Implementação do Fortalecimento Institucional dos


3.6 Órgãos Estaduais Gestores de Turismo Estado de Sergipe

Reforma da Galeria Ana Maria e Aquisição de


3.7 Equipamentos para Instalação de Nova Sede da SETUR

Reforma da Galeria para Instalação de Nova Sede da


3.7.1 SETUR Estado de Sergipe

Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede


3.7.2 da SETUR

3.8 Sistema de Gerenciamento do Programa Polo Costa dos Coqueirais

Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy,


Aracaju, Barra dos Coqueiros,
Estância, Itaporanga D’Ajuda,
3.9 Revisão de Planos Diretores Municipais Laranjeiras, Pacatuba, Nossa
Senhora do Socorro, Santo
Amaro das Brotas, São
Cristóvão.

Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico –


3.10 Polo Costa dos Coqueirais
ZEE

Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a


3.11 Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Polo Costa dos Coqueirais
Turísticos

Elaboração e Implantação de Plano Integrado de


3.12 Polo Costa dos Coqueirais
Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da


Estado de Sergipe e Municípios
3.13 Administração Pública Estadual e Municipal para a
do Polo Costa dos Coqueirais
Gestão do Meio Ambiente

Elaboração e Implantação de Plano Estadual de


3.14 Estado de Sergipe
Educação Financeira e Fiscal

Criação/ Atualização de Base de Dados para


3.15 Polo Costa dos Coqueirais
Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente

342
Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da
3.16 Polo Costa dos Coqueirais
Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

O diagnóstico da situação atual da gestão do turismo no Polo Costa dos Coqueirais leva
a um conjunto significativo de pontos críticos que abrangem, especificamente, cada
município componente do Polo e, principalmente, a visão integrada da gestão turística
em nível regional. Tais situações-problema conduzem à priorização de investimentos
para a implantação de um modelo integrado, participativo e inovador de gestão setorial
e, ao mesmo tempo, para instalar as condições institucionais necessárias à execução
das ações relativas aos demais componentes do Plano de Desenvolvimento Integrado
do Turismo Sustentável para o Polo. O panorama atual indica ainda a necessidade de
investimentos em fortalecimento direcionados não só para a administração pública
municipal e estadual, mas também para a capacitação de empreendedores, para o
desenvolvimento do empreendedorismo no setor de turismo e para a instalação de
ambiente de gestão integrada e compartilhada entre esses e o poder publico local.

As necessidades de investimento detectadas neste Componente interligam-se, ainda,


aos investimentos relativos ao planejamento urbano municipal e à gestão ambiental e à
gestão fiscal, no que respeita à sua interface com o desenvolvimento do turismo, com
destaque para a adoção de instrumentos de planejamento, controle e monitoramento.

Justificativa Desta forma, os avanços necessários quanto ao modelo de gestão hoje adotado
deverão ser significativos e assumem condição de prioridade. Os recursos provenientes
do Prodetur no âmbito do PDITS e de outras fontes serão a alavanca que permitirá
enfrentar tais desafios no campo institucional.

Ressaltam-se, dentre os problemas diagnosticados, aqueles voltados para a incipiência


das informações disponíveis para a gestão do turismo. Os dados relativos ao turismo no
Estado de Sergipe baseiam-se, em grande parte, nos registros fornecidos pelos meios
de hospedagem centrados em Aracaju, permitindo abranger poucas variáveis, tais
como, origem, destino, meio de transporte utilizado, motivação da viagem e
permanência média. Referem-se, assim aos turistas que pernoitam em Aracaju,
desconsiderando outros destinos importantes, principalmente aqueles pertinentes aos
demais municípios dos Polos Costa dos Coqueirais e Velho Chico. Pouca condição se
tem para avaliar a satisfação do turista.

Por outro lado, a oferta turista carece de descrição e de análise, dada a falta de
inventário turístico atualizado. Informações socioeconômicas voltadas, por exemplo,
para o número de empregos gerados pelo setor, no Estado e nos municípios turísticos
não estão disponíveis.

Implantação do Sistema de Informações Turísticas - Trata-se de implantar o Sistema


de Informações Turísticas de Sergipe, prevendo a sua atualização contínua, de forma a
possibilitar ao setor público e à iniciativa privada os insumos necessários para o
planejamento e o gerenciamento do setor de turismo e para a tomada de decisões
eficazes. Abrange informações relativas à oferta e à demanda turística, bem como de
Descrição natureza socioeconômicos relativos ao setor. Envolve o desenho do sistema, a
das Ações identificação das informações que o comporão, a definição e a realização das pesquisas
necessárias e do inventário turístico, a sistematização das informações e a implantação
do sistema, a ser disponibilizado pela Internet.
O inventário turístico será atualizado a cada quatro anos e a pesquisa de demanda será
realizada na baixa e na alta estação.

343
Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos – Contratação de serviços
de consultoria especializada para elaboração de 4 (quatro) Planos de Gestão de
Destinos Turísticos localizados no Polo Costa dos Coqueirais, quais sejam (i) Litoral
Norte (Pirambu, Pacatuba e Brejo Grande); (ii) Aracaju; (iii) Cidades Históricas (São
Cristóvão, Laranjeiras e Barra dos Coqueiros); e (iv) Litoral Sul (Indiaroba, Santa Luzia
do Itanhy e Estância).
Os Planos devem constituir instrumento técnico para a gestão, coordenação e tomada
de decisões relativas à política pública do setor de turismo para a região, de forma
integrada entre o poder público e os demais agentes envolvidos. Deverão servir de
orientação para o desenvolvimento das atividades produtivas atinentes à cadeia do
turismo, em busca da sustentabilidade, e auxiliar na definição dos papéis dos agentes
de desenvolvimento locais. Como instrumento de planejamento da atividade turística,
deverão indicar as ações necessárias para o fortalecimento da gestão dos municípios
envolvidos, respeitadas as características de cada um deles e a partir de uma visão
integrada da região a que se destina cada Plano.
De cada Plano a elaborar constarão um Diagnóstico, um Prognóstico, a indicação de
Diretrizes, Programas e Projetos, um Plano de Ação e Recomendações para a Gestão
do Turismo na área abrangida.

Sistema de Gerenciamento do Programa – envolve a criação e implementação do


sistema para o gerenciamento das ações do Prodetur Nacional.

Revisão de Planos Diretores Municipais a partir da prática do planejamento


participativo, de forma a gerar legislação de cunho estratégico, bom como diretrizes
para a gestão das políticas publicas municipais, dentre as quais as relativas ao setor de
turismo. É considerada prioritária a revisão dos Planos Diretores Municipais para os
municípios de Brejo Grande, Pirambu, Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy, Aracaju, Barra
dos Coqueiros, Estância, Itaporanga D’Ajuda, Laranjeiras, Pacatuba, Nossa Senhora do
Socorro, Santo Amaro das Brotas e São Cristóvão.

Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para


Fiscalização – Para cada município componente do Polo Costa dos Coqueirais será
elaborado um diagnóstico visando identificar a capacidade do município para exercer as
suas funções e papéis no que tange à gestão do turismo, a partir do qual será gerado
um Plano de Ação de Fortalecimento da Gestão Municipal.

Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo


Trata-se de executar, no âmbito de cada município, o Plano de Ação de Fortalecimento
da Gestão Municipal antes elaborado, tendo em vista a instalação ou a ampliação das
condições necessárias para o exercício do planejamento, promoção, controle e
avaliação de resultados alcançados a partir do desenvolvimento do turismo municipal,
de forma integrada com os demais municípios turísticos da região. O fortalecimento da
gestão municipal deverá resultar na melhoria dos serviços turísticos e de atendimento
ao turista e no estabelecimento de parcerias entre o setor público e a iniciativa privada
visando o aumento da competitividade no mercado turístico e a promoção do turismo.

Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos Estaduais Gestores do


Turismo – Os investimentos serão direcionados para a SETUR – Secretaria de Estado
do Turismo e para a Unidade de Coordenação do Prodetur/SE que dela faz parte, para
a EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo. As ações pertinentes buscarão (i)

344
desenvolver e implantar métodos, indicadores e instrumentos para a monitoria e para a
avaliação sistemática do processo de desenvolvimento do setor de turismo em Sergipe;
(ii) adequar o marco legal do modelo de gestão do turismo utilizado pelo Estado para o
cumprimento de suas competências específicas no setor; (iii) desenvolver e adotar um
sistema integrado de gestão de pessoas, que inclua a avaliação do seu desempenho e
a capacitação continuada das equipes; (iv) implantar medidas para adequação e
melhoria das instalações e do ambiente de trabalho nos órgãos abrangidos; (v)
pesquisar e adotar conceitos e recursos tecnológicos inovadores para a gestão pública
setorial do turismo.

Reforma da Galeria Ana Maria e Aquisição de Equipamentos para Instalação de


Nova Sede da SETUR
Busca-se fortalecer os Órgãos Gestores do Turismo em Sergipe - SETUR e EMSETUR,
com o melhoramento de suas instalações físicas, a partir da reforma da Galeria de Artes
Ana Maria, para onde será transferida a sede desses organismos, e a aquisição de
equipamentos e mobiliário.
As instalações atualmente ocupadas e os equipamentos e mobiliários pela SETUR e
pela EMSETUR, na região central de Aracaju, não condizem com a necessidade desses
organismos, dadas as suas competências, o dimensionamento de sua equipe atual e
futura e a sua função como coordenadores e executores da política estadual de turismo.
O local escolhido como sede dos órgãos estaduais gestores do turismo foi a Galeria Ana
Maria, localizada na Orla de Atalaia no principal ponto turístico de Aracaju/SE, com
localização privilegiada, próximo da maior concentração da rede hoteleira e de bares e
restaurantes da Capital (Aracaju), e de instâncias como a Delegacia do Turista e a
Companhia de Policiamento Turístico - CPTur. Pontos estruturais deficientes, tais como
as instalações elétricas, hidrossanitárias, sistema de refrigeração, dentre outros, indicam
a sua ampla reforma, seguida do provimento de equipamentos e mobiliários adequados
para os serviços prestados pelas duas organizações públicas que ali terão a sua sede.
O projeto de reforma prevê espaço permanente para exposições e auditório.

Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE – Trata-se da elaboração


do ZEE da região litorânea do Estado de Sergipe (Costa dos Coqueirais). O ZEE
constitui um dos instrumentos da Política Nacional e Estadual de Meio Ambiente em
busca do ordenamento territorial e como meio de induzir o desenvolvimento econômico
de forma planejada, compatível e sustentável, a partir das potencialidades do patrimônio
ambiental e sociocultural. É reconhecido pelo setor público, setor privado e sociedade
civil como instrumento técnico, econômico, político e jurídico de grande importância no
planejamento e na construção de parcerias na busca da equidade, por considerar o uso
do território como de interesse de todas as classes sociais e segmentos econômicos.

Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e


Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos – busca de alternativas para o
fomento e incentivo a partir de experiências bem sucedidas em outros Estados e
cidades brasileiras; estudo da viabilidade econômica da implantação das medidas de
fomento e incentivo indicadas; priorização das medidas a serem adotadas pelo Estado
de Sergipe e elaboração da base legal necessária para sua implantação, monitoramento
e avaliação de resultados.

Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do


Turista para o Turismo – Consiste em elaborar e implantar, de forma continuada, um
conjunto de ações voltadas para a população residente na área turística e para os
turistas que visitam o Polo, mobilizando-os e sensibilizando-os para a importância da

345
atividade turística para o desenvolvimento do Estado e para a melhoria socioeconômica
e, consequentemente, da qualidade de vida dos cidadãos locais. Tais ações implicam
na disseminação de informações sobre a área turística, sobre a recepção e acolhimento
dos visitantes e turistas, sobre a vocação turística do Polo e do Estado de Sergipe como
um todo.

Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública


Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente – Os investimentos em
capacitação dos órgãos da administração pública estadual e municipal previstos neste
PDITS devem ir além da gestão do turismo e abranger também a gestão do meio
ambiente, dado o seu significado e íntima relação com o desenvolvimento turístico.
Trata-se de diagnosticar os pontos críticos de natureza institucional e organizacional
relativos ao planejamento, controle e fiscalização ambiental enquanto funções
governamentais do estado e dos municípios sergipanos, e promover ações para
instalação ou melhoria das condições necessárias para tal exercício, envolvendo desde
instalações físicas, equipamentos, tecnologia, melhoria de processos e procedimentos
de trabalho, composição e capacitação de equipes, normas e outros instrumentos
reguladores da gestão ambiental.

Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio


Ambiente – Integram as ações de capacitação da administração pública para a gestão
ambiental, de forma especial e prioritária, a criação/atualização da base de dados
necessária ao monitoramento e gestão do meio ambiente.

Elaboração e Implantação de Plano Estadual de Educação Financeira e Fiscal -


Esta ação visa promover a consciência contributiva junto aos munícipes do Polo Costa
dos Coqueirais, em busca da compreensão das questões fiscais e da importância da
arrecadação municipal, em especial a decorrente da exploração do turismo e correlatas.
Percebendo seus direitos e deveres frente à municipalidade, espera-se que os cidadãos
compreendam a importância do exercício do controle social sobre as contas municipais
e do pagamento dos tributos por eles devidos. O resultado esperado da implantação das
ações de educação fiscal é traduzido como: cidadãos, de todas as faixas etárias e
grupos sociais, conscientes de seus direitos e deveres frente à municipalidade e
satisfeitos com a melhoria da qualidade de vida que usufruem. Assim, toda a
municipalidade se torna beneficiária das ações educativas, por ter a arrecadação
aumentada em função da contribuição de todos.

Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e


Formação de Parcerias – Trata-se de desenvolver o potencial e a capacidade
produtiva de empreendimentos locais potencialmente competitivos, no âmbito do Polo
Costa dos Coqueirais, visando a sua inserção na cadeia produtiva do turismo. Inclui a
estruturação ou o aprimoramento de processos produtivos e de sistemas de
comercialização, gerando inclusive a implantação de estruturas físicas e aquisição de
equipamentos, em empreendimentos preferencialmente associativos e de caráter
regional, visando o acesso às oportunidades de mercado. Inclui o apoio à colaboração
institucional em eventos de caráter técnico-científicos da área de abrangência, com a
participação dos setores governamentais e da iniciativa privada. Prevê a integração dos
atores interessados e a busca de fontes financeiras que possam facilitar o
desenvolvimento produtivo dos empreendimentos e do Polo como um todo. Pressupõe a
celebração de convênios e outros instrumentos jurídicos.
Custo
US$ 5.491,97
Estimado

Produtos e Gestão Pública do Turismo e do Meio Ambiente fortalecida e efetivada em bases

346
Resultados participativas e integradas entre os governos estadual e locais e os agentes sociais
envolvidos, fundada na prática do planejamento e em inovações tecnológicas, de forma
a promover o desenvolvimento sustentável e a beneficiar turistas e população local.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.


Quadro 54: Descrição das Ações do Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos

COMPONENTE 4: INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS


 Priorização de melhorias quanto à conectividade e acessibilidade do Polo com
outros estados, no próprio estado e entre os municípios integrantes do Polo,
incluindo acessos aeroviários, rodoviários, ferroviários, hidroviários, vias
urbanas e transporte público de passageiros;
Estratégias  Expansão e melhoria das condições de saneamento ambiental, com ênfase
para o sistema de esgotamento sanitário e para o tratamento e disposição de
resíduos sólidos;
 Promoção e incentivo à melhoria de instalações e equipamentos turísticos
públicos e privados
 Qualificar e ampliar a oferta de equipamentos e serviços turísticos e de
Objetivos
serviços públicos com impacto direto sobre o turismo no Polo.
Ações  Área de Abrangência

Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação


4.1 Polo Costa dos Coqueirais
da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29

Projetos Executivos e Complementares para ampliação


4.2 da pista e para Construção do Novo Terminal de Polo Costa dos Coqueirais
Passageiros do Aeroporto de Aracaju

4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 Polo Costa dos Coqueirais

Santa Luzia do Itanhy –


4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário Povoado de Crasto
Indiaroba – Povoado de Pontal

Aracaju, Barra dos Coqueiros,


Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Brejo Grande, Estância,
4.5
Tratamento de Esgotos Sanitários Indiaroba, N. Sra. do Socorro,
Pacatuba e São Cristóvão.

Indiaroba, Pacatuba e Santa


4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água
Luzia do Itanhy

Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação


4.7 do Sistema de Transporte Público Intermunicipal de Polo Costa dos Coqueirais
Passageiros

Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas


para Adequação e Recuperação de Vias Públicas,
4.8 Polo Costa dos Coqueirais
Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes
municipais e povoados de interesse turístico.

Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE


4.9 Polo Costa dos Coqueirais
100 Norte

347
4.10 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476 Polo Costa dos Coqueirais

Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município Santa Luzia do Itanhy –


4.11
de Santa Luzia do Itanhy ao Povoado de Crasto Povoado de Crasto
A relação estabelecida entre a infraestrutura existente nos municípios do Polo e o
desenvolvimento do turismo sustentável traduz a qualidade dos serviços ofertados aos
turistas em especial no que tange aos serviços urbanos e à acessibilidade e
conectividade no Polo. Neste sentido, oferecer infraestrutura adequada no Polo Costa
dos Coqueirais requer uma avaliação de desempenho dos serviços de acessibilidade
viária, aeroviária e hidroviária para a recepção dos turistas; no tratamento e disposição
final de esgotos; na captação, tratamento e distribuição de água, bem como na
conservação de calçadas, disponibilização de mobiliário urbano e paisagístico.
Nesta direção, foram definidos neste PDITS investimentos voltados para a
pavimentação e recuperação de rodovias federais e estaduais de acesso aos
municípios do Polo, a construção da ponte sobre o Rio Fundo para facilitar a
comunicação da sede municipal de Estância com a sua área litorânea, a ampliação da
pista de pouso do Aeroporto de Santa Maria para a aterrisagem de aviões de maior
porte, a construção do novo terminal de passageiros para melhor recepção de turistas e
a realização de obras urbanas para adequação e recuperação de vias públicas,
calçadas, mobiliário urbano e paisagismo nos municípios.
Destacam-se também a melhoria no abastecimento de água e o sistema de
Justificativa
esgotamento sanitário em determinados municípios para o incremento do turismo. O
Diagnóstico da área revela que o abastecimento de água é comprometido nos
municípios de Indiaroba, Pacatuba e Santa Luzia do Itanhy, indicando a necessidade de
ampliação e reforço do sistema existente, em busca do atendimento integral e a
promoção da saúde da população residente e dos turistas, considerando o cenário atual
e os cenários futuros de desenvolvimento do turismo.
Quanto ao serviço de esgotamento sanitário observa-se que as sedes municipais
contam, via de regra, com redes coletoras de esgoto, no entanto a destinação e o
tratamento são precários, constatando-se casos frequentes de escoamento do esgoto
em valas a céu aberto, nos rios, nos lagos ou no mar, poluindo os recursos hídricos e
fazendo proliferar doenças que atingem, principalmente, as comunidades com menor
poder aquisitivos. Nos povoados destaca-se maior precariedade do que nas áreas
urbanas das sedes municipais, tanto com relação à captação quanto na disposição e no
tratamento do esgoto.
Com efeito, as ações de infraestrutura devem, necessariamente, considerar
investimentos que beneficiem as condições de infraestrutura adequada aos municípios
turísticos visando o desenvolvimento turístico sustentável.
Desmonte do Morro da Piçarra para Viabilizar a Ampliação da Pista – Execução de
obras civis, conforme projeto executivo existente, para a ampliação da pista de
aterrisagem do Aeroporto Santa Maria, aumentando a capacidade de pouso e
decolagem de um maior número de aeronaves em Aracaju. Os serviços para a
execução da obra referem-se a instalação do canteiro de obras, demolição e remoção
do reservatório de água da DESO que se encontra na área, serviço de terraplenagem,
drenagem pluvial da plataforma do morro e da área de bota-fora e o revestimento
Descrição vegetal para a proteção das áreas de corte, aterro e encostas.
das Ações
Elaboração de Projetos Executivos e Complementares para Ampliação da Pista e
para Construção do Novo Terminal de Passageiros – Elaboração de projetos
executivos e complementares para a ampliação da pista de pouso com extensão de
2.970 metros e construção do novo terminal de passageiros, com área aproximada de
40 mil m² para receber aproximadamente 1.600.000 passageiros/ano. O projeto prevê
instalações adequadas à recepção de turistas e população local como a ampliação do
terminal de passageiros, do terminal de cargas, do pátio de aeronaves e de manobras

348
aumentando a capacidade total para 15 aeronaves sendo 8 localizadas neste novo
terminal, túneis de embarque e desembarque e ampliação do estacionamento externo

Ampliação e Duplicação da Rodovia BR-101 – ampliação e duplicação da BR 101 por


meio da pavimentação em leito natural e de acostamento no trecho Aracaju-Estância,
num total de 67 km de extensão, garantindo maior fluidez e segurança no fluxo de
veículos. Inclui a contratação de serviços de terraplanagem, drenagem superficial,
pavimentação, sinalização e de estudos de impacto ambiental.

Implantação de Sistema de Esgotamento Sanitário – abrange a contratação de


empresa especializada para a ampliação de rede de tratamento de esgoto no que diz
respeito à coleta, destinação e tratamento adequado das águas servidas e demais
resíduos provenientes do esgotamento sanitário nos Povoados de Crasto em Santa
Luzia do Itanhy e de Pontal em Indiaroba.

Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários


- abrange a contratação de empresa especializada para a ampliação de rede de
tratamento de esgoto no que diz respeito à coleta, destinação e tratamento adequado
das águas servidas e demais resíduos provenientes do esgotamento sanitário nas
sedes municipais e nos povoados de interesse turístico de Aracaju, Barra dos
Coqueiros, Brejo Grande, Estância, Indiaroba, Nossa Senhora do Socorro, Pacatuba,
Pirambu e São Cristóvão.

Ampliação de Redes de Abastecimento de Água – abrange a ampliação e o reforço


do sistema, a construção de reservatórios, de sistema de recalque de água e demais
obras complementares para os municípios de Indiaroba, Pacatuba e Santa Luzia do
Itanhy.

Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de


Transporte Público Intermunicipal de Passageiros – Trata-se de repensar e redefinir
as bases conceituais, de planejamento e de operação do Sistema de Transporte Público
Intermunicipal de Passageiros que interliga os municípios integrantes do Polo Costa dos
Coqueirais tendo como panorama o atendimento de qualidade às necessidades de
deslocamento tanto da população local quanto dos turistas que afluem à área turística,
no que tange ao acesso aos atrativos turísticos do litoral norte e sul de Sergipe. Inclui
ainda a formulação dos princípios de concessão da operação e das normas de
funcionamento do Sistema em seu novo desenho e o estabelecimento de parcerias
público-privadas para a sua implantação.

Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e


Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em
sedes municipais e povoados de interesse turístico – Elaboração de projetos e
realização de obras para melhorar da acessibilidade nos ambientes urbanos por meio
da adequação e recuperação das vias de acesso, de calçamento, mobiliário urbano,
paisagismo, padronização e organização dos espaços urbanos de interesse turístico no
Polo. Esta ação visa promover a eficiência na acessibilidade e na mobilidade nos
atrativos turísticos.

Execução de Obra de Infraestrutura Viária para a Rodovia SE 100 Norte – execução


da pavimentação em leito natural e do acostamento da SE 100 norte, conforme projeto
executivo existente, para facilitar o acesso da população e de turistas ao trecho norte.
Inclui a contratação de serviços de terraplanagem, drenagem superficial, pavimentação,
sinalização e de estudos de impacto ambiental.

Construção da Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476 – construção da ponte

349
sobre o Riacho Fundo para diminuir a distância da sede municipal de Estância à sua
área litorânea. A construção da ponte facilitará o percurso para os núcleos de receptivos
localizados nos Povoados de Terra Caída em Indiaroba e Porto do Mato em Estância e
para o núcleo de apoio localizado na sede municipal de Estância no desenvolvimento e
incremento da atividade turística do litoral sul.

Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Luzia do


Itanhy ao Povoado de Crasto - execução da pavimentação da rodovia que interliga a
sede do município de Santa Luzia do Itanhy ao povoado de Crasto, conforme projeto
executivo existente, para facilitar o acesso da população e de turistas ao povoado. A
execução da obra de infraestrutura inclui a contratação de serviços de terraplanagem,
drenagem superficial, pavimentação, sinalização e de estudos de impacto ambiental.

Custo
US$ 152.295,60
Estimado

Morro da Piçarra removido, de forma a viabilizar a ampliação da pista de pouso para o


embarque e desembarque de passageiros.
Pista de pouso do Aeroporto Santa Maria e Terminal de Passageiros com
capacidade de atendimento ampliada e adequada aos padrões de segurança, conforto e
acessibilidade, pressupondo um aumento do fluxo de passageiros neste terminal.
Rodovia BR-101 ampliada e duplicada no trecho entre Aracaju e Estância – Estado de
Sergipe, propiciando maior segurança e conforto ao usuário.
Sistema de Esgotamento Sanitário implantado e ampliado, resultando na melhoria da
qualidade de vida da população e dos turistas na área abrangida.
Rede de abastecimento de água ampliada nos municípios de Indiaroba, Pacatuba e
Santa Luzia do Itanhy visando a universalização do sistema e promoção da saúde da
população residente e dos turistas.
Sistema de Transporte Público Intermunicipal de Passageiros revisto quanto à sua
configuração e ao desenho da rede; princípios e normas de gestão e operação
redefinidos; concessionários do transporte atuando em parceria com o poder
Produtos e concedente – Estado de Sergipe.
Resultados
Obras urbanas de adequação e recuperação de vias públicas, calçadas, mobiliário
urbano e paisagismo nas sedes municipais e povoados de interesse turístico concluídas
e espaços públicos liberados para utilização por turistas e população local.
Rodovia SE 100 Norte pavimentada, aumentando a acessibilidade e a segurança,
beneficiando turistas e população local.
Ponte sobre o Rio Riacho Fundo construída, diminuindo a distância da sede municipal
de Estância à sua área litorânea, facilitando a mobilidade entre a sede municipal –
enquanto núcleo de apoio ao turismo e os núcleos receptivos do turismo atinentes ao
Litoral Sul.
Rodovia de acesso ao povoado de Crasto pavimentada, facilitando o acesso da
população e de turistas ao povoado.
Como resultado deste conjunto de componentes tem-se o Polo Costa dos Coqueirais
com melhores condições de acessibilidade, mobilidade e conectividade para o turista e
qualidade na oferta dos serviços de saneamento básico, proporcionando qualidade
ambiental e qualidade de vida tanto ao visitante quanto à população local.

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

350
Quadro 55: Descrição das Ações do Componente 5 – Gestão Ambiental

COMPONENTE 5: GESTÃO SOCIOAMBIENTAL


Preservação ambiental e recuperação de áreas turísticas degradadas.
Promoção da educação ambiental de forma a abranger a população local e os
turistas.
Estratégias Incentivo e apoio à formação e capacitação profissional para o mercado do
turismo.
Apoio e incentivo ao empreendedorismo visando à implantação e o
desenvolvimento de médios e pequenos negócios inseridos na cadeia do
turismo.
 Promover ações de preservação e sustentabilidade ambiental como
base para o desenvolvimento do turismo.
Objetivos
 Promover a inserção da população local no ciclo econômico do setor
de turismo visando à melhoria da qualidade de vida.
Ações Área de Abrangência
Brejo Grande
Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Litoral Norte
5.1
Turísticas Críticas Indiaroba-
Sta. Luzia do Itanhy
Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades
5.2
Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Polo Costa dos
5.2.1
Sensibilização Ambiental Coqueirais
Implementação das Ações de Educação e Sensibilização
5.2.2
do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação
5.3 com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano
de manejo da APA do litoral Norte) Polo Costa dos
5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte Coqueirais - Litoral Norte
Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura
5.3.2
Física da APA do Litoral Norte
Apoio à Prevenção do Incremento da Exploração Sexual
5.4 Estado de Sergipe
pelo Turismo
Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de
5.5
Resíduos Sólidos
Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica,
5.5.1 Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Polo Costa dos
Sólidos. Coqueirais
Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento
5.5.2 Institucional Decorrente das Ações dos Planos
Intermunicipais
Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de
alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de
Polo Costa dos
5.6 planos de proteção e recuperação de áreas ambientais
Coqueirais
frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais
- Rio Betume
Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias
5.7 Polo Costa dos
Turísticas

351
Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Coqueirais
5.7.1
Estado
Realização de Planos de Gestão Integrada dos munícipios
5.7.2
costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento
para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas,
5.7.3
piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em
Parceria com a ADEMA
Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA
5.8
do Litoral Sul
Polo Costa dos
5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo
Coqueirais - Litoral Sul
Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de
5.8.2
Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul
Polo Costa dos
5.9 Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel
Coqueirais - Litoral Norte
Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de
5.10
Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas


Polo Costa dos
Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura Coqueirais
5.10.2
nas APA Litorais Norte e Sul

Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de


5.10.3
Áreas Ambientais
Elaboração e Implantação do Plano Estadual de Recursos
5.11 Estado de Sergipe
Hídricos
O diagnóstico estratégico do Polo Costa dos Coqueirais revela uma riqueza natural
existente formada por dunas, mangues, restingas, Mata Atlântica, rios, praias,
cachoeiras, reservas e áreas de preservação ambiental. Estas áreas são atrativas
para os turistas e contribuem para o fortalecimento do ecoturismo e do turismo
náutico. Com efeito, o componente gestão socioambiental deve ser tratado de forma
cuidadosa de modo que o desenvolvimento do turismo no Polo não ocorra de forma
Justificativa dissociada do meio ambiente e da população local.
As ações para a gestão socioambiental contemplam medidas, instrumentos e planos
voltados à recuperação e preservação ambiental de forma a mitigar os impactos do
turismo frente aos recursos naturais existentes. Consideram também investimentos
que beneficiem a inserção da população local no ciclo econômico do setor de
turismo.

Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas -


elaboração de estudos de capacidade de carga para os municípios de Brejo
Grande, Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy e para o Litoral Norte do Polo Costa dos
Coqueirais. Os estudos envolvem a elaboração de diagnóstico das áreas
ambientalmente frágeis e dos atrativos turísticos atuais e potenciais, bem como o
Descrição das dimensionamento do fluxo de pessoas para cada atrativo e a indicação da forma de
Ações fiscalização e controle para a garantia do uso racional do potencial turístico.

Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e


Privadas e Comunidades Receptoras – elaboração do diagnóstico e do plano de
ação identificando o público alvo e os instrumentos e estratégias para a promoção
da educação ambiental; Implementação das ações de sensibilização do turista,

352
entidades e comunidades receptoras, visando capacitar/habilitar estes setores
sociais para uma atuação efetiva na melhoria da qualidade ambiental e de vida na
região.

Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico


(Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do litoral Norte) -
Elaboração do Plano de Manejo da APA do Litoral Norte por meio do
estabelecimento de diretrizes, ações e normas para fiscalização das atividades
estabelecidas na APA, tendo em vista o controle de seu aproveitamento e garantia
de perenização de seus recursos e atributos naturais;

Apoio à Prevenção do Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo -


realização de campanhas permanentes para a sensibilização dos diversos
segmentos sociais envolvidos com o desenvolvimento do turismo a respeito da
exploração sexual de crianças e adolescentes. Abrange a (i) discussão do projeto
para a prevenção da exploração sexual pelo turismo pelas secretarias municipais
envolvidas; (ii) execução do projeto e (iii) monitoramento e avaliação.

Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos -


elaboração de estudos de viabilidade socioeconômica e projetos básicos e
executivos para o manejo de resíduos sólidos nos municípios do Polo, decorrente
das ações dos planos intermunicipais e financiamento de ações sociais e de
fortalecimento institucional que contemplem etapas de redução, separação,
reutilização, reciclagem, acondicionamento, coleta seletiva, compostagem e
destinação adequadas dos resíduos sólidos. Deve implantar um processo de
educação da população residente e flutuante para adotar hábitos e comportamentos
que promovam a qualidade dos ambientes ocupados/visitados. Análise da
possibilidade de implementação de aterros sanitários e usinas de reciclagem em
consórcio intermunicipal.

Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e


degradada - Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de
áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais -
Rio Betume – elaboração e execução de plano de recuperação ambiental no Rio
Betume envolvendo (i) recuperação de mata ciliar; (ii) recuperação de nascentes,;
(iii) controle de processos erosivos, (iv) sensibilização dos produtores rurais sobre
vantagens e benefícios da conservação do rio, (v) fiscalização de outorga de água,
(vi) preservação da fauna e ictiofauna.

Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas -


elaboração da política de gerenciamento costeiro do Estado e de planos de
gestão integrada de orlas marítimas dos municípios costeiros, bem como o
apoio à elaboração de normas ambientais para o controle e fiscalização de
obras náuticas e uso em geral no intuído de disciplinar e orientar a utilização
dos recursos naturais da zona costeira por meio de instrumentos próprios,
visando à melhoria da qualidade de vida das populações locais, à proteção
dos ecossistemas, da beleza cênica e do patrimônio natural, histórico e
cultural.

Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul -


Elaboração do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul por meio do estabelecimento

353
de diretrizes, ações e normas para fiscalização das atividades estabelecidas na
APA, tendo em vista o controle de seu aproveitamento e garantia de perenização de
seus recursos e atributos naturais;

Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel – Definição da


poligonal da REBIO e sua efetiva consolidação por meio de decreto de criação que
inclua o caminhamento da sua poligonal para efetiva utilização da área de acordo
com sua finalidade

Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais


Frágeis, Degradadas e de Risco – elaboração e execução de plano de
recuperação ambiental em áreas frágeis, degradadas e de risco. Abrange: (i)
recuperação de mata ciliar; (ii) recuperação de nascentes,; (iii) controle de
processos erosivos, (iv) sensibilização da população a respeito da conservação de
rios, lagoas e outras áreas ambientais, (v) fiscalização de outorga e uso da água,
(vi) fiscalização do uso das APPs

Elaboração e Implantação do Plano Estadual de Recursos Hídricos -


elaboração do diagnóstico dos recursos hídricos do Estado (águas superficiais e
subterrâneas, aspectos quantitativos e qualitativos) para a proposição de programas
e ações que estabeleçam diretrizes para implementação dos instrumentos de
gestão dos recursos hídricos, contendo: sistema de informação sobre recursos
hídricos, outorga dos direitos de uso da água, hierarquização das ações e
mobilização social para participação na elaboração do plano.

Custo Estimado US$ 6.831,79


Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas
elaborada para os destinos turísticos do Polo Costa dos Coqueirais.
Plano de Educação Ambiental elaborado e implementado.
Plano de Manejo da Unidade de Conservação de Uso Turístico para o Litoral
Norte elaborado e implementado.
Campanhas de Prevenção do Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo
realizado.
Produtos e Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos implementado.
Resultados Plano de Proteção e Recuperação e Estudo Ambiental para o Rio Betume
elaborado e executado.
Gerenciamento Costeiro elaborado.
Plano de Manejo da Unidade de Conservação de Uso Turístico para o Litoral
Sul elaborado e implementado.
Poligonal da REBIO Santa Izabel elaborado e implementado
Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas
e de Risco implantado
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

11.4. Investimentos Previstos


A realização efetiva das ações previstas neste Plano de Desenvolvimento Integrado do
Turismo Sustentável para o Polo Costa dos Coqueirais pressupõe investimentos financeiros
significativos, oriundos de fontes diversas, conforme discriminado nos quadros a seguir.

354
Para o dimensionamento dos custos de cada ação prevista foram utilizados parâmetros de
custos locais, decorrentes de:
 Projetos já em elaboração;
 Estimativa realizada por órgãos públicos municipais;
 Valores médios praticados no mercado local;
 Indicadores da construção civil para a região; e
 Valores de mercado de equipamentos de características similares aos previstos para
aquisição.

11.4.1. Dimensionamento do Investimento Total


A tabela a seguir apresenta o dimensionamento do Investimento total previsto para o PDITS
do Polo Costa dos Coqueirais, abrangendo o horizonte de 10 (dez) anos.

355
Tabela 66. Dimensionamento do Investimento Total – Ações com Recursos do Prodetur e de Outras Fontes

Custo
Componente e Ação Área de Abrangência
R$ 1.000,00 U$ 1.000,00
Componente 1 - Produto Turístico
Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª
1.1 Aracaju 1.057,81 548,09
etapa.
Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e
1.2 3.334,54 1.727,74
Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística Polo Costa dos Coqueirais 343,04 177,74
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística 2.991,50 1.550,00
Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e
1.3 Polo Costa dos Coqueirais 2.500,01 1.295,34
de Programas de Capacitação Empresarial.
Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos
1.4 Polo Costa dos Coqueirais 965,00 500,00
Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda
1.5 Polo Costa dos Coqueirais 482,50 250,00
Turística.
Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE,
1.6 compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Aracaju 569,39 295,02
Informações Turísticas.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e
1.7 Adequação e Modernização de Museus (programação visual, 2.615,15 1.355,00
equipamentos interativos, etc.)
Polo Costa dos Coqueirais
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais 299,15 155,00
Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual,
1.7.2 2.316,00 1.200,00
Equipamentos Interativos.).
Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e
1.8 11.966,00 6.200,00
Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju
Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das
1.8.1 Polo Costa dos Coqueirais - Litoral Sul 386,00 200,00
Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.
Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral
1.8.2 11.580,00 6.000,00
Sul do Município de Aracaju.
Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São
1.9 Polo Costa dos Coqueirais 167,14 86,60
Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Polo Costa dos Coqueirais 5.716,64 2.961,99

356
Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo
Programa.
Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Polo Costa dos Coqueirais - Litoral
1.11 1.158,00 600,00
Litoral Norte. Norte
Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Polo Costa dos Coqueirais - Litoral
1.12 15.440,00 8.000,00
Norte. Norte
Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de
1.13 Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Polo Costa dos Coqueirais 6.835,44 3.541,68
Costa dos Coqueirais
Concepção, Organização e Instalação de Centro de Apoio
1.14 Estância e Pacatuba 577,9 299,43
Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Ambiente
1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico 6.995,21 3.624,46
Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Indiaroba - Povoado de Terra Caída,
1.15.1 130,76 67,75
Turístico Estância - Povoado de Porto do Mato,
Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Brejo Grande - Sede Municipal, Brejo
1.15.2 6.537,57 3.387,34
Núcleos Receptivos e de Apoio Grande - Povoado de Saramén.
1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio 326,88 169,37
Aracaju, Brejo Grande, Pacatuba,
Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Indiaroba (Povoado de Terra Caída),
1.16 849,88 440,35
Turista. Estância (Povoado de Porto do Mato),
Brejo Grande (Povoado de Saramén)
Revitalização e Ampliação do Atual Centro de Convenções de
1.17 Aracaju 8.879,99 4.601,03
Aracaju
Apoio à Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de
1.18 Laranjeiras e São Cristóvão 8.500,00 4.404,14
Laranjeiras e de São Cristóvão
1.19 Revitalização e Reforma do Atracadouro do Rio Vaza Barris São Cristóvão 1.187,36 615,21
1.20 Requalificação do Cristo Redentor de São Cristóvão São Cristóvão 1.000,00 518,13
1.21 Revitalização e Requalificação da Bica de São Cristóvão São Cristóvão 3.990,00 2.067,35
Subtotal Componente Produto Turístico 84.787,91 43.931,56
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 4.999,99 2.590,67
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07
Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo
2.4 Polo Costa dos Coqueirais 392,25 203,24
Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico

357
Subtotal Componente Comercialização 6.392,26 3.312,05
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação
3.1 turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos Polo Costa dos Coqueirais 1.299,99 673,57
do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos Polo Costa dos Coqueirais 299,81 155,34
3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais Brejo Grande e Pirambu 686,66 355,78
Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e
3.4 Polo Costa dos Coqueirais 115,8 60,00
Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07
Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos
3.6 Estado de Sergipe 1.457,15 755,00
Estaduais Gestores de Turismo
Reforma da Galeria Ana Maria e Aquisição de Equipamentos para
3.7 1.186,95 615,00
Instalação de Nova Sede da SETUR
3.7.1 Reforma da Galeria para Instalação de Nova Sede da SETUR Estado de Sergipe 820,25 425,00
3.7.2 Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede da SETUR 366,7 190,00
3.8 Sistema de Gerenciamento do Programa Polo Costa dos Coqueirais 880,00 455,96
Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy,
Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância,
3.9 Revisão de Planos Diretores Municipais Itaporanga D’Ajuda, Laranjeiras, 2.233,67 1.157,34
Pacatuba, Nossa Senhora do Socorro,
Santo Amaro das Brotas, São Cristóvão.
3.10 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE Polo Costa dos Coqueirais 871,68 451,65
Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e
3.11 Polo Costa dos Coqueirais 108,97 56,46
Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação
3.12 Polo Costa dos Coqueirais 217,92 112,91
Comunitária e do Turista para o Turismo
Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da
Estado de Sergipe e Municípios do Polo
3.13 Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio 185,22 95,97
Costa dos Coqueirais
Ambiente
Elaboração e Implantação de Plano Estadual de Educação
3.14 Estado de Sergipe 217,92 112,91
Financeira e Fiscal
Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e
3.15 Polo Costa dos Coqueirais 163,43 84,68
Gestão do Meio Ambiente
3.16 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Polo Costa dos Coqueirais 174,34 90,33

358
Turismo e Formação de Parcerias
Subtotal Componente Fortalecimento Institucional 10.599,50 5.491,97
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista
4.1 Polo Costa dos Coqueirais 9.185,87 4.759,52
de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29
Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e
4.2 para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Polo Costa dos Coqueirais 3.500,00 1.813,47
Aracaju
4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 Polo Costa dos Coqueirais 5.470,99 2.834,71
Santa Luzia do Itanhy – Povoado de
4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário Crasto 10.293,33 5.333,33
Indiaroba – Povoado de Pontal
Aracaju, Barra dos Coqueiros, Brejo
Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Grande, Estância, Indiaroba, N. Sra. do
4.5 179.999,93 93.264,21
Esgotos Sanitários Socorro, Pacatuba, Pirambu e São
Cristóvão
Indiaroba, Pacatuba e Santa Luzia do
4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água 3.800,00 1.968,91
Itanhy
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do
4.7 Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Polo Costa dos Coqueirais 419,99 217,61
Passageiros e de Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para
Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário
4.8 Polo Costa dos Coqueirais 2.879,98 1.492,22
Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de
interesse turístico.
4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte Polo Costa dos Coqueirais 68.000,00 35.233,16
4.10 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476 Polo Costa dos Coqueirais 3.200,00 1.658,03
Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Santa Luzia do Itanhy – Povoado de
4.11 7.180,43 3.720,43
Luzia do Itanhy ao Povoado de Crasto Crasto
Subtotal Componente Infraestrutura e Serviços Básicos 293.930,51 152.295,60
Componente 5 - Gestão Ambiental
Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Brejo Grande, Litoral Norte, Indiaroba -
5.1 1.500,00 777,2
Críticas Sta. Luzia do Itanhy
Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades
5.2 Polo Costa dos Coqueirais 375 194,3
Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.

359
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental 44,27 22,94
Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista,
5.2.2 330,71 171,35
Entidades e Comunidades Receptoras
Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso
5.3 Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA 1.395,72 723,17
do litoral Norte) Polo Costa dos Coqueirais - Litoral
5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte Norte 354,25 183,55
Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da APA
5.3.2 1.041,47 539,62
do Litoral Norte
Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual pelo
5.4 Estado de Sergipe 482,50 250,00
Turismo
Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos
5.5 1.070,19 554,5
Sólidos
Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos
5.5.1 Polo Costa dos Coqueirais 572,25 296,5
Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional
5.5.2 497,96 258,01
Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto
valor natural e degradada - Elaboração e Execução de planos de
5.6 Polo Costa dos Coqueirais 1.376,53 713,23
proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas
e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume
Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias
5.7 2.043,89 1.059,01
Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado 510,97 264,75
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros Polo Costa dos Coqueirais 1.124,15 582,46
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o
Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers,
5.7.3 408,77 211,8
atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a
ADEMA
Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral
5.8 874,98 453,36
Sul
5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo Polo Costa dos Coqueirais - Litoral Sul 177,12 91,77
Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura
5.8.2 520,73 269,81
Física para a APA do Litoral Sul
Polo Costa dos Coqueirais - Litoral
5.9 Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel 87,16 45,16
Norte

360
Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas
5.10 3.543,56 1.836,04
Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas 163,43 84,68
Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Polo Costa dos Coqueirais
5.10.2 163,43 84,68
Litorais Norte e Sul
Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas
5.10.3 3.268,78 1.693,67
Ambientais
5.11 Elaboração e Implantação do Plano Estadual de Recursos Hídricos Estado de Sergipe 435,83 225,82
Subtotal Componente Gestão Ambiental 13.185,35 6.831,79
TOTAL COMPONENTES 408.895,53 211.862,97
Auditoria, Encargos Contratuais, Gerenciamento, Supervisão e
6 Estado de Sergipe 5986,088 3.101,60
Reserva de Contingência
TOTAL GERAL 414.881,62 214.964,57
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

361
11.5. Seleção e Priorização das Ações
Neste item encontram-se selecionadas as ações integrantes do PDITS Polo Costa dos
Coqueirais priorizadas para atendimento pelo Prodetur, com execução prevista para os 18
(dezoito) primeiros meses e para o período entre o 19º. ao 42º mês de vigência do PDITS,
num total de 5 (cinco) anos.
Para a priorização das ações foram estabelecidos os seguintes critérios:
 Sustentabilidade;
 Abrangência – população local e área turística;
 Tempo de implantação;
 Visibilidade das ações; e
 Precedência – interferência.
O processo de priorização contemplou duas etapas distintas. A primeira foi focada na visão
dos atores estratégicos locais, representantes de segmentos da sociedade organizada e do
trade turístico que acompanharam a elaboração deste PDITS. Para tanto foram realizadas
oficinas de trabalho para apresentação dos produtos já consolidados e coleta de
contribuições para complementação e aprimoramento dos conteúdos criados.
A priorização das ações teve continuidade por meio de análise técnica, procedida com a
participação de representantes do Governo Estadual, quando as indicações provenientes da
leitura comunitária foram avaliadas e ajustadas. Tais ajustes visaram:
 Garantir a sustentabilidade do Polo por meio de ações direcionadas a questões
críticas que ameaçam a continuidade da atividade turística local em conformidade
com a preservação ambiental e melhoria da qualidade de vida;
 Nível de abrangência e impactos positivos de cada ação com relação à população, à
atividade turística e área geográfica em questão;
 Rapidez com que as ações possam ser levadas a cabo, sendo que um indicador de
prioridade é a possibilidade de efetivação de determinada ação no mais curto prazo
possível;
 Visibilidade e publicidade dos efeitos de determinadas ações, onde o critério de
priorização leva em conta o impacto positivo na imagem do produto conferido pela
execução de uma ação; e
 Precedência das ações, considerando o alcance necessário, parcial ou integral, dos
resultados delas previstos para, em seguida, desencadear outro(s) investimentos.
As ações priorizadas para este período são apresentadas a seguir.

362
Tabela 67. Investimentos do Prodetur - Primeiros 18 meses e 5 anos de Implantação do PDITS

Custo
Componente e Ação Área de Abrangência
R$ 1.000,00 U$ 1.000,00
Componente 1 - Produto Turístico
Complementação da Sinalização Turística da Cidade de
1.1 Aracaju 1.057,81 548,09
Aracaju - 4ª etapa.
Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária
1.2 3.334,54 1.727,74
Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística Polo Costa dos Coqueirais 343,04 177,74
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística 2.991,50 1.550,00
Execução do Plano de Capacitação Profissional para o
1.3 Polo Costa dos Coqueirais 2.500,01 1.295,34
Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade
1.4 Polo Costa dos Coqueirais 965,00 500,00
dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda
1.5 Polo Costa dos Coqueirais 482,50 250,00
Turística.
Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE,
1.6 compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro Aracaju 569,39 295,02
de Informações Turísticas.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e
1.7 Adequação e Modernização de Museus (programação visual, 2.615,15 1.355,00
equipamentos interativos, etc.)
Polo Costa dos Coqueirais
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais 299,15 155,00
Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual,
1.7.2 2.316,00 1.200,00
Equipamentos Interativos.).
Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística
1.8 11.966,00 6.200,00
e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju
Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação Polo Costa dos Coqueirais -
1.8.1 386,00 200,00
das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju. Litoral Sul
Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do
1.8.2 11.580,00 6.000,00
Litoral Sul do Município de Aracaju.
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Polo Costa dos Coqueirais 167,14 86,60

363
Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais
1.10 e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida Polo Costa dos Coqueirais 5.716,64 2.961,99
pelo Programa.
Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Polo Costa dos Coqueirais -
1.11 1.158,00 600,00
Paisagística Litoral Norte. Litoral Norte
Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Polo Costa dos Coqueirais -
1.12 15.440,00 8.000,00
Litoral Norte. Litoral Norte
Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de
1.13 Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais 6.835,44 3.541,68
Polo Costa dos Coqueirais
Subtotal Componente Produto Turístico 52.807,62 27.361,46
Componente 2 – Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 4.999,99 2.590,67
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07
Subtotal Componente Comercialização 6.000,00 3.108,81
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
Implantação do Sistema de Informações Turísticas
3.1 (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados Polo Costa dos Coqueirais 1.299,99 673,57
socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos Polo Costa dos Coqueirais 299,81 155,34
3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais Brejo Grande e Pirambu 686,66 355,78
Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e
3.4 Polo Costa dos Coqueirais 115,80 60,00
Incentivos para Fiscalização
Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do
3.5 Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07
Turismo
Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos
3.6 Estado de Sergipe 1.457,15 755,00
Estaduais Gestores de Turismo
Reforma da Galeria Ana Maria e Aquisição de Equipamentos
3.7 1.186,95 615,00
para Instalação de Nova Sede da SETUR Estado de Sergipe
3.7.1 Reforma da Galeria para Instalação de Nova Sede da SETUR 820,25 425,00

364
Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede da
3.7.2 366,7 190,00
SETUR
3.8 Sistema de Gerenciamento do Programa Polo Costa dos Coqueirais 880,00 455,96
Subtotal Componente Fortalecimento Institucional 6.426,36 3.329,72
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da
4.1 Polo Costa dos Coqueirais 9.185,87 4.759,52
pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29
Projetos Executivos e Complementares para ampliação da
4.2 pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Polo Costa dos Coqueirais 3.500,00 1.813,47
Aeroporto de Aracaju
4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 Polo Costa dos Coqueirais 5.470,99 2.834,71
Santa Luzia do Itanhy –
Povoado de Crasto
4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário 10.293,33 5.333,33
Indiaroba – Povoado de
Pontal
Subtotal Componente Infraestrutura e Serviços Básicos 28.450,19 14.741,03
Componente 5 - Gestão Ambiental
Brejo Grande, Litoral Norte,
Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas
5.1 Indiaroba - Sta. Luzia do 1.500,00 777,2
Turísticas Críticas
Itanhy
Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades
5.2 375,00 194,30
Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização
5.2.1 Polo Costa dos Coqueirais 44,27 22,94
Ambiental
Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do
5.2.2 330,71 171,35
Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com
5.3 Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de 1.395,72 723,17
manejo da APA do litoral Norte)
Litoral Norte
5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte 354,25 183,55
Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da
5.3.2 1.041,47 539,62
APA do Litoral Norte
Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual pelo
5.4 Estado de Sergipe 482,50 250,00
Turismo

365
Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de
5.5 1.070,19 554,50
Resíduos Sólidos
Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica,
5.5.1 Polo Costa dos Coqueirais 572,25 296,50
Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional
5.5.2 497,96 258,01
Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de
alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de
5.6 planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis Polo Costa dos Coqueirais 1.376,53 713,23
ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio
Betume
Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias
5.7 2.043,89 1.059,01
Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado 510,97 264,75
Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios
5.7.2 Polo Costa dos Coqueirais 1.124,15 582,46
Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o
Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers,
5.7.3 408,77 211,8
atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com
a ADEMA
Subtotal Componente Gestão Ambiental 8.243,82 4.271,41
TOTAL COMPONENTES 101.927,99 52.812,43
Auditoria, Encargos Contratuais, Gerenciamento, Supervisão e
6 Estado de Sergipe 5986,088 3.101,60
Reserva de Contingência
TOTAL GERAL 107.914,08 55.914,03

Taxa de Cambio: US$ 1,00 = R$ 1,93 Média dos últimos 12 meses em 07.12.2012
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

366
A análise da Tabela 66 – Dimensionamento do Investimento Total, em comparação com a Tabela 67– Investimentos do Prodetur leva à
situação demonstrada na Tabela 68, a seguir.
Tabela 68. Investimentos Totais previstos no PDITS Costa dos Coqueirais de Acordo com a Origem dos Recursos Financeiros Necessários

Investimentos R$ (mil) US$ (mil)

Investimentos Totais Previstos no PDITS 414.881,62 214.964,57

 Recursos do Prodetur 107.914,08 55.914,04

 Recursos de Outras Fontes 306.967,54 159.050,53

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

A seguir encontram-se discriminadas as ações pertinentes ao PDITS que, dentre as ações selecionadas como prioritárias, constituem as
ações elegíveis para realização durante os 18 primeiros meses de financiamento do Prodetur.

367
Tabela 69. Investimentos do Prodetur - Primeiros 18 meses

Custo 18 Primeiros Meses


Componente e Ação Área de Abrangência
R$ 1.000,00 U$ 1000,00

Componente 1 - Produto Turístico


Complementação da Sinalização Turística da Cidade de
1.1 Aracaju 1.057,81 548,09
Aracaju - 4ª etapa.
Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária
1.2 1.007,94 522,25
Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Polo Costa dos
1.2.1 260,07 134,75
Turística Coqueirais
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística 747,88 387,50
Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Polo Costa dos
1.3 1.125,00 582,90
Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial. Coqueirais
Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE,
1.6 compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Aracaju 569,39 295,02
Centro de Informações Turísticas.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e
1.7 Adequação e Modernização de Museus (programação 299,15 155,00
Polo Costa dos
visual, equipamentos interativos, etc.)
Coqueirais
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais 299,15 155,00
Elaboração de Projetos e Execução da Adequação
1.8 Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Polo Costa dos 386,00 200,00
Aracaju Coqueirais - Litoral
Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Sul
1.8.1 386,00 200,00
Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.
Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos
Polo Costa dos
1.10 Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima 1.180,35 611,58
Coqueirais
Atendida pelo Programa.
Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Polo Costa dos
1.11 1.158,00 600,00
Paisagística Litoral Norte. Coqueirais
Subtotal Componente Produto Turístico 6.783,64 3.514,84

368
Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing 1.614,33 836,44

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing 161,43 83,64


Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de
2.3 161,43 83,64
Marketing
Subtotal Componente Comercialização 1.937,18 1.003,72

Componente 3 - Fortalecimento Institucional


Implantação do Sistema de Informações Turísticas
3.1 (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, 659,29 341,60
dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos 233,55 121,01
Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do
3.4 115,8 60,00
Turismo e Incentivos para Fiscalização
Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do
3.5 148,65 77,02
Turismo
Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos
3.6 540,4 280,00
Estaduais Gestores de Turismo
Subtotal Componente Fortalecimento Institucional 1.697,69 879,63

Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos


Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação
4.1 da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29 9.185,87 4.759,52

Projetos Executivos e Complementares para ampliação da


4.2 pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros 3.500,00 1.813,47
do Aeroporto de Aracaju
4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 5.470,99 2.834,71

Subtotal Componente Infraestrutura e Serviços Básicos 18.156,86 9.407,70

369
Componente 5 - Gestão Ambiental
Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas
5.1 1.500,00 777,20
Turísticas Críticas
Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades
5.2 44,27 22,94
Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização
5.2.1 44,27 22,94
Ambiental
Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação
5.3 com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano 354,25 183,55
de manejo da APA do litoral Norte)
5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte 354,25 183,55
Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual
5.4 144,75 75,00
pelo Turismo
Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de
alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de
5.6 planos de proteção e recuperação de áreas ambientais 533,39 276,37
frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais
- Rio Betume
Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias
5.7 919,74 476,55
Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado 510,97 264,75
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para
o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers,
5.7.3 408,77 211,8
atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria
com a ADEMA
Subtotal Componente Gestão Ambiental 3.496,41 1.811,61

TOTAL GERAL 32.071,78 16.617,50

Taxa de Cambio: US$ 1,00 = R$ 1,93 Média dos últimos 12 meses em 07.12.2012

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

370
O Quadro 56:, a seguir, apresenta o cronograma de precedência das ações relativas aos 18 primeiros meses de investimentos com recursos
oriundos do Prodetur. Considera as orientações do Programa, registradas no Termo de Referência relativo à revisão do PDITS Costa dos
Coqueirais, no sentido de que sejam estabelecidas metas para as ações de fortalecimento da gestão municipal para o turismo, que devem ser
cumpridas antes do início das obras de infraestrutura planejadas.
De acordo com este pressuposto a execução, no todo ou em parte, das intervenções previstas para o Componente 3 – Fortalecimento
Institucional precedem às ações programadas para os demais componentes, em especial para o Componente 4 – Infraestrutura e Serviços
Básicos.
Quadro 56: Cronograma de Precedência das Ações Relativas aos 18 Primeiros Meses – Investimentos Prodetur
Ano 1 Ano 2
Meses
Ação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Componente 3 – Fortalecimento Institucional

Implantação do Sistema de Informações Turísticas Segue


3.1 (inventariação turística, pesquisas de demanda e até
oferta, dados socioeconômicos do turismo). Ano 3

Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos -


3.2
Turísticos

Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do -


3.4
Turismo e Incentivos para Fiscalização

Segue
Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal
3.5 até
do Turismo Ano 5

Segue
até
Implementação do Fortalecimento Institucional dos Ano 3
3.6
Órgãos Estaduais Gestores de Turismo.

371
Ano 1 Ano 2
Meses
Ação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Componente 1 – Produto Turístico


Complementação da Sinalização Turística da Cidade de
1.1
Aracaju - 4ª etapa.
Segue
Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização até
1.2 Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Ano 3
Turísticos
Segue
Execução do Plano de Capacitação Profissional para o até
1.3
Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial. Ano 5

Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, -


1.6 compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o
Centro de Informações Turísticas.
Segue
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais até
1.7 e Adequação e Modernização de Museus (programação Ano 4
visual, equipamentos interativos, etc.)

1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais


Segue
Elaboração de Projetos e Execução da Adequação até
1.8 Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Ano 3
Aracaju

Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e


1.8.1 Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e
Aracaju.

Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Segue


1.10 Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa até
Marítima Atendida pelo Programa. Ano 4

372
Ano 1 Ano 2
Meses
Ação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota


1.11
Paisagística Litoral Norte.

Componente 2 - Comercialização
Segue
até
2.1 Execução do Plano de Marketing
Ano 5

Segue
até
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
Ano 5

Segue
Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de até
2.3
Marketing Ano 5

Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos


Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a -
4.1 ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD)
cabeceira 29

Projetos Executivos e Complementares para ampliação -


4.2 da pista e para Construção do Novo Terminal de
Passageiros do Aeroporto de Aracaju

4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 -


Componente 5- Gestão Socioambiental
Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas -
5.1
Turísticas Críticas

Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Segue


5.2 Entidades Públicas e Privadas e Comunidades até
Receptoras. Ano 3

373
Ano 1 Ano 2
Meses
Ação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e


5.2.1
Sensibilização Ambiental

Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de


Conservação com Uso Turístico (Elaboração e
5.3
implementação do plano de manejo da APA do litoral
Norte)

5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte

Segue
Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual
5.4 até
pelo Turismo
Ano 5

Restauração Ecológica e Paisagística de áreas Segue


turísticas de alto valor natural e degradadas - até
5.6 Elaboração e Execução de planos de proteção e Ano 5
recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas
e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume

Segue
Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de até
5.7
Praias Turísticas Ano 3

Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do


5.7.1
Estado
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento
para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas,
5.7.3
piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em
Parceria com a ADEMA

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

374
A precedência das ações de fortalecimento institucional está embasada no cumprimento das metas apontadas no Quadro 57:70, a seguir:

Quadro 57: Ações de Fortalecimento da Gestão Estadual e Municipal do Turismo – Metas de Desempenho para os Primeiros 18 Meses de Implantação do PDITS
Área de
Estratégias Ações Meta
Abrangência

Inventário Turístico Realizado


Sistema de Informações Turísticas
Desenhado e em Alimentação
Implantação do Sistema de Informações Polo Costa dos
 Adoção de mecanismos e instrumentos de gestão
Turísticas Coqueirais Pesquisa Anual de Demanda
integrada do turismo e do meio ambiente, com
Realizada nos Primeiros 12 Meses
envolvimento do poder público e dos diferentes (alta e baixa estação)
segmentos representativos da sociedade;
 Adoção e incentivo à parceria público-privada tendo
em vista a melhoria da qualidade dos produtos e Quatro Planos de Gestão dos Destinos
Elaboração de Planos de Gestão dos Polo Costa dos
serviços turísticos; Turísticos Elaborados e em Início de
Destinos Turísticos Coqueirais
Implantação.
 Capacitação profissional para a gestão participativa
do turismo, envolvendo a administração pública Diagnósticos e Planos de Ação para a
Elaboração de Diagnósticos da Gestão
estadual e municipal, os empreendedores do Polo Costa dos Gestão Municipal do Turismo
Municipal do Turismo e Incentivos para
turismo e a comunidade; Coqueirais Elaborados
Fiscalização
 Desenvolvimento e implantação de sistema de
informações turísticas como base para o Início de Implantação das Ações de
planejamento e gestão do turismo, para formatação Implementação do Fortalecimento de Polo Costa dos
Fortalecimento da Gestão Municipal –
de novos produtos turísticos e para atendimento ao Gestão Municipal do Turismo Coqueirais
20% realizados
turista.
Implementação do Fortalecimento Fortalecimento dos Órgãos Estaduais
Institucional dos Órgãos Estaduais Estado de Sergipe Implementado em 50%
Gestores de Turismo

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

375
11.6. Descrição das Ações a Realizar nos 18 Primeiros Meses com
Recursos do Prodetur

As ações elegíveis para realização durante os dezoito primeiros meses com recursos
do Prodetur encontram-se a seguir caracterizadas, contemplando os seguintes itens:
 Objetivo;
 Justificativa;
 Efeito esperado no desenvolvimento turístico;
 Benefícios e beneficiários;
 Descrição da ação;
 Responsáveis pela execução;
 Entidade responsável pela implantação/ operação/ manutenção da obra ou
serviço;
 Custo estimado e fonte de financiamento;
 Gastos estimados de operação;
 Mecanismos previstos de recuperação de custos;
 Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei;
 Indicadores de seguimento e fonte de verificação;
 Relação com outras ações quanto ao cronograma;
 Nível de avanço: indicação da existência de projetos básicos ou executivos ou
termos de referência; indicação da necessidade de reconhecimento retroativo.

376
11.6.1. Ações Prioritárias – Componente 1 – Produto Turístico

AÇÃO 1.1 Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª etapa. PRODUTO TURÍSTICO
Complementar a sinalização turística de Aracaju em pontos turísticos e em logradouros, facilitando o deslocamento da população e
Objetivo
dos turistas.
Necessidade de complementação da sinalização turística da cidade de Aracaju, de modo a tornar possível a orientação e o
Justificativa
direcionamento de turistas e residentes aos atrativos / equipamentos turísticos, bem como a logradouros e avenidas em Aracaju.
Efeito esperado Aumento da satisfação do turista com a melhoria da orientação de acesso aos atrativos turísticos.
Satisfação do turista, gerando o aumento de sua
Benefícios Beneficiários Turistas, trade turístico e população local.
permanência no Polo.
Complementação da sinalização turística de Aracaju de acordo com o padrão internacional ditado pela OMT, permitir o
Descrição deslocamento, facilitando a residentes e turistas o acesso às principais rodovias da cidade, às vias urbanas de acesso aos atrativos
turísticos e outros pontos estratégicos de Aracaju.
Responsáveis pela
Responsáveis pela
SEINFRA Implantação / Manutenção SEINFRA
Execução
/ Operação
Fonte de Custo Custo estimado
BID / Contrapartida US$ 548.090,00 Não se aplica
financiamento estimado operação
Mecanismos de
Arrecadação de impostos municipais.
recuperação de custos
Normas de
licenciamento Não se aplica
ambiental exigidas
 Frequência de turistas que usufruem dos
atrativos turísticos locais. Aumento da arrecadação
Indicadores de Fonte de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo
seguimento municipal com maior afluxo de turistas, incremento verificação e Atendimento ao Turista;
dos recursos provenientes da taxa municipal de
turismo.
Relação com outras
ações quanto ao Não se aplica.
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X

377
AÇÃO 1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos PRODUTO TURÍSTICO

Objetivo Elaborar e Implantar placas de sinalização turística nas rodovias federais e estaduais de acesso ao Polo.
Necessidade de projeto de Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa do Polo Costa dos Coqueirais, de modo a otimizar a atual estrutura
Justificativa
de deslocamento aos principais atrativos e roteiros turísticos do Estado, feitos exclusivamente por meio rodoviário
Efeito esperado Aumento da satisfação do turista com a melhoria da orientação de acesso aos atrativos turísticos.
Satisfação do turista, gerando o aumento de sua permanência no Turistas, trade turístico e população
Benefícios Beneficiários
Polo. local.
Elaboração de projeto executivo e implantação de placas de sinalização turística rodoviária nas rodovias federais e estaduais que dão
Descrição
acesso aos municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação /
SEINFRA SEINFRA
pela Execução Manutenção / Operação
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 522.250,00 Não se aplica
financiamento Custo estimado operação
Mecanismos de
recuperação de Arrecadação de impostos municipais.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
 Frequência de turistas que
usufruem dos atrativos turísticos locais.
Indicadores de Fonte de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e
seguimento Aumento da arrecadação municipal com maior verificação Atendimento ao Turista;
afluxo de turistas, incremento dos recursos
provenientes da taxa municipal de turismo.
Relação com
outras ações
Não se aplica.
quanto ao
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X

378
Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação
AÇÃO 1.3 PRODUTO TURÍSTICO
Empresarial
Incentivar e promover a capacitação e o aperfeiçoamento profissional para a gestão do turismo no âmbito da administração pública; criar
oportunidades para que os dirigentes e gerentes de empreendimentos turísticos desenvolvam as habilidades negociais e de gestão
Objetivo
necessários ao desempenho eficaz de suas funções na cadeia do turismo; incentivar e promover a capacitação e o aperfeiçoamento
profissional para o mercado de trabalho do setor de turismo.
O quantitativo e a qualificação dos profissionais que atuam no mercado do turismo, bem como a capacitação e o
Justificativa envolvimento dos empreendedores do setor impactam diretamente o grau de satisfação dos turistas quanto à qualidade dos
serviços prestados.
Gestão do Turismo eficaz; empreendimentos turísticos em ascensão; mercado do turismo suprido em suas necessidades quanto a
Efeito esperado
profissionais em todas as funções do setor.
Administração pública municipal,
Benefícios Desenvolvimento do turismo e geração de emprego e renda Beneficiários cadeia produtiva do turismo,
população local e o turista.
Qualificar prestadores de serviços, profissionais e empreendedores da cadeia produtiva do turismo, contribuindo para o aumento da
Descrição
qualidade dos serviços prestados na atividade.
Responsáveis pela Responsáveis pela Implantação /
SETUR SETRAB, EMSETUR, UCP Prodetur/SE
Execução Manutenção / Operação
Fonte de BID /
Custo estimado US$ 582.900,00 Custo estimado operação Não se aplica
financiamento Contrapartida
Mecanismos de
recuperação de Melhoria do desempenho humano na administração municipal, segmento empresarial e mercado de trabalho do turismo.
custos
Normas de
licenciamento Não se aplica
ambiental exigidas
Frequência e tempo de permanência dos turistas;
Indicadores de aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo
Fonte de verificação
seguimento turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa e Atendimento ao Turista;
municipal de turismo.
Relação com outras
ações quanto ao Não se aplica.
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X

379
Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do
AÇÃO 1.6 PRODUTO TURÍSTICO
Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.
Qualificar os espaços no que tange à oferta de equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato voltados para
Objetivo
o turismo.
Necessidade de recuperar equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato, que integra o
Justificativa
complexo de intervenções no centro histórico de Aracaju, ampliando a oferta de atrativos histórico-culturais.
Efeito esperado Qualificação e diversificação dos produtos ofertados no Polo. Aumento da visibilidade dos produtos turísticos no Polo.
Benefícios Promoção e diversificação dos atrativos. Beneficiários Turistas, trade turístico e população local.
Recuperar equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato. Esta ação integra o complexo de intervenções
Descrição
realizadas no centro histórico de Aracaju, com vistas a ampliar a oferta de atrativos históricos e culturais no Polo.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação /
SETUR/ CEHOP SETUR/ CEHOP
pela Execução Manutenção / Operação
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 295.020,00 Custo estimado operação Não se aplica
financiamento
Mecanismos de
recuperação de Aumento do fluxo turístico e geração de emprego e renda.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
Frequência e tempo de permanência dos turistas;
Indicadores de aumento da arrecadação municipal com maior Fonte de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e
seguimento afluxo de turistas, incremento dos recursos verificação Atendimento ao Turista;
provenientes da taxa municipal de turismo.
Relação com
outras ações
Não se aplica.
quanto ao
cronograma
Nível de Projeto Sim X Projeto Sim X Termo Sim Reconhecimento Sim
avanço: Básico Não Executivo Não Referencia Não X retroativo Não X

380
AÇÃO 1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais PRODUTO TURÍSTICO
Estruturação a área do Centro de Turismo (boxes de comercialização de artesanato), Museu do artesanato e Centro de
Objetivo
Informação Turística.
Necessidade de recuperar equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato, que integra o complexo de
Justificativa
intervenções no centro histórico de Aracaju, ampliando a oferta de atrativos histórico-culturais.
Efeito esperado Aumento da visibilidade dos produtos turísticos no Polo.

Benefícios Promoção e diversificação dos atrativos. Beneficiários Turistas, trade turístico e população local.
Elaborar estratégia de roteiro histórico cultural para os municípios de São Cristóvão e Laranjeiras, contemplando diagnóstico, análise de
Descrição mercado e capacidade de carga dos principais equipamentos do roteiro. Adequar e modernizar museus contemplando sinalização
interpretativa, equipamentos interativos nas unidades selecionadas.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação /
SETUR/ CEHOP SETUR/ CEHOP
pela Execução Manutenção / Operação
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 155.000,00 Não se aplica
financiamento Custo estimado operação
Mecanismos de
recuperação de Aumento do fluxo turístico e geração de emprego e renda.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
Frequência e tempo de permanência dos
Indicadores de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e
turistas; aumento da arrecadação municipal Fonte de verificação
seguimento Atendimento ao Turista;
com maior afluxo de turistas.
Relação com
outras ações
Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
quanto ao
cronograma
Nível de Projeto Sim X Projeto Sim X Termo Sim Reconhecimento Sim
avanço: Básico Não Executivo Não Referencia Não X retroativo Não X

381
AÇÃO 1.8 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística das Praias do Litoral Sul de Aracaju PRODUTO TURÍSTICO

Objetivo Promover a adequação urbanística das praias do Litoral Sul, diversificando o produto turístico.

Justificativa Necessidade de adequação urbanística das praias do Litoral Sul de Aracaju.

Efeito esperado Aumento da visibilidade dos produtos turísticos no Polo.


Turistas, trade turístico e população
Benefícios Promoção e diversificação dos atrativos. Beneficiários
local.
Descrição Realizar projetos para a adequação urbanística das praias do Litoral Sul
Responsáveis Responsáveis pela Implantação / Manutenção /
SETUR/ CEHOP SETUR/ CEHOP
pela Execução Operação
Fonte de Custo estimado
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 200.000,00 Não se aplica
financiamento operação
Mecanismos de
recuperação de Aumento do fluxo turístico e geração de emprego e renda.
custos
Normas de
licenciamento
A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
ambiental
exigidas
Frequência e tempo de permanência dos
Indicadores de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e
turistas; aumento da arrecadação Fonte de verificação
seguimento Atendimento ao Turista;
municipal com maior afluxo de turistas.
Relação com
outras ações
Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
quanto ao
cronograma
Projeto Sim X Projeto Sim X Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não Executivo Não Referencia Não X retroativo Não X

382
Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa
AÇÃO 1.10 PRODUTO TURÍSTICO
Marítima Atendida pelo Programa
Objetivo Promover a melhoria da infraestrutura de orlas e atracadouros para diversificar o produto e oferecer turísticos fluviais e náuticos.

Justificativa Inexistência e/ou precariedade de orlas e atracadouros nos principais municípios do Polo com capacidade de desenvolver roteiros náuticos

Efeito esperado Aumento da visibilidade dos produtos turísticos no Polo. Diversificação de roteiros fluviais e náuticos.
A construção das orlas e atracadouros possibilita a consolidação de
Turistas, trade turístico e população
Benefícios atrativos e de roteiros ampliando as condições de atendimento aos Beneficiários
local.
turistas e incrementando a renda da população local.
Melhorar a infraestrutura local de apoio ao turismo possibilitando passeios turísticos pelos rios da região favorecendo o aumento do fluxo
Descrição
turístico.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação /
SETUR/ CEHOP SETUR/ CEHOP
pela Execução Manutenção / Operação
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 611.580,00 Não se aplica
financiamento Custo estimado operação
Mecanismos de
Aumento do número de turistas no Polo. Aumento do interesse em investimentos. Geração de empregos e renda e da arrecadação
recuperação de
municipal.
custos
Normas de
licenciamento
A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
ambiental
exigidas
Frequência e tempo de permanência dos turistas;
Indicadores de Fonte de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e
aumento da arrecadação municipal com maior afluxo
seguimento verificação Atendimento ao Turista;
de turistas.
Relação com
outras ações
Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
quanto ao
cronograma
Projeto Sim X Projeto Sim X Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não Executivo Não Referencia Não X retroativo Não X

383
AÇÃO 1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte PRODUTO TURÍSTICO

Objetivo Diversificar o oferta turística no Litoral Norte do Polo.


Elaborar projeto básico e executivo, no sentido de dotar a rota com atratividades turísticas (portais de acesso, mirantes, serviços de informações,
Justificativa
sinalização interpretativa e padronização dos acessos aos empreendimentos), favorecendo a consolidação de roteiros no Litoral Norte do Polo.
Efeito esperado Diversificar a oferta de atrativos. Melhorar o fluxo turístico nos municípios do Litoral Norte.
Promoção dos atrativos, facilidade de acesso aos
Benefícios Beneficiários Cadeia produtiva do turismo, população local e o turista.
atrativos do Litoral Norte.
Descrição Realização de audiência pública junto ao trade e comunidade em geral do Polo, no sentido de eleger a referida rota como corredor turístico.
Responsáveis pela
Responsáveis
SETUR Implantação / Manutenção SETUR
pela Execução
/ Operação
Fonte de BID /
Custo estimado US$ 600.000,00 Não se aplica
financiamento Contrapartida Custo estimado operação
Mecanismos de
recuperação de Aumento do fluxo turístico e geração de emprego e renda.
custos
Normas de
licenciamento
A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
ambiental
exigidas
 Frequência e tempo
de permanência dos turistas;
Indicadores de Fonte de
seguimento aumento da arrecadação verificação Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao Turista;
municipal com maior afluxo de
turistas.
Relação com
outras ações
Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
quanto ao
cronograma
Nível de Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
avanço: Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X

384
11.6.2 Ações Prioritárias – Componente 2 – Comercialização

AÇÃO 2.1 Execução do Plano de Marketing COMERCIALIZAÇÃO


Executar ações promocionais e de marketing para aumentar a competitividade do destino turístico Sergipe no mercado nacional
Objetivo
(principalmente) e internacional.
O Polo possui um produto consolidado, porém se faz necessário a melhoria e estruturação de outros produtos potenciais e da sua
Justificativa
imagem para o desenvolvimento do turismo
Efeito esperado Identidade do Polo consolidada no mercado nacional e internacional.
Desenvolvimento do Turismo no Polo impulsionado População local, empreendedores do setor do turismo e dos
Benefícios Beneficiários
pela sua divulgação. demais setores e turistas, pela divulgação da imagem do Polo.
Execução das estratégias de marketing por meio de um plano de ação que se compõe das atividades específicas a serem
desempenhadas para o fortalecimento da identidade do Polo e divulgação dos produtos ofertados, bem como a determinação do prazo e
Descrição
forma de execução de cada atividade na sequência apropriada e por ordem de prioridade e a atribuição de responsabilidades por essas
atividades.
Responsáveis pela Responsáveis pela Implantação /
SETUR SETUR
Execução Manutenção / Operação
Custo estimado
Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 2.590.670,00 Não se aplica
operação
Mecanismos de
Taxa municipal de turismo, arrecadação de impostos municipais.
recuperação de custos
Normas de
licenciamento Não se aplica
ambiental exigidas
Reconhecimento público da marca do turismo no Polo.
Frequência de turistas que usufruem dos atrativos turísticos
Indicadores de Fonte de Sistema Municipal de Informações para a Gestão do
locais; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de
seguimento verificação Turismo e Atendimento ao Turista.
turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa
municipal de turismo.
Relação com outras
ações quanto ao Não se aplica
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X

385
AÇÃO 2.2 Monitoramento do Plano de Marketing COMERCIALIZAÇÃO

Objetivo Monitorar a execução e a eficiência das ações contidas no Plano de Marketing


Para garantir a eficiência do Plano de Marketing, o resultado da estratégia de promoção e comercialização deve ser continuamente
Justificativa
monitorado, efetuando correções para a aplicação eficaz dos objetivos propostos no plano.
Efeito esperado Plano de Marketing monitorado possibilitando o aumento no número de turistas no Polo.
População local, empreendedores do setor do turismo e
Desenvolvimento do Turismo no Polo impulsionado pela sua
Benefícios Beneficiários dos demais setores e turistas, pela divulgação da
divulgação.
imagem do Polo.
Acompanhamento periódico e contínuo do Plano de Marketing pelo trade turístico com o apoio e incentivo do Estado por meio da
Descrição realização de reuniões e apresentação de relatórios mensais visando o monitoramento dos fatos positivos e negativos e a correção e
ajustes, quando necessário.
Responsáveis pela
Responsáveis pela
SETUR Implantação / Manutenção / SETUR
Execução
Operação
Custo estimado
Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 259.070,00 Não se aplica
operação
Mecanismos de
Taxa municipal de turismo, arrecadação de impostos municipais.
recuperação de custos
Normas de
licenciamento Não se aplica
ambiental exigidas
Reconhecimento público da marca do turismo
no Polo. Frequência de turistas que usufruem
Indicadores de dos atrativos turísticos locais; aumento da Fonte de Sistema Municipal de Informações para a Gestão do Turismo e
seguimento arrecadação municipal com maior afluxo de verificação Atendimento ao Turista.
turistas, incremento dos recursos provenientes
da taxa municipal de turismo.
Relação com outras
ações quanto ao Posterior a Execução do Plano de Marketing (ação 2.1)
cronograma
Sim Sim Sim Sim
Projeto Projeto Termo Reconhecimento
Nível de avanço:
Básico Executivo Referencia retroativo
Não X Não X Não X Não X

386
AÇÃO 2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing COMERCIALIZAÇÃO

Objetivo Realizar a revisão, reajustes e complementações do Plano de Marketing durante sua execução.
Para garantir a eficiência do Plano de Marketing, o resultado da estratégia de promoção e comercialização deve ser revisado, reajustado e
Justificativa
complementado para a aplicação eficaz dos objetivos propostos no plano.
Efeito esperado Plano de Marketing revisado, reajustado e complementado possibilitando o aumento no número de turistas no Polo.
População local, empreendedores do setor do turismo e
Desenvolvimento do Turismo no Polo impulsionado pela sua
Benefícios Beneficiários dos demais setores e turistas, pela divulgação da
divulgação.
imagem do Polo.
Revisão, reajuste e complementação do Plano de Marketing pelo trade turístico com o apoio e incentivo do Estado, por meio da
Descrição discussão, realização de reuniões e relatórios mensais para a correção e ajustes, quando necessários, de forma a garantir a execução
adequada do Plano.
Responsáveis pela Responsáveis pela Implantação /
SETUR SETUR
Execução Manutenção / Operação
Custo estimado
Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 259.070,00 Não se aplica
operação
Mecanismos de
Taxa municipal de turismo, arrecadação de impostos municipais.
recuperação de custos
Normas de
licenciamento Não se aplica
ambiental exigidas
Reconhecimento público da marca do turismo no Polo.
Frequência de turistas que usufruem dos atrativos turísticos
Indicadores de Fonte de Sistema Municipal de Informações para a Gestão do
locais; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo
seguimento verificação Turismo e Atendimento ao Turista.
de turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa
municipal de turismo.
Relação com outras
ações quanto ao Posterior a Execução do Plano de Marketing (ação 2.1)
cronograma
Sim Sim Sim Sim
Projeto Projeto Termo Reconhecimento
Nível de avanço:
Básico Executivo Referencia retroativo
Não X Não X Não X Não X

387
11.6.3. Ações Prioritárias – Componente 3 – Fortalecimento Institucional

AÇÃO 3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL


Prover o setor público e a iniciativa privada de informações confiáveis, completas e atualizadas necessárias ao planejamento e à gestão do setor e à tomada de
Objetivo decisões.
Os dados relativos ao turismo no Estado de Sergipe baseiam-se, em grande parte, nos registros fornecidos pelos meios de hospedagem centrados em Aracaju,
permitindo abranger poucas variáveis, tais como, origem, destino, meio de transporte utilizado, motivação da viagem e permanência média. Referem-se, assim aos
turistas que pernoitam em Aracaju, desconsiderando outros destinos importantes, principalmente aqueles pertinentes aos demais municípios dos Polos Costa dos
Justificativa
Coqueirais e Velho Chico. Pouca condição se tem para avaliar a satisfação do turista.
Por outro lado, a oferta turista carece de descrição e de análise, dada a falta de inventário turístico atualizado. Informações socioeconômicas voltadas, por
exemplo, para o número de empregos gerados pelo setor, no Estado e nos municípios turísticos não estão disponíveis.
Informações confiáveis, completas e atualizadas disponíveis para o planejamento e gestão do turismo, nos setores público e privado, e para divulgação aos
Efeito esperado
turistas,
Turistas bem informados; desenvolvimento do turismo no Polo e no Estado
Benefícios Beneficiários Poder público estadual e municipal; trade turístico e turistas.
de Sergipe baseado em dados e informações fidedignas.
Abrange informações relativas à oferta e à demanda turística, bem como de natureza socioeconômicos relativos ao setor. Envolve o desenho do sistema, a
identificação das informações que o comporão, a definição e a realização das pesquisas necessárias e do inventário turístico, a sistematização das informações e a
Descrição
implantação do sistema, a ser disponibilizado pela Internet.
O inventário turístico será atualizado a cada quatro anos e a pesquisa de demanda será realizada na baixa e na alta estação.
Responsáveis SETUR – Secretaria de Setur/SE em conjunto com a Seplag – Secretaria de
Responsáveis pela Implantação / Manutenção / Operação
pela Execução Turismo do Estado de Sergipe Planejamento e Gestão (Observatório)
Fonte de
Fonte Externa - BID Custo estimado U$ 341.600,00 A estimar
financiamento Custo estimado operação
Mecanismos de
recuperação de Aumento do fluxo de turistas e de sua permanência no Estado de Sergipe, gerando dividendos e promovendo o desenvolvimento.
custos
Normas de lic. Observatório de Sergipe – SEPLAG, em rede com
Não se aplica Fonte de verificação
ambiental demais usuários
 Aumento da confiabilidade das informações prestadas ao turista;
 Melhoria da qualidade e adequação das informações utilizadas no planejamento do turismo e na tomada de decisão e avaliação de resultados do
Indicadores de
processo de gestão do turismo;
seguimento
 Acesso e alimentação coletiva do Sistema de Informações, envolvendo órgãos gestores estaduais e municipais, empreendedores do turismo e outros
agentes envolvidos.
Relação com
Ação deve preceder os investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
outras ações
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim x Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não x Executivo Não x Referencia Não retroativo Não x

388
AÇÃO 3.2 Elaboração de Plano de Gestão dos Destinos Turísticos FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Construir instrumentos de planejamento necessários à gestão, coordenação e tomada de decisões relativas à política pública do setor de turismo,
Objetivo
aplicados à realidade do Polo Costa dos Coqueirais.
As especificidades dos diferentes trechos que compõem o Polo exigem a formulação de Planos de Gestão dos Destinos Turísticos do Litoral Norte, de
Aracaju, das Cidades Históricas e do Litoral Sul, tendo como base o PDITS Costa dos Coqueirais. Os Planos devem constituir instrumento técnico para a
gestão, coordenação e tomada de decisões relativas à política pública do setor de turismo para a região, de forma integrada entre o poder público e os
Justificativa demais agentes envolvidos. Deverão servir de orientação para o desenvolvimento das atividades produtivas atinentes à cadeia do turismo, em busca da
sustentabilidade, e auxiliar na definição dos papéis dos agentes de desenvolvimento locais. Como instrumento de planejamento da atividade turística,
deverão indicar as ações necessárias para o fortalecimento da gestão dos municípios envolvidos, respeitadas as características de cada um deles e a
partir de uma visão integrada da região a que se destina cada Plano.
Efeito esperado Esforços integrados dos diferentes agentes de desenvolvimento do turismo em direção à atividade turística sustentável no Polo Costa dos Coqueirais.
Desenvolvimento do turismo no Polo orientado para
População local, empreendedores do setor
diretrizes, estratégias e ações fruto de planejamento
Benefícios Beneficiários do turismo e dos demais setores, segmento
participativo, envolvendo atores do poder público, do
governamental e turistas
segmento empresarial e da sociedade como um todo.
Contratação de serviços de consultoria especializada para elaboração de 4 (quatro) Planos de Gestão de Destinos Turísticos localizados no Polo Costa
dos Coqueirais, quais sejam (i) Litoral Norte (Pirambu, Pacatuba e Brejo Grande); (ii) Aracaju; (iii) Cidades Históricas (São Cristóvão, Laranjeiras e Barra
Descrição dos Coqueiros); e (iv) Litoral Sul (Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy e Estância).
De cada Plano a elaborar constarão um Diagnóstico, um Prognóstico, a indicação de Diretrizes, Programas e Projetos, um Plano de Ação e
Recomendações para a Gestão do Turismo na área abrangida.
Responsáveis pela Responsáveis pela Implantação / Manutenção /
SETUR/SE Não se aplica.
Execução Operação
Fonte de Custo estimado
Fonte Externa - BID Custo estimado US$ 121.010,00 Não se aplica
financiamento operação
Recuperação de
Aumento do fluxo de turistas e de sua permanência no Estado de Sergipe, gerando dividendos e promovendo o desenvolvimento.
Custos
Normas de
licenciamento Não se aplica
ambiental exigidas
Frequência e tempo de permanência dos turistas;
Indicadores de
aumento da arrecadação municipal com maior afluxo Fonte de verificação Sistema de Informações Turísticas
seguimento
de turistas.
Relação com outras
ações quanto ao Ação deve preceder os investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Sim X Reconhecimento Sim
Nível de avanço: Termo Referencia
Básico Não X Executivo Não X Não retroativo Não X

389
AÇÃO 3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Embasar e definir ações de fortalecimento da gestão municipal do turismo, tendo em vista a instalação das condições necessárias para que o poder público
Objetivo
municipal, em parceria com os agentes sociais locais, possam assumir suas funções setoriais.
Os municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais via de regra não apresentam as condições institucionais necessárias para o efetivo exercício da
Justificativa gestão do turismo municipal, em parceria com o trade turístico e a sociedade local. O desenvolvimento do turismo sergipano, hoje já constatado, tendendo ao
crescimento acelerado nos próximos dez anos, exige que os municípios assumam postura proativa e integrada, e exerçam efetivamente o seu papel.
Realidade da gestão municipal em cada um dos municípios do Polo Costa dos Coqueirais descrita e analisada; ações de fortalecimento concebidas e
Efeito esperado
detalhadas para implantação imediata.
Municípios do Polo Costa dos Coqueirais munidos da base
necessária para início de um processo continuado de Poder público municipal e agentes locais envolvidos na
Benefícios Beneficiários
fortalecimento, tendo em vista a gestão integrada do turismo gestão do turismo.
sustentável.
Para cada município componente do Polo Costa dos Coqueirais será elaborado um diagnóstico visando identificar a capacidade do município para exercer as
Descrição
suas funções e papéis no que tange à gestão do turismo, a partir do qual será gerado um Plano de Ação de Fortalecimento da Gestão Municipal.
Responsáveis SETUR/SE, em parceria com os municípios Responsáveis pela Implantação /
SETUR/SE, em parceria com os municípios do Polo Costa dos Coqueirais
pela Execução do Polo Costa dos Coqueirais Manutenção / Operação
Fonte de
Fonte Externa - BID Custo estimado US$ 60.000,00 Não se aplica
financiamento Custo estimado operação
Mecanismos de
recuperação de Aumento do fluxo de turistas; aumento da arrecadação municipal.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
Indicadores de  Diagnóstico e Plano de Ação de
Fonte de verificação Relatórios Técnicos produzidos
seguimento Fortalecimento Municipal concluídos.
Relação com
outras ações
Ação deve preceder os investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
quanto ao
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim x Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não x Executivo Não x Referencia Não retroativo Não x

390
AÇÃO 3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Instalação ou a ampliação das condições necessárias para o exercício do planejamento, promoção, controle e avaliação de resultados alcançados a partir do
Objetivo
desenvolvimento do turismo municipal, de forma integrada com os demais municípios turísticos da região.
Os municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais via de regra não apresentam as condições institucionais necessárias para o efetivo exercício da
Justificativa gestão do turismo municipal, em parceria com o trade turístico e a sociedade local. O desenvolvimento do turismo sergipano, hoje já constatado, tendendo ao
crescimento acelerado nos próximos dez anos, exige que os municípios assumam postura proativa e integrada, e exerçam efetivamente o seu papel.
Gestão Municipal do Turismo exercida pelos municípios integrantes do Polo com competência, a partir de condições materiais, tecnológicas e humanas
Efeito esperado
adequadas.
Municípios do Polo Costa dos Coqueirais vivenciando um processo
Poder público municipal e agentes locais envolvidos na
Benefícios continuado de fortalecimento, tendo em vista a gestão integrada do Beneficiários
gestão do turismo.
turismo sustentável.

Trata-se de executar, no âmbito de cada município, o Plano de Ação de Fortalecimento da Gestão Municipal antes elaborado, tendo em vista a instalação O
Descrição fortalecimento da gestão municipal deverá resultar na melhoria dos serviços turísticos e de atendimento ao turista e no estabelecimento de parcerias entre o
setor público e a iniciativa privada visando o aumento da competitividade no mercado turístico e a promoção do turismo.

Responsáveis SETUR/SE, em parceria com os municípios Responsáveis pela Implantação /


SETUR/SE, em parceria com os municípios do Polo Costa dos Coqueirais
pela Execução do Polo Costa dos Coqueirais Manutenção / Operação
Fonte de
Fonte externa: BID Custo estimado US$ 77.020,00 Não se aplica
financiamento Custo estimado operação
Mecanismos de
recuperação de Aumento do fluxo de turistas; aumento da arrecadação municipal.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
Indicadores de  Plano de Fortalecimento da
Fonte de verificação Relatórios Técnicos produzidos
seguimento Gestão Municipal implantado e em andamento.
Relação com
outras ações
Ação deve preceder os investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
quanto ao
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim x Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não x Executivo Não x Referencia Não retroativo Não x

391
AÇÃO 3.6 Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos Estaduais Gestores de Turismo FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Possibilitar a instalação das condições necessárias para que os Órgãos Estaduais Gestores do Turismo possam exercer efetivamente as suas competências e
Objetivo
funções.
Aos órgãos estaduais de gestão do turismo em Sergipe cabe um esforço permanente para melhoria das condições necessárias para a sua atuação, com
Justificativa
competência, em continuidade a investimentos já realizados na última década nesse sentido.
Gestão do Turismo exercida com competência pelos órgãos públicos estaduais para tanto designados, a partir de condições materiais, tecnológicas e
Efeito esperado
humanas adequadas.
Órgãos Estaduais de Gestão do Turismo vivenciando um processo
Poder público estadual e demais agentes envolvidos
Benefícios continuado de fortalecimento, tendo em vista a gestão integrada do Beneficiários
na gestão do turismo.
turismo sergipano.
Os investimentos serão direcionados para a SETUR – Secretaria de Estado do Turismo e para a Unidade de Coordenação do Prodetur/SE que dela faz parte,
para a EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo. As ações pertinentes buscarão (i) desenvolver e implantar métodos, indicadores e instrumentos para a
monitoria e para a avaliação sistemática do processo de desenvolvimento do setor de turismo em Sergipe; (ii) adequar o marco legal do modelo de gestão do
Descrição turismo utilizado pelo Estado para o cumprimento de suas competências específicas no setor; (iii) desenvolver e adotar um sistema integrado de gestão de
pessoas, que inclua a avaliação do seu desempenho e a capacitação continuada das equipes; (iv) implantar medidas para adequação e melhoria das
instalações e do ambiente de trabalho nos órgãos abrangidos; (v) pesquisar e adotar conceitos e recursos tecnológicos inovadores para a gestão pública
setorial do turismo.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação /
SETUR/SE SETUR/SE
pela Execução Manutenção / Operação
Fonte de
Fonte externa: BID Custo estimado US$ 280.000,00 Não se aplica
financiamento Custo estimado operação
Mecanismos de
recuperação de Aumento do fluxo de turistas; aumento da arrecadação municipal.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
Indicadores de  Ações de Fortalecimento da Gestão
Fonte de verificação Relatórios técnicos emitidos
seguimento Estadual do Turismo planejadas e implantadas
Relação com
outras ações
Ação deve preceder os investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
quanto ao
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não x Executivo Não x Referencia Não x retroativo Não x

392
11.6.4. Ações Prioritárias – Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos
Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS
AÇÃO 4.1
(PPD) cabeceira 29 BÁSICOS
Objetivo Realizar obra para o desmonte do Morro de Piçarreira para ampliação do Aeroporto Santa Maria.
Justificativa O aeroporto de Santa Maria possui curto cumprimento da pista de pouso e decolagem, limitando o número e porte de aeronaves.
Efeito esperado Aumento do número de voos no Aeroporto.
População local, empreendedores do setor do turismo e
Benefícios Desenvolvimento do turismo e geração de emprego e renda Beneficiários dos demais setores e turistas, pela divulgação da
imagem do Polo.
Execução de obras civis, conforme projeto executivo existente, para a ampliação da pista de aterrisagem do Aeroporto Santa Maria,
aumentando a capacidade de pouso e decolagem de um maior número de aeronaves em Aracaju. Os serviços para a execução da obra
Descrição referem-se a instalação do canteiro de obras, demolição e remoção do reservatório de água da DESO que se encontra na área, serviço de
terraplenagem, drenagem pluvial da plataforma do morro e da área de bota-fora e o revestimento vegetal para a proteção das áreas de
corte, aterro e encostas.
Responsáveis pela
Responsáveis pela
CEHOP/ INFRAERO/ DESO Implantação / Manutenção / CEHOP/ INFRAERO
Execução
Operação
Custo estimado
Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 4.759.520,00 Não se aplica
operação
Mecanismos de
Arrecadação de impostos municipais.
recuperação de custos
Normas de
licenciamento A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
ambiental exigidas
 Frequência e quantidade de turistas que chegam em
Indicadores de Aracaju; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de Fonte de Sistema de Informações para a Gestão do
seguimento turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa municipal de verificação Turismo e Atendimento ao Turista;
turismo.
Relação com outras
ações quanto ao Não se aplica.
cronograma
Projeto Sim X Projeto Sim X Termo Sim Reconhecimento Sim X
Nível de avanço:
Básico Não Executivo Não Referencia Não X retroativo Não

393
Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS
AÇÃO 4.2
Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju BÁSICOS
Objetivo Realizar obra para a ampliação do terminal de passageiros no Aeroporto Santa Maria.
O terminal de passageiros do aeroporto de Santa Maria possui pouca oferta de serviços e de conforto para os turistas, bem como
Justificativa
ausência de adaptação para pessoas com restrição de mobilidade.
Efeito esperado Aumento do número de voos no Aeroporto.
População local, empreendedores do setor do turismo e
Benefícios Desenvolvimento do turismo e geração de emprego e renda Beneficiários dos demais setores e turistas, pela divulgação da
imagem do Polo.
Execução de obras civis, conforme projeto executivo existente, para a ampliação da pista de aterrisagem do Aeroporto Santa Maria,
aumentando a capacidade de pouso e decolagem de um maior número de aeronaves em Aracaju. Os serviços para a execução da obra
Descrição referem-se a instalação do canteiro de obras, demolição e remoção do reservatório de água da DESO que se encontra na área, serviço de
terraplenagem, drenagem pluvial da plataforma do morro e da área de bota-fora e o revestimento vegetal para a proteção das áreas de
corte, aterro e encostas.
Responsáveis pela
Responsáveis pela
CEHOP/ INFRAERO Implantação / Manutenção / CEHOP/ INFRAERO
Execução
Operação
Custo estimado
Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 1.813.470,00 Não se aplica
operação
Mecanismos de
Arrecadação de impostos municipais.
recuperação de custos
Normas de
licenciamento A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
ambiental exigidas
 Frequência e quantidade de turistas que
chegam em Aracaju; aumento da arrecadação
Indicadores de Fonte de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e
seguimento municipal com maior afluxo de turistas, incremento verificação Atendimento ao Turista;
dos recursos provenientes da taxa municipal de
turismo.
Relação com outras
ações quanto ao Não se aplica.
cronograma
Projeto Sim X Projeto Sim X Termo Sim Reconhecimento Sim X
Nível de avanço:
Básico Não Executivo Não Referencia Não X retroativo Não

394
INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS
AÇÃO 4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101
BÁSICOS
Objetivo Realizar a ampliação e duplicação do Trecho Aracaju-Estância, BR 101.
O Trecho Aracaju-Estância na BR 101 necessita de ampliação e duplicação para garantir maior fluidez no fluxo de visitantes, turistas e da
Justificativa
população local devido ao desenvolvimento do turismo no Estado de Sergipe.
Efeito esperado Aumento do fluxo de visitantes, turistas e da população local.
População local, empreendedores do setor do turismo e
Benefícios Desenvolvimento do turismo Beneficiáriosdos demais setores e turistas, pela divulgação da
imagem do Polo.
Ampliação e duplicação da BR 101 por meio da pavimentação em leito natural e de acostamento no trecho Aracaju-Estância, num total de
Descrição 67 km de extensão, garantindo maior fluidez e segurança no fluxo de veículos. Inclui a contratação de serviços de terraplanagem,
drenagem superficial, pavimentação, sinalização e de estudos de impacto ambiental.
Responsáveis pela
Responsáveis pela
CEHOP/ SEINFRA Implantação / Manutenção / CEHOP/ SEINFRA
Execução
Operação
Custo estimado
Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 2.834.710,00 Não se aplica
operação
Mecanismos de
Arrecadação de impostos municipais.
recuperação de custos
Normas de
licenciamento A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
ambiental exigidas
 Frequência e quantidade de
Indicadores de turistas que chegam em Aracaju; aumento Fonte de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao
seguimento da arrecadação municipal com maior verificação Turista;
afluxo de turistas.
Relação com outras
ações quanto ao Não se aplica.
cronograma
Projeto Sim X Projeto Sim X Termo Sim Reconhecimento Sim X
Nível de avanço:
Básico Não Executivo Não Referencia Não X retroativo Não

395
11.6.5. Ações Prioritárias – Componente 5 – Gestão Socioambiental

AÇÃO 5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
Identificar a capacidade de suporte do meio ambiente frente aos impactos de empreendimentos turísticos por meio do afluxo de turistas aos
Objetivo
atrativos do Polo.
Necessidade de definição de parâmetros para determinados atrativos turísticos com o objetivo de minimizar os impactos negativos dessas
Justificativa
atividades no meio ambiente
Efeito esperado Perpetuação do produto turístico; Preservação do meio ambiente.
Aumento da atividade turística sustentável; População local, empreendedores do setor do turismo e
Benefícios Beneficiários
Preservação do meio-ambiente. dos demais setores e turistas.
Elaboração de estudos de capacidade de carga para os municípios de Brejo Grande, Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy e para o Litoral
Norte do Polo Costa dos Coqueirais. Os estudos envolvem a elaboração de diagnóstico das áreas ambientalmente frágeis e dos atrativos
Descrição
turísticos atuais e potenciais, bem como o dimensionamento do fluxo de pessoas para cada atrativo e a indicação da forma de fiscalização e
controle para a garantia do uso racional do potencial turístico.
Responsáveis pela
Responsáveis
SETUR Implantação / SETUR
pela Execução
Manutenção / Operação
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 777.200,00 Custo estimado operação Não se aplica
financiamento
Mecanismos de
recuperação de Geração e desenvolvimento econômico por meio do turismo.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
Aumento do número de turistas, verificados por
Indicadores de Crescimento dos investimentos; Preservação da
Fonte de verificação meio das estatísticas setoriais e de relatórios
seguimento fauna, flora e recursos hídricos;
gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.
Relação com
outras ações
Não se aplica
quanto ao
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X

396
Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades
AÇÃO 5.2 GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
Receptoras - Diagnóstico e Plano de Ação.
Mobilizar turistas, entidades públicas e a população local, em todos os seus segmentos, a respeito da importância da preservação ambiental
Objetivo
para a manutenção da qualidade de vida e para o desenvolvimento do turismo no Polo.
Justificativa A conscientização ambiental dos usuários dos recursos naturais minimiza os impactos negativos no meio ambiente

Efeito esperado Capacitação e envolvimento de turistas, entidades públicas e população na preservação da fauna, flora e recursos hídricos.
Preservação do meio-ambiente; Melhoria da qualidade de
População local, empreendedores do setor do
Benefícios vida; Instalação de condições favoráveis ao desenvolvimento Beneficiários
turismo e dos demais setores e turistas.
turístico.
Elaboração do diagnóstico e do plano de ação identificando o público alvo e os instrumentos e estratégias para a promoção da educação
Descrição ambiental; Implementação das ações de sensibilização do turista, entidades e comunidades receptoras, visando capacitar/habilitar estes
setores sociais para uma atuação efetiva na melhoria da qualidade ambiental e de vida na região.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação
SEMARH SEMARH
pela Execução / Manutenção / Operação
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 229.400,00 Custo estimado operação Não se aplica
financiamento
Mecanismos de
recuperação de Melhoria da qualidade de vida da população.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
Preservação da flora, fauna e recursos Aumento do número de turistas, verificados por meio das estatísticas
Indicadores de
hídricos; Melhoria da qualidade de vida da Fonte de verificação setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder
seguimento
população. público.
Relação com
outras ações
Não se aplica
quanto ao
cronograma
Nível de Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
avanço: Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X

397
Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico - Elaboração e
AÇÃO 5.3 GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Norte
Redefinir parâmetros de gestão das unidades de conservação ambiental existentes no Polo. Compatibilizar as normas de gestão à utilização
Objetivo
dos atrativos turísticos existentes
A possibilidade de utilização dos recursos naturais das unidades de conservação ambiental, aliados a fatores históricos e culturais regionais,
Justificativa faz com que seu potencial gerador de visitação seja diversificado. Esta possibilidade, no entanto, está atrelada à salvaguarda das
características de tais recursos, o que se constitui no fio condutor da proposição de seu Programa de Uso Público.
Proporcionar a gestão ambiental sustentável e o correto manejo da APA do Litoral Norte como atrativo turístico, incentivar a criação de
Efeito esperado
roteiros integrados e diversificar os produtos oferecidos no Polo.
Diversificação do produto. Gestão ambiental responsável e População local, empreendedores do setor do
Benefícios Beneficiários
sustentável; desenvolvimento do turismo no Polo. turismo e dos demais setores e turistas.
Elaboração do Plano de Manejo da APA do Litoral Norte por meio do estabelecimento de diretrizes, ações e normas para fiscalização das
Descrição atividades estabelecidas na APA, tendo em vista o controle de seu aproveitamento e garantia de perenização de seus recursos e atributos
naturais;
Responsáveis Responsáveis pela Implantação / SEMARH , em parceria com os órgãos municipais de
SEMARH
pela Execução Manutenção / Operação meio ambiente
Fonte de Custo estimado
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 183.550,00 Não se aplica.
financiamento operação
Mecanismos de
recuperação de Taxa municipal de turismo, arrecadação de impostos municipais.
custos
Normas de
licenciamento
A cargo da SEMARH
ambiental
exigidas
Frequência de turistas; aumento da Sistema de Informações Municipais para a Gestão do Turismo e
Indicadores de Fonte de
arrecadação municipal com maior afluxo de Atendimento ao Turista; dados de controle financeiro – Municípios do
seguimento verificação
turistas. Litoral Norte
Relação com
outras ações
Não se aplica.
quanto ao
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X

398
AÇÃO 5.4 Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

Objetivo Prevenir a exploração sexual de crianças e adolescentes.


Com o crescimento acentuado do fluxo turístico, adicionado à mudança estrutural do perfil da demanda, onde a predominância de lazer passa
Justificativa a sobrepor a de negócios, é importante que se estabeleçam políticas públicas preventivas de combate à exploração sexual, principalmente de
crianças e adolescentes, evitando assim o erro cometido no processo de desenvolvimento turístico em outros destinos brasileiros.
Efeito esperado Desenvolvimento turístico pautado na qualidade de vida das crianças e adolescentes e da população local.
População local, empreendedores do setor do
Benefícios Melhoria da qualidade de vida da criança e adolescente. Beneficiários
turismo e dos demais setores e turistas.
Realização de campanhas permanentes para a sensibilização dos diversos segmentos sociais envolvidos com o desenvolvimento do turismo
Descrição a respeito da exploração sexual de crianças e adolescentes. Abrange a (i) discussão do projeto para a prevenção da exploração sexual pelo
turismo pelas secretarias municipais envolvidas; (ii) execução do projeto e (iii) monitoramento e avaliação.
Responsáveis Secretaria de Estado da Inclusão, Responsáveis pela Implantação Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e
pela Execução Assistência e Desenvolvimento Social. / Manutenção / Operação Desenvolvimento Social.
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 75.000,00 Custo estimado operação Não se aplica
financiamento
Mecanismos de
recuperação de Quantitativo de pessoas abrangidas pela prevenção da exploração sexual.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica.
ambiental
exigidas
 Diminuição dos índices de
Indicadores de Dados, informações do Sistema Nacional e Estadual de Promoção
exploração sexual no Estado de Fonte de verificação
seguimento Social
Sergipe
Relação com
outras ações
Não se aplica.
quanto ao
cronograma
Nível de Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
avanço: Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X

399
Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradadas -
AÇÃO 5.6 Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume
Objetivo Recuperar áreas ambientalmente frágeis ou degradadas .

Justificativa Melhoria da qualidade ambiental, especialmente dos recursos hídricos.

Efeito esperado Desenvolvimento do turismo pautado na sustentabilidade.


Preservação do meio-ambiente; Aumento das Pode público, empresários do setor turístico e
Benefícios Beneficiários
atividades turísticas sustentáveis. população local.
Elaboração e execução de plano de recuperação ambiental no Rio Betume envolvendo (i) recuperação de mata ciliar; (ii) recuperação de
Descrição nascentes,; (iii) controle de processos erosivos, (iv) sensibilização dos produtores rurais sobre vantagens e benefícios da conservação do
rio, (v) fiscalização de outorga de água, (vi) preservação da fauna e ictiofauna.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação / SEMARH , em parceria com os órgãos municipais de meio
SEMARH
pela Execução Manutenção / Operação ambiente
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 276.370,00 Custo estimado operação Não se aplica
financiamento
Mecanismos de
recuperação de Aumento da arrecadação; Melhoria da qualidade de vida da população.
custos
Normas de
licenciamento
A cargo da SEMARH
ambiental
exigidas
Aumento do número de turistas, verificados por meio das
Indicadores de Preservação da fauna, ictiofauna, flora e
Fonte de verificação estatísticas setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos
seguimento recursos hídricos,
emitidos pelo poder público.
Relação com
outras ações
Não se aplica.
quanto ao
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X

400
Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas - Elaboração da Política de
AÇÃO 5.7 Gerenciamento Costeiro do Estado e Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas
Fortalecer a capacidade de atuação e a articulação de diferentes atores do setor público e privado na gestão integrada da zona costeira.
Objetivo
Estimular atividades socioeconômicas compatíveis com o desenvolvimento sustentável da orla marítima;
Harmonizar as ações de órgãos federais e estaduais, de modo a orientar uma atuação centrada no município para a implantação do plano de
Justificativa intervenção da orla do município, que constaria de diagnóstico ambiental e socioeconômico, da elaboração de cenários de uso desejados e do
estabelecimento de ações de planejamento para alcança-los incluindo a solução dos conflitos identificados.
Efeito
Desenvolvimento do turismo pautado na sustentabilidade.
esperado
Preservação do meio-ambiente; Aumento das atividades Pode público, empresários do setor turístico e
Benefícios Beneficiários
turísticas sustentáveis. população local.
Elaboração da política de gerenciamento costeiro do Estado e de planos de gestão integrada de orlas marítimas dos municípios costeiros,
bem como o apoio à elaboração de normas ambientais para o controle e fiscalização de obras náuticas e uso em geral no intuído de disciplinar
Descrição
e orientar a utilização dos recursos naturais da zona costeira por meio de instrumentos próprios, visando à melhoria da qualidade de vida das
populações locais, à proteção dos ecossistemas, da beleza cênica e do patrimônio natural, histórico e cultural.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação /
SEMARH SEMARH
pela Execução Manutenção / Operação
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 476.550,00 Não se aplica.
financiamento Custo estimado operação
Mecanismos
de recuperação Aumento da arrecadação municipal.
de custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica.
ambiental
exigidas
Aumento do número de turistas, verificados por meio das estatísticas
Indicadores de Preservação ambiental; Melhoria da qualidade Fonte de
setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder
seguimento de vida da população. verificação
público.
Relação com
outras ações
Não se aplica
quanto ao
cronograma
Nível de Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
avanço: Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X

401
11.7. Apresentação das Ações por Município
Conforme exposto no item 11.1 neste PDITS foram identificadas as ações estratégicas capazes de contribuir na modificação do cenário atual
do Polo. Tendo por base a planilha de investimentos indicada no item 11.4 são apresentadas a seguir as ações por município. Registra-se,
mais uma vez que além destas, outras complementares poderão ser identificadas no decorrer da implementação deste PDITS.
Para a definição de pertinência e escopo de ações complementares, importa avaliar se a ação prevista está em acordo com a concepção e as
diretrizes estabelecidas neste PDITS. Cabe à Setur a responsabilidade por essa avalição.
Quadro 58: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Aracaju

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico


1.1 Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª etapa.
1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
1.6 Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.
1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equip. interativos, etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo
1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.
1.17 Revitalização e Ampliação do Atual Centro de Convenções de Aracaju
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).

402
Componente e Ação

3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos


3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.1 Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29
4.2 Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju
4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.

403
Quadro 59: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Barra dos Coqueiros

Componente e Ação
Componente 1 - Produto Turístico
1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos. interativos,
1.7
etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.
1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.
1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias

404
Componente e Ação
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8 Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.

Componente 5 - Gestão Ambiental


5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
Quadro 60: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Brejo Grande

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico


1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.

405
Componente e Ação

1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.


Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos,
1.7
etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.
1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.
1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo
1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico
1.15.1 Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico
1.15.2 Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio
1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio
1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários

406
Componente e Ação

Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do
5.3
litoral Norte)
5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte
5.3.2 Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da APA do Litoral Norte
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.

407
Quadro 61: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Estância

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico


1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equip. interativos, etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.8 Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju
1.8.1 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.
1.8.2 Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo
1.14 Concepção, Organização e Instalação de Centro de Apoio Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Ambiente
1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico
1.15.1 Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico
1.15.2 Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio
1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio
1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo

408
Componente e Ação

3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais


3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários
4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal -Passageiros e Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
4.10 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul
5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo
5.8.2 Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.

409
Quadro 62: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Indiaroba

Componente e Ação
Componente 1 - Produto Turístico
1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
1.6 Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.
1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equip. interativos, etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo
1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico
1.15.1 Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico
1.15.2 Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio
1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio
1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo

410
Componente e Ação
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
3.15
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário
4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários
4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte
4.10 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul
5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo
5.8.2 Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais

411
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
Quadro 63: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Itaporanga d’Ajuda

Componente e Ação
Componente 1 - Produto Turístico
1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equip. interativos, etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.8 Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju
1.8.1 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.
1.8.2 Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente

412
Componente e Ação
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul
5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo
5.8.2 Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.

413
Quadro 64: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Laranjeiras

Componente e Ação
Componente 1 - Produto Turístico
1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos,
1.7
etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos
1.13
Coqueirais
1.18 Apoio à Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Laranjeiras e de São Cristóvão
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de

414
Componente e Ação
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
Quadro 65: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – N. Senhora do Socorro

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico


1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos,
1.7
etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais

415
Componente e Ação

1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).


Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros

416
Componente e Ação

Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
Quadro 66: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Pacatuba

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico


1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equip, interativos, etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.
1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.
1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo
1.14 Concepção, Organização e Instalação de Centro de Apoio Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Ambiente
1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico
1.15.1 Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico
1.15.2 Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio
1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio
1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing

417
Componente e Ação

2.2 Monitoramento do Plano de Marketing


2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários
4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água
4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal - Passageiros e Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do
5.3
litoral Norte)
5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte
5.3.2 Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da APA do Litoral Norte
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais

418
Componente e Ação

Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de planos de proteção e
5.6
recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.9 Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
Quadro 67: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Pirambu

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico


1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos,
1.7
etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.
1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.
1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos

419
Componente e Ação

Coqueirais
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado

420
Componente e Ação

5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros


Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.9 Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
Quadro 68: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Santo Amaro das Brotas

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico


1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos,
1.7
etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.
1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.
Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos
1.13
Coqueirais
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing

421
Componente e Ação

2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing


2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.

422
Quadro 69: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – São Cristóvão

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico


1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos,
1.7
etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos
1.13
Coqueirais
1.18 Apoio à Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Laranjeiras e de São Cristóvão
1.19 Revitalização e Reforma do Atracadouro do Rio Vaza Barris
1.20 Requalificação do Cristo Redentor de São Cristóvão
1.21 Revitalização e Requalificação da Bica de São Cristóvão
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos

423
Componente e Ação

3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
Quadro 70: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Santa Luzia do Itanhy

Componente e Ação

Componente 1 - Produto Turístico


1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística

424
Componente e Ação

1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos,
1.7
etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.8 Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju
1.8.1 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.
1.8.2 Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos
1.13
Coqueirais
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário
4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água

425
Componente e Ação

Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
4.11 Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Luzia do Itanhy ao Povoado de Crasto
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul
5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo
5.8.2 Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.

426
11.8. Marco de Resultados das Ações Priorizadas para os 18 Meses Iniciais de Implantação do PDITS
A seguir é apresentado o marco de resultados das ações priorizadas para os primeiros dezoito meses de financiamento do Prodetur Nacional:
Quadro 71: Marco de Resultados para as Ações Priorizadas
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA

Componente 1 – Produto Turístico


1.1 Complementação da Sinalização Sinalização Turística deficiente e Necessidade de complementação Implantação e melhoria da
Turística da Cidade de Aracaju - 4ª dificuldade por parte de turistas e da sinalização turística da cidade sinalização turística da cidade de
etapa. sergipanos quanto à orientação espacial de Aracaju, de modo a tornar Aracaju, em sua 4ª. etapa,
e acesso aos atrativos / equipamentos possível a orientação e o complementando investimentos
turísticos, bem como a logradouros e direcionamento de turistas e anteriores.
avenidas em Aracaju. residentes aos atrativos /
equipamentos turísticos, bem
como a logradouros e avenidas
em Aracaju.

Os investimentos em infraestrutura Projeto Executivo de Sinalização


1.2 Elaboração de Projeto e Execução Necessidade de projeto de
rodoviária realizados pelos governos Viária Indicativa e Interpretativa
da Sinalização Viária Indicativa e Sinalização Viária Indicativa e
federal (duplicação da BR 101) e estadual do Polo Costa dos Coqueirais e
Interpretativa para Destinos Interpretativa do Polo Costa dos
(melhoria da Rota do Sertão, que dá implantação de placas indicativas
Turísticos Coqueirais, de modo a otimizar a
acesso ao Polo Velho Chico) não foram e interpretativas dos atrativos
atual estrutura de deslocamento
acompanhados de sinalização turística turísticos dos municípios
aos principais atrativos e roteiros
adequada, o que, no caso do Estado de integrantes do Polo.
turísticos do Estado, feitos
Sergipe, constitui um ponto de exclusivamente por meio
estrangulamento para o aumento da rodoviário.
competitividade do turismo, já que mais
de 50% do fluxo é proveniente do
mercado intra-regional, principalmente
dos Estados da Bahia, Alagoas e
Pernambuco.

427
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA

1.3 Execução do Plano de Evidências, obtidas por meio do Plano de O quantitativo e a qualificação Elaboração de Diagnóstico e de
Capacitação Profissional para o Desenvolvimento Territorial Participativo – dos profissionais que atuam no Plano de Capacitação Profissional
Turismo e de Programas de PDTP, da insuficiência e da pouca mercado do turismo, bem como a em Turismo do Estado de Sergipe
Capacitação Empresarial. qualificação dos profissionais que atuam capacitação e o envolvimento dos - em fase de conclusão, com
nos diversos segmentos da cadeia do empreendedores do setor recursos aportados pelo MTur.
turismo, bem como da necessidade de impactam diretamente o grau de
despertar e capacitar empreendedores satisfação dos turistas quanto à
para o mercado do turismo no Polo. qualidade dos serviços prestados. Execução do Plano de
Capacitação Profissional em
Turismo do Estado de Sergipe,
previsto para cinco anos,
abrangendo todos os municípios
do Polo Costa dos Coqueirais e
outros pertencentes ao Polo
Velho Chico e outras áreas do
Estado.

1.6 Revitalização do Complexo Apesar de sua importância histórica e Necessidade de recuperar Reforma de toda área do Centro
Turístico de Aracaju – SE, turística, o Centro de Turismo de Aracaju equipamento turístico, histórico, de Turismo (boxes de
compreendendo inclusive o enfrenta problemas sérios de cultural e de comercialização de comercialização de artesanato),
Museu do Artesanato e o Centro manutenção, principalmente no que diz artesanato, que integra o Museu do artesanato e Centro de
de Informações Turísticas. respeito à rede elétrica e ao telhado, complexo de intervenções no Informação Turística.
oferecendo risco a comerciantes, centro histórico de Aracaju,
empregados e visitantes do local, ampliando a oferta de atrativos
comprometendo o andamento das histórico-culturais.
atividades de visitação e comercialização,
principalmente em períodos chuvosos.

1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Inexistência de roteiros integrados de Necessidade de elaborar Levantamento e análise do
Históricos e Culturais atrativos histórico-culturais e constatação estratégia de roteiros e produtos potencial histórico cultural dos
da precariedade dos museus presentes históricos e culturais, e de municípios de São Cristóvão e
nas cidades históricas do Polo Costa dos adequar / modernizar os museus Laranjeiras; análise de mercado
Coqueirais. existentes nos municípios de São para o segmento de turismo
Cristóvão e Laranjeiras. histórico-cultural; identificação
dos possíveis impactos

428
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA
socioculturais, ambientais e
econômicos; elaboração de
roteiro específico para o
segmento histórico cultural;
adequação e modernização dos
museus dos municípios de São
Cristóvão e Laranjeiras,
contemplando: estruturação e
implantação da sinalização
interpretativa e aquisição de
equipamentos interativos.

1.8 Elaboração de Projetos de Inadequação urbanística das praias do Necessidade de adequação Projeto de Adequação Urbanística
Adequação Urbanística das Praias Litoral Sul de Aracaju. urbanística das praias do Litoral das Praias do Litoral Sul de
do Litoral Sul de Aracaju Sul de Aracaju. Aracaju

1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Necessidade de melhorar a


Construção de Orlas e
Roteiros Turísticos Fluviais e Inexistência e/ou precariedade de orlas e infraestrutura local de apoio ao
Atracadouros nos principais
Náuticos, no Rio São Francisco e atracadouros nos principais municípios turismo possibilitando passeios
municípios com capacidade de
Costa Marítima Atendida pelo com capacidade de desenvolver roteiros turísticos pelos rios da região
desenvolver roteiros náuticos do
Programa. náuticos do Polo. favorecendo o aumento do fluxo
Polo.
turístico.
1.11 Elaboração de Estudo de Elaborar projeto básico e
Viabilidade Turística da Rota executivo, no sentido de dotar a
Paisagística Litoral Norte. Rota de atratividades (portais de
acesso, mirantes, serviços de
informações, sinalização Realização de audiência p blica
Geração de impactos socioambientais interpretativa e padronização dos junto ao trade e comunidade em
advindos da implantação da Rota acessos aos empreendimentos geral do Polo, no sentido de
Paisagística Litoral Norte. ao longo do trecho transformando eleger a referida rota como
a rota em produto turístico, corredor turístico.
favorecendo a consolidação de
roteiros no Norte do Polo).

429
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA

Componente 2 - Comercialização

2.1 Execução do Plano de Marketing A execução e o monitoramento


contínuo do Plano Estadual de
Monitoramento do Plano de Marketing constituem ações
2.2 Potencial de desenvolvimento do turismo indispensáveis para identificar e Execução e monitoramento do
Marketing
sustentável no Estado de Sergipe exige direcionar as ações de Plano Estadual de Marketing (já
ações objetivas e continuadas de desenvolvimento do turismo para elaborado), atendendo as
marketing, em busca de atrair novos os mercados emissores características e especificidades
negócios na área, aumentar e direcionar prioritários. do turismo no Estado, de acordo
o fluxo turístico, divulgar os atrativos com os produtos prioritários e
Revisão, Reajuste e atuais e potenciais e fortalecer a imagem- A revisão periódica do Plano mercados-meta identificados.
2.3 Complementação do Plano de identidade do turismo. Estadual de Marketing é exigida Revisão do Plano quando
Marketing para que as estratégias e ações necessário.
nele previstas se adequem à
dinâmica de desenvolvimento do
turismo prevista para Sergipe.

Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos

Realização de obra para o


desmonte do morro indicado,
O pouso e a decolagem de localizado na cabeceira 29 do
Desmonte do Morro da Piçarra para Comprimento insuficiente da pista do
aeronaves de maior porte no Aeroporto Santa Maria. As obras
viabilizar a ampliação da pista de aeroporto Santa Maria em Aracaju, não
4.1 Aeroporto Santa Maria é fator incluem a demolição e a remoção
pouso e decolagem (PPD) cabeceira permitindo o pouso e a decolagem de
decisivo para o aumento do fluxo de um reservatório de água da
29 aeronaves de maior porte.
de turistas no Estado de Sergipe. DESO, serviços de
terraplenagem, drenagem pluvial
e proteção vegetal.

Projetos Executivos e Terminal de passageiros do Aeroporto de Para ampliar a capacidade de Realização de obra para a
Complementares para Ampliação da Aracaju com pouca oferta de serviços e recebimento de turistas no ampliação do terminal de
4.2 Pista e para Construção do Novo de conforto aos turistas; as instalações aeroporto de Aracaju é passageiros do Aeroporto de
Terminal de Passageiros do não são adaptadas para pessoas com necessário a adequação do Aracaju.
Aeroporto de Aracaju restrição de mobilidade. terminal existente aos novos
padrões de segurança, conforto e

430
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA
acessibilidade.
Inadequação do trecho da BR 101 no
Ampliação e duplicação do
Estado de Sergipe compreendido entre
O aumento do fluxo de turistas e Trecho Aracaju-Estância da BR
Aracaju e Estância para dar vazão ao
tráfego existente, incrementado pela o desenvolvimento crescente do 101. Abrange a contratação de
atividade turística típica da região, sem turismo no Estado de Sergipe serviços de terraplenagem,
Ampliação e duplicação da Rodovia
4.3 drenagem superficial,
BR-101 apresentar as condições desejadas de exigem melhores condições de
fluidez e segurança necessita de trafegabilidade do trecho pavimentação, sinalização e de
ampliação e duplicação para possibilitar rodoviário citado. estudos de impacto ambiental.
uma melhoria no fluxo de visitantes,
turistas e da população.
Componente 5 – Gestão Socioambiental
Necessidade de definição de
parâmetros para determinados
Avaliação de Limites de Mudanças
atrativos turísticos com o objetivo Elaboração de estudos de
5.1 Aceitáveis em Áreas Turísticas Uso indiscriminado dos atrativos turísticos
de minimizar os impactos capacidade de carga dos atrativos
Críticas
negativos dessas atividades no
meio ambiente
Educação e Sensibilização
Falta de conhecimento a respeito de A conscientização ambiental dos Criação de planos e programas
Ambiental do Turista, Entidades
práticas ambientalmente coerentes por usuários dos recursos naturais voltados para a educação
5.2 Públicas e Privadas e Comunidades
parte da população, turistas e entidades minimiza os impactos negativos ambiental para todos os grupos
Receptoras – Diagnóstico e Plano
públicas e privadas. no meio ambiente de usuários
de Ação
A possibilidade de utilização dos
Manejo e Proteção Ambiental da recursos naturais das Unidades
Unidade de Conservação com Uso de Conservação Ambiental,
Turístico - Elaboração do Plano de Uso indiscriminado dos recursos naturais aliados a fatores históricos e
culturais regionais, faz com que Elaboração do Plano de Manejo
5.3 Manejo da APA do Litoral Norte e da APA e falta de estruturação de alguns
seu potencial gerador de visitação da APA do litoral Norte
Implementação das Ações atrativos turísticos
Prioritárias de Infraestrutura Física seja diversificado. Esta
da APA do Litoral Norte possibilidade, no entanto, está
atrelada à salvaguarda das
características de tais recursos, o

431
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA
que se constitui no fio condutor
da proposição de seu Programa
de Uso Público.
Com o crescimento acentuado do
fluxo turístico, adicionado à
mudança estrutural do perfil da
demanda, onde a predominância
Realizar campanhas permanentes
Os municípios selecionados para a de lazer passa a sobrepor a de
de sensibilização junto aos
realização das campanhas de negócios, é importante que se
diversos setores da sociedade
Apoio à Prevenção e Incremento da sensibilização representam os principais estabeleçam políticas públicas
5.4 (comunidade, governo e trade
Exploração Sexual pelo Turismo roteiros turísticos do Estado, além de preventivas de combate à
turístico), para o enfrentamento a
serem municípios sede para os demais exploração sexual, principalmente
exploração sexual de crianças e
municípios dos Polos. de crianças e adolescentes,
adolescentes.
evitando assim o erro cometido
no processo de desenvolvimento
turístico em outros destinos
brasileiros.
Uso indiscriminado dos recursos naturais,
a alteração da disponibilidade e qualidade
Restauração Ecológica e da água, assoreamento de rios e riachos,
Paisagística de áreas turísticas de desbarrancamento das margens, os • Recuperação de Mata Ciliar;
alto valor natural e degradadas - processos erosivos, diminuição da • Recuperação de Nascentes;
infiltração de águas no solo, gerando Melhoramento da qualidade
Elaboração e Execução de planos
5.6 prejuízos no fluxo e vazão de águas nos ambiental, especialmente dos • Controle de processos erosivos;
de proteção e recuperação de áreas
rios, falta de cobertura vegetal nas Áreas recursos hídricos.
ambientais frágeis ou degradadas e • Conscientização de produtores
elaboração de estudos ambientais - de Preservação Permanente afetando a rurais;
Rio Betume qualidade e quantidade dos corpos
d’água.

Gerenciamento Costeiro e Forte pressão na zona costeira Harmonizar as ações de órgãos  Elaboração da Política
Qualidade Ambiental de Praias proveniente de atividades produtivas, de federais e estaduais, de modo a Estadual de Gerenciamento
5.7 Turísticas - Elaboração da Política transporte, do setor petrolífero, de orientar uma atuação centrada no Costeiro;
de Gerenciamento Costeiro do recreação e de serviços (com destaque município para a implantação do  Caracterização paisagística
Estado e Apoio à Elaboração de para o turismo); a orla manifesta-se como plano de intervenção da orla do e socioambiental de orlas

432
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA
Normas Ambientais e Treinamento espaço de multiuso sujeito a sérios município, que constaria de marítimas municipais para o
para o Controle e Fiscalização de conflitos sociais de uso e ocupação. diagnóstico ambiental e ordenamento territorial e
Obras Náuticas socioeconômico, da elaboração turístico;
de cenários de uso desejados e  Elaboração de normas
do estabelecimento de ações de ambientais para o
planejamento para alcança-los licenciamento e fiscalização
incluindo a solução dos conflitos de obras náuticas
identificados.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

433
12. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DAS AÇOES
PREVISTAS

Neste item foram considerados os impactos estratégicos da implementação das ações


de infraestrutura e meio ambiente no âmbito do PDITS sobre a qualidade de vida da
população, incluindo os aspectos sociais, ambientais e econômicos com o
desenvolvimento do turismo.
12.1. Avaliação preliminar dos impactos socioambientais (positivos,
negativos e ações mitigadoras).

Foram avaliados os projetos/ações definidos pelo Prodetur considerando os possíveis


impactos e as medidas de mitigação para minimizar os impactos negativos e/ou
ampliar os impactos positivos dos projetos prioritários do PDITS.
Os programas/ações foram agrupadas de acordo com o tema principal, sendo
separadas nos seguintes grupos:
 Infraestrutura aeroportuária;
 Infraestrutura rodoviária;
 Infraestrutura de saneamento ambiental – esgoto;
 Infraestrutura de saneamento ambiental – água;
 Transporte público;
 Obras urbanas;
 Áreas turísticas ;
 Educação ambiental;
 Gestão ambiental;
 Exploração sexual pelo turismo;
 Gerenciamento costeiro.

434
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA
Ações 4.1 e 4.2
 Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29
 Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju
 Ampliação do número de aviões de grande porte  Impactos ambientais decorrentes da  Inclusão dos projetos ambientais nas licitações e
 Aumento do número de turistas implantação das obras, como: erosão, contratos;
 Criação de postos de trabalho na construção sedimentação, destruição de habitats,  Implantação das boas práticas para construção;
das obras necessárias para o projeto desmatamento, poluição sonora e atmosférica  Acompanhamento e supervisão das obras;
 Aumento da qualidade dos serviços prestados (particulados).  Priorização de mão-de-obra local quando
aos turistas. possível;
 Aumento na arrecadação de impostos  Exigência de EIA/RIMA e licenciamento
ambiental;

INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA
Ações 4.3, 4.9, 4.10 e 4.11
 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101
 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte
 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476 – Sede Municipal de Estância ao Litoral
 Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Luzia do Itanhy ao Povoado de Crasto
 Ampliação do número de moradores atendidos  Pagamento do ônus pela população residente  Inclusão dos projetos ambientais nas licitações e
pela infraestrutura  Expansão desordenada da atividade e do fluxo contratos;
 Aumento na interligação das áreas de turistas impulsionada pela maior oferta de  Implantação das boas práticas para construção;
 Aumento da permeabilidade da região do Polo infraestrutura em locais de fragilidade ambiental  Acompanhamento e supervisão das obras;

 Melhoria no acesso a atrativos turísticos  Impactos ambientais decorrentes da  ;


 Aumento no fluxo de turistas implantação das obras, como: erosão,  Priorização de mão-de-obra local quando
 Melhoria da qualidade de vida da população sedimentação, destruição de habitats, possível;
local desmatamento, poluição sonora e atmosférica  Exigência de EIA/RIMA e licenciamento
 Criação de postos de trabalho na construção (particulados). ambiental;

435
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
das obras necessárias para o projeto  impermeabilização do solo, reduzindo a
 Aumento da qualidade dos serviços prestados infiltração diminuindo a recarga dos aquíferos.
aos turistas.  Aumento da demanda por materiais de
 Aumento na arrecadação de impostos construção gerando impacto ambiental, pois, em
geral, os materiais são oriundos de dragagem
de rios (areias fina e grossa), várzeas de
córregos e veredas (principalmente as argilas)
pedreiras (brita e demais agregados), causando
degradação das áreas de empréstimo
INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - ESGOTO
Ações 4.4 e 4.5
 Implantação de sistema de esgotamento de esgoto sanitário e Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários
 Melhoria na qualidade do corpo receptor  Degradação da qualidade das águas superficiais  Fortalecimento da gestão da companhia de
e subterrâneas por falta de operação adequada esgoto
 Melhoria da qualidade ambiental e qualidade de da ETE  Desenho adequado do sistema de tratamento
vida da população local
 Degradação ambiental devido ao continuado uso  Caracterização e monitoramento da qualidade
 Criação de postos de trabalho na construção de fossas negras devido a falta de fiscalização; do efluente, do corpo receptor e das águas
das obras tratadas
 Impactos ambientais decorrentes da
 Aumento da eficiência necessária para coletar e  Elaboração de Plano Básico Ambiental e
implantação das obras, como: erosão,
tratar adequadamente todo o esgoto produzido Projetos Executivos Ambientais
sedimentação, destruição de habitat,
no município, inclusive nos períodos de alta desmatamento, poluição sonora e atmosférica  Fiscalização para verificação das ligações à
temporada. (particulados) rede de esgoto
 Aumento do número de pessoas atendidas pelo  Programas de educação ambiental com objetivo
serviço de saneamento principalmente em áreas de incentivar a ligação das casas à rede de
residenciais esgoto
 Minimização do risco de contaminação das  Prestar apoio às famílias de baixa renda sem
águas superficiais e subterrâneas devido ao recursos para conectar à rede ou sem banheiros
esgoto não tratado ou a infiltração por meio de em casa
fossas negras  Acompanhamento e supervisão das obras

436
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
 Minimização da incidência de doenças de  Respeito aos Planos Diretores Municipais
veiculação hídrica
 Priorização de mão-de-obra local quando
 Compatibilização da capacidade de coleta e possível
tratamento do esgotamento sanitário ao grande  Exigência de estudos de impacto ambiental e
fluxo de turistas especialmente em época de licenciamento ambiental
temporada.
 Melhor gestão da ETE por parte do município
 Aumento na arrecadação de impostos e taxa de  Exigência de EIA/RIMA e licenciamento
turismo. ambiental.
 Elaboração de plano diretor de drenagem
urbana;
 Controle efetivo e fiscalização da expansão
urbana e de empreendimentos imobiliários;

437
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - ÁGUA
Ação 4.6
Ampliação da rede de abastecimento de água
 Ampliação do número de moradores atendidos  Comprometimento da qualidade de água devido  Estudos de viabilidade de aumento da
 Aumento na disponibilidade de água para a à operação inadequada ou insuficiente da ETA quantidade de água na ETA;
população residente e flutuante  Degradação do manancial de água caso a sua  Estudos ambientais adequados para seleção do
 Melhoria da qualidade de vida da população exploração não seja bem planejada manancial a ser explorado (seja superficial ou
local  Pagamento do ônus pela população residente subterrâneo);
 Criação de postos de trabalho na construção  Impactos ambientais decorrentes da  Monitoramento da qualidade e quantidade de
das obras necessárias para o projeto implantação das obras, como: erosão, água dos mananciais;
 Diminuição dos efeitos negativos do grande sedimentação, destruição de habitats,  Inclusão dos projetos ambientais nas licitações e
número de turistas sobre a população local. desmatamento, poluição sonora e atmosférica contratos;
 Aumento da qualidade dos serviços prestados (particulados).  Identificação da possibilidade do ônus das obras
aos turistas. de ampliação ter peso diferente para os
 Melhoria na qualidade da água distribuída empreendedores do setor de turismo e
 Aumento na arrecadação de impostos e taxa de população local residente;
turismo.  Planejamento e elaboração de estudo referente
à capacidade de reservação, evitando
interrupções no fornecimento de água;
 Fortalecimento da gestão da companhia de
água;
 Programas de educação ambiental com projetos
que incentivem o uso racional da água, sistemas
de reuso nos hotéis, resorts e parques
aquáticos, redução de perdas de água,
melhorias no sistema de gestão dos serviços,...;
 Implantação das boas práticas para construção;
 Respeito aos Planos Diretores Municipais;
 Ampla consulta pública para construção das
obras;
 Priorização de mão-de-obra local quando

438
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
possível;
 Exigência de EIA/RIMA e licenciamento
ambiental;
 Elaboração e implementação do Plano Diretor
de Recursos hídricos.

TRANSPORTE PÚBLICO
Ação 4.7
 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de Turistas
 Melhoria de acesso aos municípios do Polo  Aumento do movimento de ônibus e carros  Respeito ao Plano Diretor Municipal de
pelos usuários (turistas e população local)  Aumento da poluição sonora e atmosférica ordenamento territorial
 Melhoria da segurança no transporte  Melhoria na sinalização principalmente para
 Integração dos municípios do Polo pedestres
 Projetos de educação no trânsito para pedestres
e motoristas
 Estudos de minimização de impacto ambiental
sonoro e atmosférico adequados
 Incentivo a roteiros turísticos integrados;
 Aumento da propaganda turística da região
como um todo

439
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
OBRAS URBANAS
Ação 4.8
 Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
 Criação de ambientes urbanos agradáveis e  Marginalização de populações locais por falta de  Campanhas de incentivo à população local para
propícios ao convívio e atividades de lazer para acesso aos benefícios utilização dos ambientes urbanos
a população local e para os turistas.  impermeabilização do solo, reduzindo a  Estudos sobre as medidas adequadas de
 Aumento do gasto médio diário do turista; infiltração diminuindo a recarga dos aqüíferos, contenção de fluxo canalizado sobre a superfície
 Aumento da permanência do turista; além de causar problemas aos recursos hídricos (Plano Diretor de Drenagem Urbana)
 Aumento na oferta de trabalho com as obras. superficiais com aumento do excedente hídrico  Implantação dos instrumentos de planejamento
 Melhoria na qualidade de vida da população pluvial como Planos Diretores Municipais, Planos de
local  problemas de erosão e assoreamento devido ao Manejo e Gestão etc, além do planejamento
 Melhorias na acessibilidade dos ambientes aumento do escoamento superficial adequado para os serviços de saneamento e
urbanos, pela adequação e recuperação de  aumento de particulados na atmosfera lançadas escoamento de águas pluviais;
calçamentos, mobiliário urbano e paisagismo. pelos ventos e pelo aumento dos gases de  Incentivo à instalação de comércio para atender
 Aumento do número e mobilidade dos turistas queima de combustíveis fósseis, que ocorre a demanda do turista;
dentro das áreas urbanas; principalmente com o aumento do fluxo de  Capacitação profissional da população local
 Incremento do comércio local devido à melhor turistas e com as novas incorporações aumentando as oportunidades de emprego no
utilização turística das áreas urbanas. imobiliárias. setor turístico;
 Melhoria na qualidade dos produtos turísticos  Aumento da imigração por pessoas procurando  Priorização de mão-de-obra local quando
 Melhoria no ordenamento dos atrativos turísticos trabalho com aumento das demandas para possível.
 Enquadramento dos municípios nos padrões serviços urbanos.  Planejamento adequado para os serviços de
estabelecidos para a sinalização turística.  Pressão sobre o trânsito urbano, intensificado saneamento e resíduos sólidos.
 Facilitação e ampliação do acesso ao mercado nos períodos de temporada de turismo e em  Campanhas de conscientização ambiental
turístico, criando condições para recepção feriados nacionais ou finais de semanas voltadas para os empreendedores e turistas
destes turistas. prolongados por feriados.  Capacitação profissional para a população local
 Incremento da receita proveniente da atividade  Transtornos à população local devido a grande para aumento das oportunidades de emprego no
turística. demanda sobre a infraestrutura básica (água, setor turístico.
 Aumento da satisfação do turista em relação ao esgoto, energia, trânsito etc) ocasionada pelo  Priorização de mão-de-obra local quando
ambiente urbano e à localização e acesso aos aumento do número de turistas - risco de possível
atrativos devido à facilidade de orientação. colapso dos sistemas

440
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
 Incremento do comércio local devido à melhor  Aumento da população em função da imigração
utilização turística das áreas urbanas. por pessoas em busca de trabalho e
consequente aumento das demandas para
serviços urbanos.

ÁREAS TURÍSTICAS CRÍTICAS


Ação 5.1
 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas
 Melhoria da qualidade ambiental das áreas  Restrição ao número de visitantes  Exigência de EIA/RIMA e licenciamento
turísticas ambiental;
 Maior oferta de atrativos turísticos  Programas de educação ambiental com projetos
 Geração de emprego e renda para a população que incentivem o uso racional das áreas
local turísticas;
 Minimização dos impactos causados pelo fluxo  Respeito aos Planos Diretores Municipais e
turístico demais planos;
 Melhoria no atendimento e serviços de melhor  Controle efetivo e fiscalização das áreas
qualidade ao turista. turísticas;
 Maior satisfação do turista  Elaboração e implementação do Plano Diretor
de Turismo.

441
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Ação 5.2
 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras
 Melhoria da qualidade ambiental dos locais  Engessamento dos programas em normas;  Elaboração de campanhas educativas
turísticos direcionadas ao Turista, Entidades Públicas e
 Aumento do nível de satisfação dos turistas. Privadas e Comunidades Receptoras
 Criação de planos que englobam pressupostos  Criação de cursos e oficinas de educação
ambientais ambiental para os públicos específicos
 Conscientização dos atores quanto seu papel na  Trabalhar o tema nas escolas
preservação do meio ambiente  Considerar a Política Nacional de Educação
 Aumento do número de turistas em decorrência Ambiental nos projetos
da melhoria da qualidade ambiental dos  Criação de campanhas de educação ambiental
atrativos em todos os setores
 Melhoria da qualidade de vida da população
local
GESTÃO AMBIENTAL
Ações 5.3, 5.5, 5.6, 5.7, 5.8, 5.9 e 5.10
 Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do litoral
Norte)
 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos e Elaboração e Implantação do Plano Estadual de Recursos Hídricos
 Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de planos de proteção e
recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume
 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul
 Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel
 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco

442
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou
potencializar os impactos positivos
 Definição de atores e respectivas  Confusão de papéis comprometendo  Definição de papéis na gestão por meio da
responsabilidades na gestão. principalmente a gestão das unidades de criação de um comitê de bacia hidrográfica com
 Incentivo a práticas de conservação do solo, conservação (inclusive no que diz respeito ao participação equiparada de representantes de
mapeamento de solo segundo as classes de licenciamento ambiental de atividades dentro todos os setores de todos os municípios que
capacidade de uso, utilização de sistemas das unidades de conservação) contém as unidades de conservação
agroflorestais e preservação dos recursos  Problemas ambientais causados pela falta de  Valorização das praticas de produção
naturais, evitando problemas ambientais em informação nas áreas rurais e urbanas sustentável por meio de programas de
pequena e grande escala  Falta de articulação entre os municípios treinamento e formação nas áreas rurais,
 Regulação do uso da água da bacia hidrográfica  Ausência ou falta de participação da sociedade prolongando a cadeia econômica/produtiva do
 Definição de instrumentos e diretrizes para civil na prática da gestão das unidades de turismo;
ordenar ações, organizados e integrados dentro conservação  Elaboração de programas de educação
de um plano envolvendo todos os municípios ambiental
que contém as unidades de conservação.  Aumento na capacidade de fiscalização (pessoal
 Melhoria da qualidade ambiental nas áreas e instrumentos legais) por parte dos municípios
urbanas e rurais  Incentivo a manutenção e reuniões periódicas
 Oportunidade de compatibilização das normas dos comitês de bacia hidrográfica
de gestão à utilização dos atrativos turísticos  Efetiva participação de todos os atores
existentes. (governamentais e não governamentais)
 Estímulo a uma gestão sustentável da bacia envolvidos no processo.
hidrográfica e, consequentemente, do Polo;  Adoção das normas técnicas vigentes e respeito
 Oferta de atrativos naturais de melhor qualidade; à legislação ambiental pertinente;
 Aumento na arrecadação de impostos e taxa de  Implantação de processo participativo no
turismo. planejamento;
 Melhoria das condições de controle e gestão  Programas e campanhas de conscientização e
ambiental das unidades de conservação como educação ambiental;
um todo  Efetiva coordenação da SEMARH – Secretaria
 Proteção e restauração de ecossistemas frágeis de Estado de Meio Ambiente e Recursos
no interior das unidades de conservação Hídricos do Estado de Sergipe, além das
 Aumento na conscientização ambiental dos secretarias municipais de meio ambiente na
usuários e residentes no entorno e no interior elaboração dos Planos de Manejo.
das unidades de conservação
 Incentivo à utilização das unidades de

443
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou
potencializar os impactos positivos
conservação para atividades de ecoturismo
 Participação efetiva das prefeituras dos
municípios nos assuntos relacionados às
unidades de conservação
 Definição de parâmetros de utilização e gestão
das unidades de conservação.
 Compatibilização das normas de gestão à
utilização das unidades de conservação como
atrativos turísticos.
 Oportunidade de diversificação do produto
turístico do Polo, por meio da integração das
unidades de conservação a roteiros integrados
 Gestão responsável e sustentável das unidades
de conservação;
 Geração de empregos para guias de turismo
ecológico dentro das unidades de conservação;
 Qualificação do produto turístico ofertado.
EXPLORAÇÃO SEXUAL PELO TURISMO
Ação 5.4
Apoio à Prevenção da Exploração Sexual pelo Turismo
 Conscientização da população local, turistas e  Aumento do número de pessoas  Criação de oportunidades de emprego para as
empresários a respeito do tema; desempregadas por falta de absorção no pessoas que trabalham nessa atividade
 Diminuição da exploração sexual pelo turismo mercado de trabalho devido à falta de  Campanhas de conscientização da população
 Diminuição da oferta de trabalho nessa atividade qualificação profissional local e dos turistas
 Criação de grupos de apoio a pessoas que
trabalham nessa atividade para reinserção no
mercado
 Oferta de cursos profissionalizantes por parte do
governo a pessoas inseridas nessa atividade

444
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou
potencializar os impactos positivos
GERENCIAMENTO COSTEIRO
Ação 5.7
 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
 Melhoria do atendimento aos turistas que  Divergência entre os municípios quanto aos  Interação entre os municípios;
visitam o litoral do Polo; parâmetros;  Melhoria da fiscalização das praias;
 Melhoria da gestão do turismo,  Programas de educação ambiental de turistas e
 Melhoria da qualidade ambiental das praias; população (usuários em geral)
 Aumento do nível de satisfação dos turistas.  Elaboração/efetivação do Plano Estadual de
 Aumento do número de turistas; Gerenciamento Costeiro

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

445
12.2. Impactos socioambientais cumulativos do conjunto de atividades e
projetos a serem desenvolvidos e seus efeitos sobre a qualidade de vida da
população
A degradação dos recursos naturais pode comprometer a sustentabilidade da atividade
turística, portanto é importante que o seu desenvolvimento ocorra de forma responsável e
planejada. Algumas das ações propostas não necessariamente causam grande impacto
socioambiental individualmente, mas em conjunto com outras resultam em uma mudança
significativa na qualidade de vida da população, como, por exemplo, as ações
relacionadas à infraestrutura básica e gestão institucional.
Em um contexto geral, pode-se observar, com base nos possíveis impactos positivos e
negativos descritos anteriormente, que os impactos cumulativos do conjunto de
atividades a serem desenvolvidos, especialmente no que diz respeito aos negativos,
apresentam possibilidade de causar degradação dos recursos naturais ou ameaçar a
sustentabilidade ambiental das atividades turísticas com o aumento da atividade turística.
Esses impactos permeiam todas as ações/projetos e podem ser resumidos por:
 Impactos ambientais decorrentes da implantação das obras, como erosão,
sedimentação, destruição de habitats, desmatamento, poluição sonora e
atmosférica (particulados);
 Pagamento do ônus pela população residente;
 Marginalização de populações locais por falta de acesso aos benefícios;
 Transtornos à população local devido a grande demanda sobre a infraestrutura
básica (água, esgoto, energia, trânsito etc) ocasionada pelo aumento do número
de turistas - risco de colapso dos sistemas.

No que diz respeito à avaliação dos efeitos da implementação do plano sobre a qualidade
de vida e as características culturais da população local e dos benefícios sociais que
possam ser auferidos com o desenvolvimento do turismo, além dos aspectos negativos
associados ao turismo descritos anteriormente, alguns pontos positivos devem ser
enfatizados, são eles:
 Criação de postos de trabalho na construção das obras necessárias para o
projeto;
 Ampliação do número de moradores atendidos pela infraestrutura proveniente do
aumento da atividade turística;
 Aumento na interligação entre os municípios do Polo, principalmente pela
melhoria das condições de infraestrutura viária;
 Melhoria da qualidade ambiental com a melhoria do saneamento ambiental,
educação ambiental, qualidade ambiental das praias, entre outros;
 Minimização da incidência de doenças de veiculação hídrica;
 Aumento na disponibilidade de água para a população residente e flutuante;
 Melhoria na qualidade da água distribuída;
 Criação de ambientes urbanos agradáveis e propícios ao convívio e atividades de
lazer para a população local e para os turistas;
 Incremento do comércio local devido à melhor utilização turística das áreas
urbanas;
 Melhoria da qualidade ambiental das áreas turísticas;

446
 Incentivo à utilização das unidades de conservação para atividades de
ecoturismo.

12.3. Outros impactos estratégicos da implantação do plano na área dos


recursos naturais
Outros impactos estratégicos da implantação do plano especificamente relacionados à
análise dos recursos naturais podem ser minimizados, em sua maioria, a uma melhor
gestão por parte dos governantes (por meio de incentivos e financiamentos de projetos e
planos), a conscientização ambiental e social dos empreendedores de turismo e da
população local e flutuante, além da participação comunitária para que o polo atravesse
um processo de desenvolvimento ambientalmente e socialmente sustentável. Em
resumo, essas ações englobam, entre outras:
• Programas de educação ambiental e conscientização da população e dos
empreendedores sobre a importância do planejamento integrado e participativo;
• Planejamento e elaboração de estudos (ambientais, sociais e econômicos)
adequados para implementação das ações propostas;
• Implantação de boas práticas para construção, acompanhamento e supervisão das
obras necessárias;
• Respeito aos Planos Diretores Municipais e demais instrumentos de gestão do
território;
• Ampla consulta pública;
• Estudo para identificação da possibilidade do ônus das obras de ampliação dos
sistemas de saneamento ambiental e energia elétrica ter peso diferente para os
empreendedores do setor de turismo e população local residente;
• Adoção das normas técnicas;
• Respeito à legislação vigente;
• Fortalecimento institucional e de gestão dos órgãos envolvidos;
• Incentivo a integração dos municípios por meio de obras, incentivos fiscais, planos
etc;
• Incentivos para novos empreendimentos turísticos e de comércio local;
• Capacitação profissional da população local e empreendedores;
• Fortalecimento da fiscalização ambiental em todo o polo, além do espaço urbano
(atividades, uso e ocupação do solo, obras de infraestrutrura, entre outros) por parte
de todos os envolvidos (sociedade civil, ONGs, prefeituras, iniciativa privada etc).

12.4. Indicadores dos impactos


Alguns parâmetros a serem usados como indicadores dos impactos e efeitos avaliados
nos itens anteriores podem ser identificados e estão apresentados no Quadro 72: a
seguir.

447
Quadro 72: Principais indicadores das ações.

Ações Principais Indicadores

Infraestrutura de Saneamento  Número de ligações e/ou população atendida com o


ambiental (água e esgoto) serviço
Infraestrutura Rodoviária e  Número de visitantes
Aeroportuária
 Número de denúncias de exploração sexual de
crianças e adolescentes em virtude da atividade
turística em:
Exploração sexual pelo turismo 1) Delegacia de Turismo(Aracaju)
2) Conselhos Tutelares da Criança e
Adolescente(nos municípios selecionados)
Requalificação das áreas urbanas  Número de atrativos, Satisfação do turista em
de interesse turístico/ Sinalização relação ao destino no quesito organização
turística
 Número de visitantes;
Gerenciamento costeiro  Qualidade da água das praias
 Existência de estudos e planos de gestão ambiental
(Planos de Manejo, Políticas ambientais, EIA/RIMAs,
Gestão ambiental estudos de capacidade de carga etc);
 Existência de instâncias administrativas (secretarias
municipais de meio ambiente etc);
 Existência de políticas e projetos de educação
Educação ambiental ambiental;
 Número de programas
 Número de pessoas atendidas;
Transporte público  Número de linhas oferecidas;
Fonte: Technum Consultoria, 2011.

As ações de acompanhamento e monitoramento dos impactos da implementação do


PDITS devem ser baseadas no acompanhamento dos indicadores.

12.5. Programa de Gestão Ambiental


O programa de gestão ambiental para o presente Plano deve estar inserido em um Plano
de Gestão Ambiental - PGA. Esse deve ser feito com base no presente PDITS e deve
integrar as medidas de mitigação e controle dos impactos, as ações de acompanhamento
e monitoramento dos impactos, as medidas institucionais (novas normas, regulamentos)
e de reforço institucional das entidades de meio ambiente e prefeituras municipais, as
ações de recuperação de áreas degradadas e conservação de recursos naturais de base
para o turismo e as estimativa dos custos de implementação dessas medidas e ações.
O PGA, que é um documento de revisão e aprimoramento contínuo, deve estar em
acordo com: (a) o conjunto de ações e intervenções propostas; (b) o conjunto de
instrumentos de legislação federal, estadual e municipal, que regulam o atendimento do
setor público sobre a necessidade de avaliação ambiental para intervenções de
infraestrutura; e (c) as ações de prevenção e minimização de potenciais impactos
ambientais e sociais;

448
Nesse contexto, alguns programas devem constar do PGA do PDITS Costa dos
Coqueirais (sem excluir outros que possam ser interessantes para o PGA, incluindo
subprogramas relacionados), como os relacionados a seguir:

Programa de Administração e Gestão


 Subprograma para definição de diretrizes de ocupação de novas áreas urbanas.
 Subprograma para implementação das Unidades de conservação.
 Subprograma de desenvolvimento e fomento das áreas de interesse turístico e de
lazer.
 Subprograma de monitoramento, gestão integrada e controle dos usos específicos
da Zona Costeira.
 Subprograma para gestão integrada do mosaico de unidades de conservação.

Programa de Pesquisa e Desenvolvimento


 Subprograma de georreferenciamento e composição de bancos de dados.

Programa de Educação Ambiental


 Subprograma de integração de ações formais em educação ambiental para
turistas, empresários e população local.
 Subprograma de coleta seletiva de lixo.

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas


 Subprograma de Monitoramento e Informação da Balneabilidade das praias
 Subprograma de recomposição e reflorestamento de áreas de preservação
permanente e solos expostos.

Programa de Proteção e Fiscalização


 Subprograma de monitoramento das ocupações em Área de Preservação
Permanente.

Programa de Monitoramento e Avaliação


 Subprograma de monitoramento de qualidade dos recursos hídricos - Superficiais
/ Subterrâneos.
 Subprograma de monitoramento e preservação das áreas de preservação
permanente.

449
13. MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
Para a avaliação da efetividade do PDITS é necessário o monitoramento de sua
execução e da evolução do turismo na área. Assim, ao acompanhar o desenvolvimento
turístico da área, tem-se fundamento também para avaliação e revisão das políticas
públicas municipais e estaduais, com destaque para aquelas voltadas para o turismo e
para o meio ambiente. Revisões futuras do PDITS e adequações de seu conteúdo,
apoiadas em um criterioso processo de acompanhamento e avaliação, permitirão a
correção de rumos e a retroalimentação do processo.
Os mecanismos de acompanhamento e avaliação a seguir abordados destinam-se ao
PDITS Polo Costa dos Coqueirais, tendo em vista a aferição do cumprimento da
programação prevista e o alcance dos objetivos e metas que traduzem os resultados
rumo ao desenvolvimento sustentável do turismo.
Neste processo, o resultado das intervenções previstas deve ser analisado
periodicamente, considerando o todo dos investimentos e comparados entre si. Para o
controle e monitoramento da implementação do PDITS Polo Costa dos Coqueirais e para
avaliação dos resultados alcançados são a seguir propostos indicadores simples e
objetivos:
 Número de Turistas em Sergipe que visitam o Polo Costa dos Coqueirais;
 Gasto médio diário, por turista, no Polo Costa dos Coqueirais;
 Pernoites no Polo Costa dos Coqueirais, exceto Aracaju;
 Quantidade de equipamentos turísticos no Polo Costa dos Coqueirais (alojamento
e alimentação), exceto Aracaju.
A Secretaria de Estado do Turismo, em conjunto com os demais órgãos estaduais e
municipais de turismo, deve expandir, paulatinamente, a coleta, o acompanhamento e o
tratamento dos dados relativos aos treze municípios do Polo. Além disso, deve
acompanhar e considerar a progressiva implantação das intervenções e ações propostas
para cada localidade a partir dos primeiros dezoito meses, estendendo-se para o período
de vigência deste Plano.
 número de turistas que visitam o Polo Costa dos Coqueirais e correspondente
gasto médio diário.
As estratégias e ações referentes ao produto turístico, tanto para estruturação
como para integração de produtos, e as estratégias de comercialização, em
específico a divulgação, são direcionadas no sentido de aumentar a
competitividade, não só de Aracaju mas dos demais municípios, e incrementar o
fluxo de turistas no Polo. Podem identificar o sucesso destas ações, indicadores
como o número de turistas em Sergipe que visitam o Polo e o gasto médio diário.
O aumento desses números indica o efeito positivo das ações voltadas para a
qualificação e diversificação da oferta turística e da comercialização, divulgação e
marketing mais eficientes.
 pernoites e quantidade de equipamentos turísticos no Polo Costa dos Coqueirais,
exceto Aracaju;
A diversificação e aumento das opções de lazer e de outras atividades
complementares e integradas no Polo, a melhoria das infraestruturas turísticas e
urbanas, devem ter como resultado o aumento no número de pernoites no Polo,
melhorando a distribuição de renda pela região e até mesmo aumentando o

450
tempo médio de permanência no Polo, captação de turistas que, anteriormente,
se restringiam a visitação de localidades já consagradas no Polo.
A visitas aos demais atrativos turísticos da região, apoiada por equipamentos
turístico de qualidade implicará também no aumento do gasto diário e no aumento
do tempo de permanência.
A aferição destes indicadores deve ser realizada a partir da criação do sistema de
informação, previsto neste PDITS, haja vista que os dados atuais não estão organizados
adequadamente para uma aferição sistematizada. A responsabilidade pela criação e
monitoramento do banco de dados é da Setur, sendo também pertinente a análise do
grau de desenvolvimento alcançado.
À medida que se consolide o banco de dados e a aferição dos indicadores ora propostos,
outros poderão ser investigados e adotados, se for o caso para a identificação dos
benefícios e do retorno socioambiental esperado para as ações planejadas. Dentre
outros, poderão ser levantados: (i) tempo de permanência dos visitantes; (ii) número de
pessoas capacitadas para o mercado de turismo; (iii) taxa de ocupação hoteleira; (iv)
nível de satisfação do turista.
Quanto aos indicadores para avaliar a capacidade de suporte dos recursos turísticos,
além dos já citados, devem se juntar aqueles normalmente utilizados para avaliar a
qualidade de vida da população, relacionados em geral às políticas urbanas, tais como:
qualidade e capacidade das infraestruturas e dos serviços públicos; acessibilidade e
mobilidade relacionada ao transporte público e a qualidade dos espaços públicos, entre
outros.
As análises efetuadas a partir dos indicadores de resultados, pertinentes ao processo de
acompanhamento e avaliação da implementação da política de turismo no Polo
possibilitarão a obtenção de parâmetros de comparação para embasar suas futuras
revisões e adequações, bem como, como avaliar os limites da capacidade de suporte dos
recursos turísticos da região.
A Tabela a seguir traz a síntese dos indicadores de resultados para acompanhamento e
avaliação das ações prioritárias iniciais do PDITS.

451
Tabela 70. Acompanhamento e Avaliação do Desenvolvimento do Polo a Partir das Ações Iniciais do PDITS
Principais indicadores Linha de base (baseline) Cenário desejável
Componentes Ações
específicos 2013
Sinalização Viária Indicativa e Deficiência em sinalização Deslocamento orientado e facilitado através dos
Numero de turistas
Turística turística roteiros do Polo - aumento do Fluxo turístico.
Plano de Capacitação
Número adequado de profissionais capacitados
Profissional para o Turismo e do Número de pessoas capacitadas Deficiência em oferta de
para atender as demandas do turismo-Aumento
Programa de Capacitação para o mercado de turismo. mão-de-obra qualificada
da oferta de emprego para a população local.
Empresarial.
Assistência a Empresas Número adequado de empreendimentos
Turísticas para Melhoria da Número de empresas capacitadas Deficiência em oferta voltados ao atendimento das demandas do
Qualidade dos Serviços para o mercado de turismo. turística qualificada turismo-Aumento da oferta de equipamentos ao
Turísticos e Gestão Ambiental turista que visita o Polo.
Roteiro turístico abrangente e sustentável -
Roteirização turística do Polo
Número de turistas. Inexistência de roteiro Aumento do número e tempo de permanência
PRODUTO Costa dos Coqueirais.
do turista (taxa. de ocupação/pernoites).
TURÍSTICO
Núcleos de Apoio receptivo voltados ao turismo
Estudos de localidades Ausência de oferta de
Numero de empreendimentos sustentável - aumento do número e tempo de
específicas e seu equipamentos turísticos de
(exceto Aracaju) permanência do turista (taxa de
aproveitamento turístico forma integrada
ocupação/pernoites).
Recuperação e manutenção de Número de turistas. Tempo de Aumento do número e tempo de permanência
Turismo de 1 dia
orlas urbanas. permanência dos visitantes. do turista (taxa de ocupação/pernoites)
Revitalização e Ampliação do
Baixa captação de eventos Aumento do número de turista (taxa de
Centro de Convenções de Número de eventos realizados
de maior porte ocupação/pernoites)
Aracaju
Criação e/ou ampliação de
Nível de satisfação dos turistas.
Centros de Atendimento ao Inexistência de dados Aumento da satisfação do turista
Número de turistas atendidos.
Turista
Execução do Plano de Número de visitantes. Frequência Conhecimento em nível nacional e internacional
Existência do Plano
Marketing de eventos. Porte de eventos. do roteiro turístico do Polo.
Estabelecimento de roteiros
COMERCIA- Existência de roteiros integrados. Aumento do número e tempo de permanência
turísticos integrados – Polo Inexistência de roteiros
LIZAÇÃO Número de turistas. do turista (taxa de ocupação/pernoites)
Velho Chico e Polo Coqueirais
Prospecção para captação de Deficiência em oferta de Aumento da oferta de empreendimentos e
Número de empreendimentos
empreendimentos turísticos empreendimentos turísticos atrativos turísticos inseridos nos roteiros do

452
Principais indicadores Linha de base (baseline) Cenário desejável
Componentes Ações
específicos 2013
de qualidade polo Costa dos Coqueirais
Disponibilidade de informações adequadas ao
Implantação do Sistema de Conhecimento dos dados base
Inexistência de dados planejamento turístico e monitoramento das
Informações Turísticas relativos ao turismo sergipano
ações empreendidas
Elaboração do Plano de Gestão Integração de todos os municípios na
Existência de planos de gestão Inexistência de Planos
dos Destinos economia do turismo do Polo
Inexistência de Planos em
Elaboração e revisão dos Existência de Planos Diretores em Aumento da eficiência da gestão e no controle
alguns municípios e Planos
Planos Diretores todos os municípios do uso do solo do território municipal
Diretores desatualizados
Fortalecimento institucional das Instituições ligadas à gestão do
Inexistência de gestão
instâncias de governança do turismo com condições de atuação Gestão atuante, autônoma e responsável.
voltada para o Polo
turismo. eficiente
Elaboração e execução de
planos de proteção e
Existência de planos de proteção e (i) Aumento da qualidade ambiental do Polo;(ii)
recuperação de áreas
recuperação de áreas ambientais Inexistência de plano potencialização do segmento principal; (iii)
ambientais frágeis ou
frágeis ou degradadas. Aumento da qualidade de vida da população
FORTALECI- degradadas e Zoneamento
MENTO Econômico Ambiental
INSTITUCIONAL Capacitação de gestores Aumento da eficiência da gestão e na
Eficiência na gestão do Polo Baixa eficiência da gestão
públicos de lideranças locais integração dos atores
Existência de órgãos,
Fortalecimento da gestão departamentos ou divisões de Aumento da eficiência da gestão e na
Baixa eficiência da gestão
municipal do Turismo gestão de turismo em todos os integração dos atores.
municípios do Polo.
Elaboração do Inventário da Levantamento dos bens de Aumento da oferta de atrativos turísticos
Inexistência de dados
Oferta Turística interesse turístico integrados
Realização de pesquisas de Levantamento do fluxo de turistas Aumento da eficiência da gestão e na
fluxo, oferta e demanda no Polo durante as estações Inexistência de dados proposição de ações para o desenvolvimento
turística. turísticas do turismo sustentável
Existência de Instrumento de
Fortalecimento dos órgãos Aumento da eficiência da gestão e na
planejamento das ações em Baixa eficiência da gestão
gestores de turismo integração dos atores
fortalecimento institucional
Mapeamento da Cadeia Levantamento da cadeia produtiva Aumento do planejamento de novos
Inexistência de dados
Produtiva do Turismo do turismo. Inventário da oferta empreendimentos

453
Principais indicadores Linha de base (baseline) Cenário desejável
Componentes Ações
específicos 2013
turística. Diagnóstico dos
empreendimentos turísticos.
Melhoria no Aeroporto Santa Aumento da Capacidade Dados conforme Aumento do número de voos e de passageiros
Maria Operacional do Aeroporto apresentados neste PDITS embarcados e desembarcados
Implantação da Rodovia SE 100 Existência de acesso em todas as
Inexistência de rodovia Aumento da acessibilidade em todo o Polo
Norte regiões do Polo
INFRAES-
Implantação do sistema de Existência de sistema de Não existe sistema de (i) Aumento da qualidade da saúde da
TRUTRA E
esgotamento sanitário esgotamento sanitário. esgotamento sanitário população; (ii) aumento da satisfação do turista
SERVIÇOS
Inexistência de orlas e
BÁSICOS Construção de orlas e Aumento do número e tempo de permanência
Existência de orlas e atracadouros. atracadouros nas cidades
atracadouros. do turista
definidas
Implantação de Ponte sobre o
Facilidade de acesso no Polo Inexistência de ponte Aumento da acessibilidade em todo o Polo
Rio Fundo – SE 476
Elaboração de estudos de
Capacidade de carga dos atrativos Aumento da qualidade e sustentabilidade dos
capacidade de carga de Inexistência de dados
identificada novos empreendimentos turísticos
destinos turísticos.
Elaboração e execução de
Existência de Planos de manejo e
planos de manejo e usos (i) Melhoria da qualidade ambiental do Polo;(ii)
usos públicos de unidades de Inexistência de plano
públicos de unidades de potencialização do segmento principal
conservação ambiental.
conservação ambiental.
Elaboração do Plano de Gestão Existência do Plano de Gestão (i) Melhoria da qualidade ambiental do Polo (ii)
Inexistência de plano
Integrada dos Resíduos Sólidos. Integrada dos Resíduos Sólidos. potencialização do segmento principal
GESTÃO SOCIO-
Elaboração e execução de
AMBIENTAL
planos de proteção e
Existência de planos de proteção e (i) Aumento da qualidade ambiental do Polo;(ii)
recuperação de áreas
recuperação de áreas ambientais Inexistência de plano potencialização do segmento principal; (iii)
ambientais frágeis ou
frágeis ou degradadas. Aumento da qualidade de vida da população
degradadas e Zoneamento
Econômico Ambiental
(i) Aumento da proteção ambiental do Polo;(ii)
Aumento da fiscalização Áreas ambientais sustentabilidade; (iii) Aumento da atratividade
Áreas protegidas
ambiental degradadas turística; (iv) aumento da qualidade de vida da
população

Fonte: Technum Consultoria, 2011.

454
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo do Polo Costa dos Coqueirais -
PDITS, consolidado neste documento, tem como principais itens de conteúdo o
diagnóstico da área de abrangência, as estratégias a serem adotadas para a definição
de medidas de mitigação dos problemas detectados e o plano de ação,
compreendendo a definição e a descrição dos investimentos a serem realizados,
relativos aos Componentes: Produto Turístico, Comercialização, Fortalecimento
Institucional, Infraestrutura e Serviços e Gestão Socioambiental.
Concebido a partir de diretrizes e orientações do Ministério do Turismo – MTur, tendo
em vista o seu alinhamento com o Prodetur - programa estratégico coordenado por
aquele Ministério, o PDITS Costa dos Coqueirais insere-se nos esforços do Governo
Estadual para captação de recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento –
BID no âmbito do Prodetur.
O alcance do PDITS vai além desse propósito. Elaborado de forma participativa,
contando, desde a etapa de diagnóstico até o estabelecimento das ações a implantar,
com a efetiva colaboração dos gestores e técnicos municipais e da sociedade
organizada dos municípios do Polo, com destaque para os empreendedores do setor
de turismo e lideranças comunitárias, este Plano constitui, efetivamente, um
importante instrumento de planejamento estratégico para o desenvolvimento integrado
e sustentável do turismo na área turística do Polo Costa dos Coqueirais.
Desta forma, se considerado em toda a sua extensão pelas instâncias governamentais
e for reconhecido como um produto construído coletivamente pelo poder público e pela
sociedade, este PDITS passa a expressar, de forma concreta, as diretrizes da Política
Estadual de Turismo, por sua vez embasada na Política Nacional de Turismo.
A dimensão regional de planejamento do desenvolvimento do turismo que orienta este
PDITS, tendo em vista o Polo Costa dos Coqueirais, constitui um avanço para a
Gestão do Turismo, levando à mudança de paradigmas, na medida em que traz novos
parâmetros de gestão integrada, de responsabilidades compartilhadas, de parceria,
que sugerem a adoção de instrumentos inovadores, tais como os consórcios
municipais, em aliança com a Secretaria de Estado de Turismo – SETUR/SE, em
busca do desenvolvimento integrado do turismo sustentável. Desta forma, a
efetividade deste PDITS depende do esforço sinérgico e coletivo de todos os atores
envolvidos com a gestão do turismo e com a sua dinâmica da cadeia produtiva do
turismo.

455
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BARBOSA, Luiz Gustavo Medeiros (Org.). Estudo de Competitividade dos 65
Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional – Relatório Brasil
2010. Brasília: Ministério do Turismo, 2009.
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TURÍSTICA 2010/2011. ARACAJU, SE: EMSETUR, 2010.
FIPE, FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS. ESTUDO DE
CARACTERIZAÇÃO E DIMENSIONAMENTO DO MERCADO DOMÉSTICO DE
TURISMO NO BRASIL. SÃO PAULO, 1998.
_____, FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS. ESTUDO DA
DEMANDA TURÍSTICA INTERNACIONAL. SÃO PAULO, 2010. DISPONÍVEL EM:
FIPE.ORG.BR, ACESSO EM 2011.
IBGE, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. CENSO
DEMOGRÁFICO DE SERGIPE. RIO DE JANEIRO, 2010.
MTUR, MINISTÉRIO DO TURISMO. ESTUDO DE COMPETITIVIDADE DOS 65
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Sergipe, Brasília: Ministério do Turismo, 2009.
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municipal para a regionalização do turismo. Brasília: Ministério do Turismo, 2006.
_____, Ministério do Turismo – MTur . Revista Brasil, país plural, região Nordeste,
Sergipe. Brasília, 2008.
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SEPLAG, Secretaria de Estado do Planejamento. Planejamento participativo de
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Aracaju: Secretaria de Estado do Planejamento, 2007.
SERGIPE. Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do Turismo de
Sergipe 2009-2014 – Aracaju: SEDETEC/EMSETUR, 2009.
SETUR, SECRETARIA DE ESTADO DO TURISMO. CAMPANHA PUBLICITÁRIA:
SERGIPE, UMA ESTADO, VÁRIOS DESTINOS. AARACAJU, SE: SETUR, 2007.
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COSTA DOS COQUEIRAIS E VELHO CHICO. ARACAJU, SE: SETUR, 2012.
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Coqueirais. São Cristóvão, 2011.
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DO PRODETUR/SE. ARACAJU, SE: UCP/SE, 2012.
VIEIRA, Lício Valério Lima. Turismo Sustentável no Litoral Norte de Sergipe
(Tese). São Cristóvão: NPGEO, 2010.

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ARACAJU, www.aracaju.se.gov.br/cultura_e_turismo/ - acesso em 2011.
BARRA DOS COQUEIROS, www.barradoscoqueiros.se.gov.br. - acesso em 2011.
CADASTUR, www.cadastur.turismo.gov.br/ - acesso em 2011.
EMSETUR – E-SERGIPE, www.e-sergipe.com/tag/emsetur/ - acesso em 2011 e 2012.
ESTÂNCIA, www.estancia.se.gov.br - acesso em 2011.
FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS, fipe.org.br/ - acesso em
2011 e 2012.
IBGE, www.ibge.gov.br/ - acesso em 2011 e 2012.
INFRAERO, www.infraero.gov.br - acesso em 2011.
ITAPORANGA D’AJUDA, -www.itaporanga.se.gov.br/ - acesso em 2011.
LARANJEIRAS, www.laranjeiras.se.gov.br/ - acesso em 2011.
OBSERVATÓRIO DE SERGIPE, www.observatorio.se.gov.br/ - acesso em 2011,
2012 e 2013.
PIRAMBU, www.turismosergipe.net/escolha-seu-destino/.- acesso em 2011.
SÃO CRISTÓVÃO, www.turismosergipe.net/escolha-seu-destino/cidades-historicas. -
acesso em 2011.
SECRETARIA DE SAÚDE, www.saude.se.gov.br/ - acesso em 2011.
SEPLAG, www.seplag.se.gov.br/ - acesso em 2011 e 2012.
TURISMO SERGIPE, www.turismosergipe.net/ - acesso em 2011 e 2012.

457
COLABORADORES
NOME ENTIDADE
Adriano de Jesus Pereira Secretaria de Turismo - Barra dos Coqueiros
Aislan Henrique Borges Technum Consultoria SS
Alan Juliano da Rocha Santos SEPLAG - SE
Aline Castelo Carneiro Projeto Tamar - Oceanário
Ana Karla C. Lima Brandão SETUR SE
Ana Paula S. Costa SEDURB - SE
Anderson Renê Santos Silva SETUR - SE / PRODETUR
André Cobbe Technum Consultoria SS
Angélica Barreto Secretaria de Turismo - Laranjeiras
Antonio Carlos dos Santos CEHOP - SE
Anunciada P. S. Cortina EMSETUR - SE
Augusto César Coelho S. Silva Projeto Tamar - Pirambu
Beijanine F. da Cunha Estácio - FASE
Bianca Espiridião de Faria SEBRAE
Bruna Lessa ASPECTO - Indiaroba
Bruno Ramos Vasconcelos SEMICT
Carlos Alberto de Paiva Campos Secretaria de Planejamento - Laranjeiras
Carlos Alberto Nascimento EMSETUR - SE
Carlos Henrique de Morais SEINFRA - SE
Carlos Moisés de Lima Santos Secretaria de Turismo – Canindé de S. Francisco
Caroline de Menezes SETUR - SE
Cassandra Teodoro SETUR - SE
Celia Regina B. Rezende ENERGISA
Celia Regina Prudente Melo NOZESTUR
Christian Alessandra Pedral Secretaria de Indústria Comércio e Turismo - SE
Cristiane Alcântara UFS
Cristiano de Almeida Dantas PM - SE
Daisy M. Cadaval Basso Technum Consultoria SS
Delma Maria Costa SETRAB - SE
Denise Guarieiro Technum Consultoria SS
Diego Cabral Ferreira da Costa FUNCAJU / SEMICT
Diego Lobo da Silva SETUR - SE
Ducival Santana de Jesus SEPLAN - SE
Ednilson Nunes Gois BANESE
Eduardo da Silva SEPLAN - SE

458
NOME ENTIDADE
Elber Andrade Batalha de Goes SETUR - SE
Eli Brito Sociedade Civil (Pousada Praia do Sol) - Pirambu
Elisvan Resende Conceição SSP - SE
Elso de Freitas Moisinho Filho São Cristóvão
Ênio Paulo Prefeitura - Santa Luzia do Itanhy
Erika Cristina Prata de Oliveira SETUR - SE
Erivaldo Vieira dos Santos Prefeitura - Indiaroba
Evaldo Santos Moura Prefeitura - Laranjeiras
Evandro da Silva Galdino SEPLAN – SE / PMA
Fabiana Almeida da Silveira ACVB - Aracaju
Fabiana Britto de Azevedo Maia UFS
Fábio Araújo de Andrade SEMICT
Fátima Costa dos Santos BANCO DO NORDESTE
Floro França Filho SEDETEC - SE
Gabriela de Oliveira Andrade Sociedade Civil (Estudante de Turismo) - Aracaju
Gabriela Nicolau dos Santos IPTI / Rosa dos Ventos / FASE/ Technum Consultoria
Genivaldo Vieira dos Santos Secretaria de Turismo - Pacatuba
Geraldo Mota Filho DER - SE
Gilson Lobo Menezes SEPLAG SE
Ginaldo Custódio Lemos Sociedade Civil (ASPECTO) - Indiaroba
Guilherme Vieira SETUR - SE / PRODETUR
Helena dos Reis Santos Sociedade Civil – Santa Luzia do Itanhy
Hercílio da Silva Ramos Junior DESO
Irineu Fontes Secretaria de Cultura - Laranjeiras
Ivanda C. Santos SETUR - SE
Izabel Borges Technum Consultoria SS
Jael Batista Oliveira Santa Luzia - SE
Jean Christophe Oliveira SETUR - SE
Joab Almeida Silva SETUR - SE / PRODETUR
João Oliveira BANCO DO NORDESTE
Joaquim Antonio Pirambu - SE
Joel Oliveira Santa Luzia
José Carlos Góes Sociedade Civil
José Tadeu de Oliveira ICMBIO
José Wahnow Sociedade Civil
Josenilton de Deus Alves CPTUR - SE

459
NOME ENTIDADE
Kátia Pimentel Gadelha ABIH - SE
Klázia Kate Santana Souza SETUR – SE / PRODETUR
Laisa Miguel de Sousa ESTÁCIO / FASE
Larissa de Barros SEMARH - SE
Laura Lázaro Gomes dos Santos UFS
Lício Valério Lima Vieira SEMARH – SE / IFS
Lívia Menezes Meps
Luciana Gonçalves A. Lafaiete SETUR - SE
Luciana Rodrigues UNIT - SE
Luiz Carlos A. dos Santos Secretaria de Turismo – Estância
Luiz Carlos Ribeiro SETUR - SE
Marcelo da Cruz SEPLAG - SE
Marcia Cruz ABRAJET
Marcilio Lins SEPLAG - SE
Marcio Ramos Prefeitura - Brejo Grande
Marco Antônio Domingues SETUR - SE / PRODETUR
Marcos Antônio B. Barreto SENAC - SE
Marcos Antônio Menezes Sobral Secretaria de Turismo - Laranjeiras
Maria da Rocha BANCO DO NORDESTE
Maria do Carmo Marcondes Piloto Silva SEPLAG – SE / SUMAP - SE
Maria Guadalupe Conceição Alves UFS
Maria Júlia Barreto Vasconcelos SEBRAE
Maria Leticia da Cunha Farias SEMARH - SE
Maria Vanilde da Rocha BANCO DO NORDESTE
Mariane Weber Brizo PROJETO TAMAR - Oceanário
Mario Sergio Melo Barreto SEMARH SE SBF
Mary Nadja Lima Santos IFS
Maxwell SETUR – SE - ASCOM
Miguel Pereira Filho CBM - SE
Miranice Lima Santos MTur
Murillo Ramos Cruz SEPLAG - SE
Nanci Miranda Technum Consultoria SS
Nicole Santos Carvalho SETUR - SE
Nivaldo Barbosa Sociedade Civil (Entalhador) - São Cristóvão
Olivia Chirife São Cristóvão
Otavio Augusto Nascimento SETUR - SE

460
NOME ENTIDADE
Patrícia Amor de Andrade SETUR - SE
Patrícia Prado Cabral Souza SEMARH SE
Paulo Aurélio de P. Leite ENERGISA
Paulo Cesar Umbelino de Oliveira SEMARH – SE / SBF
Paulo Ferreira Barros SETUR - SE
Pedro Marcelo da Silva Silveira CDL - Estância
Rafaelle Santos Pinheiro UFS
Raíra Meps
Rayane Ruas Quadros Technum Consultoria SS
Rivaldo Andrade dos Santos Sociedade Civil - Poço Redondo
Roberta Ariane C. Rabelo SETUR – SE / PRODETUR
Roberto Wagner de Gois Bezerra CBM - SE
Rosana Eduardo S. Leal UFS
Rose Mary de O. Fernandes Sociedade Civil
Rui Salei Sociedade Civil (Restaurante Pirambeleza) - Pirambu
Sérgio Araújo Secretaria de Turismo- Estância
Sérgio Ricardo Prefeitura - Santa Luzia do Itanhy
Silvana Lazarito Alves Secretaria de Cultura e Turismo - São Cristóvão
Simone Amorim SETUR – SE / PRODETUR
Solange Vieira de Matos Secretaria de Turismo - Canhoba
Tamires Silva dos Santos Estácio - FASE
Tanit Alvares Bezerra FUNCAJU / PMA
Tiara Silva SECULT - SE
Valéria Guabiraba Santos Secretaria de Turismo – Nossa Senhora do Socorro
Vilma Fontes Figueiredo SEPLAG - SE
Vitor João Ramos Alves Technum Consultoria SS
Wirlan Bernardo SEINFRA - SE

461
TECHNUM Consultoria SS

SHIS QI 9 – Bloco D – Sala 203 – Comércio Local


Lago Sul – Brasília
CEP 71.625-009 DF
[61] 3364.0087
CREA 5307/RF
CAU-DF 16821-1

www.technum.com.br
technum@technum.com.br

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