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i
FICHA TÉCNICA
Michel Temer
Vice-presidente
MINISTÉRIO DO TURISMO
Gastão Dias Vieira
Ministro
Viviane de Faria
Coordenadora
ii
GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE
Marcelo Déda Chagas
Governador do Estado de Sergipe
TECHNUM CONSULTORIA
Izabel Borges
Arquiteta/Urbanista - Diretora do Projeto
André Cobbe
Arquiteto Urbanista – Patrimônio Histórico - Coordenação do Projeto 1ª. Fase
iii
Técnicos e Especialistas
Denise Guarieiro
Arquiteta Urbanista
Letícia Bortolon
Arquiteta e Urbanista – Planejamento Urbano e Regional
Nanci Miranda
Turismóloga – Planejamento do Turismo
Rayane Ruas
Turismóloga – Planejamento do Turismo
Paulo Lima
Economista – Estudos e Análise de Viabilidade
Heleno Mesquita
Estruturação de Programas e Políticas de Financiamento
Alexandre Fortes
Engenheiro Civil – Projetos de Infraestrutura
Vera Amorelli
Advogada – Direito Urbano e Ambiental
Aislan Borges
Organização Local e Apoio à Gestão
iv
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
v
PIB – Produto Interno Bruto
PENUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PNT - Plano Nacional de Turismo
PROCRIAR - Organização Sócio-Ambiental
Prodetur - Programa de Desenvolvimento do Turismo
PPAmb - Polícia Militar do Estado de Sergipe
Rebio - Reserva Biológica
SEDURB - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano
SEIDES - Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social.
SEMARH - Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos
SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
SEPALAG – Secretaria de Planejamento de Sergipe
Setur - Secretaria de Estado de Turismo de Sergipe
SINGTUR/SE - Sindicato dos Guias de Turismo de Sergipe
SULGIPE - Companhia Sul Sergipana de Eletricidade
UC - Unidade de Conservação
UFS - Universidade Federal de Sergipe
ZEE - Zoneamento Econômico Ecológico
vi
SUMÁRIO
SUMÁRIO............... ..................................................................................................................................... VII
APRESENTAÇÃO..... ....................................................................................................................................... 1
INTRODUÇÃO........ ........................................................................................................................................ 2
1A PARTE: MARCO REFERENCIAL E OBJETIVOS DO PDITS ................................................................................ 5
1. O CONTEXTO.............. ............................................................................................................................... 7
vii
4.3.1. DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS MAIS RELEVANTES ........................................ 78
SÍNTESE DOS ATRATIVOS PRINCIPAIS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ................................................... 142
7.3. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS NO MEIO AMBIENTE QUE JÁ TENHAM SIDO CAUSADOS
POR ATIVIDADES TURÍSTICAS OU QUE AFETEM ESSAS ATIVIDADES ............................................................ 233
viii
7.3.2. NECESSIDADE DE REABILITAÇÃO ...................................................................................................... 243
7.4. VULNERABILIDADE SOCIAL DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS EM RELAÇÃO AO DESENVOLVIMENTO DO
TURISMO.............. .................................................................................................................................... 245
7.5. GESTÃO AMBIENTAL PÚBLICA............................................................................................................. 247
9.1. A HIERARQUIZAÇÃO DOS ATRATIVOS PRINCIPAIS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ......................... 291
9.2. ACESSIBILIDADE E CONECTIVIDADE ..................................................................................................... 298
ix
11.2. OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E AÇÕES ................................................................................................... 325
11.3. DESCRIÇÃO DAS AÇÕES PREVISTAS ................................................................................................... 334
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1. MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM O POLO COSTA DOS COQUEIRAIS/SE...................................... 4
FIGURA 5. DISTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES DO PRODETUR I NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS, SERGIPE ... 21
FIGURA 6. SITE SETUR/EMSETUR – GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE - 2012 .................................... 61
FIGURA 7. SITE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL DE ARACAJU – FUNCAJU - 2012 ...................... 61
x
FIGURA 8. PRODUTOS TURÍSTICOS - POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - SERGIPE ................................... 66
FIGURA 9. MUNICÍPIOS INTEGRANTES DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - DIVISÃO EM TRECHOS PARA
EFEITO DE PLANEJAMENTO ......................................................................................................................... 79
FIGURA 10. OCEANÁRIO DE ARACAJU – PRAIA DE ATALAIA .................................................................. 81
FIGURA 25. ÁREA RURAL DE LARANJEIRAS - CAPELA DO ENGENHO JESUS, MARIA E JOSÉ ..................... 94
FIGURA 28. CAPELA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO – ENGENHO CAIEIRA ....................................... 100
FIGURA 31. PALÁCIO DOS GOVERNADORES – MUSEU HISTÓRICO DE SERGIPE .................................... 104
FIGURA 32. IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA VITÓRIA ............................................................ 105
FIGURA 33. MUSEU DOS EX-VOTOS ................................................................................................... 106
FIGURA 34. IGREJA NOSSA SENHORA DO AMPARO ............................................................................ 106
FIGURA 35. IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS ......................................... 107
FIGURA 36. CRISTO REDENTOR DE SÃO CRISTÓVÃO ........................................................................... 108
FIGURA 37. CASARÕES DE ESTÂNCIA .................................................................................................. 111
xi
FIGURA 42. ILHA DA SOGRA - ESTÂNCIA ............................................................................................. 114
FIGURA 43. PRAIA DO SACO - ESTÂNCIA ............................................................................................ 115
FIGURA 64. REDE VIÁRIA - POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011 ....................................................... 150
FIGURA 65. SISTEMA RODOVIÁRIO - POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011 ........................................ 151
FIGURA 66. ACESSO AO POVOADO DE CRASTO – SE 444 - SANTA LUZIA DO ITANHY ........................... 152
FIGURA 67. PONTE GILBERTO AMADO - ESTÂNCIA ............................................................................. 153
FIGURA 68. FINAL DA PAVIMENTAÇÃO SE 100 NORTE ........................................................................ 154
FIGURA 69. ESTAÇÃO FERROVIÁRIA EM SÃO CRISTÓVÃO ................................................................... 156
xii
FIGURA 76. DESPEJO DE ESGOTO EM VALAS A CÉU ABERTO E EM RIOS .............................................. 172
FIGURA 77. DESPEJO DE ESGOTO NO RIO SERGIPE. ............................................................................ 172
FIGURA 79. EMPOBRECIMENTO DA PAISAGEM PELA DEPOSIÇÃO DO LIXO A CÉU ABERTO NO LITORAL DE
BARRA DOS COQUEIROS E NA LINHA FÉRREA EM SÃO CRISTÓVÃO ............................................................ 176
FIGURA 80. PANORAMAS DA DRENAGEM PLUVIAL NOS MUNICÍPIOS DO POLO ................................. 179
FIGURA 81. PANORAMAS DA DRENAGEM PLUVIAL NOS MUNICÍPIOS DO POLO ................................. 180
FIGURA 89. TEMPERATURA NA REGIÃO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011 ............................. 213
FIGURA 90. ÍNDICES DE INSOLAÇÃO NA REGIÃO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2011 ................ 214
FIGURA 91. MAPA HIDROGRÁFICO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - IBGE – CARTA 1:100.000 ...... 215
FIGURA 92. CURSO D’ÁGUA EM SANTO AMARO DAS BROTAS E RIO COTINGUIBA .............................. 216
FIGURA 102. MAPA HIPSOMÉTRICO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ............................................... 222
FIGURA 103. MAPA GEOMORFOLÓGICO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ........................................ 223
FIGURA 104. PLANÍCIE COSTEIRA. PRAIA EM ARACAJU (A) E DUNAS EM PIRAMBU (B).......................... 223
FIGURA 105. FEIÇÕES DE RELEVO DOS TABULEIROS COSTEIROS. LARANJEIRAS (A) E SÃO CRISTÓVÃO
(B)......................... .................................................................................................................................... 224
FIGURA 106. GRUTA EM LARANJEIRAS (A) E VISTA DA ESTRADA DE PIRAMBU PARA BREJO GRANDE
(B).......................... ................................................................................................................................... 224
FIGURA 107. MAPA DE SOLOS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ........................................................ 225
xiii
FIGURA 108. PROCESSOS EROSIVOS NOS MUNICÍPIOS DE ESTÂNCIA E SANTO AMARO DAS BROTAS .... 227
FIGURA 109. EXEMPLO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS/USO DO SOLO PRESENTE NA REGIÃO. ............ 228
FIGURA 112. MATA ATLÂNTICA EM PIRAMBU (A) E ÁREA ALAGADA EM PACATUBA (B). ...................... 230
FIGURA 113. MAPA DE USO DO SOLO DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ............................................ 231
FIGURA 114. BARRACAS NA PRAIA; RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO NA MARGEM DO RIO SERGIPE; INVASÃO
DE MANGUE; QUEIMA DE LIXO A CÉU ABERTO. ......................................................................................... 234
FIGURA 115. ABERTURA DE NOVAS ÁREAS PARA CONSTRUÇÃO DE CONDOMÍNIOS DE CASAS DE
VERANEIO................ ................................................................................................................................. 234
FIGURA 116. OCUPAÇÕES IRREGULARES NAS MARGENS DO RIO; “CANAL” COM ESGOTO A CÉU ABERTO;
LIXO; ANIMAIS EM ÁREA URBANA ............................................................................................................. 235
FIGURA 117. OCUPAÇÕES IRREGULARES NAS MARGENS DO RIO; “CANAL” COM ESGOTO A CÉU ABERTO;
LIXO; ANIMAIS EM ÁREA URBANA ............................................................................................................. 235
FIGURA 118. EROSÃO MARINHA (FAROL DO CABEÇO); OCUPAÇÃO NA MARGEM DO RIO SÃO
FRANCISCO................................................................................................................................................ 236
FIGURA 119. INVASÃO DA ORLA COM CONSTRUÇÕES IRREGULARES.................................................... 237
FIGURA 120. CONSTRUÇÃO DE ESTRADA EM DUNA; TRÁFEGO IRREGULAR DE VEÍCULOS. .................... 237
FIGURA 121. INVASÃO DE LAGOA PARA CONSTRUÇÃO DE CASAS DE VERANEIO (A E B); EROSÃO
MARINHA DESTRUINDO CONSTRUÇÕES DE VERANEIO E BARES (C E D); EROSÃO (E); ILHA DA SOGRA (F). .. 238
FIGURA 122. RIO CANALIZADO NA SEDE MUNICIPAL (A); FÁBRICA DE CIMENTO (B); RIO ASSOREADO (C);
LIXO ESPALHADO (D). ................................................................................................................................ 239
FIGURA 128. LANÇAMENTO DE ESGOTO IN NATURA; CANALIZAÇÃO DE CURSO D’ÁGUA; LIXO A CÉU
ABERTO; CARCINICULTURA. ...................................................................................................................... 242
FIGURA 129. COMUNIDADES QUILOMBOLAS NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ................................ 246
FIGURA 133. ATRATIVOS TURÍSTICOS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS, 2012. ..................................... 285
FIGURA 134. COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS TURÍSTICOS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS, 2012. .. 286
FIGURA 135. INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS, 2012. ............. 286
xiv
FIGURA 136. CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE E CONECTIVIDADE – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS,
2012....................... ................................................................................................................................... 287
FIGURA 137. ASPECTOS AMBIENTAIS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS ................................................ 288
FIGURA 138. TURISMO HISTÓRICO-CULTURAL ..................................................................................... 301
ÍNDICE DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1. ÍNDICES DE COMPETITIVIDADE DE ARACAJU - 2011 ........................................................... 14
GRÁFICO 3. PROVENIÊNCIA DOS HÓSPEDES DO MERCADO EMISSOR INTERNO - ARACAJU - 2010 ......... 38
ÍNDICE DE TABELAS
TABELA 1. NÚMERO DE HABITANTES POR MUNICÍPIO E DENSIDADE DEMOGRÁFICA, POLO COSTA DOS
COQUEIRAIS, 2010. ..................................................................................................................................... 12
TABELA 2. LINHA DE BASE SÓCIO AMBIENTAL .................................................................................... 13
TABELA 3. ÍNDICES DE COMPETITIVIDADE DO TURISMO NACIONAL - 2008-2011 ................................ 14
xv
TABELA 4. RESULTADOS ALCANÇADOS PELO PRODETUR NE I ............................................................. 20
TABELA 5. MATRIZ DE PROJETOS, FONTES E PRIORIDADES DE INVESTIMENTOS - PDITS POLO DOS
COQUEIRAIS VERSÃO 2001/2003 ................................................................................................................. 26
TABELA 6. CONVÊNIOS ASSINADOS PELO ESTADO DE SERGIPE COM MTUR – 2008 A 2010 .................. 28
TABELA 15. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO O MEIO DE TRANSPORTE UTILIZADO PARA ACESSO A
ARACAJU – 2008 A 2010 .............................................................................................................................. 40
TABELA 16. FLUXO TURÍSTICO NACIONAL - ARACAJU - JANEIRO A DEZEMBRO - 2005 A 2011 ................ 41
TABELA 17. FLUXO TURÍSTICO ESTRANGEIROS – ARACAJU - JANEIRO A DEZEMBRO - 2005 A 2011 ........ 42
TABELA 18. TAXA DE OCUPAÇÃO HOTELEIRA – ARACAJU - JANEIRO A DEZEMBRO - 2005 A 2011 .......... 43
TABELA 19. PERMANÊNCIA MÉDIA NOS MEIOS DE HOSPEDAGEM – ARACAJU – 2007 A 2010 ............... 44
TABELA 20. PERNOITES GERADOS EM ARACAJU - JANEIRO A DEZEMBRO - 2005 A 2011 ....................... 45
TABELA 21. PORCENTAGEM DE PERNOITES RESULTANTES DE ATIVIDADES TURÍSTICAS NOS MUNICÍPIOS
DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2008 .................................................................................................... 46
TABELA 24. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA – ARACAJU - 2008 A 2010 ....................... 49
TABELA 25. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA – ARACAJU – JANEIRO DE 2011 51
TABELA 26. FLUXO DE HÓSPEDES SEGUNDO A PROFISSÃO EXERCIDA. ARACAJU – 2008 A 2010 ............ 51
TABELA 27. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: RENDA. ARACAJU – JANEIRO DE 2011 ............................... 53
TABELA 28. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: ESCOLARIDADE. ARACAJU - JANEIRO DE 2011 ................... 53
TABELA 29. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: OCUPAÇÃO. ARACAJU - JANEIRO DE 2011......................... 53
TABELA 30. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: LOCAL DE HOSPEDAGEM. ARACAJU - JANEIRO DE 2011 .... 54
xvi
TABELA 31. IDENTIFICAÇÃO DOS TURISTAS: MOTIVO DA VIAGEM. ARACAJU - JANEIRO DE 2011 .......... 54
TABELA 32. FONTE DE INFORMAÇÃO PARA DECISÃO DA VIAGEM - DEMANDA TURÍSTICA
INTERNACIONAL 2004-2010 ........................................................................................................................ 55
TABELA 33. INFORMAÇÕES ECONÔMICAS DO TURISTA – SERGIPE – 2009 ............................................. 56
TABELA 41. QUANTITATIVO DOS MEIOS DE HOSPEDAGEM INSTALADOS NOS MUNICÍPIOS INTEGRANTES
DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS – SERGIPE - 2012.................................................................................. 144
TABELA 42. QUANTITATIVO DAS UNIDADES HOTELEIRAS E LEITOS - MUNICÍPIOS DO POLO COSTA DOS
COQUEIRAIS – SERGIPE - 2011 ................................................................................................................... 145
TABELA 43. TAXA DE OCUPAÇÃO, PERMANÊNCIA MÉDIA, FLUXO E PERNOITES GERADOS POR
CATEGORIA DAS UNIDADES HOTELEIRAS – ARACAJU - 2008, 2009 E 2010 .................................................. 146
xvii
TABELA 54. DESTINO DO LIXO DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES SEGUNDO RESULTADOS
PRELIMINARES DO CENSO DEMOGRÁFICO 2010 ........................................................................................ 175
TABELA 55. DESTINO DO LIXO DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES POR MUNICÍPIO - POLO
COSTA DOS COQUEIRAIS - 2010 ................................................................................................................. 177
TABELA 56. POPULAÇÃO E PRODUÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - 2010
........................................................................................................................................ 178
TABELA 57. CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA TOTAL – SERGIPE - 2000 A 2009. .................................. 181
TABELA 61. NÚMERO DE UNIDADES DE ATENDIMENTO EM SAÚDE POR TIPO. POLO DOS COQUEIRAIS -
2010 ........................................................................................................................................ 184
TABELA 62. NO. DE CASOS DE DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA - – POR 1.000 HABITANTES – POLO
COSTA DOS COQUEIRAIS - 2009 ................................................................................................................. 188
TABELA 63. ÁREA TERRESTRE E ÁREA DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS. .................................................. 220
TABELA 64. COMUNIDADES QUILOMBOLAS NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ................................ 245
TABELA 65. HIERARQUIZAÇÃO DE ATRATIVOS POLO COSTA DOS COQUEIRAIS – SE ............................ 294
TABELA 68. INVESTIMENTOS TOTAIS PREVISTOS NO PDITS COSTA DOS COQUEIRAIS DE ACORDO COM A
ORIGEM DOS RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS ................................................................................ 367
TABELA 69. INVESTIMENTOS DO PRODETUR - PRIMEIROS 18 MESES .................................................. 368
TABELA 70. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO POLO A PARTIR DAS AÇÕES
INICIAIS DO PDITS ..................................................................................................................................... 452
ÍNDICE DE QUADROS
QUADRO 01: MUNICÍPIOS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS E MUNICÍPIOS CONSIDERADOS NO PDITS
2001/2003..................................................................................................................................................... 3
QUADRO 02: ÁREAS DE INTERESSE TURÍSTICO NA COSTA DOS COQUEIRAIS, PDITS 2001/2003 ............... 23
QUADRO 03: CIRCUITOS DE INTERESSE TURÍSTICO NA COSTA DOS COQUEIRAIS, PDITS 2001/2003 ......... 23
QUADRO 04: PORTFÓLIO PRINCIPAL E SEGMENTOS TURÍSTICOS COMPLEMENTARES – POLO COSTA DOS
COQUEIRAIS – SERGIPE ............................................................................................................................... 66
QUADRO 05: TIPOLOGIA DO TURISMO NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS - SERGIPE ............................. 73
xviii
QUADRO 06: SÍNTESE DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS PRINCIPAIS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS –
2012......................... ................................................................................................................................. 142
QUADRO 18: PONTOS CRÍTICOS E SOLUÇÕES POSSÍVEIS PARA MELHORIA DA GESTÃO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS NO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS. ............................................................................................. 178
QUADRO 19: ÓRGÃOS FEDERAIS ENVOLVIDOS COM A GESTÃO DO TURISMO. ...................................... 195
QUADRO 20: ÓRGÃOS ESTADUAIS ENVOLVIDOS COM A GESTÃO DO TURISMO. ................................... 196
QUADRO 22: INSTRUMENTOS LEGAIS E DE GESTÃO DOS MUNICÍPIOS DO POLO DOS COQUEIRAIS ....... 204
QUADRO 23: INSTRUMENTOS LEGAIS E DE GESTÃO DOS MUNICÍPIOS DO POLO DOS COQUEIRAIS ....... 206
QUADRO 24: USO POTENCIAL DOS CONTROLES CLIMÁTICOS RELACIONADOS ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS
NO POLO ........................................................................................................................................ 214
QUADRO 25: USO POTENCIAL DA REDE HIDROGRÁFICA RELACIONADO ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS. .... 221
QUADRO 26: USO POTENCIAL DO RELEVO RELACIONADO ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS ......................... 224
QUADRO 27: USO POTENCIAL DAS CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS RELACIONADOS ÀS ATIVIDADES
TURÍSTICAS ........................................................................................................................................ 227
QUADRO 28: USO POTENCIAL DA VEGETAÇÃO RELACIONADO ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS .................. 232
QUADRO 29: RISCOS AMBIENTAIS EM RELAÇÃO ÀS ATIVIDADES TURÍSTICAS ....................................... 232
QUADRO 30: SÍNTESE DOS PRINCIPAIS CONFLITOS, IMPACTOS NEGATIVOS E AS AÇÕES PARA
MINIMIZAÇÃO. ........................................................................................................................................243
xix
QUADRO 32: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DO PROGRAMA ÁGUA DOCE ...... 262
QUADRO 33: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DA POLÍTICA ESTADUAL DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................................................ 263
QUADRO 34: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DO PLANO INTERMUNICIPAL DE
RESÍDUOS SÓLIDOS DO BAIXO SÃO FRANCISCO SERGIPANO ...................................................................... 263
QUADRO 35: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DA POLITICA ESTADUAL DE
GERENCIAMENTO COSTEIRO ..................................................................................................................... 264
QUADRO 36: POLÍTICAS, PROGRAMAS E PROJETOS COLOCALIZADOS DO FUNDO CLIMA ...................... 265
QUADRO 37: CAPACIDADE INSTITUCIONAL DOS MUNICÍPIOS PARA A GESTÃO AMBIENTAL.................. 267
QUADRO 38: ANÁLISE SWOT ................................................................................................................ 280
QUADRO 39: FORÇAS, FRAGILIDADES, OPORTUNIDADES E AMEAÇAS – POLO COSTA DOS COQUEIRAIS 281
QUADRO 40: CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE ATRATIVIDADE ...................................... 291
QUADRO 41: MATRIZ DE HIERARQUIZAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS ............................................ 292
QUADRO 42: ATRATIVOS TURÍSTICOS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS CONSIDERADOS PARA
HIERARQUIZAÇÃO ..................................................................................................................................... 293
QUADRO 56: CRONOGRAMA DE PRECEDÊNCIA DAS AÇÕES RELATIVAS AOS 18 PRIMEIROS MESES –
INVESTIMENTOS PRODETUR...................................................................................................................... 371
QUADRO 57: AÇÕES DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO ESTADUAL E MUNICIPAL DO TURISMO – METAS
DE DESEMPENHO PARA OS PRIMEIROS 18 MESES DE IMPLANTAÇÃO DO PDITS ......................................... 375
QUADRO 58: MARCO DE RESULTADOS PARA AS AÇÕES PRIORIZADAS .................................................. 427
xx
APRESENTAÇÃO
O documento representa o Produto Final do PDITS, do Contrato Nº 003/2010 firmado entre
a Secretaria de Estado de Turismo de Sergipe – Setur e a Technum Consultoria SS, que
tem por objeto a revisão/atualização do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo
Sustentável – PDITS do Polo Costa dos Coqueirais/SE originalmente elaborado e aprovado
no período 2001/2003.
O PDITS em processo de revisão e atualização constitui o instrumento base para o
desenvolvimento turístico do Polo Costa dos Coqueirais conforme políticas públicas
estabelecidas pelo Estado de Sergipe e conta com o apoio do Ministério do Turismo - MTur,
por meio do Programa de Desenvolvimento do Turismo – Prodetur, com aporte financeiro do
Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID.
No âmbito deste PDITS, segundo o Termo de Referência estão previstas seis etapas a
serem cumpridas pela Technum Consultoria SS. Este Produto diz respeito à 6ª. Etapa que
trata da consolidação dos Produtos anteriores, ajustados de acordo com orientações da
Setur e do MTur, constituindo a Versão Final do PDITS, conforme especificação a seguir:
1ª. ETAPA
Elaboração do Plano de Trabalho e Formulação dos Objetivos do PDITS – Produto 1.
2ª. ETAPA
Elaboração do Diagnóstico Estratégico da Área e das Atividades Turísticas – Produto 2.
3ª. ETAPA
Validação da Seleção da Área Turística e Elaboração das Estratégias de
Desenvolvimento Turístico – Produto 3.
4ª. ETAPA
Elaboração do Plano de Ação: Seleção de Procedimentos, Ações e Projetos e
Mecanismos de Acompanhamento e Avaliação – Produto 4.
5ª. ETAPA
Elaboração da Versão Preliminar do PDITS - Produto 5.
6ª. ETAPA
Elaboração da Versão Final do PDITS - Produto Final.
Abril de 2013.
1
INTRODUÇÃO
O Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS – do Polo Costa
dos Coqueirais tem como função orientar o crescimento do turismo por meio do
desenvolvimento sociocultural, ambiental, político-institucional e econômico dos municípios
que o compõem. Fundamenta-se na política estadual de desenvolvimento do turismo para o
Estado de Sergipe e orienta-se pelas diretrizes do Programa Nacional de Desenvolvimento
do Turismo – Prodetur, coordenado pelo Governo Federal no âmbito do Ministério do
Turismo – MTur.
A partir de estudos da realidade atual e de construção dos cenários desejados para a área
de estudo, são concebidos objetivos e estratégias que orientam a definição de ações
visando o desenvolvimento turístico integrado e sustentável. As ações previstas são
priorizadas e especificadas, destacando-se aquelas indicadas para o aporte de recursos
financeiros do Prodetur.
Com efeito, o PDITS deve constituir o instrumento técnico de gestão, coordenação e
condução das decisões da política de turismo na área de planejamento e de apoio ao setor
privado, de modo a dirigir seus investimentos e melhorar a sua capacidade empresarial e o
acesso ao mercado turístico.
Na primeira fase de investimentos pelo Prodetur/ NE I, que teve início em 2000, o Estado
recebeu investimentos da ordem de US$ 67 milhões, que foram destinados a nove
municípios sergipanos, sete deles pertencentes ao Polo Costa dos Coqueirais: Aracaju,
Barra dos Coqueiros, Itaporanga D’Ajuda, Estância, Indiaroba, São Cristóvão e Santa Luzia
do Itanhy.
A definição de ações para os investimentos previstos se baseou na estratégia formulada de
investimentos e desenvolvimento do turismo, em três etapas, objetivando a consolidação
dos seguintes fluxos1:
urbano de lazer;
cultural;
de convenções e eventos
Naquela época, a área de abrangência do Polo Costa dos Coqueirais era composta de 17
municípios, compreendendo municípios da costa litorânea e os localizados às margens do
São Francisco.
O Prodetur/ NE II teve como objetivo dar continuidade às ações e aos programas que visam
à melhoria da qualidade de vida da população fixa das áreas beneficiadas pela primeira
etapa desse programa.
O Programa, focado no conceito de polos de turismo, estabeleceu que para a assinatura do
Contrato de Empréstimo dessa segunda fase deveriam ser detalhados os Planos de
Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável – PDITS, dos Polos de cada Estado.
Assim, o contrato de empréstimo entre o Governo Federal e o Banco Interamericano de
Desenvolvimento - BID para a segunda fase do Programa foi estruturada a partir dos PDITS
de três estados, que compuseram a amostra representativa do Programa, tendo sido
escolhidos, para tanto, os estados de Sergipe, Rio Grande do Norte e Bahia.
Aproveitando a oportunidade criada, o Estado de Sergipe desenvolveu o documento Plano
de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável da Costa dos Coqueirais,
denominado de PDITS – Costa dos Coqueirais/ SE – versão 2001/003, segundo as
orientações dos consultores do Banco do Nordeste – BNB, e do BID.
1
Conforme definições adotadas à época, e registradas no PDITS do Polo Costa dos Coqueirais, versão 2001/2003.
2
Segundo as orientações do BID, o PDITS 2001/2003 considerou somente os municípios da
costa litorânea, sendo excluídos aqueles localizados às margens do São Francisco.
Sob a ótica das diretrizes do BNB/BID de “completar e complementar”, o PDITS – Costa dos
Coqueirais/ SE – versão 2001/003 restringiu a área de planejamento2 aos sete municípios
que receberam investimentos da primeira etapa do programa e os municípios de Nossa
Senhora do Socorro e o de Laranjeiras.
Quadro 01: Municípios do Polo Costa dos Coqueirais e Municípios Considerados no PDITS 2001/2003.
Polo Costa dos Coqueirais Área de Planejamento do PDITS 2001/2003
Aracaju Aracaju
Barra dos Coqueiros Barra dos Coqueiros
Brejo Grande Estância
Estância Indiaroba
Indiaroba Itaporanga d’Ajuda
Itaporanga d’ajuda Laranjeira
Laranjeiras Nossa Senhora do Socorro
Nossa Senhora do Socorro Santa Luzia do Itanhy
Pacatuba São Cristóvão
Pirambu
Santa Luzia do Itanhy
Santo Amaro das Brotas
São Cristóvão
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
O documento preparado pelo estado de Sergipe teve boa aceitação, tendo sido utilizado
como elemento balizador do programa de empréstimo entre o Governo Federal e o órgão
financiador, e contando com aprovação para a assinatura de sub-empréstimo para o Estado,
porém o contrato, por razões diversas, acabou não sendo assinado.
Consciente da necessidade de revisão do PDITS 2001/2003 elaborado, em 2005 o Governo
de Sergipe aproveitou a oportunidade para a formatação de um Programa de
Desenvolvimento Integrado, em acordo com a Estratégia de Turismo do Estado, e da
amplitude dos impactos advindos de investimentos significativos de recursos.
O documento elaborado, denominado PDITS - Polo dos Coqueirais versão 2005 permitiu
o planejamento integrado do Polo, contemplando os treze municípios, e a busca de novas
negociações junto ao Prodetur/ NE II, apesar de mais uma vez não ter sido concretizado o
sub-empréstimo para o estado de Sergipe. Por não ter sido formalizado junto ao MTur ou
BID, a presente revisão se reporta ao PDITS legalmente vigente, qual seja o PDITS
2001/2003.
O estudo possibilitou, porém, a instigação da promoção de esforços adicionais nas mais
diversas direções, tais como busca de negociações de recursos financeiros provenientes de
outras fontes, diretrizes para implantação de instrumentos integrados que permitissem apoio
à monitoração de impactos advindos do desenvolvimento pretendido e outros. O Plano
manteve os princípios de garantia da sustentabilidade - com qualidade ambiental e busca da
inserção da população local na cadeia produtiva do turismo.
2
Municípios passíveis de receber investimentos em obras.
3
Figura 1. Municípios que Compõem o Polo Costa dos Coqueirais/SE
4
1A PARTE: MARCO REFERENCIAL E OBJETIVOS DO PDITS
5
6
1. O CONTEXTO
1.1. A Política Federal de Turismo e o Programa Prodetur Nacional
O Prodetur, criado pelo Governo Federal no âmbito do MTur, tem por objetivo o
financiamento de programas regionais para a captação de recursos junto ao BID. O primeiro
desses programas foi o Prodetur Nordeste, fase I e fase II, seguido pelo Proecotur (Região
Norte) e Prodetur Sul (Região Sul e MS).
Recentemente, o Prodetur tomou caráter nacional, passando a se denominar Programa
Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur Nacional), englobando os citados
programas e estendendo-se a outras regiões brasileiras. Orientados pela Política Nacional
de Turismo, espera-se que a execução dos novos programas atenda às especificidades de
cada uma das regiões do País.
O objetivo principal do Prodetur Nacional é gerar condições que facilitem a consecução das
metas do Plano Nacional de Turismo 2007-2010, tendo como objetivos específicos:
contribuir para aumentar a capacidade de competição dos destinos turísticos
brasileiros;
consolidar a política turística nacional, por meio de gestão pública descentralizada,
participativa e em cooperação com os diferentes níveis da administração pública
(federal estadual e municipal).
O apoio do BID ao Prodetur Nacional se dá por meio de uma Linha de Crédito Condicionado
para Investimento - CCLIP, instrumento idôneo para avançar rumo a um modelo de
desenvolvimento turístico, a partir do qual os investimentos dos governos estaduais e
municipais respondam tanto às especificidades próprias como a uma visão integral do
turismo no Brasil, tal qual preconiza o Plano Nacional de Turismo. Podem qualificar-se como
mutuários os estados, os municípios e as entidades de personalidade jurídica própria que
integrem a administração turística pública de âmbito federal, estadual ou municipal.
Para alcançar seus objetivos, o Programa Prodetur Nacional apoia o financiamento de
projetos de desenvolvimento turístico organizados em cinco componentes descritos a seguir:
estratégia de produto turístico: conceitualmente, o produto turístico relaciona-se
diretamente com a motivação em viajar a um destino. Tem como base os atrativos
(naturais e culturais, tangíveis ou intangíveis) que originam o deslocamento do turista
a um espaço geográfico determinado, e inclui os equipamentos e serviços
necessários para satisfazer a motivação da viagem e possibilitar o consumo turístico.
Os produtos turísticos definem a distinção e o caráter do destino.
Por isso, é importante desenvolver uma estratégia coerente na qual se priorizem os
produtos que melhor consolidem com maior eficiência a imagem de cada destino,
gerando maior rentabilidade a curto, médio e longo prazo. Nesse contexto, as
atividades deste componente se concentrarão nos investimentos relacionados com o
planejamento, a recuperação e a valorização dos atrativos turísticos públicos
necessários para promover, consolidar ou melhorar a competitividade dos destinos
em modalidades ou tipos específicos de turismo.
O componente também integrará as ações destinadas a alinhar os investimentos
privados em segmentos ou nichos estratégicos, bem como aquelas destinadas a
melhorar a competitividade dos empresários turísticos, por meio do aprimoramento
da organização setorial, da qualidade dos serviços e do acesso a fatores produtivos;
estratégia de comercialização: este componente contempla ações destinadas a
fortalecer a imagem dos destinos turísticos e a garantir a eficiência e eficácia dos
meios de comercialização escolhidos;
7
fortalecimento institucional: este componente integra ações orientadas a fortalecer
a institucionalidade turística, por meio de mecanismos de gestão e coordenação em
âmbito federal, estadual, local e do setor privado, e do apoio à gestão turística
estadual e municipal (reestruturação de processos internos, equipamento,
desenvolvimento de software, capacitação e assistência técnica);
infraestrutura e serviços básicos: este componente integra todos os investimentos
em infraestrutura e de serviços não vinculados diretamente a produtos turísticos, mas
necessários para gerar acessibilidade ao destino e dentro dele (infraestrutura de
acesso e transporte) e satisfazer as necessidades básicas do turista durante sua
estada, em termos de água, saneamento, energia, telecomunicações, saúde e
segurança; e.
gestão ambiental: este componente é dirigido à proteção dos recursos naturais e
culturais, que constituem a base da atividade turística, além de prevenir e minimizar
os impactos ambientais e sociais que os diversos investimentos turísticos possam
gerar. Dentre as ações previstas, podem estar incluídas a implantação de sistemas
de gestão ambiental, as avaliações ambientais estratégicas, os estudos de impacto
ambiental, entre outros.
1.2. O Estado de Sergipe e o Polo Costa dos Coqueirais
O Estado de Sergipe, localizado na região Nordeste do Brasil, ocupa uma área de 22.000
km², que corresponde a 0,26% da superfície total do Brasil. Possui 75 municípios e,
conforme contagem populacional realizada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE - possui 2.068.017 habitantes. A densidade demográfica é de 94,3
hab./km². A população total do Sergipe corresponde a 1,08% da população brasileira.
O turismo é um ramo econômico ainda não suficientemente explorado no Estado, mas que
vem apresentando desenvolvimento nos últimos anos.
A geração de empregos, entre dezembro de 2011 a novembro de 2012, foi de 2.308
empregos diretos e indiretos, ficando atrás apenas do setor de construção civil, conforme o
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - Caged, do Ministério do Trabalho e
Emprego – MTE. Segundo a mesma fonte:
os diversos setores envolvidos com o turismo representam 19,4% do total de
empregos gerados para a economia sergipana;
os empregos gerados pelo turismo em Sergipe em 2012 representaram um
crescimento de 5,75% em relação ao mesmo período de 2011, ficando a frente de
destinos turísticos tradicionais do Nordeste, a exemplo de Alagoas (2,75%) e Bahia
(4%).
Os dados demonstram o crescimento da atividade turística no estado e o Governo do
Estado vem demonstrando esforço na implementação de ações para que o turismo se
desenvolva como um setor gerador de emprego e renda para a população
Sergipe possui uma variedade de regiões turísticas, cujo potencial tem sido objeto de
estudos e programas governamentais que buscam aumentar competitividade do produto
turístico sergipano. Assim, o Estado de Sergipe é um destino promissor, que demanda
ações para o seu desenvolvimento turístico.
O litoral do Estado destaca-se, por abrigar praias com características diversas, já exploradas
pelo turismo ou ainda desconhecidas. O interior caracteriza-se pelo sertão nordestino, a
região dos lagos do Cânion de Xingó, o Rio São Francisco e o Parque Nacional Serra
Itabaiana.
A Capital, Aracaju, inserida no Polo Costa dos Coqueirais, se destaca como o centro
receptivo principal do Estado, por possuir melhor infraestrutura turística em relação às
outras cidades de Sergipe.
8
Figura 2. Aracaju como Capital do Estado e Centro Receptivo
9
A Indústria Extrativa, pelo segundo ano consecutivo, apresentou queda na produção ficando
em 2010, 7,1% menor que o ano anterior (Contas Regionais, 2010, Observatório de
Sergipe). Entre os segmentos mais importantes houve queda tanto na extração de petróleo
e gás como na de minerais não metálicos.
O segmento Transformação apresentou em 2010 crescimento de 9,4%. Teve destaque a
Indústria da Construção com crescimento de 11,7%, passando a representar 7,8% do setor
industrial sergipano. Por outro lado, a atividade de Serviços Industriais de Utilidade Pública
(SIUP) apresentou, em 2010 queda de 5,3% resultado de uma geração 11,7% menor da
Usina Xingó, a maior hidrelétrica do sistema Chesf.
Para o planejamento das políticas públicas da administração estadual, no ano de 2007 o
Governo do Estado de Sergipe, em parceria com a Universidade Federal de Sergipe,
organizou o Estado em oito territórios baseados em critérios econômico-produtivos,
geoambientais, sociais, político-institucionais e culturais. São eles: Alto Sertão Sergipano,
Baixo São Francisco Sergipano, Leste Sergipano, Médio Sertão Sergipano, Agreste Central
Sergipano, Grande Aracaju, Centro-Sul Sergipano e Sul Sergipano.
Figura 3. Territórios Sergipanos
10
Figura 4. Polos Turísticos de Sergipe
11
quase 50% do total dos habitantes de Sergipe. Conforme se observa a grande concentraçao
da população ocorre na Capital, Aracaju, que abriga 28 % da população estadual. Nossa
Senhora do Socorro, cuja área urbana é conurbada à Aracaju, e São Cristóvão que também
integra a Região Metropolitana, também se destacam em volume de habitantes e densidade
demográfica. Dos demais municipios, Estância merece registro pelo volume de habitantes,
enquanto Barra dos Coqueiros pela densidade demográfica.
Tabela 1. Número de habitantes por município e densidade demográfica, Polo Costa dos
Coqueirais, 2010.
Densidade
População 2010 Área
Municípios Demográfica
(hab.) (km²)
(hab./km2)
Aracaju 571.149 181,857 3.140,67
Barra dos Coqueiros 24.976 90,322 276,52
Brejo Grande 7.742 148,858 52,01
Estância 64.409 644,083 100,00
Indiaroba, 15.831 313,525 50,49
Itaporanga D’Ajuda 30.419 739,925 41,11
Laranjeiras 26.902 162,280 165,78
Nossa Senhora do Socorro 160.827 156,771 1.025,88
Pacatuba 13.137 373,818 35,14
Pirambu 8.369 205,879 40,65
Santo Amaro das Brotas 11.410 234,156 48,73
São Cristóvão 78.864 436,863 180,52
Santa Luzia do Itanhy 12.969 325,732 39,36
Total Polo 1.027.004 4.014 255,85
Total - Estado 2.068.017 21.915,116 94,35
12
destaque Aracaju (36,57%), Nossa senhora do Socorro (7,54%), Estância (4,30%) e
Laranjeiras (4,01).
Tabela 2. Linha de Base Sócio Ambiental
% da PIB Participação
População População Índice de
IDH valor no PIB
(hab.) em relação Gini
Municípios 2000 corrente Estadual (%)
2010 ao estado 2010
(%) (Fonte 2) (R$ 1000,00) 2010
(Fonte 1) (Fonte 1)
(Fonte 3) (Fonte 1) (Fonte3)
Fonte: (1) IBGE, 2010; (2) Atlas Desenvolvimento Humano, 2000; (3) Technum Consultoria.
13
Gráfico 1. Índices de Competitividade de Aracaju - 2011
Fonte: MTur/ FGV. Índice de Competitividade do Turismo Nacional. 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento
Turístico Nacional. 2011.
A Tabela a seguir apresenta a evolução dos índices, de 2008 a 2011, bem como a média no
Brasil e nas capitais, para efeito comparativo e melhor análise da situação de Aracaju.
Tabela 3. Índices de Competitividade do Turismo Nacional - 2008-2011
14
2008 2009 2010 2011
Dimensões
Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju Brasil Capitais Aracaju
Aspectos
54,6 61,4 62,0 54,6 63,0 55,2 55,9 64,1 59,0 57,5 66,2 55,7
culturais
Fonte: MTur/ FGV. Índice de Competitividade do Turismo Nacional. 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento
Turístico Nacional. 2011.
15
No que tange ao turismo de negócios e eventos o maior expoente nacional é o estado de
São Paulo, seguido pelo Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte. Sergipe se
encontra em um patamar bastante inferior a essas localidades. O segmento de negócios e
eventos, concentrado em Aracaju, atrai turistas especificamente interessados, enquanto o
segmento sol e praia, disponível nos diferentes municípios do Polo, motiva a visitação
integrada aos atrativos, de forma a consolidar o Polo, a distribuição dos benefícios e a
complementaridade dos segmentos, induzindo o aumento da permanência do turista na
área.
3
Entendida como o conjunto dos fundamentos teóricos, das técnicas e dos métodos empregados no desenvolvimento das
atividades.
16
2. OS ANTECEDENTES
2.1. O Prodetur/ NE - SE
Conceituação do Programa
17
tendência principal, o elemento básico para qualquer turismo que contivesse lazer: mar,
praia e sol o ano inteiro 4.
As prioridades do programa foram definidas levando em consideração a lógica do
planejamento regional, conforme definidas a seguir.
4
Foram mantidos os termos utilizados conforme definição Constant em documentos da época – PDITS 2001/2003 e PDITS
2005.
5
Para compor a contrapartida do Estado foi contratada com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social-
BNDES, a importância de R$ 11.535.200,00.
18
aproximadamente US$ 14,3 milhões, culminado em um investimento total de cerca de US$
67,0 milhões6.
Na primeira fase de investimentos pelo Prodetur foram investidos no Estado
aproximadamente US$ 67 milhões, destinados a nove municípios sergipanos, sete deles
pertencentes ao Polo Costa dos Coqueirais: Aracaju, Barra dos Coqueiros, Itaporanga
D’Ajuda, Estância, Indiaroba, São Cristóvão e Santa Luzia do Itanhy.
Dentre as obras realizadas vale ressaltar melhorias nas condições de acessibilidade, com a
ampliação do aeroporto, a implantação da rodovia litorânea SE 100 Sul (continuidade da
Linha Verde que interliga os Estados de Sergipe e Bahia), valorização do patrimônio e
melhoria no abastecimento de água e esgotamento sanitário, que corresponde a um dos
principais problemas locais. O gráfico a seguir demonstra os investimentos feitos no âmbito
do Prodetur/NE I no estado de Sergipe.
Gráfico 2. Investimentos primeira fase do Prodetur
6
Sendo 51,09 % referente à contrapartida e 48,91 proveniente de financiamento, representando os 100,00% dos recursos
contratados com o BNB/ BID.
19
relativos à geração de empregos diretos e indiretos e de investimento privado acumulado
em turismo no Nordeste, conforme apontados na tabela a seguir.
Tabela 4. Resultados Alcançados pelo Prodetur NE I
20
Litoral Norte – 3ª Prioridade:
- Transporte
Urbanização da Orla de Neópolis;
Urbanização da Orla de Gararu.
Figura 5. Distribuição das ações do Prodetur I no Polo Costa dos Coqueirais, Sergipe
21
2.2. O Prodetur / NE II - SE
O Prodetur/ NE II teve como objetivo dar continuidade às ações e aos programas que
visassem à melhoria da qualidade de vida da população fixa das áreas beneficiadas pela
primeira etapa desse programa. Nesse sentido, priorizou ações e investimentos necessários
à consolidação do turismo na região, completando e complementando os investimentos
realizados pela primeira fase do Programa, Prodetur/ NE – I, centrado nos seguintes
conceitos:
Ações a serem completadas: aquelas previstas no âmbito do Prodetur/ NE I, mas
não terminadas ou executadas nos municípios beneficiados, e ainda necessárias à
sustentabilidade do turismo do respectivo Polo;
Ações a serem complementadas: aquelas identificadas como prioritárias em
função dos resultados e impactos do Prodetur/ NE I no Polo.
Como premissa básica, o PDITS 2001/2003 buscou a obtenção de perfeito equilíbrio entre
as atividades turísticas e a proteção do meio ambiente, beneficiando os aspectos
socioeconômicos e histórico-culturais e contribuindo para o desenvolvimento sustentável.
Para tanto, entendeu-se que parcerias haveriam de ser formadas e que seria de
fundamental importância da participação dos municípios e da sociedade local no
planejamento e na gestão compartilhada e eficaz do processo de desenvolvimento turístico,
pretendido como contínuo e permanente.
Em relação às diretrizes já estabelecidas para o estado, foram considerados básicos os
seguintes aspectos:
Estruturação do turismo em Sergipe apoiado em três pontos:
- polo regional de lazer e entretenimento;
- portão de entrada para o turismo nacional e internacional; e
- destino integrado aos demais estados da região para compor o produto turístico
Nordeste.
Divulgar o “singular” do Estado de Sergipe:
- a tranquilidade;
- a melhor qualidade de vida da região;
- a localização privilegiada; e
- as tradições peculiares.
Desenvolver parcerias com organismos do setor público e privado e com a
sociedade organizada, de modo a viabilizar o desenvolvimento sustentável e a
gestão compartilhada e eficaz do turismo no estado, com o fortalecimento do
PNMT – Programa Nacional de Municipalização do Turismo, do Embratur.
Manter o equilíbrio da baixa sazonalidade, dando continuidade à estruturação
da oferta do produto turístico Sergipe e do desenvolvimento de atrativos para
segmentos particulares como o turismo de negócios e eventos, além de outros,
como o da melhor idade, científico e cultural, naturismo e ecologia, que possam
ser implementados em qualquer época do ano.
Estruturar os sistemas de informações e de estudos de mercado sobre o setor
para atrair investimentos, orientar a gestão do turismo e subsidiar os investidores
quanto à evolução da atividade no Estado.
Estruturar programas de conscientização pública e capacitação para o
turismo.
A estratégia turística propõe Áreas e Circuitos de Interesse Turístico, conforme Quadro 02: e
Quadro 03: a seguir.
22
Quadro 02: Áreas de Interesse Turístico na Costa dos Coqueirais, PDITS 2001/2003
Santa Luzia do Itanhy, Tem como motivação principal as edificações históricas dos engenhos. A
Arauá e entorno; proposta é de que os engenhos já descaracterizados ou em precário
Circuito dos estado de conservação sejam transformados em equipamentos de
Engenhos Itaporanga d´Ajuda, São hospedagem, nos moldes das quintas portuguesas. As edificações mais
Cristóvão, Laranjeiras e preservadas poderão se tornar atrativos de visitação, com exposição de
entorno. costumes, equipamentos e técnicas de época.
O circuito das Festas Juninas abrange as dez localidades onde se
verificam as festas de maior tradição no Estado – além dos municípios
Indiaroba, Estância,
Circuito das incluídos na Costa dos Coqueirais envolve Cristinápolis, Areia Branca,
Pacatuba, Aracaju e
Festas Juninas Muribeca, Capela, e Neópolis. A proposição é articular os municípios de
Itaporanga d´Ajuda.
forma a fortalecer o conjunto, principalmente através de ações de
planejamento, divulgação e marketing.
Visando a estruturação do espaço físico são eleitos ainda Centros de Apoio às atividades
turísticas nas diversas regiões, notadamente em municípios com características peculiares
de potenciais indutores, com alguma infraestrutura já existente e equipamentos e facilidades
turísticas já instalados (ainda que considerada incipiente face ao potencial verificado).
Assim, na Costa dos Coqueirais devem ser incentivados os seguintes Centros de Apoio
Turísticos:
23
Centro Receptivo Principal Aracaju.
Núcleo Receptivo Estância
Complexos Turísticos Mosqueiro
Ponta do Saco
A estratégia turística estabelecida tem como principiou o desenvolvimento dos instrumentos
de planejamento necessários ao seu desenvolvimento, tanto em relação aos Planos
Diretores Municipais e demais instrumentos legais necessários à adequada gestão, quanto à
elaboração de planos de Proteção de áreas frágeis e de Planos de Manejo para a Áreas de
Proteção Ambiental.
Para cada uma das áreas relacionadas foram estabelecidas metas e objetivos a serem
perseguidos.
Estratégia Turística
acessibilidade rodoviária: criar condições para aumento do fluxo na SE 100 Sul,
através da: implantação de pequenos trechos de rodovias, interligando povoados e
sistema viário existente; implantação de ponte para eliminar a transposição de um
dos rios via ferry-boat; e implantação de circuito de navegação fluvial, com criação de
atracadouros e urbanização de áreas lindeiras.
estruturação de atrativos turísticos do Litoral Sul: implantação do circuito de
navegação fluvial; aproveitamento das estruturas de engenhos desativados para
atividades turísticas, com ênfase para hospedagem e visitação, através de parcerias
com a iniciativa privada; implantação de sistemas de água e esgoto em povoados de
especial interesse turístico; e implantação de sinalização turística.
fortalecimento de Aracaju como Centro Receptivo Principal: melhorar as
condições urbanas do Bairro de Atalaia; ampliar as condições de saneamento da
cidade; melhorar o atendimento aos turistas que chegam via aérea; estruturar
atrativos turísticos, por meio da recuperação de patrimônio histórico, projeto de
revitalização do Parque da Cidade implantação do Museu do Cangaço; e implantação
de sinalização turística.
fortalecimento dos produtos histórico-culturais: por meio da recuperação de
edificações em Aracaju, São Cristóvão e Laranjeiras; e melhoria da qualidade de
cidades históricas, com implantação de sistemas de água, esgoto e drenagem em
São Cristóvão.
preservação do meio ambiente: garantir tal preservação, por meio de elaboração de
Plano de Proteção e Recuperação de Lagoas, Dunas e Manguezais da área de
planejamento; elaboração do Plano de Manejo da APA do Morro do Urubu.
24
fortalecimento do artesanato de Sergipe: o artesanato local deve ser valorizado,
incentivado e organizado. Busca: a otimização da produção atual e transmissão
dessa manifestação para as futuras gerações; apoiar a comercialização nos principais
pontos turísticos e sua divulgação; e criar Programa de Desenvolvimento e
Capacitação do Artesão apoiado em ações de capacitação profissional, prevendo
cursos caracterizados pela continuidade, constância e flexibilidade em função de
demandas específica.
Estratégia Institucional
Eleger o setor de turismo como área prioritária de investimento e promoção e compreender
a sua importância como fator de desenvolvimento econômico e social.
planejamento - incentivar e promover junto às administrações municipais a
elaboração e a implantação de Planos Estratégicos Municipais de Uso do Solo e de
Desenvolvimento.
integração, interação e gestão participativa - Criar mecanismos e prática
continuada de trabalho conjunto e planejamento integrado, reunindo esforços de
diferentes órgãos e entidades da administração pública, setor privado e sociedade
civil.
aumento da eficácia dos órgãos públicos promotores do turismo – implantar
processo de adequação das organizações públicas diretamente envolvidas com o
setor de turismo.
recursos humanos para o setor de turismo - capacitar população para suprir a
carência de profissionais capacitados a atuar nos diversos segmentos que compõem
a cadeia do turismo.
divulgação e marketing - elaborar, implementar e alimentar continuamente Plano de
Divulgação e Marketing, objetivando resultados efetivos, incluindo busca de recursos
alternativos para sua concretização.
25
Tabela 5. Matriz de Projetos, Fontes e Prioridades de Investimentos - PDITS Polo dos Coqueirais Versão 2001/2003
27
2.3. Outros Investimentos na Área do Polo
Foram firmados pelo Estado de Sergipe com o Ministério do Turismo, no período de 2008 a
2010, dezesseis convênios. Estes convênios estão classificados em cinco componentes e
totalizam o montante de aproximadamente R$ 23,2 milhões, sendo que R$ 20,9 milhões são
oriundos do governo federal e R$2,32 milhões do governo do estado. A tabela a seguir
aponta os convênios firmados para o desenvolvimento do turismo.
Tabela 6. Convênios Assinados pelo Estado de Sergipe com MTur – 2008 a 2010
Dentre os Convênios listados alguns não foram ainda executados e outros estão sendo
renegociados.
Considerando o total de investimentos destinado, direta ou indiretamente, para o
desenvolvimento do turismo no estado de Sergipe no período de 1995 a 2010, tem-se que
os recursos oriundos do Prodetur perfazem 25% dos investimentos totais. A tabela a seguir
demonstra que os outros 75% foram provenientes de outras fontes, dentre as quais o
orçamento do Estado, o BNB e a iniciativa privada.
Tabela 7. Fonte dos Recursos Financeiros destinados ao Desenvolvimento do Turismo Sergipano
- 1995 a 2010
Dos investimentos realizados pelo poder público, a maior relevância recaiu sobre a
infraestrutura de acesso, como vias e pontes, enquanto o setor privado priorizou os meios
de hospedagem e os equipamentos de lazer, como bares e restaurantes.
Os investimentos públicos complementares aos do Prodetur para o Polo Costa dos
Coqueirais no período de 2008 a 2011 estão detalhados na Tabela a seguir.
28
Tabela 8. Investimentos públicos complementares ao Prodetur – Apoio aos Roteiros Turísticos -
Polo Costa dos Coqueirais - 2008 a 2012
Área
Roteiro Fonte de Valor R$
do Ação
turístico recurso mil
Polo
Roteiro
Emendas de
Litoral Foz do Implantação da estrada parque interligando aos
bancada 13.500,00
Norte Rio São municípios de Pirambu a Brejo Grande
OGU
Francisco
Reforma do Palácio Olímpio Campos para instalação OGU
12.000,00
de Museu Casa Civil.SE
Reforma de prédio histórico e construção do Museu da
BANESE 22.000,00
Gente Sergipana
Construção da Orla Atalaia Nova no município da Barra
OGU/MTur 4.611,00
dos Coqueiros
Reforma do Complexo Cultural Gonzagão no município Fundo Nacional
City Tour 405,36
de Aracaju da Cultura
Aracaju
OGU/Min.
Adequação e modernização do complexo do Batistão
Esporte 10.861,11
em Aracaju
SEINFRA.SE
Centro Revitalização do Parque Antônio Carlos Valadares OGU
7.500,00
(Parque dos Cajueiros)
Construção do novo centro de convenções de Sergipe Emendas OGU 13.500,00
Reforma do Cine Vitória no Centro Histórico de Aracaju OGU/Minc 272,57
Implantação do projeto de revitalização do conjunto
arquitetônico, urbanístico e paisagístico da cidade de OGU/Minc 6.911,00
Laranjeiras
Cidades Execução das obras e serviços previstos no Projeto de
Históricas Revitalização do Conjunto Arquitetônico, Urbanístico e OGU/Minc 8.893,17
Paisagístico da Cidade de São Cristóvão/SE
Implantação de via estruturante que liga os municípios OGU/Min.
3.954,60
de Aracaju e São Cristóvão Cidades
Construção da ponte sobre o Rio Piauí ligando os
OGU/MTur
municípios de Estância (Porto Cavalo) e Indiaroba 115.000,00
SEINFRA.SE
Roteiro (Terra Caída)
Litoral
OGU/MTur
Litoral Sul e Construção da Ponte sobre o Rio Vaza Barris ligando
SEINFRA.SE 90.000,00
Sul Roteiro os municípios de Aracaju e Itaporanga D’Ajuda
Mangue
Seco Construção da ponte sobre o Rio Fundo no município
OGU/MTur
de Estância ligando a rodovia SE – 476 a Rodovia SE – 22.000,00
SEINFRA.SE
100.
Capacitação e certificação de profissionais,
Emendas OGU
Todos equipamentos, serviços e produtos para o 300,00
2012
desenvolvimento do turismo
Todas
Todos Promoção do turismo no mercado nacional Emendas OGU 700,00
Qualificação e certificação profissionais, equipamentos,
Todos Emendas OGU 200,00
serviços e produtos
TOTAL 332.908,81
Fonte: SEPLAG, elaborado por Joab Silva, 2012
29
A Área Central foi a que mais recebeu investimentos, o que causou grandes transformações
em seu espaço, adequando-o ao uso turístico, tanto para o segmento cultural, quanto para o
segmento de negócios e eventos e de sol e praia.
3. OS OBJETIVOS DO PDITS
Objetivo Geral – PDITS Polo Costa dos Coqueirais
Objetivo Geral
Para análise e planejamento do Polo são considerados, nesta revisão, a divisão nos trechos
já indicados no PDITS 2001/2003, quais sejam:
Trecho 1 – Área Central: municípios de Barra dos Coqueiros, São Cristóvão,
Laranjeiras, Santo Amaro das Brotas, Aracaju e Nossa Senhora do Socorro;
Trecho 2 - Litoral Sul: municípios de Itaporanga d’Ajuda, Estância, Santa Luzia do
Itanhy e Indiaroba; e
Trecho 3 - Litoral Norte: municípios de Pirambu, Pacatuba e Brejo Grande.
A revisão do PDITS tem como foco os produtos principais já comercializados em cada
trecho buscando sua estruturação e o aumento do tempo de permanência dos turistas no
Polo.
Esta revisão do PDITS tem como meta aumento da atração de turistas em busca dos
produtos comercializados no Polo, hoje concentrados em maior número em Aracaju.
Além do aumento do número de turistas, tem-se como propósito o aumento do número de
pernoites fora de Aracaju.
O alcance do objetivo do PDITS pressupõe o desenvolvimento e a desconcentração da
atividades turística, apoiada na oferta de roteiros integrados, com atrativos estruturados,
tomando como indutores do desenvolvimento turístico os municípios que se destacam por
suas condições estratégicas quanto à localização, à economia, à oferta de serviços básicos
e ao grau de consolidação da atividade turística.
30
A expectativa é que o turismo desenvolvido de forma integrada por todo o Polo transforme-
se em fonte de novos empregos e ocupações, proporcionando uma melhor distribuição de
renda e melhorando a qualidade de vida das comunidades locais.
31
32
2A PARTE: DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DA ÁREA E DAS
ATIVIDADES TURÍSTICAS
33
34
4. MERCADO TURÍSTICO – DEMANDA E OFERTA
4.1. Demanda Turística Atual
A análise da demanda turística atual para o Polo Costa dos Coqueirais baseou-se em
pesquisas de dados secundários realizadas pela Emsetur, órgão oficial de turismo do
Estado, e pelo MTur e em pesquisas primárias, de natureza quantitativa, realizadas nos
municípios do Polo, abrangendo, em seu conjunto, o período de 2007 a 2011. Em geral, tais
pesquisas possibilitaram a caracterização de tendências, uma vez que são recentes e
abrangem, pelo menos, um espaço temporal de três anos subsequentes.
Parte significativa das informações disponíveis refere-se ao fluxo turístico de hotelaria, e
foram coletadas pela Emsetur, por meio do Subsistema de Informações Hoteleiras de
Sergipe - SIH/SE.
Tais informações são amostrais e decorrem da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes –
FNRH e no Boletim de Ocupação Hoteleira – B.O.H. – preenchidas por unidades hoteleiras
no que diz respeito à taxa de ocupação, permanência média, fluxo turístico e pernoites
gerados. Tais amostras não caracterizam o universo de equipamentos hoteleiros no
município de Aracaju, tampouco das unidades cadastradas, e referem-se aos anos 2008,
2009 e 2010, conforme explicitado a seguir:
2008 – amostra realizada em 26 estabelecimentos hoteleiros, representando 16,56%
do universo pesquisado (157 unidades cadastradas no Estado), equivalente a
36,59% da capacidade total instalada em termos de Unidades Habitacionais – UH;
2009 – amostra realizada em 29 estabelecimentos hoteleiros, representando 16,67%
do universo pesquisado (174 unidades cadastradas no Estado), equivalente a
34,89% da capacidade total instalada em termos de Unidades Habitacionais – UH;
2010 – amostra realizada em 30 estabelecimentos hoteleiros, representando 16,85%
do universo pesquisado (178 unidades cadastradas no Estado) equivalente a 35,98%
da capacidade total instalada em termos de Unidades Habitacionais – UH;
O conjunto de dados e informações assim reunidos, resultantes de pesquisas em fontes
primárias e secundárias, foi significativo e suficiente para a realização do diagnóstico da
área turística em estudo; entretanto, uma parte das informações disponíveis são relativas ao
turismo em Aracaju, município componente da porção central do Polo Costa dos Coqueirais
e não ao Polo como um todo, que abrange mais 12 municípios.
Além desse fato, registra-se que a atual metodologia de coleta de dados dificulta a
interpretação dos mesmos. A pesquisa feita pela Emsetur baseada nas fichas de registros
de hóspedes fornecem informações sobre o responsável por seu preenchimento, muitas
vezes restritas ao chefe da família.
Entende-se que a restrição imposta pela inexistência, em alguns quesitos, de séries
históricas que abranjam o conjunto dos treze municípios que formam a área de estudo,
possa ser superada, dado o cenário local, que tem na capital do Estado a porta de entrada
para o turismo no Polo. Na realidade atual, nota-se que Aracaju concentra a quase
totalidade dos estabelecimentos hoteleiros e dos serviços turísticos ofertados, ainda que os
atrativos turísticos já consolidados ou potenciais se distribuam também pelos outros doze
municípios integrantes do Polo.
Os turistas que acorrem a Sergipe têm em Aracaju a base de sua programação e adquirem
ali pacotes turísticos de um dia ou menos, com destino, por exemplo, ao Delta do São
Francisco, a Mangue Seco (BA), a São Cristóvão e Laranjeiras, dentre outros, fazendo com
que sejam mínimos os pernoites fora da Capital. A carência de infraestrutura relativa ao
saneamento básico, às vias de acesso, ao transporte, bem como a incipiente quantidade e
qualidade dos equipamentos turísticos e dos serviços e prestados nos demais municípios
fazem com que o turista que acessa os atrativos do Polo seja o mesmo que ocupa a rede
35
hoteleira de Aracaju, fornecendo ali os dados que irão caracterizar o seu perfil, as suas
expectativas e o seu grau de satisfação, alimentando as pesquisas realizadas na área do
Polo.
Um banco de dados específicos, confiáveis e constantemente atualizados para o
planejamento do turismo no Costa dos Coqueirais constitui necessidade premente, mas a
validade das informações existentes na atualidade se impõe para a elaboração deste Plano
de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável.
2008
Mercado Emissor Mercado Emissor
% %
Interno - Jan A Dez /08 Externo - Jan A Dez /08
Bahia 49.645 29,54 EUA 672 17,00
São Paulo 25.696 15,29 Itália 402 10,17
Rio de Janeiro 16.433 9,78 Espanha 331 8,38
Sergipe 14.435 8,59 Alemanha 286 7,24
Pernambuco 14.269 8,49 Argentina 230 5,82
Alagoas 11.623 6,92 França 176 4,45
Minas Gerais 7.319 4,35 Portugal 162 4,10
Distrito Federal 6.709 3,99 Canadá 153 3,87
Rio Grande. do Norte 3.454 2,06 Holanda 131 3,31
Paraná 2.736 1,63 Noruega 80 2,02
Paraíba 2.495 1,48 Inglaterra 73 1,85
Ceará 2.491 1,48 Bélgica 71 1,80
Rio Grande do Sul 1.866 1,11 Peru 62 1,57
Goiás 1.022 0,61 Chile 55 1,39
Demais estados 7.878 4,69 Demais países 1.068 27,02
TOTAL 168.071 100,00 TOTAL 3.952 100,00
36
2009
Mercado Emissor % sobre Mercado Emissor % sobre
Interno - Jan A Dez /09 o Total Externo - Jan A Dez /09 o Total
Bahia 62.563 35,10 EUA 564 25,58
São Paulo 23.993 13,46 Holanda 224 10,16
Pernambuco 15.685 8,80 França 199 9,02
Rio de Janeiro 13.898 7,80 Itália 195 8,84
Alagoas 13.056 7,32 Portugal 165 7,48
Sergipe 11.881 6,67 Argentina 156 7,07
Distrito Federal 8.326 4,67 Alemanha 137 6,21
Minas Gerais 7.171 4,02 Suécia 63 2,86
Paraná 2.531 1,42 Suíça 42 1,90
Rio Grde. do Norte 2.459 1,38 Bélgica 42 1,90
Paraíba 2.366 1,33 Canadá 41 1,86
Goiás 1.922 1,08 Espanha 31 1,41
Rio Grande do Sul 1.870 1,05 China 31 1,41
Ceará 1.340 0,75 Japão 25 1,13
Demais estados 9.184 5,15 Demais países 290 13,15
TOTAL 178.245 100,00 TOTAL 2.205 100,00
2010
Mercado Emissor Mercado Emissor
% %
Interno - Jan A Dez /10 Externo - Jan A Dez /10
Bahia 60.927 29,59 EUA 591 23,00
São Paulo 29.581 14,37 Itália 310 12,06
Pernambuco 17.954 8,72 Alemanha 296 11,52
Rio de Janeiro 15.544 7,55 França 204 7,94
Alagoas 15.452 7,51 Argentina 199 7,74
Sergipe 14.650 7,11 Holanda 153 5,95
Distrito Federal 10.769 5,23 Portugal 115 4,48
Minas Gerais 8.029 3,90 Bélgica 109 4,24
Paraíba 3.826 1,86 Canadá 64 2,49
Paraná 3.275 1,59 Suíça 63 2,45
Rio Gde.do Norte 3.267 1,58 Espanha 61 2,37
Rio Grande do Sul 3.073 1,49 Inglaterra 54 2,10
Goiás 2.914 1,42 Chile 43 1,67
Ceará 2.899 1,41 Noruega 40 1,56
Demais estados 13.741 6,67 Demais países 268 10,43
TOTAL 205.901 100,00 TOTAL 2.570 100,00
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H
37
Gráfico 3. Proveniência dos Hóspedes do Mercado Emissor Interno - Aracaju - 2010
SE DF
7% 5% MG
AL PB PR
RJ 4%
7% 2% 2%
7% RN
2%
PE
9% RS
2%
GO
1%
CE
SP 1%
14% Demais Estados
8%
BA
29%
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H
Pela Tabela 10, a seguir, observa-se que o número de hóspedes provenientes do mercado
interno aumentou cerca de 18% entre 2008 e 2010; já o numero de hóspedes vindos de
outros países decresceu em 35% de 2008 para 2010. Ainda assim, o número total de
hóspedes aumentou, no mesmo período, de 172.000 para 208.000 aproximadamente.
Tabela 10. Fluxo de Total de Hóspedes em Aracaju – Mercados Emissores Interno e Externo –
2008/2009/2010
Número de Hóspedes
Mercado Interno Mercado Externo Total
2008 2009 2010 2008 2009 2010 2008 2009 2010
168.071 178.245 205.901 3.952 2.205 2.570 172.023 180.450 208.471
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira - B.O.H.
38
2008 2009 2010
Residência Permanente o o o
N . % N . % N . %
Paraná 2.736 1,59 2.459 1,36 3.275 1,57
Paraíba 2.495 1,45 2.366 1,31 3.267 1,56
Ceará 2.491 1,45 1.922 1,07 3.073 1,48
Rio Grande do Sul 1.866 1,08 1.870 1,04 2.914 1,40
Goiás 1.022 0,59 1.340 0,74 2.899 1,39
Demais Estados 11.830 16,43 11.389 6,31 16.311 7,82
Total 172.023 100,00 180.450 100,00 208.471 100,00
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira - B.O.H.
Tabela 12. Fluxo de Hóspedes segundo Local de Residência Permanente- Aracaju - 2008 a 2010
Fluxo Turístico
Ano Fluxo Turístico Nacional Fluxo Turístico Total
Internacional
2003 134.982 4.532 139.514
2004 147.656 4.315 151.971
2005 164.744 4.471 169.215
2006 152.014 6.093 158.107
2007 159.628 3.798 163.426
2008 168.071 3.952 172.023
2009 178.245 2.205 180.450
2010 205.901 2.570 208.471
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira - B.O.H., 2011.
O Aeroporto Santa Maria em Aracaju/SE está localizado na zona sul da capital sergipana
distante 12 km do centro da cidade e é o único aeródromo público que recebe voos
regulares no estado. Diariamente, cerca de 6 mil pessoas circulam pelo terminal e mais de
900 profissionais trabalham no complexo aeroportuário para atender uma média mensal de
60 mil passageiros e 14 voos diários .
Sua vocação principal está voltada para o atendimento aos executivos e turistas que
buscam o Estado de Sergipe para negócios e lazer, complementada pelas operações diárias
de helicópteros, transportando funcionários para as plataformas de petróleo, localizadas no
litoral de Sergipe e Alagoas.
Segundo o Anuário Estatístico da Infraero, elaborado em 2012, o movimento de passageiros
embarcados e desembarcados no Aeroporto Santa Maria – Aracaju, apresentou um
crescimento acumulado, de 2008 a 2011, acima de 40%, como demonstra a Tabela 13 a
seguir.
Tabela 13. Movimento Anual de Passageiros Embarcados e Desembarcados no Aeroporto de
Aracaju – Voos Regulares – 2008-2011.
39
movimento no mês de janeiro e no mês de maio. Os outros meses da temporada de verão
também tem expressividade. No mês de junho o número de passageiros desembarcados
também é significativo, talvez em função das festas juninas, e nos demais meses a
distribuição do movimento é menor.
Tabela 14. Passageiros Desembarcados no Aeroporto de Aracaju – Por Mês - Voos Regulares
Domésticos 2008 a 2011
Janeiro 35.350
Fevereiro 25.152
Março 28.505
Abril 30.015
Maio 31.402
Junho 29.306
Julho 26.770
Agosto 22.792
Setembro 22.997
Outubro 26.263
Novembro 26.070
Dezembro 30.045
TOTAL 334.667
Fonte: Anuário Estatístico da Infraero - 2009
40
Gráfico 4. Fluxo de Hóspedes segundo o Meio de Transporte Utilizado para Acesso a Aracaju - 2010
Automóvel
24,34%
Não informou
49,16%
Avião
21,91%
Navio/barco Onibus/Trem
0,29% 4,31%
O fluxo turístico nacional para Aracaju apresentou variações anuais pequenas entre 2005
e 2009. Entre 2009 e 2010 apresentou crescimento de 15,5%. Entre julho de 2010 e julho de
2011 o crescimento foi da ordem de 20,77%. O índice de crescimento do fluxo turístico mais
significativo entre 2010 e 2011 foi nos meses de junho (13,79%) e de julho (20,77%), mês
de festas juninas e outras manifestações folclóricas da região e mês de férias, conforme
demonstram a Tabela 16 e o Gráfico 5, a seguir.
Tabela 16. Fluxo Turístico Nacional - Aracaju - Janeiro a Dezembro - 2005 a 2011
41
Gráfico 5. Fluxo Turístico Nacional - Aracaju- 2005 a 2011
250.000
205.901
200.000 178.245
164.744 152.014 168.071
159.628
150.000 128.397*
100.000
50.000
O fluxo turístico de estrangeiros, em seu total, apresentou-se irregular entre 2005 e 2011,
com um total de 4.741 turistas em 2005, crescendo cerca de 28% em 2006 e decrescendo
em 37% de 2006 para 2007. O decréscimo foi maior em 2009, para chegar em 2010 com
cerca de 46% a menos no quantitativo de turistas estrangeiros com relação ao ano de 2005.
Fatores a serem investigados com precisão fizeram o quantitativo de estrangeiros reduzir
em 60,16% no mês de janeiro de 2010 comparado com janeiro de 2011. No entanto, nos
demais meses do ano, o fluxo de turistas estrangeiros cresceu enormemente, chegando a
índices positivos de 183%, comparando o mês de abril de 2010 com o mesmo mês em 2011
e, da mesma forma, os meses de maio (crescimento de 176%), junho (crescimento de
256%) e julho, com 215% a maior, comparados os meses de julho de 2010 e julho de 2011.
Tabela 17 e Gráfico 6, a seguir.
Tabela 17. Fluxo Turístico Estrangeiros – Aracaju - Janeiro a Dezembro - 2005 a 2011
42
Gráfico 6. Fluxo Turístico Estrangeiros - Aracaju - 2005 a 2011
8.000
6.093
6.000 4.741
3.798 3.952
4.000
2.570 2.465*
2.205
2.000
A taxa de ocupação hoteleira constitui outro meio para a verificação do fluxo de turistas na
área de estudo, ainda que não seja nela abrangido o total de turistas, dado que parte deles
busca alojar-se em casas de parentes e amigos e outros não pernoitem nos municípios
visitados, seguindo viagem no mesmo dia.
A rede hoteleira do Polo Costa dos Coqueirais concentra-se em Aracaju. Enquanto Aracaju
possui instalados 43 hotéis, 88 pousadas e um camping, totalizando 132 estabelecimentos,
nos outros municípios do Polo existem 6 hotéis e 26 pousadas, sobre as quais inexistem
dados para cálculo da taxa de ocupação pois, via de regra, não é exigido dos hóspedes o
preenchimento da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes.
Por sua vez, a taxa de ocupação hoteleira no município de Aracaju, de 2005 a 2011
demonstrou oscilação pouco significativa ao longo desses anos, raramente ficando abaixo
de 50%. A maior taxa é observada no mês de janeiro, quando vem se mantendo entre 75 e
80%. Nos demais meses esta taxa reduz-se para índices de aproximadamente 50 a 60%. A
taxa de ocupação do mês de janeiro manteve-se estável, com 77%, nos meses de janeiro
de 2010 e 2011. Comparando os dados de julho de 2010 e julho de 2011 tem-se a maior
variação observada, qual seja, de 13,72%.
Tabela 18. Taxa de Ocupação Hoteleira – Aracaju - Janeiro a Dezembro - 2005 a 2011
43
Gráfico 7. Taxa de Ocupação Hoteleira em Aracaju - 2005 a 2011
64,0
62,0
62,0
58,7 59,6
60,0
58,2
58,0
56,0 54,9 55,2*
53,6
54,0
52,0
50,0
48,0
44
A permanência média é medida a partir de Aracaju, onde o turista se hospeda e pernoita
para visitar a Capital e acessar os atrativos turísticos do Polo Costa dos Coqueirais, ou
mesmo do Polo Velho Chico. Neste caso, inexistem dados atualizados que permitam
precisar o tempo de permanência média na Capital e nos demais doze municípios do Polo,
ainda que todos façam parte da mesma área turística.
A variação da taxa de permanência se deve à soma de alguns fatores reconhecidos como
de influência direta sobre o movimento turístico, sendo eles: o grau de atratividade dos
produtos do Estado e também o grau de interesse do mercado nesses produtos, baseados
principalmente na relação entre custo e benefício quando da escolha do destino - Aracaju e,
a partir daí, produtos do Estado, que concorre com diversos outros destinos consolidados do
Nordeste do Brasil, como Salvador, Maceió, Recife e João Pessoa. O outro fator
preponderante é o crescimento econômico ou a estagnação econômica internacional,
nacional ou no próprio Estado, que afeta relações de turismo de negócios, investimentos em
turismo para o crescimento da oferta, dentre outras melhorias estruturantes.
Observa-se que, no caso de Sergipe, a competitividade com outros destinos próximos
sempre foi um importante gargalo para o desenvolvimento turístico, acompanhado do
incipiente investimento em infraestrutura de apoio e turística – hoteleira, restaurantes e
atrativos, eventos, sinalização turística, e também à falta de profissionais qualificados para o
mercado local, principalmente nos demais municípios além de Aracaju, aliada a certa
estagnação econômica ocorrida entre os anos de 2007 e 2008. A partir de então, o
crescimento observado da permanência média pode ser atribuído, dentre outros fatores, aos
investimentos realizados para a melhoria da infraestrutura turística em Aracaju, à ativação
crescente do turismo de negócios e eventos, inclusive em consequência do incremento
significativo da produção minero-química, uma das mais importantes fontes de recursos do
Estado.
O número de pernoites gerados nas unidades hoteleiras de Aracaju é outra informação
que se correlaciona ao fluxo de turistas e ao tempo de sua permanência na cidade e no Polo
Costa dos Coqueirais. Conforme se verifica na Tabela 20 e no Gráfico 8, a seguir, o número
de pernoites gerados nos meses de fevereiro a dezembro de 2005 a 2009 oscilou entre os
meses e anos, sem, entretanto, apresentar grande disparidade, digna de destaque. Nos
anos de 2011 e 2012 é que as variações se impõem com mais força, com maior destaque,
mais uma vez, para o mês de janeiro, quando, de 2009 para 2011 houve um crescimento de
22,69% no número de pernoites. Novamente se destaca o mês de junho, com aumento de
14,67% de 2009 para 2011, e também o mês de julho, com variação de 19,78% no mesmo
período.
Considerando o total de pernoites no primeiro semestre dos anos 2005 a 2011, tem-se um
aumento de 31,53%. Ao final do ano, no período de 2005 a 2010, esse crescimento é
reduzido para 27,82%, continuando ainda significativo.
Tabela 20. Pernoites Gerados em Aracaju - Janeiro a Dezembro - 2005 a 2011
45
Número de Pernoites Variação
Mês
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2011/2010
Outubro 41.650 39.697 37.906 38.858 52.127 50.071 - -
Novembro 40.384 34.531 37.931 44.537 52.463 52.232 - -
Dezembro 37.536 42.499 37.745 44.446 53.583 54.889 - -
2º Sem. 237.823 236.372 224.044 245.041 294.601 297.648 - -
Total Anual 492.373 512.817 473.172 499.768 571.666 629.400 - -
Fonte: Boletim de Ocupação Hoteleira. - B.O.H./Hotéis
* Dados de 2011 referem-se apenas ao período de janeiro a julho.
Gráfico 8. Número de Pernoites Gerados em Aracaju- 2005 a 2011
700.000 629.400
571.666
600.000 512.817
492.373 473.172 499.768
500.000
394.325*
400.000
300.000
200.000
100.000
0
Total Anual
Dados relativos a 2008 resultantes de pesquisa realizada pela Emsetur dão conta do
percentual de pernoites naquele ano nos municípios do Polo Costa dos Coqueirais
resultantes de atividades turísticas realizadas na área turística. Ainda que os dados não
sejam atuais, pode-se, por meio deles, realizar análises importantes. Esses dados são
apresentados na Tabela 21, a seguir.
O município de Aracaju concentrava, em 2008, 36,20 % dos pernoites, enquanto os demais
municípios do Polo somavam 19,62%.
Tabela 21. Porcentagem de Pernoites Resultantes de Atividades Turísticas nos Municípios do Polo
Costa dos Coqueirais - 2008
Municípios % de Pernoites
Polo Costa dos Coqueirais 58,30
Aracaju 36,20
Estância 8,00**
- Estância/ Praia do Abais (6,50)*
Barra dos Coqueiros 3,90
- Barra dos Coqueiros/Atalaia Nova (0,20)*
Itaporanga d’Ajuda 3,30
- Itaporanga d’Ajuda/Praia da Caueira (2,80)*
Pirambu 1,90
Laranjeiras 1,40
São Cristóvão 1,40
Nossa Senhora do Socorro 0,90
Indiaroba 0,80**
46
Municípios % de Pernoites
Santa Luzia do Itanhy 0.30**
Brejo Grande 0,20
Pacatuba -
Santo Amaro das Brotas -
* O quantitativo de pernoites entre parêntesis refere-se a um determinado local no âmbito de um município e foi
somado ao quantitativo geral do município correspondente.
** Ao % de pernoites nos municípios de Estância, Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy foram acrescidos 0,30%
relativos à distribuição equitativa dos 0,90% dos turistas que ali pernoitaram em função de visitas a Mangue Seco –
Estado da Bahia. Tais municípios sergipanos são as entradas mais comumente utilizadas pelos turistas ao povoado
de Mangue Seco, a partir de Aracaju.
Fonte: Emsetur e Única Pesquisas, 2008. Informações reorganizadas para este estudo.
Por meio da mesma pesquisa verifica-se que, do total do Estado, 14,20% correspondem a
pernoites realizados nos municípios do Polo Velho Chico no ano de 2008. Desta forma,
somando-se os percentuais correspondentes aos municípios do Polo Costa dos Coqueirais
aos municípios do Polo Velho Chico, tem-se 72,5 dos pernoites gerados no Estado. Os
demais 27,5% equivaleriam aos pernoites nos demais municípios do estado de Sergipe ou
mesmo fora dele.
O índice de pernoites gerados nos Polos Velho Chico e Costa dos Coqueirais indica a
importância dessas áreas turísticas em relação às demais existentes no estado. Não é
possível, entretanto, vincular o percentual de pernoites à ocupação hoteleira e nem à
qualidade dos serviços da rede hoteleira nessas áreas, na medida em que os pernoites
incluem turistas que se hospedaram em casas de parentes e em casas alugadas para
temporadas, dentre outros locais.
Note-se, por fim, na Tabela 21, que a Praia do Abais, em Estância, Atalaia Nova, em Barra
dos Coqueiros e Caueira, em Itaporanga d’Ajuda destacaram-se, ainda que com pequenos
percentuais, no quadro dos pernoites gerados no Polo Costa dos Coqueirais, demonstrando
o seu potencial para incremento do turismo.
47
Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e no Boletim de Ocupação Hoteleira -
B.O.H.
Feminino
22,96%
Masculino
77,04%
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.-2010
48
Tabela 23. Identificação dos Turistas por Gênero - Aracaju – Janeiro 2011
Gênero No. %
A faixa etária dos turistas que visitaram Aracaju nos anos de 2008, 2009 e 2010 situou-se
predominantemente entre 26 a 30 anos, seguida das faixas entre 31 a 35 anos e de 36 a 40
anos. Tabela 24 e Gráfico 10.
Tabela 24. Fluxo de Hóspedes segundo a Faixa Etária – Aracaju - 2008 a 2010
2008 2009 2010
Faixa Etária
No. % No. % No. %
Menos de 20 2.197 1,28 2.068 1,15 2.127 1,02
21 a 25 9.761 5,67 8.516 4,72 11.966 5,74
26 a 30 20.139 11,71 19.182 10,63 22.483 10,78
31 a 35 19.433 11,30 17.225 9,55 19.708 9,45
36 a 40 19.272 11,20 16.709 9,26 17.942 8,61
41 a 45 17.870 10,39 16.065 8,90 17.180 8,24
46 a 50 15.656 9,10 15.284 8,47 16.670 8,00
51 a 55 12.935 7,52 11.521 6,38 15.249 7,32
56 a 60 9.080 5,28 8.089 4,48 10.544 5,06
Acima de 60 45.531 26,46 65.634 36,46 72.513 34,78
Faixas Etárias
149 0,09 158 0,09 2.089 1,00
não informadas
Total 172.023 100,00 180.450 100,00 208.471 100,00
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.
Tomando como referência a ano de 2010, tem-se que 10,78% estão na faixa de 26 a 30
anos e 9,45% na faixa de 31 a 35 anos, somando 20,23%. Nestas faixas encontram-se
pessoas que tendem a optar pelo ecoturismo e pelo turismo de aventura, enquanto que nas
faixas de 36 a 40, de 41 a 45, de 46 a 50 anos e de 51 a 55 anos, que totalizam 32,17%,
encontram-se pessoas com estabilidade profissional e financeira que se encaixam, tanto no
perfil de turistas de negócios, quanto no de lazer. Estas faixas são as que mais interessam
às características de oferta do Polo Costa dos Coqueirais. Até o ano de 2010 foi expressivo
o aumento do número de turistas com baixa etária até 60 anos – a faixa etária com o maior
número de turistas de 2008 a 2011. Entretanto, os dados relativos a janeiro de 2011
demonstram que os maiores percentuais foram relativos às faixas etárias mais jovens,
enquanto os da terceira idade aparecem em último lugar no quantitativo de turistas. Tal fato
pode ser atribuído ao mês de realização da pesquisa – janeiro, alta temporada de verão,
enquanto os mais velhos evitam as viagens de turismo nessa época.
Com distribuição até certo ponto equilibrada, aparecem outras duas faixas de interesse para
captação, que incluem o turista jovem, entre 21 a 25 anos, que perfaz 5,7% dos turistas do
Estado, e os de 56 a 60 anos e os acima de 60 anos, que representam 39,84 % do total,
superando em muito a faixa jovem. Estes merecem atenção especial, envolvendo
investimentos específicos para a formatação de produtos e a oferta de facilidades para o
incremento do turismo no segmento.
49
Apesar de todas as faixas serem significativas, potenciais e relativamente equilibradas, é
necessário que se estabeleçam critérios para que, num primeiro passo de desenvolvimento,
haja um público-alvo que responda a duas necessidades:
colaboração no desenvolvimento econômico da região, com a injeção de recursos no
Polo; e
viabilidade econômica para o atendimento às necessidades de dada faixa, que
abrange investimentos em capacitação gerencial e profissional, instalação de
equipamentos e melhoria das estruturas turísticas e da infraestrutura básica, em
curto, médio e longo prazo.
Para cada faixa etária e perfil socioeconômico, diferenciam-se as iniciativas de investimento.
Enquanto o turista em plena atividade profissional, muitas vezes acompanhado de família,
necessita de uma estrutura que permita acessibilidade, flexibilidade e conforto, mas que
também possibilite otimizar os custos da viagem, ou seja, uma viagem mais organizada e
objetiva, o turista jovem, por sua vez, busca alternativas econômicas dinâmicas e criativas
para o seu lazer, com muito mais independência e despojamento. Já o turista com idade
avançada necessita de certos rigores na qualidade do atendimento, que valorizem
segurança, acessibilidade, saúde e conforto.
Pode-se, então, objetivar atingir todo o leque qualitativo do turista que chega ao Estado,
potencialmente direcionável ao Polo, desde que o planejamento identifique em que
momento o Polo estará pronto para atrair a entrada em seu mercado turístico de cada um
dos perfis almejados (se no curto, médio ou longo prazo), para que todos se sintam
atendidos e gratificados por suas experiências, fidelizando cada novo turista na cadeia do
turismo.
Gráfico 10. Fluxo de Hóspedes segundo a Faixa Etária - Aracaju - 2010
Idade não
informada menor que 20
Acima dos 60
1,00%
34,78% 21a25
5,74%
26a30
10,78%
31a35
56a60
9,45%
5,06%
51a55
7,31%
41a45 36a40
46a50
8,24% 8,61%
8,00%
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.
Quanto à faixa etária, em 2011 o maior índice, 24,1%, correspondia à faixa de 18 a 24 anos,
seguida da faixa de 25 a 29 anos com 20%. Nos anos anteriores, a faixa etária
predominantemente encontrava-se entre 26 a 30 anos (11,7%) em 2008, 10,6% em 2009 e
10,8 % em 2010. Nota-se, portanto, o aumento do quantitativo de jovens que vêm
acessando o turismo no estado, conforme a abaixo.
50
Tabela 25. Identificação dos Turistas Segundo a Faixa Etária – Aracaju – Janeiro de 2011
18 a 24 168 24,1
25 a 29 139 20,0
30 a 39 135 19,4
40 a 49 125 18,0
50 a 59 82 11,8
60 e + 47 6,8
Total 696 100
Fonte: Emsetur - Única Soluções.
O perfil do turista com relação à profissão por ele exercida revela, de certa forma,
considerados os dados de 2010 constantes da Tabela 26 e do Gráfico 11, a seguir, que as
três profissões que apresentam maior percentual dizem respeito aos engenheiros,
administradores e advogados. Os comerciantes, os tecnólogos, os gerentes e os
consultores/assessores também se destacam nas posições seguintes, com o índice de
levando à percepção de que o motivo das viagens deve vincular-se aos negócios, forte
segmento em Aracaju.
Tabela 26. Fluxo de Hóspedes segundo a Profissão Exercida. Aracaju – 2008 a 2010
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.-2010
51
Gráfico 11. Principais Profissões dos Turistas - Aracaju - 2010
Engenheiro Tecnólogo
8,14% 5,65% Comerciante
Demais Profissões 5,45%
35,46% Outros - Nível
Superior
5,07%
Administrador
4,84%
Servidor Público
Não Sabe/não 4,57%
opinou Advogado
4,90% 4,21%
Bancário
1,52% Empresário/
Gerente Vendedor Produtor
2,36% 3,13% Médico
Estudante 3,47% 3,86%
Supervisor Aposentado
1,98%
2,67% 2,74%
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.-2010
O perfil qualitativo do turista que acorre ao estado de Sergipe é marcado pelo interesse em
negócios, em primeiro lugar, com índice de 25,9% em 2010, seguido daquele que busca o
lazer (23,8%). Tem preferência pela viagem aérea (49,1% em 2011) e pela viagem por
ônibus, em segundo lugar (32,1% em 2011), em detrimento do automóvel, que vem em
terceiro lugar.
O perfil do turista induzido pelo meio de acesso ao Estado pode levar às seguintes
considerações:
a preferência pelo transporte aéreo remete, em geral, ao turismo de negócios e
eventos e a pessoas de mais alto poder aquisitivo, provenientes dos mais diversos
estados brasileiros; há que se considerar, entretanto que, se em anos anteriores esta
afirmativa levava grande possibilidade de acerto, na atualidade com o acesso
facilitado à passagem aérea, pelo seu preço e pelo parcelamento oferecido, tal não
ocorre com certeza. Entretanto, pode-se ainda cogitar que os visitantes do estado
residam em estados mais distantes, restando o transporte por ônibus para outros
provenientes de áreas mais próximas, na própria região nordeste ou do próprio
estado de Sergipe;
fatores econômicos ou de preferência induzem a opção de acesso pela via terrestre,
o que pode delinear certas características de mobilidade e gasto desse turista
potencial, também decisivas nas ações sobre o nível qualitativo das estruturas
turísticas que devem ser desenvolvidas no Polo, caso esse turista seja o alvo
desejável.
Dados de 2011 indicam que, quanto ao acompanhamento durante a viagem, o turista típico
do estado de Sergipe tende a viajar com a família (40,5%); 39,2% viajam sozinhos,
indicando coincidir com o motivo de negócios e eventos e 18,1% viajam com amigos,
mantendo relativamente a mesma proporção nos anos anteriores.
Quanto ao meio de hospedagem, maioria significativa dos visitantes do estado (dados de
2011) remete para o perfil do turista atual que tem por hábito hospedar-se na casa de
parentes e amigos (48,5%), enquanto 32,5% utilizam os serviços de hotéis e pousadas. Os
que têm por hábito alugar casas e apartamentos para temporadas correspondem a 11,4%.
Em 2011, segundo a Pesquisa o meio de hospedagem mais utilizado verificado foi em casa
52
de parentes/amigos com, seguido de Hotéis com 11,4% utilizaram casas/apartamentos
alugados e 9% em pousadas.
Informações complementares também de 2011 trazidas pela pesquisa da demanda turística
no estado de Sergipe indicam para o perfil dos turistas as seguintes características:
Estado civil: 45,5% solteiros e 45,5% casados;
Renda:
Tabela 27. Identificação dos Turistas: Renda. Aracaju – Janeiro de 2011
Escolaridade:
Tabela 28. Identificação dos Turistas: Escolaridade. Aracaju - Janeiro de 2011
Escolaridade No. %
Básico 27 3,9
Fundamental 56 8,1
Ensino Médio 210 30,3
Superior incompleto 133 19,2
Superior graduado 221 31,8
Pós-Graduação 47 6,8
Total 694 100
Fonte: Emsetur - Única Soluções.
Ocupação:
Tabela 29. Identificação dos Turistas: Ocupação. Aracaju - Janeiro de 2011
Ocupação No. %
53
Meio de hospedagem utilizado:
A grande maioria dos visitantes não utilizava meio de hospedagem pago (71%) de
acordo com análise realizada no PDITS 2001/2003. Em janeiro de 2011, mês de
férias escolares de verão, o meio de hospedagem em casas de parentes ou amigos
ainda imperava, com 48,5% em relação à hospedagem em hotéis, 23,5%.
Observava-se, entretanto, queda acentuada na opção pela hospedagem em casa de
parentes ou amigos.
Tabela 30. Identificação dos Turistas: Local de Hospedagem. Aracaju - Janeiro de 2011
54
4.1.3. Comportamento e Hábitos de Informação e de Compra da Viagem -
De acordo com a Pesquisa de Demanda Turística no Estado de Sergipe – Emsetur - 2011,
os fatores que influenciaram os turistas nacionais na opção pelo destino foram:
informações de parentes e amigos que já conheciam o local (27,0%);
conteúdos veiculados na Internet (10,1%) e
divulgação feita por meio de agências de viagem (4,2%).
Já os dados do Estudo da Demanda Turística Internacional (FIPE/MTur) demonstraram que
as fontes de informação utilizadas para a decisão quanto à viagem do turista estrangeiros
em 2010 foram: informações da Internet (30,9%); informações de amigos e parentes
(28,4%), o que evidencia a importância assumida pela rede mundial de computadores a
partir de 2009 no cenário internacional do turismo. As informações veiculadas por Agências
de Viagens e as viagens corporativas, somadas, também assumem importância, com um
total de 30,5% em 2010.
Tabela 32. Fonte de Informação para Decisão da Viagem - Demanda Turística Internacional 2004-
2010
%
Fonte De Informação
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Internet 26,8 19,9 19,9 24,4 27,6 30,1 30,9
Amigos e parentes 37,3 43,1 39,7 38,4 30,7 30,8 28,4
Viagem corporativa - negócios - 16,9 19,5 17,9 17,1 15,6 16,0
Agência de viagens 11,3 - 8,5 8,6 13,6 12,2 14,5
Guias turísticos impressos - 8,4 7,5 5,8 6,5 7,3 6,2
Feiras, eventos e congressos - - - 1,3 1,6 1,4 1,4
Folders e brochuras - 1,1 0,4 0,5 0,4 0,3 0,4
Outros 24,6 10,6 4,5 3,1 2,5 2,3 2,2
Fonte: Ministério do Turismo - MTur e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE
55
acessa o estado por motivo de negócios/trabalho, seguida daqueles que vêm participar de
eventos. A maior permanência média no estado é do turista que busca o lazer, que também
tem a maior média de dependentes – 2,11.
O gasto médio do turista que viaja a negócios/trabalho é significativamente maior que os
demais (R$ 471,20). Tal diferença liga-se ao fato de tais gastos serem cobertos por recursos
corporativos, ou seja, não estão condicionados ao poder de consumo do próprio turista e
sim dependem das regras de despesas com viagens adotadas pela empresa, que em geral
são mais maleáveis. Vê-se que o gasto médio per capita é também significativo para o
turista que participa de eventos, que vivencia situação similar ao caso anterior.
“Se considerado o impacto econômico da motivação da viagem (gasto médio x
permanência média), conclui-se que a maior permanência média do turista de lazer
(quase o dobro da de negócios), faz com que o impacto provocado pelo fluxo
turístico de negócios seja somente 5,3% superior ao turismo de lazer: R$ 1.145,00 e
R$ 1.087,00, respectivamente”7
Tabela 33. Informações Econômicas do Turista – Sergipe – 2009
Negócios /
Dados Econômicos Lazer Eventos Outros
Trabalho
Renda Média do Turista (R$) 2.963,81 4.902,35 3.308,72 2.767,65
Permanência Média do Turista (dias) 4,43 2,43 3,66 2,46
Média de Dependentes (pessoas) 2,11 1,13 1,33 1,65
Gasto Médio Diário Per Capita (R$) 245,39 471,2 348,22 325,63
Inserido em Estudo de Mercado do Prodetur Nacional – Setur/Prodetur SE
Fonte: Emsetur / Pesquisas de Demanda Turística – 2009
Ainda relacionando os gastos turísticos com a motivação das viagens, a Tabela a seguir
permite tecer as seguintes considerações sobre a composição dos gastos:
dentre os gastos especificados a Hospedagem corresponde ao item mais oneroso
para todos os turistas, independente da motivação da viagem; seguido ao item
Alimentação;
o percentual dos gastos do turista que viaja a lazer relativo ao componente Diversão
é o maior em todo o quadro (18,67%).
Tabela 34. Composição dos Gastos do Turista – Sergipe – 2009
%
Composição dos Gastos Negócios /
Lazer Eventos Outros
Trabalho
Hospedagem 30.01 27,47 27,18 22,85
Alimentação 15,73 12,27 11,49 11,14
Transporte 10,11 8,92 14,03 9,55
Diversão 18,67 10,60 12,96 12,78
Compras 11,60 11,72 9,92 15,15
Outros 13,88 29,02 24,42 28,53
Total 100 100 100 100
Inserido em Estudo de Mercado do Prodetur Nacional – Setur/Prodetur SE
Fonte: Emsetur / Pesquisas de Demanda Turística – 2009
7
Estudo de Mercado do Prodetur Nacional – Setur/Prodetur SE – Aracaju, maio de 2012 – pág. 17.
56
dias. Incluídos a esta média diária os custos de alimentação, tem-se o gasto diário de R$
145,76 por turista, no ano de 2010.
Os valores de 2011, se comparados aos de 2010, não apresentam grande variação – o
gasto médio por oito dias, não incluindo hospedagem, ficou em R$800,00, permanecendo o
gasto médio/ dia de R$ 100,00 por turista. Somados a este valor os gastos com
alimentação, o valor diário sobe, em 2011, para R$ 250,00, evidenciando o aumento e o
peso muito significativo deste quesito, se comparado com 2010, com uma diferença diária
de R$ 104,00.
Com hospedagem, ainda para uma permanência de 8 dias, o gasto médio foi de R$ 327,19
em 2010 e R$ 350,00 em 2011, o que evidencia aumento, ainda que não tão significativo,
dos custos neste item.
Considerando o gasto médio de turista citado no PDITS 2001/2003, que foi de R$ 50,00/dia,
chega-se ao gasto por 8 dias de R$ 400,00. Sendo de R$ 800,00 o valor de 2011, conclui-se
que o valor médio gasto pelo turista dobrou em relação aos dias atuais.
Os gastos do turista estrangeiro no Brasil, de acordo com o Estudo da Demanda Turística
Internacional 2004/2010 indica que o maior gasto médio corresponde ao turismo de
negócios e eventos, com o gasto médio per capita/dia, ao longo desses cinco anos, de U$
105,55, enquanto o per capita/dia para o turista de lazer fica em U$ 64,97.
Tabela 35. Gasto Médio do Turista Estrangeiro per Capita no Brasil – US$ - 2004-2010
Fonte: Ministério do Turismo - MTur e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE – Estudo da
Demanda Turística Internacional
57
O índice de satisfação do turista com relação aos equipamentos e serviços turísticos na
pesquisa supracitada apresenta uma percepção positiva dos pesquisados, sendo avaliados
como BOM em 2010 (54,8%) e em 2011 (55,8%).
No que tange à hospitalidade os turistas consideraram BOM em 2010 (52,2%) e em 2011
este mesmo quesito foi avaliado como ótimo (50,3%).
Os outros itens como: roteiros oferecidos, informação turística, guia de turismo, meios de
hospedagem, bares/restaurantes, comércio e compras, diversões noturnas e serviços de
taxi não sofreram alterações significativas de 2010 para 2011, Em contrapartida, os
equipamentos de lazer e as empresas/serviço de turismo receptivo, avaliados como ótimos
em 2010, caíram para desempenho bom em 2011 na avaliação do turista. A tabela a seguir
apresenta os resultados desta avaliação referente aos equipamentos e serviços turísticos.
Tabela 36. Grau de Satisfação do Turista quanto a Equipamentos e Serviços Turísticos – 2011-2010
2011
Equipamentos e Serviços Ótimo Bom Ruim Péssimo
Equipamentos de lazer 32,9% 59,9% 6,5% 0,6%
Roteiros oferecidos 38,2% 55,6% 5,5% 0,8%
Empresa/Serviços de receptivo 22,6% 62,7% 12,9% 1,9%
Hospitalidade / povo 50,3% 38,7% 6,8% 4,2%
Informação turística 28,0% 55,8% 12,9% 3,3%
Guia de turismo 22,8% 61,6% 12,5% 3,1%
Meios de hospedagem 36,3% 57,7% 4,4% 1,7%
Bares / restaurantes 38,4% 54,5% 5,8% 1,4%
Comércio / compras 30,2% 63,8% 5,0% 1,0%
Diversões noturnas 38,3% 52,9% 6,3% 2,5%
Serviços de táxi 30,4% 56,3% 8,4% 4,9%
Média Geral 2011 34,2% 55,8% 7,7% 2,3%
2010
Equipamentos e Serviços Ótimo Bom Ruim Péssimo
Equipamentos de lazer 49,4% 39,8% 10,8% 0,0%
Roteiros oferecidos 31,0% 58,6% 10,3% 0,0%
Empresa/Serviços de receptivo 53,3% 46,7% 0,0% 0,0%
Hospitalidade / povo 43,3% 52,2% 3,4% 1,0%
Informação turística 26,7% 62,2% 11,1% 0,0%
Guia de turismo 36,4% 63,6% 0,0% 0,0%
Meios de hospedagem 40,5% 51,7% 5,2% 2,6%
Bares / restaurantes 36,4% 59,4% 3,6% 0,6%
Comércio / compras 23,7% 64,9% 7,0% 4,4%
Diversões noturnas 35,7% 54,3% 8,6% 1,4%
Serviços de táxi 32,0% 50,4% 16,0% 1,6%
Média Geral 2010 37,1% 54,8% 6,9% 1,0%
Fonte: Pesquisa de Demanda Turística- Emsetur 2010-2011
58
Tabela 37. Grau de Satisfação do Turista – Infraestrutura e serviços públicos – Aracaju - 2011-2010
2011
Infraestrutura e Serviços Públicos Muito Bom Bom Ruim Muito Ruim
Condição / qualidade ambiental da localidade 30,3% 60,5% 7,3% 1,8%
Comunicações (correios/fones/internet) 24,3% 63,3% 10,0% 2,3%
Sinalização urbana e turística 18,9% 61,9% 15,9% 3,3%
Segurança pública 27,3% 50,5% 20,0% 2,3%
Limpeza pública 33,3% 46,7% 16,9% 3,2%
Transporte urbano coletivo 11,1% 43,8% 29,6% 15,5%
Terminal rodoviário 14,3% 54,9% 21,5% 9,3%
Aeroporto / campo de pouso 16,2% 68,6% 12,5% 2,8%
Média Geral 2011 35,2% 61,3% 3,0% 0,5%
2010
Infraestrutura e Serviços Públicos Muito Bom Bom Ruim Muito Ruim
Condição / qualidade ambiental da localidade 36,4% 61,7% 0,9% 0,9%
Comunicações (correios/fones/internet) 25,0% 63,0% 12,0% 0,0%
Sinalização urbana e turística 28,6% 64,3% 7,0% 0,0%
Segurança pública 21,5% 66,8% 9,8% 2,0%
Limpeza pública 39,3% 52,6% 7,1% 0,9%
Transporte urbano coletivo 12,5% 45,5% 37,5% 4,5%
Terminal rodoviário 11,1% 59,6% 26,3% 3,0%
Aeroporto / campo de pouso 18,1% 58,1% 21,9% 1,9%
Média Geral 2010 24,5% 72,3% 2,6% 0,6%
Importa ressaltar que os dados da pesquisa aqui considerada foram levantados junto aos
turistas em Aracaju, inexistindo dados que abranjam especificamente os demais municípios
do Polo Costa dos Coqueirais. Por ser o centro receptivo do turismo no Estado a partir do
qual são acessados os atrativos turísticos comercializados pelas Agências de Turismo
sediadas na capital, e por contar com infraestrutura hoteleira e com serviços turísticos
estruturados, Aracaju se diferencia em relação aos demais municípios do Polo. Os demais
municípios, em relação aos equipamentos e serviços turísticos e à infraestrutura básica e
serviços públicos, apresentam um quadro geral de carência em praticamente todos os
quesitos avaliados, bem como uma forte dependência em relação a Aracaju. Desta forma, a
satisfação do turista, como apresentada, não pode estender-se ao Polo, com exceção de um
único item, qual seja, a hospitalidade do povo sergipano. Com relação aos demais, ainda
que os turistas visitem, por exemplo, a Foz do São Francisco ou Mangue Seco, a
programação cumprida pelas Agências não permite maior contato com a realidade dos
municípios – não há pernoites programados fora de Aracaju e mesmo os serviços de
alimentação são prestados no próprio barco de turismo, como é o caso da Foz.
O grau de satisfação do turista foi também objeto da Pesquisa de demanda turística
realizada pela Emsetur em janeiro de 2011, mês de férias de verão e de maior fluxo turístico
no estado, conforme Tabela 38, a seguir. Ressalta-se, neste caso, a preponderância da
avaliação dos atrativos, dos equipamentos turísticos e da infraestrutura e serviços públicos
como bons (56,87%). Resta investigar as razões da defasagem entre os conceito BOM e
MUITO BOM (este com 32,20% das escolhas), que podem influenciar negativamente a
competitividade do Estado de Sergipe diante dos estados vizinhos.
59
Tabela 38. Grau de satisfação dos turistas - Aracaju – Jan/2011
Muito
Fatores Bom Ruim Muito Ruim
Bom
Atrativos turísticos 37,7% 57,8% 3,8% 0,8%
Equipamentos e serviços turísticos 34,2% 55,8% 7,7% 2,3%
Infraestrutura e serviços públicos 24,7% 57,0% 14,4% 3,9%
Média Geral 32,20% 56,87% 8,63% 2,33%
Ainda no que diz respeito aos atrativos, merece destaque a análise da satisfação dos
turistas referente aos atrativos naturais, patrimoniais e às manifestações populares,
conforme a tabela que se segue.
O grau de satisfação do turista quanto aos atrativos naturais, que supostamente incluem os
circuitos fluviais do Polo, além de outros atrativos naturais do Estado, resulta em 35,5% na
gradação ÓTIMO, e 35,9% na gradação BOM, somando aproximadamente 72% de
satisfação. Em contrapartida, os atrativos históricos/culturais e as manifestações populares
foram avaliados negativamente pelos turistas.
Tabela 39. Grau de satisfação de turistas segundo atrativos turísticos - Aracaju – Jan/2011
Muito
Atrativos Ótimo Bom Regular Ruim
Ruim
Naturais 35,5% 35,9% 5,5% 2,2% 20,9%
Patrimônio Histórico/Cultural 19,5% 31,2% 9,4% 5,7% 34,2%
Manifestações Populares 20% 27,1% 9,2% 5,5% 38,2%
Média/ Conjunto 25% 31,4% 8% 4,5% 31,1%
Neste sentido, conclui-se que o turista que visita o Estado de Sergipe avalia positivamente,
sobretudo, os atrativos naturais. Ações voltadas para a valorização e a promoção dos
demais tipos de atrativos se fazem necessárias, tendo em vista a exploração de todo o
potencial do Polo, que possui rico acervo patrimonial e cultural.
60
Figura 6. Site Setur/Emsetur – Governo do Estado de Sergipe - 2012
Note-se que a promoção do turismo no Estado de Sergipe não considera, via de regra, a
organização do território estadual em Polos, dentre eles o Polo Costa dos Coqueirais.
Assim, o Polo não é comercializado como um produto integrado e as ofertas turísticas não
se destinam a conjuntos de municípios, nem alavancam atrativos potenciais. A oferta
turística vista de forma mais ampla é desconhecida e sem sistematização, resultando em
boa parte de ações diretas da iniciativa privada – notadamente das operadoras de receptivo
local sediadas em Aracaju.
A seguir encontram-se descritas as estratégias e os meios utilizados em cada município
para promoção e divulgação do turismo local.
Aracaju
O órgão oficial de turismo do município de Aracaju é a Funcaju – Fundação Municipal de
Cultura e Turismo. A Funcaju dispõe de material promocional que inclui folheteria impressa
e em meio digital. Em parceria com o governo estadual, participa de eventos de promoção
do turismo na capital do estado.
Pela internet a Funcaju divulga o turismo municipal por meio do site oficial da Administração
Pública Municipal de Aracaju, nos links relativos a turismo e cultura -
www.aracaju.se.gov.br/cultura_e_turismo/.
Figura 7. Site Administração Pública Municipal de Aracaju – FUNCAJU - 2012
61
Barra dos Coqueiros
O site da administração pública municipal cita a Secretaria de Turismo como órgão
componente da estrutura administrativa do município no endereço eletrônico:
www.barradoscoqueiros.se.gov.br. Não há no site referência à atividade turística em
Barra dos Coqueiros. Não estão disponíveis materiais promocionais impressos.
Estância
A Secretaria Municipal de Turismo e Comunicação Social de Estância dispõe de
material promocional impresso e em meio digital. Por meio do site da administração
pública - www.estancia.se.gov.br são apresentadas notícias sobre os eventos turísticos
municipais.
Itaporanga D’Ajuda
No site da administração pública municipal - www.itaporanga.se.gov.br/ estão
contemplados os atrativos turísticos locais e referenciada a Secretaria de Cultura e
Turismo. Não estão disponíveis materiais promocionais impressos. não tem material
promocional impresso.
Laranjeiras
A Secretaria Municipal de Turismo é referenciada como “Bureau de Informações
Turísticas”. Possui material promocional impresso e digital para divulgação do
município e de seus atrativos histórico-culturais, fazendo valer a chancela de
Patrimônio Histórico e Cultural do Brasil. O governo municipal conta com site onde
estão inseridas informações relativas ao turismo e à cultura local:
www.laranjeiras.se.gov.br/cultura.asp e www.laranjeiras.se.gov.br /turismo.asp. O município
é também referenciado no site da Setur/Emsetur www.turismosergipe.net/escolha-seu-
destino/cidades-historicas.
Pirambu
A Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo de Pirambu tem para divulgação e
promoção de seus atrativos, um guia em formato de folder institucional e um folheto
relativo ao Festival do Camarão. O município não possui site na internet e está
referenciado no site da Setur/Emsetur: www.turismosergipe.net/escolha-seu-destino/.
Pacatuba
A administração pública mantém o site www.pacatuba.se.gov.br/, onde é feita
referência à Secretaria Municipal de Turismo e veiculadas informações sobre os
atrativos turísticos e meios de hospedagem em Pacatuba.
São Cristóvão
Por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, possui material promocional
para divulgação do município e de seus atrativos culturais, tais como folder
institucional, folheteria diversa de boa qualidade. O governo municipal não possui um
site próprio, mas o município está referenciado no site da Setur/Emsetur -
www.turismosergipe.net/escolha-seu-destino/cidades-historicas.
O site de Santa Luzia do Itanhy encontra-se em construção. Os demais municípios do Polo
Costa dos Coqueirais, quais sejam, Brejo Grande, Indiaroba, Nossa Senhora do Socorro,
Santa Luzia do Itanhy e Santo Amaro das Brotas, não possuem sites na Internet e não
apresentaram material promocional para divulgação de seus atrativos turísticos.
Mesmo com a divulgação dos atrativos, observa-se que não há uma imagem do Polo
associada a estes destinos. Neste sentido, coloca-se a necessidade de difundir uma nova
imagem, baseada no conceito de Polo, abrangendo os atrativos existentes e novos atrativos,
integrando-os e destacando a diversidade cultural da área. Para isto, o governo estadual, os
62
governos municipais envolvidos, a iniciativa privada e mesmo a sociedade, por meio das
lideranças e formadores de opinião precisam firmar parcerias e atuar em conjunto.
Na medida em que estabelece diretrizes, estratégias e ações específicas para a divulgação
e promoção do turismo, vinculadas às orientações emanadas de uma política pública
setorial claramente definida, o Plano Estadual de Marketing e de Mídia do Turismo constitui
peça principal.
Dentre os vários meios de propaganda utilizados, destaca-se o potencial da internet,
principalmente relacionado aos principais fatores que influenciam a viagem, como a
recomendação de parentes e amigos. Pelas características de singularidade, qualidade dos
recursos naturais, é comum surgirem depoimentos em páginas especializadas ou
relacionadas a ecoturismo ou turismo de aventura das belezas locais e à agradável
experiência vivida. A estruturação do programa de marketing poderia se ater a esse fato,
uma vez que a internet e as redes sociais ampliam de forma ilimitada a recomendação de
parentes e amigos.
63
Parque da Cidade com teleférico, o Centro Turístico e a Catedral Metropolitana.
Tempo do tour: 4hs. Custo do pacote: R$ 40,00 (2011).
Delta do São Francisco: inclui deslocamento de van, ônibus ou microônibus até o
município de Brejo Grande, e depois, trecho de catamarã até a Foz do Rio São
Francisco. A duração é de 9hs, o custo médio do pacote é de R$110,00 (2011)
incluídos transporte rodoviário, hidroviário e almoço.
Mangue Seco: localizado no município Jandaíra, estado da Bahia, é comercializado
em Aracaju, com três opções de trajeto: via Porto D’Angola, no município de
Estância; via Pontal, em Indiaroba e via Crasto, em Santa Luzia do Itanhy. O pacote
comercializado leva em torno de 9hs e o custo médio é de R$ 80,00 (2011), incluindo
transporte rodoviário e trecho de escuna. O roteiro possibilita ainda trecho opcional
em bugre até a praia, com custo adicional médio de R$60,00.
Estes roteiros apresentam grande potencial, por sua beleza e pela diversidade dos recursos
naturais. Contam, entretanto, com infraestrutura precária ao longo do percurso e pouca
oferta de oportunidades de consumo extra pelos turistas, o que diminui a possibilidade de
ganho pelos municípios envolvidos.
Envolvendo os municípios de Laranjeiras e São Cristóvão, o roteiro das cidades históricas
constitui destaque na comercialização no campo do turismo cultural no Polo Costa dos
Coqueirais. As agências de receptivos locais vendem pacotes em separado para cada
município ou para os dois municípios, ambos com três horas de duração e custo médio de
R$50,00 (2011) por pessoa.
Laranjeiras, cidade do séc. XIX, foi considerada uma das mais importantes cidades do
Estado, tem importante acervo de arquitetura religiosa e colonial, foi tombada pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN em 1971. Conta com inúmeros grupos
folclóricos originais, com destaque para o povoado Mussurca, de remanescentes
quilombolas. O Encontro Cultural de Laranjeiras, tradicional evento que acontece há 33 anos
na cidade movimenta um fluxo de turistas expressivo.
São Cristóvão, também tombada pelo IPHAN, preserva um conjunto arquitetônico colonial; a
Praça de São Francisco, que abriga a Igreja e o Convento de São Francisco, o Museu de
Arte Sacra, a Casa de Misericórdia, o Museu Histórico, foi reconhecida pela UNESCO como
Patrimônio da Humanidade em 2010. São Cristóvão tem ainda como atrativo cultural
relacionado ao artesanato local a Casa dos Saberes e Fazeres, espaço de produção e
comercialização de bonequeiras e artesãos locais que mantém parceria com o SEBRAE.
A capital está também incluída em dois outros roteiros comercializados para o Polo Costa
dos Coqueirais: Cidades Históricas e Litoral Sul.
No segmento de turismo cultural têm-se ainda em Aracaju os festejos e eventos juninos,
com destaque para o Forró-Caju e para a Vila Forró. Ambos possuem grande aceitação da
população e dos visitantes, tornando-se centros de animação para o turismo.
Merecem ainda destaque como atrativo cultural os festejos de São João em municípios
como Estância, Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda e Pacatuba. Danças típicas como quadrilha,
xote e xaxado, casamento matuto, missa do vaqueiro e shows de forró são as maiores
atrações. Nos “forródromos”, de grande capacidade, acontecem shows com artistas locais e
nacionais; nas ruas das cidades, os concursos de quadrilha, por iniciativa dos próprios
moradores. No contexto dos festejos juninos, Estância é famosa pelo show pirotécnico dos
“barcos de fogo”, com peças deslizando em um fio metálico, impulsionadas por foguetes.
O Litoral Norte e o Litoral Sul de Sergipe, com seu grande potencial turístico, integram-se à
vocação turística principal do Polo Costa dos Coqueirais, No intuito de complementar a
vocação turística principal do Polo Costa dos Coqueirais, compondo um portfólio estratégico
diversificado, expandindo a qualidade do destino, a sua competitividade no mercado, de
64
forma a aumentar a permanência do turista. Segue-se a descrição dos dois trechos, Norte e
Sul.
Litoral Norte
Litoral Sul
65
Figura 8. Produtos Turísticos - Polo Costa dos Coqueirais - Sergipe
66
4.2. Demanda Turística Potencial
4.2.1. Perfil Qualitativo dos Segmentos/Visitantes Potenciais
O Ministério do Turismo propõe a segmentação como uma estratégia para estruturação e
comercialização de destinos e roteiros turísticos brasileiros com maior qualidade. Assim,
para que a segmentação do turismo seja efetiva, é necessário conhecer com profundidade
as características do destino, da oferta – atrativos, infraestrutura, serviços e produtos
turísticos – e da demanda – as especificidades dos grupos de turistas que já o visitam ou
que virão a conhecer o destino.
A segmentação parte do pressuposto que quem entende melhor os desejos da demanda e
promove a qualificação ou aperfeiçoamento de seus destinos e roteiros com base nesse
perfil, terá mais facilidade de inserção, posicionamento ou reposicionamento no mercado.
Os segmentos evidenciados no Polo Costa dos Coqueirais caracterizam-se
predominantemente pelo turismo de sol e praia e turismo cultural e turismo de negócios e
eventos em Aracaju. De forma complementar encontram-se o ecoturismo, o turismo rural e o
turismo náutico.
Turismo Cultural
Segundo o Ministério do Turismo, em sua publicação Turismo Cultura (2010) a cultura
engloba todas as formas de expressão do homem: o sentir, o agir, o pensar, o fazer, bem
como as relações entre os seres humanos e destes com o meio ambiente. A definição de
cultura, nesta perspectiva abrangente, permite afirmar que o Brasil possui um patrimônio
cultural diversificado e plural. Esses aspectos, da pluralidade e da diversidade cultural,
representam para o turismo a oportunidade de estruturação de novos produtos turísticos.
Sendo assim, o turismo cultural compreende as atividades turísticas relacionadas à vivência
do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos
culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.
67
Existem formas de expressão da cultura que são classificadas em áreas de interesse
específico e que geram demandas de viagem com motivação própria, mas se configuram
dentro da dimensão e caracterização do Turismo Cultural. É o caso da religião, do
misticismo e do esoterismo, dos grupos étnicos, da gastronomia, da arqueologia, das
paisagens cinematográficas, das atividades rurais, entre outros.
O segmento do turismo cultural engloba outras classificações, tais como o Turismo Cívico, o
Turismo Religioso, o Turismo Místico e Esotérico, o Turismo Étnico, o Turismo
Cinematográfico, ó Turismo Arqueológico, o Turismo Gastronômico, o Ecoturismo.
A identificação do atrativo cultural, de seu contexto histórico e sociocultural, é um exercício
de compreensão daquilo que lhe é inerente, sua identidade, essência e elementos
característicos, podendo, assim, ser organizado e classificado conforme suas características
e aspectos relacionados à sua apreciação, aos grupos de interesse que mobiliza, o que
confere ao Polo Costa dos Coqueirais o potencial para o desenvolvimento do turismo
cultural.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo, o segmento corresponde a
aproximadamente 10% do total das viagens internacionais. No Brasil, o Estudo de Demanda
Turística Internacional 2004 – 2008 – MTur, reúne informações sobre o comportamento dos
turistas estrangeiros que visitam o Brasil, segundo as quais, em 2008, cerca de 16,9% dos
entrevistados tiveram a cultura brasileira como principal motivação das viagens a lazer
realizadas no País.
No Brasil calcula-se que o segmento de Turismo Cultural mobilize diretamente pelo menos
28 milhões de viagens por ano, cabendo ao turismo religioso em torno de 11 milhões de
viagens e aos eventos cerca de 7 milhões. Nas viagens cuja motivação principal é a cultura
são mais numerosos os grupos de maior renda.
A pesquisa de Hábitos e Consumos do Turista Brasileiro – 2009 - revela que 12% dos
turistas que realizaram pelo menos uma viagem no ultimo ano, e 10,9% dos que pretendem
realizar uma viagem nos próximos dois anos tem como primeira opção ir para cidades
históricas. Na média ponderada das primeiras opções sobre os locais de viagem esse
número é ainda maior, representado 18,4% dos turistas atuais e 17,1% dos turistas
potenciais.
Conhecer os desejos, interesses e necessidades dos clientes atuais e potenciais representa
uma ferramenta de estratégia competitiva para produtos e serviços turísticos. Não existem
pesquisas específicas brasileiras com séries históricas sobre o turista cultural que
possibilitem identificar com precisão as principais tendências sobre os hábitos de viagem e
preferências do turista nesse segmento
Pesquisa realizada no México aponta dois tipos de turistas que visam atrativos culturais:
aqueles com interesse específico na cultura (motivação principal), isto é, que
desejam viajar e aprofundar-se na compreensão das culturas visitadas, se
deslocando especialmente para esse fim;
aqueles com interesse ocasional na cultura (motivação secundária ou
complementar), possuindo outras motivações que o atraem ao destino, relacionando-
se com a cultura como uma opção de lazer. Esses turistas, muitas vezes, acabam
visitando algum atrativo cultural, embora não tenham se deslocado com esse fim, e,
apesar de não se configurarem como público principal do turismo cultural, são
também importantes para o destino, devendo ser considerados para fins de
estruturação e promoção do produto turístico.
Em 2008 um estudo pioneiro no Brasil, realizado pela Embratur em parceria com a
UNESCO sobre o comportamento do turista cultural no Brasil, procurou identificar e
caracterizar o perfil e o comportamento do turista internacional que visita o País para
conhecer a cultura brasileira.
68
A pesquisa foi realizada nos festejos juninos do Norte e Nordeste brasileiro – sendo ouvidos
visitantes em Campina Grande/PB, Caruaru/PE, Aracaju/SE, São Luís/MA e Parintins/AM.
Embora os festejos juninos se configurem como produto turístico cultural específico diante
da diversidade cultural no país, os dados sistematizados mostram o interesse crescente
neste segmento, pelo que ele representa em termos de mobilização de públicos e da
participação de mercados geográficos mais afastados.
Os dados desta pesquisa comprovaram o perfil do turista cultural, idealizado como:
escolaridade elevada, utilização de meios de hospedagem convencionais, viagem com
outras pessoas (amigos, família, casal), cultura como motivo da viagem, hábitos de
consumo próprios do segmento.
Os resultados apontam ainda para a imagem cultural que o turista deste segmento tem
sobre o Brasil, que está ligada principalmente à musicalidade, às danças e à hospitalidade,
seguidas das manifestações populares, do artesanato e da gastronomia. Os festejos
culturais do ciclo junino são considerados manifestações autênticas, que representam a
diversidade cultural do Brasil.
Diante dessas considerações e a partir das características da demanda e da oferta turística
no Polo, conclui-se pela efetiva potencialidade do segmento cultural no Polo Costa dos
Coqueirais, marcado não só pelas cidades históricas, artesanato e gastronomia, mas
também pelas festividades juninas e por manifestações culturais típicas da área.
69
crescimento maior do que a média mundial. Segundo a ICCA, o país representou um
aumento de 15,4%, enquanto o total de eventos realizados no mundo cresceu 10,8%,
evidenciando, assim, o fortalecimento do setor e da credibilidade do país na captação de
eventos e negócios.
Os eventos de Medicina se destacam com o maior gasto médio de US$ 304,44, seguido
pelos eventos relacionados à Tecnologia e Meio Ambiente, que apresentaram um gasto
médio de US$ 290,07. Os eventos de Educação, Social e Esporte apresentaram o menor
gasto médio, de US$244,92, explicado principalmente pelo perfil dos participantes, na sua
maioria, formado por estudantes. Em todos os casos, as atividades de hospedagem e
alimentação foram as mais beneficiadas, absorvendo aproximadamente 61% dos gastos dos
visitantes.
O perfil do turista do segmento de negócios e eventos, segundo a Pesquisa do Impacto
Econômico dos Eventos Internacionais realizados no Brasil – 2007/2008, é composto por
características tais como:
Faixa etária: 27% têm entre 25 e 34 anos; 35,44% têm entre 35 e 44 anos; e 23,2% têm
entre 45 e 54 anos.
Grau de formação escolar: cerca de 96% dos turistas possuem nível de formação superior.
Ocupação principal: 35,6% são empregados do setor privado.
Faixa de renda média: 38,40% possuem renda mensal de até US$ 3.000,00, 27,11% têm
renda entre US$ 3.001,00 e US$ 6.000,00 e 26,20% dos participantes recebem mais de
US$ 6.000,00 por mês;
Acompanhantes na viagem: 59,3% viajou sozinho e 14,6% viajou com cônjuge/namorado(a);
Organização da viagem: 34,9% com agência de turismo; 34% organização sem pacote,
organizado pelo próprio turista; e 20,3% organizada pela empresa aonde trabalha.
• Tipo de Hospedagem: 97,2% hospedaram-se em hotéis.
• Gasto médio diário individual: US$ 285,10, sendo o meio de hospedagem o primeiro item,
seguido de alimentos e bebidas; compras e presentes; transportes; cultura e lazer.
• Permanência média no destino: 6,8 noites.
• Imagem em relação à cidade sede do evento: positiva ou chegou a melhorar para 78,8%
dos participantes, consultados após a viagem. 81,7% pretendem voltar à cidade e 94,5% ao
Brasil. Destes, 82,6% querem retornar por motivo de lazer.
Contudo, vale destacar que mesmo havendo um perfil geral, traçado para os turistas de
negócios e eventos, não é possível relacioná-lo diretamente ao turista frequentador de feiras
e exposições como um todo, pois esse tipo de evento pode apresentar os mais variados
perfis – seja quanto ao tema, seja pelo seu público.
Ecoturismo
O Ecoturismo no Brasil destaca-se a partir do movimento ambientalista, quando os debates
sobre a necessidade de conservação do meio ambiente por meio de técnicas sustentáveis
alcançam a atividade turística. No decorrer dos anos, a atividade vem se desenvolvendo e
ganhando forças em meio à discussão de um modelo de turismo mais responsável.
O Ecoturismo possui entre seus princípios a conservação ambiental aliada ao envolvimento
das comunidades locais, devendo ser desenvolvido sob os princípios da sustentabilidade,
com base em referenciais teóricos e práticos, e no suporte legal.
Reconhece-se que o Ecoturismo tem liderado a introdução de práticas sustentáveis no setor
turístico, mas é importante ressaltar a diferença e não confundi-lo como sinônimo de
70
Turismo Sustentável. A Organização Mundial de Turismo e o Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente referem-se ao Ecoturismo como um segmento do turismo, enquanto
os princípios que se almejam para o Turismo Sustentável são aplicáveis e devem servir de
premissa para todos os tipos de turismo em quaisquer destinos.
Em relação ao turista internacional que viaja ao Brasil, segundo o Estudo da Demanda
Turística Internacional 2004-2008, dentre os entrevistados do último ano que vieram ao País
a lazer, 22,2% tem na natureza, no ecoturismo ou na aventura a principal motivação de suas
viagens.
De acordo com o Plano Aquarela - Marketing Turístico Internacional do Brasil 2007-2010, o
turismo e o lazer destacaram-se (70%) como principal motivação da viagem ao Brasil.
Dentre o lazer os principais aspectos motivadores da visita foram as belezas naturais e a
diversidade brasileira, bem como o povo e a cultura popular. Quanto à imagem dos turistas
estrangeiros sobre o Brasil, a natureza, junto com o povo brasileiro, representa o aspecto
determinante da imagem positiva perante o país.
Quanto aos motivos da visita as áreas protegidas, em maiores proporções aparece a
contemplação ou contato com a natureza, seguida pela busca pelo repouso ou fuga da
rotina.
O Ecoturismo, como segmento de mercado turístico, é competitivo e deve oferecer produtos
compatíveis com as exigências do ecoturista. Sabe-se que uma parcela destes turistas
possui elevada consciência ambiental e buscam experiências únicas que conservem os
recursos ambientais, históricos e culturais, e que envolvam a comunidade, contribuindo,
assim, para ampliar as expectativas de que esta atividade esteja realmente relacionada ao
desenvolvimento sustentável de diversas localidades e regiões.
Os ecoturistas visitam as localidades para interagir com os ambientes a partir das
informações anteriormente obtidas. A qualidade da informação e atividades experimentadas
pelo ecoturista nas áreas naturais, permite ampliar sua satisfação e as possibilidades de
divulgação e retorno no destino de Ecoturismo.
Esse tipo de consumidor, de modo geral, importa-se com a qualidade dos serviços e
equipamentos, com a singularidade e autenticidade da experiência e com o estado de
conservação do ambiente.
Segundo a pesquisa de Perfil do Turista de Aventura e do Ecoturismo no Brasil - 2009, os
turistas desses segmentos revelaram que a viagem foi a forma encontrada para satisfazer
às necessidades mais fortes em suas vidas: (i) fugir do dia a dia, seja ele urbano ou não, da
correria, do trabalho, do estresse e da violência, em busca de descanso, por meio do ócio
ou da prática de atividades inusitadas; (ii) resgatar a vida, o prazer, voltar às origens.
Segundo o estudo, em sua maioria, as pessoas que desenvolvem atividades de Ecoturismo
e turismo de aventura possuem como características: (i) maioria do sexo masculino; (ii)
idade entre 18 e 29 anos; (iii) solteiros; (iv) escolaridade: ensino médio completo e ensino
superior incompleto; (v) hábito de viajar em grupos; (vi) planeja pessoalmente a sua viagem
e demonstra respeito pelo ambiente natural e social; (vii) exige qualidade, segurança,
acessibilidade e informação;
Uma parcela majoritária dos turistas – 68% - estão abertos à realização de atividades na
natureza, seja a sua viagem motivada pelo ecoturismo ou por outros segmentos turísticos.
Sobre as atividades que gostariam de realizar, 70% destacou o mergulho, 61% a
observação da vida selvagem, 57% as caminhadas e 51% o
Dentre as atividades mais praticadas levantadas na pesquisa, a caminhada aparece em
terceiro lugar com 31% e a observação de vida selvagem com 22%. Para os entrevistados
que ainda não fizeram alguma das atividades pesquisadas, ao serem perguntados que
atividade gostariam de realizar, 70% destacou o mergulho, 61% a observação da vida
71
selvagem, 57% caminhadas e 51% o espeleoturismo – prática esportiva e recreativa de
visitação de cavernas.
Dentre os ecoturistas, o carro é o meio mais utilizado nas viagens (61%), seguido do avião e
do ônibus, empatados com 16%. Quase todos os entrevistados (91%) viajam durante as
férias, 72% preferem os finais de semana prolongados e 40% os finais de semana normais.
Sendo o Ecoturismo um segmento complementar potencial para o Polo Costa dos
Coqueirais, constata-se a necessidade premente de investimento em infraestrutura turística
e na implantação de um sistema integrado de informação ao turista, colocado à sua
disposição ainda na fase de escolha do destino, dado o perfil constatado para os que
demandam esse segmento.
Turismo Rural
O turismo no espaço rural ou em áreas rurais inclui todas as atividades turísticas praticadas
no meio não urbano, de alguma forma comprometidas com a produção rural. O turismo
rural, por sua característica espacial, interfaceia com os demais segmentos do turismo na
medida em que naquele ambiente pode-se dispor de condições para a prática do
ecoturismo, do turismo de aventura, do turismo de negócios e eventos, do turismo de saúde
e, como é o caso mais clássico, do turismo cultural, onde o turista, ao conviver no meio
rural, conhece e adquire experiências relativas à cultura típica ou à história daquele meio ou
daquele sítio, como nas fazendas engenhos. O turismo rural, via de regra, agrega valor aos
produtos e serviços do meio, resgatando o patrimônio cultural e natural da comunidade.
Hoje, poucas propriedades rurais no Brasil dispõem de registros, ainda que simples, sobre a
prática do turismo rural ou sobre o número de turistas recebidos, períodos de maior e menor
visitação, tempo de permanência e perfil do turista.
Os dados da pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no
Brasil – 2007 indicam que apenas 2,2% dos entrevistados apontaram o Turismo Rural como
motivação para sua principal viagem, enquanto a pesquisa de Hábitos de Consumo do
Turismo Brasileiro - 2009. Indica ser o meio campestre o preferido de 13,5% dos turistas
abordados, ficando atrás apenas da opção “praias” (64,9%). Ao considerar a soma
ponderada, ou seja, aquela que engloba não apenas a primeira, mas as três primeiras
opções respondidas pelo entrevistado, 19,2% dos entrevistados afirmaram desejar viajar
para o campo.
As pesquisas indicam também que o turismo rural é praticado por turistas de diferentes
classes sociais. Ele tende a buscar a aproximação com ambientes naturais e com a
paisagem rural, que indica que ele está fora do seu ambiente de rotina –, não se tratando
simplesmente de uma viagem, mas sim uma experiência diferente e autêntica.
Segundo informações do Manual de Turismo Rural publicado pelo MTur, os turistas deste
segmento apresentam características como: (i) são moradores de grandes centros urbanos;
(ii) possuem entre 20 e 55 anos, abrangendo ampla faixa etária; (iii) são casais que viajam
com os filhos e/ou amigos; (iv) escolaridade: ensino médio ou superior completos; (v)
deslocam-se em automóveis particulares, em um raio de até 150 km do núcleo emissor
urbano; (vi) realizam viagens de curta duração, em fins de semana e feriados; (vi) organizam
sua própria viagem, que é preparada com informações da Internet ou a partir da indicação
de parentes e amigos; (vii) apreciam a culinária típica regional; (viii) valorizam produtos
autênticos, artesanais e agroindustriais.
72
Turismo Náutico
A atividade náutica, quando atrelada ao turismo, possui características que a diferenciam do
simples ato de navegação. O Turismo Náutico, portanto, não se configura pela utilização da
embarcação como simples meio de transporte, mas como principal motivador da prática
turística.
Entende-se como náutica toda atividade de navegação desenvolvida em embarcações sob
ou sobre águas, paradas ou correntes, sejam fluviais, lacustres, marítimas ou oceânicas. A
navegação, quando considerada como uma prática turística, caracteriza o segmento do
Turismo Náutico.
No Brasil, como o desenvolvimento deste segmento turístico ainda é incipiente, dados e
pesquisas que retratem seus impactos econômicos, perfil do turista e demanda potencial
ainda são escassos.
Segundo pesquisa realizada pelo Governo de Portugal, o mercado do Turismo Náutico na
Europa (principal emissor de turistas náuticos) cresce a taxas que variam entre 8 e 10% ao
ano.
O perfil do turista náutico difere de acordo com o tipo de embarcação utilizada, tipo de
viagem e nacionalidade. No entanto, é possível identificar algumas características comuns à
maioria dos turistas náuticos, sejam eles de cruzeiro ou de esporte e recreio.
Segundo o Manual Turismo Náutico – Orientações Gerais - MTur, de forma geral os serviços
mais utilizados pelos turistas são: restaurantes; programação noturna; atividades esportivas;
compras; atividades de ecoturismo, como trekking e passeios náuticos em áreas bem
preservadas; atividades culturais e festas típicas regionais; e roteiros turísticos náuticos e
terrestres diversificados.
Para a escolha do destino da viagem, o turista deste segmento considera a oferta de
infraestrutura e serviços de qualidade (marinas), meio ambiente conservado, segurança,
proximidade dos atrativos, atividades de lazer e de recreio para crianças durante o dia e
para adultos, à noite, possibilidade de descanso, atividades de esporte náutico, clima
adequado e preço justo.
Devido à riqueza fluvial do Polo Costa dos Coqueirais, o turismo náutico se revela como um
segmento potencial complementar para a área turística, tendo em vista a diversificação da
oferta e incremento de novos produtos pela utilização plena e sustentável dos recursos
naturais disponíveis na região.
No quadro a seguir são apresentados os segmentos predominantes nos diferentes
municípios do Polo Costa dos Coqueirais.
Quadro 05: Tipologia do Turismo no Polo Costa dos Coqueirais - Sergipe
Município Tipologia Do Turismo
Negócios e eventos, turismo de sol e praia, turismo cultural, turismo
Aracaju
náutico
Barra dos Coqueiros
Sol e praia, turismo cultural, turismo náutico
Estância
Indiaroba Sol e praia, turismo rural
Itaporanga D’ajuda Sol e praia, turismo cultural
Laranjeiras
Turismo cultural
Nossa Senhora do Socorro
Pacatuba Sol e praia, ecoturismo
Pirambu Sol e praia, ecoturismo
Santa Luzia do Itanhy Turismo rural, turismo cultural
Santo Amaro das Brotas Turismo cultural
São Cristóvão Turismo cultural e de sol e praia
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
73
4.2.2. Elementos Críticos que Influenciam a Decisão de Compra da Viagem com
Relação aos Segmentos Potenciais
A pesquisa de Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro – MTur – 2009, relativa à
demanda potencial, obteve os seguintes resultados ao tratar do que poderia ser oferecido
para que os turistas potenciais viajassem dentro do Brasil: 31% já praticavam o turismo
nacional e 33,2% informaram que nada lhes poderia ser oferecido para que viajassem
internamente ao país. E ainda, 13,6% afirmaram que seria a oferta de pacotes com menores
custos e 6,6% que seria a redução dos preços das viagens aéreas.
Ao serem questionados se viajariam por conta própria ou utilizando pacotes turísticos,
79,1% da demanda potencial afirmou que viajaria por conta própria.
Quanto aos meios de hospedagem 38,9% preferiam os hotéis, 28,4% as pousadas, 20,8%
as casas de amigos ou familiares e 8,4% as casas alugadas. Como meio de transporte
preferencial da demanda potencial foram citados os ônibus e vans (40,2%), seguidos dos
carros (35,5%) e dos aviões (24,1%).
Dos clientes atuais – aqueles que realizaram pelo menos uma viagem nos dois últimos
anos, 1,9% realizou a sua viagem para o estado de Sergipe. Os principais motivos da
escolha dos clientes atuais foram a beleza natural/natureza (33,9%), praia (21,2%) e cultura
local (13,2%). Para 57,4% dos entrevistados aquela não tinha sido a primeira visita ao local,
o que vem demonstrar que, quando satisfeitos, os turistas retornam aos destinos, ou seja,
permanecem como clientes potenciais.
Dentre os clientes potenciais, 1,5% afirmaram querer viajar para o estado de Sergipe nos
próximos dois anos. Os principais motivos da escolha se repetem: Beleza natural/natureza -
37,9% Praia - 24,4% e Cultura local/população - 13,6%.
Dentre as atividades pretendidas em primeiro lugar destacam-se os passeios para conhecer
os pontos turísticos (42,0%), frequentar festas/bares/restaurantes/discotecas/boates
(23,8%), conhecer pratos e comidas típicas (9,6%), realizar atividades culturais (6,4%) e
praticar atividade esportiva (8,2%).
Foram investigadas as impressões dos entrevistados quanto à segurança no destino e
64,3% consideraram que a segurança seria positiva, 19,8% regular e apenas 5% ruim.
Apesar da pesquisa considerada ser de âmbito nacional, e portanto não expressar
especificamente o perfil do turista potencial do Polo Costa dos Coqueirais, a sua
contribuição é relevante por reafirmar a preferência por belezas naturais, pela viagem de
automóvel e por apontar os locais mais indicados para a busca de informações.
Ainda que praia seja um dos principais fatores motivacionais para a escolha de um destino
turístico, o turista atual espera pela oferta de outras atividades que agreguem valor àquele
atrativo. Desta forma, quanto mais diversificada for a oferta, mais elementos favoráveis o
turista terá para decidir pelo destino.
Assim, quanto mais atrativos diferenciados o destino possuir, maior a diversidade e mais
elementos favoráveis o turista terá para decidir pelo destino.
Se o destino de Sol e Praia aliar à beleza natural a oferta de atrativos culturais,
demonstrando valorização e respeito pela cultura local, o potencial para inserção do produto
será ampliado.
A consolidação e a ampliação do turismo no Polo Costa dos Coqueirais depende,
certamente, da consideração dos elementos críticos que deverão influenciar a decisão de
compra da viagem pelos turistas potenciais. Esta análise é fundamental para formatação do
produto turístico e para planejamento do processo de promoção e divulgação da área
turística, a partir da integração dos produtos ofertados. O Polo precisa ainda ser assimilado,
reconhecido e suficiente difundido, por esforços integrados das diferentes instâncias do
poder público, das entidades não governamentais e dos agentes privados.
74
4.2.3. Expectativa do Turista Quanto aos Diferentes Segmentos Potenciais
Os princípios de escolha do destino turístico pelos diferentes grupos de consumidores
retratam as necessidades, desejos e satisfações de cada grupo.
O desejo de descanso, de práticas esportivas, de diversão, de aquisição de novas
experiências e de busca de oportunidades para interação com as comunidades receptoras
são características comuns aos turistas, que têm também a expectativa de que a atividade
turística venha contribuir para o bem estar e para a melhoria da qualidade de vida das
comunidades anfitriãs. Já o ecoturista se preocupa e se interessa em buscar experiências
únicas e meios para manter os recursos ambientais e socioculturais preservados.
A pesquisa de Hábitos de Consumo do Turista Brasileiro - 2009,revela que os entrevistados
associam o turismo e a sua expectativa ao viajar com (i) descanso/tranquilidade - 42,8%;
com diversão e entretenimento - 25,7%; beleza natural/lugares bonitos - 8,3%.
Vale ressaltar que existe uma expectativa de nível nacional com relação ao segmento de sol
e praia, que é visto não isoladamente, mas aliado a atividades turísticas complementares.
Para os turistas que se destinam ao estado de Sergipe, tal composição, que representa um
dos principais fatores de motivação para a viagem, é viável dado o potencial existente, e
mesmo já consolidado, para desenvolvimento das atividades complementares.
Os segmentos de turismo ecológico, náutico e de pesca esportiva, vistos de forma
integrada, aliados ao turismo de sol e praia, constituem potencial do Polo Costa dos
Coqueirais, dada a rede hidrográfica diversificada e de grande porte ali existente e as áreas
específicas com características ambientais diferenciadas. Destacam-se no Litoral Sul a
área do Estuário do Rio Real e no Litoral Norte a Foz do Rio São Francisco, onde as vias
fluviais foram intensamente utilizadas para o transporte local e hoje exibem riquezas
histórico-culturais expressivas. Na Área Central do Polo as atividades náuticas - de lazer e
as de pesca no rio Vaza-Barris fazem parte do cotidiano atual da população, notadamente
na área próxima ao Mosqueiro. Em todo o território destaca-se a presença dos mangues,
dunas e reservas de Mata Atlântica, formando conjuntos peculiares para o desenvolvimento
do ecoturismo agregando segmentos complementares que atendem à expectativa dos
turistas.
Viagens realizadas
A pesquisa de Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro aponta que 95,1% das viagens
realizadas foram positivas, sendo que 61,7% foram ótimas e 33,4% foram boas. Isso
demonstra que a expectativa dos clientes foram atingidas durante a viagem.
Dentre os aspectos positivos mais citados, relativo ao panorama nacional, em primeiro lugar
aparece a beleza natural, com 33,6%, seguida da praia 17,5%, da cultura local, com 14,5%,
do perfil do local com 14,4% e das festas populares, com 5,8%. Estes resultados
demonstram que o Polo Costa dos Coqueirais, dadas as suas características, corresponde
aspectos mais relevantes e satisfatórios das viagens brasileiras, ofertando beleza natural,
praias de qualidade, cultura local relevante, povo hospitaleiro, festas populares marcantes e
outros aspectos da cultura brasileira. Entretanto, todo esse potencial do Polo só poderá
despontar e mostrar-se plenamente a partir de investimentos significativos em infraestrutura
e serviços públicos, equipamentos e serviços turísticos, em promoção e marketing, em
recursos de informação e de gestão setorial, dentre outros.
Quanto aos aspectos negativos das viagens no território brasileiro, os principais citados
foram problemas com a viagem de ônibus/carro (6,2%), falta de segurança (3,9%), falta de
estrutura para o turismo (3,8%) e problemas com transporte público (2,4%). Nota-se que as
expectativas dos turistas incluem infraestrutura viária e transporte público qualificados,
informações turísticas e infraestrutura básica.
75
Quanto às expectativas sobre a viagem 31,8% dos entrevistados afirmaram que a viagem
superou as suas expectativas, 53,7% que a viagem correspondeu totalmente, 12,3% que
correspondeu parcialmente e apenas 2,2% que ficou abaixo das suas expectativas.
76
Coqueirais e os demais polos turísticos, são considerados destinos novos e singulares,
frente a outros destinos do Nordeste no segmento do turismo sol e praia. As atividades
ofertadas aliadas à singularidade das características locais conferem ao Polo uma imagem
que se identifica com tranquilidade e interface com cultura e meio ambiente. Portanto, a
complementaridade de produtos, atrativos e atividades ofertadas em curtas distâncias
podem garantir ao Polo a condição de destino diferenciado dos demais destinos do
Nordeste.
O Polo Costa dos Coqueirais, por abrigar Aracaju, principal entrada do Estado, assume
destaque no cenário turístico estadual. Concentra a oferta de atrativos e equipamentos e,
apesar de ser formado por treze municípios, as distâncias a serem percorridas pelos turistas
são pequenas – 163 Km de litoral. A oferta de produtos comercializados são as Cidades
Históricas, a Foz do Rio São Francisco, Mangue Seco (BA) e City Tour em Aracaju. Estes
destinos comercializados, bem como as características do Polo enfatizam os segmentos
principais que são o turismo de sol e praia, o turismo cultural e o turismo de negócios e
eventos, mas, nem de longe abarcam todo o potencial existente. Há uma variedade de
produtos turísticos ainda não explorados, considerados potenciais e que sugerem como
segmentos complementares o ecoturismo, o turismo rural, o náutico e o rural. O Polo
corresponde, portanto, um destino promissor que necessita de investimentos para
fortalecimento e integração do turismo, que teve no PDITS em vigor o seu marco inicial.
O Estado recentemente vem tendo os seus atrativos turísticos reconhecidos e apoiados pelo
desenvolvimento do turismo brasileiro, em particular do Nordeste, pela abertura turística e
pela necessidade crescente de novos destinos e também pelos esforços dos órgãos oficiais
de gestão do turismo em promover, divulgar e comercializar um portfólio de produtos nas
feiras e eventos de turismo, nacionais e internacionais definindo novas estratégias de
mercados a serem atingidos.
Notadamente, o fato de Aracaju ser considerado um dos 65 destinos indutores do
Desenvolvimento Turístico Regional no Brasil, conforme tratado no item 1.3 deste
documento, contribui para a atração de turistas na região, dinamizando a economia do
Polo.
77
Ao analisar o mercado turístico, cabe ainda avaliar se a situação atual da oferta de
equipamentos e serviços turísticos e da infraestrutura básica e de serviços públicos poderá
atender o crescimento da demanda.
A seguir são apresentadas as informações sobre cada um dos municípios e sobre os
atrativos turísticos neles localizados.
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Figura 9. Municípios Integrantes do Polo Costa dos Coqueirais - Divisão em Trechos para Efeito de
Planejamento
A seguir são apresentadas as principais características dos municípios, no que diz respeito
a atrativos turísticos e principais localidades ou equipamento turístico oferecido. A análise
integrada e a valoração dos principais atrativos turísticos do Polo encontra-se na Terceira
Parte deste documento, item 9.
Capital do estado de Sergipe, foi fundada em 17 de março de 1855 pelo então presidente da
província de Sergipe Del Rey, Inácio Barbosa. A transferência da sede do governo de São
Cristóvão, no interior, para Aracaju, no litoral, se deu devido à facilidade de escoamento da
produção agrícola, principalmente açucareira.
79
Caracteriza-se por ser o centro receptivo do Estado. É uma cidade planejada e ordenada,
com ruas limpas e arborizadas. Possui clima ameno, brisa constante e um povo hospitaleiro.
A população é de 570.937 habitantes e ocupa uma área territorial de 181,856km² de
extensão. O PIB, per capita, é de R$ 12.940,65 (IBGE 2010).
Os principais segmentos turísticos que merecem destaque, de acordo com o Relatório
Analítico dos 65 Destinos Indutores, são o do Turismo de Negócios e Eventos, Turismo de
Sol e Praia e Turismo Cultural. A cidade possui uma diversidade de atrativos naturais como
rios, manguezais e praias de água morna. A área litorânea possui mais de 35 Km de
extensão.
A capital apresenta infraestrutura turística, incluindo variedade hoteleira e gastronômica,
além de riqueza patrimonial, ciclovias, parques, praças, museus, teatros, galerias de arte,
bares, restaurantes, casas noturnas e um centro de convenções. A exploração petrolífera é
crescente na região, o que vem atraindo turistas e investidores.
Os principais atrativos turísticos são:
Praia de Atalaia – localizada a 9 Km do Centro de Aracaju, a Orla de Atalaia possui
6 Km de extensão, abrigando bares, restaurantes, hotéis, pousadas, equipamentos
de lazer e convivência, com destaque para o Centro de Arte e Cultura e o Oceanário.
Conta com a Delegacia de Turismo, com a CPTur – Companhia de Policiamento do
Turismo.
Na Passarela do Caranguejo, à beira-mar, são encontradas especialidades
gastronômicas variadas.
Dentre os equipamentos de lazer e convivência conta com quadras poliesportivas,
praça de eventos, equipamentos de ginástica, banheiros, ciclovia com 5 mil metros
de extensão, fontes luminosas, parques infantis, pergolados, passarelas sobre as
areias para acesso ao mar, quadras de tênis, de vôlei, campos de futebol de areia,
parede de escaladas, complexo de esportes radicais com rampas de skate, pista de
Kart, lagos e estacionamentos.
A sinalização turística e indicativa é adequada e encontra-se em bom estado de
conservação.
Oceanário de Aracaju – conjunto de 18 aquários que mostram a diversidade da
flora e fauna marítima e fluvial de Sergipe. A visita é monitorada e o ingresso é
cobrado.
Inaugurado em junho de 2002, o Oceanário tem o formato de uma tartaruga. Os
aquários abrigam variadas espécies de peixes, tartarugas, moréias, xaréus,
caranhas e tubarões-lixa.
Existem ainda quatro tanques onde os visitantes podem tocar em espécies de
invertebrados, crustáceos, moluscos e peixes, com a orientação de um monitor. O
visitante pode, ainda, em horários determinados, auxiliar o monitor na alimentação
dos animais.
O Oceanário conta ainda com um anfiteatro, painéis informativos, sistema de som
com música ambiente, projeção de vídeo, vitrine com exposição sobre o mangue e
uma concha acústica para apresentações de cunho cultural. Na área externa há uma
loja com produtos Tamar.
No que se refere à infraestrutura, o Oceanário oferece acesso aos portadores de
necessidades especiais, com rampas e banheiros projetados para atender esse
segmento de visitantes.
A visita é realizada com monitores do Projeto Tamar, de 3ª a domingo, das 9h ás
21h. O valor da entrada é de R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia para estudantes,
80
com carteira de identificação); crianças de até 1metro de altura e portadores de
necessidades especiais não pagam entrada.
Figura 10. Oceanário de Aracaju – Praia de Atalaia
Rio Vaza Barris – Croa do Goré – no rio Vaza Barris que separa os municípios de
Aracaju e São Cristóvão, merece destaque a Croa do Goré. O espaço é muito
utilizado nos finais de semana e feriados.
O Rio Vaza Barris possui cerca de 450 quilômetros de comprimento e banha os
estados da Bahia e Sergipe. Desaguando no litoral sergipano, no povoado de
Mosqueiro. Sua paisagem é formada por manguezais preservados, vegetações
nativas e ilhas que surgem com a maré seca.
O acesso à Croa do Goré depende da maré baixa para sua visitação. Croa significa:
monte de areia que surge do rio na maré vazante e Goré é o caranguejo que se
esconde na terra.
O acesso à Croa é realizado por catamarã, lancha ou barco que, via de regra,
partem do atracadouro do Mosqueiro. O percurso dura aproximadamente 15
minutos. Na Croa, aos sábados, domingos e feriados, fica ancorado um bar flutuante
que atende as demandas de alimentação e bebida dos visitantes, com um cardápio
diversificado à base de frutos do mar. São também disponibilizados banheiros no bar
flutuante.
81
Figura 11. Atracadouro do Mosqueiro – Povoado do Município de Aracaju
82
passarela de madeira às margens do rio Vaza Barris e quiosques. No espaço há
também um Centro de Atendimento ao Turista e um Posto Policial
O Governo Municipal de Aracaju, por meio da Fundação Municipal de Cultura e
Turismo – FUNCAJU promove aos sábados, a partir das 17 horas, o Projeto Orla Por
do Sol, com variadas atrações musicais, com o objetivo atrair sergipanos e turistas
para o espaço.
No Povoado de Mosqueiro ressalta-se a necessidade de investimento para a
recuperação de atracadouros, que se encontram em estado precário de manutenção.
Figura 14. Orla Pôr do Sol – Mosqueiro – Município de Aracaju
83
restaurantes, centro de artesanato, ciclovia, píer, banca de revistas e
estacionamento.
É um dos bairros mais antigos da cidade e nele podem ser vistas algumas fábricas
antigas ainda em atividade e residências com características arquitetônicas
singulares.
O bairro é margeado pelo Rio Sergipe e, por este motivo, a Prefeitura da cidade
construiu uma orla voltada para o lazer de moradores e visitantes, onde se
instalaram bares e restaurantes com culinária típica da região.
Figura 16. Orla do Bairro Industrial - Aracaju
Fonte: www.leveweb.com.br
84
O horário de funcionamento dos mercados é das 6h às 18h, de segunda a sábado, e
das 6h às 12h aos domingos.
Figura 17. Mercados Públicos
85
A capital do estado é o principal centro destas manifestações populares. São as
festas de Santo Antônio, São João e São Pedro que atraem visitantes de todas as
partes. Ao som do forró, da zabumba, da sanfona, do triângulo toca-se o xote, o
xaxado e o baião. Os grandes eventos ocorrem no Centro Histórico e na praia de
Atalaia como o Forró Caju e o Arraiá do Povo.
O Barco do Forró é outro atrativo que ocorre no mês de junho. Ao som de
sanfoneiros, triângulos e zabumba o Catamarã Parnamirim realiza dois itinerários:
Píer do Crase no Rio Sergipe: saída em direção à ponte Aracaju/Barra dos
Coqueiros, retornando ao Píer. O roteiro tem a duração de 3 horas e sai ás
10h e ás 15h.
Orla Pôr-do-Sol no Rio Vaza Barris: saída em direção à Croa de Goré,
passando pela Ilha dos Namorados e retorno à Orla Pôr-do-Sol. O roteiro tem
a duração de 3h e 30 minutos, e sai ás 9h e ás 14h.
As festas juninas de Aracaju, ainda que não decepcione a população local e os
visitantes, poderiam ser enriquecidas e expandidas se o calendário de eventos do
município contemplasse os festejos promovidos em diferentes bairros e ruas da
cidade e que, também a estes eventos fosse dada promoção e apoio.
Centro de Convenções de Sergipe - maior complexo de eventos de Sergipe,
administrado pelo governo estadual. Possui pavilhão para feiras e exposições, com
cerca de 5.000 m2, e complexo de salas e auditórios. Capacidade, porém, é limitada
– o maior auditórios tem 408 lugares.
Está localizado na Avenida Tancredo Neves, a 10 minutos do centro da cidade e a
15 minutos da orla de Atalaia e do aeroporto de Aracaju, próximo dos principais
hotéis, shoppings, restaurantes, bares, cinemas, teatros e praias da capital.
Foi construído no ano de 1986 e inaugurado dois anos depois. Em 1994 foi chamado
de Centro de Convenções de Sergipe, uma vez que o Estado necessitava de um
espaço para sediar eventos de grande porte.
O complexo de salas e auditórios, possui quatro auditórios e duas salas de
treinamento com capacidade que varia de 30 a 408 lugares. O conjunto está ligado
ao Teatro Tobias Barreto por meio de passarela coberta. O Teatro possui
capacidade para 1.350 pessoas que pode também ser utilizado para eventos.
Em 2002 foi realizada uma reforma no complexo, sendo instalados elevador, posto
médico, entrada individual e banheiros adaptados para o Pavilhão de Exposições.
O Centro de Convenções de Sergipe oferece adequada infraestrutura para a
realização de feiras, congressos, convenções, seminários, simpósios, exposições e
outros tipos de eventos.
Importa acrescentar que os espaços são equipados com ar refrigerado, permitindo
maior conforto para seus usuários. Possui também foyer, depósito e telefones
públicos.
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Figura 18. Térreo do Centro de Figura 19. Pavimento do Centro de
Convenções Convenções
Fonte: http://www.centrodeconvencoes.se.gov.br
Além desses atrativos principais, a cidade possui outros atrativos de menor porte, como:
Centro de Turismo – Rua 24 horas; Catedral Metropolitana;
Ponte do Imperador; Palácio Fausto Igrejas: Santo Antônio; São José;
Cardoso; Praças: Fausto Cardoso; Olímpio
Teatro: Atheneu e Tobias Barreto Campos; Tobias Barreto;
Centro de Criatividade; Calçadão da 13 de Julho;
Espaço Cultural Imbuaça; Parques: da Sementeira – Governador
Centro Cultural e Arte UFS – Augusto Franco; Parque da Cidade –
CULTART; José Rollemberg Leite; dos Cajueiros –
Galeria de Arte Álvaro Santos; Governador Antônio Carlos Valadares;
Galerias: Florival Santos; J. Inácio; Eventos: Pré-caju, Réveillon e Projeto
Félix Mendes; Jenner Augusto; Verão.
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B. Barra dos Coqueiros
Fundada em 1953, o município foi inicialmente denominado “Ilha de Santa Luzia”. Localiza-
se a 800 metros da capital sergipana, possui uma população aproximada de 24 mil
habitantes e 90.322 Km² de área territorial. Pequena e aconchegante, a cidade guarda o
bucolismo de tempos remotos mas abre espaço para a modernidade, percebida com a
construção da ponte Construtor João Alves, em 24 de setembro de 2006. A ponte interliga a
capital, Aracaju, ao município de Barra dos Coqueiros, cruzando as águas do Rio Sergipe. A
ponte possui também o propósito de facilitar a ligação de Aracaju aos municípios do litoral
norte do estado; porém, as lanchas, balsas e tototós perderam sua utilidade e as travessias
ficaram escassas.
Sua posição geográfica favorece a vocação do município para o turismo de sol e praia e
turismo de lazer, uma vez que é cercado pelo rio e pelo mar, com praias de águas calmas e
mornas, manguezais e coqueirais. Até o ano de 2006 o acesso dos moradores e visitantes
do município à capital sergipana era realizado somente por meio de transporte hidroviário
em tototós, lanchas, escunas ou barcos.
As praias da Costa, Atalaia Nova e Jatobá atraem os visitantes. Bares rústicos, oferecem
comidas típicas como moqueca de robalo, peixe frito, carne de sol com pirão de leite, e
petiscos variados, como pilombeta e pastéis de caranguejo e de aratu.
A sede municipal não conta com saneamento básico satisfatório e grande parte de suas
ruas não têm calçamento. O atracadouro necessita igualmente de intervenções e
benfeitorias. A segurança pública também precisa ser reforçada. Com o crescimento do
turismo, destaca-se a importância de um Centro de Informações Turísticas na cidade,
preferencialmente no atracadouro onde desembarcam os tototós, catamarãs e barcos.
Dentre os atrativos do município destacam-se:
Ponte Construtor João Alves - ligando o município à capital sergipana, foi
inaugurada em 2006. Possui 1.850 metros de extensão, com quatro faixas para
veículos, além de ciclovia e faixa para pedestres.
Figura 20. Ponte Construtor João Alves
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Os tototós representaram, por muito tempo, a única forma de se chegar a Barra dos
Coqueiros, partindo de Aracaju. Dezenas de embarcações realizavam essa
travessia, considerada popular devido ao preço e à rapidez.
Atualmente 23 tototós se revezam diariamente nas travessias, garantindo ocupação
para 46 proprietários que persistem no trabalho, escasso após a inauguração da
ponte Construtor João Alves.
Figura 21. Travessia de Tototó – Aracaju a Barra dos Coqueiros
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Passeio de Charrete – saindo da Praça da Matriz. Registra-se o estado precário das
ruas, que precisam receber melhorias para conforto e segurança dos usuários do
passeio.
Praia da Costa - com boa infraestrutura turística, com bares e restaurantes, localiza-
se próximo à rodovia que liga a sede municipal à Praia de Atalaia Nova. Abriga
algumas pousadas e um Resort. A transformação desta praia num atrativo turístico
demanda, pelo menos, a construção de um calçadão com área de estacionamento,
área de lazer e espaço para comercialização do artesanato local.
Festa de Santa Luzia - em homenagem à padroeira da cidade, é a festa cristã mais
tradicional da cidade, atraindo a comunidade local e os moradores e visitantes dos
municípios vizinhos.
A festa é realizada no dia 13 de dezembro. A comemoração inclui novenas e missas,
culminando com uma grande procissão que percorre as principais ruas do centro da
cidade de Barra dos Coqueiros.
Merece destaque também, como atrativo do município, a Igreja Santa Luzia, o
folclore regional, o artesanato, a atividade das catadoras de mangaba e as festas e
celebrações como a Festa da Padroeira ou a Cavalgada.
Praia do Jatobá - próxima à divisa Barra dos Coqueiros / Pirambu, com acesso por
estrada de chão batido. Plana, tranquila e de águas claras, a praia do Jatobá presta-
se ao descanso e ao turismo em família. Destaque para a rica biodiversidade do
local.
Ao longo do trajeto, o turista pode se deslumbrar com um cenário formado por
vegetação de manguezais e coqueirais que adornam a estrada.
Registra-se a necessidade de implantação de melhorias no acesso à praia, já que a
estrada de barro, em dias chuvosos, pode tornar-se um obstáculo à visitação. É
também necessário o planejamento do espaço público - calçadão, praças,
estacionamentos, etc., assim como melhoria da qualidade dos serviços de bares e
restaurantes existentes no local.
Tem ainda importância como atrativos turístico do município: a Igreja Santa Luzia, o folclore
regional, o artesanato, a atividade das catadoras de mangaba e as festas e celebrações
como a Festa da Padroeira ou a Cavalgada.
91
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C. Laranjeiras
A Igreja Nosso Senhor do Bonfim foi edificada em 1836 no ponto mais alto da
cidade, a 65 metros de altura, no morro do Bonfim. Foi conhecida inicialmente como
"Capela Azulada" por quase tocar o firmamento. Em meados do século XIX, a igreja
foi atingida por um incêndio que destruiu seu altar. Sua restauração foi realizada
utilizando o teto e os altares laterais da Igreja Jesus, Maria e José.
Figura 24. Igreja Nosso Senhor do Bonfim - Laranjeiras
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A Capela do Engenho Jesus, Maria e José foi construída em 1769. Atualmente
encontra-se em ruínas. O altar, bem histórico tombado pelo IPHAN, foi retirado e
encontra-se hoje na Igreja do Senhor do Bonfim. Localiza-se Zona rural, em
propriedade particular de difícil acesso.
Figura 25. Área Rural de Laranjeiras - Capela do Engenho Jesus, Maria e José
94
Lambe-Sujo e Caboclinhos, o Reisado, as Taieiras, o Cacumbi, a Dança de São
Gonçalo do Amarante, a Chegança Almirante Tamandaré, o Samba de Coco e o
Samba de Pareia, as Quadrilhas juninas.
Os Eventos de maior expressão são o Encontro Cultural de Laranjeiras, que reúne
manifestações culturais e pesquisadores de todo o país, e a Micareme, festa com
características carnavalescas (alegorias) que agrega a comunidade local em torno de
diferentes blocos percussivos. No artesanato destaca-se a renda irlandesa, o
redendê, ponto de cruz e crochê.
Há necessidade de apoio à cultura local, em específico de fortalecimento de grupos
já atuantes, para sustentabilidade das ações empreendidas. Dentre as demandas
registra-se as iniciativas da Casa de Cultura João Ribeiro e a Casa do Folclore,
espaços já existentes, porém com necessidade de estruturação.
Importante registrar a existência de um projeto de Desenvolvimento Turístico
elaborado pelo Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI), no ano de
2011.
Atrativos Naturais
A sede do município está as margens do rio Cotinguiba. Destacam-se no município
as cavernas, de descoberta recente, que vem sendo muito procuradas.
Figura 26. Rio Cotinguiba
95
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D. Nossa Senhora do Socorro
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98
E. Santo Amaro das Brotas
O município foi fundado em 1697. Corresponde ao quinto mais antigo município de Sergipe
e o 54° mais antigo do Brasil. Distante de Aracaju 37 quilômetros, possui aproximadamente
11 mil habitantes e área territorial de 234 Km².
Os atrativos do município incluem igrejas, Mirante de Cristo e festas populares.
Igreja Matriz de Santo Amaro – construída em 1728, data que está inscrita na
cercadura da porta que liga a capela‐mor à sacristia. Possui uma fachada simples
com frontão triangular sem ornamentação. Possui apenas uma torre que foi
concluída posteriormente, em 1941. Tal evidência pode ser verificada pela forma
adotada e os materiais empregados na construção desta torre. O interior é
desprovido de ornamentação, atraindo a atenção alguns elementos em cantaria que
revelam a participação de mão de obra pouco qualificada. Foi classificada pelo
IPHAN em 1943 por seu valor histórico e arquitetônico.
Figura 27. Igreja Matriz de Santo Amaro
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Figura 28. Capela Nossa Senhora da Conceição – Engenho Caieira
Mirante do Cristo - principal atração turística da cidade. Deste ponto é possível ter
uma vista panorâmica de Santo Amaro, do Rio Sergipe e da Ponte Construtor João
Alves.
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F. São Cristóvão
São Cristóvão é a quarta cidade mais antiga do país e a primeira capital do Estado de
Sergipe. Foi fundada pelo português Cristóvão de Barros no ano de 1590. A configuração
urbana da cidade segue o modelo português que a divide em dois planos: cidade alta, onde
se concentra a sede do poder civil e religioso, e a cidade baixa, onde se localiza a
população de baixa renda, os portos e as fábricas.
No ano de 1855 houve a transferência da capital para Aracaju pela necessidade da
instalação de porto com capacidade para embarcações de maior porte, visando facilitar o
escoamento da produção açucareira, principal fonte da economia na época.
O município se localiza a 23 km de Aracaju, faz parte da região metropolitana do Estado,
possui aproximadamente 80 mil habitantes (2010) e área territorial de 440 Km². Abriga um
conjunto arquitetônico de grande valor histórico-cultural. Os primeiros tombamentos em São
Cristóvão ocorreram entre os anos de 1941 a 1944, e protegeram monumentos isolados. No
ano de 1967 o conjunto arquitetônico e urbanístico do Centro Histórico foi tombado pelo
IPHAN.
São dez os bens tombados individualmente:
Praça de São Francisco,
Igreja e Convento Santa Cruz – Convento São Francisco,
Igreja Matriz de Nossa Senhora das Vitórias,
Sobrado à Rua Getúlio Vargas S/N – Restaurante Solar do Parati,
Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo,
Sobrado à Rua Messias Prado N° 20 – Restaurante do Japonês,
Igreja de Nossa Senhora do Amparo, Antiga Ouvidoria – Futura sede do Iphan,
Antiga Santa Casa de Misericórdia – Lar Imaculada Conceição,
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.
No ano de 2010 a Praça São Francisco recebeu da UNESCO o título de Patrimônio Cultural
da Humanidade.
Os atrativos culturais do município são: o Centro Histórico, a Praça de São Francisco, a
Praça da Matriz e os sobrados que datam da época colonial. Importa acrescentar que a
riqueza patrimonial também é configurada pelo centro de artesanato, igrejas, museus,
palácios, fazendas e engenhos.
Possuem expressividade as festas Juninas, de Santos Reis e de São Pedro, bem como o
artesanato feito com cerâmica, a cestaria e os bordados.
A gastronomia local é também marcante com a fabricação da queijada e dos doces típicos.
A esse respeito destaca-se o papel socioeconômico e cultural da Cooperativa de Doces
Santa Salu, situada no Povoado Cabrita. Interessantes trabalhos vêm sendo desenvolvidos
pelo curso de turismo da Universidade Federal de Sergipe com a intenção de compreender
como o processo de cooperativismo tem transformado a produção e comercialização da
doçaria, que representa um importante legado identitário local.
Na produção sancristovense é possível encontrar as contribuições indígenas, africanas e
europeias que, assim como em outros territórios brasileiros, foram assimiladas e
reelaboradas conforme as especificidades locais. As contribuições indígenas podem ser
identificadas no intenso uso da mandioca na produção de beijus, sarolhos, bolos de
macaxeira e puba, que são fartamente produzidos nas fabriquetas espalhadas nos bairros e
povoados. A presença europeia se dá, sobretudo, por meio dos refinados biscoitos de
102
origem suíça, os bricelets, confeccionados por religiosas que mantêm até hoje o legado
deixado pelas freiras estrangeiras que viveram na Santa Casa de Misericórdia. Já a herança
negra pode ser encontrada no intenso e criativo uso do coco em doces de frutas, bolos,
balas e cocadas.
A Casa da Queijada é o local de produção e comercialização de doces mais conhecido de
São Cristóvão, estando localizado no centro histórico da cidade. A proprietária, com a ajuda
dos familiares, é responsável pela produção diária de 200 a 350 queijadas.
Praça de São Francisco - do fim do século XVI, recebeu em 2010 o título de
patrimônio cultural da humanidade. O conjunto arquitetônico compreende a Praça, a
Igreja de São Francisco, o Convento de Santa Cruz, a Capela da Ordem Terceira
(hoje Museu de Arte Sacra), a antiga Santa Casa de Misericórdia (atual Lar
Imaculada da Conceição) e o Palácio dos Governadores (atual Museu Histórico de
Sergipe).
A Praça São Francisco foi construída para se tornar o centro da cidade e espaço
para as edificações de cunho político, judicial e religioso. Recebeu o título de
patrimônio cultural da humanidade expressando, acima de tudo, desenvolvimento
para a região e resgate da história de Sergipe.
A Capela da Ordem Terceira é hoje Museu de Arte Sacra; a antiga Santa Casa de
Misericórdia, o atual Lar Imaculada da Conceição; e o Palácio dos Governadores, o
atual Museu Histórico de Sergipe.
A Igreja e Convento de São Francisco foram construídos em 1693 por meio de
doação da comunidade aos padres franciscanos. O conjunto possui estilo barroco e
no convento funcionou a Assembleia Provincial na época em que São Cristóvão era
a capital da província e serviu também como espaço para a ocupação dos
seguidores de Antônio Conselheiro na Guerra de Canudos (1897). Na área externa
encontra-se o cruzeiro, herança dos frades franciscanos.
Figura 29. Igreja e Convento de São Francisco
103
A antiga Santa Casa de Misericórdia é uma construção que data do século XVIII,
seu espaço abrigou um hospital de caridade, em 1911 funcionou como asilo e
após esse período foi também orfanato. Desde 1922 encontra sob a
administração das Irmãs Missionárias Imaculada Conceição da Mãe de Deus. É
um monumento tombado pelo Iphan.
Figura 30. Antiga Santa Casa de Misericórdia
104
Praça da Matriz - o conjunto arquitetônico da Praça da Matriz é formado pela Casa
Paroquial e Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória. Adjacente à praça está
também o Poder Municipal de São Cristóvão.
Compõem ainda o conjunto da Praça São Francisco a Casa do Folclore Zeca de
Norberto; o Posto de Informações Turísticas – PIT, a Biblioteca Pública Municipal
“Lourival Baptista” e a Casa do IPHAN, todos abertos à visitação.
Os monumentos que fazem parte do roteiro visitação funcionam de terça a sábado,
das 10 às 16 horas e aos domingos o horário de funcionamento das Igrejas é das 9
às 13 horas. O Museu de Arte Sacra funciona diariamente das 10 às 13 horas e o
Museu Histórico de Sergipe funciona das 10h às 16 horas.
Junto à Praça São Francisco se insere o roteiro turístico para a Igreja de nossa
Senhora do Rosário, Igreja do São Francisco, Igreja Nossa Senhora da Vitória, Igreja
de Nossa Senhora do Carmo, Igreja de Nossa Senhora dos Passos, Memorial de
Irmã Dulce e a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes.
A Praça é também palco das manifestações artístico-culturais como a utilização do
espaço por grupos folclóricos como as taieiras, caceteiras, langas e outros. As festas
juninas, a Cidade Seresta e o Festival de Arte de São Cristóvão utilizam o espaço da
praça também. No campo da literatura, Gregório de Matos e Jorge Amado já
declararam amor à São Cristóvão e às belezas do centro histórico.
O conjunto arquitetônico da Praça da Matriz é formado pela Casa Paroquial e Igreja
Matriz de Nossa Senhora da Vitória. A Praça também sedia o Poder Municipal de
São Cristóvão.
A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória foi construída no século XVII.
Considerada o templo religioso mais antigo da cidade, foi destruída durante a
invasão holandesa. Recentemente a Igreja passou por um processo de restauração
executada em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico nacional
(Iphan) com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Além das fachadas e
do interior, foram também restauradas imagens e quadros.
Figura 32. Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória
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Conjunto Arquitetônico do Carmo - localizado na Praça Senhor dos Passos, a
construção do Conjunto Arquitetônico do Carmo data do século XVIII. O conjunto
compreende o Convento do Carmo, a Igreja Conventual e a Igreja da Ordem
Terceira que atualmente abriga o Museu dos Ex-Votos. A Igreja do Carmo Maior foi
fundada em 16 de julho de 1739 e sua construção possui estilo barroco.
O Museu dos Ex-Votos possui um acervo composto de peças que representam
graças alcançadas. São objetos feitos em madeira, barro, gesso, tecidos e registros
fotográficos de graças alcançadas. O museu está aberto diariamente, das 10 às 16
horas.
Figura 33. Museu dos Ex-Votos
Igreja Nossa Senhora do Amparo - a construção da Igreja data do fim século XVIII,
mantida pela Irmandade de Nossa Senhora do Amparo até ser extinta no ano de
1902. No ano de 1907 a Igreja passou à administração do vigário de São Cristóvão.
Em 1996 todo o conjunto arquitetônico e seus elementos artísticos foram
restaurados. É um Monumento histórico tombado pelo Iphan.
Figura 34. Igreja Nossa Senhora do Amparo
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Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos - Construída no século
XVIII pelos jesuítas, a igreja barroca era o palco dos festejos folclóricos como a
Taieira e a Chegança. Atualmente ainda se realiza a Procissão dos Fogaréus e a
Chegança, com participação exclusiva dos homens. É um monumento histórico
tombado pelo Iphan e o horário de visitação é diariamente das 10 às 16 horas. As
missas ocorrem uma vez ao mês.
Figura 35. Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
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Figura 36. Cristo Redentor de São Cristóvão
O balneário, conhecido como Bica dos Pintos, foi criado em terreno da antiga Fábrica São
Cristóvão como espaço de lazer para seus funcionários. Com a falência da empresa, o
espaço passou a atender a toda população da cidade e, na década de 80, a Prefeitura com
o apoio do Programa Estadual de apoio aos Municípios “Chapéu de Couro” realizou uma
obra de urbanização da área, que recebeu o nome de “Parque João Alves Filho”. O novo
parque, além de oferecer atividades de lazer e entretenimento à comunidade, ganhou fama
e atraiu frequentadores de todo o Estado.
Com o tombamento paisagístico do Centro Histórico, muitas das opções de lazer são
voltadas à cultura, a exemplo dos museus, sendo restritas as opções de lazer destinadas à
contemplação e esporte, o que denota a importância do Parque para o Município.
Atracadouro do rio Vaza Barris –
Antigo acesso marítimo à Cidade de São Cristóvão, o Atracadouro do Rio Vaza Barris é um
dos poucos e principais locais de lazer para os moradores do centro histórico da sede
municipal. Hoje, o local conta com dois restaurantes, estacionamento para carros, banheiros
e algumas casas de pescadores que ainda hoje desenvolve as praticas pesqueira
rudimentares transmitidas de geração a geração, desta forma os impactos ambientais são
reduzidos apesar dos sistemas de tratamento de esgoto das casas e restaurantes.
Uma das ações desenvolvidas pelo governo do Estado, contemplava o passeio de catamarã
com parte de um percurso turístico que se iniciava em Aracaju e desenvolvia um Tour pela
cidade e possibilitava a volta a Aracaju através de trem ou pelo próprio catamarã.
Além dos atrativos descritos, o município possui outros de grande expressividade como as
Igrejas de Nossa Senhora de Nazaré, Nossa Senhora do Amparo, Nossa Senhora do
Carmo, Nossa Senhora da Vitória, Santa Cruz, Mosteiro de São Bento e Capela Nossa
Senhora da Conceição do Engenho Poxim. Os exemplos da arquitetura rural são a Fazenda
Itaperoá, o Engenho Belém, Engenho Cumbe, Engenho Escurial, Engenho Dira e o
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Engenho Quindongá. Possui ainda como atrativo os seguintes Palácios: da Justiça, Olimpo
Campos, Fausto Cardoso, Graccho Cardoso, Inácio Barbos e da Colina Santo Antônio.
Destacam-se ainda na paisagem os sobrados e as casas da época do Brasil colônia que
eram construídas sobre o alinhamento das vias públicas e também sobre os limites laterais
dos terrenos. As vias, em paralelepípedos, tem traçados conforme a disposição das casas.
Com técnicas construtivas primitivas, nas casas mais simples as paredes eram de pau-a-
pique, adobe ou taipa de pilão. Nas casas mais importantes utilizavam-se materiais como a
pedra e o barro, tijolos ou pedra e cal.
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TRECHO 2 – LITORAL SUL
A. Estância
O município foi fundado em 1831. Denominado “Cidade Jardim” pelo Imperador Dom Pedro
II. Guarda em suas praças, ruas e monumentos uma atmosfera bucólica que atrai turistas.
Localiza-se no sul do Estado de Sergipe, a 68 km da capital sergipana e a 230 Km de
Salvador. Possui 4.409 habitantes (2010) e área de 644 Km².
Suas festas também possuem grande expressividade, como a Festa de São João, que atrai
cerca de 50 mil pessoas. Nesta festa, destacam-se as quadrilhas juninas, a culinária típica,
os fogos de artifício (espada e buscapé) e o “barco de fogo”. Entre os grupos folclóricos
destacam-se o Pisa Pólvora e a Batucada.
A região é entrecortada por rios, dos quais se destacam o Real, Piauí, Piauitinga e Fundo,
margeados pela Mata Atlântica, e que revelam, ao final de seus cursos, um estuário cercado
pelos manguezais. Possui ainda um Distrito Industrial localizado às margens da BR-101,
onde indústrias locais, nacionais e internacionais estão instaladas. Merece destaque o
comércio na região, que também dá suporte aos municípios circunvizinhos.
No litoral há hotéis, pousadas e restaurantes que dão suporte aos turistas e visitantes.
Escunas, barcos e lanchas também estão disponíveis para o turismo. O acesso ao litoral é
facilitado por rodovias em bom estado de conservação, tais como a Linha Verde e a
Litorânea.
Destacam-se os seguintes atrativos no município:
Patrimônio Arquitetônico - o município possui um rico acervo arquitetônico,
paisagístico e urbanístico. São sobrados azulejados, casas coloniais, igrejas e
acervos sacros, como também fábricas e vilas operárias que compõem a paisagem.
Muitos sobrados em azulejo português são tombados pela Secretária de Cultura do
Governo do Estado de Sergipe. Localizam-se, em sua maioria, na Rua Capitão
Salomão. Importa acrescentar que alguns desses imóveis estão em estado precário
de conservação.
Figura 37. Casarões de Estância
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Figura 38. Casarões de Estância
O Sobrado Colonial localizado na Praça Barão do Rio Branco, nº 35 foi tombado pelo
IPHAN em 1962. Sua importância se deve à visita de D. Pedro II em 1860 que,
durante sua estadia de três dias, transformou Estância em sede do governo
municipal.
Figura 39. Sobrado Colonial - Estância
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Figura 40. Igreja Nossa Senhora de Guadalupe - Estância
Localizada na Praça Orlando Gomes, antigo Jardim Velho, traz no piso superior um
pequeno museu com peças raras – ainda não catalogadas – como quadros,
castiçais, livros, mantos sacros e outras. Trata-se de edificação tombada pela
Secretaria de Estado da Cultura.
Figura 41. Igreja Nossa Senhora do Rosário - Estância
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Bairro Porto D`Areia e Centro Histórico de Estância - o bairro Porto D’Areia,
antiga vila operária, preserva ainda o clima do passado. Carrega nas casinhas, nas
praças e nos diversos estabelecimentos como clínicas, uma rádio e alguns centros
sociais, marcas de uma sociedade emergente fruto da dinamicidade econômica que
marcou a cidade ao longo dos séculos XIX e XX. Nas ruas principais do centro de
Estância, rua Barão do Rio Branco e Largo João Pessoa, sobressaem-se a Igreja
Nossa Senhora do Rosário e os casarões revestidos com azulejos portugueses,
construídos na segunda metade do século XIX. Estes embelezam sobremaneira
sobrados e casas, contrastando suas cores fortes com os tons pastel instituídos no
neoclássico.
Em 1962 o IPHAN tombou o sobrado colonial localizado na Praça Rio Branco nº. 35,
único exemplar acautelado em nível federal, incluído no livro de tombo histórico, a
verdade, uma homenagem à rica história de Estância. Entretanto, são os sobrados e
casas azulejados, muitos tombados pela Secretária de Cultura do Governo do
Estado de Sergipe, que se destacam na paisagem urbana. Também são tombados
pelo Governo Estadual a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e a pintura em óleo
sobre tela Misericórdia e Caridade de autoria de Horácio Hora do Hospital Amparo
de Maria.
Alguns dos imóveis citados estão em estado inadequado de conservação. Não tem
recebido a devida prioridade a preservação do rico acervo arquitetônico, paisagístico
e urbanístico da cidade: sobrados azulejados, coloniais, casas ecléticas, art-déco, e
alguns exemplares da arquitetura modernista; igrejas e acervos sacros, fábricas e
vilas operárias, e o próprio espaço urbano com suas ruas, praças, texturas e cores.
Ilha da Sogra - banco de areia, situada entre o rio e o mar.
A lenda diz que nesta ilha foi abandonada a mãe da mulher de um pescador nativo,
por isso o seu nome. A Ilha da Sogra possui um quilômetro de extensão sem
qualquer vegetação, apenas algumas rochas.
O acesso à Ilha da Sogra é realizado por escuna e no percurso é possível observar a
reserva de Mata Atlântica, os manguezais e algumas ruínas históricas existentes.
Figura 42. Ilha da Sogra - Estância
114
Figura 43. Praia do Saco - Estância
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Figura 45. Praia do Abais - Estância
Lagoa dos Tambaquis e APA Sul – conhecida como Lagoa Azul localiza-se na
APA do Litoral Sul, na Praia do Abais. Oferta atividades turísticas, nado com
tambaquis e alimentação, e também técnico-científica, realizada por pesquisadores
da Universidade Federal de Sergipe – UFS. Dispõe de área de lazer e meio de
hospedagem.
É considerada a maior lagoa do Estado, com cerca de nove quilômetros de
extensão. Expedição técnico-científica em torno da Lagoa Azul, realizada por
pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe – UFS - revelou a existência, no
local, de peixes de diversas espécies, dentre as quais a tilápia, de origem africana, o
tambaqui. De origem amazônica, e a traíra.
A APA conta hoje com um Regimento Interno e com um Conselho Gestor
constituído, eleito democraticamente por representantes de órgãos públicos e da
sociedade civil, contemplando a participação de moradores locais, de organizações
não governamentais, representante do comitê da bacia hidrográfica e de instituições
de ensino e pesquisa.
O grau de uso atual pode ser considerado médio, pois além de movimentar o turismo
doméstico, o local também atrai visitantes de outros estados do país. Além de área
de lazer, o local pode ser utilizado também como meio de hospedagem: 08 chalés
com banheiro e 04 dormitórios para uso comunitário são disponibilizados ao turista,
além de uma área para camping com capacidade para até 80 barracas. As diárias
saem, para o casal, R$ 50,00, com o café da manhã incluído (dados levantados em
2011). Crianças até nove anos não pagam hospedagem.
Para passar o dia na Lagoa os visitantes têm à sua disposição um restaurante e
banheiros. A entrada/diária custa R$ 3,00 para adultos e R$ 2,00 para crianças e
idosos.
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Figura 46. Lagoa dos Tambaquis - Estância
Fonte: http://www.estancia.se.gov.br
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já que a estrada é de terra. Para alcançar o local por barco ou escuna, considera-se
a necessidade de um atracadouro.
Uma quantidade considerável de lixo é jogada às margens da estrada que dá
acesso ao mangue, deixada, aparentemente, pela própria comunidade local. Outros
atrativos de Estância de cunho cultural são o Arraial, cidade cenográfica junina, e a
Batucada, dança folclórica realizada pelas mulheres. Também merecem destaque o
rendedê, o crochê, o ponto de cruz e a confecção de fogos de artifício com bambus.
Outros atrativos de Estância de cunho cultural são o Arraial, cidade cenográfica junina, e a
Batucada, dança folclórica realizada pelas mulheres. Também merecem destaque o
rendedê, o crochê, o ponto de cruz e a confecção de fogos de artifício com bambus.
O município ainda possui exemplares remanescentes de antigos engenhos de cana-de-
açúcar. O ciclo da cana-de-açúcar e o engenho tiveram papel significativo na formação
econômica e social do povo sergipano e o sul do estado também participou ativamente da
economia açucareira.
Há oferta de serviços de alimentação, com estabelecimentos estruturados que servem
pratos típicos da região, à base de frutos do mar (peixes), carnes e sucos regionais.
Como fraquezas identificou-se a relativa dificuldade de acesso a Farnaval; estado
acentuado de deterioração e abandono dos casarões históricos do Porto D’Areia e Centro
Histórico; precariedade da mão-de-obra empregada no museu; o baixo valor agregado dos
produtos comercializados no Centro de Artesanato; a disposição inadequada do lixo,
principalmente no Mangue do Farnaval, na Lagoa dos Tambaquis e na Praia do Saco;
deterioração dos bens patrimoniais de Porto D’Areia e do centro histórico.
Dentre os investimentos necessários citam-se: a qualificação dos serviços e melhorias
estruturais em pousadas, bares e restaurantes na Praia do Saco; a manutenção e/ou
restauração de parte do patrimônio arquitetônico local do bairro Porto D’Areia e o centro
histórico; dinamização na comercialização de frutas, verduras, legumes e carnes por parte
das associações locais.
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B. Indiaroba
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C. Itaporanga D’Ajuda
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Festejos de São João - realizados no mês de junho, atraindo turistas com
programação de shows, bandas, casamento caipira, cavalgada, quadrilhas, comidas
típicas, sanfoneiros, fogos de artifícios, fogueiras e forró pé de serra.
• Ilha Mem de Sá - situada no estuário do rio Vaza-barris, a 23 Km da sede do
município de Itaporanga D’ Ajuda, e 53 Km de Aracaju. Incluída na APA do Litoral
Sul.
O Instituto Federal de Sergipe (IFS), vem desde 2008, desenvolvendo ações de inventário e
diagnóstico participativo na localidade. A responsabilidade direta é do Grupo de Pesquisa
Turismo, Educação e Cultura, vinculado ao curso de Gestão do Turismo. O foco é o
cotidiano dos moradores locais, em grande parte pescadores artesanais, que tem sido
valorizado e estruturado turisticamente.
O Projeto intitulado “Re-Conhecer Pedra Bonita” gerou um espaço de discussão sobre o
turismo no município, que ainda não apresenta roteiros turísticos. Utilizou técnica de
Diagnóstico Rural Participativo (DRP), possibilitando aos moradores identificar potenciais
atrativos turísticos da região. A contribuição comunitária permitiu gerar e executar o Roteiro
Pedra Bonita.
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D. Santa Luzia do Itanhy
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encontra-se em bom estado de conservação e suas características originais foram
preservadas. Além dos móveis coloniais, a propriedade conserva o porão onde,
segundo informações levantadas, os escravos eram acomodados. A fazenda conta
ainda com 250 hectares onde outros recursos naturais podem ser encontrados:
pequenos córregos, nascentes, restinga de Mata Atlântica e estruturas históricas
como a chaminé da antiga usina.
Praticamente não existe restrição por parte do atual proprietário à entrada de
visitantes no interior da antiga casa grande. O acesso por carro é feito pela rodovia
Camilo Calazans, que possui boas condições.
Figura 50. Engenho São Félix
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próximo à sede municipal, em área de 6 hectares, utiliza técnicas orgânicas e
pretende se desenvolver ainda mais para a vertente do agroturismo.
Povoado do Crasto - situado às margens do Rio Piauí, é um destino preferido por
visitantes que procuram contato com a natureza, descanso e tranquilidade, se
localizando próximo a pontos turísticos importantes, como Mangue Seco e Praia do
Saco. Possui uma única pousada para os visitantes e um restaurante. No povoado é
possível fretar embarcações e ir até outros pontos turísticos do Estado. Destaca-se a
necessidade de recuperação do píer/atracadouro do Crasto, que se encontra em
ruínas e sem utilização, comprometendo a paisagem.
Figura 51. Rio Piauí – Povoado do Crasto
No alto da montanha, há uma igreja secular em ruínas que simboliza a presença dos
jesuítas na região.
Figura 52. Igreja Secular – Povoado do Crasto
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Importante destacar a sede do Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação
(IPTI), que localiza-se no povoado Crasto. Nele, os visitantes podem conhecer os
projetos já desenvolvidos pelo IPTI e outros que ainda se encontram em
desenvolvimento, como é o caso do Arte com Ciência, Educação Inclusiva,
Ampliação e Fortalecimento da difusão de Tecnologias Sociais por meio das redes
virtuais de conhecimento, o Cultura em Foco e, sobretudo, o Plano de Gestão
Participativa do Turismo do município de Santa Luzia do Itanhy.
Mata do Crasto - reserva particular de Mata Atlântica, por onde passa o acesso ao
povoado do Crasto, via sede de Santa Luzia, realizado por uma estrada de barro.
Com aproximadamente 700 hectares permite visitação acompanhada, mediante
agendamento. A infraestrutura de visitação é precária, não havendo qualquer
equipamento de apoio aos visitantes. Existe um projeto para a pavimentação da
estrada de acesso.
Navegação pelo rio Piauí – a navegação pelo rio Piauí ofertada por pescadores
locais, de forma amadora, em canoas motorizadas. O circuito tem duração
aproximada de três horas. O rio tem destaque pela produtividade de camarão
cultivado, sendo a principal fonte de renda dos habitantes do povoado do Crasto.
Escuna Gazzela – serviço integra atrativos presentes nos municípios de Santa
Luzia, Estância, Indiaroba e Jandaíra (Mangue Seco - BA). Conta com duas escunas
com capacidade para 40 e 49 passageiros. Oferece, há 11 anos, três opções de
roteiro, com duração de duas a quatro horas, partindo do Crasto (Santa Luzia do
Itanhy), Porto dos Cavalos (Estância) e Terra Caída (Indiaroba). Num dos roteiros, o
visitante tem a oportunidade de chegar até o Condomínio Porto Belo (Estância /
Praia do Saco). Outra opção é passar pela Ilha da Sogra rumo a Mangue Seco. Já o
terceiro roteiro leva o visitante diretamente a Mangue Seco. Com serviço de
alimentação a bordo, serve pratos típicos da região.
Como pontos restritivos tem-se, na área, a restrição de acesso à Mata do Crasto, a falta de
condutores especializados para a operação das embarcações, esgoto a céu aberto nas ruas
do Crasto, sendo despejado sem tratamento no Rio Piauí e o desmatamento da Mata
Atlântica. Como impulsores tem-se a diversidade da segmentação turística. Para melhoria
dos serviços turísticos tornam-se necessárias ações de capacitação e certificação de guias
de turismo, proprietários e equipes de restaurantes e pousadas; de educação ambiental,
utilizando os recursos disponíveis na mata atlântica. Quanto à infraestrutura, requer-se a
implantação do sistema de esgotamento sanitário do povoado Crasto, a implantação de
rodovia interligando o Crasto à sede municipal, a revisão e implementação do Plano de
Manejo da APA do Litoral Sul e dos projetos nele especificados.
Como se observa, o município vem se estruturando para o fortalecimento das atividades
turísticas, identificando suas potencialidades e buscando melhorias. O levantamento
detalhado da oferta, permitiu o conhecimento de suas potencialidades e a organização para
o desenvolvimento.
Nesse contexto é importante o trabalho, realizado e em desenvolvimento, feito pelo IPTI
como é o caso do Arte com Ciência, Educação Inclusiva, Ampliação e Fortalecimento da
Difusão de Tecnologias Sociais por meio das redes virtuais de conhecimento, do Cultura em
Foco e, sobretudo, do Plano de Gestão Participativa do Turismo do município de Santa
Luzia do Itanhy.
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TRECHO 3 – LITORAL NORTE
A. Brejo Grande
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Figura 54. Foz do Rio São Francisco – Município de Brejo Grande
Povoado Cabeço – no local havia aldeia de pescadores que foi quase totalmente
tomada pelas águas do Rio e do oceano Atlântico. Uma das causas para sua
inundação foi o impacto do represamento do Rio São Francisco com a construção da
Hidrelétrica de Xingó. As águas perderam a força na foz e o mar avançou, cobrindo
ruas, casas e igreja. O farol da vila, parcialmente submerso, virou símbolo e passou
a ser ponto turístico da região. Atualmente alguns moradores residem na região do
povoado ainda não atingida e outros migraram para o povoado de Saramén.
Figura 55. Farol do Povoado Cabeço – Brejo Grande
Povoado Saramén - destino pouco explorado pelos turistas, o Povoado oferece aos
turistas banhos em ilhotas de água doce, dunas e uma vila de pescadores,
conhecida como Resina.
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Figura 56. Povoado Saramén
Além desses atrativos pode-se citar também, o artesanato regional feito com palha de
Ouricuri - confecção de chapéus, cestas e objetos de decoração e a gastronomia típica
como a cocada, guaiamu e siris.
132
133
B. Pacatuba
Localiza-se no litoral norte de Sergipe, a 116 km da capital do Estado. Possui área territorial
de 373 km² onde 40 Km² é formado pelo Pantanal Nordestino, também conhecido por
Pantanal Sergipano.
No município encontra-se a Reserva Biológica de Santa Izabel ciada com o objetivo de
proteger os ecossistemas costeiros compostos de dunas, manguezais, lagoas, além da área
de desova das tartarugas marinhas. Na reserva encontra-se a sede do Projeto Tamar
O município vem sendo preparado para uma ocupação ordenada que respeite o homem e a
natureza, onde a convivência não seja predatória, garantindo um turismo sustentável, de
baixo impacto e com clara visão ecológica. É um importante ponto turístico para os
apreciadores do turismo ecológico.
Atualmente a cidade possui aproximadamente 13 mil habitantes e 373 Km² de área
territorial. Sua economia é baseada na plantação de coco, agricultura, pesca e extração do
petróleo. Merece também destaque a produção artesanal como as bolsas feitas com fibra de
taboa, encontrada em abundância na região e as festas de São João.
Pantanal Nordestino - 40 km² de área com um ecossistema que abriga lagoas,
manguezais, áreas remanescentes de mata atlântica, dunas, mar e rica fauna, sendo
encontrados lontras, capivaras, jacarés-de-papo-amarelo e mais de 100 espécies de
aves. A região possui belas paisagens, porém sem qualquer infraestrutura turística.
O acesso é realizado pela SE 100 norte ainda não pavimentada e a sinalização é
precária. No mirante do Robalo, área particular, é possível visualizar toda a
diversidade e beleza do pantanal.
Figura 57. Pantanal Nordestino
134
Figura 58. Ponta dos Mangues
135
136
C. Pirambu
137
Redonda. Do topo pode-se avistar a lagoa azul que consiste em uma cratera
preenchida por uma porção de água propícia ao banho. Não há infraestrutura
turística no local.
Reserva Biológica Santa Izabel – REBIO - Criada pelo Decreto Nº 96.999, de 20
de outubro de 1988, possui 2.766 ha sendo 45 km de praia limitados pela barra do
rio Japaratuba e pela barra do Funil. Está localizada nos municípios de Pirambu e
Pacatuba. A Unidade tem como objetivos específicos a proteção de ecossistemas
delicados, como dunas móveis e fixas, vegetação de restinga, lagoas temporárias
e permanentes, praias, manguezais e fauna diversificada. A categoria de manejo
da Unidade atende somente a pesquisadores e ações de educação ambiental. Em
relação ao seu planejamento, a Unidade ainda não possui documento que norteie
suas atividades de manejo.
Dentre os animais encontrados, destaca-se a menor tartaruga marinha
(Lepidochelys oleácea), que encontra na reserva seu maior sítio de desova no
Brasil. O risco de extinção desta espécie marinha foi o principal motivo para a
criação da Unidade.
Os equipamentos disponíveis são limitados: 2 alojamentos e 2 escritórios de
apoio; um centro de visitantes com museu, sala de projeção, casa de bombas,
stand para divulgação e 6 tanques; 1 veículo (categoria passeio), garagem,
galpão e oficina de pequeno porte.
A Unidade mantém acordos de parceria com: Fundação Pró-TAMAR; Petrobrás -
Petróleo Brasileiro; e CONATURA - Cooperativa Mista de Trabalhadores da
Natureza.
Figura 60. Reserva Biológica Santa Izabel
138
Projeto Tamar - monitora 157 km de praia no litoral norte de Sergipe por meio de
sua primeira base instalada em Pirambu, em 1982. Na sede, encontra-se o Centro
de Educação Ambiental – CEA, que recebe, em média, 120 mil visitantes/ano por
meio do Programa de Visitas Orientadas - PVO. Voltado à conservação das
tartarugas marinhas e proteção das áreas de desova. Além de trabalhos voltados
à educação ambiental o Tamar oferece também programas voltados ao resgate
do artesanato e da cultura local.
No Centro há uma área cercada para a incubação de ovos de tartaruga; tanques
com exemplares vivos de tartarugas marinhas em diversas fases de
desenvolvimento; sala para a realização de palestras e projeção de filmes e salas
com aquário marinho onde são encontradas espécies típicas do entorno da
Reserva. Há ainda estacionamento e stand que divulga as atividades culturais
desenvolvidas com as comunidades do entorno.
No período da temporada reprodutiva ocorrem as solturas programadas de
filhotes, em que os turistas e a comunidade podem participar do evento. Nesta
ocasião, os participantes recebem explicações a respeito do ciclo reprodutivo das
tartarugas marinhas.
Destaca-se ainda que o litoral norte de Sergipe possui a maior concentração da
desova da tartaruga-oliva (Lepidoshelys Olivecea). Em época de desova
registram-se aproximadamente 1200 desovas nas praias de Pirambu, sendo 80%
destas da tartaruga-oliva.
Antes da implantação da base do Tamar, no período da desova, as tartarugas
eram coletadas por pescadores e utilizadas tanto para consumo, quanto para
comercialização. Após a criação da base, e por meio de um trabalho de educação
ambiental realizado pelo Tamar, pescadores e comunidade foram envolvidos na
conservação das tartarugas marinhas. Atualmente 70% das desovas permanecem
em seus locais de origem.
Além de trabalhos voltados à educação ambiental o Tamar oferece também
programas voltados ao resgate do artesanato e da cultura local.
Figura 62. Sede do Projeto Tamar - Coordenação Regional ICMBio de Sergipe e Alagoas
139
Figura 63. Projeto Tamar - Incubadoras
140
141
SÍNTESE DOS ATRATIVOS PRINCIPAIS DO POLO COSTA DOS COQUEIRAIS
Quadro 06: Síntese dos Atrativos Turísticos Principais – Polo Costa dos Coqueirais - 2012
Trechos Municípios Atrativos
Praia de Atalaia
Oceanário de Aracaju
Rio Vaza Barris – Croa do Goré
Orla Por do Sol
Orla do Bairro Industrial
Aracaju
Mercado Público Antônio Franco
Mercado Público Thales Ferraz
Museu da Gente Sergipana
Festejos Juninos
Centro de Convenções de Sergipe
Ponte Construtor João Alves
Travessia do Tototó
Navegação pelo Rio Sergipe
Praia de Atalaia Nova
Barra dos Coqueiros
Passeio de Charrete
Praia da Costa
Trecho 1 Festa de Santa Luzia
Área Central Praia do Jatobá
Patrimônio Arquitetônico
Laranjeiras Riquezas Folclóricas
Patrimônio Natural – cavernas
Igreja Matriz Nossa Senhora Perpétuo do Socorro
Nossa Senhora do Prainha do Porto Grande
Socorro Prainha de São Braz
Festa da Padroeira
Igreja Matriz de Santo Amaro
Santo Amaro das
Capela de Nossa Senhora da Conceição (Engenho Caieira)
Brotas
Mirante do Cristo
Praça de São Francisco
Praça da Matriz
Conjunto Arquitetônico do Carmo
São Cristóvão
Igreja Nossa Senhora do Amparo
Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
Cristo Redentor
Patrimônio Arquitetônico
Bairro Porto D`Areia e Centro Histórico de Estância
Restaurantes X-PTO, Atlântico e Barriga’s
Ilha da Sogra
Praia do Saco
Estância
Praia do Abais
Lagoa dos Tambaquis e APA Sul
Trecho 2
Festa de São João
Litoral Sul
Natal de Luz
Mangue do Farnaval
Povoado da Terra Caída
Indiaroba
Povoado de Pontal
Praia da Caueira
Itaporanga D’Ajuda Festejos de São João
Ilha Mem de Sá
142
Trechos Municípios Atrativos
Festejos de São João
Santuário de Santa Luzia do Itanhy
Sede do Cultura em Foco
Engenho São Felix
Engenho Antas
Engenho Cedro
Engenho / Fazenda Castelo
Santa Luzia do Itanhy Fazenda Priapu da Feira e Cachaçaria Reserva do Barão
Sítio Ebenezer
Restaurante de Dona Rosa – POVOADO SÃO JOSÉ
Ki-Delícia de Pirão – Povoado Rua da Palha
Povoado do Crasto
Navegação pelo rio Piauí – Turismo Náutico e de Pesca
Escuna Gazzela
Foz do Rio São Francisco
Brejo Grande Povoado Cabeço
Povoado Saramén
Pantanal Nordestino
Pacatuba
Ponta dos Mangues
Trecho 3
Lagoa Redonda
Litoral Norte
Lagoa do Sangradouro
Cachoeira Roncador
Pirambu
Vale da Lucrécia
Reserva Biológica Santa Izabel – REBIO
Projeto Tamar
143
Agências de Transportadoras
Município Hospedagem Alimentação**
Viagem turísticas
Santo. Amaro das Brotas 0 2 0 0
São Cristóvão 0 3 2 0
Total 164 250 50 67
Estabelecimentos de Hospedagem
Municípios Hotéis Pousadas Campings Total
Aracaju 43 88 1 132
Barra dos Coqueiros - 2 - 2
Brejo Grande - 4 - 4
Estância 5 3 - 8
Indiaroba - 4 - 4
Itaporanga D’Ajuda - 3 - 3
Laranjeiras 1 2 - 3
N.S.do Socorro - - - 0
Pacatuba - 2 - 2
Pirambu - 5 - 5
Santa Luzia do Itanhy 1 - 1
Santo Amaro das Brotas - - - 0
São Cristóvão - - - 0
Total 49 114 1 164
Fonte: Technum Consultoria SS, 2012
8
Sistema de Cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor do turismo, executado pelo Ministério do Turi6smo,
em parceria com os Órgãos Oficiais de Turismo Estaduais.
144
Aracaju e Barra dos Coqueiros possuem hotéis com capacidade para sediar eventos de
pequeno e médio porte, complementando os serviços do Centro de Convenções de Aracaju
e centralizando a recepção dos turistas do segmento de negócios e eventos. O número de
UH – Unidades Hoteleiras e de leitos disponíveis no Polo pode ser verificado na Tabela 42,
a seguir.
Tabela 42. Quantitativo das Unidades Hoteleiras e Leitos - Municípios do Polo Costa dos Coqueirais
– Sergipe - 2011
145
Tabela 43. Taxa de Ocupação, Permanência Média, Fluxo e Pernoites Gerados por Categoria das
Unidades Hoteleiras – Aracaju - 2008, 2009 e 2010
2008
Categoria Taxa de Ocupação Permanência Média Fluxo de Pernoites
% (Dias) Hóspedes Gerados
Hotel 5 71,8 2,42 82.702 218.941
Hotel 4 47,3 2,40 31.644 81.271
Hotel 3 64,7 3,18 33.714 117.652
Hotel 2 49,9 5,43 6.422 41.847
Hotel 1 33,0 2,17 9.815 22.773
Pousada 46,6 2,07 7.726 17.284
Total 59,5 2,66 172.023 499.768
2009
Categoria Taxa de Ocupação Permanência Média Fluxo de Pernoites
% (Dias) Hóspedes Gerados
Hotel 5 59,1 2,74 77.232 228.652
Hotel 4 41,6 2,25 36.364 89.199
Hotel 3 58,3 3,34 40.533 152.520
Hotel 2 59,5 4,78 10.354 58.763
Hotel 1 31,8 2,76 7.892 23.693
Pousada 44,7 2,15 8.075 18.839
Total 53,1 2,88 180.450 571.666
2010
Categoria Taxa de Ocupação Permanência Média Fluxo de Pernoites
% (Dias) Hóspedes Gerados
Hotel 5 58,0 2,64 98.528 286.089
Hotel 4 47,5 2,61 31.397 88.823
Hotel 3 53,0 2,74 49.971 148.490
Hotel 2 56,0 4,29 11.763 58.162
Hotel 1 36,0 2,97 8.778 28.422
Pousada 55,9 2,31 8.034 20.092
Total 54,8 2,76 208.471 630.078
Fonte: Ficha Nacional de Registro de Hóspedes – FNRH e Boletim de Ocupação Hoteleira- B.O.H.
Permanência Média 2,63 dias 2,93 dias 2,65 dias 2,66 dias 2,88 dias 2,76 dias 2,75 dias
Os dados gerais indicam que a capital sergipana vem apresentando, a partir de 2008, um
aumento significativo quanto ao fluxo de hóspedes e quanto aos pernoites gerados. Em
Aracaju o fluxo turístico, em 2010, foi de 208.471 hóspedes, gerando 630.078 pernoites, o
que significa o crescimento de 13,4% em relação a 2008 e de 17,5% em relação a 2009.
Este fato se deve principalmente aos investimentos realizados no setor hoteleiro da capital
devido ao aumento da procura por hospedagem.
A taxa de ocupação hoteleira no município de Aracaju, de 2008 a 2010, por categoria de
hotéis demonstrou oscilação pouco significativa ao longo desses anos, raramente ficando
abaixo de 50%. Em 2008 os hotéis de categoria cinco estrelas apresentaram a maior taxa
de ocupação em relação aos demais, ficando em segundo lugar os hotéis três estrelas. Em
2009 e 2010 esses índices se mantiveram entre 50% e 60% para a categoria de duas e três
estrelas.
O hóspede de estabelecimentos cinco estrelas tende a privilegiar os serviços turísticos
oferecidos pelo próprio hotel, diminuindo o seu gasto na cidade. Ao contrário, os hóspedes
146
de hotéis de menor categoria utilizam serviços externos ao hotel, contribuindo, assim,
diretamente, para a dinamização da economia na cadeia produtiva do turismo.
A permanência média do turista nos meios de hospedagem de Aracaju no período de 2008
a 2010 variou entre 2,66 a 2,88 dias. Observa-se que o tempo de permanência é maior na
ocupação de hotéis de categoria duas estrelas. Porém, constata-se que o aumento do
tempo de permanência na cidade não cresce na mesma proporção do fluxo de turistas no
período de 2008 a 2010, ou seja, o número de turistas vem crescendo ao longo dos anos,
embora o tempo de permanência se mantenha.
Aracaju 169
Barra dos Coqueirais 11
Brejo Grande 4
Estância 17
Indiaroba 13
Itaporanga D’Ajuda 5
Laranjeiras 3
Nossa Senhora do Socorro 11
Pacatuba 3
Pirambu 6
Santa Luzia do Itanhy 3
São Cristóvão 3
Santo Amaro das Brotas 2
Total 250
Fonte: Technum Consultoria SS, 2011.
147
conservação. Este fato afeta a permanência do turista e ainda incentiva o oferecimento
destes serviços diretamente pelas agências de viagem, diminuindo ainda mais investimentos
privados neste setor.
Na gastronomia do Polo destaca-se a influência da cozinha nordestina e sergipana, além da
comida caseira nos municípios e estabelecimentos onde as estruturas são mais simples.
Em parceria com o Sebrae/SE, foi implantado na região o programa Gestão Estratégica
Orientada para Resultados de Bares e Restaurantes, que elabora projetos para qualificação
e desenvolvimento das empresas associadas. O Senac está presente, realizando, em
Aracaju cursos de qualificação profissional para das empresas associadas.
Sergipe dispõe, ainda, de programa de qualidade relacionado a Hotéis, Bares, Pousadas,
Restaurantes e Similares. Para obter o Selo de Qualidade as empresas passam por um
diagnóstico, que inclui visita técnica e avaliação de um Comitê Gestor formado por técnicos
do Sebrae, da Secretaria de Estado do Turismo e de outras entidades relacionadas ao setor
atuantes no Estado: Abav, Abeoc, Abih, Abrajet, Abrasel, Funcaju, Senac, Senar, e Singtur.
Dos 79 estabelecimentos instalados nos municípios do Polo, exceto Aracaju, 45 deles
informaram a necessidade de reforma, ampliação, substituição de equipamentos no intuito
de gerar maior permanência do turista na região.
O quantitativo das equipes que atuam nos estabelecimentos de alimentação na região do
Polo varia entre duas a doze pessoas com carteira assinada e de um a quinze temporários.
Verifica-se que nos meses de janeiro, fevereiro, março e dezembro o quadro de funcionários
se mantém estável, diminuindo sensivelmente nos demais meses do ano. Três restaurantes,
em Barra dos Coqueiros, Estância e Indiaroba, declaram possuir empregados com
formação específica/especialização para o exercício de suas funções
Na questão de créditos e Incentivos Fiscais, um restaurante localizado no município de
Pirambu utilizou créditos para capital de giro, sendo o Banese o fornecedor do credito.
148
D. Equipamentos e Serviços de Transporte e Locadoras de Veículos
Segundo dados do Cadastur, somente Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância, Laranjeiras,
Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão possuem estabelecimentos voltados para o
transporte turístico, conforme demonstra a tabela a seguir. Constata-se pouca oferta de
transporte turístico no Polo, com concentração em Aracaju.
Tabela 46. Estabelecimentos Prestadores de Serviço de Transporte Turístico - Instalados no Polo
Costa dos Coqueirais – Sergipe - 2011
A capital do Estado conta com o Centro de Convenções de Sergipe que possui um Pavilhão
de Feiras e Exposições com 5.050m², quatro auditórios com acomodação 900 pessoas
aproximadamente e salas de treinamento para 100 pessoas.
A atuação do Aracaju Convention & Visitors Bureau configura um elemento fortalecedor e
indutor ao turismo de negócios e eventos no Polo Costa dos Coqueirais. Ainda que a
capacidade dos auditórios locais seja um fator de desvantagem frente aos destinos
competitivos do turismo de eventos, Aracaju demonstra qualificação e significativa
capacidade de captação de eventos. A rede de hotéis de Aracaju, principalmente as
unidades melhor classificadas, contam com salões e salas para pequenos eventos, cursos,
convenções, sendo importante complemento ao Centro de Convenções.
149
O município de Barra dos Coqueiros possui hotel com capacidade de receber eventos de
pequeno e médio porte, de modo a complementar os serviços existentes em Aracaju, pela
sua proximidade. Os outros municípios do Polo não dispõem de infraestrutura para abrigar o
turista cuja motivação da viagem foi estruturada em torno do segmento de negócios ou da
participação em eventos.
150
5.1.1. Sistema Rodoviário
O mapa a seguir ilustra o sistema rodoviário do Estado de Sergipe. O Estado apresenta 411
km de estradas federais, 3.849 km estaduais e 7.206 km de vias municipais, pavimentadas
ou não, de acordo com o DNIT. No Polo Costa dos Coqueirais as principais rodovias
federais de acesso são a BR-101, que corta Sergipe no sentido norte-sul, e a BR 235, que
corta no sentido leste / oeste.
Figura 65. Sistema Rodoviário - Polo Costa dos Coqueirais - 2011
As rodovias que compõem a malha viária do Polo Costa dos Coqueirais, são estruturadas a
partir das pelas rodovias federais - BR 101 e BR 235 -, a SE 100 – Rodovia estadual
principal – e as vias de ligação que conectam os municípios do Polo.
No geral, as condições físicas das rodovias existentes são boas, ainda que necessitem de
algumas melhorias.
Na BR 101 há intenso fluxo de veículos, sobretudo de carretas com cargas e ônibus de
longo percurso. Merecem destaque as obras de duplicação desta rodovia nos acessos aos
municípios Nossa Senhora do Socorro, Laranjeiras, São Cristóvão e Itaporanga D’Ajuda.
A BR 235 possui pista dupla no principal acesso a Aracaju e Nossa Senhora do Socorro.
151
A rodovia SE 100 foi implantada com recursos do Prodetur I visando separar a circulação
dos turistas do Polo Costa dos Coqueirais do tráfego pesado provocado pelos veículos de
passeio e de cargas que circulam na BR 101. Denominada Linha Verde, em continuação à
rodovia do estado da Bahia, a SE 100 margeia o litoral sergipano até Brejo Grande.
A SE 100 corresponde ao eixo articulador do turismo litorâneo do Polo Costa dos
Coqueirais. Nesta, pode-se observar que ainda há necessidade de infraestrutura e obras
complementares como pavimentação de trechos, projetos de sinalização, iluminação e a
construção de pontes. Estas ações são de significativa importância, pois permitirão a
continuidade de percurso, induzindo fortemente o deslocamento dos visitantes por todo o
Polo Costa dos Coqueirais.
A SE 100 pode ser dividida em dois trechos:
a SE 100 Sul, que percorre os municípios de Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy,
Estância, São Cristóvão e Aracaju e,
a SE 100 Norte, trecho que abrange Barra dos Coqueiros, Pirambu, Pacatuba e
Brejo Grande.
O trecho Sul da rodovia SE 100 encontra-se praticamente estruturado. Outros trechos
rodoviários do litoral sul demandam, porém, investimentos como os citados a seguir:
acesso ao Povoado de Pontal em Indiaroba por meio da SE 285;
acesso ao Povoado de Crasto em Santa Luzia do Itanhy por meio da SE 444 –
Figura 66;
pavimentação da estrada que liga a Sede do município de Estância à sua área
litorânea - Praia do Saco e do Abais e a Lagoa Azul - SE 476.
finalização da Ponte Gilberto Amado que liga o Povoado de Porto Cavalo - Estância -
ao Povoado de Terra Caída - Indiaroba – Figura 67.
Figura 66. Acesso ao Povoado de Crasto – SE 444 - Santa Luzia do Itanhy
152
Figura 67. Ponte Gilberto Amado - Estância
Algumas pontes já estão construídas, como a que interliga os municípios de Aracaju e Barra
dos Coqueiros e a Ponte Joel Silveira sobre o Rio Vaza Barris. Dentre as melhorias com a
construção destas pontes, merece destaque: a redução de veículos na BR 101 transferindo
o fluxo para a SE 100, integração entre o litoral Sul sergipano e o litoral Norte da Bahia
facilitando o acesso entre as duas capitais e benefícios em empreendimentos turísticos,
hoteleiros e imobiliários já existentes e abrindo possibilidades para surgimento de novos.
A Ponte Gilberto Amado que liga o Povoado de Porto Cavalo - Estância - ao Povoado de
Terra Caída - Indiaroba - encontra-se em fase final de construção. A construção da ponte
resultará em um percurso direto de quem vai de Aracaju a Salvador ou vice-versa pela "linha
verde", sem a necessidade de utilizar a BR 101. Atualmente 90% da obra foi executada e o
objetivo consiste em atrair mais visitantes através das belezas naturais oferecidas pela
região, aumentando, assim, investimentos no setor turístico.
A ligação da SE 476 - sede municipal de Estância - à SE-100 - faixa litorânea de Estância -
é, notadamente um trecho em potencial para a captação de turistas que trafegam pela BR-
101. Esta ligação objetiva reduzir a distância entre a sede e suas belezas naturais de praias
e dunas, promovendo o desenvolvimento do turismo na região. Vale ressaltar que a obra
encontra-se paralisada, necessitando da construção da ponte sob o Rio Fundo para facilitar
a travessia.
A conclusão dessas obras permitirá um percurso turístico litorâneo que irá contribuir de
forma bastante significativa para aumentar a oferta de produtos turísticos, servirá também
como eixo estruturador do espaço e elemento de integração dos estados do nordeste.
Quanto à rodovia SE 285 é prioritária a conclusão da pavimentação do trecho entre os
povoados de Convento, Pontal e Terra Caída, formando uma rede de circulação e
diminuindo as distâncias destes com a sede municipal de Indiaroba. A obra irá fortalecer a
economia local, uma vez que a região abrange o estuário do Rio Real, importante ponto
turístico e destino para Mangue Seco. 70% das obras de pavimentação já foram executadas
com os recursos do Prodetur I, restando apenas finalizar o meio fio, a sarjeta e as calçadas.
Neste projeto há a previsão de instalação de cordas nas árvores para a travessia de saguis.
A SE-444, no trecho Santa Luzia/Crasto, em Santa Luzia do Itanhy não é pavimentada. A
região apresenta a maior reserva de Mata Atlântica do estado e, desta forma, o
condicionante de ações e projetos de melhorias do sistema viário versa sobre a preservação
da flora e fauna nativas. No projeto de pavimentação, já foi elaborado, porém não licitado,
153
propõe-se a passagem subterrânea de animais com telas nas vias, evitando acidentes e
contribuindo para a preservação ambiental.
Considera-se que a realização de obras desta natureza permitirá a otimização dos recursos
investidos no Prodetur I, potencializando e consolidando os benefícios esperados.
Considerando que o modo rodoviário é expressivo como meio de transporte e acesso ao
Estado, é de extrema importância a complementação do sistema de acessibilidade na SE
100 Sul, de modo a permitir não só o acesso mais rápido e com melhores condições de
segurança aos visitantes que se destinam à Aracaju, mas também oferecer opções de
passeios e visitação a pontos turísticos diversos.
A pavimentação da SE 100 Norte inicia-se em Barra dos Coqueiros e se estende ao
município de Pirambu. A partir daí, a rodovia encontra-se sem pavimentação asfáltica até
alcançar Brejo Grande, na margem direita do rio São Francisco, divisor natural entre Sergipe
e Alagoas. A falta de pavimentação deste trecho - Figura 68 - gera dificuldade de locomoção
da população local e interfere no desenvolvimento do fluxo turístico.
Figura 68. Final da Pavimentação SE 100 Norte
154
lagoas, rios e brejos. Seu cenário abriga uma rica e diversificada flora e fauna nativa, com
abundância de aves, peixes, mamíferos e plantas ornamentais.
A estrada, ainda não pavimentada, está localizada entre o cordão litorâneo e a área
alagada, contornando as dunas ali existentes. Ainda assim, há a necessidade de se avaliar
as questões ambientais, condicionando o caminho através da engenharia para que seus
usuários percebam a natureza como passeio turístico.
Destaca-se, quanto à acessibilidade rodoviária do Polo Costa dos Coqueirais, a posição
estratégica de Aracaju, situada na porção central no litoral sergipano, próxima de destinos
turísticos consolidados como Salvador (330 km) e Maceió (280 km), pela rodovia federal BR
101, e as curtas distâncias que separam a Capital dos demais municípios do Polo,
possibilitando o acesso do visitante às mais variadas ofertas.
As distâncias de Aracaju para algumas das principais capitais brasileiras podem ser
verificadas no quadro a seguir.
Quadro 07: Distâncias entre Aracaju e as Principais Capitais Brasileiras.
Capital Km
Belo Horizonte 1242
Brasília 1292
Curitiba 2061
Fortaleza 816
Maceió 201
Recife 398
Rio de Janeiro 1483
Salvador 277
São Paulo 1731
Partindo da caracterização da área, segue o Quadro 08: que identifica a situação atual, bem
como aponta as possíveis soluções a respeito à acessibilidade rodoviária no Polo Costa dos
Coqueirais.
Quadro 08: Pontos Críticos e Indicação de Ações para a Melhoria do Sistema Rodoviário no Polo Costa
dos Coqueirais.
Situação Atual Ações
Ponte Gilberto Amado que liga o Povoado de Porto Cavalo
Finalização da obra.
(Estância) ao Povoado de Terra Caída (Indiaroba).
Trecho rodoviário que liga a sede municipal de Estância ao Realização da obra de pavimentação e da ponte
seu litoral - SE 476. sobre o Rio Fundo.
Finalização da pavimentação do trecho da Sede
Povoado de Pontal em Indiaroba - SE 285.
de Indiaroba até o povoado de Pontal.
Realização da pavimentação do trecho da Sede
Povoado de Crasto em Santa Luzia do Itanhy – SE 444. de Santa Luzia de Itanhy até o Povoado de
Crasto.
Pavimentação do trecho tendo em vista as
Pirambu à Brejo Grande (SE 100 norte).
questões ambientais.
Integração interestadual, elaboração de projetos
Ponte sobre o Rio São Francisco.
e execução da obra.
Fonte: Technum Consultoria, 2012.
Esse conjunto de ações preliminares tem como objetivo interligar comunidades e pontos de
interesse turístico ao sistema de acessibilidade já iniciado com a implantação da SE-100.
Desta forma haverá melhor circulação de turistas aos mais variados destinos turísticos do
Polo, indução da distribuição de oferta de serviços e comercialização de bens, gerando
emprego e renda.
155
5.1.2. Sistema Ferroviário
Quando da sua implantação em 1935, a ferrovia fazia parte da Viação Férrea Federal Leste
Brasileira, da Rede Ferroviária Federal SA, ligando Aracaju a outras 21 cidades. São 286 km
de ferrovia em todo estado sergipano, partindo da capital, a linha se estende para o Norte
até Propriá e para o Sul, até Salvador.
Atualmente, o sistema ferroviário existente no Estado é de propriedade da Ferrovia Centro-
Atlântica S.A. e interliga a capital Aracaju a Recife e a Salvador.
No Polo Costa dos Coqueirais a ferrovia passa por Nossa Senhora do Socorro, Aracaju, São
Cristóvão e Itaporanga D’Ajuda e é utilizada para o transporte de produtos minerais.
Alguns obstáculos dificultam o melhor aproveitamento da ferrovia para o transporte de
mercadorias e passageiros, como: o traçado com curvas, fortes rampas, trilhos leves e bitola
estreita impedindo suportar o transporte de cargas pesadas. Coube, então, às rodovias
assumirem o papel mais importante de transporte, desativando a linha férrea para
passageiros, optando-se pelo plausível.
Figura 69. Estação Ferroviária em São Cristóvão
156
Quadro 09: Pontos Críticos e Soluções Possíveis para Melhoria do Sistema Ferroviário no Polo Costa
dos Coqueirais.
Situação Atual Indicativo de Ação
157
Principais Municipios do Polo
Rio Municípios do Polo
Afluentes Parcialmente
Abrangidos
Abrangidos
Rio Puxica
Rio Paripe
Rio Macaco
Rio Mangue Seco -BA
Fonte: IBGE, 2011.
As rotas fluviais do Polo Costa dos Coqueirais são sintetizadas no quadro a seguir.
Quadro 11: Rotas Fluviais – Polo Costa dos Coqueirais.
Local Rotas Fluviais
Os atrativos são Orlinha, Atalaia Velha e Mosqueiro
Aracaju
pelo Rio Vaza Barris.
Pontal: travessia no Rio Real, passeios turísticos
pelas ilhas, praia Saco e Mangue Seco (Bahia),
através de jangadas ou barcos.
Povoados de Pontal e Terra Caída, localizados em
Terra Caída: Passeios de barco pelo manguezal e
Indiaroba.
de lanchas ou escunas levam para pontos turísticos
como Praia do Saco, Ilha da Sogra, Ilha do
Sossego e Mangue Seco, já na Bahia.
Rio Piauí e Rio Piauitinga até o encontro com o Rio
Real passando pela Enseada (ponto elevado de
Povoado de Crasto, localizado em Santa Luzia do
onde se tem a vista do rio e do povoado), pelo
Itanhy.
povoado Olhos D’água, Trapiche Velho e Barreira
de Cima.
Localizados junto à foz do Rio Real há Catamarã
para Mangue Seco (Bahia) e para os povoados:
Crasto, Terra Caída e Pontal; passeios de escuna
Praia do Saco e Povoado Porto de Areia, localizados
para a Ilha do Sossego, Ilha da Sogra e Mangue
em Estância.
Seco Bahia.
Realiza passeios para Mangue Seco (Bahia), Praia
do Sossego e Ilha da Sogra.
158
Local Rotas Fluviais
São Cristóvão Rota até a Ilha Croa do Goré.
Nossa Senhora do Socorro Prainha de São Brás pelo Rio Sergipe.
Santo Amaro das Brotas Praia do Porto e Santo Amaro pelo Rio Sergipe.
Barra dos Coqueiros Pomonga e Atalaia Nova pelo Rio Sergipe.
Povoados de Saramén, Ponta dos Mangues e Novo
Cabeço em Brejo Grande e o Município de Brejo Foz do Rio São Francisco.
Grande.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
159
autônomos que transportam passageiros entre as localidades ribeirinhas - Figura 73 e
Figura 74.
Figura 73. Barcos de turismo no Rio São Francisco
As condições de acessibilidade hidroviária no Polo Costa dos Coqueirais são precárias, uma
vez que há poucos atracadouros, carência de equipamentos de segurança e de condições
para a circulação intermodal, bem como de um arranjo institucional eficaz que venha
implantar instrumentos regulatórios do transporte fluvial e exercer as funções relativas à
gestão do transporte fluvial, incluindo a manutenção da infraestrutura e a fiscalização da
operação.
Com efeito, para a correta utilização da rede hidroviária há a necessidade de infraestrutura
adequada que envolve, entre outras medidas, a construção ou revitalização dos
atracadouros, a implantação de infraestrutura turística em trechos ribeirinhos de atração
160
turística, a criação de vias de acesso e a implantação de sistema operacional de integração
com outros modos de transporte, especialmente com o transporte rodoviário. Os
investimentos atuais tendem a privilegiar a malha rodoviária, sem priorizar a instalação de
condições para a operação hidroviária integrada ao sistema rodoviário.
No Povoado de Porto Cavalo o transporte fluvial encontra-se suspenso devido à construção
em curso da ponte Gilberto Amado. Neste trecho, propício para a navegação de passageiros
e para a sua exploração como atrativo turístico, será necessário prever medidas de incentivo
nessa direção, para que, quando da entrada da ponte em operação, não se substitua tais
práticas, de forma radical, pela travessia terrestre. Destinos como a Ilha da Sogra e a Praia
do Sossego, considerados pontos de atração turística, possuem acesso somente através do
transporte fluvial.
Fato semelhante ocorreu no momento da inauguração da Ponte Construtor João Alves que
liga a capital Aracaju ao município de Barra dos Coqueiros. As lanchas e balsas perderam a
sua utilidade, embora os tototós, que fazem parte da cultura e da tradição local, persistam,
ainda que de forma precária, como meio de transporte local e turístico.
Torna-se, assim, importante a implantação, revitalização e regularização de atracadouros
em pontos estratégicos da região e a implantação das condições para o transporte
intermodal. Por sua localização, atratividade turística e número de habitantes, são
considerados pontos estratégicos: Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy, Estância, São
Cristóvão, Barra dos Coqueiros, Aracaju e Brejo Grande.
No Quadro 12: a seguir, estão elencados pontos críticos relativos à infraestrutura turística às
margens de cursos d’água no Polo Costa dos Coqueirais e indicadas possíveis ações para a
sua superação.
Quadro 12: Pontos Críticos e Possíveis Soluções para Melhoria da Infraestrutura Turística em
Hidrovias do Polo Costa dos Coqueirais.
Situação Atual Ação
Precariedade dos atracadouros e ausência de
infraestrutura turística em
São Cristóvão;
Povoado de Pontal em Indiaroba, Construção dos atracadouros e infraestrutura
Povoado de Crasto em Santa Luzia do Itanhy; turística.
Povoado de Porto Cavalo em Estância.
Atalaia Nova em Barra dos Coqueiros;
Inexistência de atracadouros e de infraestrutura em:
Terra Caída, em Indiaroba;
Saco e Porto da Areia em Estância.
Construção de atracadouros e de infraestrutura.
Atalaia Velha e Mosqueiro, em Aracaju.
Litoral norte: Saramén, Ponta dos Mangues e Novo
Cabeço, em Brejo Grande.
Infraestrutura turística inexistente em:
Pomonga e Atalaia Nova em Barra dos Coqueiros,
Orlinha em Aracaju,
Infraestrutura adequada.
Prainha de São Brás em Nossa Senhora do Socorro, e
Praia do Porto e Santo Amaro em Santo Amaro das
Brotas.
Ausência de marco regulatório para o transporte Fortalecimento institucional e incremento da
hidroviário de uso local e turístico no Polo . fiscalização do transporte turístico hidroviário.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
161
5.1.4. Sistema Aeroportuário
O transporte aéreo para o Polo Costa dos Coqueirais é realizado por meio do Aeroporto de
Santa Maria, localizado em Aracaju. Consiste no único equipamento de porte do Estado.
O Aeroporto de Aracaju atende uma média mensal de 60 mil passageiros e 15 voos diários
que interligam a capital com as principais cidades do país. Foi beneficiado com recursos do
Prodetur I para adequação e melhoria de suas instalações, com investimentos da ordem de
U$ 8,088,000,00 (oito milhões e oitenta e oito mil). Atualmente, segundo dados da Infraero,
tem como características principais:
Sítio Aeroportuário: 874.742,13 m²
Pátio das aeronaves: 22.356 m²
Pista: 2.200m x 45m
Terminal de Passageiros: 9.321 m²
Estacionamento: 201 vagas
Nº de Posições: 4*
A Tabela 47, a seguir, apresenta o quantitativo de aeronaves, da carga e de passageiros
relativos à operação do aeroporto entre 2005 e 2011, Note-se que, mesmo com a
diminuição do número de aeronaves verificada em 2009, o quantitativo de passageiros
continuou em crescimento.
Tabela 47. Quantitativo de Aeronaves, de Carga Aérea e de Passageiros - Aeroporto de Aracaju/SE
– 2005-2011
162
Passageiros Embarcados Passageiros Desembarcados
Meses
2010 2011 Var.11/10 2010 2011 Var.11/10
Outubro 41.949 48.481 15,57% 40.900 48.706 19,09%
Novembro 42.235 - - 41.017 - -
Dezembro 42.255 - - 48.403 - -
Total 469.208 471.167
163
Quadro 13: Transporte Intermunicipal no Polo Costa dos Coqueirais.
De Aracaju Para:. Destino Das Linhas Operadas Horários
Barra dos Coqueiros Atendido pelo Sistema Integrado Metropolitano (RM Aracaju)
Sede Municipal 3 horários
Brejo Grande
Povoado Pirunga 3 horários
Sede Municipal (Linha para Itaporanga) 14horários
Nova Estância (Linha para Itaporanga) 16 horários
Estância Sede Municipal (Linha Tobias Barreto) 2 horários
Ponte 8 horários
Riacho Fundo 6 horários
Indiaroba Ponte 8 horários
Sede Municipal 40 horários
F. Conceição 4 horários
Lagarto 15 horários
Sucupira 2 horários
Nova Estância (Linha para Itaporanga) 16 horários
Itaporanga D’Ajuda Sede Municipal (Linha Tobias Barreto) 2 horários
Ponte 8 horários
Boquim 2 horários
Pedrinhas 5 horários
S. Anjo 12 horários
Rio Fundo 6 horários
Sem informação
Laranjeiras
Nossa Senhora do Socorro Atendido pelo Sistema Integrado Metropolitano (RM Aracaju)
Povoado Pirunga 3 horários
Pacatuba
Tatu 2 horários
Pirambu Sede Municipal via BR 10 3 horários
Santo Amaro das Brotas Sem informação -
Entrada S. Cristóvão (Linha Boquim) 2 horários
São Cristóvão Atendido também pelo Sistema Integrado
Metropolitano (RM Aracaju)
Santa Luzia do Itanhy Sem informação -
Fontes: Operadoras de Transporte Municipal
Nota-se que o transporte público de passageiros na região do Polo Costa dos Coqueirais
concentra-se nas linhas intermunicipais, todas elas partindo de Aracaju em direção aos
municípios. Alguns deles são atendidos por linhas de passagem, cujo ponto final localiza-se
em um município vizinho. O deslocamento de passageiros na área urbana dos municípios
também é feito por meio das linhas intermunicipais, pois, via de regra, inexistem sistemas de
transporte urbano municipais de passageiros, cuja gestão seria de responsabilidade do
governo de cada município. Aracaju é exceção a esta regra; como capital do estado e
cidade de grande porte, o transporte público urbano municipal de Aracaju e o transporte
integrado metropolitano atendem à capital, a Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do
Socorro e São Cristóvão. .
Quanto aos terminais rodoviários, apenas Aracaju dispõe de boa estrutura. Os Terminais
Rodoviários Governador José Rollemberg Leite e Luiz Garcia recebem os ônibus cujas
linhas têm origem em Aracaju, com destino a outros municípios do estado, a outros estados.
Deles se servem também os ônibus urbanos municipais que servem à Capital e à Região
Metropolitana. Os demais municípios do Polo não contam com Terminais Rodoviários,
valendo-se de pontos de parada.
O órgão gestor do transporte público de passageiros no município de Aracaju e RM é a
Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito – SMTT, criada em 1984, à qual cabe
a o planejamento, a administração, a coordenação, o controle e a fiscalização do serviço de
transporte público de passageiros. A SMTT gerencia também o serviço de transporte
individual de passageiros (taxi) e o transporte escolar.
164
O transporte público por ônibus concentra- no Sistema Integrado Metropolitano e no Sistema
Integrado de Transportes, que prevê conexões entre terminais, podendo o usuário trocar de
ônibus em qualquer ponto da cidade em até três horas pagando apenas uma passagem. Os
principais terminais de ônibus urbanos localizam-se no Distrito Industrial, no Centro, na
Rodoviária Nova (Zona Oeste), em Atalaia, no Mercado e em Maracaju. O preço da
passagem – tarifa integrada é equivalente à média brasileira.
Dados de 2011 dão conta de que 2079 veículos compõem a frota de taxi de Aracaju, dos
quais 168 são táxis-lotação, 30 servindo à cooperativa do Aeroporto e 1871 classificados
como taxi bandeira.
O sistema de transporte público de passageiros em Aracaju e demais municípios da Região
Metropolitana encontra-se estruturado e atende, com razoável qualidade, as necessidades
de deslocamento nessa área. O ponto crítico recai sobre as linhas intermunicipais,
interligando os municípios do Polo Costa dos Coqueirais, exigindo investimentos de peso.
Neste contexto, a expansão e a melhoria dos serviços de transporte, principalmente aqueles
que interligam os municípios que compõem o Polo, virá beneficiar tanto a população
residente quanto os turistas. O transporte especial para atendimento ao turismo também
deve ser alvo de planejamento, regulação, melhoria operacional e expansão, de forma a
atender, com conforto e qualidade, à demanda atual e futura, como fruto dos investimentos
no desenvolvimento da área turística.
Outra opção para o transporte urbano é o uso bicicleta articulado com o sistema de
transporte coletivo, viabilizando os deslocamentos da comunidade e dos turistas com
segurança, eficiência e conforto. Neste sentido, é necessário dotar dos municípios com
infraestrutura para o trânsito de bicicletas, introduzindo critérios para o planejamento de
ciclovias ou ciclofaixas nos trechos das rodovias nas zonas urbanizadas, em vias públicas,
nas margens dos cursos d’água e parques, bem como celebrar convênio com os municípios
do Polo para a criação de ciclovias intermunicipais.
Em Aracaju, a atual administração municipal, dentro da política de incentivo ao uso de
bicicletas para a mobilidade no meio urbano, tem priorizado a implantação de novas
ciclovias. A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito investiu na ampliação e
estruturação de vias exclusivas para ciclistas que somam 62 Km (2012), o que torna a
malha cicloviária de Aracaju a maior do Nordeste. Tais investimentos trarão resultados
positivos para a população local e para o desenvolvimento turístico se forem expandidos
para outros municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais, de forma planejada,
levando o uso da bicicleta, de preferência articulado com o sistema de transporte coletivo,
aos roteiros turísticos, aos parques, às vias beira mar ou beira rio, e se tornando, ele
próprio, um atrativo, urbano e intermunicipal. .
O Quadro 14: resume a situação atual e ações possíveis para o desenvolvimento do
transporte urbano no Polo.
Quadro 14: Pontos Críticos e Soluções Possíveis para Melhoria da Mobilidade e Acessibilidade no Polo
Costa dos Coqueirais.
Situação Atual Ação Possível
Transporte Intermunicipal não atende, com qualidade
Remodelagem, modernização e expansão do transporte
e segurança as necessidades de deslocamento de
público de passageiros entre os municípios do Polo
turistas e da população local na região do Polo.
Gestão de Transporte Público de Passageiros entre Remodelagem da gestão do transporte intermunicipal e
os municípios do Polo aquém do esperado para implantação de medidas continuadas de capacitação
promover a eficácia do sistema. profissional.
Planejamento e implantação dos serviços municipais de
Transporte urbano de passageiros intramunicipal transporte público de passageiros, considerando as
ausente nos municípios do Polo peculiaridades e demandas de cada cidade, as
necessidades da população local e o seu uso turístico.
Municípios do Polo sem estrutura e sem capacidade Criação e implantação de modelo de gestão do
instalada para assumir a gestão do transporte público transporte urbano de passageiros nos municípios do
de passageiros em sua área urbana. Polo, considerando as prioridades locais.
165
Situação Atual Ação Possível
Planejamento e implantação de serviço permanente de
transporte turístico abrangendo Aracaju e os demais
Transporte especial para o turismo no Polo restrito a
municípios do Polo, a partir de estudos
Aracaju e aos roteiros comercializados,
consubstanciados na realidade, vocação e perspectivas
de cada um deles.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
166
Figura 75. Principais Mananciais Existentes e Tipologia do Abastecimento de Água – Polo Costa dos
Coqueirais
167
Tabela 49. Formas de abastecimento de água em domicílios particulares permanentes* - 2010 –
Estado de Sergipe e Polo Costa dos Coqueirais
Domicílios
No âmbito estadual, de acordo com a Deso, em 2002 existiam 436.735 ligações de água.
Este total comparado ao total relativo a 2012 indica um aumento de quase 35%.
As formas de abastecimento de água nos municípios do Polo, para os domicílios
particulares permanentes, conforme o Censo 2010, podem ser verificadas por meio da
tabela a seguir. Importa acrescentar que aproximadamente metade dos municípios possuem
índices semelhantes ao da média do estado.
Tabela 50. Formas de abastecimento de água em domicílios particulares permanentes* - 2010 –
Municípios do Polo Costa dos Coqueirais
Poço
Poço ou
Rede Geral de nascente Outra Total
Nascente na
Distribuição na aldeia Geral
Propriedade
ou fora
No. % No. % - No. %
Aracaju 165.887 98 - - 3.533 2 169.422
Barra dos
5.996 88 351 5 0 499 7 6.846
Coqueiros
Brejo Grande 1.395 69 120 6 0 511 25 2.026
Estância 15.127 83 919 5 0 2.162 12 18.208
Indiaroba 2.249 57 394 10 0 1.321 33 3.964
Itaporanga
5.308 64 1.145 14 0 1.817 22 8.270
D'Ajuda
Laranjeiras 5.798 84 15 0.2 0 1.097 15.8 6.910
Nossa Senhora
43.873 97 47 0.1 0 1.397 2.9 45.317
do Socorro
Pacatuba 1.566 44 675 20 0 1.288 36 3.529
Pirambu 1.886 85 113 5 0 219 10 2.218
Santa Luzia do
1.647 50 726 22 0 928 28 3.301
Itanhy
Santo Amaro
2.208 70 546 17 0 412 13 3.166
das Brotas
São Cristóvão 19.626 88 904 4 0 1.847 8 22.377
Total Polo
Costa dos 272.566 92 5.955 2 0 17.031 6 295.554
Coqueirais
Sergipe 493.908 92 22.286 2 0 75.025 6 591.221
Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010. Elaboração: Observatório
de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.
*Domicílio Particular Permanente: domicílio construído para servir exclusivamente à habitação.
168
separado, nota-se que este índice cai para aproximadamente 50% dos domicílios em
Indiaroba, Pacatuba e Santa Luzia do Itanhy, evidenciando a precariedade da situação.
Em Indiaroba o sistema atual que abastece a sede do município é atendido por dois
mananciais: um poço no povoado Convento e o rio Parece. A captação no rio Parece é
muito precária, com projeto anterior a 1990. Em meados de 2005 foi construído um segundo
sistema de reforço a partir de um poço no povoado Convento, porém as demais unidades do
sistema, como as de rede e de reservação, não foram ampliadas.
Os projetos de abastecimento de água da sede municipal de Pacatuba encontram-se
desatualizados, tendo sido elaborados em 1972 e revisados em 1991. Recentemente foram
integrados ao sistema Pacatuba os povoados: Ponta de Areia e Siqueira, sem que fosse
estudada a sua capacidade de produção. Por esta razão, o sistema atual tem atendido de
maneira precária.
Os projetos das unidades existentes da sede municipal de Santa Luzia do Itanhy foram
elaborados na década de 80 e também ali o atendimento tem sido precário.
Encontram-se em um patamar intermediário em termos de abastecimento d’água os
municípios de: Brejo Grande, Itaporanga D’Ajuda e Santo Amaro das Brotas, com índices de
atendimento variando entre 64% e 70% Sete dos treze municípios do Polo apresentam
índices de atendimento acima de 80%: Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância, Laranjeiras,
Nossa Senhora do Socorro, Pirambu e São Cristóvão.
Importa acrescentar que, mesmo com 85% de atendimento em rede geral, o município de
Pirambu possui um sistema que opera com intermitência moderada, uma vez que as
unidades implantadas foram projetadas no início da década de 90 pela Deso, tendo sido
ultrapassado o horizonte de projeto.
A rede de distribuição domiciliar de água fora das sedes municipais é praticamente
inexistente. Nos povoados o abastecimento é realizado por meio de poço ou nascente.
O quadro a seguir aponta os projetos existentes e as obras do sistema estadual de
abastecimento de água em andamento nos municípios do Polo Costa dos Coqueirais.
Quadro 15: Projetos Existentes e Obras em Andamento para Melhoria do Sistema de Abastecimento de
Água no Polo Costa dos Coqueirais - 2011.
Município, projeto existente ou obra em andamento
Aracaju
Projetos Existentes:
Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água da Área de Influência do Sistema Produtor Poxim (Adutora
Barragem do Poxim/ETA, Estação Elevatória, Reservação e Ampliação da ETA Poxim e da Rede de
Distribuição) – Bairros Aruanã e Mosqueiro.
Implantação do Novo Centro de Reservação R5
Obras em Andamento:
Ampliação do centro de Reservação R6.
Barra dos Coqueiros
Projetos Existentes:
Ampliação e Reforço do Sistema de Abastecimento de Água de Barra dos Coqueiros, integração do Sistema
R2/R12, R12/R13 e implantação do Centro de Reservação Jatobá.
Brejo Grande
Projetos Existentes:
Projeto das Unidades de Tratamento e Reservação da Sede Municipal de Brejo Grande/SE
Estância
Projetos Existentes:
Projeto Básico do Sistema de abastecimento de Água dos Povoados Porto do Mato e Abais
Indiaroba
Projetos Existentes:
Não existem projetos para ampliação do sistema de abastecimento de água do Município de Indiaroba
169
Município, projeto existente ou obra em andamento
Itaporanga D’Ajuda
Projetos Existentes:
Não existem projetos para ampliação de sistemas de abastecimento de água para o Município de Itaporanga
d'Ajuda
O contrato referente às obras de ampliação do sistema da sede municipal a partir da captação no Rio Fundo
encontra-se paralisado
Laranjeiras
Projetos Existentes:
Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água da Cidade de Laranjeiras (encontra-se na FUNASA em
análise)
Nossa Senhora do Socorro
Obras em Andamento:
Ampliação do Sistema Adutora do São Francisco, que compreende: duplicação do trecho da derivação para a
ETA Oviedo Teixeira, ampliação da ETA e recalque e adução para a Sede Municipal de N. Senhora do
Socorro.
Pacatuba
Não existem projetos para ampliação de sistemas de abastecimento de água.
Pirambu
Não existem projetos para ampliação de sistemas de abastecimento de água.
Santa Luzia do Itanhy
Projetos Existentes:
Ampliação para os Povoados Crasto, Botequim, Mangabeira, Baixa Funda e Taboa 1 e 2
Santo Amaro das Brotas
Projetos Existentes:
Ampliação para os Povoados de Plantas, Pronuncio, Urubas, Palmar, Atoleiros, Sapé, Areias, Aldeia,
Caraíbas
São Cristóvão
Obras em Andamento:
Está sendo iniciada a tramitação interna (elaboração de edital) para contratação do projeto de ampliação do
sistema de abastecimento de água, que deverá contemplar as áreas atendidas.
170
Tabela 51. Tipo do esgotamento sanitário de banheiros exclusivos de domicílios particulares
permanentes - 2010
Apenas 68% dos domicílios do Polo possuem rede de esgoto e os outros 32% despejam os
esgotos em fossa rudimentar, que escoa diretamente em vala a céu aberto, rio, lago ou mar,
poluindo os recursos hídricos, conforme ilustram as figuras seguintes.
171
Figura 76. Despejo de esgoto em valas a céu aberto e em rios
172
Quadro 16: Estações de Esgotamento Sanitário Existentes em Municípios do Polo Costa dos
Coqueirais.
Corpo
Município Estação Tipo De Tratamento
Receptor
Lagoas de estabilização facultativas, seguidas por
ERQ-Norte Rio do Sal
lagoas de maturação.
Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente + Lagoa de
ERQ-Sul Rio Pitanga
Polimento.
Aracaju Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente + Reator
ERQ-Oeste Aeróbio de Ciclos Sequenciais (RCS) + Desinfecção Rio Poxim
com hipoclorito de sódio.
ETE Orlando Riacho
Valos de Oxidação
Dantas Samambaia
Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente + Reator
Barra dos ETE Barra dos
Aeróbio de Ciclos Sequenciais (RCS) + Desinfecção Rio Sergipe
Coqueiros Coqueiros
com hipoclorito de sódio.
N. Senhora do Lagoas de estabilização facultativas, seguidas por
ERQ-Norte Rio do Sal
Socorro lagoas de maturação.
ETE Eduardo Lagoas de estabilização facultativas, seguidas por
São Cristóvão Rio Poxim
Gomes lagoas de maturação.
Fonte: Deso, 2011.
Constata-se que, no Polo, 96% dos domicílios possuem banheiros ou sanitários. Quando os
municípios são analisados separadamente, no entanto, nota-se a situação crítica de
Indiaroba e Pacatuba onde instalações deste tipo estão presentes, respectivamente, em
apenas 73 e 64% dos domicílios existentes. Em um segundo patamar, Brejo Grande,
Pirambu e Santa Luzia do Itanhy aparecem com índices de atendimento próximos a 90%.
Os demais, Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância, Laranjeiras, Nossa Senhora do
Socorro, Santo Amaro das Brotas e São Cristóvão têm índices que variam de 90% a 99%.
173
As áreas de manguezais, dunas, terras baixas inundáveis, onde o lençol freático
normalmente é elevado, são características do panorama geográfico predominante no polo,
o que exige medidas especiais e cuidadosas quanto ao saneamento, sem as quais a
situação sanitária pode sofrer consequências negativas, comprometendo, inclusive, os
corpos d’água.
O Saneamento foi um dos componentes fortes de investimento no Prodetur-NE.
Aproximadamente 32% do total dos recursos foram destinados a obras de ampliação e de
implantação de redes de tratamento de esgoto. Porém, mesmo com os investimentos
realizados, observa-se que a situação ainda é crítica, tanto na coleta, quanto na destinação
e tratamento dos resíduos.
O quadro a seguir aponta os projetos existentes e as obras em andamento para a melhoria
do esgotamento sanitário nos municípios do Polo Costa dos Coqueirais, dentre eles vários
dependendo de licitação e contratação e poucos em andamento.
Quadro 17: Projetos Existentes e Obras em Andamento para Melhoria do Sistema de Abastecimento de
Água no Polo Costa dos Coqueirais -2011.
Municípios, Projetos existentes e Obras em andamento
Aracaju
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Obras contempladas pelo PAC 1, a iniciar tramitação interna do processo licitatório para sua contratação.
Zona de Expansão de Aracaju (Bairros Aruanã e Aeroporto).
Obras em Andamento:
Comunidade do Coqueiral, Bairro Farolândia, Ponto Novo, Bairro Novo (Módulo II), Farolândia, Atalaia, Coroa
do Meio, Inácio Barbosa, Suissa e Salgado Filho, Jardins/Garcia, Bairro Santa Maria e São Conrado.
Barra dos Coqueiros
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Contrato paralisado: Praia do Jatobá (Nº 18/2009 - SEINFRA).
Brejo Grande
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Sede municipal - obras paralisadas.
Estância
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Praias do Saco e Abais: atendidas pela Deso.
Indiaroba
Não há projetos existentes para a Sede Municipal.
Itaporanga D’Ajuda
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Contrato paralisado: Praia da Caueira (Nº 18/2009 - SEINFRA).
Laranjeiras
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Povoado Pedra Branca.
Obras em Andamento:
Sede municipal (executada pela Prefeitura Municipal de Laranjeiras)
Nossa Senhora do Socorro
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Obras contempladas pelo PAC 1, a iniciar tramitação interna do processo licitatório para sua contratação.
Loteamento Jardim Parque dos Faróis e Adjacências – Bacia do Poxim.
Pacatuba
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Sede municipal (Projeto Básico Elaborado pela CODEVASF e que deverá sofrer revisões).
Pirambu
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
174
Municípios, Projetos existentes e Obras em andamento
Sede municipal.
Santa Luzia do Itanhy
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Povoado Crasto (contrato Nº 019/2009 SEINFRA).
Santo Amaro das Brotas
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Sede municipal.
São Cristóvão
Projetos Existentes Dependentes de Contratação/Licitação:
Conjuntos Rosa Elze, Rosa Maria, Loteamentos Luiz Alves, Oco do Pau, e Adjacências.
Sede Municipal de São Cristóvão.
Obras em Andamento:
Centro Histórico da Sede Municipal de São Cristóvão.
175
Figura 78. Lixo queimado em São Cristóvão
Nos municípios da área de estudo verifica-se ainda a ocorrência, em grande volume, de lixo
descartado e queimado a céu aberto – Figura 78, o que contribui para a contaminação de
recursos hídricos, a proliferação de doenças e a presença de animais nocivos.
De acordo com o anuário Estatístico de Sergipe 2002-2003, no ano de 2000, 209.152
domicílios do Polo eram abrangidos pela coleta de lixo. Em 2010 a coleta havia se
expandido em 19% em relação ao dado anterior, o que, considerado o espaço de oito anos,
pode ser interpretado como índice insuficiente de expansão, para a manutenção da
qualidade de vida da população, quanto para a consolidação do turismo na área.
Figura 79. Empobrecimento da paisagem pela deposição do lixo a céu aberto no litoral de Barra dos
Coqueiros e na linha férrea em São Cristóvão
O destino do lixo dos domicílios nos municípios do Polo é demonstrado na Tabela 55, a
seguir:
176
Tabela 55. Destino do Lixo dos Domicílios Particulares Permanentes por município - Polo Costa
dos Coqueirais - 2010
1. Coletado 2. Coletado em
Total de lixo
diretamente por caçamba de Total
coletado 3. Outros
Municípios serviço de serviço de Geral
(1+2)
limpeza limpeza
% % % %
Aracaju 157.251 93 10.518 6 99 1.652 1 169.422
Barra dos
5.329 77 1.211 18 95 306 5 6.846
Coqueiros
Brejo Grande 1.272 63 1 0,05 63 753 36,95 2.026
Estância 14.107 77 784 4 81 3.317 19 18.208
Indiaroba 2.049 51 160 4 55 1.755 45 3.964
Itaporanga
2.971 35 2.464 30 65 2.835 35 8.270
D'Ajuda
Laranjeiras 5.150 74 1.198 17 91 562 9 6.910
Nossa Senhora
40.070 89 2.634 6 95 2.613 5 45.317
do Socorro
Pacatuba 822 23 8 0,2 23 2.699 76,8 3.529
Pirambu 1.428 64 121 6 70 669 30 2.218
Santa Luzia do
439 13 1.164 35 48 1.698 52 3.301
Itanhy
Santo Amaro das
2.363 74 9 0,3 74 794 25,7 3.166
Brotas
São Cristóvão 17.210 77 938 4 81 4.229 19 22.377
Total Polo 250.461 100 21.210 100 - 23.882 100 295.554
Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico, 2010.
Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas – 2011.
Verifica-se que dos treze municípios que compõem o Polo, Pacatuba e Santa Luzia do
Itanhy apresentam taxas de coleta de lixo, seja pelo serviço de limpeza ou por caçamba,
abaixo de 50%. Em Pacatuba somente 23% dos domicílios são servidos, seguido por Santa
Luzia do Itanhy com 48%.
Na faixa superior de atendimento, com a coleta acima de 85%, são encontrados apenas os
municípios de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Laranjeiras e Nossa Senhora do Socorro. Os
demais, Brejo Grande, Estância, Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda, Pirambu, Santo Amaro das
Brotas e São Cristóvão encontram-se em uma faixa intermediária, variando de 55% a 81%.
Em Aracaju o lixo coletado é transportado para uma área de aproximadamente 9,0 ha.
localizada a 15 km do centro da cidade, próxima ao aeroporto da capital. A área não possui
tratamento adequado como impermeabilização do solo, drenagem do chorume ou
cercamento da área, configurando-se como um lixão a céu aberto.
De acordo com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos de Aracaju – EMSURB - existem
iniciativas por parte da administração local dos municípios de Aracaju, Nossa Senhora do
Socorro, São Cristóvão e Barra dos Coqueiros para a construção em consórcio de um aterro
sanitário, que, entretanto, vem encontrando dificuldades para a liberação da licença
ambiental pela Administração Estadual do Meio Ambiente - ADEMA.
O volume de resíduos sólidos produzido por habitante/dia nos municípios do Polo, segundo
dados da EMSURB corresponde a:
Aracaju: 1,3 kg/dia/hab.
Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Estância: 0,7 kg/dia/hab.
Demais municípios: 0,8 kg/dia/hab.
A Tabela 56, a seguir, informa a população por município, em 2010 e a produção de
resíduos sólidos (kg/dia) em cada município do Polo.
177
Tabela 56. População e Produção de Resíduos Sólidos no Polo Costa dos Coqueirais - 2010
Fonte: EMURB (2000): de 1,3 kg/ dia/ hab. para Aracaju; 0,8 kg/ dia/ hab. em Nossa Senhora do Socorro,
São Cristóvão e Estância, e 0,7 kg/ dia/ hab. nos demais municípios.
178
5.6. Drenagem Pluvial
O quadro da drenagem pluvial que se configura nas áreas urbanas da grande maioria dos
municípios do Polo Costa dos Coqueirais é de carência e de falta de manutenção, apesar
das vias centrais da sede dos municípios, via de regra, contarem com elementos como
meios fios, sarjetas, valas, calhas, bueiros com tampões e bocas de lobo que, ainda de
forma precária, configuram um sistema de drenagem. Inexistem cadastros ou informações
sistematizadas sobre redes subterrâneas em funcionamento. Na grande maioria dos
povoados nem mesmo essa rede rudimentar de captação de águas pluviais é encontrada.
Figura 80 e Figura 81.
Os municípios do Polo por serem, em sua maioria, litorâneos, situam-se em grandes
baixadas, necessitando, pois, de estrutura de macrodrenagem que permita o escoamento
adequado nos períodos de precipitação intensa para evitar inundações e controle de
erosões nas áreas urbanas e suburbanas.
Neste aspecto, somente a capital, Aracaju, possui um sistema de drenagem projetado e, em
grande parte, implantado. Os problemas verificados em Aracaju são, na maioria dos casos,
relacionados ao lançamento de esgoto na rede de drenagem, o que acaba por comprometer
todo o sistema.
Torna-se necessário prover as áreas urbanizadas dos municípios do polo da infraestrutura
adequada para o saneamento ambiental, incluindo a drenagem pluvial, dentro dos padrões
requeridos para um território ambientalmente frágil, que tem como vocação o
desenvolvimento turístico em bases sustentáveis.
Figura 80. Panoramas da drenagem pluvial nos municípios do Polo
179
Figura 81. Panoramas da drenagem pluvial nos municípios do Polo
5.7. Comunicação
Com a universalização dos serviços de telecomunicações, o estado de Sergipe possui hoje
uma ampla oferta de meios de comunicação. Merece destaque a telefonia fixa e celular e o
acesso à internet, por meio de banda larga, presente em, praticamente, todo o Estado, com
exceção de pequenos povoados mais distantes.
Os demais meios de comunicação como correios, televisão, rádios e jornais possuem maior
concentração na Região Metropolitana, que compreende Aracaju, Barra dos Coqueiros, São
Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro. Os outros municípios do Polo são contemplados
com equipamentos de menor porte, como postos de correios, estações locais de rádios,
torres de retransmissão de sinais de televisão, antenas parabólicas e outras. Nos povoados
esses equipamentos são mais escassos e, na maioria das vezes, inexistentes.
Os jornais produzidos em Aracaju circulam na sede municipal dos municípios,; em Aracaju
são encontrados jornais de grande circulação provenientes de outros Estados, tais como A
Folha de São Paulo e O Globo.
No campo da comunicação, os investimentos necessários dizem respeito à expansão para
os pequenos centros urbanos e para os equipamentos turísticos já implantados e a
implantar, tendo em vista o processo de desenvolvimento do turismo no Polo projetado para
os próximos dez anos. ,
180
Os municípios do Polo atendidos pela SULGIPE são Estância, Indiaroba e Santa Luzia do
Itanhy, enquanto os outros são atendidos pela ENERGISA.
Além dos chamados Consumidores Livres (que possuem o direito de escolher seu
fornecedor, conforme a legislação pertinente – indústrias, shoppings e outros) e FAFEN
(Fábrica de Fertilizantes da Petrobrás), o consumo de energia elétrica em Sergipe, tanto
pela ENERGISA quanto pela SULGIPE, cresceu 30%, passando de 2.175.211 MWh em
2000 para 3.098.526 MWh em 2009.
Tabela 57. Consumo de Energia Elétrica Total – Sergipe - 2000 a 2009.
Total Variação
Ano
(Mwh) (%)
2000 2.175.211 -
2001 1.995.450 -8,26
2002 2.097.195 5,10
2003 2.223.869 6,04
2004 2.150.430 -3,30
2005 2.411.516 12,14
2006 2.461.321 2,07
2007 2.839.924 15,38
2008 2.945.473 3,72
2009 3.098.526 5,20
Fonte: ENERGISA; SULGIPE; consumidores livres.
181
Fornecimento de Energia por Domicílio
Sem
Municípios Por Cia. Distribuidora Por Outra Fonte Total
Fornecimento
o o
N . % N . % No. % No.
Itaporanga D'Ajuda 7.923 96 168 2 179 2 8.270
Laranjeiras 6.824 99 20 0,3 66 0,7 6.910
N. S. do Socorro 44.274 98 918 108 125 0,2 45.317
Pacatuba 3.425 97 7 0,3 97 2,7 3.529
Pirambu 2.163 98 23 1 32 1 2.218
Santa Luzia do Itanhy 3.236 98 1 0,03 64 1,97 3.301
Sto. Amaro das Brotas 3.053 97 4 0,1 109 2,9 3.166
São Cristóvão 21.935 98 249 1,1 193 0,9 22.377
Polo Costa dos
291.579 98,66 2.254 0,76 1.720 0,58 295.554
Coqueirais
Sergipe 582.136 98,47 3.278 0,55 5.806 0,98 591.221
Elaboração: Observatório de Sergipe - Superintendência de Estudos e Pesquisas, 2011.
Fonte: IBGE, Resultados preliminares do universo do Censo Demográfico 2010.
182
O fornecimento de energia elétrica não constitui, diante do exposto, ponto crítico para o
desenvolvimento sustentável da área do Polo Costa dos Coqueirais. No cenário atual
destaca-se a necessidade de remanejamento da rede aérea e instalação de fiação
subterrânea, principalmente em sítios históricos. Para atendimento às necessidades futuras,
em cenários de desenvolvimento e expansão do fluxo turístico na área, resta avaliar os
serviços e, por meio de estudos e investimentos continuados, acompanhar a demanda
gerada.
183
Tabela 61. Número de Unidades de Atendimento em Saúde por Tipo. Polo dos Coqueirais - 2010
No. de Unidades de Saúde Existentes
Centro de
Município Posto de Hospital Sec.
Total Saúde/Unid. Outros
Saúde Geral Saúde
Básica
Aracaju 1819 3 44 10 1 1761
Barra dos Coqueiros 14 1 8 0 1 4
Brejo Grande 3 0 2 0 1 0
Estância 54 3 12 1 1 37
Indiaroba 12 5 5 1 1 0
Itaporanga D´Ajuda 33 16 6 0 1 10
Laranjeiras 19 3 9 1 1 5
Nossa Senhora do Socorro 86 0 36 1 1 48
Pacatuba 7 0 6 0 1 0
Pirambu 6 3 1 0 1 1
Santa Luzia do Itanhy 9 0 7 0 1 1
Sto. Amaro Brotas 7 4 1 0 1 1
São Cristóvão 29 1 15 1 1 11
Polo Costa dos Coqueirais 2098 39 152 15 13 1879
Estado Sergipe 2798 243 384 36 76 2059
Fonte: DATASUS – 2011.
184
Figura 83. Planejamento da rede de atendimento em saúde do Estado de Sergipe - 2011
185
Figura 84. Leitos Hospitalares por 1000 Habitantes – Polo Costa dos Coqueirais - 2009
186
Figura 85. Cobertura do Programa Saúde da Família – Polo Costa dos Coqueirais - 2009
187
Tabela 62. No. de Casos de Doenças de Veiculação Hídrica - – por 1.000 habitantes – Polo Costa
dos Coqueirais - 2009
188
estadual, seu efetivo vem atuando apenas em Aracaju, nos bairros Coroa do Meio, Atalaia,
Aruanã e toda a Orla do município. De acordo com informações na própria CPTur, a maioria
das ocorrências no campo do turismo em sua área de atuação atual refere-se a pequenos
furtos na orla e ao tráfico e prostituição que ocorrem em frente aos hotéis. Inexiste um
sistema computadorizado de ocorrências específicas para os turistas ou que se estenda a
todas as regiões e bairros de Aracaju, dificultando uma análise mais profunda neste sentido.
Prevê-se a extensão do policiamento turístico se entenda para toda a cidade de Aracaju,
bem como para o município de São Cristóvão.
Encontra-se instalado no município de Estância o 6º. Batalhão da Polícia Militar do Estado
de Sergipe.
No estágio de desenvolvimento do turismo em que se encontram, e principalmente diante da
perspectiva de expansão e crescimento do turismo, a atuação da CPTur deverá
necessariamente se estender pelos demais municípios do Polo Costa dos Coqueirais, para
o que a Companhia haverá de passar por um processo específico de fortalecimento e de
aumento de seu efetivo, instalando-se nos trechos Sul e Norte do Polo.
189
6. QUADRO INSTITUCIONAL
A análise do quadro institucional vigente para a gestão do turismo no Polo Costa dos
Coqueirais no âmbito da revisão do PDITS para a área é condição necessária para o
estabelecimento de estratégias e ações de desenvolvimento integrado do turismo
sustentável. Os investimentos em infraestrutura não darão a resposta esperada se,
paralelamente, a gestão do turismo, envolvendo os atores da administração pública e da
iniciativa privada, bem como a sociedade local, seja recriada e fortalecida.
O escopo da análise não se limita, assim, à organização e às condições de atuação do setor
público, seja na instância federal, estadual ou municipal. Governo e sociedade têm funções
e papéis a assumir para a consolidação da política pública setorial integrada para a área,
sendo necessário, para tanto, a adoção de um modelo participativo e inovador de gestão,
que conte com os recursos organizacionais, administrativos, legais e tecnológicos
requeridos e com equipes qualificadas e competentes, sejam elas formadas por gestores e
técnicos da administração pública, ou por líderes, formadores de opinião, empresários,
entidades não governamentais e especialistas, enquanto atores sociais. Partindo desses
princípios, e considerando o turismo como matéria intersetorial, interdisciplinar e
intergovernamental, os temas tratados a seguir assumem a sua pertinência.
190
desenvolvimento da atividade, articulando os elos da cadeia de relacionamento e buscando
a gestão descentralizada.
Na ponta, onde a atividade turística se realiza, estão as instâncias de representação
municipal. Conforme disposto pelo Ministério do Turismo, os municípios são incentivados a
criar os conselhos municipais de turismo e organizarem-se em instâncias de representação
regional, p blica e privada, possibilitando a criação de ambientes de discussão e reflexão
adequados às respectivas escalas territoriais, complementando, assim, o sistema nacional
de gestão do turismo.10
Figura 86. Gestão Descentralizada do Turismo – Estrutura de Coordenação, conforme definido pela
Política Nacional do Turismo 2007 – 2010, aplicada para o Estado de Sergipe
COORDENAÇAO SECRETARIA DE
ESTADUAL ESTADO DO TURISMO
FORUM DO CONSELHO ESTADUAL
DE TURISMO DE SERGIPE
Fonte: MTur, Política Nacional do Turismo 2007-2010, adaptado para Sergipe pela Technum Consultoria
10
Idem, p. 44
191
Conselho de Turismo do Polo Costa dos Coqueirais – período 2000 a 2006
O Conselho de Turismo do Polo Costa dos Coqueirais, de acordo com Estatutos de abril de
2000, constituía espaço sistematizado para planejar, deliberar e viabilizar as ações que
concorram para o desenvolvimento do turismo no Estado de Sergipe. Era coordenado pelo
Banco do Nordeste, e tinha a visão do planejamento compartilhado, incluindo empresários
do setor e organizações diversas.
Dentre suas atribuições se destacavam atuações como:
facilitador e integrador do processo de desenvolvimento do turismo;
fomentador da visão de produto turístico integrado no espaço regional;
provedor de competências: conhecimento da região, desenvolvimento local,
capacitação, crédito, estudos econômicos, infraestrutura, meio ambiente e promoção
de investimentos.
Aos agentes institucionais do estado cabia, no bojo do conselho, direcionar os programas
estaduais para o âmbito das ações regionais do turismo e ajustar as ações de interiorização
do turismo no estado (Programa Nacional de Regionalização do Turismo), direcionando os
destinos turísticos da base local para os corredores estruturantes regionais.
Em agosto de 2003, o Conselho foi reformulado, passando a ser comporto por:
Secretaria de Estado do Turismo – coordenador;
Banco do Nordeste – secretaria executiva;
Poder Público Federal: Banco do Nordeste S/A, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e Recursos Naturais - IBAMA, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional -
IPHAN:
Poder Público Estadual: Secretarias de Estado do Planejamento; Secretaria de
Estado do Turismo, Secretaria de Estado do Meio-Ambiente, Secretaria de Estado da
Infraestrutura, Secretaria de Estado da Cultura, Banco do Estado de Sergipe –
BANESE, e Unidade Executora Estadual UEE do Prodetur;
Poder Público Municipal: Prefeitura Municipal de Aracaju, Prefeitura Municipal de
Laranjeiras, Prefeitura Municipal de Pirambu, Prefeitura Municipal de Indiaroba,
Prefeitura Municipal de São Cristóvão, Prefeitura Municipal de Itaporanga D’Ajuda,
Prefeitura Municipal de Santa Luzia do Itanhy, Prefeitura Municipal de Barra dos
Coqueiros;
Iniciativa privada: ABAV- Associação Brasileira das Agências de Viagem, ABRASEL -
Associação Brasileira de Empresas de Entretenimentos e Lazer, ABIH - Associação
Brasileira de Hotéis, SINDETUR – Sindicato das Empresas de Turismo, SENAC-
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, AC&VB- Aracaju Conventions &
Visitors Bureau, SEST/SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte,
FCDL – Federação das Câmaras de Dirigentes e Lojistas de Sergipe, ABEOC –
Associação Brasileira de Organização de Eventos;
Terceiro setor: SACI _ Sociedade Afrosergipana de Estudos e Cidadania, ÁGUA É
VIDA, Instituto Sócio Ambiental ACAUÃ, Sociedade SEMEAR, Movimento Popular
Ecológico – MOPEC, Organização Sócio Ambiental PROCRIAR, Universidade
Federal de Sergipe – UFS, Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET/SE,
Universidade Tiradentes – UNIT.
Salienta-se que o coordenador, a secretaria executiva e os representantes do governo
estadual eram indicados, enquanto os representantes dos governos municipais, da iniciativa
privada e do terceiro setor eram eleitos.
192
No começo de sua atuação, as ações do Conselho de Turismo do Polo Costa dos
Coqueirais ultrapassavam as questões do Prodetur, havendo motivação dos participantes
para a discussão do desenvolvimento do turismo na Região. Com o passar do tempo,
porém, o Conselho foi esvaziado, por razões diversas, sendo uma das principais o impasse
na captação dos recursos do Prodetur II. Além dessa, o fato do Polo Costa dos Coqueirais,
naquela época, não conseguir atuar como região turística integrada contribuiu para a perda
da força do Conselho do Polo. Muitas vezes a visão individualizada dos municípios
prejudicava o entendimento da região integrada como um todo e gerava disputa interna
pelos recursos do Prodetur.
Com o espaçamento das reuniões e a diminuição da participação, o Conselho foi revisto em
2005, mas acabou sendo desativado em 2006.
193
Desde outubro de 2011 tem sido realizadas reuniões para a retomada do Conselho de
Turismo do Polo Costa dos Coqueirais. O trabalho de reativação e de promoção de reuniões
resulta da parceria do Ministério do Turismo (MTur), da Secretaria de Estado do Turismo
(SETUR) e do Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano (IADH), que apoia o
fortalecimento das instâncias de governança (fóruns e conselhos regionais), baseando-se
nos critérios e diretrizes do Programa de Regionalização do Turismo do MTur.
O regulamento, em proposição, contempla a composição do Conselho por 22 membros,
representantes do poder público, setor privado e terceiro setor, levando em consideração o
equilíbrio entre o público e o não público. O desejo, conforme expresso nas reuniões do
processo participativo deste PDITS é que o controle do Conselho saia do Estado e seja
assumido no âmbito municipal, a partir do entendimento dos municípios envolvidos.
Os municípios, por sua vez, contam com órgãos municipais de gestão, conforme item “C” a
seguir apresentado, porém ainda não tem organizados os Colegiados Turísticos Municipais.
Há um expresso interesse pelo tema, tendo sido recentemente desenvolvido o Plano de
Gestão pelo município de Santa Luzia do Itanhy. Além desse, o município de Estância
também vem se manifestando e envidado ações para a realização desse Plano, conforme
depoimentos em reuniões do processo de construção participativa ocorridos na elaboração
deste PDITS.
É indicada a necessidade da organização e atuação efetiva dos Colegiados Turísticos
Municipais como instâncias locais de governança, de forma a viabilizar os canais de
interlocução entre as diversas atores da gestão p blica e as diferentes escalas de
representação da iniciativa privada e do terceiro setor, possibilitando a implementação das
ações propostas pelo PDITS, de forma articulada com o planejamento estadual e federal,
bem como a implementação de outros programas e ações relacionados à gestão do turismo
no âmbito federal e estadual.
194
Quadro 19: Órgãos Federais envolvidos com a Gestão do Turismo.
Órgão Estrutura e Competências
Órgão Federal criado em Janeiro de 2003 voltado para a gestão da Política Nacional
do Turismo.
Estrutura organizacional básica: Secretaria Nacional de Políticas de Turismo e
Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo.
Órgãos Colegiados: Conselho Nacional de Turismo e suas Câmaras Temáticas;
Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo.
Secretaria Nacional de Políticas de Turismo: Elaboração da política nacional para
o setor sob orientação do Conselho Nacional do Turismo e concretização do modelo
MTur – Ministério do
de gestão descentralizada do turismo.
Turismo
Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo: Promoção
do desenvolvimento da infraestrutura turística e a melhoria da qualidade dos serviços
turísticos. Subsídio para a formulação de planos, programas e ações destinados ao
fortalecimento do turismo nacional.
A esta Secretaria, por meio do Departamento de Programas Regionais de
Desenvolvimento do Turismo, cabe a coordenação do Prodetur Nacional. A
Coordenadoria Geral de Programas Regionais II, vinculada ao Departamento, cabe,
por sua vez, a interface com o Prodetur/Sergipe.
Ao Instituto Brasileiro de Turismo – Embratur, autarquia especial do Ministério do
EMBRATUR –
Turismo, é responsável pela execução da Política Nacional de Turismo no que diz
Instituto Brasileiro do
respeito a promoção, marketing e apoio à comercialização dos destinos, serviços e
Turismo
produtos turísticos brasileiros no mercado internacional.
Órgão colegiado com a atribuição de assessorar o titular do Ministério do Turismo na
formulação e a aplicação da Política Nacional de Turismo e dos planos, programas,
CNT – Conselho
projetos e atividades dela derivados.
Nacional de Turismo
O Conselho é integrado por 71 conselheiros, representantes de instituições públicas
e entidades privadas do setor em âmbito nacional.
Fonte: MTur, Embratur, turismo.gov.br.
A Lei n.º 11.771, de 17 de setembro de 2008, conhecida como Lei Geral do Turismo surgiu
como resultado do avanço das discussões referentes à importância do setor turismo para o
desenvolvimento nacional. Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo e define as
competências do governo federal quanto ao planejamento, desenvolvimento e estímulo ao
setor turístico, obedecendo aos seguintes princípios:
livre iniciativa;
descentralização;
regionalização; e
desenvolvimento econômico justo e sustentável.
195
Quadro 20: Órgãos Estaduais envolvidos com a Gestão do Turismo.
Lei n°. 7.116/2011 - atribui à Setur, como a instituição que faz parte da
administração direta da política pública estadual e Lei n° 4.826/2003, dispõe sobre
a organização básica da Setur e suas competências.
Setur – Compete à Setur a política estadual de governo na área de turismo, bem como: o
Secretaria do desenvolvimento turístico e respectivos incentivos; a ampliação e o melhoramento
Estado de de espaços turísticos; a realização e organização de exposições, feiras e outros
Turismo eventos de divulgação de potencialidade turísticas do estado; a capacitação de
mão de obra do turismo; outras atividades necessárias ao cumprimento de suas
finalidades.
Organograma da Setur
Cargo Quantidade
Secretário de Estado de Turismo 1
Secretário Adjunto de Turismo 1
Diretor de Coordenadoria Especial 1
Diretor do Departamento de Administração e Finanças 1
Chefe da Assessoria de Planejamento 1
Gerente de Execução Orçamentária 1
Consultor Técnico Operacional 7
Supervisor Técnico Administrativo 4
Consultor Técnico Administrativo 1
Assessor Executivo 1
Assessor Geral de Programas e Projetos 5
Assessor Especial 3
Assessor Geral de Atividades de Imprensa 1
Assessor Técnico Operacional 4
Assistente Técnico Operacional 1
Assistente Extra para Assuntos Técnico Administrativos 1
196
Vinte e quatro profissionais da equipe foram admitidos no ano de 201 e os
demais entre 2003 e 2010.
Quanto à área de formação, os componentes da equipe da Setur estão
assim distribuídos:
Formação Quantidade
Direito 10
Turismo 5
Jornalismo 4
Administração 3
Economia 3
Engenharia Civil 2
Contabilidade (Técnico) 2
Ciências Contábeis 1
Comunicação 1
Gestão Pública 1
Fotografia 1
Matemática 1
A Coordenação do Prodetur/SE
Criada pela lei ordinária nº 4.912/2003 como órgão operacional da Setur, a
Unidade de Coordenação do Prodetur/SE – UCP/Prodetur-SE é
responsável por implantar as ações resultantes da celebração, aplicação e
execução de convênios, contratos e outros acordos entre o Estado de
Sergipe e instituições ou entidades públicas ou privadas, nacionais,
internacionais ou estrangeiras, promovendo sua articulação com os
programas, projetos e atividades desenvolvidos por outros órgãos e
entidades públicas federais, estaduais e municipais, na realização do
Programa de Desenvolvimento do Turismo - Prodetur.
O Prodetur/Nacional foi desenvolvido a partir de estudos encomendados
pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no
começo da década de 1990, para identificar as atividades econômicas que
apresentariam vantagens competitivas, caso desenvolvido na região
Nordeste. A conclusão desses estudos identificou que uma das
oportunidades mais viáveis para a região era o Turismo, pelo fato de a
Região Nordeste apresentar recursos cênicos e culturais significativos,
além de mão-de-obra em abundância e custos relativamente baixos.
Sociedade de economia mista criada em 1972. Vinculada à Setur. Missão:
“fazer de Sergipe um destino turístico sustentável de referência,
fomentando sua cadeia produtiva, promovendo o desenvolvimento
socioeconômico, a partir da valorização das potencialidades regionais”
Lei no 4.749/2003 - altera a estrutura organizacional da administração
EMSETUR - Empresa
pública estadual, cria a Secretaria de Estado do Turismo, a ela vinculando
Sergipana de
a Emsetur.
Turismo
Compete a Emsetur: implementar a política estadual de promoção turística;
desenvolver, avaliar e monitorar o produto turístico sergipano; implementar
o Sistema de Informações Turísticas; implementar as políticas de formação
profissional, inclusão social e de adensamento da cadeia produtiva do
turismo.
197
Organograma da Emsetur
198
À SEINFRA cabe, como missão, “assegurar ao cidadão o cumprimento
das políticas públicas de infraestrutura do Governo, através da gestão de
SEINFRA -
qualidade das ações dos órgãos vinculados, contribuindo para o
Secretaria de Estado
desenvolvimento e o bem-estar da sociedade”. Dentre as suas
da Infraestrutura de
competências, citam-se: a oferta de infraestrutura de qualidade, incluindo
Sergipe
o abastecimento de água, a coleta e tratamento dos resíduos sólidos e do
esgoto; a drenagem urbana; a pavimentação de vias.
Além dos organismos citados, outras entidades públicas, privadas e do terceiro setor,
incluindo as representativas dos segmentos profissionais do turismo e correlatos e unidades
educacionais e de formação profissional, exercem, direta ou indiretamente, funções
importantes no Arranjo Institucional de Gestão do Turismo. Dentre eles citam-se:
IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Superintendência de
Sergipe;
Banese – Banco do Estado de Sergipe;
Universidade Federal de Sergipe – UFS;
Universidade Tiradentes – UNIT.
Associação Brasileira da Indústria Hoteleira – ABIH;
Associação Brasileira dos Agentes de Viagens – ABAV;
Associação Brasileira dos Jornalistas Especializados em Turismo – ABRAJET;
Associação Brasileira dos Organizadores de Eventos – ABEOC;
Associação Brasileira dos Locadores de Automóveis – ABLA;
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – ABRASEL;
199
Sindicato dos Guias de Turismo – SINGTUR;
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Sergipe –
SEBRAE/SE;
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC/SE;
Aracaju Convention & Visitors Bureau.
* No início de 2013, foi criada a Secretaria Municipal da Indústria, Comércio e Turismo (SEMICT) do município de
Aracaju, que assumiu a competência pelo setor turístico municipal, ficando a Funcaju com a competência pelo
setor de Cultura.
200
Os benefícios do Programa Nacional de Municipalização do Turismo- PMNT, criado em
1994 -, correspondem ao fortalecimento dos municípios e à sensibilização das comunidades
locais para a o turismo sustentável e à organizando dos atores para promoção do turismo,
por meio de Conselhos e outros mecanismos de gestão participativa.
Com a criação do Ministério do Turismo- MTur, em janeiro de 2003, entram em pauta as
prioridades do governo federal preconizando uma nova postura para a atividade turística no
Brasil. O turismo passa a ser visto como política pública específica, independente, ainda
que integrada, das políticas de esporte, lazer e cultura, e como atividade econômica
sustentável e alternativa de importante para a geração de emprego e renda.
O Plano Nacional do Turismo- PNT, o Programa de Regionalização do Turismo – PRT
e o Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo – Prodetur Nacional são
carros chefe do Ministério do Turismo
O Plano Nacional de Turismo passou a ser um macroprograma que reúne um conjunto de
programas com ações específicas para o desenvolvimento do turismo brasileiro.
Outro marco da política nacional do turismo foi o lançamento do documento: 65 Destinos
Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional, como subsídio para o
desenvolvimento da atividade turística de forma sustentável para os próximos anos.
Em 2010 o Conselho Nacional do Turismo lançou o documento intitulado Turismo no Brasil
2011-2014, trazendo o diagnóstico do turismo no País e metas para os próximos anos, com
foco nos dois grandes eventos que serão sediados no Brasil: a Copa do Mundo de 2014 e
as Olimpíadas de 2016.
Ainda em 2010 iniciou-se a avaliação do Programa de Regionalização do Turismo- PRT,
que apontou a sua relevância para o desenvolvimento turístico no País.
A valorização do turismo é reforçada com a aprovação da Lei n°. 11.771/2008, que trata da
Política Nacional de Turismo, definindo as competências do governo federal dentro do
planejamento e desenvolvimento turístico. Denominada Lei Geral do Turismo (LGT), sua
publicação demonstra o avanço das discussões referentes à importância do setor turístico
no desenvolvimento nacional e define que a viabilização do financiamento ao setor turístico
deve ser realizada mediante a canalização dos seguintes recursos:
Lei Orçamentária anual, mediante recursos alocados ao Ministério do Turismo e à
EMBRATUR;
Fundo Geral de Turismo - FUNGETUR;
linhas de crédito de bancos e instituições federais;
agências de fomento ao desenvolvimento regional;
Lei Orçamentária de estados, Distrito Federal e municípios;
organismos e entidades nacionais e internacionais; e
securitização de recebíveis originários de operações de prestação de serviços
turísticos, por intermédio da utilização de Fundos de Investimento em Direitos
Creditórios (FIDC) e de Fundos de Investimento em Cotas de Fundos de
Investimento em Direitos Creditórios (FICFIDC), observadas as normas do Conselho
Monetário Nacional (CMN) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A LGT institui o Sistema Nacional de Turismo- SNT no intuito de promover o
desenvolvimento do turismo de forma sustentável através da coordenação e integração das
iniciativas oficiais com o setor produtivo. Os objetivos específicos do SNT são:
atingir as metas do Plano Nacional de Turismo -PNT;
estimular a integração dos diversos segmentos do setor, atuando em regime de
201
cooperação com os órgãos públicos, entidades de classe e associações
representativas voltadas à atividade turística;
promover a regionalização do turismo, mediante o incentivo à criação de organismos
autônomos e de leis facilitadoras do desenvolvimento do setor, descentralizando a
sua gestão; e
promover a melhoria da qualidade dos serviços turísticos prestados no País.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo- OMT quanto maior o poder do
turismo na economia local, maior é a necessidade de intervenção do setor público em suas
diversas esferas. A intervenção do estado no desenvolvimento do turismo não é um fato
prejudicial, no entanto, depende da maneira que o turismo atende às necessidades e
interesses da população local e como ele se encaixa nas metas de desenvolvimento social.
Os organismos municipais de turismo são indispensáveis no processo de desenvolvimento
do turismo, pois são eles que possuem o contato mais próximo com a comunidade e com o
empresariado do setor. Desta forma a comunidade deve estar preparada para o
desenvolvimento, para que ela também seja beneficiada. Quem mobiliza a comunidade são
os organismos municipais que devem dar o apoio e assistência necessária. No entanto, no
que diz respeito a política do turismo no Polo Costa dos Coqueirais, vale ressaltar que os
municípios pouco avançam em sua estruturação para o turismo, agregando suas decisões e
ações aos planos do Prodetur.
As políticas existem e traçam planos e projetos que visam o desenvolvimento turístico
sustentável, porém quando se fala no alcance destas na escala municipal do Polo Costa dos
Coqueirais, observa-se que não há abrangência ou incidência destas na prática do turismo
local.
Com efeito, a influência das políticas públicas para o turismo nos municípios do Polo Costa
dos Coqueirais, devem atuar para promover o turismo, beneficiando a comunidade local, e,
norteando o rumo da atividade turística, buscando atingir os objetivos dos programas e dos
projetos de forma integrada.
Lançado em 2003 pelo Ministério do Turismo, o Plano Nacional de Turismo tem como
pressupostos: (i) parceria e gestão descentralizada; (ii) distribuição de renda por meio da
regionalização, interiorização e segmentação da atividade turística; (iii) diversificação dos
mercados, produtos e destinos turísticos; (iv) inovação dos arranjos produtivos; (v) visão
estratégica por meio de planejamento integrado; (vi) incremento do turismo interno; e (vii)
desenvolvimento do turismo sustentável. As ações do PNT relacionam-se diretamente ao
desenvolvimento e inclusão social.
202
O Plano Nacional 2011/2014 destaca como prioridades a preparação para a Copa do Mundo
de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, a criação de oportunidades de trabalho e de
geração de renda, com foco nos beneficiados pelos programas sociais do governo federal, o
aumento da entrada de divisas internacionais por meio do turismo, a ampliação do número
de brasileiros em viagens nacionais e o aumento da competitividade dos destinos turísticos.
Cada um dos cinco itens é detalhado por um projeto específico, prevendo o
acompanhamento do alcance das metas traçadas.
Elaborado em sintonia com o Plano Plurianual 2012/2015 do governo federal, o PNT tem
com premissas: ampliar o diálogo com a sociedade, reduzir desigualdades regionais,
promover a sustentabilidade, incentivar a inovação e promover a regionalização do turismo.
203
Os Estados e municípios podem se comprometer com mais de um financiamento junto à
linha de crédito, além de contarem com o apoio técnico do Ministério do Turismo na
elaboração das propostas e com o apoio financeiro na alocação de contrapartida federal ao
programa.
O Prodetur tem como objetivos específicos:
estruturar os destinos e dar qualidade ao produto turístico brasileiro;
aumentar a competitividade do produto turístico nacional;
melhorar a qualidade de vida da população residente nos destinos turísticos;
promover o desenvolvimento econômico e social local de forma sustentável;
apoiar a recuperação e adequar a infraestrutura dos equipamentos nos destinos
turísticos.
O Programa prevê seus investimentos organizados em cinco componentes: estratégia de
produto turístico; estratégia de comercialização; informação, distribuição e promoção;
fortalecimento institucional; infraestrutura e serviços básicos; gestão ambiental.
As ações a serem desenvolvidas são selecionadas a partir do Plano de Desenvolvimento
Integrado do Turismo Sustentável – PDITS, que possui referência norteadora para o
desenvolvimento do turismo.
Legislação Federal
Lei n.º 11.771, de 17 de setembro de 2008: dispõe sobre a Política Nacional de
Turismo, define as atribuições do governo federal no planejamento,
desenvolvimento e estímulo ao setor turístico, institui o Sistema Nacional de
Turismo – SNT;
Lei 8.623/93: valida o exercício da profissão de Guia de Turismo;
Deliberação Normativa 416/00 – EMBRATUR: regulamenta o Cadastro das empresas
turísticas;
Deliberação Normativa 161/85 – EMBRATUR: Dispõe sobre o regulamento comercial entre
as Agências de Turismo e seus usuários para operação de viagens e excursões turísticas;
Deliberação Normativa 246/88: disciplina o registro e classificação de empresas de
transporte turístico;
Decreto 84.934: Agências de Turismo;
Decreto 84.910/80: Regulamentação dos Meios de Hospedagem;
Decreto 87.348/82: Regulamentação do Transporte Turístico;
Decreto 136/84: Serviços de Agências de Turismo;
Decreto 89.707/84: Organização de congressos, convenções, seminários ou
eventos congêneres;
Decreto 5.406/05: Regulamentação do cadastro obrigatório para fins de fiscalização
das sociedades empresariais, das sociedades simples e dos empresários
individuais que prestam serviços turísticos remunerados.
204
Estadual
Lei n.º 7.116 de 25 de março de 2011, que dispõe sobre a criação da Setur.
Lei Ordinária n.º 4.912 de 22 de agosto de 2003, que cria a Unidade Executora
Estadual do Prodetur SE.
Emsetur, criada em 12 de maior de 1972.
205
Quadro 23: Instrumentos Legais e de Gestão dos Municípios do Polo dos Coqueirais
São Cristóvão
Brejo Grande
Santo Amaro
Santa Luzia
Senhora do
Laranjeiras
das Brotas
Itaporanga
Coqueiros
Barra dos
Indiaroba
Pacatuba
do Itanhy
Estância
Pirambu
Socorro
Aracaju
D’ajuda
Legislação/
Nossa
Instrumentos de
Gestão
Plano Diretor ■ ■ ■ ■ ■* ■ ■ ■ ■ ■ ■* ■ ■
Lei Orgânica ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Plano de Governo ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Plano Plurianual
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
de Investimentos
Lei de Diretrizes
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Orçamentárias
Plano Estratégico ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Lei do Perímetro
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Urbano
Lei do
Parcelamento do ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Solo
Lei Zoneamento
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
ou equivalente.
Legisl. Área
Interesse ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Especial/ Social
Código de Obras ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Código de
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Posturas
Órgão Setorial de Gestão/Fiscalização do Turismo e do Meio Ambiente
Secretaria de
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Turismo
Secretaria de
■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Meio Ambiente
Fiscalização
Monitoramento. ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
Ambiental
LEGENDA: ■ SIM ■ NÃO
* Plano Diretor ainda não aprovado pela Câmara de Vereadores
Fonte: Prefeituras Municipais e Ministério das Cidades, 2011.
206
Através das visitas realizadas em campo constatou-se que, apesar dos municípios
afirmarem dispor de legislação e instrumentos para a gestão do turismo, a eficácia destes
para o planejamento é nula, indicando a necessidade de um trabalho de melhoria e de
reestruturação dos órgãos para uma adequada capacidade de gestão e de fiscalização.
A elaboração do Plano Diretor Municipal Participativo constitui um documento relevante no
sentido de construir a base legal necessária. Embora alguns municípios informem a
disposição desse documento, na realidade muitos carecem de revisão, a exemplo de
Aracaju – em processo de revisão desde 2005. Os Planos Diretores de Indiaroba e de Santa
Luzia do Itanhy, apesar de elaborados, não estão aprovados. Tendo sido elaborados há já
alguns anos, deverão passar por processo de revisão antes do encaminhamento à câmara
de Vereadores para transformação em Lei municipal.
Brejo Grande e Pirambu, por sua vez, não dispõe de Planos Diretores elaborados, o que
causa preocupação, principalmente pela eminente implantação da SE 100 Norte, que com
certeza atrairá o desenvolvimento não só das atividades turísticas mas também a ocupação
do território por empreendimentos imobiliários. Tratando-se de áreas de grande fragilidade
ambiental, é imprescindível o desenvolvimento dos Planos Diretores no curto prazo.
Tem ainda destaque a necessidade de revisão do Plano Diretor de Barra dos Coqueiros,
frente ao grande impacto ocorrido a partir da implantação da Ponte Construtor João Alves. É
destaque, no município de Barra dos Coqueiros, a área da ponta sul do litoral municipal, em
frente à cidade de Aracaju, que poderia ser preservada para futuro desenvolvimento
turístico.
Para a gestão do uso e ocupação do solo urbano há uma base legal que estabelece
diretrizes para a intervenção no espaço urbano para a promoção da qualidade de vida na
cidade. Assim, a Lei do Parcelamento do Solo, Lei Zoneamento, Legislação voltada para
Área Interesse Especial/ Social, Código de Obras e Código de Posturas, tem por objeto
ações relacionadas à construção do espaço urbano visando ao bem comum e à harmonia
social. No Polo Costa dos Coqueirais a maioria dos municípios não dispõe desses
instrumentos para a gestão do solo, conforme aponta o Quadro 23:, anteriormente
apresentado.
A gestão municipal do turismo, no âmbito da administração pública local, está a cargo das
Secretarias de Turismo. Todos os municípios do Polo possuem Secretarias de Turismo, o
que facilita a atuação destas para a promoção do turismo, porém o impacto sobre esta
atividade ainda é pouco expressivo.
Quanto à capacidade ambiental nos municípios observa-se que Indiaroba e Itaporanga
D’Ajuda não possuem órgãos voltados para a gestão. Porém, há precariedade no controle e
monitoramento ambiental na maioria dos municípios, o que incide diretamente no
gerenciamento sustentável da atividade turística no Polo.
Diante do quadro apresentado, afere-se que a legislação ambiental, turística e urbanística
ainda é incipiente na maioria dos municípios do Polo. Assim, há a necessidade de se criar
instrumentos legais para incentivar, regular e fiscalizar o turismo e o meio ambiente de
forma sustentável tanto para os municípios, quanto para o Polo. Além disso, os municípios
devem adotar outros mecanismos específicos para a realidade de cada um.
Importa acrescentar que a criação de Conselhos Municipais de Turismo e de Meio Ambiente
são estratégias para a promoção do turismo sustentável e mecanismo de ressonância do
modelo de gestão participativa. O Conselho do Polo Costa dos Coqueirais encontra-se
atualmente desativado e, o que se observa, é que seu funcionamento está atrelado à
perspectiva de investimentos externos.
Outro fato relevante para o desenvolvimento do turismo refere-se à articulação e integração
institucional contínua no intuito de otimizar a busca de recursos, financeiros e humanos, que
viabilizem o desenvolvimento pretendido. Na análise do panorama institucional do Polo
207
Costa dos Coqueirais constata-se a ausência da prática continuada do trabalho conjunto
entre os municípios e a centralização das atividades no governo estadual.
O desenvolvimento do PDITS aparece nesse contexto como uma oportunidade de abertura
à ações que fomentem a economia do turismo e sua organização no Polo, como forma de
suprir em certos níveis a falta dos instrumentos de gestão municipal, agregar melhorias à
qualidade de vida da população e de iniciar, na maioria dos municípios, a instalação de uma
cultura de planejamento que deve se refletir em outras esferas da gestão municipal..
A maioria das linhas de crédito no Estado de Sergipe está voltada para o setor industrial e
não para o desenvolvimento do turismo. No entanto, existem alguns programas de crédito,
financiados pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (1988), para o
turismo. Esse fundo é um instrumento da política pública federal, operado pelo BNB que
objetiva contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região por meio de
programas de financiamento aos setores produtivos, em consonância com o plano regional
de desenvolvimento possibilitando, assim, a redução da pobreza e das desigualdades -
BNB, 2010.
O BNB disponibiliza algumas linhas de crédito voltadas para investimentos no setor turístico,
por meio do Programa de Apoio ao Turismo Regional – PROATUR, único destinado
especialmente ao setor turístico.
Os programas de crédito do BNB destacam-se pela oferta de bônus de adimplência sobre
os juros cobrados, sendo que este bônus varia conforma a área do investimento. Segue
uma descrição dos programas de crédito do BNB e suas principais características. O
Programa Nordeste Competitivo também aparece no cenário de linhas de crédito para o
fomento a empreendimentos do setor turístico
PROATUR
Objetiva a implantação, ampliação, modernização e reforma de empreendimentos do
setor turístico para Investimentos e capital de giro associado, observadas as exceções
normativas internas previstas, quanto a determinados itens e atividades excluídos de
serem financiados por esse programa, a exemplo de aquisição de terrenos,
transferências de edificações (exceto no caso de hospedagens já construídas ou em
construção desde que atendidas as condições estabelecidas pela linha de crédito), flats,
dentre outros.
Beneficiários: Pessoas jurídicas, inclusive empresárias registrados na junta comercial,
cadastrados pelo Ministério do Turismo, cujo objetivo econômico principal seja a
atividade turística, de médio e grande porte.
Programa de Financiamento às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
(FNE-MPE)
Financia a construção e ampliação de benfeitorias e instalações, aquisição de
máquinas, equipamentos, veículos e capital de giro associado ao investimento fixo para
a modernização de empreendimentos de microempresas e empresas de pequeno porte
dos setores industrial (inclusive mineração), agroindustrial, turismo, comercial e de
prestação de serviços, inclusive empreendimentos culturais.
208
Beneficiários: microempresas e empresas de pequeno porte dos setores industrial,
agroindustrial, turismo, cultura e comercial e serviços.
Programa Nordeste Competitivo (PNC) - BNDES Automático e FINEM
Financia a implantação, ampliação, localização e modernização de empreendimentos
econômicos nos setores rural, industrial, agroindustrial, comercial, de turismo e de
prestação de serviços.
Beneficiários: pessoas físicas que sejam produtores rurais, empresários individuais
registrados na junta comercial, pessoas jurídicas privadas brasileiras de controle
nacional e pessoas jurídicas privadas brasileiras de controle estrangeiro, observadas
ainda as restrições normativas do programa para o caso de empresas cujo controle seja
de estrangeiro.
As linhas de crédito para o turismo estabelecidas por meio de parceria entre o Ministério
do Trabalho e Emprego, Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador -
CODEFAT, Banco do Brasil e o Ministério do Turismo, são as listadas a seguir:
Microcrédito - empreendedor popular
Recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, objetivando sua
integração ao setor produtivo formal da economia.
Beneficiários: disponível às pessoas físicas atuantes, exclusivamente, no setor
informal.
BNDES – Programa de Turismo
O programa de Turismo é uma parceria entre o BNDES e o Ministério do
Turismo e, tem por objetivo apoiar empreendimentos do setor do Turismo nas
localidades que apresentem potencial para esta atividade, contribuindo para o
desenvolvimento e competitividade do setor no país.
Beneficiários: empresas de qualquer porte, nacionais ou estrangeiras.
209
C. Parceria entre o Ministério da Integração Nacional e o Ministério do
Turismo
PRONAF Agregar
O Programa visa apoiar projetos de investimento que contribuam para a agregação de
renda à propriedade rural familiar, tais como a exploração do turismo rural, o
desenvolvimento de produtos artesanais, bem como o beneficiamento, o
processamento e a comercialização da produção agropecuária.
210
Beneficiários: produtores rurais enquadrados no PRONAF Grupos “B”, “C” e “D” (*), que
possuam renda bruta anual de até R$ 40 mil, sendo, no mínimo, 80% proveniente da
atividade agropecuária e não agropecuária, assim considerados os serviços e
atividades relacionados ao turismo rural, produção artesanal, agronegócio familiar e
com a prestação de serviços no meio rural; possua ou explore área de terra até 6
módulos fiscais, quando a atividade preponderante for a bovinocultura ou a
ovinocaprinocultura; tenham o trabalho familiar como predominante.
211
7. ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS
Neste Capítulo busca-se analisar as condições ambientais vigentes no Polo Costa dos
Coqueirais, de forma a identificar as suas características e fragilidades socioambientais mais
relevantes e os principais riscos a considerar no processo de planejamento e ordenamento
da atividade turística, abordando principalmente os aspectos relacionados à qualidade dos
recursos e seus usos potenciais.
Figura 87. Localização do Polo Costa dos Coqueirais
212
Figura 88. Índices de Precipitação na região do Polo Costa dos Coqueirais - 2011
A temperatura média anual encontra-se entre 24ºC e 26ºC, sendo que as menores
temperaturas ocorrem nos meses de julho e agosto - Figura 88. A umidade relativa do ar é
praticamente constante ao longo de todo o ano, variando entre 75 e 85% (INMET, 2011) e a
quantidade de insolação total chega a 2600 horas/ano, sendo que o período com as maiores
taxas estão entre outubro e fevereiro, conforme Figura 89 e Figura 90, a seguir.
Figura 89. Temperatura na região do Polo Costa dos Coqueirais - 2011
213
Figura 90. Índices de insolação na região do Polo Costa dos Coqueirais - 2011
Os ventos dominantes da região são de Leste (E), Sudeste (SE) e Leste-Sudeste (ESE),
sendo que estes, além de influenciarem na dinâmica das marés, atuam na conformação das
dunas móveis, principalmente no verão, época em que os ventos são mais fortes e o clima
mais seco.
De acordo com o sítio da SEMARH – SE na internet, o monitoramento da qualidade do ar na
Cidade de Aracaju é efetuado por meio de uma estação de amostragem manual composta
por dois equipamentos que se encontram instalados nas dependências da Companhia de
Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais de Sergipe – CODISE.
A Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar instalada pela Adema é composta pelos
seguintes equipamentos:
um amostrador de Grande Volume Com Controlador de Vazão (AGV PTS/CVV) –
determinação de partículas totais em suspensão;
um amostrador de Pequeno Volume (OPSOMS) – determinação da concentração de
SO2 e fumaça no ar.
A instalação desses equipamentos na proximidade da Rótula do Distrito Industrial de
Aracaju – DIA, tem como finalidade a avaliação da qualidade do ar em um dos pontos mais
críticos de emissões de poluentes atmosféricos na capital do Estado, seja proveniente dos
veículos que por ali circulam ou pelas indústrias existentes na região.
Os pontos de controle climáticos relativos ao Polo Costa dos Coqueirais denotam vantagens
para o desenvolvimento de atividades turísticas na região, conforme Quadro 24:, a seguir:
Quadro 24: Uso potencial dos controles climáticos relacionados às atividades turísticas no Polo
Controle Ambiental Pontos Fortes
Desta forma, as condições climáticas favorecem as atividades turísticas, uma vez que é
sempre mais agradável a realização de qualquer atividade, mesmo as ligadas a negócios e
eventos, em localidades com clima ameno.
214
7.1.2. Recursos Hídricos
De acordo com dados do IBGE, a área de estudo é drenada por rios perenes e
intermitentes. Entre os principais rios perenes encontrados estão o rio Betume, Cotinguiba,
Fundo, Guararema, Indiaroba, Itamirim, Japaratuba, Pagão, Paripe, Piauí, Piauitinga,
Pitanga, Poxim, Poxim-Açú, Poxim-Mirim, Real, Sergipe, Siriri, Tejupeba e Vaza-Barris -
Figura 91.
Além dos cursos d’água, na região pode ser encontrada grande extensão de áreas
alagadas, formando lagoas perenes e intermitentes, na região denominada de “Pantanal” de
Sergipe - Figura 91, Figura 92 e Figura 93.
Figura 91. Mapa hidrográfico do Polo Costa dos Coqueirais - IBGE – Carta 1:100.000
215
Figura 92. Curso d’água em Santo Amaro das Brotas e Rio Cotinguiba
Toda a rede de drenagem está inserida em seis bacias hidrográficas encontradas na região.
Essas estão ilustradas na Figura 94 e são descritas a seguir.
216
Figura 94. Mapa de bacias hidrográficas do Polo Costa dos Coqueirais
Rio São Francisco: A partir do seu afluente Xingó até a foz, o Rio São Francisco -
Figura 95 - serve de limite entre os estados de Sergipe e Alagoas numa extensão de
aproximadamente 236 km. Sua bacia ocupa 29% da superfície do Estado. Além da
barragem e reservatório do Xingó e do extenso cânion, localizados no Polo Velho
Chico, a foz do Rio São Francisco chama a atenção pela variedade de paisagens
formadas pelo seu delta, que se inicia a jusante da cidade de Penedo - AL e se
alarga em direção à praia, por onde se estende cerca de 35 km em território
sergipano.
217
Figura 95. Rio São Francisco
Rio Japaratuba: Drena 8,4% da área do Estado. Tem sua nascente próxima a
Gracho Cardoso e percorre 92 km até o Oceano Atlântico - Figura 96, com sua foz
entre os municípios de Pirambu e Barra dos Coqueiros. Cerca de dois terços desta
bacia pertencem ao clima de transição semiárido, com chuvas inferiores a 1.000mm
e períodos secos de até cinco meses, fazendo com que esses aspectos reflitam
diretamente na baixa vazão do rio.
Figura 96. Rio Japaratuba
Rio Sergipe: Drena cerca de 14,9% do Estado. O Rio Sergipe tem nascente na
Serra da Boa Vista, na divisa com a Bahia. A cidade de Aracaju está localizada na
sua margem direita, justo onde são lançadas suas águas no Atlântico, formando
amplo estuário abraçado por Aracaju e por Barra dos Coqueiros - Figura 97. Os
afluentes Poxim e Pitanga, da margem direita do Rio Sergipe, têm suas águas
represadas e aproveitadas para o abastecimento da cidade de Aracaju.
218
Figura 97. Rio Sergipe em sua foz, na cidade de Aracaju.
Rio Piauí: Drena cerca de 32,5% da área de Sergipe. Nasce na Serra de Palmares,
entre os municípios Simão Dias e Riachão do Dantas, e percorre cerca de 132 km
até a foz - Figura 99. A maioria dos seus afluentes pode ser aproveitada para
captação e abastecimento.
219
Figura 99. Rio Piauí
Rio Real: nasce na Serra do Tubarão, na Bahia, e serve de limite entre Sergipe e
Bahia. Este rio tem sua foz junto com o Rio Piauí no Estuário do Mangue Seco.
A Tabela 63, a seguir, apresenta as áreas das bacias hidrográficas por município, de acordo
com dados do Anuário Estatístico de Sergipe (1999 e 2002-2003).
Tabela 63. Área terrestre e área das bacias hidrográficas.
220
de rede de drenagem e esgoto, com respectivas estações de tratamento, além de adequada
coleta e disposição final de resíduos sólidos11.
Figura 100. Lançamento de esgoto in natura e lixão a céu aberto.
Outro ponto importante no que diz respeito aos recursos hídricos é o assoreamento dos
cursos d’água que, além de impossibilitar a navegação, é responsável pela formação de
ilhas e bancos de areia nos rios e no mar - Figura 101.
Figura 101. Formação de bancos de areia no mar (a) e em rio (b).
Sobre essa questão, o Estado tem promovido esforços para criação de aterros sanitários
11
221
Controle
Pontos Fortes
Ambiental
A localização estratégica do Polo, inserido em seis bacias hidrográficas diferentes,
possibilita maior quantidade de água disponível, além de minimizar os problemas na
Bacias
qualidade e quantidade de água distribuída para a população e para o turismo, devido à
hidrográficas variabilidade de fontes (bacias)
7.1.3. Relevo
O Polo Costa dos Coqueirais é caracterizado por altitudes que variam de zero a
aproximadamente 480 metros em relação ao nível do mar. Essa variação ocorre na direção
leste-oeste, aumentando na medida em que se distancia do litoral em direção ao interior do
continente, como mostra a Figura 102.
Figura 102. Mapa hipsométrico do Polo Costa dos Coqueirais
222
Figura 103. Mapa geomorfológico do Polo Costa dos Coqueirais
Planície Costeira: estende-se de Norte a Sul da região e é formada por praias e dunas
com altura de até 30 metros – Figura 104.
Figura 104. Planície costeira. Praia em Aracaju (a) e Dunas em Pirambu (b)
223
Tabuleiros Costeiros: após a Planície Costeira, em direção ao interior, os tabuleiros
aparecem formando morros e colinas - Figura 105.
Figura 105. Feições de relevo dos Tabuleiros Costeiros. Laranjeiras (a) e São Cristóvão (b)
No que diz respeito aos pontos fortes dos controles hipsométricos e geomorfológicos
relacionados às atividades turísticas, pode-se citar algumas feições de relevo existentes na
região com potencial para exploração turística, como as grutas formadas em substratos
calcários no município de Laranjeiras e a presença de paisagens na estrada de Pirambu
para Brejo Grande, onde a beleza cênica é deslumbrante em função da presença de áreas
alagadas, dunas, morretes etc - Figura 106.
Figura 106. Gruta em Laranjeiras (a) e vista da estrada de Pirambu para Brejo Grande (b).
O relevo pertinente ao Polo Costa dos Coqueirais denota vantagens para o desenvolvimento
de atividades turísticas na região, conforme Quadro 26:, a seguir.
Quadro 26: Uso potencial do relevo relacionado às atividades turísticas
Controle
Pontos Fortes
Ambiental
As altitudes baixas no litoral, com aumento crescente em direção ao interior do continente,
Hipsometria possibilitam ventos constantes, proporcionando um ambiente agradável. Além disso, a
paisagem torna-se um atrativo para os turistas que têm o objetivo de contemplação.
A existência da Planície Costeira, formada por praias e dunas, permite a exploração desses
Geomorfologia produtos turísticos na região. Já no interior, a presença dos tabuleiros costeiros com serras e
colinas permite que essa parte também seja utilizada para o turismo no Polo.
224
7.1.4. Solos
Os solos são formados sob influência direta da geomorfologia, geologia e do clima. Nesse
contexto, segundo classificação da EMBRAPA, podem ser encontradas no Polo as classes
pedológicas ilustradas na Figura 107 e descritas a seguir.
Figura 107. Mapa de solos do Polo Costa dos Coqueirais
A. Neossolos
Estão presentes em todo o litoral Sergipano. São solos ácidos, profundos, de baixa
fertilidade. Drenam com rapidez toda a água que cai e devido à salinização dificultam o uso
agrícola. Os coqueirais adaptam-se muito bem a este tipo de solo.
Os neossolos são considerados de baixa aptidão agrícola e o uso contínuo pode levá-los
rapidamente à degradação. Práticas de manejo que mantenham ou aumentem os teores de
matéria orgânica podem reduzir esse problema.
Por serem muito arenosos, com baixa capacidade de agregação de partículas, condicionada
pelos baixos teores de argila e de matéria orgânica, esses solos são muito suscetíveis à
erosão.
225
Tendo em vista a grande quantidade de areia sobretudo naqueles em que a areia grossa
predomina sobre a fina, há séria limitação quanto à capacidade de armazenamento de água
disponível (solos bem drenados).
B. Argissolos
Compreende solos constituídos por material mineral e ocorrem em relevos suave ondulado
e ondulado. A exposição desse solo, pela retirada da cobertura vegetal, deve ser criteriosa a
fim de evitar uma intensificação descontrolada da erosão.
No que se refere ao potencial agrícola, o argissolo pode ser utilizado para lavoura, mas de
forma restrita, sendo que a maior limitação é a baixa fertilidade e a suscetibilidade à erosão,
relacionada à mudança textural. Quando sob relevo mais íngreme o problema se agrava.
São particularmente indicados para situações em que não é possível grande aplicação de
capital para o melhoramento e a conservação do solo e das lavouras, o que é mais comum
em áreas de agricultura familiar.
Problemas sérios de erosão são verificados, sendo tanto maior o problema quanto maior for
a declividade do terreno.
C. Gleissolos
Ocorre em relevo plano de várzea. São solos constituídos por material mineral. O solo
possui baixo teor de fósforo natural.
Apresentam sérias limitações ao uso agrícola, principalmente, em relação à deficiência de
oxigênio (pelo excesso de água), à baixa fertilidade e ao impedimento à mecanização. Essa
dificuldade é aumentada se o risco de inundação for frequente.
Por estarem em locais úmidos, conservadores de água, não se recomenda sua utilização
para atividades agrícolas, principalmente, nas áreas que ainda estão intactas e nas
nascentes dos cursos d água. O ambiente onde se encontram os gleissolos é muito
importante do ponto de vista conservação do recurso água.
A drenagem dessas áreas pode comprometer o reservatório hídrico da região,
particularmente, nas áreas onde se utiliza irrigação de superfície. A manutenção das
várzeas é de suma importância para a perenização dos cursos d´água.
É interessante que os ambientes onde se encontram esses solos devem ser mantidos com o
mínimo de interferência antrópica, uma vez que neles se concentram as reservas hídricas.
D. Latossolos
226
fertilizantes, aliadas à época propícia de plantio de cultivares adaptadas, obtêm-se boas
produções.
Os latossolos apresentam amplo potencial para agricultura de sequeiro, pois mesmo com
baixa fertilidade natural, ocorre em relevo suave ondulado que permite uma fácil
mecanização e por isso são muito utilizados, após fertilização artificial.
Embora os latossolos possuam boas propriedade físicas, o manejo destes deve ser
cuidadoso para evitar a sua degradação, devido principalmente ao decréscimo do nível de
matéria orgânica e alteração da distribuição de poros (compactação), acarretando maior
susceptibilidade à erosão.
Vale salientar que os solos existentes na região do Polo Costa dos Coqueirais devem ser
devidamente manejados para que maiores problemas causados por erosão (voçorocas,
erosão regressiva etc) não ocorram na área, especialmente os Neossolos e os Argissolos.
Na região do Polo deve-se atentar para a fragilidade dos solos arenosos, que possuem
grande susceptibilidade à erosão. Atualmente podem ser observados diversos pontos onde
os processos erosivos estão desenvolvidos, como nos municípios de Estância, Santo Amaro
das Brotas e Itaporanga D’Ajuda - Figura 108.
Figura 108. Processos erosivos nos municípios de Estância e Santo Amaro das Brotas
O solo pertinente ao Polo Costa dos Coqueirais denota vantagens para o desenvolvimento
de atividades turísticas na região, conforme Quadro 27:, a seguir.
Quadro 27: Uso potencial das características dos solos relacionados às atividades turísticas
227
Classe de Solo Pontos Fortes
A maior parte de área é composta por esse tipo de solo que permite a ocupação e o
Argissolos
uso com algumas restrições relacionadas à erosão
(continuação)
228
Extração de areia em Barra dos Coqueiros Plantação de arroz em Pacatuba
Como observado, a área de estudo é composta por um mosaico formado por formações
vegetais e usos do solo distintos. A vegetação é caracterizada especialmente pelas
fisionomias litorâneas Restinga, Campos de Dunas e Manguezais, descritos a seguir.
Campos de Dunas: compostos por vegetação herbácea, uma vez que a ação da
brisa marinha impede o desenvolvimento de árvores. São encontrados ao longo do
litoral, onde são identificadas plantas como a salsa-da-praia, feijão-da-praia e o
capim gengibre. Os campos de dunas são expressivos nas áreas próximas à Ponta
dos Mangues, no município de Brejo Grande; na Praia do Saco e Abais, ambas no
município de Estância;
Restinga: vegetação baixa, arbustiva, xeromorfa e com moitas de espécies
suculentas, muitas vezes separadas por tufos de gramíneas. São encontradas após
os campos de dunas, principalmente na faixa costeira dos municípios de Pirambu e
Pacatuba. Essa vegetação tem árvores de até quinze metros de altura e são comuns
o cajueiro, oitizeiro, pitombeira, angelim e araçazeiro. A mata de restinga muitas
vezes recobre faixas até de doze quilômetros de largura e serve para fixar as dunas
móveis;
229
Figura 110. Vegetação de dunas e restinga em Pirambu.
Manguezais: são as formações mais atingidas nos últimos anos. A madeira retirada
é utilizada para a fabricação de carvão, construções civis, combustíveis para
indústrias, panificadoras e restaurantes. Os manguezais vêm sendo aterrados para
dar lugar à instalação de conjuntos habitacionais, rodovias e, principalmente, para a
ampliação do espaço urbano. Essa é uma fitofisionomia bastante representativa no
estado de Sergipe, especialmente nos estuários dos rios Piauí, Real e Rio Vaza-
Barris - Figura 111.
Figura 111. Manguezal.
Estão presentes, ainda, fragmentos de Mata Atlântica, e áreas alagadas - Figura 112.
Figura 112. Mata Atlântica em Pirambu (a) e área alagada em Pacatuba (b).
230
É importante ressaltar que as fitofisionomias encontradas na região são todas protegidas por
leis federais e outros instrumentos, como:
Constituição Federal de 1988, artigo 225.
Lei Federal nº 9.605/98, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
Código Florestal – Lei nº 4.771/1965.
Lei Federal Nº 7.661/98, que institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro.
Resolução CONAMA nº 04/1985.
Decreto Federal nº 750/93, que dispõe sobre o corte, a exploração, a supressão de
vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata
Atlântica
A Figura 113 a seguir mostra os principais usos do solo encontrados no Polo Costa dos
Coqueirais e indica a área das principais fitofisionomias.
Figura 113. Mapa de uso do solo do Polo Costa dos Coqueirais
231
Quadro 28: Uso potencial da vegetação relacionado às atividades turísticas
Controle Ambiental Pontos Fortes
Vegetação Litorânea As fisionomias litorâneas são recursos turísticos importantes e significativos, uma vez
(mangues, restingas e que têm grande potencial para atividades de ecoturismo (como os mangues), além
campos de dunas) de serem essenciais para a manutenção das dunas, paisagem com potencial de
atrativo.
É importante frisar que parte do litoral norte do Polo, adjacente às praias, apesar de possuir
grande beleza cênica, é área de extrema fragilidade, fato assumido com a criação da
Reserva Biológica de Santa Izabel. Devido a esse fato, a área deve continuar sem
exploração turística como forma de contenção das ações antrópicas negativas no meio
ambiente.
232
7.3. Identificação e Avaliação dos Impactos no Meio Ambiente que já tenham
sido causados por Atividades Turísticas ou que afetem essas Atividades
A identificação e avaliação dos impactos no meio ambiente que já tenham sido causados
por atividades turísticas abordará os seguintes aspectos:
identificação e descrição de áreas degradadas, suscetíveis de ocupação ou em
risco de deterioração, contemplando os fatores de degradação;
fatores que degradam o meio ambiente e que têm potencial de afetar as atividades
turísticas.
Apesar de alguns municípios possuírem problemas específicos relacionados às atividades
turísticas, todos apresentam problemas em comum, principalmente relacionados aos fatores
que degradam o meio ambiente com potencial de afetar as atividades turísticas, como:
destinação incorreta dos resíduos sólidos;
queima de lixo a céu aberto;
invasão e aterro de mangues;
despejo de esgoto in natura nos cursos d’água;
supressão da vegetação nativa;
retirada de madeira dos manguezais;
ocupações irregulares.
A seguir, são elencados problemas específicos, além dos citados anteriormente, observados
em alguns municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais. Os municípios de
Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda, Santa Luzia do Itanhy, Santo Amaro das Brotas e Nossa
Senhora do Socorro não possuem problemas ambientais específicos, além dos relacionados
acima, com potencial de afetar atividades turísticas.
233
Figura 114. Barracas na praia; resíduos de construção na margem do rio Sergipe; invasão de mangue;
queima de lixo a céu aberto.
Em relação à exploração turística, o município de Barra dos Coqueiros tem sofrido com
pressão imobiliária para abertura de novas áreas para construção de condomínio de casas
de veraneio em locais inapropriados, áreas alagadas por exemplo, conforme Figura 115.
Figura 115. Abertura de novas áreas para construção de condomínios de casas de veraneio.
234
Alguns outros aspectos que podem comprometer as atividades turísticas:
esgoto a céu aberto correndo nos “canais” que cortam a cidade;
esgoto lançado in natura diretamente nas praias;
erosão marinha;
ocupação indevida da orla marítima;
presença de animais em área urbana;
retirada de areia comprometendo a paisagem;
poluição sonora na Praia.
Em Barra dos Coqueiros tem-se ainda o Terminal Portuário Inácio Barbosa, que é um porto
em offshore, ou seja, em águas profundas. Além da poluição causada pelo óleo dos navios
e demais dejetos, a presença desse porto faz com que exista ocupação antrópica,
principalmente com loteamentos irregulares, acarretando a existência de problemas comuns
a ocupações sem planejamento, como por exemplo, ausência de esgotamento sanitário e
disposição irregular de resíduos sólidos.
Figura 116. Ocupações irregulares nas margens do rio; “canal” com esgoto a céu aberto; Lixo; Animais
em área urbana
235
C. BREJO GRANDE
No que diz respeito à exploração turística, o município de Brejo Grande sofre principalmente
pela falta de infraestrutura em todos os aspectos, como:
ausência de infraestrutura de saneamento ambiental;
vias de acesso precárias para povoados;
abastecimento com água de má qualidade;
ausência de infraestrutura turística, como porto ou marinha para barcos de turismo.
Na Figura 118 estão ilustrados outros aspectos que podem comprometer as atividades
turísticas.
erosão marinha com a submersão de áreas - Povoado Cabeço;
atividades ligadas à aquicultura, rizinicultura e carcinicultura;
carvoarias.
Figura 118. Erosão marinha (Farol do Cabeço); Ocupação na margem do rio São Francisco
D. ESTÂNCIA
236
Figura 119. Invasão da orla com construções irregulares.
Na Praia do Saco, a presença do estuário dos rios Piauí e Real, a vegetação de mangue e
as dunas compõem um patrimônio natural de grande beleza, no qual os atrativos turísticos
paisagísticos contribuem no avanço do uso e ocupação do território de forma desordenada,
que, associado à falta de medidas restritivas e de uma fiscalização eficiente contribuíram
para a crescente e desordenada ocupação de construção de casas de veraneio (SEMARH –
SE, 2004).
Alguns outros aspectos que podem comprometer as atividades turísticas também são
demonstrados na Figura 121.
erosão marinha;
assoreamento no mar (Ilha da Sogra);
ocupações irregulares em lagoas e áreas alagadas;
poluição hídrica por esgoto e lixo doméstico e de estabelecimentos de turismo;
desmonte de dunas;
tráfego irregular de veículos (nas praias e dunas);
iluminação artificial em contradição com projeto de preservação das tartarugas
marinhas.
237
Figura 121. Invasão de lagoa para construção de casas de veraneio (a e b); Erosão marinha destruindo
construções de veraneio e bares (c e d); erosão (e); Ilha da Sogra (f).
(a) (b)
(c) (d)
(e) (f)
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
E. LARANJEIRAS
238
Figura 122 -. Outra ameaça existente na região é a possibilidade de destruição de grutas
com potencial para exploração turística pelas empresas que extraem calcário.
Figura 122. Rio canalizado na sede municipal (a); Fábrica de cimento (b); rio assoreado (c); Lixo
espalhado (d).
(a) (b)
(c) (d)
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
F. PACATUBA
239
Além desse, existem problemas com a falta de consciência da população sobre a poluição
dos corpos d’água com a presença de animais para dessedentação e carcinicultura.
Figura 124. Lixo, esgoto e águas servidas nas ruas da sede municipal; Dessedentação de animais em
curso d’água
G. PIRAMBU
O município de Pirambu abriga a primeira base do Projeto Tamar para proteção da tartaruga
marinha. Em função da presença das tartarugas marinhas que desovam no litoral, alguns
aspectos negativos do turismo podem ser citados, como a presença de veículos na praia,
excesso de iluminação na orla - fato que prejudica a desova das tartarugas - e demanda por
expansão urbana - Figura 125.
Figura 125. Presença de veículos na praia (a); Cercado de incubação na praia(b)
240
litoral para proteção das áreas de desova das tartarugas marinhas. Além disso, qualquer
expansão é acompanhada de perto pelo IBAMA, que sempre exige infraestrutura prévia etc.
Outro aspecto a ser citado sobre a influência do IBAMA na região é a dificuldade de acesso
às fazendas, que antes era feita pela praia, e a dificuldade de escoamento da produção local
pelos rios, pois antes era uma prática podar as árvores do mangue para passagem dos
barcos, o que agora é fiscalizado mais intensamente.
No que diz respeito ao restante do município, um aspecto importante é a susceptibilidade à
erosão em função do tipo de solo e a extração de areia, que compromete o acesso e a
paisagem - Figura 126.
Figura 126. Extração de areia e processos erosivos no município de Pirambu
H. SÃO CRISTÓVÃO
No município de São Cristóvão existe uma grande demanda por novas áreas de ocupação,
principalmente com loteamentos de classe média - Figura 127. Por ser muito próxima à
241
capital do estado e ser uma cidade histórica, atrai esse tipo de público. Mas essas novas
áreas têm como característica o desmatamento, aumento de pressão sobre os recursos
hídricos e sobre os sistemas de saneamento, quando mal planejadas aumentam a
possibilidade de erosão e assoreamento, entre outros aspectos.
Figura 127. Abertura de área para instalação de condomínio em São Cristóvão
Além desse fato, alguns outros problemas podem ser citados, como:
canalização de cursos d’água;
lixo espalhado pela cidade;
carcinicultura.
Figura 128. Lançamento de esgoto in natura; Canalização de curso d’água; Lixo a céu aberto;
Carcinicultura.
242
No município existem ainda grande número de granjas e fontes de água mineral, que podem
ser comprometidas se houver contaminação dos recursos hídricos superficiais e
subterrâneos.
243
Problemas/Conflitos Impactos/Efeitos Ações
licenciamento ambiental para
construção;
Regularização das edificações em
situação não condizente com as
legislação;
Assoreamento / diminuição da vazão do
rio;
Redução do potencial pesqueiro em
determinadas áreas;
Interferência na paisagem natural Ações de fiscalização;
Construções em Após Erosão de talude (borda do rio); Ações de revitalização;
Redução da calha do rio; Remoção e recuperação ambiental
Prejuízos à qualidade da paisagem
(perda do atrativo turístico);
Poluição da água
Restrição de acesso à área pública
Contaminação dos recursos hídricos; Obras de saneamento;
Falta de saneamento
Prejuízos na reprodução natural de Tratamento de esgoto;
básico;
peixes e mariscos; Fiscalização por órgãos estaduais
Perda de potencialidade turística; de Meio Ambiente;
Entraves na realização de atividades de Melhorias nas condições de
Abastecimento irregular de
turísticas; abastecimento;
água; água de má
Má qualidade de vida da população Utilização de outras fontes de
qualidade.
local; recursos hídricos;
Dificuldades de locomoção por parte da
Falta de pavimentação nas
população local;
vias de acesso a alguns Melhoria dos acessos;
Interferência no desenvolvimento do
povoados
fluxo turístico;
Elaboração de Projeto de
Alteração na paisagem natural;
reordenamento da ocupação;
Restrição de acesso às Poluição visual (diminuição dos atrativos
Proposição de novos padrões
praia e aos rio. turísticos);
urbanísticos;
Prejuízos às atividades de lazer.
Sistema de fiscalização eficiente.
Falta de conscientização
Atividades mais efetivas de
Ambiental por parte da Depreciação dos recursos naturais.
sensibilização ambiental;
população.
Maior divulgação das
Falta de divulgação da
Enfraquecimento as atividades potencialidades paisagísticas do
área conhecida como
turísticas; município, dentro de uma
pantanal do Agreste.
perspectiva de turismo ecológico;
Impedimento na construção de casas
em algumas áreas;
Campanhas de aproximação e
Relação da comunidade Atritos com a gestão institucional;
envolvimento da comunidade local e
com o projeto TAMAR. Impedimento de atividades pesqueiras a
o projeto Tamar;
uma determinada distância da linha de
costa;
Devastação da flora do manguezal;
Contaminação da água, peixes e
crustáceos pelos efluentes dos tanques;
Ações efetivas de fiscalização;
Conflitos entre comunidade local e
Autuação das fazendas de camarão
carcinicultores;
sem licenciamento ambiental;
Conflitos com órgãos fiscalizadores;
Busca da minimização de impactos
Caráter exploratório da atividade;
Problemas causados pela causados;
Mortandade de peixes e caranguejos;
carcinicultura. Efetivação na fiscalização;
Conflito entre a população local e os
Autuação dos produtores que se
carcinicultores, por conta da
encontram em situação irregular;
inacessibilidade às praias, rios e
Estruturação dos arranjos produtivos
mangue, causada por essa atividade;
relacionados às atividades
Desmatamento da vegetação de
extrativistas;
mangue;
Conflitos com órgãos fiscalizadores;
Contaminação das várzeas pelos
244
Problemas/Conflitos Impactos/Efeitos Ações
efluentes dos tanques de larvas;
Redução na produtividade de Taboa;
Mortandade de peixes e caranguejos;
Contaminação da água dos canais de
Efetivação em ações de fiscalização;
Uso de agrotóxicos nos maré; Contaminação das áreas de
Utilização de produtos
áreas de cultivo. várzea;
biodegradáveis;
Contaminação de espécies de peixe;
Queda na produtividade pesqueira;
Migração dos nativos e casas de
Ações de ordenamento territorial
Erosão e assoreamento veraneio;
(realocação dos desabrigados);
nos estuários e orla. Desordenamento territorial;
Revitalização da área;
Assoreamento do rio e canais de maré;
Redução do potencial pesqueiro;
Assoreamento dos rios. Dificuldades no atracamento e Ações de revitalização;
deslocamento de embarcações;
Ações de Educação Ambiental na
comunidades artesãos e
Retirada Irregular de piscicultores;
Desequilíbrio ambiental
Taboa. Regulamentação da atividade por
parte da comunidade em conjunto
com o poder público;
Redução do potencial pesqueiro;
Campanhas de sensibilização;
Contaminação da água, peixes e
Realização de obras de
Poluição dos rios. população;
saneamento;
Prejuízos no potencial paisagístico;
Fiscalização efetiva;
Emperramento das atividades turísticas;
Perda das feições paisagísticas (dunas,
Elaboração de Projeto de
manguezal e restinga);
Destruição dos reordenamento da ocupação;
Redução da biodiversidade (supressão
ecossistemas locais. Cumprimento efetivo da legislação
da vegetação);
ambiental.
Degradação dos recursos naturais
Esmagamento dos ovos de tartaruga;
Apropriação dos recursos Cumprimento efetivo da legislação
Pisoteamento e supressão da vegetação
naturais de forma ambiental.
de restinga;
predatória. Sistema de fiscalização eficiente.
Modificação da paisagem natural.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
245
Municípios Comunidades Número de Famílias
Curuanhas 53
Estância
Porto D'Areia 140
Santa Luzia do Itanhy Luzienses 856
Total de Famílias 2.384
Fonte: EXPANSÃO, Gestão em Educação e Eventos. Elaboração da Pesquisa Diagnóstica e Preparação do Programa de
Qualificação Profissional e Empresarial para o Polo de Turismo Costa dos Coqueirais, 2013.
Fonte: EXPANSÃO, Gestão em Educação e Eventos. Elaboração da Pesquisa Diagnóstica e Preparação do Programa de
Qualificação Profissional e Empresarial para o Polo de Turismo Costa dos Coqueirais, 2013.
246
território do Polo Costa dos Coqueirais, ressalta-se a questão da vulnerabilidade
sociocultural.
Assim o desenvolvimento do turismo deve respeitar essa diversidade cultural dos
quilombolas, monitorando os possíveis impactos de modo a garantir a preservação de seus
traços culturais.
Ressalta-se que o programa voltado para a capacitação das comunidades existentes no
Estado e as ações para o atendimento das demandas específicas de cada comunidade
estão sendo elaborados pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de
Desenvolvimento Urbano – SEDURB e da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e
Desenvolvimento Social – SEIDES
B. EMDAGRO
247
D. Superintendência de Qualidade Ambiental, Desenvolvimento
Sustentável e Educação Ambiental
248
F. Superintendência de Recursos Hídricos (SRH)
Composta por:
Gerência de Planejamento e Coordenação de Recursos Hídricos;
Gerência de Administração e Controle de Recursos Hídricos.
G. Conselhos
249
Federação das Indústrias do Estado de Sergipe;
Ministério Público Estadual;
Assembleia Legislativa de Sergipe;
Organização Não Governamental ambientalista;
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, como
convidado;
Capitania dos Portos de Sergipe, como convidado;
Polícia Militar de Sergipe, como convidado;
Mais dois representantes da comunidade participam do Conselho como convidados, sendo
que um deles é responsável pela Secretaria Executiva do CEMA.
Legislação: O CEMA, integrante da estrutura da SEMARH e assim denominado conforme
disposição da lei nº 5.057/03, sucedeu o CECMA, que foi criado pela lei nº 2.181/78, como
órgão da estrutura da Administração Estadual do Meio Ambiente, sofrendo alterações
através das leis nos 2.578/85 e 3.090/91.
250
expedir atos referentes ao exercício de sua finalidade, suas competência e suas
atribuições;
exercer outras funções, inclusive estabelecer diretrizes complementares para
implementação da Política Estadual de Recursos Hídricos, bem como as
atribuições que lhe forem delegadas, compatíveis com a sua finalidade e as suas
competências;
manifestar-se sobre outros assuntos relativos a recursos hídricos, que sejam
submetidos à sua apreciação.
Composição: O Plenário do CONERH é presidido pelo Secretário de Estado do Meio
Ambiente e dos Recursos Hídricos e integrado pelos membros a seguir relacionados.
representantes do Poder Executivo Estadual:
Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos;
Secretário de Estado do Planejamento;
Secretário de Estado da Infraestrutura;
Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário;
representantes do Poder Executivo Municipal:
um Prefeito representando a Bacia Hidrográfica do rio Sergipe;
um Prefeito representando a Bacia Hidrográfica do rio Piauí;
um Prefeito representando a Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba;
um representante do Poder Legislativo Estadual;
um representante do Ministério Público Estadual;
Representantes de usuários, de entidades da sociedade civil, ligadas a recursos hídricos
e de ensino e pesquisa:
um representante do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA);
um representante eleito entre as entidades de ensino e pesquisa, legalmente
constituídas no Estado;
um representante eleito entre as associações ligadas à aqüicultura, legalmente
constituídas no Estado;
um representante eleito entre as associações de usuários irrigantes, legalmente
constituídas no Estado;
um representante eleito entre as associações para proteção, conservação e
melhoria do meio ambiente, legalmente constituídas no Estado;
um representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Piauí;
um representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba;
um representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Sergipe.
Legislação: O CONERH, criado pela lei nº 3.870/97 e regulamentado através do Decreto nº
18.099/99, é integrante da atual estrutura organizacional da SEMARH, conforme disposição
da lei nº 6.130/07.
251
Conselho Gestor do Fundo de Defesa do Meio Ambiente de Sergipe (Cogef)
O Conselho Gestor do Fundo de Defesa do Meio Ambiente de Sergipe, órgão de gestão e
deliberação, e coordenação, acompanhamento e avaliação das atividades e ações
implementadas com a aplicação dos recursos do FUNDEMA/SE, integrante da estrutura
organizacional da SEMARH. Tem por finalidade o exercício das competências a seguir
elencadas:
gerir as atividades do FUNDEMA/SE nos termos da legislação vigente;
aprovar o Plano de Aplicação e definir a política geral de aplicações de recursos
financeiros do Fundo;
interagir com setores competentes no sentido de conseguir e/ou assegurar
recursos orçamentários e financeiros necessários à consecução da finalidade do
Fundo;
acompanhar e avaliar as atividades e ações implementadas e/ou desenvolvidas
com a aplicação ou utilização dos recursos do Fundo, assim como das respectivas
contas;
promover a elaboração dos devidos informes, relatórios e documentos de
prestação de contas e o encaminhamento aos órgãos de controle e fiscalização,
como Secretário de Estado da Fazenda, Controladoria Geral do Estado e Tribunal
de Contas do Estado de Sergipe, observadas a legislação e as normas regulares
pertinentes;
aprovar os critérios e as diretrizes e prioridades para a atuação do Fundo.
Composição: O Plenário do COGEF é presidido pelo Secretário de Estado do Meio
Ambiente e dos Recursos Hídricos e integrado pelos membros a seguir relacionados.
Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos;
Secretário de Estado do Planejamento;
Secretário de Estado da Fazenda;
Diretor-Presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente;
um representante do Conselho Estadual do Meio Ambiente;
um membro designado de livre escola pelo Governador do Estado.
Legislação: O COGEF, criado pela lei nº 5.360/04, é integrante da atual estrutura
organizacional da SEMARH, conforme disposição da lei nº 6.130/07.
252
Competências:
elaborar e aprovar o seu Regimento Interno, submetendo à homologação do
Secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos;
representar e apoiar as atividades do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da
Caatinga, desenvolvidas no Estado de Sergipe;
assegurar e coordenar a implantação da Reserva da Biosfera da Caatinga em
Sergipe, estabelecendo as suas diretrizes e estratégias de ação;
promover a divulgação dos princípios da Reserva da Biosfera da Caatinga;
organizar e coordenar o sistema de gestão da Reserva da Biosfera da Caatinga em
Sergipe, em consonância com as diretrizes fixadas pelo Conselho Nacional da
Reserva da Biosfera da Caatinga;
elaborar, de forma participativa, o Plano de Ação Estadual da Reserva, propondo
prioridades, metodologias, parcerias e áreas de atuação;
fomentar estudos e projetos visando à conservação do patrimônio natural e cultural,
estimulando o desenvolvimento sustentável e o conhecimento científico da Reserva
da Biosfera da Caatinga;
manifestar-se sobre programas, projetos e empreendimentos significativos na área
da Reserva da Biosfera da Caatinga em Sergipe;
promover a articulação entre instituições com vistas à captação de recursos internos
e externos para projetos de conservação, pesquisa e desenvolvimento da Reserva
da Biosfera da Caatinga em Sergipe;
colaborar para o aprimoramento da legislação e de políticas públicas na área da
caatinga e seus ecossistemas associados;
incentivar e apoiar a implantação de unidades de conservação, públicas e privadas;
selecionar e propor o estabelecimento de áreas-piloto da Reserva da Biosfera da
Caatinga e homologar as já existentes, visando ao desenvolvimento de projetos-
modelo que proporcionem a implantação da mesma Reserva através de ações
regionalizadas;
avaliar e aprovar as propostas de criação de postos avançados da Reserva da
Biosfera da Caatinga;
analisar e aprovar projetos na área da Reserva da Biosfera da Caatinga, a serem
encaminhados ao Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga –
CNRBCA, para fins de concessão de apoio financeiro;
promover a realização de diagnósticos socioambientais nas áreas da Reserva, de
modo a embasar as ações prioritárias;
incentivar a realização de pesquisas científicas no bioma Caatinga, no âmbito da
Reserva;
promover o desenvolvimento, a divulgação e o monitoramento de instrumentos e
incentivos voltados à conservação e à recuperação ambiental na área da Reserva da
Biosfera da Caatinga;
atuar, em conjunto com Estados vizinhos, com referência a questões pertinentes à
Reserva em áreas limítrofes;
incentivar e apoiar programa de melhoria da qualidade de vida da população local,
especialmente nas áreas de saúde, saneamento, educação e geração de renda, com
a implementação de alternativas de desenvolvimento sustentável;
253
propor e apoiar o tombamento do patrimônio ambiental e cultural, nas esferas
estadual e federal, nas áreas de caatinga e ecossistemas associados, no âmbito da
Reserva.
Composição: O Plenário do CERBCa/SE é composto pelos membros a seguir relacionados,
sendo um dos quais Coordenador-Geral eleito pelo Plenário:
representantes de órgãos e entidades governamentais:
um representante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos
Hídricos;
um representante da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento
Agrário;
um representante da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do
Estado de Sergipe;
um representante do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis;
um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária;
um representante de Prefeitura Municipal, cujo Município esteja localizado na área
do bioma da Caatinga.
representantes da sociedade civil:
um representante de Instituição de Ensino Superior com atuação técnico-
cientifica na área do bioma da Caatinga;
um representante do Instituto Xingó, como centro de desenvolvimento científico,
tecnológico e de produção da região semi-árida;
um representante de organização não-governamental com fins socioambientais
e atuação na área da Reserva;
um representante de movimentos sociais com atuação direta no ecossistema
Caatinga;
um representante dos trabalhadores rurais com foco na conservação da
Caatinga e no combate à desertificação;
um representante de Instituição Financeira Oficial com atuação na área do bioma
Caatinga.
Legislação: O CERBCa/SE foi criado pelo decreto estadual nº 24.039/06, e funciona junto da
SEMARH.
A Administração Estadual do Meio Ambiente é uma Autarquia Estadual criada pela Lei nº
2.181, de 12 de outubro de 1978, que veio ser alterada pela Lei 5.057, de 07 de novembro
de 2003, e que possibilita a execução das políticas estaduais relativas ao meio ambiente.
Tem autoridade de licenciar atividades e empreendimentos no estado.
254
J. Companhia de Saneamento de Sergipe – DESO
A. Projeto TAMAR
255
científica; pela captação de recursos junto à iniciativa privada e agências financiadoras; e
pela gestão do programa de auto-sustentação. Essa união do governamental com o não-
governamental revela a natureza institucional híbrida do Projeto.
O Tamar conta com patrocínio nacional da Petrobras, apoios e patrocínios regionais de
governos estaduais e prefeituras, empresas e instituições nacionais e internacionais, além
de organizações não-governamentais. Mas é fundamental, sobretudo, o papel das
comunidades onde mantém suas bases e da sociedade civil em geral, que participa e ajuda
o Projeto, individual ou coletivamente.
No Polo Costa dos Coqueirais existem três bases do projeto Tamar:
Abais: A base do Abais, no extremo sul de Sergipe, fica entre as praias da Caueira,
em Itaporanga D’Ajuda, e a do Abais, que pertence ao município de Estância.
Monitora 36Km de praias, desde a foz do rio Real, ao sul, até o Vasa Barris, ao
norte. Está inserida na APA Estadual do Litoral Sul. Nas praias de Boa Viagem,
Abais e Caueira registra-se intensa atividade reprodutiva das espécies oliva
(Lepidochelysolivacea) e cabeçuda (Carettacaretta) e de pente
(Eretmochelysimbricata) - as duas últimas em menor proporção. As praias não têm
pedras ou costões, facilitando o monitoramento e a localização de cerca de 1.500
desovas que geram 65 mil filhotes a cada temporada reprodutiva.
Ponta dos Mangues: Esta base fica no extremo norte da Reserva Biológica de
Santa Izabel, em Sergipe, e tornou-se independente de Pirambu a partir de 1989. É
responsável pelo monitoramento de 36km de praias, sendo 15 pertencentes à
reserva, ao sul, e 21km ao norte, até a foz do rio São Francisco, na divisa com o
Estado de Alagoas. Além da tartaruga-oliva (Lepidochelysolivacea), há intensa
atividade reprodutiva da tartaruga-cabeçuda (Carettacaretta). A base protege mais
de 1.600 desovas e cerca de 78 mil filhotes por temporada.
Pirambu: Pirambu foi a primeira base do Tamar instalada no Brasil, em 1982.
Monitora 53km de praias e protege quase 2.400 desovas e 106 mil filhotes, a cada
temporada. Cerca de 80% são da espécie oliva, a menor entre as tartarugas
marinhas que ocorrem no Brasil, também conhecida na região como tartaruga
pequena, com comprimento curvilíneo de casco entre 70 e 74cm. Logo que a base
foi criada, todas as desovas precisavam ser transferidas para cercados de incubação
para não serem danificadas. Hoje, 70 por cento das desovas permanecem nos locais
de origem, sem riscos de agressão pelo homem, graças ao grande envolvimento dos
pescadores e da comunidade no trabalho de conservação das tartarugas marinhas.
Pirambu é município de Sergipe desde l965. Fica a 80 quilômetros de Aracaju e
sedia a Coordenação Regional do Projeto Tamar-ICMBio de Sergipe e Alagoas.
Atualmente a base encontra-se dentro da Reserva Biológica de Santa Izabel.
Oceanário de Aracaju: O Oceanário de Aracaju, inaugurado em junho de 2002, tem
capacidade para receber até 300 pessoas ao mesmo tempo e alcança a marca de
aproximadamente 120 mil visitantes/ano. Primeiro do Nordeste e quinto do Brasil, foi
criado, construído e é mantido e administrado pela Fundação Pró-Tamar, através da
coordenação regional do Projeto Tamar em Sergipe. Instalado na praia da Atalaia, a
500m do mar, ocupa 141 mil m2 de área cedida pelo Governo Federal, através de
contrato de cessão entre o Serviço de Patrimônio da União e a Fundação Pró-Tamar.
Tem área construída de 1.700 m², na forma de uma tartaruga gigante, com a
cobertura em eucalipto e piaçava. É mais um atrativo turístico de Aracaju,
destacando-se na moderna e revitalizada Orla de Atalaia, entre espelhos d’água com
pontes, calçadão, ciclovia e espaço para exposições, shows e esportes aquáticos.
Através de atividades regulares, como visitas orientadas, palestras e exposições,
favorece a sensibilização de moradores e visitantes para a preservação do
ecossistema marinho e das riquezas do rio São Francisco. Através de palestras,
mostras de vídeo e aulas ao vivo junto aos aquários, os visitantes aprendem sobre o
256
ecossistema do litoral sergipano, além de conhecer diversas espécies de animais
marinhos.
Organização sem fins lucrativos que tem como objetivo o desenvolvimento de projetos
relacionados com os aspectos sociais e preservação ambiental associada ao
desenvolvimento sustentável das populações da zona costeira sergipana, conforme
discriminações abaixo relacionadas:
viabilizar a implantação de recifes artificiais para desenvolver em curto e médio
prazos novos habitats para o recrutamento e colonização da fauna e flora marinhas
da região;
viabilizar a pratica de atividades subaquáticas, esportiva e recreacional, associada a
uma visão ecológica e ambiental adequadas, estimulando o fluxo turístico
sustentável para a região;
levantamento e coleta de informações e dados sociais, culturais, científicos e
ambientais da costa sergipana;
motivar e estabelecer convênios com entidades governamentais ou não
governamentais, nacionais e estrangeiras nos âmbitos cultural, científico,
educacional e congêneres, com interesses similares à PROCRIAR, para o
desenvolvimento de projetos comuns, troca de informações, tecnologia e
conhecimentos, para realização de pesquisas, trabalhos de campo, exposições,
palestras e cursos, sempre ligados ao interesse desta PROCRIAR;
defender, dentro das formas da lei, os interesses das populações da Zona Costeira
Sergipana, nos âmbitos nacionais e internacionais, conforme convênios e/ou acordos
assinados entre Associações Comunitárias e essa PROCRIAR;
elaborar, debater e implantar projetos do interesse das populações da Zona Costeira
Sergipana, sempre com a participação das mesmas, através de suas Associações
Comunitárias;
o desenvolvimento de auditoria ambiental, inclusive Estudo e Relatórios de impacto
ambiental ( EIAs/RIMAs );
organização das populações costeiras para a constituição de núcleos comunitários
que possam reivindicar e exercer seus plenos direitos quanto à melhorias de padrão
de vida e condições ambientais;
desenvolver trabalhos, sempre nos interesse das populações da Zona Costeira, nas
áreas a seguir: Antropologia, Arquitetura, Artes, Economia, Educação Ambiental,
Esportes, Estatísticas, Saúde, Condições Sanitárias, Manifestações Artísticas,
Sociologia, Turismo Sustentado, Agronomia, Biologia, Cartografia, Ecologia,
Engenharia, Física, Geologia, História, Pesca, Meteorologia, Veterinária e Geografia;
promoção da divulgação direta e indireta dos trabalhos realizados e em curso,
através da publicação à eles relativa, através das mídias: Impressa ( livros, imprensa,
relatórios, revistas, manuais, apostilas, exposições ); Eletrônica ( Internet, cd-rom
etc.); Documentários ( filmes, vídeos ); Palestras; Relatórios;
comercialização de bens e serviços relacionados aos seus objetivos e atividades
bem como artigos promocionais.
257
7.5.3. Políticas Públicas e Programas de Gestão Ambiental Instalados ou
Desenvolvidos na Área
Fundos Socioambientais no Estado de Sergipe
Os fundos socioambientais são instrumentos do Sistema Nacional do Meio Ambiente
(SISNAMA), criados por lei com a finalidade e apoiar projetos de meio ambiente, recursos
hídricos, proteção de florestas, controle da poluição, saneamento e reparação de direitos
difusos lesados.
Através da lei nº 3.870, de 25 de setembro de 1997, o Estado de Sergipe criou o Fundo
Estadual de Recursos Hídricos (FUNERH), regulamentado pelo Decreto nº 19.079, de
05/09/2000, como um dos instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos, com o
objetivo de assegurar os meios necessários à execução das ações relacionadas com o
gerenciamento da água no Estado.
Apesar das dificuldades para funcionamento pleno, o FUNERH ao longo de sua existência,
apoiou com recursos financeiros como contrapartida do Estado a projetos do PRÓÁGUA
Semi-Árido voltados à iniciativas de proteção dos mananciais sergipanos e a ampliação e
fortalecimento dos sistemas de abastecimento de água do Estado.
Em 2004, por força da lei nº 5.360, de 04 de junho, foi constituído o Fundo de Defesa do
Meio Ambiente de Sergipe (FUNDEMA/SE), criado nos termos do art. 232, § 5º, da
Constituição Estadual, com a finalidade de implementar a Política Estadual de Meio
Ambiente através de ações de defesa e preservação do meio ambiente abrangendo a
prevenção, recuperação e melhoria da qualidade ambiental no Estado.
Como a maioria dos fundos estaduais, o FUNDEMA/SE ainda não entrou em funcionamento
por conta da falta de regulamentação e de definições claras sobre as formas de apoio a
projetos, bem como por carência de recursos financeiros suficientes para o cumprimento da
sua missão.
Tanto o FUNERH quanto o FUNDEMA/SE, como órgãos com vinculação institucional à
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, estão sendo objeto de
reestruturação e fortalecimento para o pleno funcionamento em prol da efetivação das
políticas de meio ambiente e de recursos hídricos no âmbito do Estado de Sergipe.
258
Implementação da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), de forma a
orientar os gestores e servidores estaduais para o uso racional dos recursos
naturais no dia-a-dia das atividades de seus órgãos;
Elaboração e Implementação do Plano Estadual de Educação Ambiental
Implantação e Operacionalização de Centro Estadual de Educação Ambiental, em
Aracaju e de Centros Regionais, no interior do Estado;
Produção de Programas de TV - Meio Ambiente Sergipe, com periodicidade
quinzenal; e
Capacitação e Treinamento em Recursos Hídricos.
259
Preservando Nascentes e Municípios através da execução do projeto Adote um
Manancial, voltado à recuperação e preservação de nascentes e pequenos cursos
d’água;
Fortalecimento do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos - ProÁgua.
Fortalecimento do Sistema de Outorga de Direito de Uso dos Recursos Hídricos;
Recuperação de Dessalinizadores no Estado de Sergipe;
Elaboração do Sistema Estadual de Informações Ambientais;
Licenciamento Ambiental;
Levantamento Quantitativo dos Manguezais do Estado de Sergipe;
Diagnóstico Ambiental dos Impactos da Carcinicultura nos Estuários do Litoral Sul
de Sergipe;
Diagnóstico Ambiental da Atividade Canavieira no estado de Sergipe;
Avaliar a Qualidade Ambiental dos Corpos de Água do Estado;
Implantação da Rede de Monitoramento da qualidade do Ar;
Reestruturação do Laboratório da Adema;
Fiscalização, Monitoramento e Controle da Poluição e das Áreas Degradadas do
Estado de Sergipe;
Implantação de Base de Dados Informatizada para o Licenciamento Ambiental.
Elaboração de Estudos e Pesquisas Voltados ao Gerenciamento dos Recursos
Hídricos e
Fomento a Práticas para o Desenvolvimento Sustentável.
Principais Projetos:
Ampliação, Melhoria e Automação do Sistema Integrado de Adutoras do Alto Sertão
e Sertaneja, de forma a restituir a plena capacidade operacional aos sistemas de
adução da região.
Recuperação e Automação Operacional dos Sistemas de Abastecimento de Água.
Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe.
260
Principais Projetos:
Reestruturação e Fortalecimento dos Fundos Socioambientais
Fortalecimento dos Comitês de Bacias Hidrográficas dos Rios Japaratuba, Piauí e
Sergipe - Pró-Água.
Apoio á Ampliação e Densificação da Rede Hidrometeorológica - PróÁgua.
Estágio de Com exceção da cobrança pelo uso dos recursos hídricos que no momento se
Implementação encontra em fase de estudo, todos os demais instrumentos da Política estadual
de Recursos Hídricos já foram implantados, tais como: o Plano Estadual de
Recursos Hídricos; o Enquadramento dos corpos de água em classes, segundo
os usos preponderantes da água; o Fundo Estadual de Recursos Hídricos; a
Outorga dos direitos de uso de recursos hídricos; e o Sistema Estadual de
Informações sobre recursos hídricos.
261
Órgão Responsável SEMARH/SRH
Resultados esperados Sistema de Gestão do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos consolidado
no estado de Sergipe;
Melhoria da gestão da disponibilidade hídrica do Estado para os diversos
usos;
Redução nos índices de poluição em corpos hídricos na bacia hidrográfica do
rio Sergipe;
Preservação de mananciais;
Melhoria da eficiência operacional e do uso racional da água no saneamento
e na irrigação na bacia hidrográfica do rio Sergipe;
Melhoria da coleta e disposição adequada de resíduos sólidos;
Melhoria das condições de habitabilidade e qualidade de vida da população;
Melhoria da qualidade ambiental do Estado.
Fonte: SEMARH.
Principais Ações Criar o Arranjo Institucional para atuação do Programa Água Doce no
Estado;
Apoio à gestão;
Diagnóstico técnico e socioambiental;
Mobilização social;
Sustentabilidade Ambiental;
Sistemas de dessalinização.
262
Órgão Responsável SEMARH/SRH
Elaborar 25 projetos para as comunidades selecionadas;
Elaboração de 25 Acordos de Gestão nas comunidades selecionadas
Acompanhamento dos acordos de gestão;
Monitoramento da qualidade ambiental das localidades beneficiadas;
Recuperação e/ou implantação de 25 sistemas de dessalinização
Monitoramento e manutenção preventiva nos 93 sistemas de
dessalinização
Fonte: SEMARH.
Fonte: SEMARH.
Objetivos Realizar estudos com vistas a elaboração do referido plano composto por
28 municípios, de acordo com a lei número 12.305/2010, envolvendo as ações
do objeto de contrato de repasse firmado entre a SEMARH e MMA.
263
Órgão Responsável SEMARH/SQS
Municípios na Criação e Implementação de Processos para Gestão Integrada
de Resíduos Sólidos na BHSE
Fonte: SEMARH.
Principais Ações Projeto de Gestão Integrada de Orla Marítima nos municípios de Aracaju,
Itaporanga D’juda, Estância, Barra dos Coqueiros, Pacatuba ,Brejo Grande e
Pirambu.
Elaboração da Política Estadual de Gerenciamento Costeiro.
Fonte: SEMARH.
264
FUNDO CLIMA
Quadro 36: Políticas, Programas e Projetos Colocalizados do Fundo Clima
Resultados esperados Criar sinergias entre diferentes instituições com potencial p/ trabalhar no
combate a desertificação( Governamental, Universidade e Tecnológica). Definir
mecanismos e aperfeiçoar os existentes no combate à desertificação com
ações integradas às populações das ASD’s sergipanas dentre outros.
Área de Abrangência Municípios do Alto Sertão Sergipano (Canindé do S. Francisco, Poço Redondo,
NS da Glória, Gararu, Porto da Folha e Monte Alegre de Sergipe.
Fonte: SEMARH.
265
Coliformes Termotolerantes. Também, mensalmente é monitorada as condições de
balneabilidade da Lagoa do Abais, em Estância - SE;
Monitoramento da qualidade de águas de rios e riachos: Cotinguiba, Sergipe,
Poxim, Poxim Mirim, Sal, Santa Maria, Fundo, Vaza Barris, Jabeberi, Jacaré,
Porções, Piauí, Piauitinga, Japaratuba, Lagartixo, riacho Taboca.
A. Gerenciamento Costeiro
B. Projeto Orla
266
D. Metas de Qualidade
No Quadro 37: estão listados os órgãos gestores municipais do meio ambiente do Polo
Costa dos Coqueirais, sendo que alguns municípios não colocaram as informações
necessárias referentes ao funcionamento dos organismos municipais voltados à Gestão
Ambiental.
Quadro 37: Capacidade Institucional dos municípios para a Gestão Ambiental
Município Órgãos Responsáveis
Administração Estadual do Meio Ambiente – Adema
Aracaju Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos -
SEMARH
Barra dos Coqueiros Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Brejo Grande Secretaria Municipal de Agricultura
Estância Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente
Indiaroba Não Possui
Itaporanga D’Ajuda Não Possui
Laranjeiras Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Nossa Senhora do Socorro Secretaria Municipal de Agricultura, Irrigação, Meio Ambiente e Pesca
Pacatuba Sem Informação
Pirambu Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Meio Ambiente
Santa Luzia do Itanhy Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Santo Amaro das Brotas Sem Informação
São Cristóvão Secretaria Municipal de Infraestrutura, Coordenadoria de Defesa Civil
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
7.6.1. Federais
A. Reserva Biológica Santa Izabel
Criada pelo Decreto nº 96.999, de 20 de outubro de 1988, possui área de 2.766 ha, sendo
45 km de praia limitados pela barra do rio Japaratuba e pela barra do Funil.
A Unidade tem como objetivos específicos a proteção dos ecossistemas de dunas,
vegetação de restinga, lagoas temporárias e permanentes, praias, manguezais, além da
fauna associada.
Entre um dos principais motivos de criação da unidade está a presença da menor tartaruga
marinha (Lepidochelys oleácea), sendo, o local, seu maior sítio de desova no Brasil. Devido
ao fato da referida tartaruga encontrar-se em perigo de extinção, a Reserva Biológica Santa
267
Izabel é de fundamental importância para a manutenção dessa espécie e, por, concentra
atividades do Projeto Tamar, consistindo em educação ambiental para turistas e população
local e incentivo ao resgate de tradições e artesanato regionais.
Por ser uma unidade de conservação de proteção integral, o acesso é permitido somente a
pesquisadores e para ações de educação ambiental.
Figura 130. Reserva Biológica de Santa Izabel
268
Figura 131. ICMBio
7.6.2. Estaduais
A. APA do Morro do Urubu
Localizada no Município de Aracaju, na área urbana, limita-se ao Norte com o Rio do Sal, ao
Leste com o Rio Sergipe e ao Sul e Oeste com as áreas urbanas da Zona Norte do
município. Trata-se de região onde originalmente predominavam a Mata Atlântica e seus
ecossistemas associados, além de enclaves de Cerrado. Criada e regulamentada pelos
Decretos 13.713, de 14.07.93, e 15.505, de 13.07.95, a área vem sofrendo pressão urbana
e se descaracterizando cada vez mais. O complexo de vegetação encontra-se hoje bastante
comprometido, sobretudo pela invasão, construção e urbanização das favelas na área.
Informações sobre a UC:
Possui o único Posto Avançado do Estado – O Parque José Rollemberg Leite,
aprovado pela Reserva da Biosfera da Mata Atlântica em outubro de 2000.
Com 68 ha de Mata Atlântica, ainda não dispõe de Plano de Manejo.
A APA não dispõe de estrutura de apoio administrativa local.
O Parque inserido nessa APA também se encontra em péssimo estado de conservação,
com áreas degradadas e sofrendo pressão antrópica constante, aumentando cada vez mais
os prejuízos ao meio ambiente.
As atividades turísticas desenvolvidas atualmente na APA do Morro do Urubu estão
direcionadas para a visita orientada. A APA do Morro do Urubu vem sofrendo intensos
processos de degradação ambiental necessitando de ações imediatas voltadas para a
revitalização e o manejo sustentável.
Criada pela Lei Estadual No 2795 de 30 de março de 1990, compreende área situada na foz
do rio Vaza-Barris. A “Ilha do Paraíso” atualmente não mais se constitui em ilha, uma vez
que o depósito de sedimentos levou a mesma a juntar-se ao continente, formando vasta
planície de restinga onde predominam espécies singulares de vegetação. A área vem
sofrendo forte pressão antrópica.
269
C. APA do Litoral Sul
Criada pela Lei Estadual Nº 2.825, de julho de 1990, constitui-se como “paisagem
natural” em todo o trecho do Rio Sergipe, que serve de divisa entre os municípios de
Aracaju e Barra dos Coqueiros. Sofre pressão decorrente do desenvolvimento urbano.
O rio é ameaçado pelo lançamento de esgoto sanitário, tanto de Aracaju, quanto de
Barra dos Coqueiros.
270
Brejo Grande, sede do município, é a maior área urbana existente dentro da APA e
abriga cerca de 4.000 habitantes. As vilas e povoados são bem menores. Excluindo
estas localidades, a densidade média no restante da área é provavelmente inferior a
10 hab./km2. Na região, apenas as várzeas inundadas eram bastante cultivadas, até
que a ausência de cheias e a introdução da mecanização levaram ao abandono de
muitas áreas. De maneira geral, o meio ambiente encontra-se em razoável estado de
preservação, notadamente no manguezal, nos brejos e nas várzeas dos rios, e em
extensos trechos de restinga.
O delta do São Francisco contém as mais significativas espécies endêmicas da costa
nordestina e compreende os mais importantes e variados locais de reprodução.
Ao Sul da APA do Litoral Norte encontra-se a Reserva Biológica de Santa Izabel. Ao
norte, em Alagoas, há a APA de Piaçabuçu, que se estende para o norte e se encontra
com a APA Costa dos Corais. A criação da APA do Litoral Norte estabelece um
corredor ecológico indo da costa norte de Sergipe até a costa sul de Pernambuco.
Toda a região sofre riscos ambientais pelo alto grau de pressão humana, que tende a
se elevar rapidamente nos próximos anos. Há todo um conjunto de pressões, incluindo
desde a sobrepesca até a exploração de petróleo e a carcinicultura.
A região apresenta também significativo valor histórico e cultural. A ocupação inicial da
área foi feita pelos colonizadores, no entanto como suas características não se
adequavam à criação de gado ou cultivo de cana-de-açúcar, não surgiram cidades de
vulto significativo.
Quando da introdução do cultivo de arroz, foi criada uma cultura típica, com singular
modo de trabalho, também observado em outras áreas do baixo São Francisco, que
associado ao transporte fluvial e aos métodos de pesca formam um importante nicho
de conhecimento local. A recuperação desta cultura popular, em rápido processo de
esquecimento, é importante e deverá ser considerada como uma das atividades
prioritárias na gestão da APA. Encontram-se ainda na região diversas antigas
construções e engenhos em estado precário de conservação.
A APA compreende ainda o denominado “Pantanal de Pacatuba”: com cerca de 40
Km². Trata-se de um ambiente inusitado, composto por um quadro natural que funde
ambientes de inigualável beleza: dunas, manguezais e lagoas rodeadas de coqueirais
e trechos de mata remanescente. As águas do Rio Poxim contribuem para a formação
deste cenário. A rede de drenagens acomoda na topografia do terreno formando
canais e lagoas que se comunicam. A hidrografia e a vegetação variada, com espécies
frutíferas silvestres como mangabeiras e cajueiros, favorecem que cerca de 100
espécies de aves, segundo observações realizadas, sejam encontradas.
Animais de porte como o jacaré do papo amarelo - ameaçado de extinção - capivaras
e macacos-prego são outros representantes da fauna que vive nestes ambientes. Os
recursos de pesca são abundantes e de qualidade variada: tainhas, bagres, robalos e
baiacus.
7.6.3. Municipais
A. Reserva Ecológica do Crasto
271
B. Parque Ecológico Tramanday
272
ecossistemas estuarinos. A utilização dos mananciais como local de despejos urbanos
domésticos e de efluentes industriais têm comprometido a qualidade das águas,
principalmente nos estuários dos rios Sergipe e Piauí.
A presença de áreas úmidas e de lagos que servem de refúgio para a fauna,
principalmente as aves, é merecedora de atenção especial, visando impedir que
ocupação desordenada contamine os corpos de água. Por outro lado, os cordões
dunares têm sido alvo constante das mineradoras de areia e dos empreendedores
imobiliários, implicando em sucessivas atuações por parte do Ministério Público
Federal e Estadual. Também a flora remanescente, restrita a manchas de Mata
Atlântica e manguezais deve ser preservada para a manutenção das funções
ecológicas.
A concentração populacional e das atividades econômicas e a tendência de
urbanização devem ser equacionadas diante da pouca disponibilidade de terras e das
características ambientais da zona costeira. Ressalta-se que entre os principais
problemas de atenção imediata encontram-se: a regulamentação de uso do solo da
APA do Urubu e revitalização do parque nela inserido; e a proteção, controle e
recuperação da área de lagoas, dunas e manguezais do dispersas por todos os
municípios da área de planejamento.
O ZEE existente já está ultrapassado e, segundo informações da SEMARH, deve ser
reelaborado com urgência.
273
8. CONSOLIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
Neste Capítulo é apresentada a consolidação do Diagnóstico Estratégico como base
referencial para a validação da área turística, para formulação das estratégias de
desenvolvimento turístico e para elaboração do plano de ação de desenvolvimento integrado
do turismo sustentável da área de planejamento. A caracterização, a análise e avaliação dos
pontos críticos concernentes ao cenário atual constituem passos essenciais para que os
investimentos previstos nesta revisão do PDITS se ajustem às necessidades do Polo e
possibilitem o alcance dos objetivos fixados.
Para a elaboração do PDITS do Polo Costa dos Coqueirais, o diagnóstico estratégico
apresenta a situação atual da região em termos do mercado turístico, os produtos
consolidados e potenciais, os gargalos existentes e as possibilidades de sua superação,
definindo seu posicionamento competitivo perante o mercado turístico brasileiro e
internacional.
O Diagnóstico Estratégico foi elaborado a partir de uma ampla pesquisa documental em
busca de dados disponíveis nas diversas mídias e junto a diferentes atores, nas instâncias de
governo federal, estadual e dos municípios envolvidos. O levantamento de subsídios
demandou também atividades de campo, junto aos órgãos governamentais e aos agentes da
sociedade local envolvidos com a gestão e a operacionalização do turismo e do meio
ambiente no Polo Costa dos Coqueirais. Complementando este processo, duas Oficinas
Públicas foram realizadas em Aracaju, a primeira com a participação de gestores/técnicos de
órgãos públicos estaduais e municipais e de representantes do segmento empresarial e de
organizações do terceiro setor no campo do turismo sergipano; a segunda Oficina foi dirigida
para profissionais graduados da área de turismo, docentes e pesquisadores pertencentes às
entidades educacionais de nível superior sediadas na área do Polo.
274
festas de São João – Aracaju, Estância, Indiaroba, Itaporanga D’Ajuda e
Pacatuba;
patrimônio histórico cultural - São Cristóvão e Laranjeiras,
turismo de base comunitária – Santa Luzia do Itanhy.
Produtos do Segmento de Negócios e Eventos
feiras e eventos corporativos e culturais de pequeno e médio porte – Aracaju e
Barra dos Coqueiros (Centro de Convenções e Rede Hoteleira).
reuniões de trabalho / negócios (Organizações, Empresas e Rede Hoteleira).
Estes produtos consolidados são os mais rentáveis, têm maior possibilidade de crescimento
sob o enfoque da sustentabilidade e, portanto, devem ser mantidos, promovidos, ampliados e
alvo de melhorias.
Os segmentos complementares e potenciais identificados no Polo Costa dos Coqueirais são
os relativos:
ao Ecoturismo que, segundo dados disponíveis, já é responsável por 4,4% do fluxo
turístico do Polo;
ao Turismo Rural e
ao Turismo Náutico.
Em relação aos produtos emergentes, que têm maior potencial ou possibilidade de
crescimento na Área Turística destacam-se:
Produtos do Segmento Ecoturismo
APA Litoral Norte;
Projeto Tamar – Pirambu;
Reserva Biológica de Santa Izabel – Pirambu;
Pantanal Nordestino – Pacatuba;
Reserva Ecológica de Castro – Mata Atlântica – Santa Luzia do Itanhy.
Produtos do Segmento Turismo Rural
Engenhos – São Cristóvão, Santa Luzia do Itanhy,
Sitio Ebenezer – Santa Luzia do Itanhy.
Produtos do Segmento Turismo Náutico
Catamarã – Aracaju;
Tototó – Barra dos Coqueiros;
Escuna Gazzela e outras embarcações similares – Santa Luzia do Itanhy,
Estância e Indiaroba;
Rio São Francisco – Brejo Grande;
Rio Piauí – Santa Luzia do Itanhy;
Rio Sergipe – Aracaju;
Navegação por manguezais em barco a vela – Indiaroba.
Esses produtos em estágio potencial requerem concentração de esforços no sentido de
qualificar e expandir as estruturas físicas e de atendimento turístico, a par de ações de
promoção e comercialização, de forma a permitir a prática real do turismo, possibilitando a
diversificação da oferta atual.
O ecoturismo, frente às características naturais da área, já é, mesmo que de forma incipiente,
praticado no Polo, ainda que sua exploração plena e sustentável exija investimentos
significativos. Desta forma, resta priorizar ações que permitam incluir efetivamente os
segmentos de turismo náutico e de turismo rural no portfólio de produtos do Polo.
275
Os segmentos principais, já consolidados, e os segmentos potenciais relativos ao turismo no
Polo Costa dos Coqueirais devem constituir um mix que levem ao fortalecimento da oferta
turística e ao desenvolvimento sustentável da área, em benefício da população residente e
dos turistas que a acessam.
Fortalecimento Institucional
A ausência de um sistema de informações gerenciais que contemple dados e informações
sobre o mercado turístico, o perfil da demanda, os gastos turísticos, as preferências dos
turistas, o produto interno bruto do setor turístico e sobre o impacto econômico do turismo,
dentre outros, constitui um gargalo crítico para a gestão eficaz do turismo. O sistema de
informações turísticas é ferramenta básica para o planejamento e para o processo de tomada
de decisões estratégicas.
Outro ponto crítico que se apresenta no Polo consiste na organização político-institucional e
da atividade turística. Verifica-se:
a desarticulação das instâncias gestoras do turismo,
a incipiência de mecanismos de mobilização e participação comunitária na gestão
territorial,
a insuficiência de quadros de profissionais especializados e capacitados para atuação
no setor,
a ausência de especialistas habilitados para a elaboração e gestão de projetos e para
captação de recursos e
a carência de recursos orçamentários para a promoção da atividade turística.
Constata-se também:
a falta de sensibilização da população local em relação o turismo, sem reconhecê-lo
como atividade econômica importante para o desenvolvimento da região e para a
geração de emprego e renda;
a capacitação dos profissionais para ocupação de postos de trabalho no mercado do
turismo é incipiente para promover a melhoria da qualidade dos serviços turísticos e
para o atendimento adequado ao turista.
Esta posição requer o fortalecimento das relações entre o poder público, iniciativa privada e
sociedade civil.
276
Diversificação do Produto Turístico e Formatação de Produtos Turísticos Integrados
A análise dos atrativos turísticos dos municípios do Polo permitiu identificar a diversidade
natural, cultural e histórica existente na região, possibilitando a formatação de novos
produtos, mas, ao mesmo tempo, permitiu constatar a acomodação da oferta, reduzida a
poucos produtos e roteiros turísticos comercializados pelas agências de turismo e por outros
meios. Esta situação gera a baixa permanência do turista na região, a redução do gasto
turístico e, em razão do pequeno índice de pernoites e, consequentemente, a pequena
demanda por serviços de hospedagem, alimentação, transporte e outros, causando a
estagnação dos destinos turísticos municipais, com exceção de Aracaju.
Outro ponto crítico verificado refere-se à ausência de produtos e roteiros integrados que,
ultrapassando os limites territoriais dos municípios, une-os, aumentando o potencial de
comercialização, favorecido também pela proximidade existente entre eles no Polo.
Marketing
Não há uma imagem/identidade associada ao Polo, o que denota a necessidade de adoção
de estratégias e ações de marketing turístico consolidadas em um Plano elaborado de
acordo com as características do Polo e adequado para atendimento de cenários futuros,
direcionado aos produtos prioritários e mercados-meta identificados.
277
A oferta de serviços de saúde aponta um desequilíbrio no que diz respeito à distribuição dos
estabelecimentos de atendimento à saúde entre os municípios do Polo. A porção central
possui maior oferta de equipamentos de saúde, seguida pelo Litoral Sul. Ao contrário, o
Litoral Norte possui poucas unidades de atendimento, hospitalares ou de outro tipo,
adequadas para suprir as necessidades da comunidade e dos turistas.
Fragilidade Ambiental
O patrimônio natural do Polo é formado por dunas, mangues, restingas, Mata Atlântica, rios,
praias, cachoeiras, reservas e áreas de preservação ambiental. Estas áreas são atrativas
para os turistas e contribuem para o fortalecimento dos segmentos náutico e de ecoturismo.
Neste sentido, a gestão ambiental deve ser tratada de forma cuidadosa, e um dos desafios
consiste em conciliar o crescente interesse empresarial em abrir ou explorar novos atrativos e
a capacidade dos órgãos de fiscalização para orientar e fiscalizar estes estabelecimentos
Outro aspecto da gestão pública que representa um gargalo a ser superado, é a fragilidade
dos órgãos ambientais no tocante à fiscalização em função do limitado quadro de pessoal
técnico e a falta de equipamentos adequados ao seu funcionamento.
278
em detrimento dos demais municípios do Litoral Sul ou Norte, que não contam com
unidades de hospedagem em quantidade e qualidade;
a concentração da oferta turística comercializada em Aracaju, que se restringe a
quatro ou cinco roteiros, alguns deles na própria Capital, bem como acesso a esses
atrativos turísticos com duração de apenas um dia, sem mobilizar a economia local.
Desta forma, o potencial pleno do Polo só será alcançado com investimentos continuados,
planejados com rigor e monitorados quanto aos resultados alcançados. Todos os
componentes de investimento típicos do Prodetur, por exemplo, encaixam-se perfeitamente
nas necessidades do Polo, ou seja, formatação do produto turístico, a adoção de estratégias
eficazes de comercialização, o fortalecimento da gestão, a implantação e melhoria da
infraestrutura básica e dos serviços públicos e as ações socioambientais.
Outra mudança essencial e de grande impacto para que o Polo possa despontar em todo o
seu potencial diz respeito à imagem identidade da área turística. Ainda que o Polo Costa dos
Coqueirais, como também o Polo Velho Chico, tenha sido instituído há quase uma década,
ainda hoje não se percebe os efeitos de um processo de planejamento turístico refletindo na
formatação de produtos e roteiros integrados, que potencializem toda a diversidade de cada
trecho em si – Área Central, Litoral Norte e Litoral Sul, e da totalidade do Polo. O mesmo se
dá na promoção, na divulgação e na comercialização do turismo, quando se percebe
iniciativas que privilegiam a imagem-identidade do estado de Sergipe ou isoladamente este
ou aquele município ou um roteiro ou evento específico. Aracaju já possui sua imagem
consolidada no turismo nacional como segmento de sol e praia e mesmo de negócios e
eventos; o Polo Costa dos Coqueirais ainda não possui uma imagem única e fortalecida.
O posicionamento potencial do Polo aponta também a possibilidade de um salto para o
Ecoturismo, consolidando novos produtos complementares, e também para o turismo náutico,
com a melhoria dos balneários existentes, a qualificação dos atracadouros e a qualificação
dos equipamentos náuticos e o afloramento do turismo rural, com base nos antigos engenhos
e nas propriedades rurais produtivas e exemplos do modo de vida da população local.
Em síntese, o Polo Costa dos Coqueirais, como fruto de investimentos e resultado de um
processo contínuo de desenvolvimento, poderá alcançar as condições necessárias para
competir, com vantagem, com outros destinos turísticos da região nordeste ou de outras
regiões brasileiras. Para tanto deve:
ser reconhecido como produto turístico de qualidade, diversificado, capaz de satisfazer
os segmentos-meta;
dar ênfase à riqueza e diversidade natural e histórico-cultural que o caracteriza;
confirmar Aracaju como porta de entrada do turismo e, ao mesmo tempo, valorizar e
explorar os segmentos potenciais existentes nos demais municípios, promovendo a
integração e afirmando a complementaridade entre os seus principais segmentos
turísticos e respectivos produtos.
279
A análise procedida foi feita pelo cruzamento dessas variáveis, considerando o modelo
expresso no quadro a seguir:
Quadro 38: Análise SWOT
AMBIENTE INTERNO
FORÇAS FRAGILIDADES
CAPITALIZAÇÃO/DESENVOLVIMENTO CRESCIMENTO
OPORTUNIDADES
PRIORIDADE 1 PRIORIDADE 2
MANUTENÇÃO SOBREVIVÊNCIA
PRIORIDADE 3 PRIORIDADE 4
280
espaço geográfico determinado e inclui os equipamentos e serviços necessários para
satisfazer a motivação de viagem e possibilitar o consumo turístico.
Comercialização - contempla as ações destinadas a fortalecer a imagem dos
destinos turísticos e a garantir a eficiência e eficácia dos meios de comercialização
escolhidos.
Fortalecimento Institucional - engloba ações orientadas a fortalecer as instituições
do polo turístico, por meio de mecanismos de gestão e coordenação no âmbito
federal, estadual e local e do setor privado, e de apoio da gestão turística estadual e
municipal.
Infraestrutura e Serviços Básicos - integra investimentos de infraestrutura e serviços
não vinculados diretamente a produtos turísticos, mas necessários para gerar
acessibilidade ao destino e dentro dele e para satisfazer as necessidades básicas do
turista durante a sua estada, quanto a serviços de saneamento, energia,
telecomunicações, saúde, segurança e transporte.
Gestão Socioambiental - engloba a proteção dos recursos naturais e culturais, que
constituem a base da atividade turística, além de prevenir e minimizar os impactos
ambientais e sociais que os diversos investimentos turísticos possam gerar.
A análise a seguir apresentada refere-se a dois momentos complementares, quais sejam, a
Leitura Técnica, baseada na visão dos técnicos envolvidos, a partir dos insumos coletados na
realidade; (ii) a Leitura Comunitária, procedida por atores locais envolvidos, por meio de
Oficina de Trabalho.
No Quadro a seguir é apresentada a síntese da Matriz SWOT elaborada.
Quadro 39: Forças, Fragilidades, Oportunidades e Ameaças – Polo Costa dos Coqueirais
Produto Turístico
Relaciona-se diretamente com a motivação de viajar a um destino turístico. Tem como base os atrativos que
originam o deslocamento do turista a um espaço geográfico determinado e inclui os equipamentos e serviços
necessários para satisfazer a motivação de viagem e possibilitar o consumo turístico.
Forças Fragilidades
Diversidade de atrativos naturais e culturais. Falta de visão integrada e intercomplementar dos
Área territorial pouco extensa e diversificada, produtos turísticos.
propiciando acesso rápido a diferentes atrativos. Falta de planejamento integrado de eventos
Riqueza do artesanato, da gastronomia e das turísticos nos municípios
festas regionais. Concentração de infraestrutura turística e de
Balneabilidade das praias e rios. serviços em Aracaju.
Patrimônio cultural material e imaterial Oferta de roteiros apenas de curta duração.
reconhecido Existência de roteiros já Baixa permanência do turista.
estruturados e comercializados pelas agências. Carência de roteiros turísticos complementares.
Hotéis de rede, formatados para o turismo de Sazonalidade do turismo
negócios de pequeno e médio porte Ausência de equipamentos para eventos de grande
Aracaju como Centro Receptivo principal porte.
estruturado Fragilidade dos Centros de Atendimento ao Turista
Parque industrial do estado capaz de fornecer quanto à infraestrutura, equipamentos, informação
insumos importantes para o setor de turismo. e gestão.
Competitividade de Aracaju potencializada como Descontinuidade dos serviços e produtos
um dos destinos indutores do turismo indicados oferecidos.
pelo MTUR. Perda da identidade e pouco incentivo à produção
e à comercialização do artesanato local
Carência de profissionais qualificados para a
cadeia do turismo
Insuficiência e pouca qualidade dos serviços de
hospedagem e alimentação fora de Aracaju.
Fragilidade da gestão dos atrativos relacionados ao
patrimônio histórico prejudicando sua visitação e
restringindo o acesso dos turistas.
Deficiência da sinalização turística.
281
Produto Turístico
Relaciona-se diretamente com a motivação de viajar a um destino turístico. Tem como base os atrativos que
originam o deslocamento do turista a um espaço geográfico determinado e inclui os equipamentos e serviços
necessários para satisfazer a motivação de viagem e possibilitar o consumo turístico.
Oportunidades Ameaças
Investimento de cadeias hoteleiras em Aracaju. Investimento externo atrai mão de obra externa e
Estabilidade climática favorecendo os não valoriza produção local.
segmentos principais. Concorrência dos estados vizinhos com produtos
Capital estrangeiro investido na economia local mais qualificados e consolidados
a partir da indústria petrolífera. Influência das crises econômicas mundiais
Programas federais de incentivo ao Influência externa modificando a cultura local
desenvolvimento do turismo e da cultura. Fragilidade dos recursos ambientais de uso
Investimentos realizados com recursos do turístico.
Prodetur no Estado e na Região Nordeste.
Valorização externa do ecoturismo e do turismo
histórico-cultural.
Proximidade de outros destinos turísticos
consolidados.
Aumento do fluxo turístico da terceira idade no
país.
Crescimento das oportunidades de realização
de eventos de grande porte no território
nacional.
Comercialização
Contempla as ações destinadas a fortalecer a imagem dos destinos turísticos e a garantir a eficiência e
eficácia dos meios de comercialização escolhidos.
Forças Fragilidades
Custo acessível dos produtos e serviços Falta de integração para comercialização do destino
turísticos se comparado a outras áreas. Polo Costa dos Coqueirais.
Proximidade dos Municípios do Polo Inexistência de diretrizes de marketing específico
facilitando a implantação de roteiros para o Polo.
integrados. Fragilidade da identidade/imagem do Polo
Investimentos realizados na divulgação e Falta de integração entre o empresariado para
promoção do Estado de Sergipe. comercialização dos produtos turísticos.
Comercialização centrada em poucos atrativos
turísticos.
Defasagem entre a imagem real e a imagem
divulgada e comercializada dos atrativos turísticos.
Gasto turístico centrado em Aracaju.
Oportunidades Ameaças
Comercialização do turismo facilitada pela Competição com destinos próximos.
definição, pelo MTur, de Aracaju como Existência de roteiros alternativos em estados
destino indutor do turismo no país. vizinhos.
Atrativos turísticos intercomplementares entre
Sergipe e Estados limítrofes.
Mercado do turismo não esgotado.
Mercado emissor principal próximo à área
turística, potencializando a atratividade do
destino.
282
Infraestrutura e Serviços Básicos
Integra investimentos de infraestrutura e serviços não vinculados diretamente a produtos turísticos, mas
necessários para gerar acessibilidade ao destino e dentro dele e para satisfazer as necessidades básicas
do turista durante a sua estada, quanto a serviços de saneamento, energia, telecomunicações, saúde,
segurança e transporte.
Forças Fragilidades
Aeroporto local com novas linhas por meio Sinalização básica e turística precária.
dos recursos do Prodetur I. Precariedade dos meios de comunicação (telefone e
Capital do Estado localizada no Polo. internet).
Malha viária estadual em boas condições de Concentração de instituições ensino em Aracaju.
circulação (SE 100 Sul). Vias de acesso aos municípios sem pavimentação
Fornecimento de energia elétrica satisfatório. (SE 100 Norte, SE 285, SE 290, SE 476 e SE 444).
Saneamento Básico adequado em Barra dos Precariedade de infraestrutura de apoio (banco,
Coqueiros postos de gasolina, borracharia).
Precariedade ou ausência de atracadouros e de
infraestrutura turística.
Precariedade no atendimento do sistema de
abastecimento de água e esgoto.
Ausência de sistema de tratamento e deposição
adequada dos resíduos sólidos.
Falta de policiamento turístico.
Patrimônio público degradado
Concentração de infraestrutura em Aracaju
Ocupação desordenada
Especulação imobiliária.
Baixa acessibilidade e funcionamento dos
equipamentos turísticos
Oportunidades Ameaças
Programas governamentais de saneamento Poluição do meio ambiente.
ambiental. Infraestrutura aeroportuária e malha aérea pouco
Construção e recuperação de rodovias. diversificada.
Compra de insumos fora do estado.
Fortalecimento Institucional
Engloba ações orientadas a fortalecer as instituições do polo turístico, mecanismos de gestão e
coordenação no âmbito federal, estadual e local e do setor privado, e de apoio da gestão turística estadual
e municipal.
Forças Fragilidades
Proximidade entre os municípios favorecendo Dependência das instâncias estadual e municipais de
a integração e a aplicação de políticas recursos federais e externos para desenvolvimento
públicas. do turismo.
Consolidação do Polo por meio da sua Falta de integração e articulação intermunicipal e do
criação no Prodetur I em 1995. trade.
Existência das Secretarias Municipais de Inexistência de Conselhos Municipais de Turismo.
turismo. Conselho de desenvolvimento do Polo inativo.
Cooperativismo – associações voltadas à Ausência ou precariedade de Instrumentos de Gestão
pesca, catadoras de mangaba e artesanato. municipais e regionais.
Instituição de capacitação empresarial. Inexistência de Planos específicos voltados ao
Setor privado atuante. turismo.
Experiência no turismo de base comunitária Secretarias de turismo sem estrutura para o
em Santa Luzia do Itanhy. planejamento e gestão do turismo local.
Existência de órgãos voltados à capacitação, Dependência de ações e políticas estaduais e
consultoria e universidades. federais.
Presença de grandes empresas no Estado. Ausência de métodos, processos e instrumentos para
a avaliação do potencial turístico e implantação de
novos produtos turísticos.
Ausência da participação da sociedade no
desenvolvimento turístico.
Pouca participação dos municípios na construção do
PDITS.
Falta de compromisso dos municípios para o
283
Fortalecimento Institucional
Engloba ações orientadas a fortalecer as instituições do polo turístico, mecanismos de gestão e
coordenação no âmbito federal, estadual e local e do setor privado, e de apoio da gestão turística estadual
e municipal.
desenvolvimento do turismo.
Falta de união do TRADE.
Instrumentos de gestão ineficientes.
Falta de políticas públicas que assegurem a
continuidade das ações.
Falta de profissionais qualificados para o mercado do
turismo.
Oportunidades Ameaças
Recursos de Programas de Governo Federal e Descontinuidade de políticas públicas nos municípios.
Estadual para investimento em fortalecimento. Dependência de ações e políticas estaduais e
Incentivo de programas federais e estaduais federais.
para gestão integrada do território. Funcionamento do conselho do polo atrelado à
Crescente valor atribuído aos mecanismos de perspectiva de recebimento externo.
participação social e às parcerias público- Não inclusão da população local no movimento de
privadas. desenvolvimento turístico dos municípios por força da
Estabelecimento de Parcerias (Alagoas e atuação de agentes externos de maior poder econômico.
Bahia) e estados vizinhos.
Gestão Ambiental
Engloba a proteção dos recursos naturais e culturais, que constituem a base da atividade turística, além de
prevenir e minimizar os impactos ambientais e sociais que os diversos investimentos turísticos possam
gerar.
Forças Fragilidades
Existência de projetos voltados para a Falta de sensibilização da população e dos turistas
preservação ambiental. referente às questões voltadas à preservação
Existência de Conselho Estadual para a ambiental e turismo sustentável.
Defesa do Meio Ambiente de Sergipe. Falta de priorização por parte dos administradores
Existência de Programas Ambientais para a preservação ambiental.
estratégicos. APA e APP sofrem pressão de atividades
Valorização do meio ambiente. econômicas, inclusive do turismo.
Pouca Mão de obra especializada.
Desmatamento de florestas.
Meio ambiente frágil – Mangues e Restingas.
Falta de valorização das áreas ambientais.
Gestão ambiental somente com documento formal.
Falta de profissionais qualificados para o mercado do
turismo.
Oportunidades Ameaças
Existência de Projetos voltados ao meio Ausência de fiscalização e monitoramento ambiental.
ambiente (Tamar). Deficiência nos instrumentos de gestão ambiental.
Organizações da sociedade civil e do estado Falta de definição e orientação para a utilização
voltados à presença ambiental turística em Áreas de Proteção Ambiental - APA –
Presença de Unidades de Conservação Plano de Manejo.
Federal, Estadual e Municipal. Competitividade gerada pela qualificação de outros
Capital da qualidade de vida. estados.
Aumento do número de moradores.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
284
segmentos em que pretende atuar mais fortemente e que, dirimindo os pontos fracos, será
possível aproveitas as oportunidades oferecidas pelo mercado.
285
Figura 134. Comercialização de Produtos Turísticos – Polo Costa dos Coqueirais, 2012.
286
Considerou-se como satisfatórios os serviços prestados nos municípios que estão na faixa de
71% a 100% de atendimento dos serviços, enquanto o precário está entre 41% a 70% dos
domicílios atendidos. Abaixo de 40% de domicílios atendidos por infraestrutura básica foi
considerado extremamente precário.
O sistema de esgotamento sanitário é o que necessita de maiores investimentos uma vez
que, dos treze municípios que compõem o Polo, dez municípios possuem o atendimento
extremamente precário e dois possuem atendimento precário. Da mesma forma, os serviços
de abastecimento de água e de limpeza urbana têm sido restritos, refletindo negativamente
na oferta de qualidade ambiental e na sustentabilidade da região. O único serviço
considerado satisfatório em todos os municípios foi o atendimento da rede de energia elétrica.
Neste sentido as diretrizes para a formulação das estratégias apontam para a necessidade de
implantação de infraestrutura e de serviços que reflitam na melhoria das condições do destino
para o atendimento ao turista tendo em vista o desenvolvimento do turismo no Polo.
Figura 136. Condições de Acessibilidade e Conectividade – Polo Costa dos Coqueirais, 2012.
287
O sistema de acessibilidade turística tem como pontos centrais, voltados ao desenvolvimento
turístico, a complementação do sistema rodoviário no trecho norte e em povoados do trecho
sul; a estruturação do transporte fluvial uma vez que o mapa aponta a existência de circuitos
fluviais comercializados e potenciais; a presença de circuito ferroviário de interesse turístico
que pode ser estruturado; a estruturação de atracadouros para a oferta de roteiros. Importa
acrescentar que o aeroporto e os terminais rodoviários localizados em Aracaju fortalecem a
acessibilidade no Polo, porém nos outros municípios do Polo há carência destes
equipamentos.
Observa-se também a falta integração, principalmente, entre o sistema rodoviário e fluvial
para a estruturação de produtos, rotas e atividades complementares ao turismo mesmo com a
existência de atrativos turísticos e com a configuração do sistema rodoviário que cria
condições para o estabelecimento de eixos principais de circulação de turistas.
Busca-se, portanto, otimizar as condições de acessibilidade, tanto rodoviária, quanto
hidroviária e aérea e estruturar o sistema de transporte nos municípios para favorecer a
conectividade entre eles.
Figura 137. Aspectos Ambientais – Polo Costa dos Coqueirais
288
3A PARTE: VALIDAÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA
289
290
9. IMPORTÂNCIA DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS
9.1. A Hierarquização dos Atrativos Principais do Polo Costa dos Coqueirais
Como um dos itens a considerar para a validação da seleção da área turística – Polo Costa
dos Coqueirais, a análise da importância dos atrativos turísticos existentes baseou-se na
hierarquização dos principais atrativos consolidados e potenciais.
A metodologia utilizada para a hierarquização, a seguir descrita, foi configurada a partir da
adaptação daquela utilizada pela Organização Mundial do Turismo – OMT - e pelo Centro
Interamericano de Capacitação Turística – CICATUR, e compõe-se de duas etapas
intercomplementares.
Etapa 1 – Avaliação do Potencial de Atratividade
A avaliação do potencial de atratividade de cada elemento considerou a sua
peculiaridade e o interesse que pode despertar nos turistas. O Quadro 40:, a seguir,
estabelece uma ordem quantitativa para esta análise – de 3 (alto potencial de
atratividade) a zero (ausência de méritos suficientes para atrair o turista).
Quadro 40: Critérios para Avaliação do Potencial de Atratividade
Hierarquia Características
12
Ambiente que está em volta do atrativo.
291
turística em um determinado atrativo, seja ela pública ou resultante de investimentos da
iniciativa privada.
As condições de acesso ao atrativo dizem respeito às vias existentes, sua adequação,
suficiência e estado de conservação.
O quadro a seguir apresenta a matriz de hierarquização utilizada, com o cruzamento
entre o potencial de atratividade e os aspectos complementares considerados para
análise da importância dos atrativos turísticos principais do Polo Costa dos Coqueirais,
tendo em vista a validação da seleção da área turística.
Quadro 41: Matriz de hierarquização dos atrativos turísticos
Classificação
Critérios
0 1 2 3
(a) Potencial de Sem méritos
Baixo Médio Alto
atratividade suficientes
Fluxo turístico Média intensidade e
(b) Grau de uso atual Pequeno fluxo Grande fluxo
insignificante fluxo
(d) Estado de
Estado de Estado de
conservação da Bom estado de Ótimo estado de
conservação conservação
paisagem conservação conservação
péssimo. regular
circundante
Existente, mas
Existente, mas
necessitando de Existente e em
(e) Infraestrutura Inexistente em estado
intervenções/ ótimas condições
precário
melhorias
Existente, mas
Em estado necessitando de Em ótimas
(f) Acesso Inexistente
precário intervenções/ condições
melhorias
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
292
Quadro 42: Atrativos Turísticos do Polo Costa dos Coqueirais Considerados para Hierarquização
Atrativos Naturais Atrativos Culturais
Praia de Atalaia - Aracaju Museu da Gente Sergipana
Rio Vaza Barris – Croa do Goré Festejos Juninos
Praia do Saco Patrimônio Arquitetônico
Praia do Abais / Escuna Gazzela Riquezas Folclóricas / Encontro Cultural de Laranjeiras
Mata do Crasto e Navegação pelo rio Piauí – Praça de São Francisco (Patrimônio Cultural da
Turismo Náutico e de Pesca Humanidade)
Foz do Rio São Francisco Praça da Matriz
Povoado Cabeço Conjunto Arquitetônico do Carmo
Povoado Saramén Igreja Nossa Senhora do Amparo
Pantanal Nordestino Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
Ponta dos Mangues Cristo Redentor
Lagoa Redonda Patrimônio Arquitetônico / Bairro Porto D`Areia e Centro
Histórico de Estância
Lagoa do Sangradouro
Festa de São João
Cachoeira Roncador
Sede do Projeto Cultura em Foco
Vale da Lucrécia
Engenho São Felix Engenho / Fazenda Castelo
Reserva Biológica Santa Izabel – REBIO
Da leitura diagnóstica, extrai-se que dos treze municípios que compõem a Área Turística, o
único destino indutor é o município Aracaju. Os demais municípios que compõem a AT
apresentam atrativos turísticos que podem ter atratividade nacional e mesmo internacional,
porém caracterizam-se por não possuírem, ainda, equipamentos turísticos suficientemente
estruturados para o desenvolvimento do turismo e nem fluxo atual considerável.
Tais municípios foram analisados levando-se em conta os seguintes aspectos: atratividade,
uso atual, representatividade, conservação da paisagem circundante, infraestrutura e acesso.
Cada atrativo teve a pontuação somada, obtendo um resultado entre 0 e 24 pontos. Para
efeito de validação da área, consideram-se os municípios que possuem entre 15 a 19 pontos
e aqueles com pontuação acima de 20.
Tomando-se como referência os atrativos do Quadro 42: e transpondo-os para a tabela de
hierarquização, tem-se os resultados apresentados na Tabela 65.
293
Tabela 65. Hierarquização de Atrativos Polo Costa dos Coqueirais – SE
Potencial de Estado de conservação
Tipos de Grau de Representatividade
Atrativo atratividade da paisagem Infraestrutura Acesso Total
Atrativo uso atual (n x 2)
(n x 2) circundante
1. Praia de Atalaia - Aracaju 2x2=4 2 2x2=4 3 3 3 19
2. Rio Vaza Barris; e
1x2=2 2 2x2=4 2 2 2 14
3. Croa do Goré - Aracaju
4. Praia do Saco; e
1x2=2 2 2x2=4 2 2 2 14
5. Praia do Abais - Estância
6. Mata do Crasto - Santa Luzia do Itanhy; e 7.
1x2=2 0 2x2=4 1 1 2 10
Rio Piauí – Litoral Sul
8. Foz do Rio São Francisco – Brejo Grande 3x2=6 2 3x2=6 2 2 2 20
9. Povoado Cabeço e
1x2=2 2 2x2=4 2 2 2 14
10. Povoado Saramén – Brejo Grande
11. Pantanal Nordestino - Pacatuba 2x2=4 2 3x2=6 2 2 2 18
12. Ponta dos Mangues,
13. Lagoa Redonda,
14. Lagoa do Sangradouro,
Atrativos 15. Cachoeira Roncador, 2x2=4 2 2x2=4 2 2 2 16
Naturais
16. Vale da Lucrécia,
17. Reserva Biológica Santa Izabel – REBIO -
Pacatuba
18. Ilha da Sogra 1x2=2 2 1x2=2 2 2 2 12
19. Lagoa dos Tambaquis e APA Sul 1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
20. Mangue do Farnaval 1x2=2 1 0x2=0 2 2 2 9
21. Povoado de Terra Caída; e
1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
22. Povoado Pontal
23. Praia da Caueira; e
1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
24. Ilha Mem de Sá
25. Navegação pelo Rio Sergipe 1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
26. Praias de Atalaia Nova, da Costa e Jatobá 1x2=2 1 1x2=2 1 1 1 8
27. Prainha do Porto Grande 1x2=2 1 1x2=2 0 0 0 5
28. Prainha de São Braz 1x2=2 1 0x2=0 1 1 1 6
294
Potencial de Estado de conservação
Tipos de Grau de Representatividade
Atrativo atratividade da paisagem Infraestrutura Acesso Total
Atrativo uso atual (n x 2)
(n x 2) circundante
29. Patrimônio Arquitetônico - Laranjeiras 2x2=4 2 2x2=4 2 2 2 16
30. Praça de São Francisco;
31. Praça da Matriz;
32. Conjunto Arquitetônico do Carmo;
33. Igreja Nossa Senhora do Amparo; 3x2=6 2 3x2=6 2 2 2 20
34. Igreja Nossa Senhora do Rosário dos
Homens Pretos;
35. Cristo Redentor - São Cristóvão
36. Bairro Porto D`Areia;
2x2=4 1 2x2=4 2 2 2 15
37. Centro Histórico - Estância
38. Engenho São Félix; e
2x2=4 1 2x2=4 2 2 2 15
39. Fazenda Castelo – Santa Luzia do Itanhy
39. Orla Por do Sol 1x2=2 2 1x2=2 2 2 2 12
40. Orla do Bairro Industrial 1x2=2 2 1x2=2 2 2 2 12
Atrativos
Culturais 41. Centro de Convenções de Sergipe 2x2=4 2 2x2=4 2 2 2 16
42. Ponte Construtor João Alves 1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
43. Santuário de Santa Luzia do Itanhy 1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
44. Travessia do Tototó (Aracaju) 1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
45. Passeio de Charrete 0x2=0 1 1x2=2 1 1 1 6
46. Festa de Santa Luzia 0x2=0 1 1x2=2 2 2 2 9
47. Igreja Matriz Nossa Senhora do Perpétuo 1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
Socorro
48. Igreja Matriz de Santo Amaro 1x2=2 1 1 1 1 2 8
49. Capela de Nossa Senhora da Conceição
1x2=2 0 1 1 0 2 6
(Engenho Caieira)
50. Mirante do Cristo 0x2=0 0 1 0x2=0 1 2 4
295
Potencial de Estado de
Grau de Representatividade
Tipos de Atrativo Atrativo atratividade conservação da Infraestrutura Acesso Total
uso atual (n x 2)
(n x 2) paisagem circundante
51. Fazenda Priapu da Feira; e
52. Cachaçaria Reserva do Barão – 2x2=4 1 2x2=4 2 2 2 15
Santa Luzia do Itanhy
Atividades 53. Mercados Públicos Antônio Franco
Econômicas 1x2=2 2 1x2=2 2 2 2 12
e Thales Ferraz
54. Sítio Ebenezer (Santa Luzia) 1x2=2 1 1x2=2 1 2 1 9
55. Engenho Cedro Engenho Antas 1x2=2 1 1x2=2 1 1 1 8
56. Museu da Gente Sergipana -
Realizações 2x2=4 2 2x2=4 3 3 3 19
Aracaju
técnicas,
57. Sede do Programa Cultura em
científicas e 1x2=2 1 2x2=4 2 2 2 13
Foco – Santa Luzia do Itanhy
artísticas.
58. Oceanário de Aracaju 1x2=2 2 1x2=2 2 2 2 12
59. Festa de São João – Diversos
2x2=4 2 2x2=4 2 3 3 18
Municípios
Eventos 60. Encontro Cultural - Laranjeiras 2x2=4 2 3x2=6 2 2 2 18
programados
61. Natal de Luz (Estância) 1x2=2 1 1x2=2 2 2 2 11
62. Festa da Padroeira (Socorro) 1x2=2 1 1x2=2 1 1 2 9
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
296
Por meio da avaliação dos atrativos turísticos efetivos e potenciais existentes no Polo – e de
sua valoração, hierarquização e atributos – é possível concluir que a área apresenta grande
potencialidade turística. De forma geral, a singularidade, a relevância e a diversidade dos
atrativos existentes nos treze municípios que compõem o Polo Costa dos Coqueirais
deverão ser suportadas por investimentos em infraestrutura que alavancarão – mediante
planejamento - o pleno desenvolvimento das atividades turísticas, visando, de maneira
abrangente, os mercados regional, nacional e internacional.
Considerando os principais critérios que balizam a mensuração qualitativa de atrativos,
quais sejam, o grau de interesse que o recurso desperta na demanda, a singularidade do
recurso e sua disponibilidade em tempo, conclui-se que a capital Aracaju - e nela a praia de
Atalaia; a Foz do Rio São Francisco; o Pantanal Nordestino e as cidades históricas
assumem grande relevância. São atrativos que despertam grande interesse nacional, são
singulares e podem ser visitados todos os meses do ano.
O Pantanal Nordestino de Pacatuba, assim como as cidades históricas de São Cristóvão,
Laranjeiras e Estância, em que pese a sua singularidade e atratividade, recebem, na
avaliação, nota inferior aos demais atrativos devido ao fato de ainda não constituírem
produto turístico. Os atrativos vinculados a estes destinos encontram-se ainda pouco
explorados em todas as suas potencialidades.
Os atrativos turísticos pertinentes a Aracaju, como capital e portão de entrada do Estado,
destacam-se dentre os demais atrativos do Polo, em especial a Praia de Atalaia, detentora
de infraestrutura hoteleira e de equipamentos de lazer de implantação recente. Associadas
aos atrativos naturais ligados às praias e aos rios da capital destacam-se as festas juninas,
eventos festivos de repercussão nacional, comemoradas também em diversos outros
municípios do Estado.
A Foz do Rio São Francisco, no município de Brejo Grande, igualmente, apresenta-se
como um dos principais atrativos turísticos do Polo, sendo um destino já comercializado por
operadoras de turismo locais. Diferentemente dos demais atrativos avaliados, a Foz do São
Francisco, por sua exclusividade, coloca-se com um atrativo de escala internacional, capaz
de motivar por si só importantes fluxos internacionais e nacionais.
Ainda pouco explorado, o Pantanal Nordestino, localizado no município de Pacatuba,
conforma, juntamente com a praia de Ponta dos Mangues, as Lagoas Redonda e do
Sangradouro, a Cachoeira Roncador e o Vale da Lucrécia (Pirambu), um importante
conjunto de atrativos ecoturísticos, em que estão presentes equipamentos científicos (sede
do Projeto TAMAR) e biomas preservados. O Pantanal possui 40 km² de área com um
ecossistema que abriga lagoas, manguezais, áreas remanescentes de Mata Atlântica,
dunas, mar e uma fauna rica, composta por lontras, capivaras, jacarés-de-papo-amarelo e
mais de cem espécies de aves.
A despeito das belas paisagens, a região do Pantanal Nordestino não possui infraestrutura
turística alguma. O acesso desde Aracaju é realizado pela SE-100 Norte, rodovia não
pavimentada neste trecho e sinalização precária.
A Praia de Ponta dos Mangues, localizada em Pirambu, a 23 Km da cidade de Pacatuba.
caracteriza-se por ser uma praia deserta e calma. Em algumas épocas do ano as ondas
podem chegar a dois metros de altura, atraindo os surfistas.
As areias de Ponta dos Mangues são também utilizadas pelas tartarugas para a desova.
Neste sentido, o projeto Tamar atua na região com o objetivo de protegê-las. Entretanto,
observa-se ainda o tráfego de veículos nas areias da praia, comprometendo a segurança
dos visitantes e a desova das tartarugas.
Com relação aos atrativos culturais com ênfase em Patrimônio Histórico, o Polo se destaca
com as cidades de São Cristóvão, Laranjeiras e Estância. A cidade de São Cristóvão, quarta
mais antiga do Brasil, localizada a apenas 23 km de Aracaju, abriga um conjunto
297
arquitetônico de grande valor histórico-cultural. Em 1967 o conjunto arquitetônico e
urbanístico do Centro Histórico foi tombado pelo IPHAN e em 2010 a Praça São Francisco
recebeu da UNESCO o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Importa acrescentar
que a riqueza patrimonial também é configurada pelo centro de artesanato, igrejas, museus,
palácios, fazendas e engenhos.
A cidade histórica de Laranjeiras, cuja arquitetura colonial complementa a existente em São
Cristóvão, destaca-se pela existência de importantes atrativos ligados ao patrimônio cultural
imaterial. Tem no Encontro Cultural de Laranjeiras, realizado anualmente no início do mês
de Janeiro e na Micareme seus momentos especiais e festivos.
A complementaridade entre os atrativos do Polo Turístico Costa dos Coqueirais evidencia-se
nos municípios de Aracaju, São Cristóvão, Laranjeiras (Turismo Cultural), os municípios de
Pacatuba e Pirambu (Turismo de Sol e praia e Ecoturismo) e a Foz do Rio Francisco (Brejo
Grande). Com o desenvolvimento de ações conjuntas entre as diferentes categorias de
atrativos, se proporcionará a atração de um maior e diversificado número de visitantes e
com perfis distintos. A complementaridade entre os atrativos sugere a elaboração de roteiros
integrados considerando a similaridade entre eles e os segmentos turísticos potenciais do
Polo, ainda que respeitando a singularidade de cada um deles. Neste sentido, destacam-se
os segmentos turismo de sol e praia, histórico-cultural e ecoturismo. O segmento de
negócios e eventos, centrado em Aracaju, encontra, nos demais segmentos, um
complemento que leva à maior permanência e maior gasto do turista no Polo.
Todos esses fatores contribuem para que os impactos positivos da atividade sejam
maximizados, ampliando os benefícios econômicos do turismo para todos os atores
envolvidos a partir do desenvolvimento do turismo sustentável. Os esforços devem ser
direcionados para a consolidação de uma identidade comum ao Polo Turístico, baseada em
seus aspectos naturais, históricos e culturais.
A integração entre os diversos atores e instâncias envolvidas, o desenvolvimento de
circuitos turísticos e roteiros integrados, bem como a comercialização conjunta de produtos
e atrativos deverão ser dinamizadas pelo Conselho do Polo Costa dos Coqueirais.
Com relação às regiões abrangidas pelo Pantanal Nordestino e pela REBIO – Santa Izabel
destaca-se a importância do ecoturismo como principal segmento econômico, já que outras
atividades, de cunho predatório, ameaçam a integridade da paisagem local.
A hierarquização dos atrativos turísticos existentes no Polo Costa de Coqueirais13 permite
concluir pela importância e significado dos mesmos, ao tempo em que alguns deles
caracterizam a área turística como singular e diferenciada perante as áreas turísticas de
Estados concorrentes. Cabe, entretanto, ressaltar, a necessidade de investimentos diversos,
que deverão compor o Plano de Ação deste PDITS, para que o Polo e o Estado de Sergipe
assumam realmente tal posição.
13
Os atrativos turísticos do polo Costa dos Coqueirais são apresentados no item 4.3.1.
298
áreas turísticas já consolidadas e em crescimento e grande potencial para expansão e
desenvolvimento sustentável.
O Polo Costa dos Coqueirais, por abrigar Aracaju, principal portão de entrada do Estado,
assume também destaque no cenário turístico estadual. Concentra a oferta de atrativos e
equipamentos e, ainda que seja constituído por treze municípios, são curtas as distâncias a
serem percorridas pelos turistas em seu território – no total, o litoral sergipano tem 163 km -
possibilitando o acesso do visitante às mais variadas ofertas, favorecendo a conectividade.
O acesso aéreo ao Polo é realizado pelo Aeroporto de Santa Maria localizado em Aracaju,
que oferece voos diretos para as principais capitais brasileiras. Estão sendo desenvolvidos
pelo Governo do Estado, em parceria com a Infraero, projetos de reforma e ampliação da
pista de pouso do aeroporto de Aracaju, além da construção de um novo pátio e terminal de
passageiros. A celeridade na realização das obras resultantes repercutirá na ampliação do
acesso, em melhoria da qualidade e na segurança dos usuários.
Os terminais rodoviários instalados em Aracaju - Governador José Rollemberg Leite e Luiz
Garcia abrigam linhas de ônibus interestaduais e intermunicipais, abrangendo diversos
estados, próximos e mais distantes, e municípios de Sergipe. Os demais municípios do Polo
não possuem Terminais Rodoviários, ainda que contem com linhas regulares de ônibus que
partem e chegam a Aracaju.
A malha rodoviária de acesso ao Polo é composta por um conjunto de rodovias federais e
estaduais, em grande parte pavimentadas e com boas condições de trafegabilidade. Os
principais portões de entrada são as rodovias federais BR 101 e 235 e a rodovia estadual
SE 100. A SE 100, que é o eixo articulador do turismo litorâneo do Polo Costa dos
Coqueirais, de sul a norte – entre a Bahia e Alagoas, ainda demanda investimentos em
infraestrutura e obras complementares, tais como pavimentação de trechos, (principalmente
no litoral norte) e de vias de ligação com rodovias municipais, implantação de sinalização,
iluminação e construção de pontes. Tais investimentos são de significativa importância, pois
permitirão a continuidade do percurso turístico, induzindo fortemente o deslocamento dos
visitantes por todo o Polo.
A malha hidroviária do Polo é formada por cursos navegáveis de porte significativo,
propícios ao transporte de passageiros e à criação e exploração de roteiros turísticos.
O transporte hidroviário entre os municípios e povoados ribeirinhos se dá, atualmente, por
meio de lanchas, barcos a vela, barcas com motor diesel, catamarãs, balsas, escunas e
tototós, operados por barqueiros autônomos. As necessidades de investimento neste campo
incluem a construção, ampliação e reforma de atracadouros, bem como a ordenação e a
implantação de desenho e normas operacionais que possibilitem a melhoria da qualidade do
transporte hidroviário de passageiros e o aproveitamento de seu potencial como atrativo
turístico, componente de roteiros turísticos integrados na região do Polo Costa dos
Coqueirais.
Para o turista que desembarca na capital estão disponíveis serviços de boa qualidade
relativos à locação de veículos, transporte por vans e taxi. O transporte urbano de
passageiros por ônibus, em Aracaju, é considerado de boa qualidade. Inexistem linhas
regulares de ônibus de turismo na capital. O acesso de turistas aos municípios dos trechos
norte e sul do Polo Costa dos Coqueirais é atendido por agências de turismos sediadas em
Aracaju ou por meio de veículos próprios ou alugados; a qualidade incipiente do transporte
intermunicipal não viabiliza o seu uso turístico.
Quanto às atuais condições de conectividade e acessibilidade existentes no Polo Costa dos
Coqueirais, conclui-se pela necessidade de investimentos significativos para adequação e
melhoria da malha viária e da infraestrutura e operação do transporte hidroviário, rodoviário
intermunicipal e do transporte urbano. Por outro lado, tem-se como pontos positivos, que
viabilizam o Polo como área turística prioritária do Estado, a sua localização estratégica, as
pequenas distâncias entre os municípios e seus atrativos turísticos, viabilizando a conexão
299
necessária e a adoção de roteiros turísticos temáticos e integrados internos ao Costa dos
Coqueirais e conjuntos com o Polo Velho Chico.
O relevo traz vantagens para o desenvolvimento de atividades turísticas na região, uma vez
que as baixas altitudes no litoral possibilitam ventos constantes, proporcionando um
ambiente agradável. Além disso, podem-se citar algumas feições de relevo existentes na
região que, embora apresentem grande fragilidade, representam, por outro lado, grande
potencial para exploração turística: (i) as grutas formadas em substratos calcários no
302
município de Laranjeiras; (ii) o Pantanal Nordestino, com áreas alagadas, dunas,
manguezais, riqueza da fauna e da flora, e (iii) a Reserva Biológica de Santa Izabel.
Serviços básicos
De modo geral, os municípios da Região Metropolitana, que compreende Aracaju, Barra dos
Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro contam com atendimento adequado
no que diz respeito à infraestrutura pública e ao saneamento básico.
O fornecimento de energia elétrica é adequado à demanda atual na área do Polo. Destaca-
se apenas a necessidade de remanejamento da rede aérea e a instalação de fiação
subterrânea nas áreas que abrigam edificações consideradas patrimônio histórico.
A universalização dos serviços de telecomunicação permitiu uma ampla oferta destes em
todo o Estado de Sergipe, com destaque para a telefonia fixa e celular e para o acesso à
internet nas sedes urbanas. Os demais meios de comunicação como correios, televisão,
rádios e jornais possuem maior concentração na Região Metropolitana de Aracaju, ainda
que os outros municípios do Polo sejam contemplados com equipamentos de menor porte,
como postos de correios, estações locais de rádio transmissão, torres de retransmissão de
sinais de televisão, antenas parabólicas e outras. Nos povoados esses equipamentos são
mais escassos e, na maioria das vezes, inexistentes.
As maiores deficiências estão relacionadas ao abastecimento de água, à coleta, tratamento
e disposição de esgoto e ao serviço de limpeza urbana – coleta e disposição final dos
resíduos sólidos. Nos povoados destaca-se maior precariedade quanto ao atendimento
destes serviços.
A segurança pública é também fator de instabilidade no Polo uma vez que o serviço de
policiamento turístico tem a sua atuação restrita apenas à capital. Diante da perspectiva de
expansão e de crescimento do turismo verifica-se a necessidade de aumento do efetivo de
segurança em todos os municípios do Polo.
A oferta de serviços de saúde aponta um desequilíbrio no que diz respeito à distribuição dos
estabelecimentos de atendimento à saúde entre os municípios do Polo. Na porção central
há maior oferta de equipamentos de saúde, seguida pelo Litoral Sul, enquanto que no Litoral
Norte há poucas unidades de atendimento de saúde adequadas para suprir às
necessidades da comunidade e dos turistas.
A partir da análise da área turística sob o ponto de vista das condições físicas e da
infraestrutura e dos serviços básicos pode-se concluir que:
as características físicas da área são grandemente apropriadas para o
desenvolvimento do turismo;
a situação atual da infraestrutura pública e dos serviços básicos aponta para a
necessidade de melhoria nas áreas urbanas e nos povoados, junto aos atrativos
turísticos já explorados e potenciais. Promover o planejamento e a realização de
investimentos continuados na expansão da infraestrutura e dos serviços é condição
necessária para atendimento da demanda futura, proveniente do aumento
populacional e do incremento do turismo, rumo ao desenvolvimento sustentável do
Polo, considerando-se os próximos dez anos.
303
9.5. Quadro Institucional e Aspectos Legais
As condições legais e institucionais relativas ao Polo Costa dos Coqueirais, com destaque
para a gestão do turismo e do meio ambiente, são fatores que influem diretamente no
desenvolvimento turístico da área em estudo, devendo ser consideradas para a sua
validação.
Figura 140. Organização Mundial do Turismo - OMT
Fonte: MTur, Política Nacional do Turismo 2007-2010, adaptado para Sergipe pela Technum Consultoria
304
Polos para efeito do planejamento setorial do turismo, dentre eles o Polo Costa dos
Coqueirais, foram iniciativas que contribuíram para definir e agregar os diferentes atores que
hoje compõem o Arranjo Institucional para a Gestão do turismo sergipano.
O governo do estado de Sergipe conta, de forma geral, com uma estrutura administrativa
bem delineada e fortalecida para a gestão das políticas públicas estaduais, o que tem sido
essencial para a manutenção de parcerias com o governo federal, inclusive para captação
de recursos e realização de investimentos públicos. No caso do turismo, essa parceria vem
carreando investimentos significativos para o Estado, vinculados ao Prodetur/MTur. O
turismo se tornou foco prioritário desde o ano 2000, com a elaboração e a implantação do
Plano Estratégico de Turismo de Sergipe e dos PDITS para o Polo Costa dos Coqueirais e
para o Polo Velho Chico.
306
Figura 141. Principais unidades de conservação existentes no Polo. Fonte: Atlas Digital de Sergipe.
307
respectivos Planos de Manejo. Esses, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio), visam definir os objetivos específicos de manejo de cada zona
da UC, orientando a gestão da UC. Entre as principais funções do Plano de Manejo está a
de estabelecer a diferenciação e intensidade de uso mediante zoneamento, visando a
proteção dos recursos naturais e culturais da UC.
Considerando a fragilidade ambiental da área e a grande porcentagem de área protegida, é
importante que seja pensado um turismo de pequeno porte, que atenda à demanda
existente e ao mesmo tempo respeite a capacidade de uso dos recursos naturais enquanto
produto turístico. Deve-se pensar em um turismo relacionado às características ambientais e
paisagísticas específicas existentes na região, explorando de forma sustentável o que cada
uma tem de melhor a oferecer.
Dado o exposto, registra-se que a possibilidade de implementação de infraestrutura turística
deverá ser estudado em escala detalhada, a partir das estratégias estabelecidas neste
PDITS. A título exemplificação, poderiam ser estudados pontos específicos a serem
desenvolvidos com potencial para um turismo sustentável como os que se encontram no
extremo sul (Figura 142 - Área A), com a facilidade de acesso e grande potencial
paisagístico da densa rede de canais, além do extremo norte da região de estudo (Figura
142 - Área B), com extraordinária beleza cênica proveniente do “Pantanal” e da foz do Rio
São Francisco. Nesses locais, as características ambientais entram em consonância umas
com as outras permitindo que sejam exploradas atividades de turismo com baixo impacto
negativo para o meio ambiente.
Figura 142. Exemplo de áreas com potencial para desenvolvimento de turismo sustentável.
308
A observação das características associadas, como a imagem de satélite, enfatiza as
variáveis ambientais - rede hidrográfica e geomorfologia por meio das áreas alagadas e rede
de drenagem. Na leitura dessas características juntamente com o mapa de solos, que indica
as áreas frágeis para ocupação, o mapa de uso e cobertura da terra, que indica os usos
atuais e possíveis áreas com potencial para mudança de uso, verifica-se que áreas
extremamente sensíveis foram antropizadas e ocupadas.
Nesses casos, aliados ao grande potencial turístico que alguns locais apresentam, deveriam
ser desenvolvidos estudos e negociações para uma ocupação mais apropriada, relacionada
ao turismo sustentável. A Figura 143 (Área A e Área B) ilustra essa exemplificação.
Nos casos exemplificados, são as áreas que atualmente possuem uso agropastoril, nas
quais pode ocorrer a instalação de infraestrutura para o turismo local, próximas às áreas
com potencial de exploração.
Figura 143. Condicionantes ambientais e uso e cobertura da terra na Área A. Imagem de satélite (a),
mapa de solos (b), uso da terra (c).
(a) (b)
(c)
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
309
Figura 144. Condicionantes ambientais e uso e cobertura da terra na Área B. Imagem de satélite (a),
mapa de solos (b), uso da terra (c).
(a) (b)
(c)
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
Como exposto ao longo de todo este documento, o Polo Costa dos Coqueirais é composto
por uma grande diversidade de áreas frágeis de interesse ambiental que poderiam ser
exploradas por meio de um turismo de pequeno porte de forma sustentável. Para que isso
aconteça, é necessário que previamente sejam estabelecidas as normas de uso e ocupação
dessas áreas, por meio da elaboração dos Planos de Manejo das UC que facilitam o
desenvolvimento da região dentro dos paradigmas de proteção do meio ambiente.
310
Como conclusão dos estudos e análises feitas, tem-se a indicação dos segmentos turísticos
– principais e complementares – tidos como foco desta revisão do PDITS do Polo Costa dos
Coqueirais.
Quadro 43: Segmentos Turísticos
Ecológico Náutico
311
312
4A PARTE: ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO
313
314
10. ESTRATÉGIAS
Como premissa básica, esta revisão do PDITS polo dos Coqueirais busca o equilíbrio entre
as atividades turísticas e a proteção do meio ambiente, beneficiando os aspectos
socioeconômicos e histórico-culturais e contribuindo para o desenvolvimento sustentável.
Conforme políticas federais e estaduais busca, por meio do turismo, a melhoria da qualidade
de vida da população local e a geração de emprego e renda.
Na definição das estratégias, o estado assume seu papel de coordenador e orientador do
desenvolvimento geral, entendendo ainda que os municípios deverão dar continuidade às
ações empreendidas para o desenvolvimento local e que parcerias devem ser formadas. A
exemplo da experiência de municípios do litoral sul, é de fundamental importância a
participação dos gestores públicos municipais e da sociedade local no planejamento e na
gestão compartilhada e eficaz do processo de desenvolvimento turístico, pretendido como
contínuo e permanente.
Em relação às diretrizes já estabelecidas para o estado, foram considerados básicos os
seguintes aspectos:
a descentralização das atividades turísticas do Polo Costa dos Coqueirais,
atualmente concentradas em Aracaju:
entendimento de que Aracaju é portão de entrada do Estado e do Polo, mas há
necessidade de desenvolvimento de outras localidades para melhor equilíbrio
regional e aumento da própria competitividade de Aracaju enquanto destino
indutor do turismo;
incentivo para que o turista se desloque mais pelo Polo, não apenas em
visitação aos atrativos, mas com prolongamento de sua permanência e pernoite
em outras localidades;
o apoio ao despertar dos atores locais para o turismo, de forma que esses se
mobilizem e se engajem no ciclo econômico de atividades relacionadas à
cadeia do turismo:
entendimento, pelos atores locais, das potencialidades turísticas e da
necessidade da oferta de produtos e serviços adequados ao perfil do público-
alvo;
melhoria da capacidade dos atores locais para o aproveitamento das
oportunidades advindas do desenvolvimento pretendido;
o fortalecimento do “singular” e das características específicas de cada
localidade:
resgate da cultura e do sentimento sergipano;
reconhecimento da importância dessas características na formação e definição
do turismo do Polo Costa dos Coqueirais, mantendo equipamentos turísticos de
pequeno porte e equilibrados à capacidade de suporte socioambiental;
o ajuste do planejamento turístico a partir de dados sistematizados, que
permitam a tomada de decisão e de correção de rumo a partir de informações
concretas:
estruturação de sistema de informação turística, com centros de gestão e
disseminação de informações gerenciais em pontos estratégicos do território;
Baseados nos trechos assumidos par o planejamento do Polo Costa dos Coqueirais, a visão
desejada para o turismo pode ser sintetizada como:
14
As condições efetivas de ocupação da área estão atreladas ao Plano de Manejo da APA do Litoral Sul, que carece de
elaboração e implementação.
15
O Núcleo de Apoio objetiva: a oferta de serviços de apoio nas áreas urbanas mais estruturadas tais como serviços de saúde,
bancários, comércio mais diversificado, facilidade de acesso à transportes em geral, etc; ou de atividades de natureza
institucional abarcando apoio ao Sistema de Informação para Gestão do Turismo e para o Turismo; Gestão Ambiental,
Educação Ambiental, e Atendimento ao Turista.
16
O Núcleo Receptivo objetiva a oferta de meios de hospedagem na Região com equipamentos de pequeno porte, voltado ao
público meta, e que envolva a população local. Os locais exatos dos Núcleos receptivos, bem como suas capacidades de
carga, dependerão de estudos específicos, previstos neste PDITS.
17
Ecoturismo deve ser baseado em atividades contemplativos (como no caso da REBIO), com pouca interferência (Pantanal
Nordestino), e estruturação dos centros de apoio e receptivo, como propostos neste PDITS e conforme estudos de capacidade
de carga a serem elaborados.
18
Considerando as peculiaridades locais tais como REBIO e APA do Litoral Norte, registrando a necessidade de elaboração do
Plano de Manejo da APA do Litoral Norte para definição dos locais de oferta de equipamentos e serviços de apoia às
atividades turísticas.
19
Ressaltando necessidade de estudos, conforme previsto neste PDITS, tendo em vista fragilidade ambiental.
20
O município de Barra dos Coqueiros tem grande potencial de atrativo, em específico na ponta Sul de sua Orla, em frente à
cidade de Aracaju, porém atualmente condição turística é dificultada pela poluição do rio Sergipe. A proposta é que a área seja
resguardada. Para tanto na Revisão do Plano Diretor Municipal deve ser previsto o Planejamento da sua ocupação da área,
316
Integração de produtos principais e atrativos complementares, com melhoria de suas
condições, em especifico:
Delta do Rio São Francisco e Pirambu – Lagoa Redonda, Lagoa do Sangradouro e outros;
povoados – valorização da riqueza cultural e roteiros náuticos;
terminal turístico em Brejo Grande – melhorias, tendo em vista sua condição de ponto de
partida para a Foz do Rio São Francisco;
transporte fluvial – ordenamento, regulamentação e definição de parâmetros de qualidade
para os serviços ofertados, além da melhoria de atracadouros principalmente em Brejo
Grande e Saramén;
serviços turísticos – melhoria da qualidade, principalmente daqueles ofertados na foz -
atracação, alimentação, características das embarcações, artesanato.
O mapa a seguir ilustra a Estratégia Geral para o Polo dos Coqueirais indicando a
localização dos principais núcleos de desenvolvimento do turismo, voltados aos objetivos
deste PDITS.
Figura 145. Representação Gráfica da Estratégia Geral de Desenvolvimento Turístico do Polo Costa dos
Coqueirais
que pode abrigar empreendimentos relacionados ao Turismo de Negócios e Eventos e ter características bucólicas, resgatando
seu passado e projetos propostos, a exemplo de Paquetá/ RJ.
317
10.1. Objetivos e Estratégias por Componente
As estratégias ao PDITS Polo Costa dos Coqueirais são definidas no contexto de cinco
Componentes, que se traduzem em eixos estratégicos para o desenvolvimento do turismo,
quais sejam:
Componente 1 – Produto Turístico;
Componente 2 – Comercialização
Componente 3 – Fortalecimento Institucional
Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos
Componente 5 – Gestão Socioambiental.
O Quadro 44:, a seguir, apresenta as ações previstas, relacionando-as aos objetivos
específicos do PDITS e às estratégias de desenvolvimento do turismo relativas a cada
Componente do Plano.
Quadro 44: Objetivos e Estratégias do PDITS Polo Costa dos Coqueirais
Objetivos Estratégias
318
Objetivos Estratégias
319
320
5A PARTE: PLANO DE AÇAO: PROCEDIMENTOS, AÇOES E
PROJETOS
321
322
11. PLANO DE AÇÃO
Tendo o planejamento estratégico do turismo como forma de promover mudanças futuras
por meio de ações ordenadas, o PDITS Polo Costa dos Coqueirais baseia-se nos princípios
de sustentabilidade estabelecidos pela OMT – Organização Mundial do Turismo, quais
sejam:
a. Os recursos naturais, históricos, culturais e outros voltados ao turismo são
conservados para que continuem a ser utilizados no futuro, sem deixar de trazer
benefícios para a sociedade atual;
b. O desenvolvimento turístico é planejado e gerenciado de modo a não gerar
problemas ambientais ou socioculturais para a área turística;
c. A qualidade ambiental geral da área turística é mantida e melhorada onde
necessário;
d. O alto nível de satisfação dos turistas é mantido para que os destinos turísticos
conservem seu valor de mercado e sua popularidade; e
e. Os benefícios do turismo são estendidos a toda a sociedade.
Ecológico Náutico
Dadas essas premissas, as ações propostas neste Plano convergem para o objetivo geral
deste PDITS, qual seja:
323
11.1. Visão Geral e Ações Previstas
Tendo por base a conceituação exposta neste PDITS e o processo participativo de sua
elaboração, são propostas ações estratégicas concebidas para o desenvolvimento do
turismo no Polo Costa dos Coqueirais.
Para a composição dessas ações foram consideradas as análises procedidas desde o
diagnóstico, incluindo as entrevistas com as lideranças e os atores chave identificados pela
Setur.
Na definição das ações levou-se em conta a sua importância e contribuição na modificação
do cenário atual em busca do cenário futuro desejado para o Polo, conforme pactuado nas
reuniões e oficinas realizadas no processo de revisão deste PDITS.
Importa acrescentar que o panorama das ações elencadas destina-se ao desenvolvimento
turístico do Polo Costa dos Coqueirais como um todo. As ações estratégicas identificadas
deverão ser complementadas por outras decorrentes da elaboração e execução dos Planos
de Gestão Participativo do Turismo nos municípios. Além dessas, poderão ainda ser
consideradas complementares outras, de caráter local, identificadas e justificadas pelos
gestores municipais desde que integradas às concepções e diretrizes estabelecidas neste
documento.
As ações inerentes ao PDITS Polo Costa dos Coqueirais são definidas no contexto de cinco
Componentes, que se traduzem em eixos estratégicos para o desenvolvimento do turismo,
quais sejam:
Componente 2 – Comercialização;
O Quadro 46: ao 50, a seguir, apresentam as ações previstas, relacionando-as aos objetivos
específicos do PDITS e às estratégias de desenvolvimento do turismo relativas a cada
Componente do Plano.
324
11.2. Objetivos, Estratégias e Ações
Quadro 46: Ações Relativas ao Componente 1 – Produto Turístico
AÇÕES ESTRATÉGIAS
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística Fortalecimento e instalação das
condições necessárias para
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística expansão do segmento do turismo de
negócios e eventos.
Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação
1.3
Empresarial.
Estruturação de roteiros turísticos
Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão integrados e intercomplementares.
1.4
Ambiental.
325
AÇÕES ESTRATÉGIAS
Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município
1.8.1
e Aracaju.
1.8.2 Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.
Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima
1.9
Atendida pelo Programa.
Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e
1.10
Costa Marítima Atendida pelo Programa.
Diversificação e melhoria da
1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.
qualidade da oferta de produtos e
serviços turísticos.
1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.
Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Expansão, fortalecimento e
1.13
Destinos Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais qualificação dos serviços de
atendimento ao turista.
Concepção, Organização e Instalação de Centro de Apoio Institucional de Gestão do Turismo e
1.14
do Meio Ambiente
326
AÇÕES ESTRATÉGIAS
1.15.2 Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio
327
Quadro 47: Ações Relativas ao Componente 2 – Comercialização
Componente 2 - Comercialização
OBJETIVOS
Incrementar a atratividade turística e a competitividade no segmento de negócios e eventos.
Promover a integração, o alinhamento e a intercomplementaridade de roteiros turísticos existentes e potenciais nos segmentos de sol e
praia e do turismo histórico-cultural e nos segmentos complementares de ecoturismo, turismo náutico, de forma a ampliar e diversificar a
oferta turística e o público-alvo;
Aumentar a permanência média do turista no Polo de forma a alavancar / dinamizar a economia local e promover o desenvolvimento
sustentável do turismo sergipano.
AÇÕES ESTRATÉGIAS
328
Quadro 48: Ações Relativas ao Componente 3 – Fortalecimento Institucional
AÇÕES ESTRATÉGIAS
329
AÇÕES ESTRATÉGIAS
base para o planejamento e gestão do
3.9 Sistema de Gerenciamento do Programa
turismo, para formatação de novos
3.10 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
produtos turísticos e para atendimento
ao turista.
Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de
3.11
Empreendimentos Turísticos
3.15 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
330
Quadro 49: Ações Relativas ao Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos
AÇÕES ESTRATÉGIAS
Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD)
4.1
cabeceira 29
Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do Novo
4.2 Priorização de melhorias quanto à
Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju
conectividade e acessibilidade do Polo
4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 com outros estados, no próprio estado
e entre os municípios integrantes do
4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário Polo, incluindo acessos aeroviários,
4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários rodoviários, ferroviários, hidroviários,
vias urbanas e transporte público de
4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água passageiros;
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Expansão e melhoria das condições
4.7 de saneamento ambiental, com ênfase
Intermunicipal de Passageiros
para o sistema de esgotamento
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias sanitário e para o tratamento e
4.8 Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de disposição de resíduos sólidos;
interesse turístico. Promoção e incentivo à melhoria de
4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte instalações e equipamentos turísticos
públicos e privados.
4.10 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476
Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Luzia do Itanhy ao Povoado
4.11
de Crasto
331
Quadro 50: Ações Relativas ao Componente 5 – Gestão Socioambiental
AÇÕES ESTRATÉGIAS
332
AÇÕES ESTRATÉGIAS
333
11.3. Descrição das Ações Previstas
As ações que compõem o PDITS Polo Costa dos Coqueirais, agrupadas por Componente,
estão a seguir descritas. Recuperando as estratégias de desenvolvimento e os objetivos
específicos do Plano, é apresentado o título das ações, uma justificativa geral para sua
inserção no Plano, uma breve descrição do escopo de cada uma delas, o custo estimado
dos investimentos previstos para o Componente, bem como o produto e o resultado
esperados de sua execução.
Quadro 51: Descrição das Ações do Componente 1 – Produto Turístico
COMPONENTE 1: PRODUTO TURÍSTICO
Fortalecimento e instalação das condições necessárias para expansão do segmento
Estratégias do turismo de negócios e eventos.
334
Elaboração de Projetos e Execução da Adequação
1.8 Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de
Aracaju
Polo Consta dos Coqueirais
Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e
1.8.1 - Litoral Sul
Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.
Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das
1.8.2
Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.
Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio
1.9 São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Polo Costa dos Coqueirais
Programa.
Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos
1.10 Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Polo Costa dos Coqueirais
Marítima Atendida pelo Programa.
Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Polo Costa dos Coqueirais -
1.11
Paisagística Litoral Norte. Litoral Norte
Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística Polo Costa dos Coqueirais -
1.12
do Litoral Norte. Litoral Norte
Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização
1.13 de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Polo Costa dos Coqueirais
Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais
Concepção, Organização e Instalação de Centro de
1.14 Apoio Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Estância e Pacatuba
Ambiente
Justificativa A estruturação do Produto Turístico nos municípios que compõem o Polo Costa dos
335
Coqueirais alinha-se à necessidade de promover a diversificação e qualificação da
oferta turística e a integração dos produtos turísticos disponíveis no Polo, conforme
identificado e detalhado em diagnóstico.
É visível o efeito que ineficiente prestação de serviços turísticos associada à
inexistência de roteiros integrados exerce sobre a qualidade do produto turístico nos
municípios do Polo, o que vem provocando uma baixa permanência do turista na
região.
A qualidade dos produtos turísticos está associada à qualificação dos serviços
prestados e ao padrão de qualidade desejado, que deve estar referenciado na
satisfação dos consumidores e nos pressupostos do turismo sustentável, o que implica
estabelecer uma política que estimule a melhoria contínua da qualidade e da segurança
dos serviços prestados, principalmente no que tange à regularização dos
empreendimentos de turismo.
A melhoria da sinalização turística, a modernização de atrativos culturais como museus
e centro de artesanato, associada à qualificação de serviços turísticos deverá atuar de
forma decisiva na melhoria da oferta de produtos direcionados a diversos perfis de
demanda turística. A criação e estruturação de roteiros para o turismo náutico
favorecerá a ascensão de uma nova modalidade que, com a instalação de Centros de
Atendimento ao turista distribuídos em pontos estratégicos do Polo, favorecerá a
integração de roteiros culminando numa maior permanência e consumo por parte dos
turistas na região.
Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju – complementar a
sinalização turística de Aracaju de acordo com o padrão internacional ditado pela OMT,
permitir o deslocamento, facilitando a residentes e turistas o acesso às principais
rodovias da cidade, às vias urbanas de acesso aos atrativos turísticos e outros pontos
estratégicos de Aracaju.
336
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e
Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos, etc.) –
Elaborar estratégia de roteiro histórico cultural para os municípios de São Cristóvão e
Laranjeiras, contemplando diagnóstico, análise de mercado e capacidade de carga dos
principais equipamentos do roteiro. Adequar e modernizar museus contemplando
sinalização interpretativa, equipamentos interativos nas unidades selecionadas.
337
O Núcleo de Apoio objetiva: a oferta de serviços de apoio nas áreas urbanas mais
estruturadas tais como serviços de saúde, bancários, comércio mais diversificado,
facilidade de acesso à transportes em geral, etc; ou de atividades de natureza
institucional abarcando apoio ao Sistema de Informação para Gestão do Turismo e
para o Turismo; Gestão Ambiental, Educação Ambiental, e Atendimento ao Turista.
O Núcleo Receptivo objetiva a oferta de meios de hospedagem na Região com
equipamentos de pequeno porte, voltado ao público meta, e que envolva a população
local. Os locais exatos dos Núcleos receptivos, bem como suas capacidades de carga,
dependerão de estudos específicos, previstos neste PDITS.
Custo
Estimado US$ 43.931,56
338
Sinalização turística efetivamente instalada nas rodovias de acesso e avenidas
principais da cidade de Aracaju. Sinalização de acesso aos atrativos turísticos e outros
pontos estratégicos da cidade.
Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos efetivada
através de placas de sinalização turística nas rodovias federais e estaduais que dão
acesso aos municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais.
Prestadores de serviços, profissionais e empreendedores da cadeia produtiva do
turismo qualificados - relativa à área urbana do município revitalizada e estruturada
para a atividade turística e para a população residente nos dois municípios que
compõem o Polo.
Produção artesanal qualificada de modo a proporcionar aumento do valor agregado
do produtos artesanais e satisfação por parte dos turistas.
Complexo Turístico de Aracaju – SE, Museu do Artesanato e Centro de
Informações Turísticas estruturados e com as condições de conforto demandadas
para atendimento e satisfação do turista e para o lazer da população residente no
município de Aracaju.
Produtos Históricos Culturais e Museus Adequados e Modernizados em condições
de atendimento ao turista e à população local com segurança e conforto, denotando
cuidados com a preservação dos recursos histórico-culturais.
Praias do Litoral Sul de Aracaju delimitadas permitindo o acesso e o
reconhecimento de praias distintas, suas peculiaridades, assim como bares e
restaurantes situados em cada uma delas.
Produtos e
Resultados Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico na Costa Marítima Atendida pelo Programa
delimitados e comercializados por operadoras locais, contando com Orlas e
Atracadouros em pontos estratégicos favorecendo a atividade turística e o lazer da
população residente nos municípios atendidos.
Rota Paisagística Litoral Norte dotada de portais de acesso, mirantes, serviços de
informações, sinalização interpretativa e padronização dos acessos aos
empreendimentos ao longo do trecho.
Roteiros turísticos que contemplem atrativos valorizados e integrados, contando com
a articulação e participação das comunidades locais.
Centro de Apoio Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Ambiente
implantado no município de Pacatuba em condições de prestar informações e atender
ao turista com alto nível de qualidade, além de monitorar ações de proteção em áreas
ambientalmente sensíveis.
Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico – concebido e elaborado.
Centros de Atendimento ao Turista – CAT implantados em número suficiente nos
municípios de Estância, Brejo Grande e povoados Crasto, Terra Caída e Porto do Mato
em condições de prestar informações e atendimento ao turista com alto nível de
qualidade.
Centro de Convenções de Aracaju revitalizado, ampliado e equipado, com condições
de receber turistas e abrigar eventos com conforto e segurança.
Patrimônio Histórico e Cultural de Laranjeiras e de São Cristóvão cuidados,
destacando à sua importância histórica e cultural.
Atracadouro do Rio Vaza Barris revitalizado e reformado.
339
Cristo Redentor de São Cristóvão requalificado.
Bica de São Cristóvão revitalizada e requalificada.
COMPONENTE 2: COMERCIALIZAÇÃO
Consolidação e fortalecimento da imagem-identidade do Polo diante dos segmentos-
meta estabelecidos;
Aumento da visibilidade dos produtos turísticos formatados para o Polo;
Captação de mercados diferenciados e complementares voltados para diferentes
Estratégias
produtos e públicos específicos;
Envolvimento do poder público, da iniciativa privada e do terceiro setor na
comercialização dos destinos turísticos.
340
das Ações para o fortalecimento da identidade do Polo e divulgação dos produtos ofertados, bem
como a determinação do prazo e forma de execução de cada atividade na sequência
apropriada e por ordem de prioridade e a atribuição de responsabilidades por essas
atividades.
Monitoramento do Plano de Marketing – acompanhamento periódico e contínuo do
Plano de Marketing pelo trade turístico com o apoio e incentivo do Estado por meio da
realização de reuniões e apresentação de relatórios mensais visando o monitoramento dos
fatos positivos e negativos e a correção e ajustes, quando necessário.
Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing – revisão, reajuste e
complementação do Plano de Marketing pelo trade turístico com o apoio e incentivo do
Estado, por meio da discussão, realização de reuniões e relatórios mensais para a
correção e ajustes, quando necessários, de forma a garantir a execução adequada do
Plano.
Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos
Coqueirais e o Polo Velho Chico – pressupõe o trabalho conjunto do trade turístico, com
o apoio e incentivo dado Estado, considerando as atividades, atrativos e produtos
turísticos comercializados. As possibilidades existentes devem ser discutidas entre os
atores interessados, analisada a viabilidade de sua operação e o seu potencial de
comercialização. Os roteiros escolhidos serão descritos em documento técnico, bem como
os meios e os instrumentos para a sua comercialização.
Custo
US$ 3.312,05
Estimado
Plano de Marketing executado, monitorado, reajustado e complementado, tendo em vista
a diversificação do mercado consumidor, o aumento da permanência e do gasto médio
diário dos turistas no Polo. Políticas regionais de comercialização definidas e Plano de
Investimentos elaborado, com diretrizes para a sua execução.
Produtos e Roteiros turísticos integrados relativos ao Polo estruturados, divulgados e
Resultados
comercializados.
O conjunto de ações deste componente têm como resultado a dinâmica de
comercialização do Polo definida e operacionalizada, com a efetiva participação dos atores
do mercado do turismo considerando o Plano de Marketing executado.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
Quadro 53: Descrição das Ações do Componente 3 – Fortalecimento Institucional
341
Ações Área de Abrangência
Implantação do Sistema de Informações Turísticas
3.1 (inventariação turística, pesquisas de demanda e Polo Costa dos Coqueirais
oferta, dados socioeconômicos do turismo).
342
Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da
3.16 Polo Costa dos Coqueirais
Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
O diagnóstico da situação atual da gestão do turismo no Polo Costa dos Coqueirais leva
a um conjunto significativo de pontos críticos que abrangem, especificamente, cada
município componente do Polo e, principalmente, a visão integrada da gestão turística
em nível regional. Tais situações-problema conduzem à priorização de investimentos
para a implantação de um modelo integrado, participativo e inovador de gestão setorial
e, ao mesmo tempo, para instalar as condições institucionais necessárias à execução
das ações relativas aos demais componentes do Plano de Desenvolvimento Integrado
do Turismo Sustentável para o Polo. O panorama atual indica ainda a necessidade de
investimentos em fortalecimento direcionados não só para a administração pública
municipal e estadual, mas também para a capacitação de empreendedores, para o
desenvolvimento do empreendedorismo no setor de turismo e para a instalação de
ambiente de gestão integrada e compartilhada entre esses e o poder publico local.
Justificativa Desta forma, os avanços necessários quanto ao modelo de gestão hoje adotado
deverão ser significativos e assumem condição de prioridade. Os recursos provenientes
do Prodetur no âmbito do PDITS e de outras fontes serão a alavanca que permitirá
enfrentar tais desafios no campo institucional.
Por outro lado, a oferta turista carece de descrição e de análise, dada a falta de
inventário turístico atualizado. Informações socioeconômicas voltadas, por exemplo,
para o número de empregos gerados pelo setor, no Estado e nos municípios turísticos
não estão disponíveis.
343
Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos – Contratação de serviços
de consultoria especializada para elaboração de 4 (quatro) Planos de Gestão de
Destinos Turísticos localizados no Polo Costa dos Coqueirais, quais sejam (i) Litoral
Norte (Pirambu, Pacatuba e Brejo Grande); (ii) Aracaju; (iii) Cidades Históricas (São
Cristóvão, Laranjeiras e Barra dos Coqueiros); e (iv) Litoral Sul (Indiaroba, Santa Luzia
do Itanhy e Estância).
Os Planos devem constituir instrumento técnico para a gestão, coordenação e tomada
de decisões relativas à política pública do setor de turismo para a região, de forma
integrada entre o poder público e os demais agentes envolvidos. Deverão servir de
orientação para o desenvolvimento das atividades produtivas atinentes à cadeia do
turismo, em busca da sustentabilidade, e auxiliar na definição dos papéis dos agentes
de desenvolvimento locais. Como instrumento de planejamento da atividade turística,
deverão indicar as ações necessárias para o fortalecimento da gestão dos municípios
envolvidos, respeitadas as características de cada um deles e a partir de uma visão
integrada da região a que se destina cada Plano.
De cada Plano a elaborar constarão um Diagnóstico, um Prognóstico, a indicação de
Diretrizes, Programas e Projetos, um Plano de Ação e Recomendações para a Gestão
do Turismo na área abrangida.
344
desenvolver e implantar métodos, indicadores e instrumentos para a monitoria e para a
avaliação sistemática do processo de desenvolvimento do setor de turismo em Sergipe;
(ii) adequar o marco legal do modelo de gestão do turismo utilizado pelo Estado para o
cumprimento de suas competências específicas no setor; (iii) desenvolver e adotar um
sistema integrado de gestão de pessoas, que inclua a avaliação do seu desempenho e
a capacitação continuada das equipes; (iv) implantar medidas para adequação e
melhoria das instalações e do ambiente de trabalho nos órgãos abrangidos; (v)
pesquisar e adotar conceitos e recursos tecnológicos inovadores para a gestão pública
setorial do turismo.
345
atividade turística para o desenvolvimento do Estado e para a melhoria socioeconômica
e, consequentemente, da qualidade de vida dos cidadãos locais. Tais ações implicam
na disseminação de informações sobre a área turística, sobre a recepção e acolhimento
dos visitantes e turistas, sobre a vocação turística do Polo e do Estado de Sergipe como
um todo.
346
Resultados participativas e integradas entre os governos estadual e locais e os agentes sociais
envolvidos, fundada na prática do planejamento e em inovações tecnológicas, de forma
a promover o desenvolvimento sustentável e a beneficiar turistas e população local.
347
4.10 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476 Polo Costa dos Coqueirais
348
aumentando a capacidade total para 15 aeronaves sendo 8 localizadas neste novo
terminal, túneis de embarque e desembarque e ampliação do estacionamento externo
349
sobre o Riacho Fundo para diminuir a distância da sede municipal de Estância à sua
área litorânea. A construção da ponte facilitará o percurso para os núcleos de receptivos
localizados nos Povoados de Terra Caída em Indiaroba e Porto do Mato em Estância e
para o núcleo de apoio localizado na sede municipal de Estância no desenvolvimento e
incremento da atividade turística do litoral sul.
Custo
US$ 152.295,60
Estimado
350
Quadro 55: Descrição das Ações do Componente 5 – Gestão Ambiental
351
Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Coqueirais
5.7.1
Estado
Realização de Planos de Gestão Integrada dos munícipios
5.7.2
costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento
para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas,
5.7.3
piers, atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em
Parceria com a ADEMA
Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA
5.8
do Litoral Sul
Polo Costa dos
5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo
Coqueirais - Litoral Sul
Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de
5.8.2
Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul
Polo Costa dos
5.9 Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel
Coqueirais - Litoral Norte
Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de
5.10
Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
352
entidades e comunidades receptoras, visando capacitar/habilitar estes setores
sociais para uma atuação efetiva na melhoria da qualidade ambiental e de vida na
região.
353
de diretrizes, ações e normas para fiscalização das atividades estabelecidas na
APA, tendo em vista o controle de seu aproveitamento e garantia de perenização de
seus recursos e atributos naturais;
354
Para o dimensionamento dos custos de cada ação prevista foram utilizados parâmetros de
custos locais, decorrentes de:
Projetos já em elaboração;
Estimativa realizada por órgãos públicos municipais;
Valores médios praticados no mercado local;
Indicadores da construção civil para a região; e
Valores de mercado de equipamentos de características similares aos previstos para
aquisição.
355
Tabela 66. Dimensionamento do Investimento Total – Ações com Recursos do Prodetur e de Outras Fontes
Custo
Componente e Ação Área de Abrangência
R$ 1.000,00 U$ 1.000,00
Componente 1 - Produto Turístico
Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª
1.1 Aracaju 1.057,81 548,09
etapa.
Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e
1.2 3.334,54 1.727,74
Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística Polo Costa dos Coqueirais 343,04 177,74
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística 2.991,50 1.550,00
Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e
1.3 Polo Costa dos Coqueirais 2.500,01 1.295,34
de Programas de Capacitação Empresarial.
Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos
1.4 Polo Costa dos Coqueirais 965,00 500,00
Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda
1.5 Polo Costa dos Coqueirais 482,50 250,00
Turística.
Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE,
1.6 compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Aracaju 569,39 295,02
Informações Turísticas.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e
1.7 Adequação e Modernização de Museus (programação visual, 2.615,15 1.355,00
equipamentos interativos, etc.)
Polo Costa dos Coqueirais
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais 299,15 155,00
Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual,
1.7.2 2.316,00 1.200,00
Equipamentos Interativos.).
Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e
1.8 11.966,00 6.200,00
Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju
Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das
1.8.1 Polo Costa dos Coqueirais - Litoral Sul 386,00 200,00
Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.
Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral
1.8.2 11.580,00 6.000,00
Sul do Município de Aracaju.
Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São
1.9 Polo Costa dos Coqueirais 167,14 86,60
Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Polo Costa dos Coqueirais 5.716,64 2.961,99
356
Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo
Programa.
Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Polo Costa dos Coqueirais - Litoral
1.11 1.158,00 600,00
Litoral Norte. Norte
Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Polo Costa dos Coqueirais - Litoral
1.12 15.440,00 8.000,00
Norte. Norte
Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de
1.13 Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Polo Costa dos Coqueirais 6.835,44 3.541,68
Costa dos Coqueirais
Concepção, Organização e Instalação de Centro de Apoio
1.14 Estância e Pacatuba 577,9 299,43
Institucional de Gestão do Turismo e do Meio Ambiente
1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico 6.995,21 3.624,46
Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Indiaroba - Povoado de Terra Caída,
1.15.1 130,76 67,75
Turístico Estância - Povoado de Porto do Mato,
Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Brejo Grande - Sede Municipal, Brejo
1.15.2 6.537,57 3.387,34
Núcleos Receptivos e de Apoio Grande - Povoado de Saramén.
1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio 326,88 169,37
Aracaju, Brejo Grande, Pacatuba,
Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Indiaroba (Povoado de Terra Caída),
1.16 849,88 440,35
Turista. Estância (Povoado de Porto do Mato),
Brejo Grande (Povoado de Saramén)
Revitalização e Ampliação do Atual Centro de Convenções de
1.17 Aracaju 8.879,99 4.601,03
Aracaju
Apoio à Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de
1.18 Laranjeiras e São Cristóvão 8.500,00 4.404,14
Laranjeiras e de São Cristóvão
1.19 Revitalização e Reforma do Atracadouro do Rio Vaza Barris São Cristóvão 1.187,36 615,21
1.20 Requalificação do Cristo Redentor de São Cristóvão São Cristóvão 1.000,00 518,13
1.21 Revitalização e Requalificação da Bica de São Cristóvão São Cristóvão 3.990,00 2.067,35
Subtotal Componente Produto Turístico 84.787,91 43.931,56
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 4.999,99 2.590,67
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07
Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo
2.4 Polo Costa dos Coqueirais 392,25 203,24
Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
357
Subtotal Componente Comercialização 6.392,26 3.312,05
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação
3.1 turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos Polo Costa dos Coqueirais 1.299,99 673,57
do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos Polo Costa dos Coqueirais 299,81 155,34
3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais Brejo Grande e Pirambu 686,66 355,78
Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e
3.4 Polo Costa dos Coqueirais 115,8 60,00
Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07
Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos
3.6 Estado de Sergipe 1.457,15 755,00
Estaduais Gestores de Turismo
Reforma da Galeria Ana Maria e Aquisição de Equipamentos para
3.7 1.186,95 615,00
Instalação de Nova Sede da SETUR
3.7.1 Reforma da Galeria para Instalação de Nova Sede da SETUR Estado de Sergipe 820,25 425,00
3.7.2 Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede da SETUR 366,7 190,00
3.8 Sistema de Gerenciamento do Programa Polo Costa dos Coqueirais 880,00 455,96
Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy,
Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância,
3.9 Revisão de Planos Diretores Municipais Itaporanga D’Ajuda, Laranjeiras, 2.233,67 1.157,34
Pacatuba, Nossa Senhora do Socorro,
Santo Amaro das Brotas, São Cristóvão.
3.10 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE Polo Costa dos Coqueirais 871,68 451,65
Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e
3.11 Polo Costa dos Coqueirais 108,97 56,46
Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação
3.12 Polo Costa dos Coqueirais 217,92 112,91
Comunitária e do Turista para o Turismo
Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da
Estado de Sergipe e Municípios do Polo
3.13 Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio 185,22 95,97
Costa dos Coqueirais
Ambiente
Elaboração e Implantação de Plano Estadual de Educação
3.14 Estado de Sergipe 217,92 112,91
Financeira e Fiscal
Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e
3.15 Polo Costa dos Coqueirais 163,43 84,68
Gestão do Meio Ambiente
3.16 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Polo Costa dos Coqueirais 174,34 90,33
358
Turismo e Formação de Parcerias
Subtotal Componente Fortalecimento Institucional 10.599,50 5.491,97
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista
4.1 Polo Costa dos Coqueirais 9.185,87 4.759,52
de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29
Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e
4.2 para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Polo Costa dos Coqueirais 3.500,00 1.813,47
Aracaju
4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 Polo Costa dos Coqueirais 5.470,99 2.834,71
Santa Luzia do Itanhy – Povoado de
4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário Crasto 10.293,33 5.333,33
Indiaroba – Povoado de Pontal
Aracaju, Barra dos Coqueiros, Brejo
Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Grande, Estância, Indiaroba, N. Sra. do
4.5 179.999,93 93.264,21
Esgotos Sanitários Socorro, Pacatuba, Pirambu e São
Cristóvão
Indiaroba, Pacatuba e Santa Luzia do
4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água 3.800,00 1.968,91
Itanhy
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do
4.7 Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Polo Costa dos Coqueirais 419,99 217,61
Passageiros e de Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para
Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário
4.8 Polo Costa dos Coqueirais 2.879,98 1.492,22
Urbano e Paisagismo em sedes municipais e povoados de
interesse turístico.
4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte Polo Costa dos Coqueirais 68.000,00 35.233,16
4.10 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476 Polo Costa dos Coqueirais 3.200,00 1.658,03
Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Santa Luzia do Itanhy – Povoado de
4.11 7.180,43 3.720,43
Luzia do Itanhy ao Povoado de Crasto Crasto
Subtotal Componente Infraestrutura e Serviços Básicos 293.930,51 152.295,60
Componente 5 - Gestão Ambiental
Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Brejo Grande, Litoral Norte, Indiaroba -
5.1 1.500,00 777,2
Críticas Sta. Luzia do Itanhy
Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades
5.2 Polo Costa dos Coqueirais 375 194,3
Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
359
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental 44,27 22,94
Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista,
5.2.2 330,71 171,35
Entidades e Comunidades Receptoras
Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso
5.3 Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA 1.395,72 723,17
do litoral Norte) Polo Costa dos Coqueirais - Litoral
5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte Norte 354,25 183,55
Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da APA
5.3.2 1.041,47 539,62
do Litoral Norte
Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual pelo
5.4 Estado de Sergipe 482,50 250,00
Turismo
Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos
5.5 1.070,19 554,5
Sólidos
Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos
5.5.1 Polo Costa dos Coqueirais 572,25 296,5
Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional
5.5.2 497,96 258,01
Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto
valor natural e degradada - Elaboração e Execução de planos de
5.6 Polo Costa dos Coqueirais 1.376,53 713,23
proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas
e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume
Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias
5.7 2.043,89 1.059,01
Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado 510,97 264,75
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros Polo Costa dos Coqueirais 1.124,15 582,46
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o
Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers,
5.7.3 408,77 211,8
atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a
ADEMA
Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral
5.8 874,98 453,36
Sul
5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo Polo Costa dos Coqueirais - Litoral Sul 177,12 91,77
Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura
5.8.2 520,73 269,81
Física para a APA do Litoral Sul
Polo Costa dos Coqueirais - Litoral
5.9 Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel 87,16 45,16
Norte
360
Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas
5.10 3.543,56 1.836,04
Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas 163,43 84,68
Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Polo Costa dos Coqueirais
5.10.2 163,43 84,68
Litorais Norte e Sul
Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas
5.10.3 3.268,78 1.693,67
Ambientais
5.11 Elaboração e Implantação do Plano Estadual de Recursos Hídricos Estado de Sergipe 435,83 225,82
Subtotal Componente Gestão Ambiental 13.185,35 6.831,79
TOTAL COMPONENTES 408.895,53 211.862,97
Auditoria, Encargos Contratuais, Gerenciamento, Supervisão e
6 Estado de Sergipe 5986,088 3.101,60
Reserva de Contingência
TOTAL GERAL 414.881,62 214.964,57
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
361
11.5. Seleção e Priorização das Ações
Neste item encontram-se selecionadas as ações integrantes do PDITS Polo Costa dos
Coqueirais priorizadas para atendimento pelo Prodetur, com execução prevista para os 18
(dezoito) primeiros meses e para o período entre o 19º. ao 42º mês de vigência do PDITS,
num total de 5 (cinco) anos.
Para a priorização das ações foram estabelecidos os seguintes critérios:
Sustentabilidade;
Abrangência – população local e área turística;
Tempo de implantação;
Visibilidade das ações; e
Precedência – interferência.
O processo de priorização contemplou duas etapas distintas. A primeira foi focada na visão
dos atores estratégicos locais, representantes de segmentos da sociedade organizada e do
trade turístico que acompanharam a elaboração deste PDITS. Para tanto foram realizadas
oficinas de trabalho para apresentação dos produtos já consolidados e coleta de
contribuições para complementação e aprimoramento dos conteúdos criados.
A priorização das ações teve continuidade por meio de análise técnica, procedida com a
participação de representantes do Governo Estadual, quando as indicações provenientes da
leitura comunitária foram avaliadas e ajustadas. Tais ajustes visaram:
Garantir a sustentabilidade do Polo por meio de ações direcionadas a questões
críticas que ameaçam a continuidade da atividade turística local em conformidade
com a preservação ambiental e melhoria da qualidade de vida;
Nível de abrangência e impactos positivos de cada ação com relação à população, à
atividade turística e área geográfica em questão;
Rapidez com que as ações possam ser levadas a cabo, sendo que um indicador de
prioridade é a possibilidade de efetivação de determinada ação no mais curto prazo
possível;
Visibilidade e publicidade dos efeitos de determinadas ações, onde o critério de
priorização leva em conta o impacto positivo na imagem do produto conferido pela
execução de uma ação; e
Precedência das ações, considerando o alcance necessário, parcial ou integral, dos
resultados delas previstos para, em seguida, desencadear outro(s) investimentos.
As ações priorizadas para este período são apresentadas a seguir.
362
Tabela 67. Investimentos do Prodetur - Primeiros 18 meses e 5 anos de Implantação do PDITS
Custo
Componente e Ação Área de Abrangência
R$ 1.000,00 U$ 1.000,00
Componente 1 - Produto Turístico
Complementação da Sinalização Turística da Cidade de
1.1 Aracaju 1.057,81 548,09
Aracaju - 4ª etapa.
Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária
1.2 3.334,54 1.727,74
Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística Polo Costa dos Coqueirais 343,04 177,74
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística 2.991,50 1.550,00
Execução do Plano de Capacitação Profissional para o
1.3 Polo Costa dos Coqueirais 2.500,01 1.295,34
Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade
1.4 Polo Costa dos Coqueirais 965,00 500,00
dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda
1.5 Polo Costa dos Coqueirais 482,50 250,00
Turística.
Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE,
1.6 compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro Aracaju 569,39 295,02
de Informações Turísticas.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e
1.7 Adequação e Modernização de Museus (programação visual, 2.615,15 1.355,00
equipamentos interativos, etc.)
Polo Costa dos Coqueirais
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais 299,15 155,00
Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual,
1.7.2 2.316,00 1.200,00
Equipamentos Interativos.).
Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística
1.8 11.966,00 6.200,00
e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju
Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação Polo Costa dos Coqueirais -
1.8.1 386,00 200,00
das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju. Litoral Sul
Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do
1.8.2 11.580,00 6.000,00
Litoral Sul do Município de Aracaju.
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Polo Costa dos Coqueirais 167,14 86,60
363
Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais
1.10 e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida Polo Costa dos Coqueirais 5.716,64 2.961,99
pelo Programa.
Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Polo Costa dos Coqueirais -
1.11 1.158,00 600,00
Paisagística Litoral Norte. Litoral Norte
Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Polo Costa dos Coqueirais -
1.12 15.440,00 8.000,00
Litoral Norte. Litoral Norte
Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de
1.13 Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos Coqueirais 6.835,44 3.541,68
Polo Costa dos Coqueirais
Subtotal Componente Produto Turístico 52.807,62 27.361,46
Componente 2 – Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 4.999,99 2.590,67
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07
Subtotal Componente Comercialização 6.000,00 3.108,81
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
Implantação do Sistema de Informações Turísticas
3.1 (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados Polo Costa dos Coqueirais 1.299,99 673,57
socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos Polo Costa dos Coqueirais 299,81 155,34
3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais Brejo Grande e Pirambu 686,66 355,78
Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e
3.4 Polo Costa dos Coqueirais 115,80 60,00
Incentivos para Fiscalização
Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do
3.5 Polo Costa dos Coqueirais 500,01 259,07
Turismo
Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos
3.6 Estado de Sergipe 1.457,15 755,00
Estaduais Gestores de Turismo
Reforma da Galeria Ana Maria e Aquisição de Equipamentos
3.7 1.186,95 615,00
para Instalação de Nova Sede da SETUR Estado de Sergipe
3.7.1 Reforma da Galeria para Instalação de Nova Sede da SETUR 820,25 425,00
364
Aquisição de Equipamentos para Instalação de Nova Sede da
3.7.2 366,7 190,00
SETUR
3.8 Sistema de Gerenciamento do Programa Polo Costa dos Coqueirais 880,00 455,96
Subtotal Componente Fortalecimento Institucional 6.426,36 3.329,72
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da
4.1 Polo Costa dos Coqueirais 9.185,87 4.759,52
pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29
Projetos Executivos e Complementares para ampliação da
4.2 pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Polo Costa dos Coqueirais 3.500,00 1.813,47
Aeroporto de Aracaju
4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101 Polo Costa dos Coqueirais 5.470,99 2.834,71
Santa Luzia do Itanhy –
Povoado de Crasto
4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário 10.293,33 5.333,33
Indiaroba – Povoado de
Pontal
Subtotal Componente Infraestrutura e Serviços Básicos 28.450,19 14.741,03
Componente 5 - Gestão Ambiental
Brejo Grande, Litoral Norte,
Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas
5.1 Indiaroba - Sta. Luzia do 1.500,00 777,2
Turísticas Críticas
Itanhy
Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades
5.2 375,00 194,30
Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização
5.2.1 Polo Costa dos Coqueirais 44,27 22,94
Ambiental
Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do
5.2.2 330,71 171,35
Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com
5.3 Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de 1.395,72 723,17
manejo da APA do litoral Norte)
Litoral Norte
5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte 354,25 183,55
Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da
5.3.2 1.041,47 539,62
APA do Litoral Norte
Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual pelo
5.4 Estado de Sergipe 482,50 250,00
Turismo
365
Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de
5.5 1.070,19 554,50
Resíduos Sólidos
Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica,
5.5.1 Polo Costa dos Coqueirais 572,25 296,50
Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional
5.5.2 497,96 258,01
Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de
alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de
5.6 planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis Polo Costa dos Coqueirais 1.376,53 713,23
ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio
Betume
Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias
5.7 2.043,89 1.059,01
Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado 510,97 264,75
Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios
5.7.2 Polo Costa dos Coqueirais 1.124,15 582,46
Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o
Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers,
5.7.3 408,77 211,8
atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria com
a ADEMA
Subtotal Componente Gestão Ambiental 8.243,82 4.271,41
TOTAL COMPONENTES 101.927,99 52.812,43
Auditoria, Encargos Contratuais, Gerenciamento, Supervisão e
6 Estado de Sergipe 5986,088 3.101,60
Reserva de Contingência
TOTAL GERAL 107.914,08 55.914,03
Taxa de Cambio: US$ 1,00 = R$ 1,93 Média dos últimos 12 meses em 07.12.2012
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
366
A análise da Tabela 66 – Dimensionamento do Investimento Total, em comparação com a Tabela 67– Investimentos do Prodetur leva à
situação demonstrada na Tabela 68, a seguir.
Tabela 68. Investimentos Totais previstos no PDITS Costa dos Coqueirais de Acordo com a Origem dos Recursos Financeiros Necessários
A seguir encontram-se discriminadas as ações pertinentes ao PDITS que, dentre as ações selecionadas como prioritárias, constituem as
ações elegíveis para realização durante os 18 primeiros meses de financiamento do Prodetur.
367
Tabela 69. Investimentos do Prodetur - Primeiros 18 meses
368
Componente 2 - Comercialização
369
Componente 5 - Gestão Ambiental
Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas
5.1 1.500,00 777,20
Turísticas Críticas
Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades
5.2 44,27 22,94
Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização
5.2.1 44,27 22,94
Ambiental
Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação
5.3 com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano 354,25 183,55
de manejo da APA do litoral Norte)
5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte 354,25 183,55
Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual
5.4 144,75 75,00
pelo Turismo
Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de
alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de
5.6 planos de proteção e recuperação de áreas ambientais 533,39 276,37
frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais
- Rio Betume
Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias
5.7 919,74 476,55
Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado 510,97 264,75
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para
o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers,
5.7.3 408,77 211,8
atracadouros), além de Rodovias e Saneamento, em Parceria
com a ADEMA
Subtotal Componente Gestão Ambiental 3.496,41 1.811,61
Taxa de Cambio: US$ 1,00 = R$ 1,93 Média dos últimos 12 meses em 07.12.2012
370
O Quadro 56:, a seguir, apresenta o cronograma de precedência das ações relativas aos 18 primeiros meses de investimentos com recursos
oriundos do Prodetur. Considera as orientações do Programa, registradas no Termo de Referência relativo à revisão do PDITS Costa dos
Coqueirais, no sentido de que sejam estabelecidas metas para as ações de fortalecimento da gestão municipal para o turismo, que devem ser
cumpridas antes do início das obras de infraestrutura planejadas.
De acordo com este pressuposto a execução, no todo ou em parte, das intervenções previstas para o Componente 3 – Fortalecimento
Institucional precedem às ações programadas para os demais componentes, em especial para o Componente 4 – Infraestrutura e Serviços
Básicos.
Quadro 56: Cronograma de Precedência das Ações Relativas aos 18 Primeiros Meses – Investimentos Prodetur
Ano 1 Ano 2
Meses
Ação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Segue
Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal
3.5 até
do Turismo Ano 5
Segue
até
Implementação do Fortalecimento Institucional dos Ano 3
3.6
Órgãos Estaduais Gestores de Turismo.
371
Ano 1 Ano 2
Meses
Ação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
372
Ano 1 Ano 2
Meses
Ação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Componente 2 - Comercialização
Segue
até
2.1 Execução do Plano de Marketing
Ano 5
Segue
até
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
Ano 5
Segue
Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de até
2.3
Marketing Ano 5
373
Ano 1 Ano 2
Meses
Ação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Segue
Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual
5.4 até
pelo Turismo
Ano 5
Segue
Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de até
5.7
Praias Turísticas Ano 3
374
A precedência das ações de fortalecimento institucional está embasada no cumprimento das metas apontadas no Quadro 57:70, a seguir:
Quadro 57: Ações de Fortalecimento da Gestão Estadual e Municipal do Turismo – Metas de Desempenho para os Primeiros 18 Meses de Implantação do PDITS
Área de
Estratégias Ações Meta
Abrangência
375
11.6. Descrição das Ações a Realizar nos 18 Primeiros Meses com
Recursos do Prodetur
As ações elegíveis para realização durante os dezoito primeiros meses com recursos
do Prodetur encontram-se a seguir caracterizadas, contemplando os seguintes itens:
Objetivo;
Justificativa;
Efeito esperado no desenvolvimento turístico;
Benefícios e beneficiários;
Descrição da ação;
Responsáveis pela execução;
Entidade responsável pela implantação/ operação/ manutenção da obra ou
serviço;
Custo estimado e fonte de financiamento;
Gastos estimados de operação;
Mecanismos previstos de recuperação de custos;
Normas de licenciamento ambiental exigidas por lei;
Indicadores de seguimento e fonte de verificação;
Relação com outras ações quanto ao cronograma;
Nível de avanço: indicação da existência de projetos básicos ou executivos ou
termos de referência; indicação da necessidade de reconhecimento retroativo.
376
11.6.1. Ações Prioritárias – Componente 1 – Produto Turístico
AÇÃO 1.1 Complementação da Sinalização Turística da Cidade de Aracaju - 4ª etapa. PRODUTO TURÍSTICO
Complementar a sinalização turística de Aracaju em pontos turísticos e em logradouros, facilitando o deslocamento da população e
Objetivo
dos turistas.
Necessidade de complementação da sinalização turística da cidade de Aracaju, de modo a tornar possível a orientação e o
Justificativa
direcionamento de turistas e residentes aos atrativos / equipamentos turísticos, bem como a logradouros e avenidas em Aracaju.
Efeito esperado Aumento da satisfação do turista com a melhoria da orientação de acesso aos atrativos turísticos.
Satisfação do turista, gerando o aumento de sua
Benefícios Beneficiários Turistas, trade turístico e população local.
permanência no Polo.
Complementação da sinalização turística de Aracaju de acordo com o padrão internacional ditado pela OMT, permitir o
Descrição deslocamento, facilitando a residentes e turistas o acesso às principais rodovias da cidade, às vias urbanas de acesso aos atrativos
turísticos e outros pontos estratégicos de Aracaju.
Responsáveis pela
Responsáveis pela
SEINFRA Implantação / Manutenção SEINFRA
Execução
/ Operação
Fonte de Custo Custo estimado
BID / Contrapartida US$ 548.090,00 Não se aplica
financiamento estimado operação
Mecanismos de
Arrecadação de impostos municipais.
recuperação de custos
Normas de
licenciamento Não se aplica
ambiental exigidas
Frequência de turistas que usufruem dos
atrativos turísticos locais. Aumento da arrecadação
Indicadores de Fonte de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo
seguimento municipal com maior afluxo de turistas, incremento verificação e Atendimento ao Turista;
dos recursos provenientes da taxa municipal de
turismo.
Relação com outras
ações quanto ao Não se aplica.
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X
377
AÇÃO 1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos PRODUTO TURÍSTICO
Objetivo Elaborar e Implantar placas de sinalização turística nas rodovias federais e estaduais de acesso ao Polo.
Necessidade de projeto de Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa do Polo Costa dos Coqueirais, de modo a otimizar a atual estrutura
Justificativa
de deslocamento aos principais atrativos e roteiros turísticos do Estado, feitos exclusivamente por meio rodoviário
Efeito esperado Aumento da satisfação do turista com a melhoria da orientação de acesso aos atrativos turísticos.
Satisfação do turista, gerando o aumento de sua permanência no Turistas, trade turístico e população
Benefícios Beneficiários
Polo. local.
Elaboração de projeto executivo e implantação de placas de sinalização turística rodoviária nas rodovias federais e estaduais que dão
Descrição
acesso aos municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação /
SEINFRA SEINFRA
pela Execução Manutenção / Operação
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 522.250,00 Não se aplica
financiamento Custo estimado operação
Mecanismos de
recuperação de Arrecadação de impostos municipais.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
Frequência de turistas que
usufruem dos atrativos turísticos locais.
Indicadores de Fonte de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e
seguimento Aumento da arrecadação municipal com maior verificação Atendimento ao Turista;
afluxo de turistas, incremento dos recursos
provenientes da taxa municipal de turismo.
Relação com
outras ações
Não se aplica.
quanto ao
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X
378
Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação
AÇÃO 1.3 PRODUTO TURÍSTICO
Empresarial
Incentivar e promover a capacitação e o aperfeiçoamento profissional para a gestão do turismo no âmbito da administração pública; criar
oportunidades para que os dirigentes e gerentes de empreendimentos turísticos desenvolvam as habilidades negociais e de gestão
Objetivo
necessários ao desempenho eficaz de suas funções na cadeia do turismo; incentivar e promover a capacitação e o aperfeiçoamento
profissional para o mercado de trabalho do setor de turismo.
O quantitativo e a qualificação dos profissionais que atuam no mercado do turismo, bem como a capacitação e o
Justificativa envolvimento dos empreendedores do setor impactam diretamente o grau de satisfação dos turistas quanto à qualidade dos
serviços prestados.
Gestão do Turismo eficaz; empreendimentos turísticos em ascensão; mercado do turismo suprido em suas necessidades quanto a
Efeito esperado
profissionais em todas as funções do setor.
Administração pública municipal,
Benefícios Desenvolvimento do turismo e geração de emprego e renda Beneficiários cadeia produtiva do turismo,
população local e o turista.
Qualificar prestadores de serviços, profissionais e empreendedores da cadeia produtiva do turismo, contribuindo para o aumento da
Descrição
qualidade dos serviços prestados na atividade.
Responsáveis pela Responsáveis pela Implantação /
SETUR SETRAB, EMSETUR, UCP Prodetur/SE
Execução Manutenção / Operação
Fonte de BID /
Custo estimado US$ 582.900,00 Custo estimado operação Não se aplica
financiamento Contrapartida
Mecanismos de
recuperação de Melhoria do desempenho humano na administração municipal, segmento empresarial e mercado de trabalho do turismo.
custos
Normas de
licenciamento Não se aplica
ambiental exigidas
Frequência e tempo de permanência dos turistas;
Indicadores de aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo
Fonte de verificação
seguimento turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa e Atendimento ao Turista;
municipal de turismo.
Relação com outras
ações quanto ao Não se aplica.
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X
379
Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do
AÇÃO 1.6 PRODUTO TURÍSTICO
Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.
Qualificar os espaços no que tange à oferta de equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato voltados para
Objetivo
o turismo.
Necessidade de recuperar equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato, que integra o
Justificativa
complexo de intervenções no centro histórico de Aracaju, ampliando a oferta de atrativos histórico-culturais.
Efeito esperado Qualificação e diversificação dos produtos ofertados no Polo. Aumento da visibilidade dos produtos turísticos no Polo.
Benefícios Promoção e diversificação dos atrativos. Beneficiários Turistas, trade turístico e população local.
Recuperar equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato. Esta ação integra o complexo de intervenções
Descrição
realizadas no centro histórico de Aracaju, com vistas a ampliar a oferta de atrativos históricos e culturais no Polo.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação /
SETUR/ CEHOP SETUR/ CEHOP
pela Execução Manutenção / Operação
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 295.020,00 Custo estimado operação Não se aplica
financiamento
Mecanismos de
recuperação de Aumento do fluxo turístico e geração de emprego e renda.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
Frequência e tempo de permanência dos turistas;
Indicadores de aumento da arrecadação municipal com maior Fonte de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e
seguimento afluxo de turistas, incremento dos recursos verificação Atendimento ao Turista;
provenientes da taxa municipal de turismo.
Relação com
outras ações
Não se aplica.
quanto ao
cronograma
Nível de Projeto Sim X Projeto Sim X Termo Sim Reconhecimento Sim
avanço: Básico Não Executivo Não Referencia Não X retroativo Não X
380
AÇÃO 1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais PRODUTO TURÍSTICO
Estruturação a área do Centro de Turismo (boxes de comercialização de artesanato), Museu do artesanato e Centro de
Objetivo
Informação Turística.
Necessidade de recuperar equipamento turístico, histórico, cultural e de comercialização de artesanato, que integra o complexo de
Justificativa
intervenções no centro histórico de Aracaju, ampliando a oferta de atrativos histórico-culturais.
Efeito esperado Aumento da visibilidade dos produtos turísticos no Polo.
Benefícios Promoção e diversificação dos atrativos. Beneficiários Turistas, trade turístico e população local.
Elaborar estratégia de roteiro histórico cultural para os municípios de São Cristóvão e Laranjeiras, contemplando diagnóstico, análise de
Descrição mercado e capacidade de carga dos principais equipamentos do roteiro. Adequar e modernizar museus contemplando sinalização
interpretativa, equipamentos interativos nas unidades selecionadas.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação /
SETUR/ CEHOP SETUR/ CEHOP
pela Execução Manutenção / Operação
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 155.000,00 Não se aplica
financiamento Custo estimado operação
Mecanismos de
recuperação de Aumento do fluxo turístico e geração de emprego e renda.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
Frequência e tempo de permanência dos
Indicadores de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e
turistas; aumento da arrecadação municipal Fonte de verificação
seguimento Atendimento ao Turista;
com maior afluxo de turistas.
Relação com
outras ações
Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
quanto ao
cronograma
Nível de Projeto Sim X Projeto Sim X Termo Sim Reconhecimento Sim
avanço: Básico Não Executivo Não Referencia Não X retroativo Não X
381
AÇÃO 1.8 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística das Praias do Litoral Sul de Aracaju PRODUTO TURÍSTICO
Objetivo Promover a adequação urbanística das praias do Litoral Sul, diversificando o produto turístico.
382
Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa
AÇÃO 1.10 PRODUTO TURÍSTICO
Marítima Atendida pelo Programa
Objetivo Promover a melhoria da infraestrutura de orlas e atracadouros para diversificar o produto e oferecer turísticos fluviais e náuticos.
Justificativa Inexistência e/ou precariedade de orlas e atracadouros nos principais municípios do Polo com capacidade de desenvolver roteiros náuticos
Efeito esperado Aumento da visibilidade dos produtos turísticos no Polo. Diversificação de roteiros fluviais e náuticos.
A construção das orlas e atracadouros possibilita a consolidação de
Turistas, trade turístico e população
Benefícios atrativos e de roteiros ampliando as condições de atendimento aos Beneficiários
local.
turistas e incrementando a renda da população local.
Melhorar a infraestrutura local de apoio ao turismo possibilitando passeios turísticos pelos rios da região favorecendo o aumento do fluxo
Descrição
turístico.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação /
SETUR/ CEHOP SETUR/ CEHOP
pela Execução Manutenção / Operação
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 611.580,00 Não se aplica
financiamento Custo estimado operação
Mecanismos de
Aumento do número de turistas no Polo. Aumento do interesse em investimentos. Geração de empregos e renda e da arrecadação
recuperação de
municipal.
custos
Normas de
licenciamento
A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
ambiental
exigidas
Frequência e tempo de permanência dos turistas;
Indicadores de Fonte de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e
aumento da arrecadação municipal com maior afluxo
seguimento verificação Atendimento ao Turista;
de turistas.
Relação com
outras ações
Ação precede aos investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
quanto ao
cronograma
Projeto Sim X Projeto Sim X Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não Executivo Não Referencia Não X retroativo Não X
383
AÇÃO 1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte PRODUTO TURÍSTICO
384
11.6.2 Ações Prioritárias – Componente 2 – Comercialização
385
AÇÃO 2.2 Monitoramento do Plano de Marketing COMERCIALIZAÇÃO
386
AÇÃO 2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing COMERCIALIZAÇÃO
Objetivo Realizar a revisão, reajustes e complementações do Plano de Marketing durante sua execução.
Para garantir a eficiência do Plano de Marketing, o resultado da estratégia de promoção e comercialização deve ser revisado, reajustado e
Justificativa
complementado para a aplicação eficaz dos objetivos propostos no plano.
Efeito esperado Plano de Marketing revisado, reajustado e complementado possibilitando o aumento no número de turistas no Polo.
População local, empreendedores do setor do turismo e
Desenvolvimento do Turismo no Polo impulsionado pela sua
Benefícios Beneficiários dos demais setores e turistas, pela divulgação da
divulgação.
imagem do Polo.
Revisão, reajuste e complementação do Plano de Marketing pelo trade turístico com o apoio e incentivo do Estado, por meio da
Descrição discussão, realização de reuniões e relatórios mensais para a correção e ajustes, quando necessários, de forma a garantir a execução
adequada do Plano.
Responsáveis pela Responsáveis pela Implantação /
SETUR SETUR
Execução Manutenção / Operação
Custo estimado
Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 259.070,00 Não se aplica
operação
Mecanismos de
Taxa municipal de turismo, arrecadação de impostos municipais.
recuperação de custos
Normas de
licenciamento Não se aplica
ambiental exigidas
Reconhecimento público da marca do turismo no Polo.
Frequência de turistas que usufruem dos atrativos turísticos
Indicadores de Fonte de Sistema Municipal de Informações para a Gestão do
locais; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo
seguimento verificação Turismo e Atendimento ao Turista.
de turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa
municipal de turismo.
Relação com outras
ações quanto ao Posterior a Execução do Plano de Marketing (ação 2.1)
cronograma
Sim Sim Sim Sim
Projeto Projeto Termo Reconhecimento
Nível de avanço:
Básico Executivo Referencia retroativo
Não X Não X Não X Não X
387
11.6.3. Ações Prioritárias – Componente 3 – Fortalecimento Institucional
388
AÇÃO 3.2 Elaboração de Plano de Gestão dos Destinos Turísticos FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Construir instrumentos de planejamento necessários à gestão, coordenação e tomada de decisões relativas à política pública do setor de turismo,
Objetivo
aplicados à realidade do Polo Costa dos Coqueirais.
As especificidades dos diferentes trechos que compõem o Polo exigem a formulação de Planos de Gestão dos Destinos Turísticos do Litoral Norte, de
Aracaju, das Cidades Históricas e do Litoral Sul, tendo como base o PDITS Costa dos Coqueirais. Os Planos devem constituir instrumento técnico para a
gestão, coordenação e tomada de decisões relativas à política pública do setor de turismo para a região, de forma integrada entre o poder público e os
Justificativa demais agentes envolvidos. Deverão servir de orientação para o desenvolvimento das atividades produtivas atinentes à cadeia do turismo, em busca da
sustentabilidade, e auxiliar na definição dos papéis dos agentes de desenvolvimento locais. Como instrumento de planejamento da atividade turística,
deverão indicar as ações necessárias para o fortalecimento da gestão dos municípios envolvidos, respeitadas as características de cada um deles e a
partir de uma visão integrada da região a que se destina cada Plano.
Efeito esperado Esforços integrados dos diferentes agentes de desenvolvimento do turismo em direção à atividade turística sustentável no Polo Costa dos Coqueirais.
Desenvolvimento do turismo no Polo orientado para
População local, empreendedores do setor
diretrizes, estratégias e ações fruto de planejamento
Benefícios Beneficiários do turismo e dos demais setores, segmento
participativo, envolvendo atores do poder público, do
governamental e turistas
segmento empresarial e da sociedade como um todo.
Contratação de serviços de consultoria especializada para elaboração de 4 (quatro) Planos de Gestão de Destinos Turísticos localizados no Polo Costa
dos Coqueirais, quais sejam (i) Litoral Norte (Pirambu, Pacatuba e Brejo Grande); (ii) Aracaju; (iii) Cidades Históricas (São Cristóvão, Laranjeiras e Barra
Descrição dos Coqueiros); e (iv) Litoral Sul (Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy e Estância).
De cada Plano a elaborar constarão um Diagnóstico, um Prognóstico, a indicação de Diretrizes, Programas e Projetos, um Plano de Ação e
Recomendações para a Gestão do Turismo na área abrangida.
Responsáveis pela Responsáveis pela Implantação / Manutenção /
SETUR/SE Não se aplica.
Execução Operação
Fonte de Custo estimado
Fonte Externa - BID Custo estimado US$ 121.010,00 Não se aplica
financiamento operação
Recuperação de
Aumento do fluxo de turistas e de sua permanência no Estado de Sergipe, gerando dividendos e promovendo o desenvolvimento.
Custos
Normas de
licenciamento Não se aplica
ambiental exigidas
Frequência e tempo de permanência dos turistas;
Indicadores de
aumento da arrecadação municipal com maior afluxo Fonte de verificação Sistema de Informações Turísticas
seguimento
de turistas.
Relação com outras
ações quanto ao Ação deve preceder os investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Sim X Reconhecimento Sim
Nível de avanço: Termo Referencia
Básico Não X Executivo Não X Não retroativo Não X
389
AÇÃO 3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Embasar e definir ações de fortalecimento da gestão municipal do turismo, tendo em vista a instalação das condições necessárias para que o poder público
Objetivo
municipal, em parceria com os agentes sociais locais, possam assumir suas funções setoriais.
Os municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais via de regra não apresentam as condições institucionais necessárias para o efetivo exercício da
Justificativa gestão do turismo municipal, em parceria com o trade turístico e a sociedade local. O desenvolvimento do turismo sergipano, hoje já constatado, tendendo ao
crescimento acelerado nos próximos dez anos, exige que os municípios assumam postura proativa e integrada, e exerçam efetivamente o seu papel.
Realidade da gestão municipal em cada um dos municípios do Polo Costa dos Coqueirais descrita e analisada; ações de fortalecimento concebidas e
Efeito esperado
detalhadas para implantação imediata.
Municípios do Polo Costa dos Coqueirais munidos da base
necessária para início de um processo continuado de Poder público municipal e agentes locais envolvidos na
Benefícios Beneficiários
fortalecimento, tendo em vista a gestão integrada do turismo gestão do turismo.
sustentável.
Para cada município componente do Polo Costa dos Coqueirais será elaborado um diagnóstico visando identificar a capacidade do município para exercer as
Descrição
suas funções e papéis no que tange à gestão do turismo, a partir do qual será gerado um Plano de Ação de Fortalecimento da Gestão Municipal.
Responsáveis SETUR/SE, em parceria com os municípios Responsáveis pela Implantação /
SETUR/SE, em parceria com os municípios do Polo Costa dos Coqueirais
pela Execução do Polo Costa dos Coqueirais Manutenção / Operação
Fonte de
Fonte Externa - BID Custo estimado US$ 60.000,00 Não se aplica
financiamento Custo estimado operação
Mecanismos de
recuperação de Aumento do fluxo de turistas; aumento da arrecadação municipal.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
Indicadores de Diagnóstico e Plano de Ação de
Fonte de verificação Relatórios Técnicos produzidos
seguimento Fortalecimento Municipal concluídos.
Relação com
outras ações
Ação deve preceder os investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
quanto ao
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim x Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não x Executivo Não x Referencia Não retroativo Não x
390
AÇÃO 3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Instalação ou a ampliação das condições necessárias para o exercício do planejamento, promoção, controle e avaliação de resultados alcançados a partir do
Objetivo
desenvolvimento do turismo municipal, de forma integrada com os demais municípios turísticos da região.
Os municípios integrantes do Polo Costa dos Coqueirais via de regra não apresentam as condições institucionais necessárias para o efetivo exercício da
Justificativa gestão do turismo municipal, em parceria com o trade turístico e a sociedade local. O desenvolvimento do turismo sergipano, hoje já constatado, tendendo ao
crescimento acelerado nos próximos dez anos, exige que os municípios assumam postura proativa e integrada, e exerçam efetivamente o seu papel.
Gestão Municipal do Turismo exercida pelos municípios integrantes do Polo com competência, a partir de condições materiais, tecnológicas e humanas
Efeito esperado
adequadas.
Municípios do Polo Costa dos Coqueirais vivenciando um processo
Poder público municipal e agentes locais envolvidos na
Benefícios continuado de fortalecimento, tendo em vista a gestão integrada do Beneficiários
gestão do turismo.
turismo sustentável.
Trata-se de executar, no âmbito de cada município, o Plano de Ação de Fortalecimento da Gestão Municipal antes elaborado, tendo em vista a instalação O
Descrição fortalecimento da gestão municipal deverá resultar na melhoria dos serviços turísticos e de atendimento ao turista e no estabelecimento de parcerias entre o
setor público e a iniciativa privada visando o aumento da competitividade no mercado turístico e a promoção do turismo.
391
AÇÃO 3.6 Implementação do Fortalecimento Institucional dos Órgãos Estaduais Gestores de Turismo FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Possibilitar a instalação das condições necessárias para que os Órgãos Estaduais Gestores do Turismo possam exercer efetivamente as suas competências e
Objetivo
funções.
Aos órgãos estaduais de gestão do turismo em Sergipe cabe um esforço permanente para melhoria das condições necessárias para a sua atuação, com
Justificativa
competência, em continuidade a investimentos já realizados na última década nesse sentido.
Gestão do Turismo exercida com competência pelos órgãos públicos estaduais para tanto designados, a partir de condições materiais, tecnológicas e
Efeito esperado
humanas adequadas.
Órgãos Estaduais de Gestão do Turismo vivenciando um processo
Poder público estadual e demais agentes envolvidos
Benefícios continuado de fortalecimento, tendo em vista a gestão integrada do Beneficiários
na gestão do turismo.
turismo sergipano.
Os investimentos serão direcionados para a SETUR – Secretaria de Estado do Turismo e para a Unidade de Coordenação do Prodetur/SE que dela faz parte,
para a EMSETUR – Empresa Sergipana de Turismo. As ações pertinentes buscarão (i) desenvolver e implantar métodos, indicadores e instrumentos para a
monitoria e para a avaliação sistemática do processo de desenvolvimento do setor de turismo em Sergipe; (ii) adequar o marco legal do modelo de gestão do
Descrição turismo utilizado pelo Estado para o cumprimento de suas competências específicas no setor; (iii) desenvolver e adotar um sistema integrado de gestão de
pessoas, que inclua a avaliação do seu desempenho e a capacitação continuada das equipes; (iv) implantar medidas para adequação e melhoria das
instalações e do ambiente de trabalho nos órgãos abrangidos; (v) pesquisar e adotar conceitos e recursos tecnológicos inovadores para a gestão pública
setorial do turismo.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação /
SETUR/SE SETUR/SE
pela Execução Manutenção / Operação
Fonte de
Fonte externa: BID Custo estimado US$ 280.000,00 Não se aplica
financiamento Custo estimado operação
Mecanismos de
recuperação de Aumento do fluxo de turistas; aumento da arrecadação municipal.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
Indicadores de Ações de Fortalecimento da Gestão
Fonte de verificação Relatórios técnicos emitidos
seguimento Estadual do Turismo planejadas e implantadas
Relação com
outras ações
Ação deve preceder os investimentos que preveem obra, visando o alcance das metas de Fortalecimento da Gestão fixadas.
quanto ao
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não x Executivo Não x Referencia Não x retroativo Não x
392
11.6.4. Ações Prioritárias – Componente 4 – Infraestrutura e Serviços Básicos
Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS
AÇÃO 4.1
(PPD) cabeceira 29 BÁSICOS
Objetivo Realizar obra para o desmonte do Morro de Piçarreira para ampliação do Aeroporto Santa Maria.
Justificativa O aeroporto de Santa Maria possui curto cumprimento da pista de pouso e decolagem, limitando o número e porte de aeronaves.
Efeito esperado Aumento do número de voos no Aeroporto.
População local, empreendedores do setor do turismo e
Benefícios Desenvolvimento do turismo e geração de emprego e renda Beneficiários dos demais setores e turistas, pela divulgação da
imagem do Polo.
Execução de obras civis, conforme projeto executivo existente, para a ampliação da pista de aterrisagem do Aeroporto Santa Maria,
aumentando a capacidade de pouso e decolagem de um maior número de aeronaves em Aracaju. Os serviços para a execução da obra
Descrição referem-se a instalação do canteiro de obras, demolição e remoção do reservatório de água da DESO que se encontra na área, serviço de
terraplenagem, drenagem pluvial da plataforma do morro e da área de bota-fora e o revestimento vegetal para a proteção das áreas de
corte, aterro e encostas.
Responsáveis pela
Responsáveis pela
CEHOP/ INFRAERO/ DESO Implantação / Manutenção / CEHOP/ INFRAERO
Execução
Operação
Custo estimado
Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 4.759.520,00 Não se aplica
operação
Mecanismos de
Arrecadação de impostos municipais.
recuperação de custos
Normas de
licenciamento A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
ambiental exigidas
Frequência e quantidade de turistas que chegam em
Indicadores de Aracaju; aumento da arrecadação municipal com maior afluxo de Fonte de Sistema de Informações para a Gestão do
seguimento turistas, incremento dos recursos provenientes da taxa municipal de verificação Turismo e Atendimento ao Turista;
turismo.
Relação com outras
ações quanto ao Não se aplica.
cronograma
Projeto Sim X Projeto Sim X Termo Sim Reconhecimento Sim X
Nível de avanço:
Básico Não Executivo Não Referencia Não X retroativo Não
393
Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS
AÇÃO 4.2
Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju BÁSICOS
Objetivo Realizar obra para a ampliação do terminal de passageiros no Aeroporto Santa Maria.
O terminal de passageiros do aeroporto de Santa Maria possui pouca oferta de serviços e de conforto para os turistas, bem como
Justificativa
ausência de adaptação para pessoas com restrição de mobilidade.
Efeito esperado Aumento do número de voos no Aeroporto.
População local, empreendedores do setor do turismo e
Benefícios Desenvolvimento do turismo e geração de emprego e renda Beneficiários dos demais setores e turistas, pela divulgação da
imagem do Polo.
Execução de obras civis, conforme projeto executivo existente, para a ampliação da pista de aterrisagem do Aeroporto Santa Maria,
aumentando a capacidade de pouso e decolagem de um maior número de aeronaves em Aracaju. Os serviços para a execução da obra
Descrição referem-se a instalação do canteiro de obras, demolição e remoção do reservatório de água da DESO que se encontra na área, serviço de
terraplenagem, drenagem pluvial da plataforma do morro e da área de bota-fora e o revestimento vegetal para a proteção das áreas de
corte, aterro e encostas.
Responsáveis pela
Responsáveis pela
CEHOP/ INFRAERO Implantação / Manutenção / CEHOP/ INFRAERO
Execução
Operação
Custo estimado
Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 1.813.470,00 Não se aplica
operação
Mecanismos de
Arrecadação de impostos municipais.
recuperação de custos
Normas de
licenciamento A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
ambiental exigidas
Frequência e quantidade de turistas que
chegam em Aracaju; aumento da arrecadação
Indicadores de Fonte de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e
seguimento municipal com maior afluxo de turistas, incremento verificação Atendimento ao Turista;
dos recursos provenientes da taxa municipal de
turismo.
Relação com outras
ações quanto ao Não se aplica.
cronograma
Projeto Sim X Projeto Sim X Termo Sim Reconhecimento Sim X
Nível de avanço:
Básico Não Executivo Não Referencia Não X retroativo Não
394
INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS
AÇÃO 4.3 Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101
BÁSICOS
Objetivo Realizar a ampliação e duplicação do Trecho Aracaju-Estância, BR 101.
O Trecho Aracaju-Estância na BR 101 necessita de ampliação e duplicação para garantir maior fluidez no fluxo de visitantes, turistas e da
Justificativa
população local devido ao desenvolvimento do turismo no Estado de Sergipe.
Efeito esperado Aumento do fluxo de visitantes, turistas e da população local.
População local, empreendedores do setor do turismo e
Benefícios Desenvolvimento do turismo Beneficiáriosdos demais setores e turistas, pela divulgação da
imagem do Polo.
Ampliação e duplicação da BR 101 por meio da pavimentação em leito natural e de acostamento no trecho Aracaju-Estância, num total de
Descrição 67 km de extensão, garantindo maior fluidez e segurança no fluxo de veículos. Inclui a contratação de serviços de terraplanagem,
drenagem superficial, pavimentação, sinalização e de estudos de impacto ambiental.
Responsáveis pela
Responsáveis pela
CEHOP/ SEINFRA Implantação / Manutenção / CEHOP/ SEINFRA
Execução
Operação
Custo estimado
Fonte de financiamento MTur / Prodetur Nacional Custo estimado U$ 2.834.710,00 Não se aplica
operação
Mecanismos de
Arrecadação de impostos municipais.
recuperação de custos
Normas de
licenciamento A cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
ambiental exigidas
Frequência e quantidade de
Indicadores de turistas que chegam em Aracaju; aumento Fonte de Sistema de Informações para a Gestão do Turismo e Atendimento ao
seguimento da arrecadação municipal com maior verificação Turista;
afluxo de turistas.
Relação com outras
ações quanto ao Não se aplica.
cronograma
Projeto Sim X Projeto Sim X Termo Sim Reconhecimento Sim X
Nível de avanço:
Básico Não Executivo Não Referencia Não X retroativo Não
395
11.6.5. Ações Prioritárias – Componente 5 – Gestão Socioambiental
AÇÃO 5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
Identificar a capacidade de suporte do meio ambiente frente aos impactos de empreendimentos turísticos por meio do afluxo de turistas aos
Objetivo
atrativos do Polo.
Necessidade de definição de parâmetros para determinados atrativos turísticos com o objetivo de minimizar os impactos negativos dessas
Justificativa
atividades no meio ambiente
Efeito esperado Perpetuação do produto turístico; Preservação do meio ambiente.
Aumento da atividade turística sustentável; População local, empreendedores do setor do turismo e
Benefícios Beneficiários
Preservação do meio-ambiente. dos demais setores e turistas.
Elaboração de estudos de capacidade de carga para os municípios de Brejo Grande, Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy e para o Litoral
Norte do Polo Costa dos Coqueirais. Os estudos envolvem a elaboração de diagnóstico das áreas ambientalmente frágeis e dos atrativos
Descrição
turísticos atuais e potenciais, bem como o dimensionamento do fluxo de pessoas para cada atrativo e a indicação da forma de fiscalização e
controle para a garantia do uso racional do potencial turístico.
Responsáveis pela
Responsáveis
SETUR Implantação / SETUR
pela Execução
Manutenção / Operação
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 777.200,00 Custo estimado operação Não se aplica
financiamento
Mecanismos de
recuperação de Geração e desenvolvimento econômico por meio do turismo.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
Aumento do número de turistas, verificados por
Indicadores de Crescimento dos investimentos; Preservação da
Fonte de verificação meio das estatísticas setoriais e de relatórios
seguimento fauna, flora e recursos hídricos;
gerenciais e técnicos emitidos pelo poder público.
Relação com
outras ações
Não se aplica
quanto ao
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X
396
Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades
AÇÃO 5.2 GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
Receptoras - Diagnóstico e Plano de Ação.
Mobilizar turistas, entidades públicas e a população local, em todos os seus segmentos, a respeito da importância da preservação ambiental
Objetivo
para a manutenção da qualidade de vida e para o desenvolvimento do turismo no Polo.
Justificativa A conscientização ambiental dos usuários dos recursos naturais minimiza os impactos negativos no meio ambiente
Efeito esperado Capacitação e envolvimento de turistas, entidades públicas e população na preservação da fauna, flora e recursos hídricos.
Preservação do meio-ambiente; Melhoria da qualidade de
População local, empreendedores do setor do
Benefícios vida; Instalação de condições favoráveis ao desenvolvimento Beneficiários
turismo e dos demais setores e turistas.
turístico.
Elaboração do diagnóstico e do plano de ação identificando o público alvo e os instrumentos e estratégias para a promoção da educação
Descrição ambiental; Implementação das ações de sensibilização do turista, entidades e comunidades receptoras, visando capacitar/habilitar estes
setores sociais para uma atuação efetiva na melhoria da qualidade ambiental e de vida na região.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação
SEMARH SEMARH
pela Execução / Manutenção / Operação
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 229.400,00 Custo estimado operação Não se aplica
financiamento
Mecanismos de
recuperação de Melhoria da qualidade de vida da população.
custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica
ambiental
exigidas
Preservação da flora, fauna e recursos Aumento do número de turistas, verificados por meio das estatísticas
Indicadores de
hídricos; Melhoria da qualidade de vida da Fonte de verificação setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder
seguimento
população. público.
Relação com
outras ações
Não se aplica
quanto ao
cronograma
Nível de Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
avanço: Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X
397
Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico - Elaboração e
AÇÃO 5.3 GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Norte
Redefinir parâmetros de gestão das unidades de conservação ambiental existentes no Polo. Compatibilizar as normas de gestão à utilização
Objetivo
dos atrativos turísticos existentes
A possibilidade de utilização dos recursos naturais das unidades de conservação ambiental, aliados a fatores históricos e culturais regionais,
Justificativa faz com que seu potencial gerador de visitação seja diversificado. Esta possibilidade, no entanto, está atrelada à salvaguarda das
características de tais recursos, o que se constitui no fio condutor da proposição de seu Programa de Uso Público.
Proporcionar a gestão ambiental sustentável e o correto manejo da APA do Litoral Norte como atrativo turístico, incentivar a criação de
Efeito esperado
roteiros integrados e diversificar os produtos oferecidos no Polo.
Diversificação do produto. Gestão ambiental responsável e População local, empreendedores do setor do
Benefícios Beneficiários
sustentável; desenvolvimento do turismo no Polo. turismo e dos demais setores e turistas.
Elaboração do Plano de Manejo da APA do Litoral Norte por meio do estabelecimento de diretrizes, ações e normas para fiscalização das
Descrição atividades estabelecidas na APA, tendo em vista o controle de seu aproveitamento e garantia de perenização de seus recursos e atributos
naturais;
Responsáveis Responsáveis pela Implantação / SEMARH , em parceria com os órgãos municipais de
SEMARH
pela Execução Manutenção / Operação meio ambiente
Fonte de Custo estimado
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 183.550,00 Não se aplica.
financiamento operação
Mecanismos de
recuperação de Taxa municipal de turismo, arrecadação de impostos municipais.
custos
Normas de
licenciamento
A cargo da SEMARH
ambiental
exigidas
Frequência de turistas; aumento da Sistema de Informações Municipais para a Gestão do Turismo e
Indicadores de Fonte de
arrecadação municipal com maior afluxo de Atendimento ao Turista; dados de controle financeiro – Municípios do
seguimento verificação
turistas. Litoral Norte
Relação com
outras ações
Não se aplica.
quanto ao
cronograma
Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
Nível de avanço:
Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X
398
AÇÃO 5.4 Apoio à Prevenção e Incremento da Exploração Sexual pelo Turismo GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
399
Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradadas -
AÇÃO 5.6 Elaboração e Execução de planos de proteção e recuperação de áreas ambientais frágeis ou GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume
Objetivo Recuperar áreas ambientalmente frágeis ou degradadas .
400
Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas - Elaboração da Política de
AÇÃO 5.7 Gerenciamento Costeiro do Estado e Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento GESTÃO SOCIOAMBIENTAL
para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas
Fortalecer a capacidade de atuação e a articulação de diferentes atores do setor público e privado na gestão integrada da zona costeira.
Objetivo
Estimular atividades socioeconômicas compatíveis com o desenvolvimento sustentável da orla marítima;
Harmonizar as ações de órgãos federais e estaduais, de modo a orientar uma atuação centrada no município para a implantação do plano de
Justificativa intervenção da orla do município, que constaria de diagnóstico ambiental e socioeconômico, da elaboração de cenários de uso desejados e do
estabelecimento de ações de planejamento para alcança-los incluindo a solução dos conflitos identificados.
Efeito
Desenvolvimento do turismo pautado na sustentabilidade.
esperado
Preservação do meio-ambiente; Aumento das atividades Pode público, empresários do setor turístico e
Benefícios Beneficiários
turísticas sustentáveis. população local.
Elaboração da política de gerenciamento costeiro do Estado e de planos de gestão integrada de orlas marítimas dos municípios costeiros,
bem como o apoio à elaboração de normas ambientais para o controle e fiscalização de obras náuticas e uso em geral no intuído de disciplinar
Descrição
e orientar a utilização dos recursos naturais da zona costeira por meio de instrumentos próprios, visando à melhoria da qualidade de vida das
populações locais, à proteção dos ecossistemas, da beleza cênica e do patrimônio natural, histórico e cultural.
Responsáveis Responsáveis pela Implantação /
SEMARH SEMARH
pela Execução Manutenção / Operação
Fonte de
BID / Contrapartida Custo estimado US$ 476.550,00 Não se aplica.
financiamento Custo estimado operação
Mecanismos
de recuperação Aumento da arrecadação municipal.
de custos
Normas de
licenciamento
Não se aplica.
ambiental
exigidas
Aumento do número de turistas, verificados por meio das estatísticas
Indicadores de Preservação ambiental; Melhoria da qualidade Fonte de
setoriais e de relatórios gerenciais e técnicos emitidos pelo poder
seguimento de vida da população. verificação
público.
Relação com
outras ações
Não se aplica
quanto ao
cronograma
Nível de Projeto Sim Projeto Sim Termo Sim Reconhecimento Sim
avanço: Básico Não X Executivo Não X Referencia Não X retroativo Não X
401
11.7. Apresentação das Ações por Município
Conforme exposto no item 11.1 neste PDITS foram identificadas as ações estratégicas capazes de contribuir na modificação do cenário atual
do Polo. Tendo por base a planilha de investimentos indicada no item 11.4 são apresentadas a seguir as ações por município. Registra-se,
mais uma vez que além destas, outras complementares poderão ser identificadas no decorrer da implementação deste PDITS.
Para a definição de pertinência e escopo de ações complementares, importa avaliar se a ação prevista está em acordo com a concepção e as
diretrizes estabelecidas neste PDITS. Cabe à Setur a responsabilidade por essa avalição.
Quadro 58: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Aracaju
Componente e Ação
402
Componente e Ação
403
Quadro 59: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Barra dos Coqueiros
Componente e Ação
Componente 1 - Produto Turístico
1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos. interativos,
1.7
etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.11 Elaboração de Estudo de Viabilidade Turística da Rota Paisagística Litoral Norte.
1.12 Adequação Turística e Ambiental da Rota Paisagística do Litoral Norte.
1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
404
Componente e Ação
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8 Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
Componente e Ação
405
Componente e Ação
406
Componente e Ação
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do
5.3
litoral Norte)
5.3.1 Elaboração do Plano de Manejo da APA Litoral Norte
5.3.2 Implementação das Ações Prioritárias de Infraestrutura Física da APA do Litoral Norte
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
407
Quadro 61: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Estância
Componente e Ação
408
Componente e Ação
409
Quadro 62: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Indiaroba
Componente e Ação
Componente 1 - Produto Turístico
1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
1.6 Revitalização do Complexo Turístico de Aracaju – SE, compreendendo inclusive o Museu do Artesanato e o Centro de Informações Turísticas.
1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equip. interativos, etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo
1.15 Concepção de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico
1.15.1 Elaboração de Plano de Implantação de Núcleos Receptivos e de Apoio Turístico
1.15.2 Elaboração de Projetos Básicos e Executivos de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio
1.15.3 Implantação de Melhorias Urbanas nos Núcleos Receptivos e de Apoio
1.16 Criação, Estruturação e Qualificação de Centros de Atendimento ao Turista.
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
410
Componente e Ação
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
3.15
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário
4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários
4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
4.9 Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte
4.10 Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul
5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo
5.8.2 Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
411
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
Quadro 63: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Itaporanga d’Ajuda
Componente e Ação
Componente 1 - Produto Turístico
1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equip. interativos, etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.8 Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju
1.8.1 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.
1.8.2 Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.13 Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
412
Componente e Ação
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul
5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo
5.8.2 Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
413
Quadro 64: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Laranjeiras
Componente e Ação
Componente 1 - Produto Turístico
1.2 Elaboração de Projeto e Execução da Sinalização Viária Indicativa e Interpretativa para Destinos Turísticos
1.2.1 Elaboração de Projeto de Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.2.2 Execução da Sinalização Viária Indicativa e Turística
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos,
1.7
etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos
1.13
Coqueirais
1.18 Apoio à Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Laranjeiras e de São Cristóvão
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.7 Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
414
Componente e Ação
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
Quadro 65: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – N. Senhora do Socorro
Componente e Ação
415
Componente e Ação
416
Componente e Ação
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
Quadro 66: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Pacatuba
Componente e Ação
417
Componente e Ação
418
Componente e Ação
Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de planos de proteção e
5.6
recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.9 Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
Quadro 67: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Pirambu
Componente e Ação
419
Componente e Ação
Coqueirais
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.3 Elaboração de Planos Diretores Municipais
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.5 Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
420
Componente e Ação
Componente e Ação
421
Componente e Ação
422
Quadro 69: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – São Cristóvão
Componente e Ação
423
Componente e Ação
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
Quadro 70: Ações por município do Polo Costa dos Coqueirais – Santa Luzia do Itanhy
Componente e Ação
424
Componente e Ação
1.3 Execução do Plano de Capacitação Profissional para o Turismo e de Programas de Capacitação Empresarial.
1.4 Assistência a Empresas Turísticas para Melhoria da Qualidade dos Serviços Turísticos e Gestão Ambiental.
1.5 Fomento à Qualidade do Artesanato Adequado à Demanda Turística.
Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais e Adequação e Modernização de Museus (programação visual, equipamentos interativos,
1.7
etc.)
1.7.1 Estratégia de Roteiros e Produtos Históricos Culturais
1.7.2 Adequação e Modernização de Museus (Programação Visual, Equipamentos Interativos.).
1.8 Elaboração de Projetos e Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul de Aracaju
1.8.1 Elaboração de Projetos de Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município e Aracaju.
1.8.2 Execução da Adequação Urbanística e Delimitação das Praias do Litoral Sul do Município de Aracaju.
1.9 Estudo de Circuitos Turísticos Fluviais e Náutico, no Rio São Francisco e na Costa Marítima Atendida pelo Programa.
1.10 Orlas, Atracadouros e Obras para Roteiros Turísticos Fluviais e Náuticos, no Rio São Francisco e Costa Marítima Atendida pelo Programa.
Elaboração e Implementação de Projetos de Valorização de Atrativos e Roteirização Turística nos Destinos Prioritários do Polo Costa dos
1.13
Coqueirais
Componente 2 - Comercialização
2.1 Execução do Plano de Marketing
2.2 Monitoramento do Plano de Marketing
2.3 Revisão, Reajuste e Complementação do Plano de Marketing
2.4 Criação e Divulgação de Roteiros Integrados no Polo e entre o Polo Costa dos Coqueirais e o Polo Velho Chico
Componente 3 - Fortalecimento Institucional
3.1 Implantação do Sistema de Informações Turísticas (inventariação turística, pesquisas de demanda e oferta, dados socioeconômicos do turismo).
3.2 Elaboração do Plano de Gestão dos Destinos Turísticos
3.4 Elaboração de Diagnósticos da Gestão Municipal do Turismo e Incentivos para Fiscalização
3.5 Implementação do Fortalecimento de Gestão Municipal do Turismo
3.8 Revisão de Planos Diretores Municipais
3.9 Elaboração de Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE
3.10 Elaboração de Projeto de Fomento e Incentivo para a Implantação e Desenvolvimento de Empreendimentos Turísticos
3.11 Elaboração e Implantação de Plano Integrado de Educação Comunitária e do Turista para o Turismo
3.12 Elaboração e Implantação de Plano de Capacitação da Administração Pública Estadual e Municipal para a Gestão do Meio Ambiente
3.14 Criação/ Atualização de Base de Dados para Monitoramento e Gestão do Meio Ambiente
3.15 Promoção e Dinamização dos Arranjos Produtivos da Cadeia do Turismo e Formação de Parcerias
Componente 4 - Infraestrutura e Serviços Básicos
4.4 Implantação de sistema de esgotamento sanitário
4.6 Ampliação de Redes de Abastecimento de Água
425
Componente e Ação
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de
4.7
Turistas
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
4.8
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
4.11 Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Luzia do Itanhy ao Povoado de Crasto
Componente 5 - Gestão Ambiental
5.1 Avaliação de Limites de Mudanças Aceitáveis em Áreas Turísticas Críticas
5.2 Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras.
5.2.1 Diagnóstico e Plano de Ação para Educação e Sensibilização Ambiental
5.2.2 Implementação das Ações de Educação e Sensibilização do Turista, Entidades e Comunidades Receptoras
5.5 Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos
5.5.1 Financiamento de Estudos de Viabilidade Socioeconômica, Projetos Básicos e Executivos para o Manejo de Resíduos Sólidos.
5.5.2 Financiamento de Ações Sociais e de Fortalecimento Institucional Decorrente das Ações dos Planos Intermunicipais
5.7 Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
5.7.1 Elaboração da Política de Gerenciamento Costeiro do Estado
5.7.2 Realização de Planos de Gestão Integrada dos Municípios Costeiros
Apoio à Elaboração de Normas Ambientais e Treinamento para o Controle e Fiscalização de Obras Náuticas (marinas, piers, atracadouros), além
5.7.3
de Rodovias e Saneamento, em Parceria com a ADEMA
5.8 Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul
5.8.1 Elaboração do Plano de Manejo
5.8.2 Implementação das Ações Prioritárias e Provimento de Infraestrutura Física para a APA do Litoral Sul
5.10 Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
5.10.1 Caracterização e Diagnóstico das Áreas Degradadas
5.10.2 Elaboração de Estudos e Regularização da Carcinicultura nas APA Litorais Norte e Sul
5.10.3 Implementação dos Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais
Fonte: Technum Consultoria, 2013.
426
11.8. Marco de Resultados das Ações Priorizadas para os 18 Meses Iniciais de Implantação do PDITS
A seguir é apresentado o marco de resultados das ações priorizadas para os primeiros dezoito meses de financiamento do Prodetur Nacional:
Quadro 71: Marco de Resultados para as Ações Priorizadas
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA
427
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA
1.3 Execução do Plano de Evidências, obtidas por meio do Plano de O quantitativo e a qualificação Elaboração de Diagnóstico e de
Capacitação Profissional para o Desenvolvimento Territorial Participativo – dos profissionais que atuam no Plano de Capacitação Profissional
Turismo e de Programas de PDTP, da insuficiência e da pouca mercado do turismo, bem como a em Turismo do Estado de Sergipe
Capacitação Empresarial. qualificação dos profissionais que atuam capacitação e o envolvimento dos - em fase de conclusão, com
nos diversos segmentos da cadeia do empreendedores do setor recursos aportados pelo MTur.
turismo, bem como da necessidade de impactam diretamente o grau de
despertar e capacitar empreendedores satisfação dos turistas quanto à
para o mercado do turismo no Polo. qualidade dos serviços prestados. Execução do Plano de
Capacitação Profissional em
Turismo do Estado de Sergipe,
previsto para cinco anos,
abrangendo todos os municípios
do Polo Costa dos Coqueirais e
outros pertencentes ao Polo
Velho Chico e outras áreas do
Estado.
1.6 Revitalização do Complexo Apesar de sua importância histórica e Necessidade de recuperar Reforma de toda área do Centro
Turístico de Aracaju – SE, turística, o Centro de Turismo de Aracaju equipamento turístico, histórico, de Turismo (boxes de
compreendendo inclusive o enfrenta problemas sérios de cultural e de comercialização de comercialização de artesanato),
Museu do Artesanato e o Centro manutenção, principalmente no que diz artesanato, que integra o Museu do artesanato e Centro de
de Informações Turísticas. respeito à rede elétrica e ao telhado, complexo de intervenções no Informação Turística.
oferecendo risco a comerciantes, centro histórico de Aracaju,
empregados e visitantes do local, ampliando a oferta de atrativos
comprometendo o andamento das histórico-culturais.
atividades de visitação e comercialização,
principalmente em períodos chuvosos.
1.7 Estratégia de Roteiros e Produtos Inexistência de roteiros integrados de Necessidade de elaborar Levantamento e análise do
Históricos e Culturais atrativos histórico-culturais e constatação estratégia de roteiros e produtos potencial histórico cultural dos
da precariedade dos museus presentes históricos e culturais, e de municípios de São Cristóvão e
nas cidades históricas do Polo Costa dos adequar / modernizar os museus Laranjeiras; análise de mercado
Coqueirais. existentes nos municípios de São para o segmento de turismo
Cristóvão e Laranjeiras. histórico-cultural; identificação
dos possíveis impactos
428
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA
socioculturais, ambientais e
econômicos; elaboração de
roteiro específico para o
segmento histórico cultural;
adequação e modernização dos
museus dos municípios de São
Cristóvão e Laranjeiras,
contemplando: estruturação e
implantação da sinalização
interpretativa e aquisição de
equipamentos interativos.
1.8 Elaboração de Projetos de Inadequação urbanística das praias do Necessidade de adequação Projeto de Adequação Urbanística
Adequação Urbanística das Praias Litoral Sul de Aracaju. urbanística das praias do Litoral das Praias do Litoral Sul de
do Litoral Sul de Aracaju Sul de Aracaju. Aracaju
429
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA
Componente 2 - Comercialização
Projetos Executivos e Terminal de passageiros do Aeroporto de Para ampliar a capacidade de Realização de obra para a
Complementares para Ampliação da Aracaju com pouca oferta de serviços e recebimento de turistas no ampliação do terminal de
4.2 Pista e para Construção do Novo de conforto aos turistas; as instalações aeroporto de Aracaju é passageiros do Aeroporto de
Terminal de Passageiros do não são adaptadas para pessoas com necessário a adequação do Aracaju.
Aeroporto de Aracaju restrição de mobilidade. terminal existente aos novos
padrões de segurança, conforto e
430
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA
acessibilidade.
Inadequação do trecho da BR 101 no
Ampliação e duplicação do
Estado de Sergipe compreendido entre
O aumento do fluxo de turistas e Trecho Aracaju-Estância da BR
Aracaju e Estância para dar vazão ao
tráfego existente, incrementado pela o desenvolvimento crescente do 101. Abrange a contratação de
atividade turística típica da região, sem turismo no Estado de Sergipe serviços de terraplenagem,
Ampliação e duplicação da Rodovia
4.3 drenagem superficial,
BR-101 apresentar as condições desejadas de exigem melhores condições de
fluidez e segurança necessita de trafegabilidade do trecho pavimentação, sinalização e de
ampliação e duplicação para possibilitar rodoviário citado. estudos de impacto ambiental.
uma melhoria no fluxo de visitantes,
turistas e da população.
Componente 5 – Gestão Socioambiental
Necessidade de definição de
parâmetros para determinados
Avaliação de Limites de Mudanças
atrativos turísticos com o objetivo Elaboração de estudos de
5.1 Aceitáveis em Áreas Turísticas Uso indiscriminado dos atrativos turísticos
de minimizar os impactos capacidade de carga dos atrativos
Críticas
negativos dessas atividades no
meio ambiente
Educação e Sensibilização
Falta de conhecimento a respeito de A conscientização ambiental dos Criação de planos e programas
Ambiental do Turista, Entidades
práticas ambientalmente coerentes por usuários dos recursos naturais voltados para a educação
5.2 Públicas e Privadas e Comunidades
parte da população, turistas e entidades minimiza os impactos negativos ambiental para todos os grupos
Receptoras – Diagnóstico e Plano
públicas e privadas. no meio ambiente de usuários
de Ação
A possibilidade de utilização dos
Manejo e Proteção Ambiental da recursos naturais das Unidades
Unidade de Conservação com Uso de Conservação Ambiental,
Turístico - Elaboração do Plano de Uso indiscriminado dos recursos naturais aliados a fatores históricos e
culturais regionais, faz com que Elaboração do Plano de Manejo
5.3 Manejo da APA do Litoral Norte e da APA e falta de estruturação de alguns
seu potencial gerador de visitação da APA do litoral Norte
Implementação das Ações atrativos turísticos
Prioritárias de Infraestrutura Física seja diversificado. Esta
da APA do Litoral Norte possibilidade, no entanto, está
atrelada à salvaguarda das
características de tais recursos, o
431
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA
que se constitui no fio condutor
da proposição de seu Programa
de Uso Público.
Com o crescimento acentuado do
fluxo turístico, adicionado à
mudança estrutural do perfil da
demanda, onde a predominância
Realizar campanhas permanentes
Os municípios selecionados para a de lazer passa a sobrepor a de
de sensibilização junto aos
realização das campanhas de negócios, é importante que se
diversos setores da sociedade
Apoio à Prevenção e Incremento da sensibilização representam os principais estabeleçam políticas públicas
5.4 (comunidade, governo e trade
Exploração Sexual pelo Turismo roteiros turísticos do Estado, além de preventivas de combate à
turístico), para o enfrentamento a
serem municípios sede para os demais exploração sexual, principalmente
exploração sexual de crianças e
municípios dos Polos. de crianças e adolescentes,
adolescentes.
evitando assim o erro cometido
no processo de desenvolvimento
turístico em outros destinos
brasileiros.
Uso indiscriminado dos recursos naturais,
a alteração da disponibilidade e qualidade
Restauração Ecológica e da água, assoreamento de rios e riachos,
Paisagística de áreas turísticas de desbarrancamento das margens, os • Recuperação de Mata Ciliar;
alto valor natural e degradadas - processos erosivos, diminuição da • Recuperação de Nascentes;
infiltração de águas no solo, gerando Melhoramento da qualidade
Elaboração e Execução de planos
5.6 prejuízos no fluxo e vazão de águas nos ambiental, especialmente dos • Controle de processos erosivos;
de proteção e recuperação de áreas
rios, falta de cobertura vegetal nas Áreas recursos hídricos.
ambientais frágeis ou degradadas e • Conscientização de produtores
elaboração de estudos ambientais - de Preservação Permanente afetando a rurais;
Rio Betume qualidade e quantidade dos corpos
d’água.
Gerenciamento Costeiro e Forte pressão na zona costeira Harmonizar as ações de órgãos Elaboração da Política
Qualidade Ambiental de Praias proveniente de atividades produtivas, de federais e estaduais, de modo a Estadual de Gerenciamento
5.7 Turísticas - Elaboração da Política transporte, do setor petrolífero, de orientar uma atuação centrada no Costeiro;
de Gerenciamento Costeiro do recreação e de serviços (com destaque município para a implantação do Caracterização paisagística
Estado e Apoio à Elaboração de para o turismo); a orla manifesta-se como plano de intervenção da orla do e socioambiental de orlas
432
AÇÃO PROBLEMA JUSTIFICATIVA SOLUÇÃO APONTADA
Normas Ambientais e Treinamento espaço de multiuso sujeito a sérios município, que constaria de marítimas municipais para o
para o Controle e Fiscalização de conflitos sociais de uso e ocupação. diagnóstico ambiental e ordenamento territorial e
Obras Náuticas socioeconômico, da elaboração turístico;
de cenários de uso desejados e Elaboração de normas
do estabelecimento de ações de ambientais para o
planejamento para alcança-los licenciamento e fiscalização
incluindo a solução dos conflitos de obras náuticas
identificados.
Fonte: Technum Consultoria, 2011.
433
12. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DAS AÇOES
PREVISTAS
434
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA
Ações 4.1 e 4.2
Desmonte do Morro da Piçarra para viabilizar a ampliação da pista de pouso e decolagem (PPD) cabeceira 29
Projetos Executivos e Complementares para ampliação da pista e para Construção do Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Aracaju
Ampliação do número de aviões de grande porte Impactos ambientais decorrentes da Inclusão dos projetos ambientais nas licitações e
Aumento do número de turistas implantação das obras, como: erosão, contratos;
Criação de postos de trabalho na construção sedimentação, destruição de habitats, Implantação das boas práticas para construção;
das obras necessárias para o projeto desmatamento, poluição sonora e atmosférica Acompanhamento e supervisão das obras;
Aumento da qualidade dos serviços prestados (particulados). Priorização de mão-de-obra local quando
aos turistas. possível;
Aumento na arrecadação de impostos Exigência de EIA/RIMA e licenciamento
ambiental;
INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA
Ações 4.3, 4.9, 4.10 e 4.11
Ampliação e duplicação da Rodovia BR-101
Execução de Obra de Infraestrutura Viária - Rodovia SE 100 Norte
Construção de Ponte sobre o Rio Riacho Fundo - SE 476 – Sede Municipal de Estância ao Litoral
Implantação da Rodovia interligando a Sede do Município de Santa Luzia do Itanhy ao Povoado de Crasto
Ampliação do número de moradores atendidos Pagamento do ônus pela população residente Inclusão dos projetos ambientais nas licitações e
pela infraestrutura Expansão desordenada da atividade e do fluxo contratos;
Aumento na interligação das áreas de turistas impulsionada pela maior oferta de Implantação das boas práticas para construção;
Aumento da permeabilidade da região do Polo infraestrutura em locais de fragilidade ambiental Acompanhamento e supervisão das obras;
435
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
das obras necessárias para o projeto impermeabilização do solo, reduzindo a
Aumento da qualidade dos serviços prestados infiltração diminuindo a recarga dos aquíferos.
aos turistas. Aumento da demanda por materiais de
Aumento na arrecadação de impostos construção gerando impacto ambiental, pois, em
geral, os materiais são oriundos de dragagem
de rios (areias fina e grossa), várzeas de
córregos e veredas (principalmente as argilas)
pedreiras (brita e demais agregados), causando
degradação das áreas de empréstimo
INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - ESGOTO
Ações 4.4 e 4.5
Implantação de sistema de esgotamento de esgoto sanitário e Implantação e Ampliação de Redes de Coleta e Tratamento de Esgotos Sanitários
Melhoria na qualidade do corpo receptor Degradação da qualidade das águas superficiais Fortalecimento da gestão da companhia de
e subterrâneas por falta de operação adequada esgoto
Melhoria da qualidade ambiental e qualidade de da ETE Desenho adequado do sistema de tratamento
vida da população local
Degradação ambiental devido ao continuado uso Caracterização e monitoramento da qualidade
Criação de postos de trabalho na construção de fossas negras devido a falta de fiscalização; do efluente, do corpo receptor e das águas
das obras tratadas
Impactos ambientais decorrentes da
Aumento da eficiência necessária para coletar e Elaboração de Plano Básico Ambiental e
implantação das obras, como: erosão,
tratar adequadamente todo o esgoto produzido Projetos Executivos Ambientais
sedimentação, destruição de habitat,
no município, inclusive nos períodos de alta desmatamento, poluição sonora e atmosférica Fiscalização para verificação das ligações à
temporada. (particulados) rede de esgoto
Aumento do número de pessoas atendidas pelo Programas de educação ambiental com objetivo
serviço de saneamento principalmente em áreas de incentivar a ligação das casas à rede de
residenciais esgoto
Minimização do risco de contaminação das Prestar apoio às famílias de baixa renda sem
águas superficiais e subterrâneas devido ao recursos para conectar à rede ou sem banheiros
esgoto não tratado ou a infiltração por meio de em casa
fossas negras Acompanhamento e supervisão das obras
436
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
Minimização da incidência de doenças de Respeito aos Planos Diretores Municipais
veiculação hídrica
Priorização de mão-de-obra local quando
Compatibilização da capacidade de coleta e possível
tratamento do esgotamento sanitário ao grande Exigência de estudos de impacto ambiental e
fluxo de turistas especialmente em época de licenciamento ambiental
temporada.
Melhor gestão da ETE por parte do município
Aumento na arrecadação de impostos e taxa de Exigência de EIA/RIMA e licenciamento
turismo. ambiental.
Elaboração de plano diretor de drenagem
urbana;
Controle efetivo e fiscalização da expansão
urbana e de empreendimentos imobiliários;
437
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - ÁGUA
Ação 4.6
Ampliação da rede de abastecimento de água
Ampliação do número de moradores atendidos Comprometimento da qualidade de água devido Estudos de viabilidade de aumento da
Aumento na disponibilidade de água para a à operação inadequada ou insuficiente da ETA quantidade de água na ETA;
população residente e flutuante Degradação do manancial de água caso a sua Estudos ambientais adequados para seleção do
Melhoria da qualidade de vida da população exploração não seja bem planejada manancial a ser explorado (seja superficial ou
local Pagamento do ônus pela população residente subterrâneo);
Criação de postos de trabalho na construção Impactos ambientais decorrentes da Monitoramento da qualidade e quantidade de
das obras necessárias para o projeto implantação das obras, como: erosão, água dos mananciais;
Diminuição dos efeitos negativos do grande sedimentação, destruição de habitats, Inclusão dos projetos ambientais nas licitações e
número de turistas sobre a população local. desmatamento, poluição sonora e atmosférica contratos;
Aumento da qualidade dos serviços prestados (particulados). Identificação da possibilidade do ônus das obras
aos turistas. de ampliação ter peso diferente para os
Melhoria na qualidade da água distribuída empreendedores do setor de turismo e
Aumento na arrecadação de impostos e taxa de população local residente;
turismo. Planejamento e elaboração de estudo referente
à capacidade de reservação, evitando
interrupções no fornecimento de água;
Fortalecimento da gestão da companhia de
água;
Programas de educação ambiental com projetos
que incentivem o uso racional da água, sistemas
de reuso nos hotéis, resorts e parques
aquáticos, redução de perdas de água,
melhorias no sistema de gestão dos serviços,...;
Implantação das boas práticas para construção;
Respeito aos Planos Diretores Municipais;
Ampla consulta pública para construção das
obras;
Priorização de mão-de-obra local quando
438
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
possível;
Exigência de EIA/RIMA e licenciamento
ambiental;
Elaboração e implementação do Plano Diretor
de Recursos hídricos.
TRANSPORTE PÚBLICO
Ação 4.7
Redesenho e Incentivo à Melhoria da Gestão e Operação do Sistema de Transporte Público Rodoviário Intermunicipal de Passageiros e de Turistas
Melhoria de acesso aos municípios do Polo Aumento do movimento de ônibus e carros Respeito ao Plano Diretor Municipal de
pelos usuários (turistas e população local) Aumento da poluição sonora e atmosférica ordenamento territorial
Melhoria da segurança no transporte Melhoria na sinalização principalmente para
Integração dos municípios do Polo pedestres
Projetos de educação no trânsito para pedestres
e motoristas
Estudos de minimização de impacto ambiental
sonoro e atmosférico adequados
Incentivo a roteiros turísticos integrados;
Aumento da propaganda turística da região
como um todo
439
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
OBRAS URBANAS
Ação 4.8
Elaboração de Projetos e Realização de Obras Urbanas para Adequação e Recuperação de Vias Públicas, Calçadas, Mobiliário Urbano e
Paisagismo em sedes municipais e povoados de interesse turístico.
Criação de ambientes urbanos agradáveis e Marginalização de populações locais por falta de Campanhas de incentivo à população local para
propícios ao convívio e atividades de lazer para acesso aos benefícios utilização dos ambientes urbanos
a população local e para os turistas. impermeabilização do solo, reduzindo a Estudos sobre as medidas adequadas de
Aumento do gasto médio diário do turista; infiltração diminuindo a recarga dos aqüíferos, contenção de fluxo canalizado sobre a superfície
Aumento da permanência do turista; além de causar problemas aos recursos hídricos (Plano Diretor de Drenagem Urbana)
Aumento na oferta de trabalho com as obras. superficiais com aumento do excedente hídrico Implantação dos instrumentos de planejamento
Melhoria na qualidade de vida da população pluvial como Planos Diretores Municipais, Planos de
local problemas de erosão e assoreamento devido ao Manejo e Gestão etc, além do planejamento
Melhorias na acessibilidade dos ambientes aumento do escoamento superficial adequado para os serviços de saneamento e
urbanos, pela adequação e recuperação de aumento de particulados na atmosfera lançadas escoamento de águas pluviais;
calçamentos, mobiliário urbano e paisagismo. pelos ventos e pelo aumento dos gases de Incentivo à instalação de comércio para atender
Aumento do número e mobilidade dos turistas queima de combustíveis fósseis, que ocorre a demanda do turista;
dentro das áreas urbanas; principalmente com o aumento do fluxo de Capacitação profissional da população local
Incremento do comércio local devido à melhor turistas e com as novas incorporações aumentando as oportunidades de emprego no
utilização turística das áreas urbanas. imobiliárias. setor turístico;
Melhoria na qualidade dos produtos turísticos Aumento da imigração por pessoas procurando Priorização de mão-de-obra local quando
Melhoria no ordenamento dos atrativos turísticos trabalho com aumento das demandas para possível.
Enquadramento dos municípios nos padrões serviços urbanos. Planejamento adequado para os serviços de
estabelecidos para a sinalização turística. Pressão sobre o trânsito urbano, intensificado saneamento e resíduos sólidos.
Facilitação e ampliação do acesso ao mercado nos períodos de temporada de turismo e em Campanhas de conscientização ambiental
turístico, criando condições para recepção feriados nacionais ou finais de semanas voltadas para os empreendedores e turistas
destes turistas. prolongados por feriados. Capacitação profissional para a população local
Incremento da receita proveniente da atividade Transtornos à população local devido a grande para aumento das oportunidades de emprego no
turística. demanda sobre a infraestrutura básica (água, setor turístico.
Aumento da satisfação do turista em relação ao esgoto, energia, trânsito etc) ocasionada pelo Priorização de mão-de-obra local quando
ambiente urbano e à localização e acesso aos aumento do número de turistas - risco de possível
atrativos devido à facilidade de orientação. colapso dos sistemas
440
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
Incremento do comércio local devido à melhor Aumento da população em função da imigração
utilização turística das áreas urbanas. por pessoas em busca de trabalho e
consequente aumento das demandas para
serviços urbanos.
441
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou potencializar
os impactos positivos
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Ação 5.2
Educação e Sensibilização Ambiental do Turista, Entidades Públicas e Privadas e Comunidades Receptoras
Melhoria da qualidade ambiental dos locais Engessamento dos programas em normas; Elaboração de campanhas educativas
turísticos direcionadas ao Turista, Entidades Públicas e
Aumento do nível de satisfação dos turistas. Privadas e Comunidades Receptoras
Criação de planos que englobam pressupostos Criação de cursos e oficinas de educação
ambientais ambiental para os públicos específicos
Conscientização dos atores quanto seu papel na Trabalhar o tema nas escolas
preservação do meio ambiente Considerar a Política Nacional de Educação
Aumento do número de turistas em decorrência Ambiental nos projetos
da melhoria da qualidade ambiental dos Criação de campanhas de educação ambiental
atrativos em todos os setores
Melhoria da qualidade de vida da população
local
GESTÃO AMBIENTAL
Ações 5.3, 5.5, 5.6, 5.7, 5.8, 5.9 e 5.10
Manejo e Proteção Ambiental da Unidade de Conservação com Uso Turístico (Elaboração e implementação do plano de manejo da APA do litoral
Norte)
Apoio à Implementação dos Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos e Elaboração e Implantação do Plano Estadual de Recursos Hídricos
Restauração Ecológica e Paisagística de áreas turísticas de alto valor natural e degradada - Elaboração e Execução de planos de proteção e
recuperação de áreas ambientais frágeis ou degradadas e elaboração de estudos ambientais - Rio Betume
Elaboração e Implementação do Plano de Manejo da APA do Litoral Sul
Apoio à identificação da Poligonal da REBIO Santa Izabel
Implantação de Planos de Proteção e Recuperação de Áreas Ambientais Frágeis, Degradadas e de Risco
442
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou
potencializar os impactos positivos
Definição de atores e respectivas Confusão de papéis comprometendo Definição de papéis na gestão por meio da
responsabilidades na gestão. principalmente a gestão das unidades de criação de um comitê de bacia hidrográfica com
Incentivo a práticas de conservação do solo, conservação (inclusive no que diz respeito ao participação equiparada de representantes de
mapeamento de solo segundo as classes de licenciamento ambiental de atividades dentro todos os setores de todos os municípios que
capacidade de uso, utilização de sistemas das unidades de conservação) contém as unidades de conservação
agroflorestais e preservação dos recursos Problemas ambientais causados pela falta de Valorização das praticas de produção
naturais, evitando problemas ambientais em informação nas áreas rurais e urbanas sustentável por meio de programas de
pequena e grande escala Falta de articulação entre os municípios treinamento e formação nas áreas rurais,
Regulação do uso da água da bacia hidrográfica Ausência ou falta de participação da sociedade prolongando a cadeia econômica/produtiva do
Definição de instrumentos e diretrizes para civil na prática da gestão das unidades de turismo;
ordenar ações, organizados e integrados dentro conservação Elaboração de programas de educação
de um plano envolvendo todos os municípios ambiental
que contém as unidades de conservação. Aumento na capacidade de fiscalização (pessoal
Melhoria da qualidade ambiental nas áreas e instrumentos legais) por parte dos municípios
urbanas e rurais Incentivo a manutenção e reuniões periódicas
Oportunidade de compatibilização das normas dos comitês de bacia hidrográfica
de gestão à utilização dos atrativos turísticos Efetiva participação de todos os atores
existentes. (governamentais e não governamentais)
Estímulo a uma gestão sustentável da bacia envolvidos no processo.
hidrográfica e, consequentemente, do Polo; Adoção das normas técnicas vigentes e respeito
Oferta de atrativos naturais de melhor qualidade; à legislação ambiental pertinente;
Aumento na arrecadação de impostos e taxa de Implantação de processo participativo no
turismo. planejamento;
Melhoria das condições de controle e gestão Programas e campanhas de conscientização e
ambiental das unidades de conservação como educação ambiental;
um todo Efetiva coordenação da SEMARH – Secretaria
Proteção e restauração de ecossistemas frágeis de Estado de Meio Ambiente e Recursos
no interior das unidades de conservação Hídricos do Estado de Sergipe, além das
Aumento na conscientização ambiental dos secretarias municipais de meio ambiente na
usuários e residentes no entorno e no interior elaboração dos Planos de Manejo.
das unidades de conservação
Incentivo à utilização das unidades de
443
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou
potencializar os impactos positivos
conservação para atividades de ecoturismo
Participação efetiva das prefeituras dos
municípios nos assuntos relacionados às
unidades de conservação
Definição de parâmetros de utilização e gestão
das unidades de conservação.
Compatibilização das normas de gestão à
utilização das unidades de conservação como
atrativos turísticos.
Oportunidade de diversificação do produto
turístico do Polo, por meio da integração das
unidades de conservação a roteiros integrados
Gestão responsável e sustentável das unidades
de conservação;
Geração de empregos para guias de turismo
ecológico dentro das unidades de conservação;
Qualificação do produto turístico ofertado.
EXPLORAÇÃO SEXUAL PELO TURISMO
Ação 5.4
Apoio à Prevenção da Exploração Sexual pelo Turismo
Conscientização da população local, turistas e Aumento do número de pessoas Criação de oportunidades de emprego para as
empresários a respeito do tema; desempregadas por falta de absorção no pessoas que trabalham nessa atividade
Diminuição da exploração sexual pelo turismo mercado de trabalho devido à falta de Campanhas de conscientização da população
Diminuição da oferta de trabalho nessa atividade qualificação profissional local e dos turistas
Criação de grupos de apoio a pessoas que
trabalham nessa atividade para reinserção no
mercado
Oferta de cursos profissionalizantes por parte do
governo a pessoas inseridas nessa atividade
444
Medidas mitigadoras para minimizar os
Possíveis impactos positivos Possíveis impactos negativos possíveis impactos negativos e/ou
potencializar os impactos positivos
GERENCIAMENTO COSTEIRO
Ação 5.7
Gerenciamento Costeiro e Qualidade Ambiental de Praias Turísticas
Melhoria do atendimento aos turistas que Divergência entre os municípios quanto aos Interação entre os municípios;
visitam o litoral do Polo; parâmetros; Melhoria da fiscalização das praias;
Melhoria da gestão do turismo, Programas de educação ambiental de turistas e
Melhoria da qualidade ambiental das praias; população (usuários em geral)
Aumento do nível de satisfação dos turistas. Elaboração/efetivação do Plano Estadual de
Aumento do número de turistas; Gerenciamento Costeiro
445
12.2. Impactos socioambientais cumulativos do conjunto de atividades e
projetos a serem desenvolvidos e seus efeitos sobre a qualidade de vida da
população
A degradação dos recursos naturais pode comprometer a sustentabilidade da atividade
turística, portanto é importante que o seu desenvolvimento ocorra de forma responsável e
planejada. Algumas das ações propostas não necessariamente causam grande impacto
socioambiental individualmente, mas em conjunto com outras resultam em uma mudança
significativa na qualidade de vida da população, como, por exemplo, as ações
relacionadas à infraestrutura básica e gestão institucional.
Em um contexto geral, pode-se observar, com base nos possíveis impactos positivos e
negativos descritos anteriormente, que os impactos cumulativos do conjunto de
atividades a serem desenvolvidos, especialmente no que diz respeito aos negativos,
apresentam possibilidade de causar degradação dos recursos naturais ou ameaçar a
sustentabilidade ambiental das atividades turísticas com o aumento da atividade turística.
Esses impactos permeiam todas as ações/projetos e podem ser resumidos por:
Impactos ambientais decorrentes da implantação das obras, como erosão,
sedimentação, destruição de habitats, desmatamento, poluição sonora e
atmosférica (particulados);
Pagamento do ônus pela população residente;
Marginalização de populações locais por falta de acesso aos benefícios;
Transtornos à população local devido a grande demanda sobre a infraestrutura
básica (água, esgoto, energia, trânsito etc) ocasionada pelo aumento do número
de turistas - risco de colapso dos sistemas.
No que diz respeito à avaliação dos efeitos da implementação do plano sobre a qualidade
de vida e as características culturais da população local e dos benefícios sociais que
possam ser auferidos com o desenvolvimento do turismo, além dos aspectos negativos
associados ao turismo descritos anteriormente, alguns pontos positivos devem ser
enfatizados, são eles:
Criação de postos de trabalho na construção das obras necessárias para o
projeto;
Ampliação do número de moradores atendidos pela infraestrutura proveniente do
aumento da atividade turística;
Aumento na interligação entre os municípios do Polo, principalmente pela
melhoria das condições de infraestrutura viária;
Melhoria da qualidade ambiental com a melhoria do saneamento ambiental,
educação ambiental, qualidade ambiental das praias, entre outros;
Minimização da incidência de doenças de veiculação hídrica;
Aumento na disponibilidade de água para a população residente e flutuante;
Melhoria na qualidade da água distribuída;
Criação de ambientes urbanos agradáveis e propícios ao convívio e atividades de
lazer para a população local e para os turistas;
Incremento do comércio local devido à melhor utilização turística das áreas
urbanas;
Melhoria da qualidade ambiental das áreas turísticas;
446
Incentivo à utilização das unidades de conservação para atividades de
ecoturismo.
447
Quadro 72: Principais indicadores das ações.
448
Nesse contexto, alguns programas devem constar do PGA do PDITS Costa dos
Coqueirais (sem excluir outros que possam ser interessantes para o PGA, incluindo
subprogramas relacionados), como os relacionados a seguir:
449
13. MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
Para a avaliação da efetividade do PDITS é necessário o monitoramento de sua
execução e da evolução do turismo na área. Assim, ao acompanhar o desenvolvimento
turístico da área, tem-se fundamento também para avaliação e revisão das políticas
públicas municipais e estaduais, com destaque para aquelas voltadas para o turismo e
para o meio ambiente. Revisões futuras do PDITS e adequações de seu conteúdo,
apoiadas em um criterioso processo de acompanhamento e avaliação, permitirão a
correção de rumos e a retroalimentação do processo.
Os mecanismos de acompanhamento e avaliação a seguir abordados destinam-se ao
PDITS Polo Costa dos Coqueirais, tendo em vista a aferição do cumprimento da
programação prevista e o alcance dos objetivos e metas que traduzem os resultados
rumo ao desenvolvimento sustentável do turismo.
Neste processo, o resultado das intervenções previstas deve ser analisado
periodicamente, considerando o todo dos investimentos e comparados entre si. Para o
controle e monitoramento da implementação do PDITS Polo Costa dos Coqueirais e para
avaliação dos resultados alcançados são a seguir propostos indicadores simples e
objetivos:
Número de Turistas em Sergipe que visitam o Polo Costa dos Coqueirais;
Gasto médio diário, por turista, no Polo Costa dos Coqueirais;
Pernoites no Polo Costa dos Coqueirais, exceto Aracaju;
Quantidade de equipamentos turísticos no Polo Costa dos Coqueirais (alojamento
e alimentação), exceto Aracaju.
A Secretaria de Estado do Turismo, em conjunto com os demais órgãos estaduais e
municipais de turismo, deve expandir, paulatinamente, a coleta, o acompanhamento e o
tratamento dos dados relativos aos treze municípios do Polo. Além disso, deve
acompanhar e considerar a progressiva implantação das intervenções e ações propostas
para cada localidade a partir dos primeiros dezoito meses, estendendo-se para o período
de vigência deste Plano.
número de turistas que visitam o Polo Costa dos Coqueirais e correspondente
gasto médio diário.
As estratégias e ações referentes ao produto turístico, tanto para estruturação
como para integração de produtos, e as estratégias de comercialização, em
específico a divulgação, são direcionadas no sentido de aumentar a
competitividade, não só de Aracaju mas dos demais municípios, e incrementar o
fluxo de turistas no Polo. Podem identificar o sucesso destas ações, indicadores
como o número de turistas em Sergipe que visitam o Polo e o gasto médio diário.
O aumento desses números indica o efeito positivo das ações voltadas para a
qualificação e diversificação da oferta turística e da comercialização, divulgação e
marketing mais eficientes.
pernoites e quantidade de equipamentos turísticos no Polo Costa dos Coqueirais,
exceto Aracaju;
A diversificação e aumento das opções de lazer e de outras atividades
complementares e integradas no Polo, a melhoria das infraestruturas turísticas e
urbanas, devem ter como resultado o aumento no número de pernoites no Polo,
melhorando a distribuição de renda pela região e até mesmo aumentando o
450
tempo médio de permanência no Polo, captação de turistas que, anteriormente,
se restringiam a visitação de localidades já consagradas no Polo.
A visitas aos demais atrativos turísticos da região, apoiada por equipamentos
turístico de qualidade implicará também no aumento do gasto diário e no aumento
do tempo de permanência.
A aferição destes indicadores deve ser realizada a partir da criação do sistema de
informação, previsto neste PDITS, haja vista que os dados atuais não estão organizados
adequadamente para uma aferição sistematizada. A responsabilidade pela criação e
monitoramento do banco de dados é da Setur, sendo também pertinente a análise do
grau de desenvolvimento alcançado.
À medida que se consolide o banco de dados e a aferição dos indicadores ora propostos,
outros poderão ser investigados e adotados, se for o caso para a identificação dos
benefícios e do retorno socioambiental esperado para as ações planejadas. Dentre
outros, poderão ser levantados: (i) tempo de permanência dos visitantes; (ii) número de
pessoas capacitadas para o mercado de turismo; (iii) taxa de ocupação hoteleira; (iv)
nível de satisfação do turista.
Quanto aos indicadores para avaliar a capacidade de suporte dos recursos turísticos,
além dos já citados, devem se juntar aqueles normalmente utilizados para avaliar a
qualidade de vida da população, relacionados em geral às políticas urbanas, tais como:
qualidade e capacidade das infraestruturas e dos serviços públicos; acessibilidade e
mobilidade relacionada ao transporte público e a qualidade dos espaços públicos, entre
outros.
As análises efetuadas a partir dos indicadores de resultados, pertinentes ao processo de
acompanhamento e avaliação da implementação da política de turismo no Polo
possibilitarão a obtenção de parâmetros de comparação para embasar suas futuras
revisões e adequações, bem como, como avaliar os limites da capacidade de suporte dos
recursos turísticos da região.
A Tabela a seguir traz a síntese dos indicadores de resultados para acompanhamento e
avaliação das ações prioritárias iniciais do PDITS.
451
Tabela 70. Acompanhamento e Avaliação do Desenvolvimento do Polo a Partir das Ações Iniciais do PDITS
Principais indicadores Linha de base (baseline) Cenário desejável
Componentes Ações
específicos 2013
Sinalização Viária Indicativa e Deficiência em sinalização Deslocamento orientado e facilitado através dos
Numero de turistas
Turística turística roteiros do Polo - aumento do Fluxo turístico.
Plano de Capacitação
Número adequado de profissionais capacitados
Profissional para o Turismo e do Número de pessoas capacitadas Deficiência em oferta de
para atender as demandas do turismo-Aumento
Programa de Capacitação para o mercado de turismo. mão-de-obra qualificada
da oferta de emprego para a população local.
Empresarial.
Assistência a Empresas Número adequado de empreendimentos
Turísticas para Melhoria da Número de empresas capacitadas Deficiência em oferta voltados ao atendimento das demandas do
Qualidade dos Serviços para o mercado de turismo. turística qualificada turismo-Aumento da oferta de equipamentos ao
Turísticos e Gestão Ambiental turista que visita o Polo.
Roteiro turístico abrangente e sustentável -
Roteirização turística do Polo
Número de turistas. Inexistência de roteiro Aumento do número e tempo de permanência
PRODUTO Costa dos Coqueirais.
do turista (taxa. de ocupação/pernoites).
TURÍSTICO
Núcleos de Apoio receptivo voltados ao turismo
Estudos de localidades Ausência de oferta de
Numero de empreendimentos sustentável - aumento do número e tempo de
específicas e seu equipamentos turísticos de
(exceto Aracaju) permanência do turista (taxa de
aproveitamento turístico forma integrada
ocupação/pernoites).
Recuperação e manutenção de Número de turistas. Tempo de Aumento do número e tempo de permanência
Turismo de 1 dia
orlas urbanas. permanência dos visitantes. do turista (taxa de ocupação/pernoites)
Revitalização e Ampliação do
Baixa captação de eventos Aumento do número de turista (taxa de
Centro de Convenções de Número de eventos realizados
de maior porte ocupação/pernoites)
Aracaju
Criação e/ou ampliação de
Nível de satisfação dos turistas.
Centros de Atendimento ao Inexistência de dados Aumento da satisfação do turista
Número de turistas atendidos.
Turista
Execução do Plano de Número de visitantes. Frequência Conhecimento em nível nacional e internacional
Existência do Plano
Marketing de eventos. Porte de eventos. do roteiro turístico do Polo.
Estabelecimento de roteiros
COMERCIA- Existência de roteiros integrados. Aumento do número e tempo de permanência
turísticos integrados – Polo Inexistência de roteiros
LIZAÇÃO Número de turistas. do turista (taxa de ocupação/pernoites)
Velho Chico e Polo Coqueirais
Prospecção para captação de Deficiência em oferta de Aumento da oferta de empreendimentos e
Número de empreendimentos
empreendimentos turísticos empreendimentos turísticos atrativos turísticos inseridos nos roteiros do
452
Principais indicadores Linha de base (baseline) Cenário desejável
Componentes Ações
específicos 2013
de qualidade polo Costa dos Coqueirais
Disponibilidade de informações adequadas ao
Implantação do Sistema de Conhecimento dos dados base
Inexistência de dados planejamento turístico e monitoramento das
Informações Turísticas relativos ao turismo sergipano
ações empreendidas
Elaboração do Plano de Gestão Integração de todos os municípios na
Existência de planos de gestão Inexistência de Planos
dos Destinos economia do turismo do Polo
Inexistência de Planos em
Elaboração e revisão dos Existência de Planos Diretores em Aumento da eficiência da gestão e no controle
alguns municípios e Planos
Planos Diretores todos os municípios do uso do solo do território municipal
Diretores desatualizados
Fortalecimento institucional das Instituições ligadas à gestão do
Inexistência de gestão
instâncias de governança do turismo com condições de atuação Gestão atuante, autônoma e responsável.
voltada para o Polo
turismo. eficiente
Elaboração e execução de
planos de proteção e
Existência de planos de proteção e (i) Aumento da qualidade ambiental do Polo;(ii)
recuperação de áreas
recuperação de áreas ambientais Inexistência de plano potencialização do segmento principal; (iii)
ambientais frágeis ou
frágeis ou degradadas. Aumento da qualidade de vida da população
FORTALECI- degradadas e Zoneamento
MENTO Econômico Ambiental
INSTITUCIONAL Capacitação de gestores Aumento da eficiência da gestão e na
Eficiência na gestão do Polo Baixa eficiência da gestão
públicos de lideranças locais integração dos atores
Existência de órgãos,
Fortalecimento da gestão departamentos ou divisões de Aumento da eficiência da gestão e na
Baixa eficiência da gestão
municipal do Turismo gestão de turismo em todos os integração dos atores.
municípios do Polo.
Elaboração do Inventário da Levantamento dos bens de Aumento da oferta de atrativos turísticos
Inexistência de dados
Oferta Turística interesse turístico integrados
Realização de pesquisas de Levantamento do fluxo de turistas Aumento da eficiência da gestão e na
fluxo, oferta e demanda no Polo durante as estações Inexistência de dados proposição de ações para o desenvolvimento
turística. turísticas do turismo sustentável
Existência de Instrumento de
Fortalecimento dos órgãos Aumento da eficiência da gestão e na
planejamento das ações em Baixa eficiência da gestão
gestores de turismo integração dos atores
fortalecimento institucional
Mapeamento da Cadeia Levantamento da cadeia produtiva Aumento do planejamento de novos
Inexistência de dados
Produtiva do Turismo do turismo. Inventário da oferta empreendimentos
453
Principais indicadores Linha de base (baseline) Cenário desejável
Componentes Ações
específicos 2013
turística. Diagnóstico dos
empreendimentos turísticos.
Melhoria no Aeroporto Santa Aumento da Capacidade Dados conforme Aumento do número de voos e de passageiros
Maria Operacional do Aeroporto apresentados neste PDITS embarcados e desembarcados
Implantação da Rodovia SE 100 Existência de acesso em todas as
Inexistência de rodovia Aumento da acessibilidade em todo o Polo
Norte regiões do Polo
INFRAES-
Implantação do sistema de Existência de sistema de Não existe sistema de (i) Aumento da qualidade da saúde da
TRUTRA E
esgotamento sanitário esgotamento sanitário. esgotamento sanitário população; (ii) aumento da satisfação do turista
SERVIÇOS
Inexistência de orlas e
BÁSICOS Construção de orlas e Aumento do número e tempo de permanência
Existência de orlas e atracadouros. atracadouros nas cidades
atracadouros. do turista
definidas
Implantação de Ponte sobre o
Facilidade de acesso no Polo Inexistência de ponte Aumento da acessibilidade em todo o Polo
Rio Fundo – SE 476
Elaboração de estudos de
Capacidade de carga dos atrativos Aumento da qualidade e sustentabilidade dos
capacidade de carga de Inexistência de dados
identificada novos empreendimentos turísticos
destinos turísticos.
Elaboração e execução de
Existência de Planos de manejo e
planos de manejo e usos (i) Melhoria da qualidade ambiental do Polo;(ii)
usos públicos de unidades de Inexistência de plano
públicos de unidades de potencialização do segmento principal
conservação ambiental.
conservação ambiental.
Elaboração do Plano de Gestão Existência do Plano de Gestão (i) Melhoria da qualidade ambiental do Polo (ii)
Inexistência de plano
Integrada dos Resíduos Sólidos. Integrada dos Resíduos Sólidos. potencialização do segmento principal
GESTÃO SOCIO-
Elaboração e execução de
AMBIENTAL
planos de proteção e
Existência de planos de proteção e (i) Aumento da qualidade ambiental do Polo;(ii)
recuperação de áreas
recuperação de áreas ambientais Inexistência de plano potencialização do segmento principal; (iii)
ambientais frágeis ou
frágeis ou degradadas. Aumento da qualidade de vida da população
degradadas e Zoneamento
Econômico Ambiental
(i) Aumento da proteção ambiental do Polo;(ii)
Aumento da fiscalização Áreas ambientais sustentabilidade; (iii) Aumento da atratividade
Áreas protegidas
ambiental degradadas turística; (iv) aumento da qualidade de vida da
população
454
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo do Polo Costa dos Coqueirais -
PDITS, consolidado neste documento, tem como principais itens de conteúdo o
diagnóstico da área de abrangência, as estratégias a serem adotadas para a definição
de medidas de mitigação dos problemas detectados e o plano de ação,
compreendendo a definição e a descrição dos investimentos a serem realizados,
relativos aos Componentes: Produto Turístico, Comercialização, Fortalecimento
Institucional, Infraestrutura e Serviços e Gestão Socioambiental.
Concebido a partir de diretrizes e orientações do Ministério do Turismo – MTur, tendo
em vista o seu alinhamento com o Prodetur - programa estratégico coordenado por
aquele Ministério, o PDITS Costa dos Coqueirais insere-se nos esforços do Governo
Estadual para captação de recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento –
BID no âmbito do Prodetur.
O alcance do PDITS vai além desse propósito. Elaborado de forma participativa,
contando, desde a etapa de diagnóstico até o estabelecimento das ações a implantar,
com a efetiva colaboração dos gestores e técnicos municipais e da sociedade
organizada dos municípios do Polo, com destaque para os empreendedores do setor
de turismo e lideranças comunitárias, este Plano constitui, efetivamente, um
importante instrumento de planejamento estratégico para o desenvolvimento integrado
e sustentável do turismo na área turística do Polo Costa dos Coqueirais.
Desta forma, se considerado em toda a sua extensão pelas instâncias governamentais
e for reconhecido como um produto construído coletivamente pelo poder público e pela
sociedade, este PDITS passa a expressar, de forma concreta, as diretrizes da Política
Estadual de Turismo, por sua vez embasada na Política Nacional de Turismo.
A dimensão regional de planejamento do desenvolvimento do turismo que orienta este
PDITS, tendo em vista o Polo Costa dos Coqueirais, constitui um avanço para a
Gestão do Turismo, levando à mudança de paradigmas, na medida em que traz novos
parâmetros de gestão integrada, de responsabilidades compartilhadas, de parceria,
que sugerem a adoção de instrumentos inovadores, tais como os consórcios
municipais, em aliança com a Secretaria de Estado de Turismo – SETUR/SE, em
busca do desenvolvimento integrado do turismo sustentável. Desta forma, a
efetividade deste PDITS depende do esforço sinérgico e coletivo de todos os atores
envolvidos com a gestão do turismo e com a sua dinâmica da cadeia produtiva do
turismo.
455
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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TURÍSTICA 2010/2011. ARACAJU, SE: EMSETUR, 2010.
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Introdução à Regionalização do Turismo. Ministério do Turismo, 2007.
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SERGIPE, UMA ESTADO, VÁRIOS DESTINOS. AARACAJU, SE: SETUR, 2007.
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Turismo e Secretaria de Estado do Planejamento, 2008.
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(Tese). São Cristóvão: NPGEO, 2010.
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BARRA DOS COQUEIROS, www.barradoscoqueiros.se.gov.br. - acesso em 2011.
CADASTUR, www.cadastur.turismo.gov.br/ - acesso em 2011.
EMSETUR – E-SERGIPE, www.e-sergipe.com/tag/emsetur/ - acesso em 2011 e 2012.
ESTÂNCIA, www.estancia.se.gov.br - acesso em 2011.
FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS, fipe.org.br/ - acesso em
2011 e 2012.
IBGE, www.ibge.gov.br/ - acesso em 2011 e 2012.
INFRAERO, www.infraero.gov.br - acesso em 2011.
ITAPORANGA D’AJUDA, -www.itaporanga.se.gov.br/ - acesso em 2011.
LARANJEIRAS, www.laranjeiras.se.gov.br/ - acesso em 2011.
OBSERVATÓRIO DE SERGIPE, www.observatorio.se.gov.br/ - acesso em 2011,
2012 e 2013.
PIRAMBU, www.turismosergipe.net/escolha-seu-destino/.- acesso em 2011.
SÃO CRISTÓVÃO, www.turismosergipe.net/escolha-seu-destino/cidades-historicas. -
acesso em 2011.
SECRETARIA DE SAÚDE, www.saude.se.gov.br/ - acesso em 2011.
SEPLAG, www.seplag.se.gov.br/ - acesso em 2011 e 2012.
TURISMO SERGIPE, www.turismosergipe.net/ - acesso em 2011 e 2012.
457
COLABORADORES
NOME ENTIDADE
Adriano de Jesus Pereira Secretaria de Turismo - Barra dos Coqueiros
Aislan Henrique Borges Technum Consultoria SS
Alan Juliano da Rocha Santos SEPLAG - SE
Aline Castelo Carneiro Projeto Tamar - Oceanário
Ana Karla C. Lima Brandão SETUR SE
Ana Paula S. Costa SEDURB - SE
Anderson Renê Santos Silva SETUR - SE / PRODETUR
André Cobbe Technum Consultoria SS
Angélica Barreto Secretaria de Turismo - Laranjeiras
Antonio Carlos dos Santos CEHOP - SE
Anunciada P. S. Cortina EMSETUR - SE
Augusto César Coelho S. Silva Projeto Tamar - Pirambu
Beijanine F. da Cunha Estácio - FASE
Bianca Espiridião de Faria SEBRAE
Bruna Lessa ASPECTO - Indiaroba
Bruno Ramos Vasconcelos SEMICT
Carlos Alberto de Paiva Campos Secretaria de Planejamento - Laranjeiras
Carlos Alberto Nascimento EMSETUR - SE
Carlos Henrique de Morais SEINFRA - SE
Carlos Moisés de Lima Santos Secretaria de Turismo – Canindé de S. Francisco
Caroline de Menezes SETUR - SE
Cassandra Teodoro SETUR - SE
Celia Regina B. Rezende ENERGISA
Celia Regina Prudente Melo NOZESTUR
Christian Alessandra Pedral Secretaria de Indústria Comércio e Turismo - SE
Cristiane Alcântara UFS
Cristiano de Almeida Dantas PM - SE
Daisy M. Cadaval Basso Technum Consultoria SS
Delma Maria Costa SETRAB - SE
Denise Guarieiro Technum Consultoria SS
Diego Cabral Ferreira da Costa FUNCAJU / SEMICT
Diego Lobo da Silva SETUR - SE
Ducival Santana de Jesus SEPLAN - SE
Ednilson Nunes Gois BANESE
Eduardo da Silva SEPLAN - SE
458
NOME ENTIDADE
Elber Andrade Batalha de Goes SETUR - SE
Eli Brito Sociedade Civil (Pousada Praia do Sol) - Pirambu
Elisvan Resende Conceição SSP - SE
Elso de Freitas Moisinho Filho São Cristóvão
Ênio Paulo Prefeitura - Santa Luzia do Itanhy
Erika Cristina Prata de Oliveira SETUR - SE
Erivaldo Vieira dos Santos Prefeitura - Indiaroba
Evaldo Santos Moura Prefeitura - Laranjeiras
Evandro da Silva Galdino SEPLAN – SE / PMA
Fabiana Almeida da Silveira ACVB - Aracaju
Fabiana Britto de Azevedo Maia UFS
Fábio Araújo de Andrade SEMICT
Fátima Costa dos Santos BANCO DO NORDESTE
Floro França Filho SEDETEC - SE
Gabriela de Oliveira Andrade Sociedade Civil (Estudante de Turismo) - Aracaju
Gabriela Nicolau dos Santos IPTI / Rosa dos Ventos / FASE/ Technum Consultoria
Genivaldo Vieira dos Santos Secretaria de Turismo - Pacatuba
Geraldo Mota Filho DER - SE
Gilson Lobo Menezes SEPLAG SE
Ginaldo Custódio Lemos Sociedade Civil (ASPECTO) - Indiaroba
Guilherme Vieira SETUR - SE / PRODETUR
Helena dos Reis Santos Sociedade Civil – Santa Luzia do Itanhy
Hercílio da Silva Ramos Junior DESO
Irineu Fontes Secretaria de Cultura - Laranjeiras
Ivanda C. Santos SETUR - SE
Izabel Borges Technum Consultoria SS
Jael Batista Oliveira Santa Luzia - SE
Jean Christophe Oliveira SETUR - SE
Joab Almeida Silva SETUR - SE / PRODETUR
João Oliveira BANCO DO NORDESTE
Joaquim Antonio Pirambu - SE
Joel Oliveira Santa Luzia
José Carlos Góes Sociedade Civil
José Tadeu de Oliveira ICMBIO
José Wahnow Sociedade Civil
Josenilton de Deus Alves CPTUR - SE
459
NOME ENTIDADE
Kátia Pimentel Gadelha ABIH - SE
Klázia Kate Santana Souza SETUR – SE / PRODETUR
Laisa Miguel de Sousa ESTÁCIO / FASE
Larissa de Barros SEMARH - SE
Laura Lázaro Gomes dos Santos UFS
Lício Valério Lima Vieira SEMARH – SE / IFS
Lívia Menezes Meps
Luciana Gonçalves A. Lafaiete SETUR - SE
Luciana Rodrigues UNIT - SE
Luiz Carlos A. dos Santos Secretaria de Turismo – Estância
Luiz Carlos Ribeiro SETUR - SE
Marcelo da Cruz SEPLAG - SE
Marcia Cruz ABRAJET
Marcilio Lins SEPLAG - SE
Marcio Ramos Prefeitura - Brejo Grande
Marco Antônio Domingues SETUR - SE / PRODETUR
Marcos Antônio B. Barreto SENAC - SE
Marcos Antônio Menezes Sobral Secretaria de Turismo - Laranjeiras
Maria da Rocha BANCO DO NORDESTE
Maria do Carmo Marcondes Piloto Silva SEPLAG – SE / SUMAP - SE
Maria Guadalupe Conceição Alves UFS
Maria Júlia Barreto Vasconcelos SEBRAE
Maria Leticia da Cunha Farias SEMARH - SE
Maria Vanilde da Rocha BANCO DO NORDESTE
Mariane Weber Brizo PROJETO TAMAR - Oceanário
Mario Sergio Melo Barreto SEMARH SE SBF
Mary Nadja Lima Santos IFS
Maxwell SETUR – SE - ASCOM
Miguel Pereira Filho CBM - SE
Miranice Lima Santos MTur
Murillo Ramos Cruz SEPLAG - SE
Nanci Miranda Technum Consultoria SS
Nicole Santos Carvalho SETUR - SE
Nivaldo Barbosa Sociedade Civil (Entalhador) - São Cristóvão
Olivia Chirife São Cristóvão
Otavio Augusto Nascimento SETUR - SE
460
NOME ENTIDADE
Patrícia Amor de Andrade SETUR - SE
Patrícia Prado Cabral Souza SEMARH SE
Paulo Aurélio de P. Leite ENERGISA
Paulo Cesar Umbelino de Oliveira SEMARH – SE / SBF
Paulo Ferreira Barros SETUR - SE
Pedro Marcelo da Silva Silveira CDL - Estância
Rafaelle Santos Pinheiro UFS
Raíra Meps
Rayane Ruas Quadros Technum Consultoria SS
Rivaldo Andrade dos Santos Sociedade Civil - Poço Redondo
Roberta Ariane C. Rabelo SETUR – SE / PRODETUR
Roberto Wagner de Gois Bezerra CBM - SE
Rosana Eduardo S. Leal UFS
Rose Mary de O. Fernandes Sociedade Civil
Rui Salei Sociedade Civil (Restaurante Pirambeleza) - Pirambu
Sérgio Araújo Secretaria de Turismo- Estância
Sérgio Ricardo Prefeitura - Santa Luzia do Itanhy
Silvana Lazarito Alves Secretaria de Cultura e Turismo - São Cristóvão
Simone Amorim SETUR – SE / PRODETUR
Solange Vieira de Matos Secretaria de Turismo - Canhoba
Tamires Silva dos Santos Estácio - FASE
Tanit Alvares Bezerra FUNCAJU / PMA
Tiara Silva SECULT - SE
Valéria Guabiraba Santos Secretaria de Turismo – Nossa Senhora do Socorro
Vilma Fontes Figueiredo SEPLAG - SE
Vitor João Ramos Alves Technum Consultoria SS
Wirlan Bernardo SEINFRA - SE
461
TECHNUM Consultoria SS
www.technum.com.br
technum@technum.com.br
462