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Sistemas

Analógicos e Digitais
Licenciatura em Engenharia de Sistemas Informáticos
2ºAno – 1ºSemestre
2016/2017

Sistemas Digitais
Sistemas digitais vs. analógicos

Um sistema é um conjunto de partes relacionadas que funcionam como um todo


para atingir um determinado objectivo. Um sistema possui entradas e saídas e
apresenta um comportamento definido à custa de funções que convertem as
entradas em saídas.

Um sistema analógico processa sinais que variam ao longo do tempo e que podem
assumir qualquer valor dum intervalo contínuo de tensão, corrente, pressão, …

O mesmo se aplica ao sistema digital: a diferença está em nós desejarmos que isso
não aconteça.

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Pereira
Sistemas digitais vs. analógicos

A vantagem mais importante dos sistemas digitais é a sua capacidade para


operarem com sinais eléctricos que tenham sido degradados.

Pelo facto de as saídas serem discretas, uma ligeira variação numa entrada
continua a ser interpretada correctamente. Nos circuitos analógicos, um ligeiro
erro na entrada provoca um erro na saída.

O sistema binário é a forma mais simples de sistema digital.

Um sinal binário é modelado de forma a que ele apenas assuma dois valores
discretos: 0 ou 1, Baixo/LOW ou Alto/HIGH, Falso ou Verdadeiro.

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Pereira
Sinais binários
A lógica digital esconde a realidade analógica, ao mapear uma gama infinita de
valores reais em apenas 2 valores: 0 e 1. A um valor lógico, 0 ou 1, é comum
chamar-se um dígito binário (bit). Com n bits, pode representar-se 2n entidades
distintas.
Quando um projectista lida com circuitos electrónicos, é comum usar os termos
“BAIXO” e “ALTO”, em vez de “0” e “1”.
Considerar que 0 é BAIXO e 1 é ALTO, corresponde a usar lógica positiva. A
correspondência oposta a esta é designada de lógica negativa.

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Pereira
Portas lógicas
A facilidade do processamento de números binários decorre da existência de
apenas dois dígitos, 0 e 1 (bit), que podem ser representados por 2 níveis de
tensão (por exemplo 0 = 0 volt e 1 = 5 volts).
Os símbolos representam um bloco lógico com uma ou mais entradas lógicas A,
B, etc. e uma saída lógica S. As entradas e saídas lógicas só assumem valores
correspondentes aos níveis lógicos 0 e 1.
Um bloco lógico executa uma determinada função lógica para a qual foi
projectado. Essa função determina os valores que as saídas assumem para cada
combinação de valores das entradas. Tais relações são muitas vezes exibidas soba
a forma de tabelas de verdade.
AND OR NOT
A A
S S A S
B B

NAND NOR
A A
S S
B B

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Filipe Pereira
Porta lógica AND (e)

Símbolo novo Símbolo antigo Expressão da função Tabela de verdade

A B S
A
& S 0 0 0
S = A x B
0 1 0
B
1 0 0
Analogia da porta lógica AND com um circuito eléctrico: 1 1 1

A S
B _
+

Quando as duas entradas (A e B) são zero (interruptores desligados) a saída (S) também é zero (lâmpada
apagada).
Quando uma só das entradas é 1 (um só interruptor ligado) a saída (S) é zero (lâmpada apagada).
Quando as duas entradas (A e B) são 1 (os dois interruptores ligados) a saída (S) também é 1 (lâmpada
acesa),
CONCLUSÃO: Só temos o nível lógico 1 na saída quando todas as entradas forem 1 (neste caso, A e B)

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Filipe Pereira
Porta lógica NAND (não e)

Símbolo novo Símbolo antigo Expressão da função Tabela de verdade

A B S
A

& S 0 0 1
S = A x B
B
0 1 1

Negação 1 0 1
1 1 0

A porta lógica NAND é uma porta lógica AND com a saída negada.
Pode observar-se que os níveis lógicos da saída (S) da tabela de verdade NAND é
a negação dos níveis lógicos da saída (S) da tabela de verdade AND.

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Pereira
Porta lógica OR (ou)

Símbolo novo Símbolo antigo Expressão da função Tabela de verdade

A B S
A
S 0 0 0
³1 S = A + B
0 1 1
B
1 0 1
1 1 1
Analogia da porta lógica OR com um circuito eléctrico:

Quando as duas entradas (A e B) são zero (interruptores


desligados) a saída (S) também é zero (lâmpada apagada).
A Quando uma só das entradas é 1 (um só interruptor ligado) a saída
S _
+ (S) é um (lâmpada acesa).
B
Quando as duas entradas (A e B) são 1 (os dois interruptores
ligados) a saída (S) também é 1 (lâmpada acesa),
CONCLUSÃO: Só temos o nível lógico 0 na saída quando todas as
entradas forem 0.

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Pereira
Porta lógica NOR (não ou)

Símbolo novo Símbolo antigo Expressão da função Tabela de verdade

A B S
A
0 0 1
³1 S
S = A + B
0 1 0
B
Negação 1 0 0
1 1 0

A porta lógica NOR é uma porta lógica OR com a saída negada.


Pode observar-se que os níveis lógicos da saída (S) da tabela de verdade NOR é
a negação dos níveis lógicos da saída (S) da tabela de verdade OR.

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Porta lógica NOT (negação)

Símbolo novo Símbolo antigo Expressão da função Tabela de verdade

A S
A S 0 1
1 S = A
1 0

O nível lógico da saída (S) é a negação do nível lógico da entrada (A).

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Porta lógica EXclusive OR (ou exclusivo)

Símbolo novo Símbolo antigo Expressão da função Tabela de verdade

A B S
A
0 0 0
= 1 S S = A Å B
0 1 1
B
1 0 1
1 1 0

A saída é 1 se uma entrada é 1 ou a outra entrada é 1, mas não ambas.


De outro modo: o valor da saída (S) é 1 se as entradas (A ou B) são diferentes e
0 se são iguais.

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Porta lógica EXclusive NOR (não ou
exclusivo)

Símbolo novo Símbolo antigo Expressão da função Tabela de verdade

A B S
A
0 0 1
= 1 S S = A Å B
0 1 0
B
Negação 1 0 0
1 1 1

A porta lógica abreviadamente designada por EX-NOR é uma porta lógica EX-OR
com a saída negada.
Pode observar-se que os níveis lógicos da saída (S) da tabela de verdade EX-NOR
é a negação dos níveis lógicos da saída (S) da tabela de verdade EX-OR.

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Circuitos integrados digitais

14 13 12 11 10 9 8

Marca

1 2 3 4 5 6 7

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Representação normalizada

A representação mais elementar duma função lógica é a tabela de verdade. A


tabela de verdade indica qual é a saída do circuito para cada combinação de
entradas possível. A tabela de verdade duma função de n-variáveis possui 2n linhas.

Existem 28 funções lógicas de 3 variáveis diferentes, em que o número de linhas é


23 = 8 e os valores possíveis por linha são {0,1} = 2.

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Análise, síntese e alterações a um circuito

Considere-se o seguinte circuito. Determine a tabela de verdade.

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Análise, síntese e alterações a um circuito

Considere-se o seguinte circuito. Determine a função algébrica.

Abordagem algébrica: é uma abordagem em que se analisa o circuito desde as


entradas até às saídas, construindo uma expressão correspondente aos operadores
e à estrutura do circuito.

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Análise, síntese e alterações a um circuito

O ponto de partida para projectar um circuito combinacional é normalmente a sua


descrição em linguagem natural (por exemplo, em português).

Exemplo: construir um circuito de alarme.


“A saída ALARM é 1 se a entrada PANIC for 1 ou se a entrada ENABLE for 1, a
entrada EXITING for 0 e a casa não estiver segura. A casa é segura se as entradas
WINDOW, DOOR e GARAGE forem todas 1”.
ALARM = PANIC + ENABLE· EXITING’· SECURE’
SECURE = WINDOW· DOOR· GARAGE

Represente o circuito que concretiza a expressão de ALARM.

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Exemplo

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