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ÍNDICE

1.Introdução ...................................................................................................................... 3
1.1.Objectivo do estudo ................................................................................................ 4
1.1.1.Objectivo Geral ................................................................................................ 4
1.1.2.Objectivos Específicos ..................................................................................... 4
1.2.Problema de estudo ................................................................................................. 4
1.3.Metodologia ............................................................................................................ 4
2.Revisão de Literatura ..................................................................................................... 5
2.1.Definição de património ......................................................................................... 5
2.1.1.Primeiras Noções de Balanço Patrimonial ....................................................... 6
2.1.2.Alterações Patrimoniais.................................................................................... 6
2.1.3.Contas Patrimoniais.......................................................................................... 7
2.1.4.Representação da conta .................................................................................... 7
2.2.Saldo de Conta ........................................................................................................ 7
2.3.Estrutura do Balanço Patrimonial ........................................................................... 8
2.3.1.Regra de movimentação das contas ................................................................. 8
3.Demonstrações Financeiras ......................................................................................... 10
3.1.Balanços ................................................................................................................ 10
3.2.Demonstração do Resultado do Exercício ............................................................ 11
3.3.A Demonstração dos Fluxos de Caixa .................................................................. 12
3.4.Análise das Demonstrações Financeiras ............................................................... 12
Conclusão ....................................................................................................................... 14
Bibliografias ................................................................................................................... 15

Autor: Sergio Alfredo Macore sergio.macore@gmail.com / +258846458829 Pemba - Moz


1.Introdução

O presente trabalho de pesquisa tem como o tema ‘’Património e Demonstrações


Financeiras’’. Através do tempo, vem sendo comprovado que a sociedade depende de
registos contabilísticos e económico-financeiro para obter bons desempenhos quer no
campo governamental, empresarial ou mesmo familiar. Hoje esses conceitos são fortes
aliados aos gestores financeiros, fornecendo aos mesmos relatórios que podem ser
analisados e a partir daí diagnosticar a situação financeira da empresa. Assim, a Gestão
Financeira é fundamental para que as empresas sejam bem-sucedidas e sustentáveis
buscando a perpetuidade.

Um dos focos principais desse estudo é abordar a análise financeira das demonstrações
financeiras, seu papel dentro de uma empresa. Visto que, a análise por meio de índices
financeiros é ferramenta ideal para se ter o controlo mais adequado para as tomadas de
decisões nas empresas. Através dos indicadores financeiros é possível comparar uma
organização com outras do mesmo segmento e até de segmentos diferentes de mercado,
estabelecendo critérios de avaliação do desempenho entre as empresas. Os indicadores
também podem ser utilizados para comparar o desempenho da empresa.

Contudo, percebe-se que cada empresa tem por definida uma missão a qual é realizada
através do seu posicionamento competitivo no mercado. A estratégia da empresa centra-
se precisamente sobre estes posicionamentos.

Deste modo a estratégia competitiva pretende fazer com o crescimento da empresa seja,
pelo menos semelhante ao do mercado onde se encontra a competir, deste modo à taxa
de crescimento das vendas deve acompanhar ou exceder a taxa de crescimento esperada
para o mercado. Sendo viável o uso de projecção de vendas, a qual é a segunda
componente de análise deste trabalho.

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1.1.Objectivo do estudo

1.1.1.Objectivo Geral

 Estudar sobre Património e as demonstrações financeiras.

1.1.2.Objectivos Específicos

 Identificar as demonstrações financeiras usadas na Empresa nomeadamente


Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício.
 Falar sobre o património e seus elementos no balanço patrimonial;

1.2.Problema de estudo

O presente trabalho científico é de estrema importância na medida que as informações


correntes e actualizadas, são capazes de reduzir as suas incertezas, podendo auxiliá-los
nas tomadas de decisões. Suas necessidades de informação não dizem respeito apenas
aos processos tecnológicos e suas inovações, mas, também, a todo o desenvolvimento
do cenário político-social, económico e financeiro. Actualmente as empresas operam
num ambiente bastante competitivo e exigente o que torna o processo de gestão bastante
desafiador, obrigando os gestores, accionistas e credores a terem cada vez mais
necessidade de tomarem decisões mais rápidas.

Com o intuito a cima explanado, coloca-se como pergunta de partida:

 Até que ponto os indicadores financeiros extraídos a partir do balanço


patrimonial e demonstrações financeiras fornecem mecanismos para a tomada de
decisão?

1.3.Metodologia

Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o
método indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de
algo particular para uma questão mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi
(2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados
particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não
contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a
conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos
baseia-mos.

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2.Revisão de Literatura

2.1.Definição de património

O Património é um conjunto de bens. Esse conjunto de bens pode pertencer a uma


pessoa física ou jurídica.

Enquanto pessoas físicas possuem um conjunto de bens e consumo (caneta, televisão,


relógio, etc.) as entidades, pessoas jurídicas de fins lucrativos (empresas) ou de fins
ideais (instituições), possuem outros tipos de bens (mercadorias, máquinas, instalações,
etc.). Considerando o Património de uma empresa, ele pode se apresentar de três formas
diferentes:

Os bens da empresa, que estão em seu poder (computador, prédio, casa, carro,
dinheiro em sua mão, maquinas e etc.).
Os bens da empresa, em poder de terceiros, ou seja os seus DIREITOS (uma
venda feita a prazo (é direito seu receber esse dinheiro, como esse dinheiro ainda
não esta contigo, ele não é um bem, e sim um direito, direito de recebê-lo), o
dinheiro no banco (ele não esta com você) entre outros).
Podemos entender que o que diferencia BENS de DIREITO é a posse. Pois na
verdade tudo que esta nos dois exemplos acima podem ser avaliados em
dinheiro, o que diferencia é se esta ou não com você.
Os bens de terceiros, em poder da empresa, - as suas OBRIGAÇÕES (é o
inverso de DIREITOS, ou seja, é algo avaliável em dinheiro que não lhe
pertence mais está contigo).

A Exemplo:

 COMPRA À PRAZO – seu fornecedor lhe vendeu mercadorias a prazo, é um


direito dele receber e uma OBRIGAÇÃO sua de pagar;
 UM EMPRÉSTIMO – é um direito do banco ou financeira e uma
OBRIGAÇÃO sua pagar.

Assim, definimos o Património como “o conjunto de bens, direitos e obrigações,


avaliável em moeda e pertencente a uma pessoa física ou jurídica”.

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2.1.1.Primeiras Noções de Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é uma demonstração que evidencia todo o património de uma


entidade em um determinado momento, ou seja ela vai mostrar todos os BENS,
DIREITOS E OBRIGAÇÕES numa certa data. Primeiro ela regista esses dados, depois
processa os relatórios e demonstrações. Uma das principais demonstrações é chamada
de Balanço Patrimonial.

Mais para ficar mais apresentável, ao invés de misturar tudo, ela preocupou-se em
deixar isso de uma maneira mais fácil de se entender.

O Património está divido em duas partes: um positivo chamado ATIVO outro negativo
chamado PASSIVO.

No ATIVO estão o conjunto de BENS e DIREITOS e no PASSIVO suas


OBRIGAÇÕES ou DEVERES.

A diferença entre o Activo (+) e o Passivo (-), denomina-se PATRIMÔNIO LIQUIDO


que aparece vinculado ao Passivo, para que haja uma igualdade entre este e o Activo,
que chamamos de Equação ou Equilíbrio Patrimonial.

2.1.2.Alterações Patrimoniais

No desenvolver das operações de uma empresa, quando efectua uma transacção


(compra, vendas) ou qualquer outra operação, os elementos que compõem o Património
se modificam. Chamamos de Exercício Financeiro, operações que acontecem, fazendo
com que a estrutura do Património se modifique a cada operação realizada. A essa
continuidade de operações do “dia-a-dia” da empresa, modifica a estrutura patrimonial.
No último dia de cada Exercício Financeiro levantamos um Balanço que nos mostra a
representação do que existe de Bens, Direitos e Obrigações e qual resultado do exercício
que está sendo encerrado, que ser de dois tipos:

1º) Quando a Receita (+) for maior que a Despesa (-), o resultado final do
exercício será um Lucro;
2º) Quando a Despesa (-) for maior que a Receita (+), o resultado final do
exercício será um Prejuízo;

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O termo balanço na Contabilidade se equipara a igualdade, assim pressupõem se
que o Activo é igual a soma do Passivo mais o Património Liquido (A = P +
PL).

Na contabilidade nos trabalhamos com as chamadas partidas dobradas, registarmos o


mesmo valor duas vezes mais em contas diferentes.

2.1.3.Contas Patrimoniais

São aquelas contas que representam o Activo (indica a existência de Bens e Direitos) e
o Passivo (indica a existência de Obrigações e Património Líquido da entidade, formado
pelo capital social, as reservas e os prejuízos acumulados). São essas contas que
representam o Património da empresa, através do Balanço Patrimonial.

2.1.4.Representação da conta

Por convenção e tradição a conta é apresentada sob a forma de um T.

Deve Titulo da Conta Haver

Debito Credito
(Debitar) (Creditar)

 Toda conta tem um título que é escrito a meio da sua representação gráfica de T;
 Toda a conta tem uma extensão expressa em moeda;
 Ao lado esquerdo do T chama-se Deve (D), ao lado direito do T chama-se Haver
(C)
 Quando fazemos alguns registos no lado esquerdo da conta diz-se que estamos a
debitar a conta, e quando registamos alguma coisa no lado direito da conta diz –
se que estamos a creditar a conta
 A Diferença entre o Débito e o Crédito de uma conta chama-se Saldo:

2.2.Saldo de Conta

O saldo de uma conta pode apresentar 3 naturezas

a) Saldo Devedor (Sd): D > C: Sd = D – C


b) Saldo Credores: D < C: Sc = C - D
c) Saldo nulo: D = C

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2.3.Estrutura do Balanço Patrimonial

O BP tem na sua constituição duas colunas: a coluna do lado esquerdo é a do Ativo e a


coluna do lado direito é a do Passivo (determinado por convenção). No lado esquerdo
são discriminados os bens e direitos, especificando-se qualitativamente cada
componente e indicando seu valor monetário (aspecto quantitativo). No lado direito são
discriminadas as obrigações (dívidas) que a empresa possui para com terceiros, por sua
natureza e por sua expressão monetária.

Também no lado direito são discriminadas as contas do Património Líquido, sendo as


obrigações para com a empresa. São os recursos que os accionistas, sócios investiram na
entidade. Ex.: investimento feito pelos proprietários (dinheiro aplicado), reserva de
lucros, etc.

Balanço Patrimonial
ACTIVO PASSIVO
Obrigações com terceiros
Bens + Direitos Património Liquido
Obrigações com a empresa (directores,
accionistas, etc.)
Total do Activo Total do Passivo
(Total do activo = Total do passivo)

2.3.1.Regra de movimentação das contas

As contas do Activo são debitadas pelo saldo inicial e pelos aumentos de extensão e
creditadas pelas diminuições de extensão.

D CONTA DO ACTIVO C

Saldo inicial Diminuições


Aumentos

As contas do Capital próprio e do passivo são creditadas pelo saldo inicial e pelos
aumentos de extensão e debitadas pelas diminuições de extensão.

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D CONTA DO PASSIVO C

 Diminuições  Saldo inicial


 Aumentos

EXEMPLOS:

a) A conta Depósito à ordem, de uma empresa X, apresentava em 1 de Janeiro de


2019 um saldo inicial de 30.000,00 MT.

D DEPOSITO A ORDEM C

Si 30.000,00

No dia 10 de Janeiro depositaram – se 150.000,00 MT

O valor da extensão desta conta aumenta, passando para 180.000,00 MT. Esta conta
debita – se pelo aumento (registo ao lado esquerdo).

D DEPOSITOS A ORDEM C

Si 30.000
Aumento 180.000,00

No dia 15 de Janeiro, levantaram – se da conta Depósito à Ordem 50.000,00 MT

Esta operação traduz uma diminuição do saldo da conta, que passa de 180.000,00 MT
para 130.000,00 MT. Deve creditar – se a conta de Depósito à ordem.

D DEPOSITOS A ORDEM C

Si 30.000,00 Diminuição 50.000,00


Aumento 180.000,00

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Em suma:

Movimentação das contas


CONTAS DEBITO CREDITO
Activo Aumenta Diminui
Passivo Diminui Aumenta
Património Liquido Diminui Aumenta
Despesas Aumenta Diminui
Receitas Diminui Aumenta

3.Demonstrações Financeiras

Segundo Ribeiro (1999, p. 40) “Demonstrações Financeiras são relatórios ou quadros


técnicos que contém dados extraídos dos livros, registos e documentos que compõem o
sistema contabilístico de uma entidade.” Os registos contabilísticos realizados
periodicamente pélas empresas são a fonte dos dados para o processo de elaboração das
Demonstrações Financeiras.

As demonstrações financeiras de uma empresa apresentam informações que revelam


suas operações por um período de tempo, e quando analisadas permitem detectar quais
são os aspectos fortes e fracos apresentados em suas actividades operacionais e não
operacionais, bem como suas potencialidades, auxiliando assim, a tomada de decisão.

3.1.Balanços

De acordo Franco (1989, p.39) “Balanço Patrimonial é a representação sintética dos


elementos que formam o património, evidenciando a diferencial que completa a equação
entre seus valores positivos e negativos.”

Santos et al. (2003, p.77) diz que “balanço patrimonial é uma demonstração
contabilística, obrigatória, sendo uma apresentação sintética e ordenada do saldo
monetário de todos os valores integrantes do património da companhia, em determinada
data, num sentido estático.”

Segundo Ribeiro (2008, p.39), “balanço patrimonial é uma demonstração financeira


(contabilística) que evidência de forma qualitativa e quantitativa, em uma determinada

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data, a situação patrimonial e financeira de uma entidade.”Ross et al. (1998, p.38),
“balanço patrimonial é um retracto instantâneo da empresa. É um modo conveniente de
organizar e sintetizar o que uma empresa possui (seus activos), o que uma empresa deve
(suas exigibilidades), num dado momento.”

Assim, compreendemos que o balanço patrimonial é a peça contabilística que retracta a


posição (saldo) das contas de uma entidade após todos os lançamentos das operações de
um período terem sido feitos, após todos os provisionamentos (depreciação, devedores
duvidosos, etc.) e ajustes, bem como após o encerramento das contas de receita e
despesa também terem sido executados, ou seja, o Balanço Patrimonial é resultado de
uma serie de eventos que ocorreram no património da entidade e que foram sintetizados
numa demonstração.

De acordo Marion (2006. P 42) o balanço patrimonial tem por finalidade demonstrar a
situação financeira e patrimonial da entidade em determinado período, e é composto por
três elementos básicos: Activo, Passivo e Património Liquido.

3.2.Demonstração do Resultado do Exercício

Ludicibus (2000), diz que a demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma


demonstração contabilística dinâmica que se destina a evidenciar a formação do
resultado líquido em um exercício, através do confronto das receitas, custos e
resultados, apuradas segundo o contabilístico do regime de competência.

De acordo Fernandes et al. (2012: 38), a demonstração de resultado é o documento que


divulga o montante dos resultados obtidos, bem como os componentes que contribuem
para a sua formação (rendimentos e gastos).

Assim, a demonstração do resultado do exercício oferece uma síntese financeira dos


resultados operacionais e não operacionais de uma empresa em certo período. Embora
sejam elaboradas anualmente para fins legais de divulgação, em geral são feitas
mensalmente para fins administrativos e, trimestralmente para fins fiscais.

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3.3.A Demonstração dos Fluxos de Caixa

Segundo Fernandes et al. (2012, p.48) A Demonstração dos Fluxos de Caixa tem como
principal objectivo elucidar os utentes da informação financeira sobre o modo como a
empresa gera e utiliza o dinheiro num determinado período (normalmente um ano), em
termos de fluxos gerados na entidade pélas actividades desenvolvidas.

A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), procura explicar a forma como é gerado e
utilizado o dinheiro evidenciando os fluxos de recebimentos e de pagamentos de
determinada entidade no exercício económico, e reconciliando o saldo inicial e final de
caixa e seus equivalentes.

3.4.Análise das Demonstrações Financeiras

Conforme entendimento de Silva (2010, p. 6), análise financeira “consiste num exame
minucioso dos dados financeiros disponíveis sobre a empresa, bem como das condições
endógenas e exógenas que a afectam financeiramente, com o objectivo de verificar sua
performance económico-financeira.”

Como dados financeiros disponíveis, pode-se incluir demonstrações contabilísticas,


programas de investimentos, projecções de vendas e projecção de fluxo de caixa, por
exemplo. Como condições endógenas, analisa-se estrutura organizacional, capacidade
de gestão e nível tecnológico da empresa. Como condições exógenas, relaciona-se os
factores de ordem política e económica, concorrência e fenómenos naturais, entre
outros. Desse modo, a análise financeira transcende as demonstrações contabilísticas.

As demonstrações contabilísticas são apenas canais de informação sobre a empresa,


tendo como objectivo principal subsidiar a tomada de decisão. Estão implícitos que
devemos trabalhar com informações de boa qualidade para chegarmos a um relatório de
análise com o esmero necessário.

A análise das Demonstrações Contabilísticas, portanto, têm por objectivo observar e


confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando o
conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa,
de modo a revelar os factores antecedentes e determinantes da situação actual, e,
também, servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro da empresa.

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É importante ressaltar que a análise das demonstrações contabilística, amplamente
aceite no meio académico e empresarial, compreende duas categorias distintas:

 A Análise Financeira, que possibilita a interpretação da saúde financeira da


empresa, seu grau de liquidez e capacidade de solvência; e
 A Análise Económica, que possibilita a interpretação das variações do
património e da riqueza gerada por sua movimentação.

A análise económica e financeira consiste numa metodologia, ou conjunto de técnicas e


processos previamente determinados que apoiam o gestor no momento de definição de
políticas, acções e metas que compõem o planeamento estratégico da organização.

Tanto a análise financeira quanto a económica, são elaboradas e avaliadas sob vários
pontos de vistas distintos, conforme a necessidade e amplitude de cada usuário.

Conforme Fernandes et al. (2012, p.23) Análise Financeira esta vocacionada para a
recolha de informação de cariz eminentemente económico-financeiro, para o seu
tratamento e o seu estudo, de forma a fornecer dados e informações financeiras que
sirvam de base para a tomada de decisões por parte dos gestores financeiros.

Por conseguinte, a análise visa determinar em que medida são conseguidos os


objectivos gerais e particulares que correspondem ao conjunto das tarefas integrantes da
função financeira. Quando feita internamente, é vista numa perspectiva previsional e
voltada para o controlo de gestão.

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Conclusão

Chegando o fim deste trabalho, ficou evidente que, a análise dos indicadores financeiros
de uma entidade pode contribuir com as decisões de seus múltiplos usuários. Estes,
pessoas de natureza física e/ou jurídica, como os accionistas, os gestores, os
fornecedores, os clientes, os credores, os concorrentes e o governo, possuem
necessidades diversas e buscam parâmetros adequados para direccionar suas decisões.
Para isso, as empresas precisam adoptar indicadores que permitam interpretar os
resultados de forma objectiva, de maneira a auxiliar na formação de opinião pública,
tanto interna como externa à entidade.

Porém, ressaltam que não é mais adequada a utilização de medidas financeiras


tradicionais de mensuração e de avaliação de desempenho, citando, dentre outros
exemplos de restrições mais evidentes, o foco quantitativo e centrado na realidade
passada e a tentativa de projecções do passado para o futuro. Complementam que a
probabilidade de insucesso é elevada e que é necessário o desenvolvimento de novas
ferramentas para dar suporte à medição de desempenho.

Assim, pelas peculiaridades e pela relevância desse sector na economia do país e pela
importância de retratar e verificar o comportamento dos indicadores financeiros desse
ramo, devido à alteração na legislação, o que pode auxiliar seus diversos usuários em
suas tomadas de decisão, esta pesquisa se justifica. Justifica-se ainda, pela necessidade
de estabelecer padrões que permitam fazer análises e comparações entre as empresas,
por meio de um referencial único.

Autor: Sergio Alfredo Macore sergio.macore@gmail.com / +258846458829 Pemba - Moz


Bibliografias

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Hoji, M. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira aplicada,


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Krajewski, L. J.; Ritzman, L. P.; Malhotra, M. Administração da produção e


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Franco, Hilário. Estrutura, análise e interpretação de balanços. 15. ed. São Paulo: Atlas,
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Gaither, N.; FRAZIER, G. Administração da produção e operações. 8. ed. São Paulo:


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Oliveira, Maria Marly de. Como fazer pesquisa Qualitativa. Petrópolis, Vozes, 2007.

Ribeiro, Osni Moura. Contabilidade Básica Fácil. 27º Ed. São Paulo: Saraiva 2010.

Silva, Alexandre Alcântara da. Estrutura, Análise e Interpretação das Demonstrações


Contábeis. 2º Ed. São Paulo: Atlas 2010.

Autor: Sergio Alfredo Macore sergio.macore@gmail.com / +258846458829 Pemba - Moz

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