O quê que as pessoas esperam do aconselhamento filosófico?

R: Marinoff aponta a importância do uso da filosofia a serviço da vida,

transcendendo o uso na academia e como instrumento de pensamento intelectual,
demonstrando o como e o porquê de as pessoas recorrerem ao consultório para buscar
alívio das angústias e libertação de problemas gerais. Elas querem soluções rápidas e
práticas para minimizar o desconforto emocional de existir num mundo cheio de
contradições e complexidades.

Qual é o público alvo do aconselhamento filosófico?

R: Pessoas que não têm necessidade de tratamento médico, mas que precisam
de uma intervenção cognitiva para modificar crenças irracionais e não válidas para uma
vida plena, realizada e feliz.

Porque fazer um diagnóstico antes do aconselhamento filosófico?

R: Porque as pessoas têm as suas necessidades específicas. Isto porque:

 Nem sempre o aconselhado necessita dum aconselhamento filosófico;

 As vezes as pessoas precisam primeiro passar por um tratamento
médico ou terapia antes do aconselhamento filosófico;
 Com base no diagnóstico conseguimos tratar melhor o aconcelhado
mediante aquilo que ele é desde que não lhe atribuimos
dogmaticamente uma posição;

Qual é o nosso objectivo no aconselhamento filosófico?

R: São:

 Investigar e advogar o papel da filosofia como alternativa viável para

a resolução de problemas existenciais presentes no cotidiano do ser
humano contemporâneo;

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  Integrar a visão filosófica na vida prática dos aconselhados afim de
leva-los a solucionar as suas questões;
 Avaliar o aconselhamento filosófico como instrumento de apoio para
ser aplicado aos problemas diários da vida das pessoas e para o seu
desenvolvimento pessoal.

Onde tirar conteudo para fazer o aconselhamento filosófico?

R: Claramente devemos ter como apoio o pensamento que a tradição filosófica

nos legou, contanto que, com base na sinceridade do aconselhado, deve-se ter em conta
a pessoa a ser aconselhada tendo em conta o seu contexto.

O que é preciso para fazer um bom aconselhamento filosófico?

R: Ser Filósofo. O que pressupõe:

 Ter bagagem filosófica (de preferência vasta);

 Não confundir os contextos no aconselhamento;
 Buscar conciliar o ideal com a emoção da pessoa;
 Não buscar dar uma solução leviana (mesmo que o aconselhado
exigir, porque cortar o caule do imbondeiro não significa que ele está
morto).

Deve-se cobrar dinheiro pelo aconselhamento filosófico?

R: Depende do aconselhador, sendo que esta é uma terapia como outra

qualquer onde cobram dinheiro pela mesma.

Todo o aconselhado deve sair com a solução no aconselhamento

filosófico?

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 R: Apesar das respostas serem filosáficas, nem sempre podemos saber se o
aconselhado saiu ou não com as respostas que lhe proporcionariam a solução. De realçar
que o nosso trabalho não é dar a solução senão promover uma concatenação entre o
ideal e a emoção.