Por meio do Decreto-lei nº 938/69, a Fisioterapia adquiriu seus direitos, os
quais foram reconhecidos como um curso de nível superior e definitivamente regulamentado. A partir desse momento, difundiu-se em diversas categorias de atuação, dentre estas, encontra-se a Fisioterapia Forense que é uma subárea comum a todas as especialidades da Fisioterapia a serviço da Justiça, na qual o profissional Fisioterapeuta é nomeado a Perito Judicial para auxiliar o juiz, assim como indicado pelas partes para atuar como Assistente Técnico ou ainda, contratado para realizar Jurisconsultorias. Neste sentido, a Fisioterapia Forense é classificada como a aplicação dos conhecimentos de qualquer especialidade fisioterapêutica a serviço da Justiça Estatal ou Privada, através da elaboração de documentos forenses, desde que os litígios estejam relacionados com as disfunções do movimento humano. Estes documentos legais são direcionados a aquelas pessoas que possuem comprometimento do movimento humano e que estão pleiteando seus direitos, assim como em situações que envolvem conflitos de interesse entre empregador e empregado, acidentes em vias públicas, previdência social e privada, bem como acidentes de trabalho e traumas, exemplificam a atuação dos Fisioterapeutas na área forense. O fato é que quando as figuras se desentendem e não resolvem a circunstância entre si, buscam à Justiça Estatal ou Privada para que a desordem seja resolvida. Consequentemente, cabe ao magistrado deliberar a situação, entretanto, nem sempre o juiz possui absoluto domínio na matéria para dar decisões e sentenças mais justas. Nestas circunstâncias, caso o juiz necessite um perito especializado em problemas relacionados ao movimento humano, o profissional Fisioterapeuta poderá ser nomeado como perito judicial. 2
Diante disto, o Fisioterapeuta no âmbito de sua atuação, é capaz de
apresentar o diagnóstico cinesiológico funcional, quantificar as capacidades e incapacidades físico-funcionais do indivíduo e analisar os possíveis nexos de causalidade. Além do mais, considerando o amparo legal e técnico-científico desta atuação, a Constituição Federal de 1988, o Código de Processo Civil e as Resoluções do COFFITO, o entendimento de que é o laudo pericial elaborado por profissional Fisioterapeuta para análise do nexo e extensão do dano, já é uniformizado em diversos Tribunais. Já em situações onde o acidentado aciona a justiça por não concordar com a ressarcimento auferido pela seguradora, tais como ações coerentes à Justiça do Trabalho e ações ordinárias de nulidade de licenciamento contra a União, podem carecer a atuação do Fisioterapeuta como assistente técnico das partes, desde que as incapacidades físico-funcionais desencadeadas necessitem ser quantificadas e qualificadas. Outrossim, não resta dúvidas de que o Fisioterapeuta Forense possui ampla expertise para analisar o nexo causalidade e avaliar as capacidades e incapacidades físico-funcionais dos indivíduos, apontando se temporárias ou permanentes, podendo ainda atuar como Assistente Técnico, desde que seja devidamente indicado pelas partes nos autos do processo. Deste modo, a expertise do Fisioterapeuta versado no seu conhecimento técnico-científico, gera grande importância para auxiliar os magistrados e aos peritos em decisões mais assertivas. 3
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Código de Processo Civil (2015). Código de Processo Civil Brasileiro.
Brasília, DF: Senado, 2015.
BRASIL. Resolução nº 80, de 09 de maio de 1987. Disponível em: <crefito4.org.br/s