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As atividades propostas nesta apostila não devem ser encaradas como um método para a produção de textos – o nome
“redação” cria traumas - , mas sim como estratégias desbloqueadoras para escrever com prazer. C aso você deseje
aceitá-las, deve evitar as seguintes situações:
· hipervalorizar os “erros de natureza normativa” (a princípio, o erro é uma tentativa de acerto; é legal, então, mostrar
esses “erros” ao aluno, apresentando-lhes sugestões de correção);
· exigir que um texto produzido em 30/40 minutos já seja o texto definitivo; ele é apenas um rascunho;
Bom, se você tem esse material em mãos e está lendo, acredito, então, que você seja integrante do grupo de
profissionais que pensam que a educação brasileira ainda não é uma questão falida. Assim, acredito na sua criatividade
profissional, certo de que você irá usar / rejeitar e/ou enriquecer e adaptar as atividades apresentadas, considerando a
realidade do seu aluno.
Num primeiro momento, é possível que você considere tudo muito esquisito, sem sentido, meio louco, o que demonstra
que você é um ser humano normal. O elemento novo assusta e, às vezes, é rejeitado. Depois vem a curiosidade e,
então, você começa a perceber o rendimento da educação lúdica.
Não tenho a intenção de subvalorizar a gramática normativa, todavia, qualquer conhecimento teórico nesse campo será
inútil se o aluno não consegue produzir um texto, se expressar, de maneira clara, através das palavras. A NGB tem sua
importância, é claro, mas de nada adiantaria o nosso aluno conhecer toda a nomenclatura da sintaxe, por exemplo, se
ele não consegue organizar suas idéias formando um texto. Primeiro o texto, depois a gramática.
ATIVIDADE 02
· Duplas: sentar um de frente para o outro. Um dirá SIM e o outro NÃO, fazendo modulações.
ATIVIDADE 03
· Duplas: sentar de frente para o companheiro e começar a conversar, todas as duplas ao mesmo tempo; investigar tudo
aquilo que a outra pessoa é, gosta ou não gosta; depois (uma dupla de cada vez) um assume o outro, começando com
MEU NOME É...
ATIVIDADE 04
· Propor um tema para discussão em dupla: um companheiro é contra e o outro é a favor (política, escola, criança,
trabalho doméstico, religião, música, cinema, televisão, etc..). Os dois integrantes de cada dupla falarão ao mesmo
tempo como se fosse uma discussão (aqui, o importante são os argumentos que cada um apresentará para defender sua
“opinião”).
ATIVIDADE 05
· C ada companheiro deverá escolher um tipo social; sem utilizar a fala, fará a representação, e o grupo tentará
reconhecer a profissão escolhida.
ATIVIDADE 06
· C ada companheiro contará um caso engraçado que lhe tenha acontecido (pode ser fictício).
ATIVIDADE 07
· C ada companheiro falará uma palavra negativa (não gosta) e uma positiva (gosta) e explicará ambas as escolhas.
ATIVIDADE 08
· Vamos cantar? Após, cada companheiro (ou grupo, conforme o número de participantes) interpreta a letra da música.
ATIVIDADE 09
· Ao som de uma música lenta, preferencialmente, orquestrada, procurar reproduzir com seu corpo o movimento de uma
folha sendo levada pelo vento.
ATIVIDADE 10
· Imaginar a seguinte situação: você está dirigindo seu carro e avista uma praia deserta. Para o carro, leva a chave e
resolve tomar banho sem roupas. Entra na água e experimenta a sensação gostosa do contato da água com seu corpo.
Quando você retorna ao local em que deixara a roupa, percebe que a mesma foi roubada. O que você falaria, pediria ou
faria?
Explorando a Escrita
ATIVIDADE 01
· O dinamizador divide a turma em grupos e espalha gravuras desconexas (de 05 a 08 gravuras) e solicita a formação de
uma seqüência. Posteriormente, oralmente ou por escrito, o grupo forma uma história e lê para os outros companheiros.
ATIVIDADE 02
· Distribuir folhas para todos. C ada um deverá produzir uma palavra gráfica; prender no quadro para que cada
companheiro observe a produção dos outros. Em seguida, dividir a turma em grupos e, a partir das palavras obtidas,
deverá ser formado um texto.
ATIVIDADE 03
· Divididos em grupos, os alunos pensam numa palavra muito importante para cada um e escrevem-na num papel;
· Todos leem, em voz alta, as palavras escritas e, em comum acordo, cada grupo seleciona uma delas para usar na
atividade;
· O dinamizador pede que escrevam em maiúsculas e no centro da folha o tema escolhido. Um tempo é estabelecido (15
a 20 minutos) para que os componentes registrem, sob forma de diagrama, o maior número de palavras que mantenham
relações de sentido com aquela que foi escolhida. Ganha o jogo o grupo que apresentar o maior número de palavras.
ATIVIDADE 04
Inventando propagandas
· Anunciando sabonete – cada grupo deverá criar um pequeno texto comercial, promovendo a venda de sabonete,
mas sem usar as seguintes palavras (nem sinônimos e derivados): banho, suave, higiene, sabonete, beleza, espuma,
perfume, corpo, limpeza, fragrância.
· Anunciando xampu: como no anterior, o grupo não poderá usar as seguintes palavras: cabelo, macio, água, banho,
chuveiro, condicionador, xampu.
· Anunciando pasta de dentes: como no anterior, o grupo não poderá usar as seguintes palavras: dentes, hálito,
pasta, refeições, refrescante, cáries, dentrifício, boca, sabor, flúor, escova, dia.
Obs.: C onforme o número de participantes, o dinamizador poderá sugerir outros produtos ou permitir que mais de um
grupo escolha o mesmo produto.
ATIVIDADE 05
Brincando com os provérbios – esta atividade pode ser feita em pequenos grupos ou individualmente. Os
participantes deverão fazer adaptações criativas e cômicas dos provérbios sugeridos:
ATIVIDADE 06
Argumentação
· C ada grupo vai vender um produto. É preciso convencer os ouvintes de que esse produto é fantástico, tem algo
diferente e espetacular.
Sugestões:
a) uma cebola;
b) uma garrafa pet;
c) uma folha de jornal;
d) um tomate;
e) outros, a critério do dinamizador e/ou do grupo.
ATIVIDADE 07
Descrição de pessoa
ATIVIDADE 08
· C ada companheiro põe seu nome numa folha, apenas o nome. Em seguida todos trocam as folhas entre si (não vale
ficar com a própria folha). C ada companheiro escreve uma carta para aquele cujo nome está na folha que ficou com ele.
ATIVIDADE 09
· C ada companheiro deverá desenhar, escrever ou rabiscar num papel pardo que será colocado a disposição de todos.
Terminada essa fase, cada um dirá, com uma palavra, o que sentiu ao produzir seu trabalho(poderá também interpretar
seu trabalho através de uma palavra). Todas as palavras serão escritas no quadro pelos participantes. Em seguida, todos
(individualmente ou em pequenos grupos) deverão produzir um texto, de modo que entrem, em sua quase totalidade, as
palavras ditas pelos companheiros. Posteriormente, cada texto deverá ser lido em voz alta.
ATIVIDADE 10
· Todos em círculo;
· Distribuir uma porção de massa (de modelar ou de pastel, feita com farinha e água) para cada participante;
· De olhos fechados e ao som de uma música, preferencialmente, orquestrada, cada um modela sua massa com os
dedos. Após um determinado tempo, interromper a música, pedir que abram os olhos e observem a forma que a massa
tomou.
· Responder, por escrito, as seguintes perguntas, levando em consideração o objeto que acabaram de criar:
1. Quem sou eu?
2. Meu nome é...
3. C omo nasci?
4. De que sou feito (descreva-me)?
5. Onde vivo?
6. Quais os meus gostos, meus medos?
7. Que planos tenho para o futuro?
8. Minha mensagem para o homem é...
· O dinamizador poderá aumentar ou diminuir o número de perguntas em função do interesse da turma. Terminadas as
respostas (ou antes, a critério do dinamizador), cada aluno poderá apresentar aos colegas seu trabalho.
ATIVIDADE 11
Um ser fantástico
Material: Músicas sobre o tema (ex.: Sem Pecado e sem Juízo, de Baby C onsuelo), jornais, retalhos de tecido, papel
colorido, vela, fósforo, celofane, plástico, papelão ou qualquer outro material que permita a confecção de bonecos.
· Após a leitura, falar sobre o nosso corpo, a matéria de que é feito(carne e osso), as vantagens e desvantagens de ser
feito dessa matéria e as precauções que devemos tomar para nos preservar do perigo (fogo, água, queda, etc..);
· C ada grupo deverá confeccionar um ser fantástico, sem nenhum compromisso com o real;
· Batizar o novo ser com um nome que tenha ligação com o material de que é feito e criar um texto sobre ele, baseando-
se nas perguntas:
1. Quem é?
2. De que é feito?
3. Onde vive(descrever o ambiente);
4. C omo se comunica quando está alegre ou triste?
5. C omo se relaciona com os outros seres?
6. Quais as suas contribuições para o mundo?
ATIVIDADE 12
Situação-problema
A coerência e a organização lógica das idéias podem ser bastante trabalhadas nesta atividade. O aluno, para melhor
resolvê-las, deve colocar-se na situação como se, realmente, ela fosse verdadeira.
1. Você está na África e não sabe falar o dialeto local. C omo você se comunicaria para pedir comida, ir ao banheiro, usar
o telefone?
2. C omo você sairia de uma ilha deserta cercada de tubarões, sem nenhuma embarcação?
3. C omo você faria para sair de uma estação do metrô em dia de temporal, com as galerias inundadas?
4. Você foi ao supermercado fazer compras. De repente, viu um embrulho jogado num canto do chão. Observou melhor
e viu que ele se mexia. O que era? O que fez com ele?
5. Você e um grupo de amigos caminhavam para o cinema. De repente, você se distraiu e perdeu de vista a turma. O
que fez? C onseguiu encontrá-los? C omo?
6. Você caminhava pela rua quando encontrou uma criança perdida. O que fez? C omo estava a criança?
7. Você entrou no cinema com o (a) namorado (a). Por uma infelicidade, ao se beijarem, o aparelho corretivo que você
usa nos dentes engatou no dele (a). O que fizeram para resolver o problema? Demorou muito? Qual a reação das
pessoas que presenciaram o fato?
ATIVIDADE 13
Imagine que...
· Distribuir, aleatoriamente, cartões com as condições e perguntas abaixo, que deverão ser respondidas pelos
participantes:
8. Você foi a uma fazenda. Era noite de lua cheia. Saiu para dar um passeio e viveu uma grande aventura.
- Qual? C omo? C om quem?
9. Você assistia à televisão quando, por um passe de mágica, foi atraído para dentro do aparelho.
- C omo foi isso?
- O que aconteceu?
- Que aventuras viveu?
- C onte seu retorno à sala de sua casa.
11. Você foi assistir a um show de rock. De repente, aconteceu algo estranho.
- O quê? C omo?
- C om quem?
- C omo tudo terminou?
· O dinamizador se apresenta sos alunos dizendo seu nome, idade, atividade, gostos, hábitos, ideais, planos futuros, etc..
Feito isso, cada aluno se apresentará da mesma forma. O dinamizador deve alertar para prestarem atenção às
informações de cada participante ao se apresentar, pois elas serão usadas depois.
· C ada participante coloca num papel, sem se identificar, cinco de suas qualidades, hábitos e/ou preferências dentre as
que citou na apresentação. Os papéis são misturados numa caixa e cada participante tira um, lê alto e tenta descobrir a
quem pertencem as características indicadas. C aso não consiga acertar mesmo depois de três chances, o grupo poderá
ajudá-lo.
· C olocar sobre a mesa gravuras variadas e pedir que escolham aquela com a qual melhor se identifiquem e digam por
que a escolheram.
· Pedir a cada aluno que descreva o que vê na figura e o que sente em relação a ela.
ATIVIDADE 03 - Quebra-gelo
· O dinamizador escreve as frases abaixo em tiras de papel e oferece aos participantes para sortearem uma delas e
completá-la oralmente para o grupo.
8. Neste momento em que estamos juntos, a primeira sensação que tenho é...
19. Quando eu cheguei a esta sala, o detalhe que mais me chamou a atenção foi...
· O dinamizador pede a cada colega para que escolha, entre seus pertences, um objeto com o qual se identifica. C aso o
participante não tenha várias opções, que pegue um objeto qualquer.
· Em seguida o dinamizador pede para que depositem todos os objetos destacados em um saco, preferencialmente de cor
escura.
· Recolhidos todos os objetos, o dinamizador passa a sacola novamente para que cada participante pegue um, sem ver
ou escolher, evitando pegar o seu próprio.
· Agora, cada participante deverá falar sobre o objeto que está em seu poder, estabelecendo alguma relação entre o
mesmo e o seu proprietário. Posteriormente, deverá “indicar” a quem pertence.
· Uma vez descoberto o proprietário do objeto em questão, deverá este dar seqüência a dinâmica.
· Explicar aos participantes que todos farão um DITADO, e que deverão pegar uma folha e numerar de 1 a 13.
· O dinamizador pede para que cada participante escreva ao lado de cada palavra uma única palavra que traduza o que a
palavra anterior representa pra ele. Pode ser um sentimento ou uma sensação)
· Agora o dinamizador fará uma análise das “respostas” da seguinte forma:
1. O que você escreveu aí ao lado da palavra inicial significa o que você pensa que é, mas não é;
2. o que os outros pensam a seu respeito;
3. o que você é de fato;
4. como você vê a vida;
5. como você vê sua mãe;
6. como você vê a morte;
7. como você está hoje em relação a sua sexualidade;
8, 9 e 10. representam os cuidados e a atenção que você deve ter nas relações do dia-a-dia;
11, 12 e 13 – compromissos que devemos ter com nós mesmos para que tudo aconteça.
Explorando o Desenho
ATIVIDADE 01 - E se levássemos tudo ao pé da letra...
· Relacionar, no quadro, uma série de expressões populares utilizadas no dia-a-dia e que têm sentido figurado;
· Pedir aos participantes para que escolham de uma a quatro expressões e representem-na(s) através de um desenho,
levando em consideração seu sentido próprio, ou seja, como seria se entendêssemos ao pé da letra.
Sugestões:
O JOGO DRAMÁTICO
· Todos andando em círculo;
· O dinamizador vai dizendo o que eles devem dramatizar: “você está passeando num shopping, para diante de uma loja,
olha uma vitrine e observa uma coisa que você quer muito, mas não tem dinheiro para comprá-la....”
RETRATANDO O COLEGA
· O dinamizador distribui duas folhas de papel ofício (dobradas) e orienta cada participante a desenhar 3 partes do corpo
de 3 colegas diferentes (ou o mesmo): rosto, pernas, braços;
· C ada um expõe seu desenho, encaixando um depois do outro, no quadro negro (fita crepe).
· Um aluno inicia um risco no quadro, para e outro continua até que toda a turma faça o mesmo.
· C oncluído o desenho, os grupos (de 4 pessoas) recebem meia folha de papel pardo e tenta “imitar”, no papel, o traçado
que está no quadro. Depois, pintar os espaços, fazendo um grande colorido.
· Formar um círculo;
· Um rolo de barbante é dado a um participante; ele segura uma ponta e chama um colega para pegar o rolo;
· Quem pega o rolo volta para o seu lugar e chama outro e vai formando uma figura;
· Os participantes saem dos seus lugares e entrevistam dez colegas, fazendo uma das perguntas abaixo a cada um;
· Terminada esta etapa, começam as apresentações com cada um lendo sua folha.
· Fazer, num papel duro, um quadrado ou outra forma geométrica com uma abertura;
· C ortar diversos papéis em formas geométricas distintas (quadrado, triângulo, círculo, retângulo) e colocá-los num
saquinho;
· C ada participante retira um papel.
· Os grupos se formam de acordo com a forma, a cor e o número das figuras (seis integrantes no máximo);
· O dinamizador entrega aos grupos um pedaço de papel (cartolina ou cartão), mais ou menos tamanho ofício e pede que
o grupo monte uma figura, ou seja, que construa um desenho com as formas geométricas recebidas;
· Um representante do grupo explica a imagem construída.
· OUVIR – atividade fisiológica. Ouvimos tudo porque não somos surdos. ESC UTAR – atividade psicológica, escutamos
apenas o que nos interessa; VER – fisiológico, campo de visão; OLHAR – escolhemos o que queremos olhar e olhamos
apenas uma coisa de cada vez.
· Todos em círculo;
· C ada participante recebe um papel;
· O dinamizador vai fazendo as perguntas abaixo. C ada participante responde a primeira pergunta, dobra a folha de
forma a esconder a resposta e passa adiante.
· Esse procedimento vai sendo repetido até a última pergunta.
· Respondida a última pergunta, cada participante abre o papel e lê o texto em voz alta.
PERGUNTAS
1. Quem?
2. Onde?
3. C om quem?
4. Quando?
5. O que faziam?
6. O que usavam?
7. De repente...
8. E assim...
· C ada participante escreve, num papelzinho, uma palavra que resuma o que ele pensa da vida (pode ser também o que
ele pensa de estar aqui), o que isso representa pra ele;
· O dinamizador recolhe todas as palavras num saco ou numa caixinha;
· C ada participante retira uma palavra (não vale ficar com a sua) e desenha o que essa palavra significa pra ele;
· C ada participante apresenta seu desenho e explica o significado após dizer a palavra que retirou.
· Em seguida, o participante que escreveu a palavra fala o que quis dizer com ela, mostra seu desenho e continua a
dinâmica, sempre nessa ordem.
OBS.: C aso haja um retroprojetor, o desenho pode ser feito em transparência, filme de rx ou acetado.
· O objetivo é contrastar o que significa a mesma palavra para quem escreveu e para quem recebeu.
DESENHO E COLAGEM
· C ada grupo deverá desenhar um homem ou uma mulher em folha de papel pardo (meia folha) e preencher os espaços
fazendo colagem (jornais, revistas) com reportagens e figuras sobre um tema estabelecido pelo dinamizador (Ex.:
evolução dos direitos da mulher....).
· C ada grupo apresenta seus resultados.
1. Fatal
2. Quando amo não sou um
3. Meu Herói
4. Tô Fora
5. Recomeçar
6. Meu Filho
7. Mais uma vez
8. O que vivi até agora
9. Sou feliz
10. O descaminho das drogas
11. O que me inspira
12. Sonho Meu
13. Quero uma vida diferente
14. Minha volta para a escola
15. Eu e o Mar
EXPLORANDO A ORALIDADE
PAISAGEM SONORA
· Em um minuto registrar todos os sons do ambiente: porta batendo, motores, crianças, buzina, tosse, ondas, pássaros....
· C ada participante faz uma descrição sonora de um ambiente “conhecido” numa determinada hora. A turma tenta
adivinhar o lugar e a hora.
VALOR SENTIMENTAL
· C ada participante deverá trazer um objeto pessoal de valor sentimental e falar sobre ele para a turma.
MUSICANDO POEMAS
· C ada grupo deverá musicar um poema de um autor conhecido e em seguida apresentar para a turma.
1. “A adoção é a maternidade gerada no coração, como a gestação natural é gerada no útero.” (Siro Darlan)
2. “Arte não é curtir por curtir, tem que ter um sentido, uma lógica crítica.”
3. “Uma leitura se torna significativa quando estabelecemos relações entre o objeto de leitura e nossas experiências de
leitor.” (Pillar)
4. “Eu não tenho o hábito da leitura, eu tenho a paixão da leitura. O livro sempre foi para mim uma fonte de
encantamento.” (Ariano Suassuna)
5. Segundo Madalena Freire, “a experiência pessoal define uma forma particular de ver o mundo, que depende do meio
social, da época em que se vive, da sociedade a que o indivíduo pertence, da idade que ele tem. Portanto, a experiência
de ler é muito particular, na medida que o caminhar pela vida é único para cada pessoa, desde a experiência intra-
uterina à formação familiar, à opção religiosa, às brincadeiras preferidas.”
6. “Alguém pode te obrigar a ser escravo, mas não a ser livre. Liberdade é opção.”
8. “...eu só crio oportunidades, as pessoas é que caem.” (diálogo do filme “O Advogado do Diabo”
9. “A tarefa primordial do educador é seduzir o aluno para que ele deseje e, desejando, aprenda.” (Rubem Alves)
RODA DE LEITURA
1. Você lê?
2. O quê?
3. C omo?
4. Quando?
5. Por que?
6. Para quê?
7. Onde?
8. O que é ler?
NEOLOGISMOS
Millôr Fermandes escreveu sobre palavras que precisavam ser inventadas, tais como:
ABACATIMENTO – redução no preço do abacate.
ADOLAR – puxar o saco dos americanos.
AÇOUGUE – lugar onde se vende carne assada.
a) Assassinatura –
b) C aligrafeia
c) Descendoente –
d) C arieoca –
e) Abensuado
f) Amorder –
g) C alvúcio –
h) Anãofabeto –
BRINCANDO DE DICIONÁRIO
“Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não
há desespero, há calma e frescura na superfície intacta. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.” (Drummond)
1. Dividir a turma em grupos (4 pessoas). A cada rodada, um grupo ficará de posse do dicionário, o único exemplar que
poderá ser manuseado durante o jogo. O professor registra a pontuação;
2. Um grupo escolhe, no dicionário, uma palavra que julgue desconhecida por todos, anunciando-a para a classe. Os
outros grupos terão um tempo para criar, em uma tira de papel, uma definição para a palavra;
3. O grupo que está de posse do dicionário lê todas as definições, inclusive a verdadeira, copiada também numa tira de
papel;
5. Lê-se a definição correta. O grupo que acertar ganha dois pontos. Se ninguém votar na definição do dicionário, o grupo
que escolheu a palavra marca 3 pontos. Já o grupo que tiver sua definição escolhida por outros ganha um ponto para
cada voto. Se ao ouvir a palavra anunciada, alguém da classe souber a definição correta, deve anunciá-la antes de
começar a rodada, marcando 4 pontos para seu grupo. (Nova Escola 124)
Â
DINÂMICA DO SORTEIO
· Preparar uma caixa com o “presente”. Sugere-se uma caixa de bombons em quantidade suficiente para que todos os
participantes possam receber um;
· C ada participante escreve seu nome num papel e coloca numa sacola para sorteio.
· Feito o sorteio, o “ganhador” recebe o “presente”, mas é informado que não poderá abri-lo imediatamente.
1. Parabéns! Você tem muita sorte, foi premiado com este presente que simboliza a confraternização e a amizade que
cultivamos, mas o presente não será seu. Observe entre os companheiros aquele que você considera organizado e
entregue a ele o presente.
2. A organização é algo de grande valor pra você. C omo possuidor desta virtude, deverá entregar o presente a um
companheiro que você considere muito feliz, que está sempre de bem com a vida.
3. Você é muito feliz, construa sempre a sua felicidade em bases sólidas. A felicidade não depende dos outros, mas de
nós mesmos. Bom, mas o presente ainda não será seu, entregue-o para alguém que você considere uma pessoa meiga.
4. A meiguice é algo raro e você a possui, mas o presente ainda não é seu e você com seu jeito meigo não vai fazer
questão de entregá-lo a alguém que considere extrovertido.
5. Por ter esse jeito tão extrovertido é que você está sendo escolhido para receber este presente, mas infelizmente ele
não é seu, passe-o para quem você considera muito corajoso.
6. Você foi contemplado com este presente e agora, demonstrando a virtude da coragem, pela qual você foi escolhido
para recebê-lo, entregue-o para quem você acha muito inteligente;
7. A inteligência nos foi dada por Deus. Parabéns por ter encontrado espaço para demonstrar este talento; muitos de
nossos irmãos são inteligentes, mas a sociedade muitas vezes impede que eles desenvolvam sua inteligência. Agora
passe o presente para quem você acha simpático.
8. Para comemorar a escolha distribua um largo sorriso aos amigos. O mundo está tão amargo e para melhorar um
pouco necessitamos de pessoas simpáticas como você. Parabéns pela simpatia. Não fique triste, o presente não será seu,
passe-o para quem você acha dinâmico.
9. Dinamismo é fortaleza, coragem, e irradia energia. Seja sempre um agente multiplicador de boas idéias e boas ações
em seu meio. Precisamos de pessoas como você, mas passe o presente para quem você acha solidário.
10. Solidariedade é uma coisa muito rara no mundo em que vivemos, de pessoas egocêntricas. Você está de parabéns
por ser solidário com os companheiros, mas o presente não será seu, passe-o para quem você acha muito alegre.
11. Alegria! Você, neste dia, poderá fazer renascer em muitos corações a alegria de viver. Pessoas alegres como você
transmitem otimismo e alto astral. C om sua alegria, passe o presente para quem você acha mais elegante.
12. Parabéns, a elegância torna a sua presença mais marcante, e completa a criação humana, mas o presente ainda não
será seu. Passe para aquele companheiro que você considerar mais bonito.
13. Que bom! Você foi escolhido por ser o mais bonito do grupo. Agora mostre essa beleza desfilando para que todos
observem o quanto é bonito, mas o presente não será seu, passe-o para quem lhe transmite paz.
14. O mundo inteiro clama por paz e você, gratuitamente, transmite esta tão grande riqueza. Parabéns! Você está
fazendo falta às grandes potências do mundo, responsáveis por tantos conflitos entre a humanidade. C om muita paz,
abra o presente e divida-o com todos os companheiros, desejando-lhes muitas felicidades em nome de todos nós.
AMIZADE está acima das idéias e não se desfaz com adversidades. Se nasce, não pode morrer. Até sua lembrança é
eterna. C omo diz Milton Nascimento: “Amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração.”
O grupo precisa de pessoas com características diferentes para que possa tornar-se realmente um grupo forte e capaz de
atender diferentes solicitações. Quando cada um oferece seu potencial individual fortalece o trabalho do grupo.
2. Escreva um poema curtinho sobre a cor que mais lhe agrada neste momento.
4. Numa viagem de ônibus, observe atentamente outros passageiros, como se eles fossem personagens de uma história.
O que estão usando? C omo agem? O que você imagina de cada um?
5. Escolha uma brincadeira infantil, como esconde-esconde, por exemplo. Escreva um texto descrevendo o que as
pessoas fazem nessa brincadeira, mas sem dizer que brincadeira é, até o final do texto.
6. Imagine que você vai passar dois anos isolado do mundo em contato com a natureza. Quais são as três coisas que
você levaria? Por quê?
7. Faça de conta que você é uma árvore. Que tipo de árvore? Por quê? Descreva a si mesmo detalhadamente (altura,
aparência, idade...).
8. Escreva um haikai (3 linhas sem rimas, a primeira com 5 sílabas métricas, a segunda com 7 e a terceira com 5) sobre
o que se vê olhando através da janela mais próxima.
9. Onde você está neste exato momento? Imagine-se neste mesmo lugar daqui a 15 anos. Escreva contando o que
mudou, como se sente, o que continua igual.
10. Se você fosse um viajante do passado ou do futuro, visitando o presente, como escreveria um relatório contando o
que você vê neste momento?
11. Descreva seu quarto da perspectiva de outra pessoa (amigo, vizinho, um estranho...).
12. Existe alguém na sua família que seja um grande contador de histórias? Descreva essa pessoa de modo a mostrar
por que ela é um grande contador de histórias.
13. De todos os lugares em que você já viveu, qual é o seu preferido? Por quê? Quem vive lá agora?
14. C onte uma história usando personagens de livros diferentes (pode ser de filme ou novela também).
15. Se você pudesse renascer em outra época da história, que época seria essa e por quê?
16. Qual é a sua história infantil preferida? Escreva um final diferente para ela.
18. Reescreva a letra de sua música preferida mudando-a para que fique autobiográfica.
19. Escreva um parágrafo sobre sua cor preferida, como se você estivesse vendo-a pela primeira vez.
21. Você lembra da última vez que riu às gargalhadas? C onte o que foi que aconteceu e que provocou seu riso.
22. Pegue as palavras PAZ, ESPERANÇ A e ALEGRIA. Transforme cada uma delas em personagem de um pequeno conto.
Para descrever as personagens, inspire-se em gente que você conhece e a quem esses nomes se ajustariam.
23. Indique 3 pessoas que fizeram diferença na sua vida e escreva um parágrafo sobre cada uma delas.
25. Escreva um parágrafo com a descrição da pessoa que você mais odiou em toda a sua vida.
26. Agora, faça a mesma coisa com a pessoa que você mais amou ou ama.
27. Descreva o tempo que está fazendo hoje sem usar as palavras que normalmente são aplicadas ao clima.
28. Pegue um livro qualquer. C opie a última frase e use-a para começar uma história.
29. Invente uma descrição para uma sobremesa chamada Além do Arco-Íris.
30. Escolha 5 palavras. Mude uma letra em cada uma delas para inventar novas palavras. Defina as novas palavras
criadas.
31. Escolha um poema e transforme-o numa história curta ou, faça o contrário, transforme uma história num poema.
32. Se você tivesse um anjo da guarda, que forma ele teria? Para que situação você pediria sua ajuda?
34. C onte uma mesma história de dois pontos de vista diferentes: o do herói e o do bandido.
36. Você se mudou para outro país, para conhecer outras culturas. Para onde você se mudou? O que você aprendeu até
agora? Qual o nome desse país?
37. Que dia da sua vida você gostaria de reviver? C onte o que aconteceu nesse dia.
38. Que dia da sua vida você gostaria de esquecer? C onte o que aconteceu nesse dia.
44. É possível definir a beleza? Defina (ou explique porque não é possível).
PREPARANDO UM DISCURSO
Você foi escolhido pelos seus colegas de classe para ser o orador da turma na solenidade de formatura. A escolha
trouxe-lhe um problema: a redação de um discurso. Você não quer ser prolixo, e deseja, portanto, fazer um discurso de
formatura curto, preciso, sem utilizar expressões ocas e desgastadas, em que você fale das responsabilidades sociais dos
estudantes brasileiros. Então, mãos à obra.
“Quem deve cuidar da casa e dos filhos é a mulher, o homem cuida do sustento da família.” (Severino, 38 anos)
A sexualidade está muito relacionada com o papel que homens e mulheres desempenham socialmente. O que a
sociedade espera do comportamento do homem e da mulher é o que se chama de papel sexual.
A sociedade e a cultura de cada povo determinam como homens e mulheres vão incorporar esses papéis e quem não
segue esse padrão, normalmente não é visto com bons olhos.
Antigamente, não se admitia que a mulher trabalhasse fora, usasse calças compridas e batom. Atualmente, muitas
mulheres desenvolvem trabalhos iguais aos dos homens e se vestem de acordo com a conveniência, condição e ocasião.
Apesar da modernização que a estrutura social sofreu nas últimas décadas, observamos que a educação de meninas e
meninos continua sendo bem diferenciada. Enquanto os meninos são educados dentro da ótica da competição e agressão,
as meninas são educadas para serem delicadas e maternas.
Quando chega a adolescência, vem uma série de proibições para a menina: não deve sair sozinha, não pode transar com
o namorado etc. Já para o rapaz, tudo é permitido e até estimulado: sair só, beber, fumar, voltar para casa de
madrugada, ter relações sexuais.
Essa reflexão não pretende fazer meras substituições entre as posições sociais que os homens e as mulheres ocupam,
mas promover a igualdade de direitos e a equiparação de oportunidades.
· Os grupos de meninos deverão discutir e relacionar cinco vantagens e cinco desvantagens de ser mulher;
· Os grupos de meninas deverão discutir e relacionar cinco vantagens e cinco desvantagens de ser homem;
· Feitas as listagens, cada grupo apresenta seus resultados.
“Me acho muito desinteressante, nada fica legal para mim. Eu queria ter um corpo de modelo, um cabelo bonito e roupas
bem transadas. Acho que nunca vou ser bonita como as modelos. Será que eu ainda posso mudar? “
(Rosana, 14 anos)
C orpo e personalidade transformam-se ao mesmo tempo na adolescência e aí vêm as surpresas, o não saber o que fazer
para esconder ou evidenciar mais essas mudanças, que trazem ainda dúvidas sobre a normalidade de suas ocorrências.
Não dá para ficar indiferente. A síndrome do “Patinho Feio” toma conta de ambos os sexos. Surgem as comparações com
os corpos dos amigos. Ser livre conflita-se com a necessidade de ser igual aos amigos.
A sociedade propõe estereótipos (modelos rígidos, definidos) de beleza. As pessoas passam a correr atrás desses
modelos, que costumam ser associados ao sucesso, poder, desempenho sexual e plena aceitação social.
No entanto, é importante saber que para ser atraente e simpático(a) não é preciso ser bonito(a). O que vale é como
expressamos nossos sentimentos aos outros. Para isso, temos que gostar por inteiro e entender que nosso corpo é nosso
fantástico instrumento de comunicação interpessoal e que precisamos cuidar bem dele.
O dinamizador deve apresentar os casos a seguir para a turma a fim de promover uma reflexão . C aso prefira, poderá
dividir a turma em grupos e apresentar uma situação para que cada grupo apresente possíveis soluções.
a) “Meu namorado acha que chegou a hora da gente transar, mas não tenho certeza se estou a fim... Estou bastante
grilada... Se eu não topar ele pode procurar outra... Se eu concordar... e se pintar um lance errado? O que devo fazer?”
(Sandra, 16 anos)
b) “Tenho 15 anos, estudo e estou gostando de um cara mais velho. Minhas amigas dão a maior força para ficarmos
juntos. Ele também está a fim. Tenho medo de me envolver e depois não dar certo. O que devo fazer?” (Gabrielle)
c) “Alex, 16 anos, namora Marina de 17 anos há quase um ano. Ele está terminando o ensino médio e está em dúvida se
vai para a universidade ou se começa a trabalhar. Seus pais não são ricos e, às vezes, até enfrentam dificuldades. Há
uma semana, Marina lhe contou que acha que está grávida. Agora Alex tem que tomar uma decisão em sua vida.”
d) “Tive uma criação muito repressora. Meus pais não me deixam namorar, nem sair com meus amigos. Agora, estou
apaixonada por um garoto que me curte um monte, só que ele usa drogas e eu quero ajudá-lo a sair dessa.” ( Júlia, 16
anos)
e) “Quando conheci meu vizinho, éramos só amigos. C om o passar do tempo acabamos saindo juntos e hoje, apesar de
já ter se mudado, ele vem todos os dias a minha casa. C omo está estudando, não quer se prender a ninguém. Só quer
transar, mas não somos namorados. Será que se eu transar, ele fica comigo?” (Beth, 17 anos)
· Entregar um balão vazio e um pedaço pequeno de papel em branco para cada participante;
· C ada pessoa deverá escrever no papel três características pessoais, de maneira que, a partir dessas características ela
possa ser identificada pelos outros participantes;
· C ada companheiro deverá dobrar seu papel e colocá-lo dentro do balão;
· Agora, cada pessoa enche seu balão. Quando todos os balões estiverem cheios deverão ser jogados para cima, ao
mesmo tempo, ao som de uma música animada;
· Quando a música parar, cada um deve pegar o balão que estiver na sua frente e estourá-lo;
· Finalmente, cada participante deverá ler o papel que encontrar dentro do balão e tentar identificar a pessoa que
apresenta as características descritas.
Objetivo: promover uma reflexão sobre os sentimentos de uma pessoa que acaba de perder algo importante em sua vida
ou que acaba de saber que é portador de uma doença grave.
Procedimentos iniciais: C adeiras em círculo. Papéis (tamanho cartão de visita), 4 para cada participante. Música: “Será”
(Legião Urbana).
1. Solicitar a cada participante que escreva em cada um dos papéis que recebeu, o nome:
a) de uma parte importante do seu corpo;
b) da pessoa mais importante da sua vida;
c) de um sentimento importante;
d) do bem material mais importante que possui.
2. O dinamizador deverá pedir aos participantes que imaginem estar passando por uma situação difícil em que se sintam
perdendo alguns valores. Por isso, deverão escolher um dos papéis para descartar (amassar e jogar no meio do círculo).
3. C ada participante deverá escolher ainda um segundo e terceiro valores que também serão descartados.
E A CANOA VIROU
Procedimentos iniciais: Música: “Fugaz”, de Marina Lima e Antônio C ícero. Formar grupos de cinco ou seis componentes.
· O dinamizador apresenta aos grupos a seguinte situação: “C ada grupo está em alto-mar. O barco bate em um recife e
pode afundar a qualquer momento. Vem um barco salva-vidas que tem capacidade de transportar todas as pessoas
menos uma.” Por isso, cada grupo vai excluir um membro, baseado em critérios discutidos e aceitos pelo grupo.
· Quem for excluído ficará em um lugar da sala pré-fixado discutindo os critérios para a exclusão e o sentimento de ser
excluído;
· Os não excluídos discutirão como se sentiram tendo de excluir alguém do grupo.
Pontos para discussão:
1. C omo interagem as pessoas excluídas e as pessoas que excluem?
2. Que sentimentos foram evidenciados pelos excluídos?
3. C omo o grupo se sente ao excluir alguém?
ADOLESCER
Depoimentos
1. “É a parte da vida que você está resolvendo que adulto você quer ser.” (Paula Gil, 16 anos)
2. “É poder aproveitar cada minuto de vida, sem muita pressa, pois há tempo pra tudo!” (Renata, 15 anos)
3. “... vontade de ter um carinho diferente, um amor que não seja só dos pais, realizar fantasias e se preparar para o
mundo que será o amanhã.” (Renata C ezar, 17 anos)
4. “Adolescer feliz é quando os pais não descontam seus problemas nos filhos, quando tentam entender, que nessa idade,
estar com amigos e namorados é mais importante do que ir em casa de parentes.... É poder ser, poder gostar, poder
falar. É quando me ouvem sem terem a pré-idéia de que eu vou falar besteira. Não está com nada esta história de que
todo adolescente é igual. Não fiquem cobrando tanto da gente; crítica sim, bronca não! Eu ia ser feliz se pudesse fazer
coisas importantes.” (Petra de Andrade, 15 anos)
Objetivo: promover uma reflexão sobre como os jovens percebem o processo da adolescência.
· C ada participante fará um desenho representando como percebem esta fase;
· C ada participante deverá mostrar seu desenho e falar a respeito dele, relatando como caracterizou a adolescência.
· C ada participante deverá produzir um pequeno texto: “Adolescência é......”
Pontos para discussão:
b) Vantagens e desvantagens de ser adolescente.
c) C omo o adolescente é visto pela família e pela sociedade.
2. Imagine que você assistiu a uma conferência em que um cientista defendeu a idéia de que o ser humano, ao longo do
tempo, tem evoluído em muitos aspectos. Agora, elabore uma carta formal, dirigida a esse cientista, na qual você
manifeste sua opinião acerca do presente tema, argumentando a favor das idéias defendidas ou contra elas. (UFPE –
2008)
4. As leis e normas que o homem cria tolhem a sua liberdade? Ou garantem a sua convivência social? (UFPE – 2006)
7. Sem pesquisa científica, o Brasil fica refém das tecnologias importadas. (UFPE – 2005)
16. Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. (VUNESP – 2004)
17. Entre mudanças, lentas ou rápidas, a humanidade vai construindo o futuro. (UNB – 2008)
18. O avanço científico-tecnológico pode contribuir para a construção de uma sociedade mais igualitária? (UNB – 2008)
1. “Se você soubesse o valor que preto tem, tomaria um banho de piche, e vinha ser preto também.” (Gilberto Gil)
2. Eu sonhei que meus bisnetos viverão em uma nação em que não serão julgados pela cor da pele, mas pelo seu
caráter.” (Martin Luther King Jr.)
3. “O outro é aquilo que eu nunca chegarei a ser, é aquilo que não tenho.” (Lacan)
4. “Aquela menina é preta, mas é bonitinha.” (expressão popular)
A partir da coletânea apresentada, produza um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: “Preto, branco, amarelo
ou vermelho, somos todos iguais, embora diferentes.”
EXERCÍCIOS DE DISSERTAÇÃO
1. Observe as palavras nas frases abaixo. Trata-se de casos de “impropriedade vocabular”, ou seja, de palavras cujo
significado não é adequado para o uso a que foram destinadas. Sua função é substituí-las por termos mais apropriados.
C ompare os seus resultados com os de seus colegas.
b) Num laboratório da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, foi achada uma célula capaz de retardar o
desenvolvimento do câncer.
e) O rapaz foi preso no largo da C oncórdia, onde marreteiros fazem a comercialização de todos os tipos de mercadoria.
h) Os alunos das escolas estaduais terão aulas aos sábados para botar a programação em dia.
i) O futuro é enigmático.
2- Nas frases abaixo, estão destacadas palavras e expressões cujo uso deve ser evitado. Trata-se de “modismo” e
“frases feitas”, indicadores de pobreza vocabular de quem escreve. Procure substituí-las por palavras adequadas.
Observe que , em alguns casos, pode-se simplesmente eliminar a palavra ou expressão destacadas.
b) O psicólogo quis colocar uma questão. Para ele, é necessário permitir que os jovens conquistem seu espaço.
c) O assunto vai ser abordado sob um novo enfoque, que fuja à idéia de um caos inevitável.
e) Em última análise, certamente expressões não dizem nada. Até porque muitas delas são dispensáveis.
f) Foi chocante: sabendo administrar o resultado do jogo de ontem, o Brasil carimbou seu passaporte para as semifinais
do torneio de consolação.
j) A nível de prestação para os exames, pode-se sentir firmeza naqueles que, desde o começo do ano, saíram em busca
do prejuízo.
l) O leque de opções era limitado: agüentar as solenidades de praxe ou enfrentar o mau tempo reinante.
s) Foi aberto rigoroso inquérito, que faria as investigações necessárias. Posteriormente, seriam tomadas medidas
drásticas.
u) Após acalorada discussão, seguida de intensa pancadaria, o jogador e o juiz foram encaminhados ao hospital com
escoriações generalizadas.
v) O doutor Sizenando Peixoto, que dispensa apresentações, discorreu longamente sobre o tema da corrupção, dirimindo
as dúvidas que eventualmente surgiram.
w) Um lamentável acidente fez com que perdêssemos o bonde da história. Parece que o destino nos quer tratar com
requintes de crueldade.
a) Os ecologistas são uns babacas! Estão de sacanagem, esculhambando com a sabedoria nacional. Estou com o saco
cheio dessa avacalhação!
g) O pivete foi preso ontem, juntamente com mais dois marginais. São todos elementos perigosos.
g) Segundo a minha própria opinião pessoal, ninguém deveria candidatar- se a nada sem curso superior.
l) Os livros estavam superpostos na estante, uns sobre os outros, de modo a facilitar a consulta.
7. Reescreva as fases a seguir, modificado as palavras sublinhadas de acordo com as instruções entre parênteses.
Exercícios:
1. C oncentre-se, separadamente, em cada uma das palavras seguintes, e escrevas outras palavras que, para você, têm
alguma relação com elas (dedique um minuto a cada uma).
1. político 6. rio 11. povo
2. amor 7. floresta 12. trabalho
3. paz 8. esgoto
4. mar 9. homem
5. asfalto 10. pátria
Depois de feito os exercícios, compare os seus resultados com os de seus colegas. Houve muitas coincidências?
2. Relacione com cada uma das palavras seguintes, outras que tenham sonoridade semelhante (dedique um minuto a
cada uma).
3. Relacione com cada uma das palavras abaixo outras que a elas se liguem pelo significado.
1. índio 6. prazer
2. eleição 7. liberdade
3. economia 8. mudança
4. jovem 9. descoberta
5. ecologia 10. profissão
7. Muitos animais são usados no vocabulário diário a fim de representar nossas qualidades e defeitos. Que realidades
humanas cada um dos animais a seguir representam?
1. Você comprou, pela internet, um cartão de memória de 2gb. A empresa enviou um de 1gb, que não funciona.
2. Sua conta telefônica veio com o dobro do valor devido. Você vai enviar um e-mail para a empresa pedindo
providências.
3. A empresa que fornece energia para a sua residência não enviou sua conta e está cobrando, por telefone, ameaçando
interromper o fornecimento.
4. Você teve um problema de saúde, foi ao médico, e precisa fazer uma tomografia. Seu plano de saúde não autorizou o
exame, embora você esteja em dia.
AMBIGUIDADE
j) Há um ano comprei uma casa com um vistoso portão, que venderei agora.
Fazer um texto é “viajar na maionese”, ir para bem longe ou para bem perto sem sair do lugar. Bem longe para outras
cidades, outros países, lugares que nem conhecemos. Bem perto para dentro de nós mesmos.
Quando escrevemos nos tornamos senhores do destino de vários personagens, decidimos quem deve viver, quem deve
morrer, descrevemos pessoas que nós mesmos criamos, definimos seus comportamentos, porque a escritura, o texto
nos leva a outra realidade, partindo, geralmente, da nossa.
A poesia quer em forma de verso, quer em forma de prosa nos faz pessoas melhores, nos transforma. Por mais dura que
seja a realidade, o escritor, o poeta não perde a ternura jamais, como diria o companheiro C he Guevara. A propósito, o
escritor, o poeta é um guerrilheiro das palavras, um revolucionário das idéias, um profeta do bem a serviço da poesia,
um ser humano, acima de tudo.
E a leitura? Ler é um passaporte para a fantasia, para o possível e para o impossível, para o imaginário. As belezas e as
verdades de um texto são ilimitadas.
C om todo respeito a gramática, deveria constituir um ato criminoso a utilização de um texto só para se fazer análise
morfológica ou sintática, pois agindo assim tira-se do texto o que ele tem de mais fantástico, seus significados , seus
encantos, suas múltiplas possibilidades e tudo isso em detrimento da nomenclatura.
VAMOS REFLETIR UM POUC O SOBRE A ARTE DE ESC REVER E SOBRE O PRAZER DA LEITURA
“Nenhuma semente acorda árvore no dia seguinte. A boa notícia é que hoje é apenas o primeiro dia do resto de nossas
vidas. Hoje pode ser o dia em que uma criança descobre o gosto pela leitura, e isso afetará positivamente o amanhã de
todos.” (Instituto Ecofuturo)
“Acredito, sim, em inspiração, não como uma coisa que vem de fora, que “baixa” no escritor, mas simplesmente como o
resultado de uma peculiar introspecção que permite ao escritor acessar histórias que já se encontram em embrião no seu
próprio inconsciente e que costumam aparecer sob outras formas – o sonho, por exemplo. Mas só inspiração não é
suficiente.” (Moacyr Scliar)
“Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô
que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa
formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! C om que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria
em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas! Acabaria impotente,
incapaz de uma conjunção. A gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda.” (Luís Fernando
Veríssimo)
OBS.: Não que a gramática não seja importante – longe disso! Só que ela não deve funcionar como uma gaiola ou prisão.
A língua é viva, e coisa viva respira e muda.
“Escola é o lugar onde se fazem amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que se alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente, o coordenador é
gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor na medida em
que cada um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’”. (Paulo Freire)