INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO I
NOÇÕES DE FÍSICA
1.1. REFRIGERAÇÃO
Resfriamento: baixar a temperatura de um corpo desde a temperatura ambiente até seu ponto de
congelamento.
Considerando-se a tendência natural do calor, que é fluir de um corpo quente até um corpo a
menor temperatura, o arrefecimento acontece naturalmente. No entanto, de acordo com o segundo
princípio da termodinâmica: "é impossível transportar calor continuamente de um corpo a outro de
maior temperatura sem uma máquina que receba energia externa", podemos ver que os processos de
resfriamento e congelamento requerem dispêndio de energia utilizável.
Arrefecimento
Refrigeração mecânica
Quando necessitamos manter uma sala a 23°C. e a temperatura ambiente é 30ºC. Necessitamos
que o fluxo de calor seja da sala ( temperatura menor ) para o ambiente ( temperatura maior ). A
refrigeração desta sala só se tornará possível com a utilização de um equipamento apropriado, ou seja
mecanicamente.
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1.2. TEMPERATURA
As moléculas dos gases, líquidos e sólidos movimentam-se alternadamente de uma lado para o
outro de forma desordenada, de onde surge um atrito molecular produzindo um aumento de temperatura.
Quanto maior a agitação molecular de uma substância, maior será sua temperatura.
Existem diferentes escalas de temperaturas: Fahreinheit ( º F ), Celsius ( º C ), Rankine ( º R ) e
Kelvin ( K ).
A escala que conhecemos, a Celsius, baseia-se no comportamento da água pura, submetida a
uma pressão atmosférica. Os seus pontos de referência são:
Temperatura de ebulição da água : 100º C.
Temperatura de congelamento da água : 0º C
Zero absoluto : -273º C.
Zero absoluto
O zero absoluto é o ponto onde teoricamente não existe movimentação das moléculas e
consequentemente não existe calor. O zero absoluto da água é -273 ºC.
1.3. CALOR
O calor é uma forma de energia que flui de um corpo ao outro quando entre eles houver uma
diferença de temperatura. Por este motivo o calor é chamado de energia de fronteira.
Transferência de Calor
A transferência de calor pode se dar por três processos: Convecção, condução e irradiação.
Convecção é a transferência de calor entre fluidos ou entre fluidos (gases e líquidos) e sólidos.
Ex: calor trocado entre o ar e uma serpentina.
Condução é a transferência de calor que ocorre nos sólidos: entre duas extremidades da uma
barra a diferentes temperaturas ou entre duas barras em contato. Para haver condução de calor entre dois
corpos estes necessitam estar em contato. Quanto melhor o contato, melhor a condução do calor. Ex:
contato aleta x tubo em trocadores de calor.
Na realidade, na grande maioria dos processos de troca de calor o que acontece é uma
combinação dos processos acima ( mais comumente condução e convecção).
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Poderemos observar duas substâncias ou corpos à uma mesma temperatura e com quantidades de
calor diferentes. Isto acontece devido ao fato de que cada substância possui calor específico.
Ainda, nas mudanças de fase de substâncias, podemos observar quantidades de calor diferentes
para uma mesma temperatura, devido ao fato de necessitarmos uma determinada quantidade de calor ,
denominada latente para que ocorra a transformação total de fase desta substância.
Calor latente
O calor latente de fusão: É a quantidade de calor necessária para transformar uma substância
do estado sólido para o estado líquido sem modificar a temperatura.
Calor sensível
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Quantidade de calor sensível (Q.s.): Obtida pela resolução da seguinte equação: Qs= m ce Δt
onde;
m = massa da substância em Kg
ce = calor específico da substância em Kcal / Kg ºC
Δt = diferença de temperatura em ºC
Quantidade de calor latente (Ql.): Obtida pela resolução da seguinte equação: Ql = m cl onde;
m = massa da substância em Kg
cl = calor latente da substância em Kcal / Kg
1.5. PRESSÃO
Pressão é conceituada como sendo uma força agindo sobre uma área. P = F/A
Pressão atmosférica
A pressão atmosférica é um efeito do peso das camadas atmosféricas logo, quanto maior for a
altitude menor é a pressão devido a menor coluna de ar.
A pressão atmosférica padrão é tomada ao nível do mar e a 15º C , e corresponde a 760 mm Hg,
76 cm Hg, 1.013 mb, 1,033 kg/cm2, , 14,7 pis, 29,92 inHg,
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Pressão absoluta da escala corresponde ao zero absoluto ( ausência total de matéria ) e é medida
por um instrumento chamado de barômetro.
Na escala absoluta é possível leituras somente acima de zero.
Existe uma relação direta a pressão e a temperatura de ebulição das substância, ou seja: Quanto
maior a pressão maior a temperatura de ebulição e, quanto menor a pressão menor sua temperatura de
ebulição. Exemplo : A água ferve a uma temperatura menor que 100º C ao nível do mar onde a pressão
atmosférica é 1 atm.
A evaporação, ou seja, a passagem de uma substância da forma líquida para a forma de vapor é
também chamada ebulição.
O ponto de ebulição de uma substância é determinado pela temperatura e pressão em que esta
troca de fase acontece.
Exemplo: O ponto de ebulição da água a 1 atm. é 100º C.
A diferença entre ebulição e condensação é o estado inicial em que se encontra a substância, ou
seja :
Quando acontece a transformação da substância de líquido para vapor denominamos evaporação
ou ebulição. E quando inicialmente temos a substância na forma de vapor e a transformamos em
líquido, denominamos condensação ou liquefação.
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CAPÍTULO II
2.1. REFRIGERANTES
Refrigerantes primários : São os fluídos que absorvem seu calor latente de vaporização, tais
como : Amônia, Bióxido de Carbono, Cloreto de Metila, Ferro, etc ...
Refrigerantes secundários : São fluídos que resfriam pela absorção do seu calor sensível tais
como: ar, salmoura, etc ...
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Calor Compressor
Calor
Dispositivo
Evaporador de Expansão Condensador
O ciclo básico de refrigeração pode ser sub-dividido de acordo com a pressão a qual o
refrigerante está submetido em: lado de alta pressão e baixa pressão.
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2.5. COMPRESSORES
b) Aumenta a pressão no lado de alta fazendo com que o ponto de ebulição de refrigerante seja
alta no condensador.
c) Aumenta a temperatura de refrigerante para que haja melhor troca de calor no condensador.
Compressores herméticos
2.6. CONDENSADORES
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será igual à de saturação em relação a pressão em que se encontra. A partir daí, o fenômeno passa a ser
de condensação, que corresponde, mais ou menos, a 85% do condensador, passando o refrigerante do
estado gasoso para o líquido saturado.
Uma vez totalmente condensado, o refrigerante poderá vir a ser ainda mais resfriado ,
transformando-se em líquido sub-resfriado, que corresponde, mais ou menos, à 5% de condensador.
Os condensadores resfriados a ar, que são mais ou menos usados em refrigeração doméstica e
comercial leve e média, utilizam como agente resfriador o ar. A circulação de ar através do condensador
pode ser de duas maneira: Circulação natural do ar e circulação forçada do ar.
Circulação natural do ar : Os condensadores são normalmente constituído por uma série de
aletas de aço ou alumínio, através das quais passa a tubulação. A finalidade dessas aletas é alimentar a
área de contato com o ar. Nos condensadores deste tipo, o refrigerante superaquecido vindo do
compressor, transmite seu calor que está em contato com as aletas, tornando-se mais leve, O ar quente,
por ser mais leve, sobe e seu lugar é ocupado por ar fresco, o qual por sua vez, também se aquece e
sobe, produzindo dessa maneira uma circulação natural e contínua pelo condensador. É a chamada
transmissão de calor por convecção do ar. Também são usados condensadores do tipo chaminé, que
consistem em uma tubulação ( tubos tipo Bundy : chapas de aço cobreada e enrolada ) encurvada, presa
a uma chapa de aço por canaletas soldadas à mesma. Temos ainda os condensadores tipos Tubo liso, que
são pouco utilizados.
Circulação forçada de ar: Utilizada em refrigeradores comerciais, condicionadores de ar e
unidades condensadoras de médio e grande porte, onde torna-se necessário aumentar a circulação de ar
através do condensador, isso ;e conseguido através da circulação forçada de ar. Estes condensadores
necessitam um ventilador acoplado a eles para haver uma boa condensação.
Um detalhe construtivo destes condensadores, é que a distância entre as aletas é sensivelmente
menor que nos condensadores de circulação, pois o ar circula mais rapidamente.
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Os tubos capilares
2.8. EVAPORADORES
Classificação
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CAPÍTULO III
CONDICIONAMENTO DE AR
Para realizar esta operação o processo de trabalho de circuito refrigerante é o seguinte: O gás
refrigerante é aspirado pelo compressor através da válvula de aspiração e comprimido no cilindro,
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passando a ocupar um espaço bem menor, com uma pressão bem maior, passando em seguida através da
válvula de descarga no tubo que o conduz ao condensador.
O condensador que é situado do lado externo do ambiente recebe o ar externo fazendo-o passar
através das suas aletas ..
Por efeito de condução o vapor do gás refrigerante, que se encontra em alta pressão e aquecido,
se desprende o calor através das paredes dos tubos do condensador, aquecendo assim as aletas do
mesmo. O ar que atravessa as aletas é expelido para o exterior do ambiente, mais quente do que era
antes de passar através do condensador. De fato é fácil notar, pelo simples contato manual, que o ar que
sai do condensador é bem mais quente do que o ar que entra. Este aquecimento do ar se dá por feito da
convecção. O gás refrigerante perde assim uma grande quantidade de calor, passando do estado gasoso
ao estado líquido e assim conduzindo até o filtro do gás e em seguida ao tubo capilar.
O gás refrigerante sai do tubo capilar com pressão bastante diminuida entrando assim no
evaporador. Como sabemos pressões e temperaturas dos gases refrigerantes são diretamente
proporcionais entre si. Agora, no evaporador, temos baixa temperatura e baixa pressão e assim sendo as
moléculas do gás encontram-se em movimento, porém bem distanciadas necessitando maior energia.
O ar que circula, através do evaporador, aquece as aletas e consequentemente os tubos do
mesmo, fornecendo assim a energia ao refrigerante, o qual começou a ferver, passando assim do estado
líquido ao estado gasoso novamente.
Como já temos visto, qualquer mudança física de uma substância é acompanhada do calor latente
e, neste caso, o calor latente de evaporação porém, a substância que muda o próprio estado deve
absorver o calor latente sem afetar a própria temperatura. Assim os vapores expandidos ( na serpentina
do evaporador ) devem absorver muitas Kcal ( ou btu) antes que a própria temperatura atual , mude.
Logo que ele se torne superaquecido, isto é tanto quanto a temperatura necessita, muda o gás de líquido
para vapor.
Pelos motivos mencionados é fácil compreender que o ar do ambiente, circulado através de
evaporador, aquecerá tanto quanto as aletas do mesmo e desta forma desprenderá o calor por convecção.
As aletas então desprendem o calor por condução aquecendo assim o gás que, atravessando o circuito do
evaporador, entra na linha de sucção e volta ao compressor. Do compressor passa ao condensador, o
qual retira o excesso de calor de gás pelo processo já discriminado.
Em suma o calor de um ambiente é retirado pelo ciclo do gás e conduzido ao condensador e
assim expelido no exterior do ambiente.
No sistema com ciclo reverso o fluxo e efeitos do refrigerante é o mesmo para os sistemas sem
ciclo reverso.
A diferença nos condicionadores com ciclo reverso é que estes possuem uma válvula de reversão
entre o tubo de descarga e a linha de sucção que, quando acionada através de uma válvula solenóide,
altera o fluxo de refrigerante transformando o evaporador em condensador e o condensador em
evaporador, fazendo com que o ar ambiente interno ao passar pelo agora condensador seja aquecido ao
invés de refrigerado.
A válvula solenóide é acionada pelo seletor quando em aquecimento. fazendo com que a pressão
do próprio refrigerante comande a válvula de reversão.
Na substituição ao da válvula de reversão durante a soldagem dos tubos da unidade selada, à
mesma deve ficar submersa em água para evitar que o calor produzido pelo maçarico aqueça por
condução os componentes internos da válvula, danificando-os.
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a) O equipamento deve ser dimensionado para as condições do ambiente que este irá atender.
Para condições de conforto, os fabricantes indicam o uso de uma planilha de carga térmica
para o perfeito dimensionamento do equipamento.
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CAPÍTULO IV
SISTEMAS SPLIT
4.1. APLICAÇÕES
Os sistemas tipo Split, ou divididos, têm se popularizado muito ultimamente e há uma tendência
de uso cada vez maior. Estes sistemas se justificam básicamente pelos seguintes fatores:
- Ruído
- Estética
- Inviabilidade de instalação de sistema através de parede (não há paredes externas, por exemplo)
- Hi-wall
- Console
- Underceiling
Normalmente os sistemas tipo Hi-wall, como o próprio nome diz, é próprio para instalações em
parede em alturas de 1,5m para cima. São equipamentos bastante estéticos e com grande aplicação de
controles eletrônicos com capacidades de 9000 até 24000 BTU/h.
Já os do tipo Console, são aplicados junto à parede, porém rente ao chão, já que são máquinas
com tamanhos maiores e por consequência atingem capacidades até 60000BTU/h.
Os equipamentos tipo underceiling são instalados na posição horizontal junto ao teto e
possibilitam a utilização de uma área normalmente vazia nos ambientes. Pela sua instalação
normalmente não comportam capacidades tão grandes quanto os Consoles, porém normalmente se
estendem além dos Hi-wall.
4.2. VANTAGENS
Estética
Facilidade de instalação
Devido a versatilidade, os equipamentos podem ser instalados em ambientes que não tenham
paredes externas, possibilitando o condicionamento destes ambientes sem necessidade da utilização de
dutos de ar. Ainda, a interligação necessita de buracos muito pequenos através de paredes se
comparados com os condicionadores de ar de janela.
Fluxo de ar facilitado
Outra vantagem é que a unidade condensadora, por não ser instalada através de paredes,
normalmente tem fluxo de ar facilitado, sem bloqueio das entradas de ar (quando instalada
corretamente).
Drenagem da água
Como o sistema de drenagem deve ser elaborado junto com a instalação , não há o inconveniente
de ter água pingando pela traseira como nos condicionadores de janela.
4.3. DESVANTAGENS
Custo do equipamento
O equipamento possui duas unidades, o que por si só já eleva o custo de fabricação em relação à
uma unidade compacta.
Custo de instalação
A mão-de-obra para realizar a interligação entre os duas unidades necessita ser qualificada para
tal, gerando um maior custo do que os condicionadores de janela.
Vazamentos
Como as linhas de interligação são feitas no campo, e algumas vezes, sem o cuidado adequado,
há risco maior de vazamentos.
CAPÍTULO V
INSTALAÇÃO DE M I N I - S P L I T’s
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Cálculo de
Carga Térmica
Seleção do
Equipamento
Planejamento
da Instalação
Instalação da
da Unidade
Evaporadora
Interligação
das Unidades
Processamento
do Sistema de
Refrigeração
Testes de
Funcionamento
Acabamento
e Limpeza
Entrega do
Serviço
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CAPÍTULO VI
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Fazer inicialmente um esboço ou planta baixa do local, com as principais dimensões (janelas,
paredes, pé-direito) e orientação solar.
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6.2.2. EXEMPLO
Considerar:
a) Casa simples, de um andar apenas
b) Dimensões: 8x10m
c) Janelas com persianas externas, sem cortinas
d) Vidros simples
e) Paredes com espessura 10cm
f) Teto em laje.
Oeste
Text = 38ºC
10m
2x1m
3x2m porta
janela Norte
Sul
23ºC / 60% UR
30 pessoas
6x0.5m
pé direito=3,0m janela
3x2m
janela
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Resultado:
1.1 - Norte
área: 6 x 0,5 = 3 m2
1.5 – Sul
área:
janela 1: 3 x 2 = 6 m2
janela 2: 3 x 2 = 6 m2
Total: 12 m2
Janelas com persianas externas, sem cortinas, significam janelas com proteção externa.
Transportar para o campo “Necessidade de Refrigeração (kcal/h)” somente o MAIOR valor.
3) Tipo 3: Paredes
Pé direito determinado no enunciado do exercício: 3 m
Área das paredes externas voltadas para o sul: área total – área das janelas
A=8x3–6–6
A = 12 m2
4) Tipo 4 – Teto
Área: 10 x 8 = 80 m2
5) Tipo 5 - Piso
Área: 10 x 8 = 80 m2
Porém, o piso foi construído diretamente sobre o solo (não há andar sob o ambiente em questão, nem
vão entre o piso e o solo). Portanto, NÃO considerar.
6) Tipo 6 – Pessoas
30 pessoas
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6.2.3 – EXERCÍCIO
Considerar:
2x1m
3x2m 7m
porta
janela
23ºC / 60% UR
20 pessoas
pé direito = 2,8m
Norte 7m
3x2m
janela Outro ambiente
3x2m Não climatizado
janela
4m 1m
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CAPÍTULO VII
SELEÇÃO DO EQUIPAMENTO
A seleção técnica de um equipamento Split deve levar em conta no mínimo dois aspectos muito
importantes:
- Carga Térmica;
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CAPÍTULO VIII
PLANEJAMENTO DA INSTALAÇÃO
Análise das
Orientações do
Fabricante
Definição da
Instalação das Unidades
Evaporadora e
Condensadora
Definição da
Rede de Alimentação
Elétrica
Traçado das
Interligações
das Unidades
Defiição do
Tipo de
Acabamento
Confecção da
Listagem de
Materiais
Análise de
Tempos das
Atividades
Levantamento
dos Custos
Entrega da
Proposta
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LEMBRE-SE
LEIA ATENTAMENTE
O MANUAL DE INSTALAÇÃO
DO EQUIPAMENTO
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CAPÍTULO IX
O sistema de refrigeração dos equipamentos tipo split é subdividido em duas partes. Estas
deverão ser interligadas através de tubulação de cobre ( linha de sucção e linha de líquido ) previamente
projetada observando-se os seguintes aspectos:
Utilização de kit de instalação projetado pelo fabricante, com a possibilidade de linhas de refrigerante
pré-carregadas dotadas de engate rápido, que dispensam soldas e realização de vácuo no sistema.
Os sistemas splits tem como vantagem a instalação à distância da unidade condensadora, a qual
necessita ser localizada no lado externo e é a responsável pela geração de maior nível de ruído, (
compressor ). Porém esta distância deve obedecer aos padrões ditados pelo fabricante. Em média esta
distância deve ficar entre 10 e 20 m, no máximo.
Comprimento equivalente
- Do comprimento da tubulação.
- Do diâmetro da tubulação.
- Do número de curvas e restrições.
Tendo em vista que o diâmetro da tubulação é definido segundo à sua utilização ( descarga,
líquido ou sucção ), para obter o comprimento total admissível devemos somar o comprimento linear ao
comprimento equivalente relativo às curvas e restrições.
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Comprimento Equivalente
Capacidade Bitola das
Conexões
0 - 10 m 10 - 20 m
Btu/h
LS LL LS LL LS LL
Legenda:
LS : Linha de Sucção
LL : Linha de Líquido
Verifique se a chama não atingirá algo ao redor do ponto de solda que seja a tubulação e, ou,
conexões.
As tubulações devem ser isoladas termicamente utilizando-se para isso borracha neoprene
circular ou tubo de poliuretano.
Recomenda-se isolar os dois tubos ( linha de sucção e linha de líquido ) afim de evitar:
O acabamento das tubulações deve ser feita com fita de acabamento afim de melhorar a
aparência da interligação além de proteger o isolamento contra a ação do tempo.
Assegure-se que a unidade esteja nivelada e com uma pequena inclinação para o lado do dreno, de
forma a drenagem.
As unidades usam sistema de drenagem por gravidade, portanto a tubulação do dreno deve possuir
declividade.
Ao dobrar os tubos, o raio de dobra não deve ser inferior a 100 mm.
As tubulações devem ser fixadas conjuntamente com o duto de interligação elétrica e a rede de dreno.
A furação das paredes, pisos ou tetos para passagem das linhas com ferramental adequado.
Sempre que a tubulação for embutida em paredes ou pisos, bem como enterrada, é recomendado o
uso de tubulação de PVC com proteção, isoladores térmicos e de vibração para atender a condensação e
o ruído.
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CAPÍTULO X
SOLDAGEM OXIACETILÊNICA
Metal base: É o metal que recebe a soldagem. Este deve atingir o ponto de fusão do metal de
adição.
Metal de adição: Ë o metal que, ao fundir-se, provocará o enchimento ou a união do metal base.
A chama oxiacetilênica é a reação química entre o gás comburente (o que mantém a combustão), o
oxigênio, e um gás combustível (os que queimam), como o acetileno, o GLP ou Propano.
Oxigênio( O2 ): Gás comburente, incolor , inodoro, insípido, que pode queimar violentamente ao
entrar em contato com óleos e graxas. É armazenado a uma pressão de 150 Kgf/cm2 em cilindros de aço
sem costura, de construção especial. Os cilindros devem ser testados de cinco em cinco anos com pressão
de água acima da pressão de armazenamento.
Propano ou GLP: É um gás combustível, incolor, inodoro, não é um gás puro. A chama produzida
pela sua reação c/ o oxigênio atinge 2 900 ºC. É armazenado em cilindros de aço ou butijões de 13 e 45 Kg.
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Os componentes que utilizam acetileno possuem cor vermelha e todas as suas conexões possuem
rosca esquerda, o que evita a troca por componentes que utilizam oxigênio.
Os componentes que utilizam oxigênio possuem cor preta ou verde.
Chama oxidante: Possui maior quantidade de oxigênio do que acetileno, é a o tipo de chama que
atinge maior temperatura, por isso é utilizada na soldagem de material com alto ponto de fusão e corte de
materiais. Caracteriza-se pela cor azulada, forte ruído e cone interno em formato triangular.
10.5. PRECAUÇÕES
Algumas precauções com cada um dos componentes do equipamento oxiacetilênico devem ser
tomadas para maior segurança do soldador.
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Cilindro de Oxigênio:
- Transportar o cilindro de pé (deitado está mais sujeito a choques);
- Não transportar os cilindros sem tampa;
- Abrir ligeiramente a válvula do oxigênio antes de colocar o regulador (para expelir sujeira);
- Não tentar consertar ou lubrificar as válvulas do cilindro.
- Não abrir a válvula do cilindro com o regulador aberto.
Cilindro de Acetileno:
- Nunca usar pressão de trabalho acima de 1,5 Kgf/cm 2 ;
- Não esgotar totalmente a carga do cilindro (para não absorver a acetona) -
Não aproximar o maçarico aceso dos cilindros;
- Não utilizar o cilindro deitado;
- Evitar choques com o cilindro, para evitar a quebra da massa porosa existente no seu interior.
Maçarico:
- Não esfregar o bico para limpeza, quando este estiver aceso;
- Não alterar o diâmetro original dos furos dos bicos;
- Empregar somente agulhas apropriadas para limpeza dos bicos;
- verificar periodicamente juntas e possíveis vazamentos.
Mangueiras:
- Quando novas, sopre-as com ar comprimido antes de usá-las para retirar o talco do seu interior;
- Substituí-las após retrocesso de chama;
- Esvaziar o gás contido nas mesmas e no regulador após o término do trabalho.
a) Limpeza: Toda boa solda começa por uma boa limpeza, por isso você deve lixar o metal base,
mesmo quando este for novo.
b) Preparação: Assegure-se que as peças a serem soldadas estão firmes e possuem uma boa área
de contato; Na soldagem de tubulações o ideal é expandir a extremidade de um dos tubos.
d) Regulagem das pressões de trabalho: Regule as pressões de trabalho, de acordo com o tipo de
solda a ser feita. Lembre-se que a pressão de acetileno não deve ultrapassar 1,5 Kgf/cm2. A pressão de
oxigênio deve ficar entre 3 e 4 Kgf/cm2.
e) Regulagem da chama: Regule a chama de acordo com o tipo de solda a ser realizada. A chama
ideal é a neutra.
f) Pré-aquecimento: Direcione a chama para o ponto de maior massa que irá receber a solda (em
caso de tubos de diferentes diâmetros, direcionar a chama para o tubo de diâmetro maior) aquecendo-a
uniformemente.
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g) Aplicação do metal de adição: Escolha o metal de adição de acordo o metal base a ser soldado
a) Aço + aço = vareta de latão
b) Aço ou latão + cobre = vareta de latão ou prata de alto percentual (20 ou 25%)
c) Aço cobreado ou cobre + cobre = vareta phoscoper (não necessita desoxidante).
Nunca coloque a vareta diretamente entre a chama e o metal de adição. A soldagem ocorrerá
quando o metal base atingir o ponto de fusão do metal de adição, sendo assim, se a chama atingir primeiro
o metal de adição este chegará líquido ao metal base; se o metal base estiver à uma temperatura inferior ao
ponto de fusão do metal de adição não ocorrerá a perfeita união destes metais.
h) Limpeza externa: Após o resfriamento, limpe a superfície soldada afim de observar possíveis
trincas e poros; principalmente nos processos que utilizam desoxidante, pois este forma uma camada sobre
a solda que evita a perfeita observação do trabalho executado.
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CAPÍTULO XI
Final do
Processo de
Montagem
Teste de
Pressão
Desidratação
Adição de
óleo
Carga de
Refrigerante
Partida
( Start up )
do Equipamento
O teste de pressão deve ser executado sempre que tenhamos dúvida da estanqueidade do sistema
e, também, no reprocessamento de unidades antes do processo de vácuo;
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11.2. DESIDRATAÇÃO
Medição do vácuo
O termo “partes por milhão “expressa o peso de umidade em relação ao peso de refrigerante.
Por exemplo: Um P.P.M. será uma libra de água num milhão de libras de refrigerante ( R12 e R22
).Nunca devem conter mais que 7 gotas de água em 100 libras de refrigerante, ou seja 10 P.P.M. O
sucesso da desidratação por evacuação requer o uso de uma pressão absoluta extremamente baixa, ou
como mais freqüente expressado, um vácuo profundo. Nos manômetros de serviço, as pressões abaixo
da pressão atmosférica, são indicadas em polegada de mercúrio de vácuo. As leituras de vácuo
começam com zero, à pressão atmosférica e lê-se, para baixo, até 30 polegadas. Quando nos vacuômetro
eletrônicos, a unidade utilizada é o mícron. Um mícron é a milésima parte do milímetro, isto significa
que há cerca de 25 000 micros em uma polegada.
Importante:
A maioria dos equipamentos tipo split são fornecidos com pré-carga de refrigerante. Isto
significa dizer que a carga necessária ao sistema está acondicionada na unidade condensadora, portanto
o processo de desidratação deverá ser executado na unidade evaporadora e tubulações de interligação.
Durante o processo de vácuo mantenha as válvulas da unidade condensadora fechadas para reter
o refrigerante .
a) A bomba de vácuo deve ser capaz de criar e manter uma pressão tão baixa como 0,004
polegadas de mercúrio ou 100 micrometro de mercúrio (µm Hg).
b)Conectar a bomba de vácuo à conexão de sucção, através de tubulação de cobre,
c) Conectar o vacuômetro à conexão da linha de líquido.
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Recomenda-se adicionar 20 cm3 a mais de óleo para cada metro de tubulação de refrigerante que
exceda a 10,5 m .
Pré-carga
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A temperatura do ar externo deve ser de, no máximo 43ºC, caso contrário consulte o fabricante.
A tensão da rede de alimentação não deve apresentar uma variação maior que 10% em relação à
tensão nominal. Se isto ocorrer , verifique sua instalação e/ou contate a companhia local de energia
elétrica.
Assegure-se que a área em torno das unidades estão livres de qualquer obstrução.
Confirme que ocorra uma perfeita drenagem e que não haja entupimento na mangueira de dreno.
Nas unidades condensadoras dotadas de compressores tipo scroll, observar o ruído dos mesmos após
o start up, se este for alto e as pressões forem as mesmas após a partida, inverta duas fases de
alimentação.
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CAPÍTULO XII
12.1. SUPERAQUECIMENTO
SA = TS - TES
Coloque o bulbo sensor do termômetro em contato com a parte superior da linha de sucção a 15 cm
da saída do evaporador. A superfície deve estar limpa para evitar falsas leituras.
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CAPÍTULO XIII
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Freqüência
Ítem Descrição dos Serviços
A B C
1 Inspeção geral na instalação do aparelho, curto circuito de ar, X
distribuição de insulflamento, posicionamento do aparelho,
bloqueamento na entrada e saída de ar do condensador, exposição à
raio solares,carga térmica
2 Verificação da instalação elétrica X
3 Lavar e secar filtro de ar X
4 Medir tensão e corrente de funcionamento e comparar com a X
nominal
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