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Eloi Pedro Bonamigo 1

A Advogado
OAB/SC 10.281-B
CPF nº 637.296.600-04

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA


CAPITAL – SP,

FABIO , solteiro, mecânico de automóveis, portador da cédula de identidade RG nº .......... e CPF do


MF sob nº ..........., residente e domiciliado à Rua ...................... Praia Grande – SP, vem
respeitosamente, à elevada presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 272 e seguintes
do Código de Processo Civil e artigo 6º, inciso VI do Código de Defesa do Consumidor, apresentar a
competente;

AÇÃO ORDINÁRIA DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS, CONSISTENTE EM CUMPRIR CONTRATO DE


SEGURO E REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS.

Em face de A.............. Seguros S.A., inscrita no CNPJ sob nº .........., com endereço à
Rua .............................., São Paulo – SP.

Pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

I - DOS FATOS:

1. O autor é proprietário do veículo FIAT Stilo 1.8, ano 2003, placa .............. (DOC. 02).

2. O referido veículo é segurado pela requerida (doc 03), sendo certo que, todos os pagamentos estão
em dia com a requerida.

3. Em 04/04/2005 o referido veículo foi roubado, na cidade de São Caetano do Sul, quando o
Proprietário estacionou o carro, vindo de Praia Grande (doc 04).

4. Instada a seguradora, por meio da corretora de seguros, a ré recusou-se a indenizar o requerente


(doc 05).

5. Inconformado com a atitude da empresa ré, que arbitrariamente se recusou ao pagamento da


indenização, com explicação genérica e sem fundamento, notificou-a, requerendo que a mesma
pagasse o prêmio ou prestasse esclarecimento (doc 06).

6. No entanto a ré não se deu ao trabalho de responder, mantendo a decisão de não pagar o prêmio.

7. Este comportamento, Excelência, vem se tornando prática corriqueira nas companhias de seguro em
nosso País. “Estimuladas” pela lentidão da Justiça, as empresas deste setor vem, cada vez mais, e de
maneira sistemática, se recusando a pagar indenizações, criando pêlos em ovos, sabendo que tempo
ganho com o processo, nunca inferior a 5 anos, será muito melhor remunerado numa aplicação
financeira. Não nos esqueçamos que grandes corporações operam em parceria com grandes Bancos,
conseguindo ótimas taxas de juros pelo dinheiro aplicado. Taxas estas muito maiores do que os 0,5%
cobrados pela justiça. Há que se acabar com urgência com este crime cometido contra os
consumidores, Excelência, do qual é vítima, neste caso, o requerente (doc 07);

II - DO DIREITO:

III - DO SEGURO FIRMADO:

8. O autor firmou contrato de seguro que pagaria ao segurado o valor de 100% do valor do veículo na
tabela FIPE, da data do sinistro.

Rua Almirante Tamandaré, 672 sala 01, Centro, São Miguel do Oeste – SC, CEP 89900-000, Fone: (49) 3621-
1745 celular: (49) 91337901 - e mail: epbonamigo@yahoo.com.br
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9. A carta resposta da seguradora, enviada quando da recusa do pagamento, informa o seguinte:

“Informamos que recusamos o atendimento de sua reclamação e encerramos o sinistro acima em


nossos registros, sem indenização, pelo motivo de divergência na região de circulação e o não-
cumprimento das seguintes cláusulas das condições Gerais da apólice:

‘Obrigações do Segurado:
b) Comunicar à A.............Seguros, imediatamente e por escrito quaisquer fatos ou alterações
verificados durante a vigência desta apólice, referentes ao veículo tais como alienação ou ônus, sua
região de circulação, mudança de domicílio do Segurado, alteração nos dados do Questionário de
Avaliação de Risco, ou ainda, qualquer outro incidente que possa agravar consideravelmente o risco
coberto, para que a A......... Seguros possa processar os devidos ajustes na apólice, assim como o
cálculo do prêmio de seguro, sob pena de perder o direito à garantia.’

‘Perda de Direitos:
Além dos casos previstos em lei, a Seguradora ficará isenta de qualquer obrigação decorrente deste
contrato se:
a) o Segurado deixar de cumprir as obrigações convencionadas neste contrato se:
b) o Segurado, seu representante, seu corretor ou o beneficiário do veículo não fizer declarações
verdadeiras e completas ou omitir circunstâncias de seu conhecimento que pudessem ter influído na
aceitação da proposta ou na fixação do prêmio, perdendo o direito a indenização, além de estar
obrigado a pagar o prêmio vencido;’”

10. Como podemos ver, a empresa ré, alega que a região de circulação declarada diverge da real, no
entanto não explica o que está incorreto, pois o simples fato do veículo ter sido roubado em outra
cidade, que não a de circulação não pode impedir o pagamento da indenização a que tem direito o
segurado.

11. Com efeito, não há como se obrigar o proprietário de um veículo a nunca sair de sua cidade, no
caso em tela o autor, morador da Praia Grande, onde transitava a maior parte do tempo,
aproximadamente 85%, e algumas vezes transitava em São Caetano do Sul, onde possui uma
residência e trabalha. No entanto pelo fato de possuir outro veículo, quase não utilizava este quando
estava em São Caetano, sendo muito mais usado em Praia Grande, como respondeu no questionário
de risco da seguradora e declaração que também foi fornecida a mesma (doc 08).

12. Ocorre Excelência, que a empresa ré está utilizando-se do fato do veículo ter sido subtraído do
autor em São Caetano do Sul, para se furtar do pagamento do prêmio, que é claramente devido ao
autor.

13. A região de circulação refere-se ao local onde o veículo trafega com predominância, não significa
de forma alguma que o veículo não possa sair de lá;

14. Com efeito, não há respaldo jurídico algum no ato praticado pela seguradora. Posto isso, é
inegável o direito que o autor tem a que a seguradora o indenize.

15. A CIRCULAR SUSEP Nº 145 , DE 07 DE NOVEMBRO DE 2.000, que dispõe sobre a estruturação
mínima das Condições Contratuais e das Notas Técnicas Atuariais dos Contratos exclusivamente de
Seguros de Automóvel ou dos Contratos que conjuguem Seguros de Automóvel, Responsabilidade Civil
Facultativa de Veículos e/ou Acidentes Pessoais de Passageiros, em seu art 23 dispõe:

Art. 23. As Sociedades Seguradoras que utilizarem critérios baseados em questionário de avaliação de
risco no cálculo dos valores dos prêmios deverão fornecer todos os esclarecimentos necessários para o
correto preenchimento do questionário, bem como especificar todas as implicações, inclusive a recusa
de indenização, no caso de informações inverídicas devidamente comprovadas pela Sociedade
Seguradora.
Parágrafo único. Fica vedada a negativa do pagamento da indenização ou qualquer tipo de penalidade

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ao segurado quando relacionada a perguntas que utilizem critério subjetivo para resposta ou que
possuam múltipla interpretação.

16. O art. 47 do CDC que diz que "as cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais
favorável ao consumidor" e o art. 423 do Código Civil de 2002 que dispõe que "quando houver no
contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais
favorável ao aderente."

17. Desta forma, primeiramente a seguradora deveria ter explicado ao autor todos os detalhes do
referido questionário, e ainda quando da recusa, deveria ter especificado quais as informações
inverídicas e comprovado as mesmas;

18. Tendo em vista que nenhum dos pontos do item supra foram adimplidos, e sem nenhuma
justificativa plausível, não há como entender-se que tem razão a seguradora.

19. Desta feita, peço vênia para citar decisões no mesmo sentido das alegações:
SEGURO DE AUTOMÓVEL Ação de indenização -Furto do veículo segurado - Negativa de pagamento,
sob a alegação de fraude perpetrada pelo autor no preenchimento do questionário de avaliação de
risco, quanto a ficar o carro resguardado em garagem, por tempo integral - Sentença de procedência,
condenando a ré ao pagamento da indenização securitária e por danos morais que se confirma, à vista
da prova documental e oral, desprovendo-se o apelo e recurso adesivo interpostos (2004.001.22532 –
Apelação Cível – TJ – RJ – Des. Helena Bekhor – Julgamento:26/10/2004 – Oitava Câmara Cível)

APELAÇÃO CIVEL. CONTRATO DE SEGURO. FURTO DE VEÍCULO. NEGATIVA DE PAGAMENTO.


DESCABIMENTO. CLÁUSULA PERFIL. É ônus da seguradora provar a existência de fato modificativo,
impeditivo ou extintivo do direito do autor, uma vez que, nos contratos de seguro, a regra é a
obrigação da seguradora de indenizar o dano suportado pelo segurado. No caso em tela mostra-se de
todo descabida a negativa da seguradora em arcar com a indenização sob o argumento de que, em
tendo firmado contrato de seguro `perfil do condutor, uma vez que o veículo fora furtado e, ainda, na
data da contratação já se encontrava registrado em nome do filho do segurado, fato que não pode
alegar que desconhecia. Irrelevante para o deslinde da lide o fato de que o automóvel se encontrava
com o filho do segurado, pos respondeu afirmativamente ao ser questionado se residia com pessoa
menor de 26 anos e habilitada para dirigir. SENTENÇA CONFIRMADA. APELO IMPROVIDO. (Apelação
Cível Nº 70010947851, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ana Maria Nedel
Scalzilli, Julgado em 14/07/2005).

Prática Abusiva – Contratos – Seguros de Automóveis – Recusa no pagamento de indenização aos


segurados por alegação de suposta fraude – Ausência de prova inequivoca – Constrangimento e
Ameaça ao consumidor – Imputação aos segurados-consumidores de prática de crime de estelionato
na modalidade “fraude para recebimento de indenização e valor de seguro” na representação criminal,
como forma de fazer o segurado desistir de receber a indenização a que teria direito e/ou ultrapassar o
prazo prescricional da ação (um ano) – Negativa de pagamento de indenização com base em
documentos inidôneos (simulação de fraude) – Vício de informação – Falta de informação e/ou
transparência no motivo da recusa – Ação Civil Pública com pedido de liminar, visando a coibir a
prática abusiva consistente na negativa do pagamento de indenização aos segurados sob a alegação
de que estes teriam praticado o crime de fraude para recebimento de seguro, bem como à indenização
pelos danos causados. Pedidos deduzidos, entre outros: 1) compelir a ré a indenizar o consumidor no
valor equivalente ao capital segurado, devidamente corrigido, em todos os casos em que a suposta
fraude tenha sido o motivo para a recusa e não tenha resultado em inquérito policial; o referido
caderno investigatório tenha sido arquivado; ou a eventual ação penal não tenha resultado em
condenação; 2) condenar a ré à obrigação de fazer, consistente em, no prazo de 30 dias, contados da
comunicação do sinistro, providenciar, de modo imediato, o pagamento do capital segurado ou, no
mesmo prazo, providenciar a notificação por escrito do consumidor, explicitando as razões de sua
negativa; 3) franquear-lhe acesso aos documentos que deram motivo à recusa da indenização e, em
caso de suspeita de fraude, a comprovação da comunicação à autoridade pública competente (sem
prejuízo de responder por eventual crime de denunciação caluniosa); 4) compelir a ré a abster-se de
induzir, obrigar, sugerir, constranger ou qualquer outra ação que implique em renúncia ou desistência
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por parte do consumidor ao valor do capital segurado; 5) condenação genérica da ré à indenização dos
segurados pelos danos materiais e morais, que tiveram o pagamento de indenização de seguro
recusado por motivo de “suspeita de fraude”, sem que tenha havido instauração de inquérito policial;
ou este tenha sido arquivado; ou ainda, a ação penal instaurada não tenha resultado em condenação;
e 6) compelir a ré a publicar em jornais de grande circulação, para conhecimento geral, a r. sentença
condenatória, após o trânsito em julgado. – (RÉU(S): Marítima Seguros S/A - PROCESSO Nº
000.05.035335-7, 11ª Vara Cível do Foro Central - 07/04/2005)

IV - DOS DANOS MATERIAIS E MORAIS:

20. Aqui, Excelência, é inegável o direito do autor ao percebimento dos danos materiais e morais
sofridos;

21. É que estipula o artigo 6º, inciso VI, do Código de Defesa do Consumidor que é um direito
fundamental do consumidor a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais;

22. No caso, Nobre Julgador, temos que a conduta da ré é geradora de responsabilidade civil, devendo
ser condenada tanto a indenizar por danos morais, quanto por danos materiais;

23. Por danos materiais, deverá a seguradora pagar à autora o valor do veículo roubado, pela tabela
Fipe, na data do roubo, atualizado e com os devidos juros.

24. Já em relação ao dano moral, deverá a seguradora ser condenada devido a sua mora voluntária e
imotivada. É nítido, neste caso se percebe de maneira clara, que a ré usa o processo para conseguir
objetivo espúrio, qual seja, locupletar-se as custas do autor;

25. O Poder Judiciário, não pode quedar-se inerte ao abuso pretendido pela ré. Entendemos que o
instituto do dano moral tem como principal vetor o desestímulo a este tipo de prática. Tendo-se em
vista o item 7 desta exordial, torna-se assim necessário e urgente seja reprimida essa nefasta prática
da vida comercial das empresas, e, no caso, da requerida;

"EMENTA: DANO MORAL PURO. CARACTERIZAÇÃO. Sobrevindo, em razão de ato ilícito, perturbação
nas relações psíquicas, na tranqüilidade, nos sentimentos e nos afetos de uma pessoa, configura-se o
dano moral, passível de indenização. Recurso especial conhecido e provido."

26. Os doutrinadores mais modernos já não agasalham dúvida sobre a indenizabilidade dos prejuízos
do dano moral puro. Segundo escólio de Yussef Said Cahali "parece mais razoável, assim, caracterizar
o dano moral pelos seus próprios elementos; portanto, ‘como a privação ou diminuição daqueles bens
que têm um valor precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranqüilidade de espírito, a liberdade
individual, a integridade física, a honra e os demais sagrados afetos’; e se classificando, assim, em
dano que afeta a ‘parte social do patrimônio moral’ (honra, reputação, etc.) e dano que molesta a
‘parte afetiva do patrimônio moral’ (dor, tristeza, saudade, etc.); e dano moral que provoca direta ou
indiretamente dano patrimonial (cicatriz deformante, etc.), e dano moral puro (dor, tristeza, etc.)."
("Dano e Indenização", pág. 7, ed. 1980).

27. Citamos abaixo trecho de aresto que aborda com maestria a técnica do desestímulo:

A indenização por dano moral é arbitrável, mediante estimativa prudencial que leve em conta a
necessidade de, com a quantia, satisfazer a dor da vítima e dissuadir de igual e novo atentado, o autor
da ofença. Ementas oficiais: 1. : 1. Responsabilidade Civil – Erro Bancário Culposo – Nome de
correntista – Registro indevido na central de restrições de órgãos de proteção ao crédito - dano moral
configurado – indenização devida – Provimento ao recurso – ação julgada procedente – aplicação do
artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal, e artigo 159 do Código Civil. Responde, a título de ato
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ilícito absoluto, pelo dano moral conseqüente, o estabelecimento bancário que, por erro culposo,
provoca o registro indevido do nome do cliente em central de restrições de órgão de proteção ao
crédito. 2. Indenização – Dano moral – Arbitramento – critério – Juízo prudencial. A indenização por
dano moral é arbitrável, mediante estimativa prudencial que leve em conta a necessidade de, com a
quantia, satisfazer a dor da vítima e dissuadir, de igual e novo atentado, o autor da ofensa. (TJSP – 2º
Câmara Cível – Apelação Cível nº 198.945 – SP; Rel. Desembargador Cezar Peluso; j. 21.12.1993,
v.u.)

28. Assim, entendendo que deva, a indenização, pesar no bolso do ofensor, e, considerando que, para
arbitra-la o Juiz deve levar em consideração a condição sócio econômica do autor e da vítima, requer
seja a ré condenada em indenizar-lhe em danos morais na quantia de R$ 71.200,00 (setenta e um mil
e duzentos reais), ou o equivalente a duas vezes o bem segurado;

V - DA OBRIGAÇÃO DE FAZER:

29. Diante dos argumentos acima elencados, demonstraram-se com clareza os danos sofridos pelo
requerente e a conduta lesiva da seguradora requerida. Também foi apresentada a situação grave em
que se encontra o requerente posto que pagou por um produto, firmou um contrato e a empresa
requerida se recusa a honrá-lo.

30. É fato que o requerente somente se encontra sem seu prêmio, ou seja, sem seu carro devido à
recusa da requerida em ressarci-lo, seu dever de reparação é, portanto, patente.

31. Tendo em vista que a solução da presente lide não será imediata há a necessidade de uma tutela
específica a fim de que os efeitos do dano causado à requerente sejam minimizados.

32. Trata-se da obrigação da seguradora garantir ao requerente um automóvel para sua locomoção.

VI - Da Tutela Antecipada:

33. Assim, conforme exposto acima, está demonstrado que o requerente esta privado de seu veículo,
mesmo com todos os pagamentos de seu seguro em dia, o que não pode de forma alguma prevalecer;

34. Dessa forma, com fulcro no artigo 273, I do CPC, tendo em vista que estão presentes os requisitos
de verossimilhança das alegações feitas, bem como prova inequívoca de que os pagamentos foram
feitos e a recusa da seguradora em pagar o que é devido, requer a antecipação dos efeitos da tutela a
para que o requerido seja responsável pela manutenção de um veículo a disposição do autor, até que
esta lide seja resolvida e ele possa receber sua devida indenização e adquirir um outro veículo;

35. No caso concreto, verifica-se a necessidade da tutela específica nos termos do artigo 461 do
Código de Processo Civil bem como, do artigo 84, § 4º do Código de Defesa do Consumidor que
preceituam que uma forma de garantir a execução desta obrigação de manter um veículo a disposição
do autor, é a fixação de multa por dia de atraso ao cumprimento da ordem judicial.

36. Assim, para o efetivo cumprimento desta obrigação, requer-se o arbitramento de multa diária
prevista nos artigos supra citados.

VII - DO PEDIDO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO:

37. Desde logo, requer a autora nos termos do artigo 355 e 359 do Código de Processo Civil, seja a ré
instada a, no prazo de cinco dias, sob as penas do artigo 359 do mesmo diploma legal, a apresentar
em Juízo cópia de todo o processo interno de seguro da requerente.

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VIII - DO PEDIDO:

38. Assim, ante o exposto, é a presente para requerer:

39. Seja a ré citada em sua sede, sito a Rua ......................– São Paulo – SP;

40. Seja instada a ré para, nos termos dos artigos 355 e 359 do Código de Processo Civil, a apresentar
em Juízo, juntamente com a defesa, cópia de todo o processo de seguro do autor;

41. Seja a ré, nos termos do artigo 84 do Código de Defesa do Consumidor, condenada, em sede de
tutela antecipada, a manter um veículo com o autor para substituir o roubado, até o julgamento da
ação proposta e conseqüente pagamento do prêmio do seguro devido;

42. Seja a ré condenada ao pagamento da indenização do seguro, no valor de R$ 35600,00 (trinta e


cinco mil e seiscentos reais), referente ao valor do veículo, pela tabela FIPE, na data em que o veículo
foi roubado,que deve ser atualizada com juros e correção monetária;

43. Seja a ré condenada a indenizar o autor, em danos morais, na ordem de R$ 71.200,00 (setenta e
um mil e duzentos reais)

44. Sejam todos os valores, nos termos da lei, atualizados com juros e correção monetária;

45. Seja a ré condenada nas custas da sucumbência, e honorários advocatícios no importe de 20%
sobre o valor da causa;

46. Requer seja, nos termos do Código de defesa do Consumidor, transferido o ônus da prova para a
empresa ré;

47. Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos em direito;

48. Dá à causa o valor de R$ 106.800,00 (cento e seis mil e oitocentos reais).

Nestes termos,
Pede deferimento.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA MERITÍSSIMA VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE


PINHEIROS – COMARCA DE SÃO PAULO – ESTADO DE SÃO PAULO

ACTB, melhor qualificada no instrumento de procuração em anexo, residente e domiciliada à Rua..no no


nonono............................................., São Paulo, vem, respeitosamente, à elevada presença de Vossa Excelência,
com fundamento no artigo 272 e seguintes do Código de Processo Civil e artigo 60, inciso VI do Código de Defesa do
Consumidor, apresentar a competente

AÇÃO ORDINÁRIA DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS (CUMPRIMENTO DE CONTRATO DE SEGURO) E


MORAIS, E TAMBÉM COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, E CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE
FAZER, E TAMBÉM PEDIDO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO

A cujos termos deverá responder PPSA, com endereço para citação à Avenida..nononono......................, Centro, São
Paulo – nesta Capital.

Pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

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DOS FATOS

1 = A autora (doc. 01) é proprietária do veículo Citröen , 2002, (doc. 02);

2. = O referido veículo era segurado pela requerida (doc. 03), sendo certo que, na data em que a autora acidentou-se
com o mesmo, os pagamentos estavam em dia com a requerida;

3. = Em 25 de abril de 2003, por volta das 15h e 40min, na Rodovia B, próximo a S B , a autora acidentou-se, sendo
certo que seu veículo colidira com o do Senhor J M , que dirigia, àquele momento, um veículo GM 1997, conforme se
depreende da leitura da cópia do Boletim de Ocorrência em anexo (doc. 04);

4. = Instada, através do corretor de seguros, como de fato o foi, a ré recusou-se a indenizar a autora pelo acidente
sofrido (bem como o terceiro envolvido no mesmo), e, ainda, cancelou a apólice (doc. 05);

5. = Citamos abaixo a íntegra do ofício enviado pela requerida:

Prezado Corretor

Na auditoria levada a efeito para o sinistro em epígrafe, apuramos irregularidades por ocasião do acidente. O fato
documentado permite-nos o encerramento do processo sem indenização e o cancelamento da apólice.

Face o exposto, solicitamos ao segurado a restituição de R$ 940,78 (novecentos e quarenta reais e setenta e oito
centavos), referente aos honorários e despesas despendidos com a apuração da veracidade dos fatos.

5.1 = Com efeito, Excelência, o “modus operandi” da ré tangencia o ilícito criminal. Não satisfeita em inadimplir sua
obrigação, ainda tem a pachorra e a desfaçatez de cobrar quase R$ 1.000,00 (um mil reais) da autora por supostas
investigações;

6. = Inconformada com a atitude prepotente e arbitrária da requerida, em 11 de novembro de 2003 (doc. 06) a
requerente enviou notificação à ré requerendo cópia de todo o processo de seguro envolvendo este acidente;

7. = É certo que a requerida não apresentou resposta alguma àquela notificação;

8. = Assim, demonstrando a lisura de sua conduta e sua boa-fé negocial, em 03 de dezembro de 2003, a requerente
novamente notificou (doc. 07) a requerida, a fim de que esta lhe indenizasse o sinistro, fixando prazo de 5 (cinco)
dias, sendo certo que novamente manteve-se silente a requerida;

8.1 = Este comportamento, Excelência, vem se tornando prática corriqueira nas companhias de seguro em nosso
País. “Estimuladas” pela lentidão da Justiça, as empresas deste setor vem, cada vez mais, e de maneira sistemática,
se recusando a pagar indenizações, criando pêlos em ovos, sabendo que tempo ganho com o processo, nunca
inferior a 5 (cinco) anos, será muito melhor remunerado numa aplicação financeira. Não nos esqueçamos que
grandes corporações como a PPS operam em parceria com grandes Bancos, conseguindo ótimas taxas de juros
pelo dinheiro aplicado. Taxas estas muito maiores do que os 0,5% (meio por cento) “lineares” cobrados pela Justiça.
Há que se acabar com urgência com este crime cometido contra os consumidores, Excelência, do qual é vítima,
neste caso, a requerente;

9. = É certo que o inadimplemento da requerida, para com a requerente e o terceiro envolvido no acidente, gera uma
situação na qual, a qualquer momento, poderá a autora ser processada pelo Senhor J M, sendo certo que já fora
notificada pelo mesmo (doc. 08);

10. = Eis uma breve e historiciada síntese dos fatos que dão causa à presente demanda.

DO DIREITO – DA LEITURA DO TIPO DE SEGURO FIRMADO PELA AUTORA COM A RÉ

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11. = A autora firmou contrato de seguro do tipo RCF – V, com a requerida;

12. = Lendo o livro fornecido pela seguradora, no item 6, página 7 do mesmo, encontram-se as situações nas quais o
seguro não deveria ser pago pela seguradora;

12.1 = Dentre elas podemos citar siutuações nas quais a autora efetivamente não se pode enquadrar. Senão
vejamos:

a) ATOS DE HOSTILIDADE OU GUERRA...;


b) DESTRUIÇÃO OU REQUISIÇÃO POR AUTORIDADE...;
c) PREJUÍZOS DECORRENTES DE QUAISQUER PERTURBAÇÕES DE ORDEM PÚBLICA...
d) CONVULSÕES DA NATUREZA...;
e) TRÂNSITO IMPEDIDO POR AREIA MOVEDIÇA OU OUTROS...;
f) DEFEITOS MECÂNICOS DO VEÍCULO SEGURADO...;
G)...............;
H)CONTAMINAÇÃO POR RADIAÇÃO;
i) PROVAS DE VELOCIDADE...;
J) REBOQUE DO VEÍCULO SEGURADO POR VEÍCULO INADEQUADO A ESSE FIM;
K) QUEDA, VAZAMENTO DE OBJETOS TRANSPORTADOS;

13. = Como se pode ver, o veículo da segurada não se encontrava em situação alguma estipulada no contrato, que
desobrigasse a seguradora de pagar o sinistro. Ademais, o Novo Código Civil, em seus artigos 757 a 802, é bastante
claro ao precisar que a culpa, e em alguns casos, nem mesmo o dolo, eximem a seguradora de indenizar o sinistro;

14. = Recentemente (doc. 09) a COLENDA QUARTA TURMA DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
decidiu, no Recurso Especial 212725 que nem mesmo o fato de o condutor estar embriagado isenta a seguradora de
pagar a indenização;

15. = Colamos abaixo a notícia do acórdão:

Superior Tribunal de Justiça


10.12.2003
Simples fato de alguém dirigir embriagado não isenta seguradora de pagar indenização
O simples fato de o segurado dirigir embriagado não é suficiente para desobrigar a seguradora de pagar a
indenização. A conclusão é da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que determinou à Companhia de
Seguros o pagamento de aproximadamente R$ 30 mil a G L D , do Rio Grande do Sul, beneficiária de um seguro
feito pelo filho, morto em acidente.
A seguradora entrou na Justiça, pretendendo receber o valor de R$ 35.290,42 (trinta e cinco mil, duzentos e noventa
reais e quarenta e dois centavos), relativo ao seguro celebrado por seu filho, M B, que morreu no dia 29 de julho de
1995.
Em Primeira Instância, a ação foi julgada improcedente. “Os fatos de M B, então segurado, estar dirigindo o veículo
acidentado e de encontrar-se embriagado foram comprovados documentalmente e admitidos pela autora”,
considerou o juiz. “A ebriez do segurado, além de configurar infração contratual, caracteriza infração legal ao pacto
de seguro – fl. 37, cláusula 3.2, letras c e h, em perfeita sintonia com o disposto no art. 1.454 do CC, pena de perda
ao direito ao seguro”, acrescentou. A autora foi, ainda, condenada, ao pagamento das despesas judiciais e
honorários, fixados em 10% sobre o valor da causa.
Ao julgar a apelação da mãe do segurado, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul negou provimento.
“Comprovado que o segurado dirigia o veículo acidentado alcoolizado, não há como possa prosperar a demanda
ajuizada por sua mãe, na condição de beneficiária, pois a embriaguez se constitui em causa extintiva do seu direito
de receber o prêmio, por infringência a cláusula contratual e norma legal”, diz o acórdão.
Inconformada, a beneficiária do seguro recorreu ao STJ, alegando que, para a exclusão do dever de indenizar é
imprescindível a comprovação de que o estado etílico do segurado foi a causa determinante do acidente, o que não
ocorreu na hipótese dos autos. Ainda segundo a defesa, “a força probante do laudo toxicológico e do relatório policial
foi supervalorizada, não havendo provas contundentes nos autos que levem à conclusão de que a embriaguez do
segurado tenha dado causa ao acidente, não ficando sequer demonstrado que a vítima dirigia o veículo no momento
do sinistro”.
“A embriaguez apenas episódica do segurado não é excludente do direito à cobertura securitária”, afirmou o ministro
Barros Monteiro, relator do processo no STJ, reconhecendo o direito da mãe do segurado ao benefício. Segundo o
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ministro, o fato de o segurado dirigir em estado de ebriez não é causa de perda do direito ao seguro, por não
configurar tal circunstância agravamento de risco, previsto no artigo 1.454 do Código Civil/1916.
No entanto a Turma deu parcial provimento ao recurso da seguradora, apenas para diminuir o valor do seguro a ser
pago. “Nesse ponto, a razão assiste à seguradora, desde que são por ela devidos os valores constantes da apólice,
vigentes à data do fato que deu ensejo ao pagamento do seguro”, concluiu Barros Monteiro.
A beneficiária deverá receber R$ 29.306,12, acrescidos de correção monetária, a contar do dia do falecimento do
segurado, mais juros desde a citação, custas e honorários advocatícios, arbitrados em 15% sobre o valor da
condenação.
Processo: Resp 212725
16. = Com efeito, não há respaldo jurídico algum no ato praticado pela seguradora. Posto isto, é inegável o direito
que a autora tem a que a seguradora indenize tanto ela (a autora) quanto o terceiro prejudicado no acidente.

DO DIREITO – DOS DANOS MATERIAIS E MORAIS

17. = Aqui, Excelência, é inegável o direito da autora ao percebimento dos danos materiais e morais sofridos;

18. = É que estipula o artigo 60., inciso VI, do Código de Defesa do Consumidor que é um direito fundamental do
consumidor a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais;

19. = No caso, Nobre Julgador, temos que a conduta da ré é geradora de responsabilidade civil, devendo ser
condenada tanto a indenizar por danos morais, quanto por danos materiais;

20. = Por danos materiais, deverá a seguradora pagar à autora o valor do veículo acidentado, isto é, o valor da
apólice, de R$ 30.000,00 (trinta mil reais);

20.1 = Deverá, também, a requerida indenizar o Sr. J M , pelos danos causados em seu veículo e assumir todas as
responsablidades financeiras em relação ao terceiro envolvido no acidente;

21. = Já em relação ao dano moral, deverá a seguradora ser condenada devido à sua mora voluntária e imotivada. É
nítido, neste caso se percebe de maneira clara, que a ré usa o processo para conseguir objetivo espúrio, qual seja,
locupletar-se às custas da autora;

22. = O Poder Judiciário, não pode quedar-se inerte ao abuso pretendido pelo ré. Entendemos que o Instituto do
Dano Moral tem como principal vetor o desestímulo a este tipo de prática. Como bem anotamos no item “8.1”desta
exordial, dada a enorme diferença das taxas de juros praticadas no mercado, e aquelas cobradas pela Justiça, torna-
se assim, necessário e urgente seja reprimida essa nefasta prática da vida comercial das empresas, e, no caso, da
requerida;

23. = Acostamos à presente parecer publicado na Revista de Direito Civil e Processo Civil da Editora Síntese, n. 17,
de nossa autoria (doc. 10), sobre o tema;

23.1 = Citamos abaixo trecho de aresto que aborda com maestria a técnica do desestímulo:

A indenização por dano moral é arbitrável, mediante estimativa prudencial que leve em conta a necessidade de, com
a quantia, satisfazer a dor da vítima e dissuadir, de igual e novo atentado, o autor da ofensa. Ementas oficiais: 1.
Responsabilidade Civil – Erro Bancário Culposo – Nome de Correntista – Registro indevido na central de restrições
de órgãos de proteção ao crédito – Dano moral configurado – Indenização devida – Provimento ao recurso – Ação
julgada procedente – Aplicação do artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal, e artigo 159 do Código Civil.
Responde, a título de ato ilícito absoluto, pelo dano moral conseqüente, o estabelecimento bancário que, por erro
culposo, provoca o registro indevido do nome do cliente em central de restrições de órgão de proteção ao crédito. 2.
Indenização – Dano moral – Arbitramento – Critério – Juízo prudencial. A indenização por dano moral é arbitrável,
mediante estimativa prudencial que leve em conta a necessidade de, com a quantia, satisfazer a dor da vítima e
dissuadir, de igual e novo atentado, o autor da ofensa. (TJSP – 2ª Câmara Cível – Apelação Cível nº 198.945 – SP;
Rel. Desembargador Cezar Peluso; j. 21.12.1993, v.u.)

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24. = Assim, entendendo que a indenização deva, pesar no bolso do ofensor, e, considerando que, para arbitra-la o
Juiz deve levar em consideração a condição sócio-econômica do autor e da vítima, requer a autora seja a ré
condenada em indenizar-lhe em danos morais na quantia de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), ou o equivalente a
duas vezes o valor do bem segurado;

24.1 = Importante ressaltar que por ato doloso da requerida a autora sofre o risco de vir a ser processada pelo
terceiro do acidente, o Senhor M, sendo certo que já fora notificada pelo mesmo. Isso significa que, por ato voluntário
da requerida, a autora sofre a humilhação de ser notificada, como se não cumprisse a obrigação por sua culpa;

25. = Por todo o exposto, requer, assim, se a ré condenada a pagar a título de danos materiais e morais a
importância de R$ 90.000,00 (noventa mil reais).

DO DIREITO – DO PEDIDO COMINATÓRIO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER

26. = Aqui, nos termos do artigo 84 do Código de Defesa do Consumidor, requer a autora seja a ré, em sede de
tutela antecipada, seja a requerida, sob pena de multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) ao dia, seja instada a reparar
os danos do veículo do Senhor J M;

27. = Entendemos neste caso como prova suficiente do alegado para a concessão da tutela específica, as
notificações enviadas a requerida e não respondidas pela mesma;

DO DIREITO – DO PEDIDO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO

28. = Desde logo, requer a autora nos termos do artigo 355 e 359 do Código de Processo Civil, seja a ré instada a,
no prazo de cinco dias, sob as penas do artigo 359 do Mesmo Diploma Legal, a apresentar em Juízo cópia de todo o
processo interno de seguro da requerente.

DO PEDIDO

29. = Assim, ante o exposto, é a presente para requerer:

29.1 = Seja a ré citada em sua sede, sito, Avenida nonono, 0000, 0 andar, Centro, São Paulo – nesta Capital.

29.1.1 = Seja instada a ré para, nos termos dos artigos 355 e 359 do Código de Processo Civil, a apresentar junto
com a defesa cópia de todo o processo de seguro da autora;

29.2 = Seja a ré, nos termos do artigo 84 do Código de Defesa do Consumidor, condenada, em sede de tutela
antecipada, a reparar todos os danos do veículo do Senhor J M;

29.3 = Seja a ré condenada a indenizar o sinistro da autora, no valor segurado de R$ 30.000,00 (trinta mil reais),
reparando, assim, os danos materiais sofridos;

29.4 = Seja a ré condenada a indenizar a autora em danos morais, na ordem de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais);

29.5 = Sejam todos os valores, nos termos da Lei, corrigidos com juros e correção monetária;

29.6 = Seja a ré condenada em honorários advocatícios de 20% (vinte porcento) sobre o valor da causa, e custas
processuais;

29.7 = Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admissíveis;


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29.8 = Protesta pela concessão de prazo de cinco dias para o recolhimento das guias comprobatórias de custas
processuais;

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