Este trabalho visa traçar um paralelo entre a avaliação convencional e a avaliação
mediadora, considerando que esta última deve oportunizar o dialogo e aproximação do professor com o seu aluno de forma que as práticas de ensino sejam repensadas e modificadas de acordo com a realidade sociocultural. Nesta perspectiva de avaliação mediadora o erro é considerado como parte do processo na construção do conhecimento e não como algo passível de punição, pois, somente através da avaliação mediadora será possível compreender que cada aprendizagem tem o seu momento próprio e é diferenciada em cada aluno, propiciando tanto ao professor quanto ao aluno momentos de reflexões sobre as práticas pedagógicas utilizadas. No cenário atual, muitos profissionais concebem avaliação convencional por meio de testes, provas ou exercícios (instrumentos de avaliação) nomeando também por avaliação boletins, fichas, relatórios, dossiês dos alunos (registros de avaliação). Avaliação deve compreender e incorporar resultados do processo da aprendizagem visando contribuir com o aprendizado. Por isso, deve ser desenvolvida com a participação de alunos, professores e equipes de gestão. Temos também no contexto avaliação a avaliação externa, da qual são exemplos o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Saeb. Nesses casos, é a avaliação sobre resultados provenientes de provas padronizadas, com atividades baseadas em matrizes de avaliação construídas em torno de habilidades e competências que os alunos deveriam desenvolver em determinados momentos do processo de escolarização. Nesse sentido, a avaliação para a aprendizagem deve se pautar com vistas às iniciativas que os professores devem desencadear para que as aprendizagens ocorram enquanto proposta curricular e durante a ação docente, deve-se configurar a avaliação com função somativa, que permitem julgar o aprendizado, isto é, o ganho de cada aluno, turma e escola, supondo-se que tenham sido estabelecidos os patamares no início do processo, fornecendo indicações de atividades a serem (re)pensadas pela equipe escolar no prosseguimento do processo de aprendizagem. De acordo com LUCKESI (2006), “A avaliação praticada nas escolas é a avaliação da culpa e as notas praticadas são utilizadas para classificar os alunos, onde são comparados desempenhos e não os objetivos que se pretende atingir”. Dessa forma, precisamos conceber que a essência da avaliação formativa está no envolvimento do professor com os alunos e na tomada de consciência acerca do seu comprometimento com o progresso deles em termos de aprendizagens – na importância e natureza da intervenção pedagógica.