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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO REGIONAL V - SÃO MIGUEL PAULISTA
3ª VARA CÍVEL
AV. AFONSO LOPES DE BAIÃO Nº 1736, São Paulo - SP - CEP 08040-000

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0017105-29.2010.8.26.0005 e código 0500000040SRE.
SENTENÇA

Processo nº: 0017105-29.2010.8.26.0005


Classe - Assunto Reintegração / Manutenção de Posse - Esbulho / Turbação /
Ameaça
Requerente: Espólio de David Vaz de Medeiros e outro
Requerido: Washington Martins Carvalho e outro

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FABIO HENRIQUE FALCONE GARCIA, liberado nos autos em 03/03/2017 às 11:38 .
Justiça Gratuita

CONCLUSÃO :
Aos 30.01.2017 promovo a conclusão destes autos ao Dr. FÁBIO HENRIQUE
FALCONE GARCIA, MM. Juiz de Direito Titular da 3ª Vara Cível deste Foro
Regional de São Miguel Paulista, Comarca de São Paulo. _____________.

ESPÓLIO DE DAVID VAZ DE MEDEIROS E EDNA GOGONI DE


MEDEIROS, representados pela inventariante LUCIANA VAZ DE MEDEIROS,
qualificada nos autos, ajuizou ação de reintegração de posse em face de
WASHINGTON MARTINS CARVALHO e JANAÍNA PIRES DE NEGREIROS,
também qualificados, aduzindo, em síntese, ser filha e herdeira dos falecidos
proprietários de imóvel situado na Rua Américo Sugai, nº. 03, conjuntamente com seu
irmão Gilberto. Com a morte dos genitores, Gilberto passou a alugar o local que,
posteriormente, foi desocupado. Em razão disso, os réus adentraram no imóvel.
Argumentou com esbulho ocorrido em novembro de 2006 e afirmou que se trata de
posse clandestina. Pretende a retomada do imóvel. Juntou documentos (fls. 13/36).
À autora foram deferidos os benefícios da gratuidade (fl. 54).
WASHINGTON MARTINS CARVALHO, MARIA GORETE DA SILVA
e MARINA DA SILVA CARVALHO, apresentaram contestação. Requereu-se a
exclusão de JANAÍNA, ex-companheira de Washington, do polo passivo e a inclusão
das duas últimas, esposa e filha deste. Preliminarmente, sustentou-se ausência de
interesse processual ao argumento de que o imóvel estava abandonado e de que não
houve notificação extrajudicial. Também aduziu-se decadência, ao argumento de que a
família exerce posse no imóvel há mais de 5 anos, e que seria viável até mesmo o
reconhecimento da usucapião. No mérito, Washington aduziu que, em virtude de graves
dificuldades financeiras, adentrou ao imóvel abandonado e em péssimo estado de

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conservação conjuntamente com sua ex-companheira Janaína. Afirma que os autores
perderam a posse pelo abandono. Afirmou que ele e sua companheira pretenderam a
localização dos proprietários do imóvel, o que não foi possível. Argumenta-se com
posse justa e de boa-fé. Pretendem a condenação da parte autora ao pagamento de danos
morais e materiais, estes decorrentes dos valores despendidos para a reforma do imóvel,
bem como em razão da contratação de advogado. A peça defensiva veio acompanhada

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dos documentos de fls. 72/234.
A parte ré também reconveio (fls. 245/264, com documentos fls. 265/432).
Houve contestação à reconvenção (fls. 444/448) e réplica (fls. ).
Houve réplica à contestação da ação principal (fls. 453/462).
Deferiu-se a exclusão de JANAÍNA do polo passivo e a inclusão das demais
contestantes (fl. 501). Na oportunidade, as partes foram intimadas a especificar provas.
A parte ré notificou a interposição de agravo de instrumento (fls. 506/528).
O réu protestou pela produção de prova oral (fls. 559/560).
Houve oposição de exceção de suspeição e o feito foi suspenso (fl. 561).
A requerente protestou pela produção de prova oral, com oitiva de
testemunhas e depoimento pessoal da parte contrária (fls. 562/563).
Noticiou-se o julgamento da exceção de suspeição (fls. 608/625).
A reconvenção foi extinta sem resolução do mérito (fls. 631/632), diante da
revogação dos benefícios da gratuidade ao autor em incidente específico (autos nº.
0022558-68.2011).
O requerido apresentou embargos de declaração (fls. 639/640), renovados às
fls. 642/643 e rejeitados (fl. 644).
Houve interposição de agravo retido (fls. 651/660).
Não houve reconsideração e a parte contrária foi intimada para apresentar
contraminuta (fl. 661), o que não ocorreu.
Foram expedidas cartas para intimação da parte requerida (fls. 664/669).
Providenciou-se vista do processo ao Ministério Público (fl. 674 e 681).
Determinou-se o arquivamento do feito (fl. 682).
Aos presentes autos estão apensos três incidentes: dois de impugnação à
gratuidade de justiça (0010513-32.2011 e 0022558-68.2011) e outro de impugnação ao
valor da causa (0010584-34.2011), todos julgados.
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O feito foi saneado e as preliminares, afastadas (fls. 685/687). Na
oportunidade, para apuração da tese de abandono e verificação das condições do
esbulho, designou-se audiência de instrução, debates e julgamento.
Em audiência de instrução foi requerida a exclusão da menor Marina do
polo passivo, o que foi deferido. Foram ouvidas três testemunhas de cada parte, por
meio de mídia (fls. 727/728).

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As partes apresentaram memoriais (fls. 739/742, pelos réus, e fls. 745/750,
pelos autores).
Houve pedido de suspensão do feito pelas partes para tentativa de acordo (fl.
743), infrutífera, conforme alegado pelas partes (fls. 751/752 e 758).
É o relatório.
A pretensão é procedente.

Os réus não negam a invasão do imóvel à revelia de seus proprietários


anteriores, que lhes movem a ação na condição de espólios. Afirmam, em defesa, duas
teses principais: abandono e usucapião.

A tese de usucapião não pode ser reconhecida. Não há elementos a indicar


exercício de atos possessórios pelos requeridos antes de 2006. O documento mais antigo
se refere a agosto de 2006 (fls. 125/126): trata-se de acordo firmado com a Companhia
de Saneamento Básico do Estado de São Paulo para parcelamento de débito anterior,
referente a conta de água. Essa parece ser a data mais próxima à invasão, uma vez que
aquele que toma posse de imóvel com intenção de nele residir costuma adotar
providências para restabelecer fornecimento dos serviços essenciais, dos quais a água é
o mais relevante.

O requerido Washington juntou cópia de uma das páginas do contrato


firmado com a Eletropaulo, sem comprovar a data das missivas de fls. 202/203. Tudo
indica, contudo, sejam da mesma época, consoante se verifica de acordos firmados em
relação a débitos, todos de 2006.

Os depoimentos das testemunhas arroladas em favor do requerido não o


favorecem a esse respeito.

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Maurício disse que conheceu o imóvel em 2011, mas declarou que “amigos”
disseram que a casa estava abandonada em 2004 e que o réu teria ingressado entre 2005
e 2006. Não soube, pois, esclarecer detalhes acerca da invasão à época.

Eli apresentou relato pleno de inconsistências: declarou conhecer o réu havia


cerca de três ou quatro anos antes de seu depoimento, mas se lembrou que o réu teria

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ingressado no imóvel no final de 2005. Disse não conhecer o imóvel, mas soube
declinar que estava abandonado. Inquirido, também não soube dizer quem eram os
proprietários anteriores nem se o próprio réu teria sido quem ingressara em 2005. Disse
que a casa estava abandonada, mas não sabia há quanto tempo. Em suma, trouxe
detalhes que importavam apenas ao réu, mas nada soube que fugisse àquilo que
interessava àquela parte. É sintomático que a testemunha tenha certeza apenas de um
único fato: a data do ingresso e do abandono. Essa certeza, aliada a tais inconsistências,
indicam falta de verossimilhança do relato testemunhal.

Em suma, nada há nos autos a indicar exercício de atos possessórios antes


de 31.8.2006. A presente demanda, por outro lado, foi ajuizada em 21.5.2010, antes,
portanto, do decurso de prazo necessário para reconhecimento da usucapião urbana.

Também não há como reconhecer o abandono. Embora as testemunhas do


requerido tenham dito que o imóvel estava em condições de descuido, não há como
reconhecer condição de absoluto abandono.

As testemunhas da autora, vizinhas do local, informaram que o imóvel não


estava em condições de abandono, mas que estava desocupado após o falecimento dos
genitores da representante do espólio. Abandono não se identifica com o simples fato de
o imóvel estar desabitado. Situação de descuido em razão da ausência de moradores não
representa por si só abandono da coisa, caracterizado pela intenção manifesta de dela
dispor, conforme ensina Orlando Gomes:

Abandono é o ato pelo qual o proprietário se desfaz da coisa que lhe


pertence, por não querer continuar seu dono. Objetiva-se com a
dereliccção. A intenção de abandonar é imprescindível, devendo resultar
de atos que a atestam inequivocamente. (Direitos Reais, 14ª Edição,
Forense, p. 185)
No mesmo sentido, é a lição de Francisco Eduardo Loureiro, ao comentar o

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art. 1.276 do Código Civil, que trata especificamente do abandono de imóvel urbano:

Comecemos pelo exame do caput do art. 1.276 que, embora reduzindo


de modo significativo o prazo do abandono do imóvel urbano, de dez para
três anos, manteve os requisitos objetivo e subjetivo do instituto, o
comportamento do proprietário de abdicar da coisa e a intenção de fazê-lo
– animus abandonandi. A prova do elemento subjetivo sempre foi
tormentosa, pois a simples ausência de utilização de um imóvel não
significava, necessariamente, a intenção de abdicar dele. Por isso a figura

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do abandono sempre foi de uso escasso, diante da quase impossível prova
do estado anímico do dono. A dificuldade foi superada pelo legislador no §
2º do preceito, adiante comentado.
...
Como dito, a grande novidade está no parágrafo 2º do art; 1.276, que
supera a tradicional dificuldade de demonstrar o animus abandonandi do
proprietário. Diz o preceito que determinado comportamento – cessação
dos atos de posse e inadimplemento dos ônus fiscais – cria presunção
absoluta, iure et de iure, da intenção de abandonar, não cabendo, por
consequência, prova em sentido contrário do dono. (Código Civil
Comentado – Doutrina e Jurisprudência. Manole, 2007, pp. 1119-1120)

Dois requisitos são, portanto, necessários para configuração do abandono:


cessação dos atos de posse e inadimplemento dos ônus fiscais. Na hipótese vertente,
contudo, houve inadimplemento apenas de débitos contratuais – água e luz. O tributo,
IPTU, não foi pago porque o imóvel era isento (fls. 426/427).

Nem se argumente com o recolhimento de taxa de resíduos sólidos


domiciliares (fl. 419). Essa taxa, conhecida como "taxa do lixo", representa
contraprestação pela utilização efetiva ou potencial de serviço público de coleta de
resíduos que, evidentemente, não são produzidos por um imóvel fechado. Aliás, embora
seja constitucional a instituição de taxa de coleta de lixo (súmula vinculante nº 19), esse
enunciado ocorreu apenas em 10.11.2009, fruto de uma controvérsia judicial que
somente foi dirimida por meio de recurso extraordinário ao qual se reconheceu
repercussão geral. Até então, não havia certeza alguma quanto à higidez da exação
tributária que, aliás, era majoritariamente tida por inconstitucional, no caso do
município de São Paulo.

Daí porque o não pagamento, durante período em que se discutia a validade


da exação, dessa específica espécie tributária, em tempo no qual não deveria ter ocorrido

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produção de lixo pelo imóvel, não pode representar intenção de abandoná-lo, como quer
fazer crer o requerido.

Aliás, ainda que assim não fosse, não se verificaria o abandono, máxime em
situações como a dos autos, em que a propriedade pertente a um espólio. É cediço que
herdeiros tutelam o patrimônio da herança, porém o fazem com as dificuldades inerentes

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ao fato de que também devem cuidar de sua respectiva vida e família. Tudo isso permite
reconhecer que não houve abandono do imóvel. Não é qualquer inadimplemento
tributário que produz, por si só, a presunção de abandono, mas o inadimplemento
persistente que, conjugado com os demais termos do artigo, deve ser interpretado como
sendo aquele superior a três anos. E não há, nos autos, prova de débito anterior a 2005,
ou seja, a um ano antes do ingresso do réu no local.

Esses elementos convergem, pois, para o reconhecimento de esbulho


possessório, ou seja, de invasão de imóvel cuja propriedade se sabia de outrem. A posse
não pode ser reconhecida como sendo de boa-fé. Não se trata de posse clandestina, mas
pública, porém desprovida de justo título e de boa-fé. Os requeridos simplesmente
tiveram intenção de ingressar no imóvel de outrem e dele se apossar. O direito não se
compactua com a apropriação de propriedade ou posse alheias.

Não há direito à indenização em favor dos requeridos: ficaram por anos na


posse de algo que não lhes pertence; pagaram tributos e débitos contratuais referentes ao
imóvel, é verdade. O fizeram, porém, com a intenção de tomar posse de coisa alheia.

Os réus fizeram benfeitorias, a prova oral aponta para a realização de


reformas no imóvel. Mas essas benfeitorias não foram descritas de forma adequada em
reconvenção, a viabilizar defesa da parte contrária. Formulou-se pedido genérico, com
juntada de inúmeras notas fiscais, que não permitem aferir se houve benfeitorias
necessárias, úteis ou voluptuárias nem seus respectivos valores. Não há como a parte
contrária se defender adequadamente desse tipo de pedido. Mas, ainda que esse
argumento fosse superável, a pretensão não vingaria. Os réus permaneceram no imóvel
por longos anos, sem pagar aluguel. Evidentemente, o valor de eventual indenização
seria compensada pelo tempo de ocupação gratuito no imóvel.

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Finalmente, resvala à má-fé a invocação de danos morais: quem esbulha
sabe que um dia deverá sair do imóvel. Não pode alegar sofrimento por isso. Menos
ainda pedir indenização por honorários de advogado, cuja regulação é legalmente
restrita e devida pelo sucumbente, no caso, os próprios réus.

Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido para determinar a

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reintegração dos autores na posse do imóvel descrito na inicial e condenar os requeridos
ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatícios fixados em
20% sobre o valor atualizado da causa. Expeça-se mandado de notificação para
desocupação em quinze dias.

P. R. I. C.
São Paulo, 1 de março de 2017

FÁBIO HENRIQUE FALCONE GARCIA


Juiz de Direito

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