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LEI COMPLEMENTAR Nº 16, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2005

Dispõe sobre o Zoneamento, o Uso e a Ocupação do Solo


e Sistema Viário do Município de São José dos Pinhais,
Estado do Paraná.

Publicado no São José dos Pinhais Metrópole


Em, 18.11.2005

A Câmara Municipal de São José dos Pinhais, Estado do Paraná, aprovou e eu,
Prefeito Municipal sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I

Das Disposições Preliminares


Art. 1º Esta Lei Complementar dispõe sobre a divisão do território do Município em
zonas e setores e estabelece critérios e parâmetros de uso e ocupação do solo, com o objetivo de
orientar e ordenar o crescimento das áreas urbanas.

Art. 2º O Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo do Município de São José dos Pinhais
será regido pelos dispositivos desta Lei Complementar, respeitando as unidades de conservação,
estaduais e federais, que são regidas por zoneamento específico.

Art. 3º As disposições desta Lei Complementar deverão ser observadas obrigatoriamente


em:

I - concessão de Alvará de Construção;

II - concessão de Alvará de Licença para Localização e Funcionamento de usos e


atividades urbanas;

III - execução de planos, programas, projetos, obras e serviços referentes à infra-estrutura


e às edificações de qualquer natureza;

IV - urbanização de áreas; e

V - parcelamento do solo.

Seção I
Dos Objetivos

Art. 4º A presente Lei Complementar tem como objetivos:

I - estabelecer critérios de ocupação e utilização do solo urbano, tendo em vista o


cumprimento da função social da propriedade;

II - prever e controlar densidades demográficas e de ocupação de solo, como medida para


a gestão do bem público, da oferta de serviços públicos e da conservação do meio ambiente;

III - incentivar o adensamento das áreas já urbanizadas;

IV - definir zonas e setores, adotando-se como um dos critérios a compatibilização da


urbanização com o potencial ambiental, e a finalidade de amenizar os impactos ambientais;

V - definir zonas e setores, adotando-se como um dos critérios a diversificação dos usos;

VI - promover, através de um regime urbanístico adequado, a qualidade de valores


estéticos, paisagísticos, naturais, culturais e históricos - próprios do sítio geográfico;

VII - compatibilizar usos e atividades diferenciadas, complementares entre si, tendo em


vista a eficiência do sistema produtivo e a eficácia dos serviços públicos e da infra-estrutura;

VIII - integrar as áreas urbanas com sistema viário adequado;

IX - desenvolver e recuperar as áreas periféricas, integrando-as ao espaço urbano; e

X - prever a hierarquização funcional do sistema viário, de forma a garantir o efetivo


deslocamento de veículos, atendendo às necessidades da população, do adensamento
habitacional, das atividades comerciais e de serviços e do sistema de transporte coletivo.

Seção II

Das Definições

Art. 5º Para fins desta Lei Complementar, o território do Município de São José dos
Pinhais se compõem de:

I – zona urbana; e

II – zona rural.
§ 1º Zona urbana é a área delimitada conforme descrição do Anexo I, desta Lei
Complementar e demarcação do Mapa Macrozoneamento do Município (Mapa 01 do Anexo II),
sendo caracterizada pela edificação contínua e existência de infra-estrutura e equipamentos
públicos comunitários, destinados às funções urbanas básicas de habitação, trabalho, recreação,
circulação e a área da sede da Colônia Murici.

§ 2º Zona Rural (ZRU) é toda área situada no território municipal, não incluída no
perímetro da área urbana.

Art. 6º Para o efeito de aplicação da presente Lei Complementar, são adotadas as


seguintes definições:

I - zoneamento é um instrumento disciplinador que institui setores ou zonas sujeitas a


normas específicas para o desenvolvimento de determinadas atividades, segundo critérios
urbanísticos e ambientais desejáveis;

II - as zonas serão delimitadas por vias, logradouros públicos, acidentes topográficos,


divisas de lote ou faixas paralelas a determinadas vias, contadas a partir da faixa de domínio ou
da testada do lote, com larguras cotadas no mapa 02 do Anexo II;

III - os setores serão determinados pelas ruas que os definem, considerando-se


pertencentes à estes, os lotes ou áreas com testada e acessos obrigatórios pelo setor de origem;

IV - uso do solo é o tipo de utilização de partes do solo municipal por certas atividades
dentro de uma determinada zona ou setor, podendo esses usos serem definidos como:

a) usos adequados - compreendem as atividades que apresentam clara compatibilidade


entre as finalidades urbanísticas da zona ou setor correspondente e com as atividades do entorno
imediato;

b) usos permissíveis – compreendem as atividades cuja compatibilização dependem da


análise ou regulamentação específica, para cada caso, em função de seus impactos ambientais,
urbanísticos e de circulação; e

c) usos proibidos - compreendem as atividades que, por sua categoria, porte ou natureza,
são nocivas, perigosas, incômodas e/ou incompatíveis com as finalidades urbanísticas da zona ou
setor correspondentes, e portanto, não permitidas;

V – ocupação do solo é a maneira como a edificação ocupa o lote, em função das normas
e índices urbanísticos incidentes sobre os mesmos:

a) coeficiente de aproveitamento (CA): é o valor que se deve multiplicar pela área do


terreno para se obter a área máxima a construir;

b) altura da edificação: é a dimensão vertical máxima da edificação, expressa em metros


ou em número de pavimentos, quando medida do nível do terreno até seu ponto mais alto;

c) recuo frontal do lote: é a distância mínima entre a fachada da edificação e a testada do


lote;

d) afastamento das divisas: é a distância mínima entre o limite extremo da projeção


horizontal da edificação e as divisas do lote, não considerada a projeção dos beirais, podendo
ser: laterais e de fundos;

e) taxa de ocupação (TO): é o percentual que expressa a relação entre a área de projeção
da edificação ou edificações sobre o plano horizontal e a área do lote onde se pretende edificar;

f) taxa de permeabilidade (TP): é a proporção entre a área não edificada e/ou não
pavimentada do lote e a área do mesmo;

g) densidade: é a proporção entre o número de habitantes, definido segundo critérios do


órgão oficial de contagem populacional, e a área, expressa em hectares, por eles ocupada; e

h) hierarquia funcional do sistema viário: é a classificação das vias estabelecidas no


Sistema Viário Municipal, de acordo com suas larguras, acessibilidade, mobilidade e suas
respectivas funções;

VI - dimensão do lote: é indicada pela área mínima (em metros quadrados) e testada
mínima (em metros), estabelecida para fins de parcelamento do solo;

VII - Alvará de Construção: licença expedida pelo órgão municipal competente, que
autoriza a execução, a ampliação e/ou reforma de obras sujeitas à sua fiscalização;

VIII - consulta para obtenção de Alvará de Licença para Localização e Funcionamento


(Consulta Azul): documento expedido pelo órgão municipal competente, que informa sobre a
legislação e condiciona a atividade requerida;

IX - consulta para obtenção de Alvará de Construção (Consulta Amarela): documento


expedido pelo órgão municipal competente, que informa os parâmetros urbanísticos de lote ou
área e solicita a anuência dos órgãos competentes;

X - Alvará de Demolição: documento expedido pelo órgão municipal competente que


autoriza a demolição da edificação;

XI - Alvará de Licença para Localização e Funcionamento: documento expedido pelo


órgão municipal competente que autoriza o funcionamento de uma determinada atividade;

XII - Habite-se: certificado concedido pelo Município quanto à execução e


funcionamento do esgoto sanitário;
XIII - Certificado de Vistoria e Conclusão de Obra: certificado emitido pelo Município
que comprova a execução da obra de acordo com Alvará de Construção e autoriza seu uso;

XIV - Alvará de Reforma: autorização concedida pelo Município para execução de


benfeitorias em edificações já existentes, sem acréscimo de área;

XV - equipamentos comunitários: são os equipamentos públicos ou privados de


educação, cultura, pesquisa, saúde, lazer, esporte, assistência social, cemitérios, mercados
públicos, e outras atividades além destas, gerenciadas por órgãos governamentais;

XVI - equipamentos urbanos públicos ou privados: são os equipamentos de


abastecimento de água, esgoto, energia elétrica, coleta de água pluvial, rede telefônica, rede de
transmissão de dados, coleta de lixo, gás canalizado, estações de abastecimento e de tratamento
de efluentes domésticos e industriais e demais redes de abastecimento público;

XVII - área de preservação, conservação e proteção: são as áreas regulamentadas pelas


Leis Federal, Estadual e Municipal relativas à matéria;

XVIII - atividade incômoda: é aquela atividade ou uso capaz de produzir ruídos,


trepidações, gases, poeiras, exalações ou significativa perturbação no tráfego local;

XIX - atividade nociva: é aquela atividade ou uso capaz de causar poluição de qualquer
natureza, em grau e intensidade incompatíveis com a presença do ser humano e com a
necessidade de adequada preservação do meio ambiente natural;

XX - atividade perigosa: é aquela atividade ou uso capaz de por em risco a vida de


pessoas e integridade física das edificações vizinhas;

XXI - parâmetros urbanísticos: conjunto de medidas relativas a uma determinada zona


que estabelecem o uso e a ocupação das edificações em relação ao lote, à via e ao entorno;

XXII - subsolo: é o pavimento semi-enterrado no qual o piso do pavimento


imediatamente superior (térreo) não fique acima da cota média acrescida de 1,20m (um metro e
vinte centímetros) em relação ao nível do terreno estabelecido nas extremidades do alinhamento
da edificação (pontos A e B) ou fachada frontal, medido no eixo da edificação ou da unidade, no
caso de agrupamento residencial ou conjuntos, segundo interpretação gráfica do Anexo IV,
figuras 01, 02 e 03, desta Lei Complementar:

a) em terrenos com testadas superiores a 30,00m (trinta metros), cada trecho de no


mínimo 15,00m (quinze metros) e no máximo 30,00m (trinta metros) deverá ser considerado
como independente para efeito da determinação do nível mediano, segundo interpretação gráfica
do Anexo IV, figura 02; e

b) os terrenos com testadas para mais de uma rua, deverão atender as disposições
relativas à posição do nível médio do subsolo para cada uma das ruas, respeitando o eixo
transversal do terreno, segundo interpretação gráfica do Anexo IV, figura 03, desta Lei
Complementar.

XXIII - faixa de domínio: área contígua às vias de tráfego intermunicipal e aos


equipamentos urbanos;

XXIV - faixa de arquivo: faixa de domínio especial medida a partir do eixo da ferrovia; e

XXV - unidade habitacional mínima: considera-se aquela composta por área de uso
conjugado de dormitório, sala e cozinha, além de banheiro completo individualizado, podendo
ser habitação unifamiliar, agrupamento ou habitação coletiva.

CAPÍTULO II

Dos Alvarás
Art. 7º Os usos das edificações, autorizados por meio do Alvará de Construção e/ou
Alvará de Licença para Localização e Funcionamento, pela legislação anterior, que contrariam
as disposições desta Lei Complementar, serão admitidos como regulares e poderão ser
autorizados para ampliação, de acordo com os índices urbanísticos desta Lei Complementar, e/ou
Alvará de Licença para Localização e Funcionamento, por prazo de 05 (cinco) anos.

§ 1º Para fins de aplicação do caput deste artigo, os pedidos serão analisados pelo
Conselho Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano - CMPDU.

§ 2º Após o prazo estipulado no caput deste artigo, analisando a tendência de


desenvolvimento do entorno e suas compatibilidades, o Conselho Municipal de Planejamento e
Desenvolvimento Urbano - CMPDU, definirá os prazos para transferência gradativa dos
empreendimentos incompatíveis, valendo-se ou não dos instrumentos da Política Urbana
previstos no Estatuto das Cidades e na Lei do Plano Diretor Municipal.

§ 3º A concessão de Alvará de Construção para obras novas, ou seja em áreas ou lotes


vagos, de qualquer natureza, somente poderá ocorrer com observância das Normas de Uso e
Ocupação do Solo estabelecidos nesta Lei Complementar.

§ 4ª Os usos admitidos como regulares e que estejam em vigor na data da publicação desta
Lei Complementar, segundo o caput deste artigo, serão vinculados ao título de propriedade
independentemente de ocupação posterior.

Art. 8º As edificações, iniciadas ou não, com projeto e Alvará de Construção, expedidos


até a data da aprovação da presente Lei Complementar e dentro do prazo de validade dos
mesmos, terão seus direitos preservados.
Art. 9º Os novos Alvarás de Licenças para Localização e Funcionamento de
estabelecimentos comerciais, de prestação de serviços e industriais somente serão concedidos
desde que observadas as normas estabelecidas nesta Lei Complementar, quanto ao uso do solo
previsto para cada zona, exceto os casos previstos no artigo 7º desta Lei Complementar.

Art. 10. Os Alvarás de Licenças para Localização e Funcionamento de estabelecimentos


comerciais, de prestação de serviços e industriais deverão atender as exigências ambientais, de
segurança, de higiene, saúde, proteção do bem estar e sossego público, as quais deverão ser
renovadas anualmente sob pena de cassação do mesmo.

Parágrafo único. Os alvarás a que se referem o caput deste artigo poderão ser cassados,
sem gerar qualquer direito à indenização, ocorrendo descumprimento:

I - do projeto, em partes essenciais, durante sua execução;

II - da lei ou de regulamento que rege a execução da obra; e

III - das exigências do alvará da licença.

Art. 11. A manifestação expressa da vizinhança diretamente afetada, contra a permanência


da atividade no local licenciado, comprovadamente incômoda, perigosa ou nociva, poderá
constituir- se em motivo para a instauração de processo de cassação de alvará.

Art. 12. A transferência ou modificação do Alvará de Licença para Localização e


Funcionamento de estabelecimento comercial, de prestação de serviço ou industrial, já instalado
no Município implica em novo licenciamento, o qual estará sujeito às exigências de um novo
empreendimento, salvos os casos previstos no artigo 7º desta Lei Complementar.

Art.13. Empreendimentos classificados como perigosos, incômodos, nocivos,


diversificados e especiais, dependerão da aprovação do Conselho Municipal de Planejamento e
Desenvolvimento Urbano - CMPDU, para a sua localização e funcionamento.

Art. 14. Os empreendimentos a seguir relacionados, que estiverem condicionados à


aprovação do Conselho Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano - CMPDU,
deverão apresentar o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), de acordo com o Estatuto da
Cidade, ao solicitar a liberação de construção e/ou localização:

I - conjunto residencial (acima de 50 unidades);

II - comércio e serviço geral com área igual ou superior a 5.000,00m² (cinco mil metros
quadrados);

III - comércio e serviço específico (de qualquer área) a critério do Conselho Municipal de
Planejamento e Desenvolvimento Urbano - CMPDU em função de possíveis impactos negativos
ao trânsito e acessos;
IV - indústrias com área construída igual ou superior a 5.000,00m² (cinco mil metros
quadrados); e

V - atividades de extração mineral de qualquer porte.

§ 1º O estudo de impacto de vizinhança deve conter todas as possíveis implicações do


projeto para a estrutura ambiental e urbana, no entorno do empreendimento, incluindo a análise,
no mínimo, das seguintes questões:

I - adensamento populacional;

II - demanda e ocorrência de equipamentos urbanos e comunitários;

III - uso e ocupação do solo;

IV - valorização ou desvalorização imobiliária;

V - geração de tráfego, demanda por transporte, vias públicas, estacionamento, bem como
o acesso ao empreendimento;

VI - ventilação e iluminação;

VII - paisagem urbana e patrimônio histórico, natural e cultural; e

VIII - abrangência da área de interferência, com raio a ser definido pela equipe técnica da
Secretaria Municipal de Urbanismo ou Secretarias afins.

§ 2º De posse do estudo de impacto de vizinhança a equipe técnica do Instituto de


Desenvolvimento Urbano e Secretarias Municipais, caso seja necessário, se reservará o direito
de avaliar o mesmo, além do projeto, e estabelecer outras exigências que se façam necessárias
para minorar ou mesmo eliminar os impactos negativos do projeto sobre o espaço, ficando o
empreendedor responsável pelos ônus daí decorrentes.

§ 3º A avaliação do estudo de impacto de vizinhança e as exigências feitas pela referida


equipe técnica do Instituto de Desenvolvimento Urbano deverão ter a anuência do Conselho
Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano - CMPDU.

§ 4º O EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança) e o EIA-RIMA (Estudo de Impacto


Ambiental – Relatório de Impacto Ambiental) não substituem um ao outro, sendo o EIA-RIMA
exigido segundo legislação ambiental específica.

CAPÍTULO III
Do Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo
Art. 15. A área urbana e rural, que formam as macrozonas do Município de São José dos
Pinhais, estão representadas no Macrozoneamento do Município, conforme Mapa 01 do Anexo
II, parte integrante desta Lei Complementar.

Art. 16. As áreas urbanas do Município de São José dos Pinhais: Sede Municipal e Sede
da Colônia Murici conforme os Mapas de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo Urbano,
Mapa 02 e 03 respectivamente, do Anexo II, parte integrante desta Lei Complementar, ficam
subdivididas em zonas e setores, definidos e delimitados de acordo com o padrão de uso e
ocupação permitida para os mesmos.

Art. 17. Os parâmetros urbanísticos são definidos em função das normas relativas a
densificação, atividades, dispositivos de controle das edificações e parcelamento do solo.

Parágrafo único. A aplicação do regime urbanístico observará os limites e as dimensões


das matrículas dos imóveis no Registro Imobiliário.

Art. 18. Os empreendimentos que tiverem ultrapassado as taxas mínimas de


permeabilidade, para atender exclusivamente a demanda de estacionamento, poderão construir
reservatórios de retenção de águas pluviais, que serão analisados pelo órgão municipal técnico
competente.

Parágrafo único. As novas taxas de permeabilidade, as dimensões e a vazão do reservatório


das águas pluviais serão aprovadas pelos técnicos do Município, atendidas as exigências da
Norma Técnica Brasileira - NBR.

Art. 19. O Município de São José dos Pinhais fica dividido, segundo Mapa de
Macrozoneamento do Município, conforme Mapa 01 do Anexo II, desta Lei Complementar, nas
seguintes áreas:

I - Área de Proteção Ambiental do Rio Pequeno (de acordo com legislação específica e
alterações);

II - Área de Proteção Ambiental de Guaratuba (de acordo com legislação específica e


alterações);

III - Área Especial de Interesse Turístico do Marumbi (de acordo com legislação específica
e alterações);

IV - Unidade Territorial de Planejamento do Rio Itaqui (de acordo com legislação


específica e alterações);

V – Delimitação e Zoneamento da Área Urbana do Distrito de Campo Largo da Roseira


(de acordo com legislação específica e alterações);
VI - Distrito Industrial de São José dos Pinhais (de acordo com legislação específica e
alterações);

VII – Demais Áreas Urbanas; e

VIII - Área Rural.

Parágrafo único. Poderá ocorrer a sobreposição destas macrozonas, quando então


prevalecerão os parâmetros urbanísticos mais restritivos.

Art. 20. A área urbana e rural do Município, conforme os Mapas do Anexo II, parte
integrante desta Lei Complementar, ficam subdivididas nas seguintes zonas, setores e vias
especiais:

I – Zona Residencial 1, 2, 3 e 4;

II – Zona Residencial Especial 1 e 2;

III – Zona Central 1, 2 e 3;

IV – Zona Especial Estrutural;

V – Zona Industrial e de Serviços;

VI – Zona Especial de Ocupação Restrita 1 e 2;

VII – Zona Especial de Serviços Intermodais;

VIII – Zona Especial Institucional;

IX – Zona Especial de Interesse Social;

X – Setor Especial de Áreas Verdes;

XI – Zona Especial do Aeroporto;

XII – Unidade Territorial de Planejamento do Rio Itaqui;

XIII – Área de Proteção Ambiental;

XIV – Área Especial de Interesse Turístico;

XV – Distrito Industrial de São José dos Pinhais;


XVI – Distrito do Campo Largo da Roseira;

XVII – Sede Colônia Murici;

XVIII - Zona Rural;

XIX – Via Especial São José / Almirante Alexandrino – entre Avenida das Torres e Rua
Alfredo Pinto);

XX - Via Especial Avenida Rui Barbosa – entre a Avenida das Torres e BR-277;

XXI - Via Especial Tavares de Lyra – entre Avenida Rui Barbosa e Rua Waldomiro
Valaski;

XXII - Via Especial Marechal Hermes – entre a RFFSA e BR-277;

XXIII - Via Especial Av. das Torres – entre a Avenida das Américas e Rua Joinvile;

XXIV - Via Especial Arpo – entre a BR-376 e o Contorno;

XXV - Via Especial Joinvile – entre a Rua Tenente Djalma Dutra e a BR-376;

XXVI - Via Especial Pedro Gapski Filho;

XXVII - Via Especial Cláudia Soares;

XXVIII - Via Especial Alfredo Pinto; e

XXIX - Via Especial Primo Simione/Alberto Bichebiche.

Art. 21. Consideram-se Zonas Residenciais (ZR) aquelas com predominância do uso
habitacional, diferenciadas por níveis de densidade de ocupação, estando classificadas como:

I – zona residencial um (ZR1) – aquela predominantemente destinada à implantação de


moradias unifamiliares e de baixa densidade, salvo as ruas atingidas por uso específico do
sistema viário;

II – zona residencial dois (ZR2) – aquela destinada ao uso habitacional de baixa densidade
e atividade comercial;

III – zona residencial três (ZR3) – aquela destinada ao uso habitacional de média
densidade e atividade comercial;
IV – zona residencial quatro (ZR4) – aquela destinada ao uso habitacional de alta
densidade e atividade comercial; e

V – zona residencial especial 1 e 2 (ZRE1 e ZRE2) – aquelas destinadas ao uso


habitacional de baixíssima densidade.

Parágrafo único. As densidades a que se refere esse artigo estão divididas em quatro
intervalos:

I – baixíssima densidade, até 50 habitantes/hectar;

II – baixa densidade, entre 51 e 150 habitantes/ hectar;

III - média densidade, entre 151 e 300 habitantes/hectar; e

IV - alta densidade, acima de 300 habitantes/hectar.

Art. 22. Consideram-se Zonas Centrais (ZC), aquelas com predominância de usos
comerciais e serviços, diferenciadas por níveis de densidade de ocupação, são classificadas em:

I – zona central um (ZC1) que corresponde ao centro tradicional da cidade;

II – zona central dois (ZC2) que corresponde ao entorno imediato da ZC1; e

III – zona central três (ZC3) que corresponde ao subcentro delimitado pelas ruas Profª
Marieta S. Silva, Francisco Alves, Tavares de Lyra, Maria Luiza, Lourenço José de Paula e
Antônio Dantas.

Parágrafo único. Os imóveis localizados nas ZC1, ZC2 e ZC3 poderão receber aumento de
potencial construtivo, conforme especificado na Lei do Plano Diretor do Município de São José
dos Pinhais.

Art. 23. Considera-se Zona Especial Estrutural (ZEE), aquela que se caracteriza como
expansão do centro tradicional e de indução do crescimento da cidade em direção ao sul, com
predominância de habitação coletiva, sendo admitidas atividades comerciais e de serviços.

Parágrafo único. Os imóveis localizados na ZEE poderão receber aumento de potencial


construtivo, conforme especificado na Lei do Plano Diretor do Município de São José dos
Pinhais.

Art. 24. Considera-se Zona Industrial e de Serviços (ZIS), aquela com predominância de
atividades industriais e de serviços, bem como das atividades que lhes são complementares.

Art. 25. Consideram-se Zonas Especiais de Ocupação Restrita (ZEOR), as áreas com
restrições à ocupação, delimitadas pela Cota de Inundação, para o tempo de recorrência de 50
(cinqüenta ) anos, definida pelo órgão competente.

Parágrafo único. As áreas das Zonas Especiais de Ocupação Restrita (ZEOR), classificam-
se em:

I – zona especial de ocupação restrita um (ZEOR1) – área com baixíssima densidade de


ocupação, destinada à implantação de moradias unifamiliares; e

II – zona especial de ocupação restrita dois (ZEOR2) – área com baixa densidade de
ocupação, destinada preferencialmente à implantação de moradias unifamiliares, cuja liberação
do Alvará de Construção depende de análise específica, pelo Conselho Municipal de
Planejamento e Desenvolvimento Urbano – CMPDU, a fim de garantir a conservação,
preservação, restauração, recuperação ou valorização dos aspectos ambientais, urbanísticos ou
sociais que lhe forem próprios.

Art. 26. Consideram-se Zonas e Setores Especiais, aquelas áreas para as quais são
estabelecidas ordenações especiais de uso e ocupação do solo, condicionadas às suas
características locacionais, funcionais e/ou de ocupação urbanística, já existentes ou projetadas e
aos objetivos e diretrizes da ocupação da cidade, conforme definições abaixo:

I – zona especial de serviços intermodais (ZESI) – compreendem as áreas que por suas
características locacionais, em função de infra-estrutura metropolitana, devem ter usos
específicos para utilização dessa infra-estrutura;

II – zona especial de aeroporto (ZEA) – compreende as áreas destinadas às instalações


inerentes ao setor, bem como áreas de segurança;

III – setor especial de áreas verdes (SEAV) – compreende as áreas sujeitas às inundações e
erosão, onde deve ocorrer a implantação de parques lineares, destinados às atividades de
recreação e lazer, à proteção de matas ciliares, a facilitar a drenagem urbana e a preservar áreas
críticas, enquadram-se ainda:

a) todas as faixas não edificáveis, com 30,00m (trinta metros) de largura para cada lado das
margens, ao longo dos rios, córregos e olhos d’água contidos dentro dos limites do Município,
além do circulo com raio de 50,00m (cinqüenta metros) nas nascentes, identificados ou não no
mapa 02, Anexo II desta Lei Complementar, excetuando-se:

1. Rio Pequeno: 50,00m (cinqüenta metros) para cada margem do referido Rio;

2. Rio Miringuava: 100,00m (cem metros) para cada margem do referido Rio;

3. Rio Miringuava Mirim: 50,00m (cinqüenta metros) para cada margem do referido Rio,
excetuando-se no trecho dentro do Distrito de Campo Largo da Roseira, onde deve-se
atender a legislação própria; e

4. Canal Extravasor: 50,00 m( cinqüenta metros) para cada lado da margem do referido
canal.

b) os imóveis com restrição total à ocupação, segundo legislação ambiental vigente.

IV - zona especial de interesse social (ZEIS) – compreende as áreas destinadas ao


desenvolvimento de assentamentos urbanos vinculados a programas habitacionais de interesse
social ou programas de regularização fundiária (de iniciativa pública ou privada), na forma
estabelecida em lei, que em função de suas características requeiram tratamento urbanístico
específico, enquadram-se ainda:

a) os loteamentos aprovados anteriormente, com lotes de área inferior a 360,00m²


(trezentos e sessenta metros quadrados), tidos então, como Setor Especial de Habitação Social;

b) os lotes localizados em Zona Especial de Interesse Social (ZEIS), com testada para vias
com usos definidos pela hierarquia funcional do sistema viário, deverão obedecer aos parâmetros
urbanísticos destas vias, no zoneamento onde se encontram; e

c) será admitido no máximo a unificação de dois lotes localizados em Zona Especial de


Interesse Social (ZEIS).

V - zona especial institucional (ZEI) – compreende as áreas destinadas a todos os


equipamentos comunitários, públicos ou privados, ou usos institucionais, públicos ou privados,
necessários à garantia do funcionamento satisfatório dos demais usos urbanos e do bem estar da
população; e

VI - setor especial de sistema viário (SESV) – compreende as faixas especiais junto à


ferrovia, e às rodovias que cortam o Município:

a) setor especial da ferrovia – compreende a faixa de arquivo junto a RFFSA, a qual será
destinada exclusivamente à estrutura viária futura do município e aos equipamentos de apoio;

b) setor especial da BR-376 – compreende a faixa de domínio junto à Rodovia e que será
destinada exclusivamente à implantação de via marginal;

c) setor especial da BR-277 – compreende a faixa de domínio junto à Rodovia e que será
destinada exclusivamente à implantação de via marginal; e

d) setor do contorno – compreende a faixa de domínio junto à Rodovia e que será


destinada exclusivamente à implantação de via marginal.

Art. 27. Unidade Territorial de Planejamento (UTP) do Itaqui - está contida na bacia do
Rio Itaqui manancial de interesse de proteção especial para fins de abastecimento público,
definidos pelas legislações estaduais e municipais pertinentes.

Art. 28. Consideram-se Distritos para efeito desta Lei Complementar - aquelas áreas
destinadas principalmente à implantação de indústrias e serviços de apoio à indústria
constituindo um complexo industrial, são regulamentados através de legislação específica,
dividem-se em:

I - Distrito de Campo Largo da Roseira; e

II - Distrito Industrial de São José dos Pinhais.

Art. 29. A delimitação física das zonas e setores será determinada pelo seu perímetro,
definido por uma linha que deverá percorrer preferencialmente vias de circulação, logradouros
públicos, acidentes naturais, divisas de lotes ou faixas paralelas a determinadas vias, contadas a
partir da faixa de domínio ou da testada do lote, com larguras cotadas no mapa 02 do Anexo II.

§ 1º Caso o lote esteja situado em duas ou mais zonas distintas, aplicar-se-á o regime
urbanístico de um dos zoneamentos, a critério do Conselho Municipal de Planejamento e
Desenvolvimento Urbano - CMPDU, considerando as questões relativas ao acesso.

§ 2º Para os casos em que a testada do lote estiver voltado para uma via limite de
zoneamento, aplicar-se-á o regime urbanístico de uma das zonas, a critério do requerente,
excetuando-se os casos em que o limite ocorrer com a Zona Especial de Ocupação Restrita 1
(ZEOR1), Zona Especial de Ocupação Restrita 2 (ZEOR2), Setor Especial de Áreas Verdes
(SEAV), Zona Rural (ZRU), Distrito Industrial de São José dos Pinhais, Distrito de Campo
Largo da Roseira e Unidade Territorial de Planejamento (UTP), quando então deverão ser
respeitados os parâmetros da zona onde estiverem inseridos.

CAPÍTULO IV

Da Classificação, Definição e Relação dos Usos do Solo


Art. 30. Ficam classificados, definidos e relacionados os usos do solo para implantação
do Zoneamento de Uso e Ocupação do Município de São José dos Pinhais, com complementação
no Anexo VIII, desta Lei Complementar.

§ 1º Quanto às atividades:

I - habitacional: edificações destinadas à habitação permanente ou transitória,


subclassificando-se em:

a) habitação unifamiliar – edificação isolada destinada a servir de moradia a uma só


família;
b) agrupamento tipo A - são edificações compostas por 02 (duas) unidades de moradia,
podendo ser ou não, contígua à outra, de uso similar, separada por uma parede ou outro elemento
comum, ou afastadas entre si, sem ser necessariamente iguais;

c) agrupamento tipo B – são edificações compostas por 03 (três) unidades de moradia,


paralela ou não ao logradouro público, podendo ser ou não contíguas, de uso similar, separadas
por paredes ou outro elemento comum, horizontal ou vertical (até 03 pavimentos) ou afastadas
entre si, compondo ou não um único conjunto arquitetônico;

d) agrupamento tipo C – são edificações compostas por mais de 03 (três) unidades


autônomas de residência unifamiliar agrupadas horizontalmente:

1. quando paralelas ao alinhamento predial, deverão constar de 04 (quatro) até 10 (dez)


unidades; e

2. quando perpendiculares ao alinhamento predial, deverão constar de 04 (quatro) até 20


(vinte) unidades.

e) agrupamento tipo D – são edificações compostas por mais de 10 (dez) unidades


autônomas de residências unifamiliares, quando agrupadas paralelamente ao alinhamento ou
mais de 20 (vinte) unidades autônomas de residências unifamiliares, quando agrupadas
perpendicularmente ao alinhamento predial:

1. quando paralelas ao alinhamento predial, deverão constar de mais de 10 (dez) unidades


até o limite de 30 (trinta);

2. quando perpendiculares ao alinhamento predial, deverão constar de mais de 20 (vinte)


unidades até o limite de 100 (cem); e

3. os casos que excedam aos números quantitativos desta alínea estarão sujeitos à análise
do Conselho Municipal de Planejamento Desenvolvimento Urbano - CMPDU, que fará as
solicitações pertinentes.

f) habitação coletiva - edificação que comporta mais de 03 (três) unidades residenciais


autônomas, agrupadas verticalmente, podendo ter mais de uma torre;

g) habitação de uso institucional - edificação destinada à assistência social e a promoção


humana, onde se abrigam estudantes, crianças, idosos e necessitados, tais como: albergue,
alojamento estudantil, casa do estudante, asilo, convento, seminário, internato e orfanato;

h) habitação transitória – edificação com unidades habitacionais destinadas ao uso


transitório, onde se recebem hóspedes mediante remuneração, subclassificando-se em:

1. habitação transitória 1 – hotel, apart-hotel, e pensão;


2. habitação transitória 2 – hotel fazenda e camping; e

3. habitação transitória 3 – motel.

i) habitação popular - aquela destinada exclusivamente à moradia, com área igual ou


inferior a 70,00m² (setenta metros quadrados), permitida em qualquer zoneamento, devendo
atender os parâmetros da zona em que estiver inserida além das demais exigências do uso
habitacional.

II - comercial e de serviços: atividade pela qual fica definida uma relação de troca,
visando lucro, estabelecendo-se a circulação de mercadorias (comercial); e atividade remunerada
ou não, pela qual fica caracterizado o emprego de mão de obra ou assistência de ordem
intelectual ou espiritual (serviços), estando estas atividades classificadas quanto ao porte e à
natureza e podendo, ao aumentarem seu porte, sofrerem nova classificação, conforme
especificações no § 4º deste artigo:

a) vicinal: atividades de pequeno porte, disseminadas no interior de zonas residenciais, de


utilização imediata e cotidiana, como um prolongamento da habitação, dividem-se em:

1. vicinal 1: construções com área não superior a 150,00m² (cento e cinqüenta metros
quadrados), tais como: mercearias, açougues, leiterias, quitandas, farmácias, revistarias,
panificadoras, confeitarias, pastelarias, peixarias, armarinhos e demais estabelecimentos
semelhantes de pequeno porte, endereços fiscais (vinculado a residência), atividades de
profissionais liberais, não incômodas, exercidas na própria residência, atividades institucionais
públicas;

2. vicinal 2: construções independentemente da área construída, tais como: escolas


especiais, creches, pré- escolas, berçários, hotéis para bebês, ensino maternal, onde todas
dependem de acessos aprovados pelo Instituto de Desenvolvimento Urbano, devendo
obrigatoriamente ter área de embarque e desembarque interior ao lote; e

3. vicinal 3: construções com área não superior a 150,00m²(cento e cinqüenta metros


quadrados), tais como: bares, botequins (vendas de bebidas alcoólicas e destiladas abertas no
local), Igrejas, templos religiosos e locais de culto em geral, que dependem de análise e anuência
do Conselho Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano - CMPDU.

b) de bairro: atividades de médio porte, construções com área não superior a 500,00 m²
(quinhentos metros quadrados), de utilização intermitente e mediata, destinadas a atender
determinado bairro ou zona, tais como:

1. Grupo A – escritórios e consultórios de profissionais liberais; sapatarias; chaveiros;


alfaiatarias; barbearias; salões de beleza; saunas; confeitarias; armarinhos; joalherias; livrarias;
revistarias; papelarias; antiquários; panificadoras; artesanatos; mercearias, serviços de
reprodução e serviços gráficos que não produzam poluição sonora, associação de moradores;

2. Grupo B – clínicas médicas, odontológicas e veterinárias; laboratórios de análises


clínicas; radiológicas e laboratórios fotográficos, postos de telefonia, de correios e telégrafos,
oficina de eletrodomésticos, imobiliárias, lojas de ferragens, de materiais domésticos, de
calçados e roupas, lavanderias, academias de ginástica, lanchonete, cafés, mercados, postos
bancários, restaurantes, vendas de eletrodomésticos, sucursais da imprensa, agências de turismo,
jogos eletrônicos, fliperamas, vendas de móveis; oficinas de eletro-eletrônicos;

3. Grupo C – tipografias, clicherias, vendas e locação de veículos e motocicletas e


acessórios, oficinas mecânicas e borracharias, serviços de reprodução e serviços gráficos;

4. Grupo D – atividades públicas, independentemente da área de construção;

5. Grupo E -coleta, acondicionamento e comércio de resíduos recicláveis sem tratamento; e

6. Grupo F – coleta e acondicionamento de resíduos de Serviço de Saúde.

c) setoriais: atividades de grande porte, em construções com área total superior a 500,00m²
(quinhentos metros quadrados) ou destinadas a atender a população em geral: instituições
bancárias, imobiliárias, entidades financeiras, escritórios, lojas, restaurantes, instituições de
jornalismo, supermercados, cinemas, teatros, museus, auditórios, shoppings, entre outras
atividades, que deverão ter seus acessos aprovados junto ao Instituo de Desenvolvimento
Urbano, exclusivamente quando tiverem área construída superior a 1.000,00m² (mil metros
quadrados);

d) gerais: atividades destinadas à população em geral, as quais, por seu porte ou natureza,
necessitam tratamento diferenciado, exigindo assim, confinamento em áreas próprias, estas
atividades estão divididas em 03 (três) Grupos, e todas deverão ter seus acessos aprovados pelo
Instituto de Desenvolvimento Urbano:

1. Grupo 1: oficinas de lataria e pintura, cooperativas e silos, comércio de equipamentos


pesados, hipermercados, serviços de reciclagem correlatos aos resíduos sólidos urbanos;

2. Grupo 2: ferro velho, peças usadas, salvados e sinistrados, sucatas e tambores usados,
transportadoras e serviços de logística em geral; e

3. Grupo 3: estabelecimentos de ensino regular, com embarque e desembarque interno ao


lote, para o ensino fundamental, médio, superior, pré-escola e cursos preparatórios para o
vestibular (exceto pré escola isolada).

e) específicas: atividades peculiares cuja adequação à vizinhança depende de uma série de


fatores a serem analisados pelo Conselho Municipal de Planejamento e Desenvolvimento
Urbano - CMPDU, independente de área construída, dividem-se em:
1. Grupo A – comércio varejista de derivados de petróleo e demais combustíveis, postos de
serviços em geral para veículos, estacionamento, serviços de lavagem de veículos, edifícios
garagem;

2. Grupo B – cemitério, capelas mortuárias e crematórios;

3. Grupo C – restaurantes dançantes, boates, armas, munições e explosivos, clubes, buffet


com salão de festa, parques de diversões, bares e botequins;

4. Grupo D - comércio de produtos e resíduos de origem animal e vegetal, atividades


ligadas ao lazer e ao turismo, autódromo, canil, hospital veterinário, hotel para animais;

5. Grupo E – casas de saúde e hospitais; e

6. Grupo F – comércio atacadista e depósito de explosivos e inflamáveis, penitenciária,


casa de detenção, comércio atacadista e depósito de derivados do petróleo;

III - industrial - atividade que resulta na produção de objetos e equipamentos diversos,


através da transformação de matérias primas e insumos, subdividindo-se em 07 (sete) categorias
de uso:

a) Tipo 1– atividades industriais compatíveis com o uso residencial, não incômodas ao


entorno, tais como: confecção de cortinas e de fraldas descartáveis;

b) Tipo 2 – atividades industriais compatíveis com o seu entorno e aos parâmetros da zona,
não geradoras de intenso fluxo de pessoas e veículos, tais como: industria da panificação,
fabricação de artigos têxteis e persianas;

c) Tipo 3 – atividades industriais que implicam na utilização e/ou manipulação de


ingredientes que possam poluir o ambiente, porém sem trazer incômodos ou transtornos à
vizinhança, tais como: cozinha industrial, fabricação de brinquedos e cosméticos;

d) Tipo 4 – atividades industriais em estabelecimentos que impliquem na fixação de


padrões específicos, quanto às características de ocupação do lote, de acesso, de localização, de
tráfego, de serviços urbanos e disposição dos resíduos gerados, tais como: frigorífico e indústrias
de laminados, solventes;

e) Tipo 5 – atividades industriais em estabelecimentos cujo funcionamento depende de


legislação ambiental específica: olarias;

f) Tipo 6 - atividades industriais em estabelecimentos cujo funcionamento depende de


áreas específicas e infra-estrutura adequada, capaz de suportar seu alto grau de interferência no
meio em que estão inseridas, tais como: curtume, fabricação de artigos pirotécnicos, explosivos,
papel e celulose; e

g) Tipo 7 - atividades industriais que, por suas características, devam preferencialmente


estar situadas em áreas afastadas de núcleos urbanos, tais como: frigoríficos, vinícolas,
agroindústrias, geração e fornecimento de energia.

IV - extrativista: compreende as atividades de extração mineral e vegetal, localizadas


preferencialmente na zona rural, permissíveis em outras zonas, quando forem atividade meio
para instalação de outros usos, todas sujeitas à análise do CMPDU, que fará as exigências
necessárias.

§ 2º Quanto ao porte:

I – estabelecimentos industriais:

a) indústria caseira – dentro do lote residencial, localizada na edícula ou em dependência


contígua igual ou inferior a 100,00m² (cem metros quadrados) de construção para a atividade;

b) micro-indústria – construção com área igual ou inferior a 200,00m² (duzentos metros


quadrados);

c) indústria de pequeno porte – construção com área superior a 200,00m² (duzentos


metros quadrados) e igual ou inferior a 600,000m² (seiscentos metros quadrados);

d) indústria de médio porte – construção com área superior a 600,00m² (seiscentos metros
quadrados) e igual ou inferior a 1000,00m² (mil metros quadrados);

e) indústria de grande porte – construção com área superior a 1000,00m² (mil metros
quadrados) e igual ou inferior a 2000,00m² (dois mil metros quadrados);

f) indústria especial tipo 1 - construção com área superior a 2000,00m² (dois mil metros
quadrados) e igual ou inferior a 5000,00m² (cinco mil metros quadrados); e

g) indústria especial tipo 2 - construção com área superior a 5000,00m² (cinco mil metros
quadrados).

§ 3º No caso de conjuntos comerciais, de serviços ou industriais, formando um


agrupamento integrado, a classificação se dará pela área total das construções.

§ 4º As atividades com áreas superiores às previstas para seu porte deverão ser
classificadas de acordo com sua área construída, enquadrando-se em uso superior equivalente, a
critério do CMPDU, ouvido o Instituto de Desenvolvimento Urbano.

§ 5º As indústrias de grande porte e porte especial 1 ou 2, classificadas nas alíneas “e”,


“f” e “g” do inciso I do § 2º deste artigo, deverão ter seus acessos aprovados pelo Instituto de
Desenvolvimento Urbano.

§ 6º Os usos e atividades que comprovem por meio de Laudos Técnicos terem condições
de alteração de enquadramento, poderão protocolar pedido ao Conselho Municipal de
Planejamento e Desenvolvimento Urbano - CMPDU, sempre em observância aos preceitos desta
Lei Complementar, conforme o que segue:

I - o reenquadramento somente poderá ocorrer nas classificações imediatamente


inferiores, onde constem atividades de uso e porte similares e que estejam previstas nas tabelas
do Anexo III, para a zona onde o imóvel esteja situado;

II - quando do protocolo da solicitação de que trata este parágrafo, o CMPDU,


determinará os laudos necessários, compreendendo no mínimo, as questões relativas a tráfego,
fluxo viário, acessibilidade, níveis de ruído, memorial descritivo do processo, tipos de resíduos e
seu tratamento, e demais questões ambientais pertinentes;

III - o CMPDU se reserva o direito de solicitar demais laudos ou outros documentos e


esclarecimentos que se fizerem necessários para a análise do referido pedido; e

IV - os laudos deverão ser elaborados por profissionais devidamente habilitados e


acompanhados de registros nos respectivos conselhos profissionais.

Art. 31. Os usos e as diferentes atividades estão classificados em cada zona ou setor, de
acordo com sua categoria, escala e natureza:

I – uso adequado – compreendem as atividades que apresentam clara compatibilidade


com as finalidades urbanísticas da zona ou setor correspondente e com as atividades do entorno
imediato:

a) sendo uma atividade incompatível com seu entorno imediato, esta passa a ser uma
atividade permissível.

II - uso permissível – compreendem as atividades cuja compatibilização para a destinação


da zona ou setor dependerão da análise ou regulamentação específica para cada caso, em função
de seus impactos ambientais negativos, urbanísticos e de circulação; e

III - uso proibido – compreendem as atividades que, por sua categoria, porte ou natureza,
são nocivas, perigosas, incômodas e/ou incompatíveis com as finalidades urbanísticas da zona ou
setor correspondentes.

§ 1º Os usos permissíveis serão apreciados pelo Conselho Municipal de Planejamento e


Desenvolvimento Urbano - CMPDU que, quando necessário, poderá indicar parâmetros de
ocupação iguais ou mais restritivos que aqueles estabelecidos nesta Lei Complementar, em
especial quanto à:

I - adequação à zona ou setor onde será implantada a atividade; e

II - ocorrência de conflitos com o entorno, do ponto de vista de prejuízo à segurança,


sossego ou saúde dos habitantes vizinhos e ao sistema viário, com possibilidades de perturbação
no tráfego e ao meio ambiente.

§ 2º A permissão para localização e funcionamento de qualquer atividade considerada


incômoda, nociva ou perigosa, dependerá, além das especificações exigidas para cada caso, do
parecer técnico do órgão responsável a nível estadual e/ou federal.

§ 3º A permissão para localização de qualquer atividade considerada incômoda, nociva


ou perigosa, dependerá da aprovação, pelo organismo responsável, do projeto detalhado das
instalações para depuração dos resíduos ou efluentes líquidos e gasosos, bem como dos demais
equipamentos de prevenção e segurança.

§ 4º Por proposta do Instituto de Desenvolvimento Urbano e parecer favorável CMPDU,


os usos permissíveis poderão ser regulamentados por decreto do Executivo Municipal, com
parâmetros de ocupação iguais ou mais restritivos que os expressos nesta Lei Complementar
para os usos adequados.

Art. 32. A classificação das atividades como de uso adequado, permissível ou proibido,
segundo a qualidade de ocupação determinada pela zona, setor ou categoria funcional, estão
contidas nas tabelas do Anexo III, parte integrante desta Lei Complementar.

§ 1º Para efeito de aplicação das tabelas de que trata o caput deste artigo, serão
consideradas como de uso proibido, em cada zona ou setor, todas as atividades que não estejam
relacionadas como de uso adequado ou permissível; excetuando-se:

I - usos similares aos elencados como adequados ou permissíveis que estarão sujeitos à
análise do CMPDU, ouvido o Instituto de Desenvolvimento Urbano; e

II - novos usos que venham a surgir posteriormente a esta Lei Complementar, deverão ser
regulamentados por decreto do Executivo Municipal, com parecer favorável do CMPDU.

§ 2º Para efeito de aplicação das tabelas de que trata o caput deste artigo, consideram-se
como integrante da zona ou setor, e sujeitos aos parâmetros do mesmo, os lotes e áreas cujas
testadas e acessos para veículos estão voltadas à rua determinante do uso.

CAPÍTULO V
Das Normas para o Parcelamento e Ocupação do Solo
Art. 33. Toda e qualquer divisão de terras, na área urbana far-se-á de acordo com a Lei
Municipal de Parcelamento do Solo, atendidas as prescrições das leis federal e estadual
existentes e desta própria Lei Complementar.

Parágrafo único. Serão sempre observadas nos casos de parcelamento, loteamento e


subdivisões, as dimensões mínimas dos lotes de acordo com a zona ou setor onde estão
inseridos, definidos nas tabelas do Anexo III desta Lei Complementar.

Art. 34. Os limites de ocupação do solo são determinados pela aplicação simultânea da
taxa de ocupação, do coeficiente máximo de aproveitamento, do recuo frontal, do afastamento
das divisas laterais e de fundos, da altura máxima da edificação, da taxa de permeabilidade, do
número mínimo de vagas para estacionamento e da densidade de ocupação (unidade/lote).

Art. 35. Os elementos morfológicos fundamentais das edificações exemplificados na


figura 04, Anexo IV desta Lei Complementar:

I - subsolo – é o pavimento semi-enterrado no qual o piso do pavimento imediatamente


superior (térreo) não fique acima da cota média acrescida de 1,20m (um metro e vinte
centímetros) em relação ao nível do terreno estabelecido nas extremidades do alinhamento da
edificação (pontos A e B) ou fachada frontal, medido no eixo da edificação ou da unidade, no
caso de agrupamento residencial ou conjuntos, segundo interpretação gráfica do Anexo IV desta
Lei Complementar, figuras 01, 02 e 03;

II - base – volume de altura contado a partir da laje superior do subsolo até a torre da
edificação, formado por um ou dois pavimentos de uso comum, estacionamento, comércio ou
serviços, sendo que:

a) também poderá ser entendido como base um volume único formado pelo pavimento
térreo e pavimento superior, com ou sem: torre e/ou subsolo;

b) a base poderá ser acrescida de um terceiro pavimento opcional, desde que 1/3 (um
terço) da área total construída da mesma, seja destinada a atender exclusivamente à vagas de
estacionamento, distribuídas ou não em qualquer um dos pavimentos;

c) a base poderá ser usada em edificações exclusivamente residenciais, somente para


estacionamento e áreas comuns; e

d) a base não poderá ser utilizada para unidades autônomas de moradia.

III - torre – volume de altura e projeções variáveis, destinada a abrigar principalmente as


unidades habitacionais e ou comerciais; e
IV - volume superior – volume variável acima da laje do último pavimento da torre,
destinado a abrigar áreas de equipamentos das instalações prediais, onde a permanência humana
se restringe apenas à manutenção.

§ 1º No volume superior, citado no inciso IV, será proibido o uso para lazer e permanência
prolongada.

§ 2º Para efeito do cálculo da altura os equipamentos das instalações prediais, de torres de


retransmissão e pára-raios não serão considerados.

Art. 36. Nos lotes de esquina, a testada mínima deverá ser acrescida do recuo obrigatório
previsto para a zona ou setor onde o lote se localiza.

Seção I

Da Taxa de Ocupação

Art. 37. Para efeito desta Lei Complementar, taxa de ocupação é o instrumento de controle
de ocupação do solo que estabelece a relação entre a área da projeção máxima de construção
permitida no plano horizontal e a área do lote, definida em função do uso e da zona em que se
situar, conforme as tabelas do Anexo III desta Lei Complementar.

§ 1º A taxa de ocupação do solo descrita nas tabelas do Anexo III desta Lei Complementar,
deverá ser aplicada também para os sublotes.

§ 2º As taxas de ocupação previstas nas tabelas do Anexo III desta Lei Complementar,
poderão ser acrescidas em até 10% (dez por cento) de seu valor, a critério do Conselho
Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano - CMPDU, excetuando-se os sublotes,
que deverão manter as taxas determinadas nas referidas tabelas.

§ 3º A taxa de ocupação das respectivas zonas é definida de acordo com a fórmula:

TO=PCH/AT

TO = taxa de ocupação

PCH = projeção máxima de construção no plano horizontal

AT = área total do lote.

Art. 38. No cálculo da projeção máxima da construção permitida no plano horizontal, não
serão computados para efeito de verificação da taxa de ocupação:
I - sacadas, balcões, floreiras e varandas abertas e em balanço até 1,20m (um metro e
vinte centímetros), em áreas privadas de cada unidade autônoma, desde que não utilizadas como
dependências de serviços;

II - marquises e toldos até 1,20m (um metro e vinte centímetros); e

III - pérgulas não serão consideradas no cálculo da Taxa de Ocupação (TO) se atenderem
aos seguintes requisitos:

a) ter partes vazadas distribuídas uniformemente, correspondendo no mínimo a 50%


(cinqüenta por cento) da área de sua projeção horizontal;

b) as partes vazadas não poderão ter qualquer dimensão inferior a uma vez a altura da
nervura; e

c) quando localizadas na faixa de recuo da testada do lote, sua projeção horizontal não
poderá exceder a 20% (vinte por cento) da área da faixa.

IV - beirais ou coberturas em balanço até 1,20m (um metro e vinte centímetros), o


excedente será computado no cálculo da taxa de ocupação; e

V - áreas que constituírem galerias pluviais.

Parágrafo único. Quando os elementos citados nos incisos deste artigo ultrapassarem as
metragens previstas nos mesmos, as áreas excedentes serão computadas no cálculo da Taxa de
Ocupação (TO).

Seção II

Do Coeficiente Máximo de Aproveitamento

Art. 39. A área máxima de construção será obtida através da aplicação do Coeficiente de
Aproveitamento (CA) do lote expresso em unidades constantes e variável de acordo com as
zonas e setores, conforme o Anexo III desta Lei Complementar, definida pela relação entre o
total de área construída e a área total do terreno, segundo a seguinte fórmula:

CA = AC/AT

CA = coeficiente máximo de aproveitamento do lote

AC = área total da construção


AT = área total do lote

§ 1º Não serão consideradas, para efeito da determinação do total da área construída, as


seguintes áreas da edificação:

I - áreas construídas em subsolo destinado ao uso exclusivo de estacionamento;

II - pavimentos com pilotis, desde que localizados na ZC1, ZC2, ZC3 e ZEE, e sejam
destinados: a estacionamento de veículos exclusivo das atividades da edificação; para circulação
vertical; a recreação infantil; a sala de reuniões ou festas de uso comum dos moradores e, nesse
caso, estejam limitados ao máximo até 25% (vinte e cinco por cento) da projeção do edifício;
computando-se o que exceder;

III - pavimento de uso exclusivo para estacionamento e circulação vertical, quando não
ultrapassar a 30% (trinta por cento) da demanda conforme cálculo da tabela de área de
estacionamento do Anexo VI desta Lei Complementar;

IV - área de sótão, definida de acordo com os critérios do Código de Obras, em


residências unifamiliares, desde que não haja elevação da alvenaria externa para otimizar o uso
do espaço;

V - área de sacadas, balcões e floreiras em balanço, com projeção máxima de 1,20m


(um metro e vinte centímetros), desde que vinculadas ao limite de 6,00m² (seis metros
quadrados) por unidade residencial; e

VI - área de apoio, tais como reservatórios, casa de bombas, casa de máquinas de


elevadores, área para depósito de lixo, transformadores, geradores, medidores, central de gás e
centrais de ar-condicionado.

§ 2º Quando o pavimento térreo for executado em pilotis e destinado a estacionamento dos


veículos relacionados com atividades da edificação é expressamente proibido o estacionamento,
nas faixas de recuo obrigatório.

§ 3º Serão permitidas apenas duas vagas de estacionamento na faixa de recuo obrigatório,


citada no parágrafo anterior, desde que para as atividades de comércio e/ou serviço e que sejam
excedentes ao número mínimo necessário para a atividade, conforme a tabela I do Anexo VI
desta Lei Complementar.

§ 4º O somatório das áreas referidas nos incisos IV, V e VI do § 1º não poderão exceder a
50% (cinqüenta e cinco por cento) da área computável no coeficiente máximo de
aproveitamento, sendo o excedente computado.

§ 5º O coeficiente de aproveitamento descrito nas tabelas do Anexo III desta Lei


Complementar, deverá ser aplicado também para os sublotes.

Seção III
Da Altura Máxima da Edificação

Art. 40. Para o cálculo da altura máxima da edificação, a distância máxima entre pisos é
fixada em 3,60m (três metros e sessenta centímetros).

§ 1º Na hipótese de ocorrerem entre os pisos alturas maiores que as referidas no caput


deste artigo, a soma dos excessos contará como um ou mais pavimentos, consoante os múltiplos
de 3,60m (três metros e sessenta centímetros) ou fração.

§ 2º Admite-se distância máxima entre pisos superior à prevista no caput deste artigo,
somente quando tratar-se de apenas um mezanino, desde que sua área não exceda a 50%
(cinqüenta por cento) do pavimento imediatamente inferior; caso contrário, a soma dos excessos
contará como um ou mais pavimentos, consoante os múltiplos de 3,60m (três metros e sessenta
centímetros) ou fração.

§ 3º Galpões, depósitos ou edifícios similares nas Zonas Centrais, Residenciais, Zonas


Especiais de Ocupação Restrita e Zona Especial Estrutural, terão altura máxima de 10,00m (dez
metros).

§ 4º A altura máxima do Volume Superior, para ser considerado como tal, é de 7,20m
(sete metros e vinte centímetros).

§ 5º A Referência de Nível (RN/térreo) é definida no eixo do alinhamento da edificação, e


a distância vertical entre a RN e o perfil natural do terreno não poderá, em qualquer ponto do
terreno, ser superior a 1,20m (um metro e vinte centímetros), segundo interpretação gráfica da
figuras 01, 02 e 03, Anexo IV, desta Lei Complementar.

Art. 41. A altura máxima das edificações nas diferentes zonas de uso está definida no
Anexo III, desta Lei Complementar.

Art. 42. A altura máxima da edificação deverá obedecer às restrições do Ministério da


Aeronáutica, referentes ao Plano da Zona de Proteção dos Aeródromos e as restrições da
Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL, referentes ao Plano de Proteção dos Canais
de Microondas de Telecomunicações do Paraná.

Seção IV

Dos Afastamentos das Divisas e do Recuo da Testada do Lote

Art. 43. Os afastamentos mínimos das divisas e o recuo da testada do lote para cada
edificação serão sempre tomados perpendicularmente em relação às divisas e a testada do lote,
a partir do ponto mais avançado da edificação.

Art. 44. Os valores dos afastamentos das divisas e o recuo frontal da testada do lote são
definidos em função da zona ou setor urbano em que situam as edificações e da sua altura.

§ 1º Os alargamentos progressivos das vias pré-definidas no Anexo V desta Lei


Complementar, estão definidos a fim de preservar faixas para a implantação ou ampliação das
mesmas.

§ 2º As vias não relacionadas no Anexo V desta Lei Complementar, terão recuo da testada
do lote conforme o Anexo III desta Lei Complementar.

§ 3º Na Zona Central 1 (ZC 1), e Zona Central 2 (ZC2) as edificações poderão ter sua base
locada no recuo 0,00m (zero metros), desde que atendidas as diretrizes de alargamento previstas
no Anexo V desta Lei Complementar.

§ 4º Será admitido recuo zero exclusivamente para Atividade de Comércio e Serviço


Vicinal Grupo 1, localizados em vias locais, nas zonas: ZR3, ZR4 e ZEOR1, a critério do
Conselho Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (CMPDU), analisadas as
questões de impacto no fluxo viário, excetuando-se os casos previstos no § 1º, do artigo 60 desta
Lei Complementar.

Art. 45. As edificações deverão manter afastamentos laterais e de fundos mínimos e recuo
frontal mínimo em função da sua altura, de acordo com as especificações abaixo:

I - edificações de comércio e serviço vicinal e de bairro, indústria caseira, habitação


unifamiliar, agrupamentos, habitações coletivas, habitação de uso institucional e transitórias, que
possuam até 03 (três) pavimentos, quando:

a) poderão ser dispensadas dos afastamentos laterais e de fundos, excepcionalmente


quando não existirem aberturas para essas elevações;

b) possuírem aberturas, o afastamento mínimo das divisas será de 1,50m (um metro e
cinqüenta centímetros), salvo exigência de maior afastamento definidos pelo Código de Obras
Municipal; e

c) os demais usos não descritos neste inciso deverão atender o Anexo III desta Lei
Complementar.
II - edificações de até 07 (sete) pavimentos - os afastamentos lateral e fundo mínimos serão
de 2,00m (dois metros), recuo frontal mínimo de 3,00m (três metros), desde que atendidas as
diretrizes de alargamento previstas no Anexo V desta Lei Complementar;

III - edificações de 08 (oito) a 14 (quatorze) pavimentos – os afastamentos lateral e fundos


mínimos serão de 3,00m (três metros), recuo frontal mínimo de 4,00m (quatro metros), desde
que atendidas as diretrizes de alargamento previstas no Anexo V desta Lei Complementar; e

IV - edificações com mais de 14 (quatorze) pavimentos – os afastamentos lateral e fundos


mínimos serão de 4,00m (quatro metros), recuo frontal mínimo de 5,00m (cinco metros), desde
que atendidas as diretrizes de alargamento previstas no Anexo V desta Lei Complementar.

§ 1º Quando a base da edificação de que trata o artigo 35 desta Lei Complementar não for
utilizado para comércio e serviço, será obrigatório recuo frontal mínimo de 3,00m (três metros).

§ 2º Os incisos II, III e IV descritos neste artigo referem-se aos afastamentos da torre da
edificação.

§ 3º A altura a que se refere o caput deste artigo, será calculada conforme figuras 01, 02 e
03 do Anexo IV desta Lei Complementar.

Art. 46. Quando a edificação for constituída de dois ou mais volumes distintos, os
afastamentos entre os mesmos serão em função da sua altura:

I - edificações até 02 (dois) pavimentos – afastamento mínimo de 3,00m (três metros);

II - edificações até 07 (sete) pavimentos – o afastamento mínimo de 4,00m (quatro


metros);

III - edificações entre 08 (oito) e 14 (quatorze) pavimentos – o afastamento mínimo de


6,00m (seis metros); e

IV - edificações com mais de 14 (quatorze) pavimentos – o afastamento mínimo de 10,00m


(dez metros).

Art. 47. Lotes de esquina com testadas inferiores a 15,00m (quinze metros) e lotes de meio
de quadra com profundidade inferior a 15,00m (quinze metros), o recuo mínimo frontal da
testada do lote, estabelecido nesta Lei Complementar, poderá ser reduzido em relação aos
15,00m (quinze metros), na proporção de 1,00m (um metro) por metro ou fração de redução, até
um máximo de 2,00m (dois metros), sempre atendendo o recuo mínimo de 3,00m (três metros).

Parágrafo único. Excetua-se do caput deste artigo os lotes atingidos por vias com
alargamento progressivo previsto no Anexo V desta Lei Complementar.

Art. 48. A projeção dos afastamentos dos beirais com calhas, independente da direção do
caimento das águas dos telhados, deverão ter afastamento mínimo de 0,75m (setenta e cinco
centímetros) da divisa.

Art. 49. Os espaços livres definidos como recuo e afastamentos, devem ser tratados como
áreas livres de qualquer tipo de ocupação nas proporções do Anexo III desta Lei Complementar,
podendo-se, nessas áreas, realizar as seguintes obras:

I - tapumes, cercas divisórias, muros de arrimo e de vedação do terreno, necessários em


função de sua eventual declividade natural;

II - escadarias e rampas que devem seguir as disposições do Código de Obras;

III - portarias, guaritas, bilheterias, toldos, pérgulas, lixeiras, centrais de gás liqüefeito de
petróleo (GLP) e subestação de energia elétrica, observadas as disposições relativas à segurança
contra incêndio e as normas das concessionárias, desde que, quando no recuo frontal, ocupe
no máximo 30% (trinta por cento) da testada do lote; e

IV - estacionamento descoberto, quando vinculado à edificação destinada ao uso comercial


e de serviços e que seja observado o disposto no Código de Obras e atendendo ao disposto no
artigo 39, § 3º, desta Lei Complementar.

Seção V

Das Vagas de Estacionamento

Art. 50. A fim de garantir o estacionamento dos veículos particulares fora das vias
públicas, serão exigidas vagas de estacionamento em garagens, abrigos ou áreas descobertas, em
conformidade com o Anexo VI desta Lei Complementar.

§ 1º As vagas devem possuir dimensões mínimas de 2,40m (dois metros e quarenta


centímetros) x 5,00m (cinco metros), devidamente demonstrados no projeto, livres de colunas ou
qualquer outro obstáculo e acrescida de área de manobra de acordo com o Código de Obras.

I – Admite-se vagas com dimensões mínimas de 2,20m (dois metros e vinte centímetros) x
4,00m (quatro metros), devidamente demonstrados no projeto, para habitações unifamiliares e
agrupamentos, livres de colunas ou qualquer outro obstáculo.

§ 2º Nas garagens ou estacionamentos de edifícios residenciais será admitido que 50%


(cinqüenta por cento) do total de vagas sejam dependentes entre si, desde que se destinem a
mesma unidade.

§ 3º Quando o cálculo estabelecido no § 2º resultar em número fracionário adota-se o


número subseqüente.

§ 4º Quando, no mesmo terreno, coexistirem usos e atividades diferentes, o número de


vagas exigidas será igual à soma das vagas necessárias para cada uso e atividade, de acordo com
o Anexo VI desta Lei Complementar.

§ 5º O número de vagas para o uso de atividades, não especificadas no Anexo VI desta Lei
Complementar, será calculado por analogia.

§ 6º Os acessos devem ser regulamentados, identificando os rebaixamentos de meio-fio,


que devem ter largura máxima de 7,00m (sete metros), e mantida entre eles uma distância
mínima de 5,00m (cinco metros) de meio-fio não rebaixado.

§ 7º Os rebaixamentos previstos no § anterior, quando destinados a acessos de veículos de


grande porte, terão suas larguras definidas pelo Instituto de Desenvolvimento Urbano,
considerando suas características próprias, acessibilidade e circulação de pedestres.

§ 8º Os espaços destinados aos estacionamentos e pátios de carga e descarga deverão estar


situados totalmente dentro dos limites do lote, de acordo com o Código de Obras.

§ 9º As vagas para carga e descarga deverão possuir dimensões mínimas de 3,00m (três
metros) x 10,00m (dez metros), devidamente demonstrados no projeto, livres de colunas ou
qualquer outra obstáculo, acrescida de iguais dimensões para manobra.

Art. 51. Os espaços destinados à garagem ou estacionamento não poderão sofrer


modificações de uso, salvo quando a garagem ou estacionamento for transferido, com o mesmo
número de vagas e área de manobra, para outra área dentro do mesmo lote.

Art. 52. No cálculo do número mínimo de vagas de estacionamento deverão ser reservadas
vagas para deficientes físicos, localizadas próximo às entradas dos edifícios, destinados aos usos
comerciais e de serviços públicos e privados, com largura mínima de 3,50m (três metros e
cinqüenta centímetros) e comprimento de 5,00m (cinco metros) nas seguintes proporções:

I. Até 25 vagas 1 vaga;


II. De 25 a 50 vagas 2 vagas;
III. De 51 a 75 vagas 3 vagas;
I V. De 76 a 100 vagas 4 vagas;
V. De 101 a 150 vagas 5 vagas;
VI. De 151 a 200 vagas 6 vagas;
VII. De 201 a 300 vagas 7 vagas;e
VIII. Mais de 300 vagas 8 vagas e mais uma para cada 100 (cem) vagas ou fração.

Parágrafo único. Quando houver a exigência de 01 (uma) única vaga de estacionamento


esta deverá atender as dimensões mínimas necessárias para os deficientes físicos, definidas no
caput deste artigo.

Art.53. Para as edificações, já existentes até a data de aprovação desta Lei Complementar,
que forem objeto de obras de reforma, sem alteração do uso nem ampliação da área construída
não será exigido vagas adicionais para estacionamento.

§ 1º Nas edificações de que trata o caput deste artigo que receberem obras de ampliação
da área construída, sem alteração do uso, será exigido o provimento de vagas de estacionamento,
calculado sobre a área acrescida, na proporção estabelecida no Anexo VI desta Lei
Complementar.

§ 2º No caso de reforma sem acréscimo de área, mas com alteração de uso, em terrenos
situados em ZC1 e ZC2, com testada do lote igual ou inferior a 12,00m (doze metros), terão o
número de vagas de estacionamento analisado e definido pelo Conselho Municipal de
Planejamento e Desenvolvimento Urbano - CMPDU.

§ 3º No caso de reforma, sem acréscimo de área ou com acréscimo exclusivamente no


recuo, com alteração de uso, em terrenos situados em ZC1, as vagas obrigatórias poderão estar
situadas em um lote ou edificação próxima, a critério da análise do Conselho Municipal de
Planejamento e Desenvolvimento Urbano – CMPDU.

Art. 54. Em lotes vagos, ou seja, para novas edificações, localizadas em ZC1, com
testadas iguais ou inferiores a 12,00m (doze metros), as exigências de estacionamento ficarão a
critério do CMPDU.

Art. 55. Estarão sujeitos à análise do CMPDU sobre a obrigatoriedade de outro local para
estacionamento e a guarda de veículos as edificações situadas em logradouros cujo “grade” seja
em escadaria ou lotes com testada única para logradouros de circulação exclusiva de pedestres.

CAPÍTULO VI

Do Sistema Viário

Seção I

Das Vias de Circulação Urbana e Rural

Art. 56. O Sistema Viário do Município de São José dos Pinhais está subdivido em:
urbano e rural, assim definidos:

I - é considerado Sistema Viário Urbano o conjunto das vias contidas dentro do quadro
urbano limitadas pelo perímetro urbano da sede do Município; e

II - é considerado Sistema Viário Rural o conjunto das demais vias do Município, salvo
as rodovias e as vias dos núcleos das colônias.

Art. 57. O Sistema Viário Urbano da Sede Municipal de São José dos Pinhais é o conjunto
de vias públicas, hierarquizadas, que constituem o suporte físico da circulação e garantem sua
integração ao uso do solo urbano.

Parágrafo único. A hierarquia de acessibilidade proposta para o Sistema Viário Urbano,


objetiva:
I - induzir uma estrutura urbana linear;

II - otimizar o potencial das diversas zonas e setores da cidade; e

III - proporcionar equilíbrio nos fluxos na rede viária urbana.

Art. 58. Fica estabelecida a Classificação Funcional do Sistema Viário do Município de


São José dos Pinhais de acordo com as categorias de vias abaixo definidas:

I - Vias Regionais são vias com a função de conduzir, de forma expressa, o tráfego com
origem e/ou destino fora do território do Município, são compostas por:

a) rodovias estaduais; e

b) federais;

II - vias marginais (VM) - são vias paralelas e frontais às Vias Regionais com a função de
facilitar o acesso às atividades lindeiras a essas vias;

III - vias arteriais (VA) - são vias com a função de conduzir o tráfego entre zonas urbanas
afastadas entre si, bem como conectar-se com as Vias Regionais facilitando as trocas de viagens
com as áreas externas ao Município;

IV - vias de integração intermunicipal (VII) - são vias com a função de conduzir o tráfego
de veículos em viagens entre a área urbana do Município de São José dos Pinhais e as áreas
urbanas dos municípios vizinhos;

V - vias de integração municipal (VIM) - são vias com a função de conduzir o tráfego de
veículos em viagem entre a área urbana , as áreas rurais e os distritos industriais do Município;

VI – via perímetral rural de integração das colônias (PRIC) - são vias de interesse turístico
e cultural com a finalidade de interligar as colônias do Município e promover o desenvolvimento
do comércio, serviço e indústria local;

VII - vias coletoras (VC) - são responsáveis pela condução do tráfego entre as vias
locais e as demais vias hierarquicamente superioras do Sistema Viário Urbano;

VIII - vias centrais (VCC) - são as vias que por sua condição de localização, em área de
alta densidade de atividades urbanas, trabalham no limite de suas capacidades, conduzindo
simultaneamente o tráfego de veículos individuais e coletivos e o tráfego de pedestres;

IX - vias locais (VL) - são vias responsáveis prioritariamente ao acesso as atividades locais
e à condução de veículos em pequenos percursos; e
X – vias especiais (VE) – são vias de uso diferenciado, com ou sem função específica de
tráfego de veículos:

a) Via Especial São José / Almirante Alexandrino (VE1);

b) Via Especial Avenida Rui Barbosa (VE2) – entre a Avenida das Torres e BR-277;

c) Via Especial Tavares de Lyra (VE3) – entre Avenida Rui Barbosa e Rua Waldomiro
Valaski;

d) Via Especial Marechal Hermes (VE4) – entre a RFFSA e BR-277;

e) Via Especial Av. das Torres (VE5) – entre a Avenida das Américas e Rua Joinvile;

f) Via Especial Arpo (VE6) – entre a BR-376 e o Contorno;

g) Via Especial Joinvile (VE7) – entre a Rua Tenente Djalma Dutra e a BR-376;

h) Via Especial Pedro Gapski Filho (VE8);

i) Via Especial Cláudia Soares (VE9);

j) Via Especial Alfredo Pinto (VE10); e

k) Via Especial Primo Simione/Alberto Bichebiche (VE11).

Art. 59. A hierarquização das vias urbanas de São José dos Pinhais está indicada no Mapa
Sistema Viário Hierarquizado, de acordo com o Mapa 04 e Mapa 05, do Anexo VII desta Lei
Complementar.

Parágrafo único. As vias sem tratamento específico no Mapa 04 pertencem à categoria de


via local.

Art. 60. As larguras das faixas a serem preservadas para implantação ou ampliação das
vias indicadas no Mapa 04 estão definidas no Anexo V desta Lei Complementar, sendo que suas
seções serão definidas na ocasião do Projeto Geométrico.

§ 1º As vias com largura inferior à 12,00m (doze metros) sofrerão alargamento


progressivo, determinado pelo Instituto de Desenvolvimento Urbano, até atingirem esta medida,
mesmo as não relacionadas na tabela do Anexo V desta Lei Complementar.

§ 2º As vias relacionadas no parágrafo anterior deverão atingir a largura mínima de doze


metros.
Art. 61. Os projetos de parcelamento do solo deverão incluir, obrigatoriamente, a
liberação, para o poder público, das faixas definidas no artigo 60, desta Lei Complementar de
acordo com os seguintes critérios:

I - quando as vias estiverem projetadas deverão ser obedecidos os parâmetros estabelecidos


pelos respectivos Projetos Geométricos das vias; e

II - quando os Projetos Geométricos das vias não estiverem estabelecidos, o CMPDU


deverá definir a seção da mesma, observando as faixas definidas no Mapa 04 Anexo VII e
adotando os seguintes critérios:

a) quando ambos os lados do eixo da via estiverem desocupados ou não comprometidos


por loteamentos já aprovados, deverá ser liberada a metade da faixa de domínio para cada lado
do eixo da via existente ou projetada; e

b) quando um lado do eixo da via estiver comprometido por loteamento ou por edificações
de caráter definitivo, deverá ser liberada a faixa de domínio integral medida a partir da testada do
lote estabelecido pela ocupação ou loteamento existente.

Parágrafo único. Os casos que exigirem soluções especiais para a obtenção de geometria
tecnicamente mais adequada para as vias, como os trechos em curva ou parcelamento de terrenos
em vazios inferiores a 50,00m (cinqüenta metros) de testada, o Instituto de Desenvolvimento
Urbano emitirá instruções específicas com o objetivo de proporcionar uma melhor geometria
final para as vias.

Art. 62. Para aprovação de projetos de loteamento será exigida a inclusão de vias coletoras
em número e forma compatíveis às necessidades de articulação da área loteada com as vias
hierarquicamente superiores do sistema viário municipal, a critério do Instituto de
Desenvolvimento Urbano.

Art. 63. Para efeito desta Lei Complementar, via urbana é composta de:

I - faixa de veículos - conjunto da área de circulação dos veículos (pista de rolamento)


mais o espaço destinado ao estacionamento;

II - calçada – é a parte da via, normalmente segregada e em nível elevado de 5,00cm (cinco


centímetros) a 25,00 (vinte e cinco centímetros), reservada ao trânsito de pedestres e à
implantação de mobiliário urbano;

III - passeio – é a parte da calçada livre de interferências, destinada à circulação exclusiva


de pedestres;

IV - canteiro - área pavimentada ou ajardinada elevada, como as calçadas, situada no


centro de uma via, separando duas faixas de veículos; e
V - ciclovia – área destinada à circulação exclusiva de bicicletas.

Art. 64. As vias urbanas classificam-se, quanto a sua implantação, em:

I - vias existentes – as vias já implantadas e denominadas; e

II - vias projetadas – as vias definidas nesta Lei Complementar, mas sujeitas ainda a
projeto e/ou implantação, além de outras necessárias para o fechamento da malha urbana,
definidas pelo Instituto de Desenvolvimento Urbano.

Parágrafo único. Todas as vias de circulação a serem projetadas e construídas devem


atender os seguintes requisitos:

I - a declividade longitudinal máxima permitida será de 15% (quinze por cento) e a mínima
não poderá ser inferior a 1% (um por cento); e

II - a declividade transversal máxima permitida será de 4% (quatro por cento) e a mínima


de 2% (dois por cento) e esta poderá ser do centro da caixa da rua para as extremidades, ou de
uma extremidade da caixa para outra.

Art. 65. Na aprovação de loteamentos será sempre considerada a urbanização da área


contígua ou limítrofe, devendo as vias de circulação previstas articularem-se com as vias
adjacentes oficiais existentes, ou projetadas, e harmonizarem-se com a topografia local.

Art. 66. A definição de novas vias, bem como suas funções, que não estiverem no Plano
Viário do Município, serão definidas conforme necessidade, justificadas tecnicamente,
aprovadas pelo Conselho Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano e normatizadas
através de Decreto Municipal.

Parágrafo único. As vias de que trata o caput deste artigo deverão atender as dimensões
mínimas das vias definidas no Anexo V desta Lei Complementar.

Art. 67. A largura da via que constituir prolongamento de outra já existente ou constante
de plano de loteamento, já aprovado pelo Município, não poderá ser inferior a largura desta,
ainda que pela função característica possa ser considerada de categoria inferior.

Parágrafo único. Nos cruzamentos de vias com hierarquias diferenciadas a concordância a


que se refere o caput obedecerá à interseção ou raio mínimo definido para a via de maior porte.

Art. 68. As ruas da malha básica (arteriais e coletoras) devem funcionar como elementos
de orientação dos percursos, devendo, portanto, estar destacadas das demais e, para tanto, podem
ser usados os seguintes recursos:
I - padrões de sinalização;

II - tipo de pavimentação; e

III - iluminação.

Art. 69. Qualquer plano de pavimentação urbana deverá obedecer à hierarquia viária da
área, estabelecida nesta Lei Complementar.

Seção II

Das Calçadas

Art. 70. Quando, por qualquer motivo, a declividade longitudinal da calçada, for superior
a 15 % (quinze por cento), o mesmo será formado por patamares e escadarias.

Art. 71. A declividade transversal máxima das calçadas será de 2% (dois por cento), sendo
o piso antiderrapante obrigatoriamente.

Art. 72. As calçadas deverão ter, nas esquinas o meio-fio rebaixado, para acesso dos
deficientes físicos, de acordo com a legislação pertinente.

CAPÍTULO VII

Dos Equipamentos

Art. 73. Os equipamentos de uso público, subdividem-se em:

I - equipamentos comunitários;

II - equipamentos urbanos; e

III - equipamentos de transporte.

§ 1º São considerados comunitários os equipamentos de:

I - educação;
II - cultura;

III - pesquisa;

IV - saúde;
V - lazer;

VI - esporte;

VII - assistência social;

VIII - cemitérios;

IX - mercados públicos; e

X - outras atividades gerenciadas por órgãos governamentais.

§ 2º São considerados urbanos os equipamentos públicos ou privados de:

I - abastecimento de água;

II - esgoto;

III - energia elétrica;

IV - coleta de água pluvial;

V - rede telefônica;

VI - rede de transmissão de dados;

VII - coleta de lixo;

VIII - gás canalizado; e

IX - estações de abastecimento e de tratamento de efluentes domésticos e industriais e


demais redes de abastecimento público.

§ 3º São considerados de transporte, os equipamentos do sistema rodoviário, tais como:

I - terminal urbano; e

II - terminal rodoviário.

Art. 74. Os equipamentos comunitários, especialmente os de educação, assistência social,


cultura, saúde e lazer serão classificados e localizados por plano de rede hierarquizada executado
pelo órgão municipal competente, o qual deverá levar em conta as normas federais e estaduais
existentes e a área ou raio de influência de cada equipamento, em função da população ao qual se
dirige, definida segundo as densidades programadas por esta Lei Complementar.
Art. 75. As áreas dos equipamentos de comunicação deverão localizar-se de acordo com as
normas técnicas específicas, desde que sujeitos à prévia aprovação pelo órgão competente.

Art. 76. Os equipamentos complementares ao sistema viário, que exijam edificações,


ficarão sujeitos aos limites de ocupação da área em que se situarem.

Art. 77. As faixas de domínio do sistema viário e faixas de proteção dos sistemas de
saneamento, energia, oleoduto e gasoduto são considerados non aedificandi, exigidos por esta
Lei Complementar e pela Lei Federal de Parcelamento do Solo Urbano e aprovado em órgão
competente, exceto quando tratar-se de obras para a viabilização de seu próprio uso.

Art. 78. O Município poderá decretar de utilidade pública, áreas em qualquer zona,
visando assegurar à mesma, a implantação dos equipamentos previstos nesta Lei Complementar.

CAPÍTULO VIII

Das Disposições Finais

Art. 79. São partes integrantes e complementares desta Lei Complementar os seguintes
anexos:

I – Anexo I – Descrição dos perímetros das áreas urbanas:

a) área urbana da sede Municipal; e

b) área urbana da sede da Colônia Murici.

II - Anexo II – Mapas:

a) mapa 01: Macrozoneamento do Município;

b) mapa 02: Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo Urbano da Sede Municipal; e

c) mapa 03 Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo Urbano da Sede da Colônia Murici;

III - Anexo III – Parâmetros de Uso e Ocupação do Solo Urbano, composto das seguintes
tabelas:

• tabela 01 - Zona Residencial 1 (ZR 1);

• tabela 02 - Zona Residencial 2 (ZR 2);


• tabela 03 - Zona Residencial 3 (ZR 3);

• tabela 04 - Zona Residencial 4 (ZR 4);

• tabela 05 - Zona Residencial Especial 1 (ZRE 1);

• tabela 06 - Zona Residencial Especial 2 (ZRE 2);

• tabela 07 - Zona Central 1 (ZC 1);

• tabela 08 - Zona Central 2 (ZC 2);

• tabela 09 - Zona Central 3 (ZC 3);

• tabela 10 - Zona Estrutural (ZEE);

• tabela 11 - Zona Industrial e de Serviços (ZIS);

• tabela 12 – Zona Especial de Ocupação Restrita 1 (ZEOR 1);

• tabela 13 - Zona Especial de Ocupação Restrita 2 (ZEOR 2);

• tabela 14 - Zona Especial de Serviços Intermodais (ZESI);

• tabela 15 – Setor Especial de Áreas Verdes (SEAV);

• tabela 16 – Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) em ZR 3 e ZR 4;

• tabela 17 - Zona Especial Institucional (ZEI);

• tabela 18 - Zona Rural (ZRU);

• tabela 19 – Sede da Colônia Murici (SCM);

• tabela 20 – Via Especial São José/ Almirante Alexandrino (VE1);

• tabela 21 - Via Especial Avenida Rui Barbosa (VE2) – entre a Avenida das Torres e
BR-277;

• tabela 22 - Via Especial Tavares de Lyra (VE3) – entre Avenida Rui Barbosa e Rua
Waldomiro Valaski;

• tabela 23 - Via Especial Marechal Hermes (VE4) – entre a RFFSA e BR-277;


• tabela 24 - Via Especial Av. das Torres (VE5) – entre a Avenida das Américas e Rua
Joinvile;

• tabela 25 - Via Especial Arpo (VE6) – entre a BR-376 e o Contorno;

• tabela 26 - Via Especial Joinvile (VE7) – entre a Rua Tenente Djalma Dutra e a BR-
376;

• tabela 27 - Via Especial Pedro Gapski Filho (VE8);

• tabela 28 - Via Especial Cláudia Soares (VE9);

• tabela 29 - Via Especial Alfredo Pinto (VE10); e

• tabela 30 - Via Especial Primo Simione/Alberto Bichebiche (VE11).

IV - Anexo IV – Figuras Ilustrativas de 01 a 04;

V - Anexo V – Alargamento Progressivo das Vias Urbanas Hierarquizadas:

a) tabela I - Alargamento Progressivo das Vias Urbanas Hierarquizadas.

VI - Anexo VI – Áreas de Estacionamento:

a) tabela I - Área de Estacionamento.

VII - Anexo VII – Mapa 04 e Mapa 05:

a) mapa 04 - Sistema Viário Hierarquizado; e

b) mapa 05 – Sistema Viário – Perimetral de Interligação das Colônias.

VIII - Anexo VIII – Classificação dos Usos:

a) tabela I - Comércio;

b) tabela II - Serviços; e

c) tabela III – Indústria.

Art. 80. As determinações desta Lei Complementar não substituem e nem isentam de
obediência às normas Federais, Estaduais e Municipais que objetivem assegurar condições
sanitárias, de iluminação, ventilação, insolação, circulação interna, para todos os tipos de
edificações, independente das zonas ou setores em que são implantadas.

Art. 81. As solicitações de Alvarás de Construção e para Localização e Funcionamento,


protocolados até a publicação desta Lei Complementar, poderão ser analisados e deferidos até 31
de março de 2006, segundo os critérios previstos na legislação vigente na data do protocolo.

Parágrafo único. Após 31 de março de 2006, somente serão emitidos Alvarás de


Construção e para Localização e Funcionamento, com a observância integral dos dispositivos
desta Lei Complementar.

Art. 82. Quando conflito de informações nesta Lei Complementar, sempre prevalecerá a
determinação em texto.

Art. 83. As infrações à presente Lei Complementar darão ensejo à cassação do respectivo
alvará, embargo administrativo, aplicação de multas e demolição de obras, de acordo com o
Código de Obras.

Art. 84. Os casos omissos e ou conflitantes serão analisados pelo Conselho Municipal de
Planejamento e Desenvolvimento Urbano - CMPDU.

Art. 85. Fica revogada a Lei Complementar nº 10, de 23 de dezembro de 2004.

Art. 86. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Gabinete do Prefeito Municipal de São José dos Pinhais, 11 de novembro de


2005.

Leopoldo Costa Meyer


Prefeito Municipal Sandro Almir Setim
Secretário Municipal de Urbanismo

SUMÁRIO

Artigos
Capítulo I Das Disposições Preliminares 1º ao 3º
Seção I Dos Objetivos 4º
Seção II Das Definições 5º e 6º
Capítulo II Dos Alvarás 7º ao 14
Capítulo III Do Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo 15 ao 29
Capítulo IV Da Classificação, Definição e Relação dos Usos do Solo 30 ao 32
Capítulo V Das normas para o Parcelamento e Ocupação do Solo 33 ao 36
Seção I Da Taxa de Ocupação 37 e 38
Seção II Do Coeficiente Máximo de Aproveitamento 39
Seção III Da Altura Máxima da Edificação 40 ao 42
Seção IV Dos Afastamentos das Divisas da Testada do Lote 43 ao 49
Seção V Das Vagas de Estacionamento 50 ao 55
Capítulo VI Sistema Viário
Seção I Das Vias de Circulação Urbana e Rural 56 ao 69
Seção II Das Calçadas 70 ao 72
Capítulo VII Dos Equipamentos 73 ao 78
Capítulo VIII Das Disposições Finais 79 ao 86

ANEXOS

Anexo I Descrição dos Perímetros das Áreas Urbanas


Anexo II Mapas 01, 02 e 03
Anexo III Tabelas de Parâmetros de Uso e Ocupação do Solo Urbano
Anexo IV Figuras Ilustrativas de 01 a 04
Anexo V Alargamento Progressivo das Vias Hierarquizadas
Anexo VI Áreas de Estacionamento
Anexo VII Mapas 04 e 05
Anexo VIII Tabelas de Classificação dos Usos

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