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Criação de linhas de pesquisas de Comunidades científicas a partir dos fundamentos de

modelagem de conceitual da Biblioteconomia e Ciência da Informação

Resenha do artigo de periódico “Modelização de domínios de conhecimento: uma investigação de


princípios fundamentais”

RESENHA EXPANDIDA: Nº. 01


FINALIDADE: Comparação do texto lido com o projeto de pesquisa

1 IDENTIFICAÇÃO

DATA 02/07/2020 LOCAL (cidade): Horizonte

INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

ESCOLA/FACULDADE: Escola de Ciência da Informação (ECI)

Programa de Pós-graduação em Gestão e Organização do


PROGRAMA E/OU DEPARTAMENTO:
Conhecimento

LINHA DE PESQUISA E/OU CURSO: Arquitetura & Organização do Conhecimento (AOC)

GRAU DE TITULAÇÃO: Bacharel em Biblioteconomia

DISCIPLINA: Tratamento e Representação da Informação

PROF(A).: Gercina Ângela de Lima

NOME DO ALUNO(A): Junio Lopes Nascimento

Nº DE MATRÍCULA: 2013005908

CONTATO: juniolopescj@gmail.com

2 ESPECIFICAÇÃO

OBJETIVO DA
RESENHA: (Informar em poucas palavras o propósito da resenha)
Ex.: em resposta à atividade programada Xxxx da disciplina em questão, correspondente a XX
pontos, o objetivo desta resenha é: ampliar o conhecimento do(s) autor(es) do trabalho sobre o
tema xxx através de um exercício de e análise e síntese do texto “Xxxx”).

Elaborado por: Profª Graciane S. Bruzinga Borges <gracianebruzinga@gmail.com>


Validado por: Profª Dra. Gercina Ângela de Lima <limagercina@gmail.com>
Adotado por: Grupo de Pesquisa MHTX Última atualização: 11/05/2020
3 RESUMO ORIGINAL

RESUMO:
As teorias e metodologias desenvolvidas, tanto no escopo temático da ciência da informação quanto no da ciência da
computação, que estão voltadas para a representação do conhecimento, apresentam, de forma mais ou menos abrangente,
discussões sobre princípios como contexto de conhecimento, natureza dos conceitos, relações entre conceitos e sistemas de
conceito. No campo do quadro teórico, investigam-se os modelos de abstração utilizados nas duas áreas e modelos
representacionais associados à modelagem de sistemas de banco de dados, especificamente o modelo orientado a objetos.
Da ciência da informação, analisam-se teorias ligadas à representação de sistemas de conceitos, como a teoria da
classificação facetada e a teoria do conceito. Da teoria da terminologia, utilizam-se princípios estabelecidos para a
determinação de conceitos e suas relações. Garantindo a especificidade de cada área, a comparação entre as teorias se dá,
tendo em vista quatro pontos relacionados ao processo de modelização, a saber: o método de raciocínio; o objeto de
representação; as relações entre os objetos; as formas de representação gráfica.

PALAVRAS-CHAVE: Organização do conhecimento; Modelização; Representação do conhecimento.

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4 APRESENTAÇÃO DA RESENHA:

Resenha do artigo de periódico “Modelização de domínios de conhecimento: uma investigação de


TÍTULO DA
RESENHA: princípios fundamentais”

CAMPOS, M. L. A. Modelização de domínios de conhecimento: uma investigação de princípios


REFERÊNCIA: fundamentais. Ciência da Informação, Brasília-DF, v. 33, n. 1, p. 22-32, jan./abril 2004.
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ci/v33n1/v33n1a03.pdf. Acesso em: 10 junho 2020.

1) Credenciais do autor (Informações gerais sobre o autor; autoridade no campo científico; quem fez o estudo?
quando? por quê? onde?)

Graduada em Biblioteconomia e Documentação. Doutora em Ciência da Informação pelo Instituto Brasileiro em


Informação Científica e Tecnológica - IBICT/UFRJ. É uma autoridade na organização do conhecimento, onde ocorre a
modelização de modelização de conhecimento para a construção de sistemas de Organização do Conhecimento (SOC). O
que?: modelização. Onde/em que?: Domínios do conhecimento. Quem?: são os princípios fundamentais. Como?:
investigação.

2) Conhecimento (resumo detalhado das ideias principais):

Estrutura textual das seções do artigo - SUMÁRIO EXPANDIDO (LIMA, 2004) com base nos: fundamentos da
análise facetada, NBR 14724 - Trabalhos acadêmicos – Apresentação, NBR 6027 Sumário – Apresentação e a NBR 6034
– Índices, mas com a influência de Índices de final de livro. Pois o artigo não foi estruturado com numeração progressiva
para mostrar as seções, mas com uma estrutura de caixa alta, negrito e itálico para definir a hierarquia das seções que o
compõem.

1 INTRODUÇÃO
Esta investigação discute a problemática representacional, comparando os mecanismos de abstração presentes
nas teorias da ciência da informação, da terminologia e da computação para a construção de modelos conceituais.
Dessa forma, esses mecanismos de abstração bem como os fundamentos teórico-metodológicos das áreas contribuem
para a modelização de domínios.

Da Ciência da informação, sistemas de conceitos, como a teoria da classificação facetada de S. R.


Ranganathan (Ranganathan, 1951, 1967) e a teoria do conceito de I. Dahlberg (Dahlberg, 1978, 1978 a, 1983).

Da Ciência da computação, o modelo orientado a objetos (Gray, 1992; Furlan, 1998; Rumbaugh, 1994) / a
ontologia formal (Guarino, 1998, 1998a, 1994, 1997; Gruber, 1993; Sowa, 2000).

Da terminologia, E. Wuester (Wuester, 1981) e seus seguidores (Drozd, 1981; Felber, 1981, 1984; Kandelaki,
1981; Riggs, 1979).

[1.1 Objetivo]
“[analisar em forma de] estudo sistemático das teorias subjacentes a essas áreas, relativas à construção de
modelos conceituais, que permitem a elaboração de linguagens documentárias, sistemas computacionais, hipertextos,
sistemas voltados para a construção de bases de conhecimento – os chamados sistemas especialistas – e, mais
recentemente, no âmbito da inteligência artificial, as ontologias”. (CAMPOS, 2004, p. 22, grifo nosso).

2 A REPRESENTAÇÃO DE CONHECIMENTO
Serve para formalizar objetivos e suas relações em contextos definidos para a modelização de domínios do
conhecimento.

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3 PRINCÍPIOS PARA A MODELIZAÇÃO DE DOMÍNIOS DE CONHECIMENTO (Objeto da pesquisa)
Apresenta os modelos de raciocínio que auxiliam o modelador do domínio que se pretende representar o
conhecimento em oito seções conectadas.

3.1 O método de raciocínio


Apresenta o raciocínio dedutivo, também denominado top-down e o método indutivo, também denominado
bottom-up, ambos na ciência da computação.

3.2 O objeto de representação


É menor unidade de manipulação/representação de um dado contexto.

3.3 As relações entre os objetos: a elaboração de estruturas conceituais


Todo modelo reflete a complexidade do real (MORIN, 1990). A análise será apresentada a partir do que vamos
denominar movimentos do ato de modelar.

3.4 Relação categorial


Este tipo de relação reúne, em um primeiro grande agrupamento, os objetos por sua natureza, ou seja, entidades,
processos, entre outros. A relação categorial aparece na teoria do conceito como relação formal-categorial; na teoria da
classificação facetada, como categoria; na ontologia formal, como teoria dos universais.

QUADRO 1 - Correlação das categorias de Aristóteles com as categorias de Dahlberg


Esse quadro faz o meeting entre as categorias aristotélicas e as de Dahlberg, em que poucas coisas mudam entre
a primeira e a segunda respectivamente.

3.5 Relação hierárquica (****)


A relação hierárquica é uma das relações principais em qualquer estrutura classificatória. Ela é a que forma a
espinha dorsal de uma estrutura.

3.6 Relação partitiva


Outro movimento do ato de modelar é a análise de como “o objeto se constitui”, ou seja, quais são suas partes e
elementos. Nesta forma de relacionamento, determinam-se as relações partitivas.

3.7 Relações entre categorias


As relações funcional-sintagmáticas, diferentemente das relações de natureza paradigmáticas (lógicas e
partitivas), podem ser reconhecidas como relações que tornam evidente uma determinada demanda, ou função, entre os
objetos no mundo fenomenal, não objetivando explicitar o objeto e suas propriedades.

3.8 Relação de equivalência


Por último, é importante verificar um dado tipo de relação que não mais se constitui entre conceitos, mas entre a
forma de expressar os conceitos, ou seja, dá-se no âmbito da língua.

3.9 As formas de representação gráfica


Nas teorias e metodologias que nos propomos a analisar, verificamos que a área da ciência da informação,
apesar de ter teorias bem fundamentadas sobre o conceito e relações conceituais, é fraca em modelos que auxiliem
a elaboração de representações gráficas. Tanto na teoria da classificação facetada quanto na teoria do conceito, não é
apresentado nenhum modelo para expressar graficamente as relações conceituais. Acreditamos que isso se deva ao fato
de que essas teorias têm por objetivo a elaboração de linguagens documentárias que, apesar de possuírem uma parte
sistemática, não têm os conceitos representados em forma gráfica, mas em forma de uma lista endentada de termos, com
uma notação que, de certa forma, deixa evidentes os grupos de termos afins.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Necessidade de investigar os princípios que regem as formas de pensamento; uma ação de pensar a
complexidade do real; a possibilidade de liberdade na ação de modelizar; a multiplicidade das ferramentas
representacionais; a garantia de criação e escolha para o modelizador.

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3) Conclusão do autor (O autor faz conclusões? (ou não?) Quais foram?)

Este é um estudo em desenvolvimento. Estamos à procura da determinação de uma metodologia mais


adequada para a representação de domínios de conhecimento que agregue objetivos de aplicação ligados tanto à área da
ciência da informação, quanto à da ciência da computação e à da terminologia. A proposta dos estudos desenvolvidos
vem nos colocar diante das seguintes questões: a necessidade de investigar os princípios que regem as formas de
pensamento; uma ação de pensar a complexidade do real; a possibilidade de liberdade na ação de modelizar; a
multiplicidade das ferramentas representacionais; a garantia de criação e escolha para o modelizador. O estudo vem,
assim, apontando para o estabelecimento de maior diálogo entre as áreas da ciência da informação, da ciência da
computação e da terminologia, visando a somar esforços teórico-metodológicos no sentido de fortalecer o processo de
modelização.

4) Quadro de referências do autor (teórico/metodológico)


DAHLBERG, I. A referent-oriented analytical concept theory of interconcept. International Classification, v. 5, n.
3, p. 142-150, 1978.
_______. Ontical structures and universal classification. Bangalore : Sarada Ranganthan Endowment, 1978a.
64 p.
_________. Terminological definitions: characteristics and demands. In: PROBLÈMES de la définition et de la
synonymie en terminologie. Québec : GIRSTERM, 1983. p. 13-51.
DROZD, L. Some remarks on a linguistic theory. In: THEORETICAL AND METHODOLOGICAL PROBLEMS OF
TERMINOLOGY, 1979, Moscow. Proceedings... Muenchen : Saur, 1981.
FELBER, H. The Vienna School of Terminology: fundamentals and its theory. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM
ON THEORETICAL AND METHODOLOGICAL PROBLEMS OF TERMINOLOGY, 1979, Moscow. Proceedings...
Muenchen : Saur, 1981.
_______. Terminology manual. Paris: UNESCO, 1984. 234 p.
FURLAN, José Davi. Modelagem de objetos através da UML: the unified modeling language. São Paulo :
Makron Books, 1998.
GRAY, Peter M. D. et al. Object-oriented databases: a semantic data model approach. Henelhempstead : Prentice
Hall International United Kuigdom, 1992.
GRUBER, T. R. Toward principles for the design of ontologies used for knowledge sharing. [S. l.] : Stanford
University, Knowledge Systems Laboratory, 1993.
GUARINO, Nicola. Formal ontology and information systems. In: FORMAL ONTOLOGY AND INFORMATION,
1998, Trento, Italy. Procedings... Trento, Italy : [s. n.], 1998a. p. 3-15.
_______. The ontological level. In: Philosophy and the cognitive science. Vienna : Holder-Pichler-Tempsky, 1994.
p. 443-456.
_______. Semantic matching: formal ontological distinction for Iiformation organization, extraction, and integration.
In: PAZIENZA, M. T. (Ed.). Information extraction: a multidisciplinary approach to an emergig information
technology. [S. l. : s. n.], 1997.
_______. Some ontological principles for designing upper level lexical resources. In: INTERNATIONAL
CONFERENCE ON LANGUAGE RESOURCES AND EVOLUTION, 1. 1998. Proceedings... Granada, Spain, [s.
n.], 1998.
RANGANTHAN, S. R. Prolegomena to library classification. Bombay : Asia Publishing House, 1967. 640 p.
________. Philosophy of library classification. New Delhi : Ejnar Munksgaard, 1951.
RIGGS, F. W. A. New paradigm for social science terminology. International Classification. v. 6, n. 3, p. 150-
157, 1979
KANDELAKI, T. L. Les sens des termes et les systèmes desens des terminologies scientifiques et techniques. In:
RONDEAU, G.; FELBER, H. Textes choisis de terminologie: fondements théoriques de la terminologie. Québec:
GIRSTERM, 1981.
RUMBAUGH, J. et al. Modelagem e projetos baseados em objetos. Rio de janeiro : Campus, 1994.
SOWA, John F. Knowledge representation: logical, philosophical, and computational foundations. Pacific Grove :
Brooks/Cole, 2000.
WUESTER, E. L‘étude scientifique générale de la terminologie, zone frontalière entre la linguistique, la logique,
l‘ontologie, l‘informatique et les sciences des choses. In: RONDEAU, G.; FELBER, F. (Org.). Textes choisis de
terminologie. I. Fondéments théoriques de la terminologie. Québec : GIRSTERM, 1981. p. 57-114.

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5) Apreciação (Julgamento da obra; Mérito da obra; Estilo: Forma; Indicação da Obra)

De forma muito, mais


muito didática mesmo!!!

O que o estudo contribui no status do conhecimento científico da Ciência da informação?

Levantamento dos modelos da Organização do Conhecimento que subsidiam a construção de SOC’s (no artigo está
linguagem documentária), pelo texto ser anterior a 2008, ano que a comunidade da CI brasileira tem um entendimento
conceitual delimitado, epistemologicamente falando, da Organização do conhecimento.

Representação do conhecimento

Como se dá a utilização, aplicação, desenvolvimento, percepção e técnicas desses modelos nos domínios da CI, CC e
Terminologia. Em alguns momentos cita a orientação a objetos (OO) como um Subcampo da CC que aplica esses modelos
de abstração e modelização.
Escopo da minha pesquisa

Arquitetura da informação do Site do Grupo de Pesquisa MHTX.

DEMANDA/ OU NECESSIDADE/Objetivos

Necessidade de construção das temáticas de pesquisa do MHTX para representar as pesquisas de todos os integrantes
proporcionando identificação desses integrantes e o sentimento de pertencimento ao MHTX;

Utilizar o mapeamento já desenvolvido na pesquisa de Lima, Maculan e Soares (2017, p. 450) publicada nos anais do III
Congresso ISKO Espanha-Portugal XIII Congresso ISKO, que realizou um estudo qualitativo da produção acadêmica do
MHTX, chegando a uma das suas categorias de análises, que apresenta as 36 palavras-chaves, mas utilizadas na
produção acadêmica do MHTX;

Construção de uma base de conhecimento que subsidiará a criação da taxonomia que será aplicada a uma visualização
da informação;

Representação gráfica das temáticas de pesquisa do MHTX por meio de um mapa hiperbólico, que ainda não sabemos
se será mental, conceitual ou semântico.

REFERÊNCIAS

CAMPOS, M. L. A. Modelização de domínios de conhecimento: uma investigação de princípios fundamentais. Ciência da


Informação, Brasília, v. 33, n. 1, p. 22-32, jan./abril. 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ci/v33n1/v33n1a03.pdf.
Acesso em: 04 julho 2020.

LIMA, G. A.; MACULAN. B. C. M. S.; SOARES, F. M. Análise bibliométrica da produção científica do Grupo de Pesquisa
MHTX. In: ATAS DO III CONGRESSO ISKO ESPANHA-PORTUGAL XIII CONGRESSO ISKO ESPANHA, 3., 2017,
Coimbra. Atas do [...]: tendências atuais e perspectivas futuras em organização do conhecimento. Coimbra: Universidade
de Coimbra; CEIS20.

LIMA, G. A. Organização e representação do conhecimento e da informação na web: teorias e técnicas. Perspectivas em


Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 25, n. especial, p. 57-97, fev. 2020. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/ci/v33n1/v33n1a03.pdf. Acesso em: 04 julho 2020.

LIMA, G. Â. B. O. Mapa hipertextual (MHTX): um modelo para organização hipertextual de documentos. 2004. 199 f. Tese
(Doutorado em Ciência da Informação) – Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2004. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/LHLS-

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6BUPG9/1/doutorado___gercina_angela_borem_de_oliveira_lima.pdf. Disponível em: 04 julho 2020.

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