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17 DE JUNHO DE 2004 5.Pata os efeitos das disposigdes dos niimeros anteriores, 1 Cruz Vermelha de Mogambique observa 0 estabelecido no Regulamento sobre uso do emblema da Cruz Vermelha ou Crescente Vermelho pelas Sociedades Nacionais 6.As Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e estran- geiras existentes no territério da Repiiblica de Mocambique utilizam 0 emblema nas mesmas condigdes, mediante prévia autorizagio da Cruz Vermetha de Mogambique. Arico 10 (insignias © condecoragoes) A Cruz Vermelha de Mocambique, através dos seus érgios estatutariamente definidos, pode conferir galardéex proprios, insignias e condecoragdes para premiar servigos, pessoas ou entidades ‘coletivas, pelos servigos relevantes prestados & insttuigdo ow & humanidade Arico 11 (Uso pelos organismos do Movimento internacin ‘ia Cruz Vermeina) © Comité Internacional da Cruz Vermelha ¢ a Federasio Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha, no desem- penho das suas actividades podem utilizar o emblems, nos termos estabelecidos na presente Lei CAPITULO I Sangdes ‘Amico 12 (Uso indevide do emblema) 1. Todo 0 cidadio que deliberadamente fizer uso indevido do emblem protector da Cruz Vermetha, de um sinal distin- tivo ou qualquer outra indicagéo, designagio ou sinal que constitua imitagdo dos mesmos, ou que @ possa levar a con- fusio, seré punido com pena de trés a doze meses de pristio © multa correspondente, se pena mais grave no couber 2. Serio confiscados declarados perdidos a favor da Cruz Vermelha de Mogambique todos os bens, materiais ou equipamentos que ostentarem indevidamente 0 emblema. caPmTULO IV Disposig6es finais e transitérias Agrico 13 (Registo de associagses, nomes comerciais ‘marcas registadas) 1.E proibido 0 registo de associagdes, denominagdes comerciais, marcas registadas ¢ marcas comerciais, modelos, e desenhos industriais fazendo uso do emblems da Cruz Vermelha, 2.Todo aquele que violar 0 disposto no nimero anterior ser punido com pena de seis a dezoito meses de pristo ¢ multa. correspondents. ‘Awnico M4 (Prazo para ateragdes do uso do Emblema a Cruz Vermoina) © Servigo Nacional de Sade e outras insttuigdes privadas que prestam cuidados & sade, tém 0 prazo de dois anos seis meses, respectivamente para conformar-se com a presente Lei ‘Anrico 15 (Competincia regulamentar) Compete a0 Conselho de Ministros regulamentar a presente Lei. 210-7) Awico 16 (Entrada em vigor) A presente Lei entra imediatamente em vigor. Aprovada pela Assembleia da Repiiblica, aos 22 de, Abril de 2004. Presidente da Assembleia da Republica, Eduardo Joaquim Mulémbwe. Promulgada em 28 de Maio de 2004, Publique-se © Presidente da Repablica, Joaquim ALBERTO CHISSANO. Lei n.° 6/2004 de 17 de Junho, Havendo necessidade de introduzir_mecanismos com- plementares de combate & corrupgio, nos termos do n° 1 do artigo 135 da Constituigdo, a Assembleia da Repiblica determina: CAPITULO T Dos principios gerais Agrigo 1 (Objectoy- A presente Lei tem por objecto 0 reforgo do quadro legal vvigente para o combate aos crimes de corrupgio e,participagao econémica ilicita. ‘Agnico 2 (Ambito de aplicagio) 1A presente Lei aplica-se aos agentes dos crimes referidos no artigo 1 que sejam dirigentes, funcionérios ou empregados do Estado ou das autarquias locais, das empresas piblicas, das ‘empresas privadas em que Sejam participadis pelo Estado ou «das empresas concessionirias de servigos piblico. 2. Cohsidera-se funcionario ou empregado piiblico, para os cefcitos da presente Lei, todo aquele que exercer ou participar ‘em fungdes pablicas ou a estas equiparadas, e para as quais foi nomeado ou investido por efeito directo da lei, por eleicdo ‘ou por determinagao da entidade competente. 3..As disposigdes desta Lei aplicam-se aos que, mesmo no integrando nenhuma das categorias referidas. no. niimero anterior, induzam ou contribuam para a prética dos crimes ‘enunciados no artigo 1 ou deles tirem proveito. Agnigo 3 (Principios gersis) IAs entidades referidas no attigo anterior, no exercicio ddas suas fungdes, subordinam-se aos prinefpios da legalidade, ‘gualdade, nio discriminagdo, imparcialidade, ética, publi dade e justiga 2.Em caso de lesto do patriménio ou do interesse piblico ‘ou privado como resultado da acgio ou omissio dos diri- gentes ou dos funcionérios do Estado, hi lugar a indemnizagéo pelos danos causados. 3.As entidades referidas no artigo anterior que ilicitamente cenriquecam, em razio das acgSes ou omissées referidas n0 no 2 deste artigo, perdem a favor do Estado os bens ou valores acrescidos a0 seu patriménio. 2108) ‘Awtioo 4 (Doclaragto de bens) 1. A posse e 0 exercicio de fungdes pabticas com compe- téncias decisOrias no aparelho de Estado, na administragto aitérquica, nas empresas e instituigBes pablicas, assim como 1 posse dos representantes do Estado nas empresas privadas participadas pelo Estado, sto condicionadas a apresentagio de declaragdo dos bens e valores que compdem 0 patriménio do empossado, afim de set depositada em arquivo proprio do servigo, 2. A declaragio compreende os bens iméveis, méveis semoventes, dinheiro, titulos © acgdes, localizados no pais ou no exterior, podendo leis e regulamentos especificos estender a abrangéncia da declaragdo aos bens dos cOnjuges ou com- panheiros,filhos ¢ outras pessoas que vivam sob a dependéncia econdmica do declarante, ficando excluidos das declaragoes de bens apenas os objectos e utensiios de uso doméstic. 3. A declaragdo de bens esté sujeita & actualizacto anual e na data em que 0 servidor deixa 0 exerefcio do cargo, mandato, emprego ou funcao, 4.A declaragdo recolhida no n* 1 pode ser requisi- tude a qualquer momento para procedimento disciplinar ou criminal. ‘Anrioo 5 (Fundamentagao dos actos administrativos) 1. Para além dos casos em que a lei especialmente 0 exija, devem ser fundamentados os actos administrativos que, total ou parcialmente: 4a) neguem, extingam, restrinjam ou, por qualquer modo, afectem direitos ou imponham ou agravem deveres, encargos ou sangSes; ») afectem, de igual modo, e no uso de poderes discri- Cionrios, interesses legalmente protegidos;, 6) decidam reclamagées ou recursos; 4) decidam em contrério da pretensio ou oposigdo formu- ada por interessado, ou de parecer, informagio ou proposta oficial; €) decidam de modo diferente ou na interpretagio ¢ apli ceagio dos mesmos preceitos Iégais; ‘A impliquem revogagio, modificagio ou suspensto de ‘acto administrativo anterior. 2. A fundamentagio deve ser expressa através de sucinta exposigio de facto € de direito da decisio, podendo consist em mera declaragio de concordincia com os fundamentos de anterior parecer, informacio ou proposta, que neste caso constituem parte integrante do respectivo acto que deve ser transerito 3. £ equivalente a falta de fundamentagao a adopgto de fundamentos que, por obscuridade, contradigdo ou insuficiéncia, no esclaregam coneretamente a motivagao do acto. 4. A fundamentagio dos actos orais abrangidos pelo ni- mero I que nao constem de acta deve, a requerimento dos interessados para efeitos de impugnagdo, ser reduzida a ‘escrito © comunicada integralmente Aqueles, no prazo de sete dias, através da expedigio de oficio'sob registo postal ow da entrega de mandato de notificagio pessoal, a cumprir no prazo de quarenta e oito horas. 5. 0 nilo exereicio pelos interessados da faculdade conferida pelo niémero anterior nio prejudica os efeitos de eventual falta de fundamentagho do acto. 1 SERIE ~ NUMERO 24 ARriG0 6 (Ciéusula contratual anti-corrupgio) 1, Em todos 08 contratos em que seja parte o Estado, as autarquias locais ou outras pessoas colectivas de direito péi- blico, é obrigatéria a incluso de uma cldusula anti-corrupgaor fem que as partes se comprometem a ndo oferecer, directa ow indirectamente, vantagens a terceiros, ¢ nem solicitar, pro- meter ou aceitar, para beneficio proprio ou de outrém, ofertas com 0 propésito de obter julgamento favordvel sobre os servigos a presta. 2. A omissio da cldusula seferida no nimero anterior toma © contrato nulo ¢ de nenhum efeito jutidico. Awnico7 (Corrupgéo passiva para acto iliclto) 1. As entidades previstas no artigo 2 que, por si ou inter- posta pessoa, com 0 seu consentimento ou ratificagto, solici- tarem ou receberem dinheiro ou promessa de dinheiro ou qualquer vantagem patrimonial, que ndo Ihes sejam devidos, para praticar ou no praticar acto que implique violagao dos deveres do seu cargo, serio punidos com pena de prisio maior de dois a oito anos e multa até um ano. 2, As penas previstas no artigo 318 do Cédigo Penal sero também aplicadas as entidades previstas no artigo 2. 3. A mesma pena serd aplicada quando a vantagem solici- tada ou recebida pelos agentes previstos no artigo 2 tenham carter nfo patrimonial, desde que seja para a pritica de acto ‘que implique violagdo dos deveres dos cargos ou omissio de acto que tenham o dever de praticar, que consiste, nomeadamente: 4a) na dispensa de tratamento de favor a determinada pessoa, empresa ou organizagdo; +b) na intervengao em proceso, tomada ou _participagio em decisio que impliquem obtengio de beneficios, recompensas, subvengdes, empréstimos, ajudicagio ou celebragio de contratos em geral, reconheci- mento ou registo de direitos ¢ exclusio ou extingio de obrigago com violagao de lei: ) em facultar informagdes sobre concursos pablicos em prejuizo da competi¢to lea; )em facultr fraudulentamente informagbes sobre provas de exame. 4, Se 0 acto nio for, porém, executado, a pena serd a de prisdo até um ano e multa até dois meses. 5. Tratando-se de mera omissio ou demora na prética de acto relacionado com as suas fungdes, mas com violagio dos deveres do seu cargo, a pena seri, respectivamente, no caso dos n* Le 2, a de prisio até dois anos e multa correspon- dente © no caso do n® 3, a prisio. até um ano € multa até seis meses, 6. Se 0 oferecimento ou promessa aceites forem volun- tariamente repudiados ou restitufdo o dinheiro ou valor da vantagem patrimonial antes da pritica do acto ou da sua comissio ou demora, cessam as disposigbes deste artigo. Agnico 8 (Corruppao passiva para acto Heit) As entidades previstas no artigo 2 que, por si ou interposta, pessoa, com o seu consentimento ou ratificagao, solicitarem ou receberem dinheiro ou promessa de dinheiro ou qualquer vantagem patrimonial ou nio patrimonial, que no Ihes sejam devidos, para praticarem actos: no contrérios aos deveres do seu cargo e cabendo nas suas fungSes, sero punidos com a pena de prisio até um ano e multa até dois meses. 17 DE JUNHO DE 2004 ‘Arnico 9 (Corrupeao activa) 1. Quem der ou prometer a entidades previstas no artigo 2, por si ou por interposta pessoa, dinheiro ou outra vantage Patrimonial ou no patrimonial que a elas nfo sejam devidos, com os fins indicados no artigo 8, serd punido com as penas daquela disposigio, 2.Se, todavia, o crime tiver sido praticado para evitar que © agente, 0s seus parentes ou afins até 20 3." grau se exponham a0 perigo de serem punidos ou de serem sujeitos ‘4 uma sangao criminal, pode 0 juiz. atenuar éxtraordinari mente a pena. 3.A previsio do n° 6 do artigo 7 s6 aproveita 20 agente da comupedo activa se ele, voluntariamente, aceitar o repiidio da promessa ou a restituigio do dinheiro ou vantagem patri- rmonial que havia feito ou dado. 4.0 agente & igualmente isento de pena nos casos em que 0 cometimento do crime tiver resultado de solicitagio ‘ou exigéncia de funcionstio, como condicio para a prética de actos da respectiva competéncia © o primeiro participar © crime 8s autoridades. Anrico 10 (Participagao econémica em negécio) |.As entidades previstas no artigo 2 que, com intengao de obter para si ou para terceiro, participagio econdmica ilicita, Tesar em negécio juridico os interesses patrimoniais que, no todo ou em parte, Ihe cumpre, em razio das suas fungoes, administrar, fiscalizar, defender ou realizar, seré punido com 4 penade dois a ito anos de prisio maior e multa até um ano. 2.A mesma pena serd aplicada as entidades previstas no artigo 2 que, por qualquer forma, receber vantagem pat monial por efeito de um acto juridico-civil, relativo a inte- resses de que ele tinha, por forca das suas fungdes, no momento do acto, total ou parcialmente & disposigao, admi- nistragio ou fiscalizaglo, ainda que sem os lesar. 3. Nos mesmos termos serio punidas as entidades pre- vistas no artigo 2 que receberem, por qualquer forma, vantagem econdmica por efeito de cobranga, arrecadacio, liquidagio ou pagamento de que, por forca das suas fungdes, total ou parcialmente, estejam encarregados de ordenar ou fazer, posto que se nio verifique prejuizo econdmico para a Fazenda Pablica ou para os interesses que assim efectiva. caPfruLom Das penas e dos procedimentos Agnico 11 (Sangoes) Independentemente de outras sangdes penais, civis ou administrativas previstas nesta Lei e na demais. legislago aplicfvel, 0s autores dos crimes previstos nos artigos anteriores estio sujeitos as seguintes medidas acess6rias: 4a)perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente a0 seu patriménio; +b) indemnizacio integral dos danos causados: c)expulsio da profissio; d)inibigo de contratar com o Estado ou com em- presas puilicas ou de receber beneficios ou incen- tivos fiscais ou crediticios 2109) ‘Arrica 12 (Inieiativa de procedimento) 1. Qualquer pessoa pode requerer & competente autori- dade administrative, policial © a0 Ministério Pablico que seja instaurada investigagio para apurar factos relativos aos times previstos na presente Lei. 2.A queixa ou deniincia € escrita ou reduzida a termo assinada, ou sob forma de anonimato e contém as informa- es sobre os factos, a sua autoria e as provas de que tenha Conhecimento, 3.A queixa ou dentincia é indeferida, em despacho funda- mentado, se no observar 0 estabelecido no mimero anterior, sem prejuizo da faculdade de 0 Ministéio Pablico tomar ‘outras iniciativas para a investigagio © prossecusio dos casos denuinciados. 4.0 Ministério Publico pode ordenar a investigagio de crimes previstos na presente Lei, desde que tenha conheci- ‘mento por qualquer outro mecanismo. ‘ARnig0 13, (Protecglo de denunciante) 1.Nenhum queixoso ou denunciante pode ser sujeito a medida disciplinar ou prejudicado na sua carreira profisional ‘ou, por qualquer forma, ser perseguido em virtude da queixa ou dentincia dos erimes previstos na presente Lei, 2, Todo aquele que violar 0 disposto no nimero anterior serd punido com a pena de prisio até seis meses e um més de multa, ‘ARTigo 14 (Deniincia de ma t6) 1. Constitui crime a dentincia ou queixa de ma fé coatra as entidades previstas no artigo 2 quando o denunciante ou ueixoso 0 sabem inocente 2.0 crime de densincia de mé f€ referido neste artigo serd punido com pena de prisio até seis meses e multa de um més © 0 queixoso ou denunciante estio sujeitos a indemnizar 0 denunciado pelos danos materiais € morais que tiver provocado, ‘Aengo 15 (Suspensio de funcionério) (© superior hierérquico competente ou por proposta do Ministério Pablico pode determinar a suspensio das entidades previstas no artigo 2 do exercicio do cargo, pelo prazo méximo de noventa dias, do emprego ou finngo, sem prejuizo dda remuneragio, se a medida se mostrar necesséria ao bom prosseguimento da instrugio. CAPITULO I Da organizagao e competéncias ARTIG0 16 (revengio © combate) Compete a0 Ministério Piblico realizar as aogbes de pre- vengio ¢ de combate aos crimes previstos na presente’ Lei. ARtio0:17 (Competéncias do Ministrio Pubico) © Ministério Pablico realiza, no exercicio das suas fun- ‘g0es, coadjuvado pela competente autoridade policial, de entre outras, as seguintes acgdes de prevencio: 4) recolha de informacio relativamente a noticias de actos susceptiveis de fundamentar suspeitas de prética de crimes de corrupgio; 210-10) b) solicitagdo de inquévitos, sindicancias, inspecgdes & ‘outras diligencias que se mostrem necessérias & averiguaglo da conformidade de determinados actos ou procedimentos administritivos, no ambito das telagdes entre a Administragio Pablica e as entidades privedas; cy proposta de medidas’ susceptiveis de conduzirem & diminuigao dos crimes previstos nesta Lei. ‘Anmigo 18 (Logalidade dos procedimentos) 1. Os procedimentos a adoptar pelo Ministétio Pablico, no Ambito das competEncias que Ihe sto deferidas pela presente Lei, sto sempre documentados € niio podem ofender os direi- tos, liberdades e garantias dos cidadlos, 2. O Procurador-Geral da Repdblica & regularmente infor- mado dos procedimentos iniciados no ambito da prevencio dos crimes desta Lei Arrigo 19 (Gabinete Central de Combate & Corrupgao) 1, Dentro da Procuradoria-Geral da Republica e subordinado ao Procurador-Geral da Repéblica, criado o Gabinete Central de Combate & Corrupgio. 2. O Gabinete Central de Combate & Corrupgio tem, de etre outras, as seguintes competEncias @) conduzir inquétitos e investigagdes sobre queixas dendincias, havendo indicios de crimes de corrupgto; b) promover, através das autoridades juci ‘magio’ de pessoas para apresentar, pot escrito, informagdes sobre os valores que detém, quer-no pais quer no estrangeiro, especificando as datas femaquetais valores foram adguiridos e como foram adquiridos; ©) promover a instruglo preparatéria, podendo requi- sitar documentos, informagies, extractos de contas, registos e outros dados da pessoa suspeita de haver cometido os crimes previstos na presente Lei; @) ordenar a detengio de pessoas indiciddas e, nos termos legais, submeté-las ao juiz.de instrugio criminal; @)promover a realizago de buscas em qualquer lugar ppara obtengio de provas incriminatori J) gozar de livre acesso sem prévio aviso a instituigdes da Administragdo Pablica, entidades governamen- tais, servigos administrativos das autarquias, para efeitos de investigagio. 3. Para tomar oélere 0s procediientos.previstas neste artigo, hé um juiz de turno. 4.Para além dos magistrados do Ministério Péblico,o Ga- binete Central de Combate & Corrupgio pode ser integrado or pessoas nomeadas ou contratadas, por tempo determinado cu para determinados cas0s, que satisfagam os requisitos de integridade, imparcialidade-e experiéncia exigidos. ‘5. O Procurador-Geral da Repdblica pode, havendo neces- sidade, solicitar a requisigio ou 0 destacamento de fu nérios da Policia competentes. 6. Sempre que as condigdes se mostrarem criadas, podem ser criados gabinetes provinciais de combate & corrupgao, para efeitos da presente Lei. ‘Arrigo 20 (Poderes da sutoridade judtotéria) ‘AS pessoas nomeadas ou contratadas ao abrigo do n.° 3 do artigo anterior sto investidas dos poderes de autoridade judicsria, SERIE — NUMERO 24 ‘Arico 21 (Obrigages das auditoras) 1.Sempre que uma auditoria pablica ou privada constate hhaver indfcios da prética de crimes previstos nesta Lei, deve comunicar o facto, por escrito, 20 Gabinete Central de Combate & Corrupgio. 2.0 auditor, sendo pessos juridica de direito pablico, que violar o disposto no niimero anterior, serd sujeito as seguintes sangoes: 4@) suspensto do exereicio da fungo durante trinta dias ‘e multa de 1 a 10 salérios minimos, sendo @ pri- meira ver; ») suspensio do exereicio de fungées durante trés meses e multa de 11 a 30 salérios mfnimos, tratando-se da segunda vez; ©) demissio da fungio pablica, na tefveira vez. 3.0 auditor, sendo pessoa juridica de direito privado, que violar 0 disposto no n.° 1 do presente artigo, ser sujeito as seguintes sangbes: «@) suspensto do alvaré por trinta dias ¢ multa de 500.8 1000 salrios minimos, tratando-se da primeira vez; +b) suspensio do alvard por trés meses e multa de 1001 a 2000 salérios minimos, tratando-se da segunda vezi, ©) cancelamento do alvaré, na terceira vez. 4, Compete as entidades referidas no n.° 4 do artigo 19 pro- ceder a instauragio da competente acgHio contra os audlitores, previstos no n? I do presente artigo. 5. Compete 40 tribunal judicial da érea glo cometimento da infracgdo conhecer da acgio refetida no nimero anterior, ‘Anriaa 22 (Dever de siglo) 1. Quem desempenhar qualquer actividade no ambito das competéncias do Gabinete Central de Combate & Corrupgio fica vineulado a0 dever de sigilo em relagio aos factos de que tenha tomiado conhecimento, no exercicio das fungdes. 2.0 dever de sigilo 6 extensivo 2 identificagio de cidadios que fornesam quaisquer informagdes com relevancia para a actividade do Gabinete Central de Combate & Corrupsao.. 3.0 disposto no nimero anterior cessa com a instauragio do procedimento criminal Arrigo 23 (Roquiamentagio) Compete a0 Conselho de Ministros regulamentar a presente Lei, no prazo de seis meses, ‘Anmiao 24 (Revogegio) Sto revogadas as disposigbes que contrariem a presente Lei asmco 25 (Entrada om vigor) A presente Lei entra em vigor na data da sua publicagto. Aprovada pela Assembleia da Repiblica aos 12 de Maio de 2004, (© Presidente da Assembleia da Repdblica, Eduardo Joaquim Mulémbwe. Promulgeda aos 31 de Maio’ de 2004. Publique-se. © Presidente da Repblica, JoxQuiM ALBERTO CHiSsANo.

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