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Fala da palestra

Introdução

Os termos dificuldades e transtornos de aprendizagem são frequentemente


utilizados como sinônimos.

A aprendizagem é garantida a partir de uma articulação equilibrada entre as


condições internas e externas do sujeito.

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
O termo se refere a um aluno que possui uma maneira diferente de
aprender, devido a um barreira que pode ser cultural, cognitiva ou
emocional.

A dificuldade de aprendizagem pode estar relacionada com inúmeros


fatores, tais como: a metodologia utilizada, os métodos pedagógicos, o
ambiente físico e até mesmo motivos relacionadas com o próprio aluno e
seu contexto de vida.

Domínios na leitura e expressão escrita

TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

Envolvem um aspecto do funcionamento orgânico do sujeito. Apesar de não haver cura


para estes transtornos, isso não significa, necessariamente, que o indivíduo que tenha esse
tipo de distúrbio terá uma dificuldade de aprendizagem se lhe forem garantidas as condições
para atendimento de suas necessidades dentro do espaço escolar.

De acordo com a LDA (Learning Disabilities Association of America), um distúrbio de


aprendizagem é um transtorno neurológico que afeta um ou mais processos psicológicos
envolvidos na compreensão ou no uso da linguagem falada ou escrita, que pode se
manifestar em uma dificuldade de ouvir, organizar o pensamento, ler, escrever, soletrar ou
calcular (LDA, 2005). Apesar disso, o indivíduo com esta condição possui inteligência na
média, ou até mesmo, acima da média. Estes transtornos começam a se evidenciar a partir
do início do processo formal de aprendizagem da leitura, da escrita e da matemática (apud,
WEISS, 2006).

Os transtornos de aprendizagem estão relacionados a problemas que não decorrem


de causas educativas. Isso significa que, mesmo após uma mudança na abordagem
educacional do professor, o aluno continua apresentando os mesmos sintomas. Isso aponta
para a necessidade de uma investigação mais aprofundada, que determinará quais são as
causas da dificuldade em questão.

Essas dificuldades são pontuais e específicas, caracterizadas pela presença de uma


disfunção neurológica, geralmente associadas a algum comprometimento no
funcionamento de certas áreas do cérebro. Porém, é arriscado falar somente em uma
causa biológica. Frequentemente, alunos que apresentam sintomas relativos a
problemas de atenção, ansiedade ou agitação desenvolvem esses problemas por
causa de algum conflito pessoal ou familiar — e não unicamente por razões de ordem
fisiológica.

Físicas: como por exemplo: febre, dor de cabeça, dor de ouvido, cólicas intestinais,
anemia, asma, verminoses e todos os males que atinjam o físico de uma pessoa,
levando-a a um estado anormal de saúde.
Sensoriais: Problemas que afetam os órgãos responsáveis pela visão, audição,
gustação, olfato, tato, equilíbrio, reflexo postural, ou os respectivos sistemas de condução
entre esses órgãos e o sistema nervoso, causarão problemas no modo de captar as
mensagens do mundo exterior e, dificultando a compreensão do que se passa nele.

Neurológicas: Qualquer distúrbio em uma dessas partes se constituirá em um problema de


maior ou menor grau, de acordo com a área lesada.

Emocionais: Esses problemas geralmente não aparecem sozinhos, eles estão associados
a problemas de outras áreas, como por exemplo da área motora, sensorial etc.

Educacionais: Portanto, as falhas de seu processo educativo terão repercussões futuras.

Socioeconômicas: O meio físico e social exerce influência sobre o indivíduo, podendo se


favorável ou desfavorável à sua subsistência e também às suas aprendizagens.

ESTRATÉGIAS PARA O TRABALHO EM SALA DE ATENDIMENTO

Desenvolver pequenos projetos: despertar a curiosidade dos alunos por algum tema, ou
assunto. Solicitar que pesquisem sobre ele. Elaborar algum produto com as pesquisas,
como painel, exposição, ou dramatização (exemplo: dramatizar um telejornal e cada aluno
apresenta uma notícia).

Tornar o material didático mais acessível: algumas pequenas modificações no material


didático podem tornar os textos mais atraentes e também mais fáceis de serem
compreendidos pelos alunos com dificuldades, como, por exemplo, usar fonte 14 sem
serifas nos impressos, usar ilustrações para reforçar o sentido dos textos, separar as
informações dos problemas de matemática, apresentando-as uma em cada linha, ensinar a
criança a localizar e sublinhar as palavras que indicam as ações pedidas nas atividades
(como “descreva”, “envolva”, “marque com um X”);

Utilizar material concreto: recursos como material dourado, blocos lógicos, material
contável, cédulas e moedas de brinquedo tornam os conceitos matemáticos mais concretos,
facilitando o processo de aprendizagem.

Diversificar: apresentar o mesmo conteúdo de formas diferentes favorece que alunos com
dificuldade possam compreender melhor o conteúdo.

Jogos ou atividades lúdicas: “o saber se constrói fazendo próprio o conhecimento do


outro, e a operação de fazer próprio o conhecimento do outro só se pode fazer jogando.”
(FERNÁNDEZ, 1991, p. 165) Através do jogo é possível, ao mesmo tempo despertar o
interesse do aluno e favorecer que construa conhecimentos. As atividades lúdicas podem
desenvolver a criatividade e favorecer que o aluno estabeleça vínculos positivos com o
ambiente e os conteúdos escolares.

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