Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2º SEMESTRE/2013
Professora: TANIA
2013
2º SEMESTRE/2013
ALUNO:
ANÁLISE TEXTUAL
LÍNGUA E SOCIEDADE
Porque desde que nascemos, ainda que de uma forma limitada, tentamos
nos expressar mediante uma infinidade de signos linguísticos, pois, viver em
sociedade é viver sempre necessitando falar, dialogar, expressar opiniões e
sentimentos. Quase todo esse intercâmbio revela-se, na maioria das vezes, por
um único meio: a língua.
A língua (linguagem) é o meio pelo qual o nosso cérebro associa aquilo que
lhe é transmitido. Não importa qual a forma: sinais, desenhos, figuras, oral ou
mesmo escrito; a língua como manifestação das nossas necessidades de
intercambiar ideias, culturas, pensamentos e opiniões torna-se essencial para a
“atualização” do indivíduo na sociedade.
A língua é o principal suporte das relações sociais, sendo por isso, o código
mais completo e mais usado no processo de comunicação. Dessa forma,
podemos dizer que a língua é um patrimônio social, uma vez que sem ela, não
haveria comunicação e nem mesmo vida, pois, desde o nosso nascimento
manifestamo-nos através da linguagem, principalmente através do choro, sendo
este o principal meio para a certificação de que nascemos “com vida”. Além
disso, este instrumento foi utilizado por nós, enquanto crianças, para expressar
um estado de necessidade, que seja fome, dores, cólicas ou mesmo o incômodo
de permanecer por muito tempo sob uma posição enquanto bebês. A partir do
convívio no meio social, percebe-se uma evolução do indivíduo, sendo este fato
o que caracteriza a relação indissolúvel entre língua e sociedade. Não há
evolução onde há isolamento, pois, se não vivemos em sociedade, então não
temos como referenciar uma evolução ou de outra forma, não existem termos
para comparação. Viver em sociedade exige certas habilidades que
indiscutivelmente incluem a língua, e, se conseguimos nos expressar bem, diga-
se bem como maneira apropriada, conseguimos nos destacar em relação aos
outros indivíduos componentes dessa mesma sociedade. Daí a necessidade de
um convívio social para a percepção da evolução, pois, o supracitado “termos de
comparação” não ocorre entre coisas distintas ou objetos dissemelhantes. Assim
sendo, a sociedade sem uma linguagem não teria razão de ser e a língua sem
uma sociedade para usá-la, não teria sequer a sua existência, logo, língua e
sociedade são conceitos intrínsecos à existência do outro.
COMUNICAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO
Lembre-se o leitor como se fez gente: sua casa, seu bairro, sua escola, sua
patota. A comunicação foi o canal pelo qual os padrões de vida de sua cultura
foram-lhe transmitidos, pelo qual aprendeu a ser “membro” de sua sociedade –
de sua família, de seu grupo de amigos, de sua vizinhança, de sua nação. Foi
assim que adotou a sua “cultura”, isto é, os modos de pensamento e de ação,
suas crenças e valores, seus hábitos e tabus. Isso não ocorreu por “instrução”,
pelo menos antes de ir para a escola: ninguém lhe ensinou propositadamente
como está organizada a sociedade e que pensa e sente a sua cultura. Isso
aconteceu indiretamente, pela experiência acumulada de numerosos pequenos
eventos, insignificantes em si mesmos, através dos quais travou relações com
diversas pessoas e aprendeu naturalmente a orientar seu comportamento para o
que “convinha”. Tudo isso foi possível graças à comunicação. Não foram os
professores na escola que lhe ensinaram sua cultura: foi a comunicação diária
com pais, irmãos, amigos, na casa, na rua, nas lojas, no ônibus, no jogo, no
botequim, na igreja, que lhe transmitiu, menino, as qualidades essenciais da
sociedade e a natureza do ser social.
Alguém fez, uma vez, uma lista dos atos de comunicação que um homem
qualquer realiza desde que se levanta pela manhã até a hora de deitar-se, no fim
do dia. A quantidade de atos de comunicação é simplesmente creditável, desde o
“bom-dia” à sua mulher, acompanhado ou não por um beijo, passando pela
leitura do jornal, a decodificação de número e cores do ônibus que o leva ao
trabalho, o pagamento ao cobrador, a conversa com o companheiro de banco, os
cumprimentos aos colegas no escritório, o trabalho com documentos, recibos,
relatórios, as reuniões e entrevistas, a visita ao banco e as conversas com seu
chefe, os inúmeros telefonemas, o papo durante o almoço, a escolha do prato no
menu, a conversa com os filhos no jantar, o programinha de televisão, o diálogo
amoroso com sua mulher antes de dormir, e o ato final de comunicação num dia
cheio dela: “boa noite”.
SOBRE O TEXTO:
...