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Genética

1)
A) Regiões 3’UTR e regiões 5’UTR:
5’UTR: São regiões não codantes, ou seja que não será transcrita. Essa região se
inicia no cap 5 e se estende até o códon de iniciação, que indica o inicio da síntese
proteica.
3’UTR: Esta região, também não codante, se estende do códon de terminação (que
indica onde a síntese proteica finaliza) até a calda Poli-A
B) Região Promotora: Marcador do inicio do gene, é uma região do DNA que inicia a
transcrição de um determinado gene, e o objetivo dessa região é regular quando o
gene será transcrito. Padrões sequenciais que ocorrem na região promotora: GC
BOX, TATA BOX, CAT BOX
C) Ponto +1 da transcrição: Sítio de iniciação, que contém a primeira base do DNA a
ser transcrita em RNA. A partir desse ponto, a polimerase do RNA move-se ao
longo do molde, sintetizando RNA, até alcançar a sequência de terminalização da
transcrição.

D) Códon de inicio e término:


Delimitam a região codante (região que é transcrita e traduzida)
– AUG é quase sempre o códon de iniciação.
UAA, UAG, UGA – sempre sinal para o término da tradução
E) Íntons: São as regiões do gene que não expressam a informação necessária
para produzir proteínas. É retirado no processo de splicing, pela enzima
Spliceossomo que torce a região dos íntrons e corta.
F) Éxons: São as regiões do gene que serão mantidas após o splicing, pois
expressam informação necessária para síntese proteica.
G) 5 cap: Molécula adicionada na extremidade 5’ do gene, é uma guanina
modificada, que sofre processo de metilação, é adicionada para proteger o RNA
maduro contra ataques de endonucleases.
Calda Poli-A: É uma sequência de adeninas que são adicionadas na extremidade 3’,
essa calda é adicionada depois que o RNA mensageiro é transcrito. A calda Poli-A é
adicionada pela enzima poli-A polimerase.
H) Fita Molde: A fita molde, serve como um modelo para a síntese de um transcrito
de RNA complementar, ela é complementar na sua sequência de bases ao RNAm
transcrito.
Fita codificadora: Cadeia codificadora, é idêntica ao transcrito de RNA em
sequência, com a diferença de que o RNA possui bases de uracila (U) em vez de
bases de timina (T).

B) A estrutura do DNA, como representada no modelo de Watson e Crick, é uma


hélice de dupla fita, antiparalela, para a direita. Os esqueletos de açúcar-fosfato das
fitas de DNA constituem o exterior da hélice, enquanto as bases nitrogenadas são
encontradas no interior e formam pares ligados por ligações de hidrogênio que
mantêm as fitas de DNA juntas. O DNA de fita dupla é uma molécula antiparalela,
é composta de duas fitas que apontam para direções opostas, uma em sentido 5’
3’e a outra em sentido oposto, 3’5’.Neste modelo, as duas fitas de DNA enrolam-se
uma em volta da outra para formar uma hélice dextrógira, favorecendo o
acomodamento energético. As duas fitas da dupla hélice de DNA são mantidas
juntas por ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas nas fitas opostas
formando os degraus da escada, e a ligação fosfodiester forma o “corrimão “
dessa escada , a ligação fosfodiester consiste na ligação da hidroxila do carbono 3’
da pentose com o carbono 5 ‘ do fosfato. Os pares de base se combinam em A
com T e C com G, essa associações são conhecidas como pares de base
complementares. O pareamento de bases explica as regras de Chargaff, ou seja,
porque a composição de A é sempre igual a de T, e a composição de C se iguala a
de G.
2)
A)
5’ ACGCTATAGGCTAGCATCTGC 3’
3’ TGCGATATCCGATCGTAGACG 5’
RNAm: 5’ ACGCUAUAGGCUAGCAUCUGC 3’
B) Em eucariotos a molécula de RNA resultante da transcrição tem de ser
convertida em RNAm (ainda não está pronta e por isso é chamada de pré-RNAm ),
através de um mecanismo : O processamento do RNA . Esse mecanismo consistem
em dois passos: A modificação das extremidades e excisão de íntrons . Após
passar por estas etapas, o pré- RNA se torna um RNA maduro, que pode ser
transformado em uma proteína.

Modificação das extremidades: Consiste na adição de moléculas cap e cauda , nas


extremidades do transcrito. A extremidade 3’ é alterada pela adição da cauda poli-
A que vai proteger a molécula do RNA. Já a extremidade 5’ é modificada pela
adição de uma guanosina modificada, 7 metilguanosina. Esta capa é necessária
para ligação da molécula de RNAm ao ribossomo, e por seguinte, inicio da
transcrição.
Excisão de Íntrons: Depois de eliminados os íntrons, regiões não codificantes, há
uma união dos éxons , formando assim, a molécula de RNA m maduro. Esse
processo é chama de Splicing.

C) No processo de replicação do DNA, tem-se uma molécula de grande importância,


que é a DNA polimerase, esta só consegue adicionar os nucleotídeos um por um à
fita crescente de DNA, incorporando somente aqueles que são complementares à
fita molde, esta fita formada é chamada de fita líder. No entanto a enzima só
constrói a fita no sentido 5’ 3’. Dessa maneira, a fita de sentido oposto, a 3’5’ ,é
construída de maneira descontinua, a partir da adição de primers (cadeia pré-
existente ou uma pequena sequência de nucleotídeos) o primer inicia a síntese de
DNA, fazendo com que ela comece. Esta fita é construída em fragmentos,
denominados de fragmentos de Okazaki, Por isso o processo de replicação é
chamado de semi-descontinuo.
3)
A)
O processo de replicação se inicia com a separação das duas fitas que formam o
DNA, por meio da ação da enzima DNA-helicase. A separação da fita ocorre em
partes especificas ( em que existem sequencias especificas de nucleotídeos)
formando as Múltiplas origens de replicação. As enzimas que atuam nesse
processo identificam esses pontos e se ligam formando uma bolha, chamada de
Bolha de Replicação ou Forquilha de Replicação. Em células eucarióticas o
processo de replicação se inicia em diversos pontos, formando várias bolhas que se
fundem e fazem com que a replicação ocorra de forma mais rápida. As Helicases
movem-se sobre as fitas de DNA separando as cadeias. E a enzima DNA-
polimerase constrói a nova fita adicionando nucleotídeos. É importante lembrar que
a cadeia que será formada na fita descontinua inicia-se com uma porção de RNA
( primer),diferente da fita líder que só necessita de um primer, na fita descontinua
cada fragmento é iniciado separadamente. Os nucleotídeos vão sendo adicionados,
em fragmentos, chamados de fragmentos de Okazaki, isso ocorre devido a uma
especificidade da enzima DNA polimerase. A esse processo dá-se o nome de Semi-
descontinuo. Por fim a DNA ligase liga os fragmentos, formando uma única fita de
DNA. Tem-se no fim 2 moléculas de DNA, iguais em relação a sequência de
nucleotídeos, sendo constituída por uma fita antiga, pertencente a molécula original
e uma fita nova, por isso o processo é classificado como: semi-conservativo.

B)
Processo de Transcrição: A transcrição é o primeiro passo na expressão gênica, as
informações de um gene são usadas para construir um produto funcional, por
exemplo: A proteína. O objetivo da transcrição é fazer uma cópia de RNA a partir da
sequência de DNA de um gene. A transcrição de um gene ocorre em três estágios:
Iniciação, alongamento e término.
Iniciação: A RNA polimerase liga-se a uma sequencia de DNA chamada promotor
ou região promotora, próximo ao inicio de um gene. Quando ligada a RNA
polimerase separa as fitas de DNA, provendo o molde de cadeia simples.
Alongamento: A fita molde age como molde para a Rna polimerase. A medida que
essa enzima lê o filamento de DNA, uma base de cada vez, a polimerase constrói
uma molécula de RNA, feita de nucleotídeos complementares. Formando uma
cadeia que cresce sentido 5’ 3’ . O transcrito de RNA carrega a mesma informação
que o fliamento que não foi utilizado como molde, chamado de fita codificadora,
mas contem a uracila ao invés de timina.

Término: Quando a fita de RNA está pronta, ela se destaca da fita molde de DNA e
se desloca em direção ao citoplasma, onde ocorre outro processo, a síntese de
proteínas. As duas fitas de DNA, então, ligam-se novamente. O afastamento e o
encaixe das duas fitas de DNA ocorrem sob ação da enzima RNA-polimerase, que
se desloca sob a molécula de DNA durante o processo de transcrição.

C) O código genético tem grande importância, pois é nele que está toda a
informação que rege a sequência dos aminoácidos codificada pelo encadeamento
de nucleotídeos e comanda síntese proteica. Um aspecto interessante comprovado
cientificamente na teoria sobre código genético é sua universalidade. Isso
significa que praticamente qualquer ser vivo, seja qual for o reino ou espécie,
compartilhará com exatidão os mesmos tipos de combinação no DNA que definem
suas características.

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