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Aula 03
SUMçRIO
1 CULPABILIDADE ................................................................................................... 3
1.1 Conceito ......................................................................................................... 3
1.2 Teorias ........................................................................................................... 3
1.2.1 Teoria psicol—gica .......................................................................................... 3
1.2.2 Teoria normativa ou psicol—gico-normativa ........................................................ 3
1.2.3 Teoria extremada da culpabilidade (normativa pura) ........................................... 4
1.2.4 Teoria limitada da culpabilidade ....................................................................... 4
1.3 Elementos ...................................................................................................... 5
1.3.1 Imputabilidade penal ...................................................................................... 5
1.3.1.1 Menor de 18 anos .................................................................................... 7
1.3.1.2 Doen•a mental e Desenvolvimento mental incompleto ou retardado ............... 7
1.3.1.3 Embriaguez ............................................................................................ 8
1.3.2 Potencial consci•ncia da ilicitude ...................................................................... 9
1.3.3 Exigibilidade de conduta diversa .................................................................... 10
2 ERRO .................................................................................................................. 11
2.1 Erro de tipo essencial ................................................................................... 11
2.2 Erro de tipo acidental ................................................................................... 13
2.2.1 Erro sobre a pessoa (error in persona) ............................................................ 14
2.2.2 Erro sobre o nexo causal ............................................................................... 14
2.2.2.1 Erro sobre o nexo causal em sentido estrito .............................................. 14
2.2.2.2 Dolo geral ou aberratio causae ................................................................ 14
2.2.3 Erro na execu•‹o (aberratio ictus) .................................................................. 15
2.2.3.1 Erro sobre a execu•‹o com unidade simples (Aberratio ictus de resultado œnico)
16
2.2.3.2 Erro sobre a execu•‹o com unidade complexa (Aberratio ictus de resultado
duplo) 16
2.2.4 Erro sobre o crime ou resultado diverso do pretendido (aberratio delicti ou aberratio
criminis) 16
2.2.4.1 Com unidade simples ............................................................................. 16
2.2.4.2 Com unidade complexa .......................................................................... 17
2.2.5 Erro sobre o objeto (error in objecto) ............................................................. 17
2.3 Erro determinado por terceiro ...................................................................... 18
2.4 Erro de proibi•‹o .......................................................................................... 18
2.5 Descriminante putativa x delito putativo ..................................................... 20
3 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES ............................................................... 21
4 SòMULAS PERTINENTES ..................................................................................... 22
4.1 Sœmulas do STJ ............................................................................................ 22
5 JURISPRUDæNCIA CORRELATA ........................................................................... 23
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
1.1! Conceito
A culpabilidade nada mais Ž que o ju’zo de reprovabilidade acerca da
conduta do agente, considerando-se suas circunst‰ncias pessoais.1
Diferentemente do que ocorre nos dois primeiros elementos (fato t’pico e
ilicitude), onde se analisa o fato, na culpabilidade o objeto de estudo n‹o Ž
o fato, mas o agente. Da’ alguns doutrinadores entenderem que a culpabilidade
n‹o integra o crime (por n‹o estar relacionada ao fato criminoso, mas ao agente).
Entretanto, vamos trabalh‡-la como elemento do crime.
1.2! Teorias
Tr•s teorias existem acerca da culpabilidade:
1.2.1!Teoria psicol—gica
Para essa teoria a culpabilidade era analisada sob o prisma da imputabilidade
e da vontade (dolo e culpa). Esta teoria entende que o agente seria culp‡vel
se era imput‡vel no momento do crime e se havia agido com dolo ou
culpa. Vejam que essa teoria s— pode ser utilizada por quem adota a teoria
causalista (natural’stica) da conduta (pois o dolo e culpa est‹o na culpabilidade).
Para os que adotam a teoria finalista (nosso C—digo penal), essa teoria acerca da
culpabilidade Ž imposs’vel, pois a teoria finalista aloca o dolo e a culpa na
conduta, e, portanto, no fato t’pico.
1
BITENCOURT, Op. cit., p. 451/452
2
BITENCOURT, Op. cit., p. 447
3
BITENCOURT, Op. cit., p. 508
TEORIA PSICOLÓGICA
TEORIA EXTREMADA
TEORIA
NORMATIVA
PURA
TEORIA ADOTADA
LIMITADA PELO CP
1.3! Elementos
1.3.1!Imputabilidade penal
O C—digo Penal n‹o define o que seria imputabilidade penal, apenas descreve
as hip—teses em que ela n‹o est‡ presente.
A imputabilidade penal pode ser conceituada como a capacidade mental de
entender o car‡ter il’cito da conduta e de comportar-se conforme o Direito.
Existem tr•s sistemas acerca da imputabilidade:
Ø! Biol—gico Ð Basta a exist•ncia de uma doen•a mental ou determinada
idade para que o agente seja inimput‡vel. ƒ adotado no Brasil com
rela•‹o aos menores de 18 anos. Trata-se de critŽrio meramente
biol—gico: Se o agente tem menos de 18 anos, Ž inimput‡vel.
Ø! Psicol—gico Ð S— se pode aferir a imputabilidade (ou n‹o), na an‡lise
do caso concreto.
Ø! Biopsicol—gico Ð Deve haver uma doen•a mental (critŽrio biol—gico,
legal, objetivo), mas o Juiz deve analisar no caso concreto se o agente
era ou n‹o capaz de entender o car‡ter il’cito da conduta e de se
comportar conforme o Direito (critŽrio psicol—gico). Essa foi a teoria
adotada como REGRA pelo nosso C—digo Penal.4
4
BITENCOURT, Op. cit., p. 474.
1.3.1.3! Embriaguez
Segundo o CP, como regra, a embriaguez n‹o Ž uma hip—tese de
inimputabilidade, de forma que o agente responder‡ pelo crime, ou seja, ser‡
considerado IMPUTçVEL. Vejamos:
Art. 28 - N‹o excluem a imputabilidade penal: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de
11.7.1984)
I - a emo•‹o ou a paix‹o; (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Embriaguez
II - a embriaguez, volunt‡ria ou culposa, pelo ‡lcool ou subst‰ncia de efeitos
an‡logos.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
VOLUNTÁRIA
(DOLOSA OU IMPUTÁVEL
CULPOSA)
IMPUTÁVEL +
PREORDENADA
AGRAVANTE
EMBRIAGUEZ
COMPLETA INIMPUTÁVEL
ACIDENTAL (CASO
FORTUITO OU
FORÇA MAIOR) IMPUTÁVEL COM
CAUSA DE
PARCIAL DIMINUIÇÃO DE
PENA
5
BACIGALUPO, Enrique. Manual de Derecho penal. Ed. Temis S.A., tercera reimpressi—n. Bogot‡,
1996, p. 153
2! ERRO
2.1! Erro de tipo essencial
Sabemos que o crime, em seu conceito anal’tico, Ž formado basicamente
por tr•s elementos: fato t’pico (para alguns, tipicidade, mas a nomenclatura aqui
Ž irrelevante), ilicitude e culpabilidade.
Quando o agente comete um fato que se amolda perfeitamente ˆ conduta
descrita no tipo penal (direta ou indiretamente), temos um fato t’pico e, como
disse, estar‡ presente, portanto, a tipicidade.
Pode ocorrer, entretanto, que o agente pratique um fato t’pico por
equ’voco! Isso mesmo! O agente pratica um fato considerado t’pico, mas o
faz por ter incidido em erro sobre algum de seus elementos.
O erro de tipo Ž a representa•‹o err™nea da realidade, na qual o
agente acredita n‹o se verificar a presen•a de um dos elementos essenciais que
comp›em o tipo penal.
EXEMPLO: Imaginemos o crime de desacato:
Art. 331 - Desacatar funcion‡rio pœblico no exerc’cio da fun•‹o ou em raz‹o dela:
Pena - deten•‹o, de seis meses a dois anos, ou multa.
Imaginemos que o agente desconhecesse a condi•‹o de funcion‡rio pœblico da
v’tima. Nesse caso, houve erro de tipo, pois o agente incidiu em erro sobre
elemento essencial do tipo penal.
6
BITENCOURT, Op. cit., p. 512
7
Com rela•‹o a estes termos, CEZAR ROBERTO BITENCOURT os considera como Òelementos
normativos especiais da ilicitudeÓ. Para o autor, elementos normativos seriam aqueles que
demandam mero ju’zo de valor acerca de um objeto (saber que o documento falsificado Ž pœblico,
por exemplo, no crime de falsifica•‹o de documento pœblico). Termos como ÒindevidamenteÓ,
Òsem justa causaÓ, etc., seriam antecipa•‹o da ilicitude do fato inseridas dentro do tipo penal.
(BITENCOURT, Op. cit., p. 350). Fica apenas o registro, j‡ que a Doutrina majorit‡ria entende
que tais express›es s‹o elementos normativos do tipo penal. Ver, por todos: GOMES, Luiz Flavio.
BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 211.
8
BITENCOURT, Op. cit., p. 514/515
Assim, lembrem-se:
9
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 376
10
Por todos, GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Curso de Direito Penal. JusPodivm. Salvador,
2015, p. 380
Ex.: JosŽ deseja matar Maria. Sabendo que Maria usa seu carro todas as
manh‹s para ir ao trabalho, coloca uma bomba no ve’culo, que ser‡ acionada
assim que for dada a partida no carro. Maria, contudo, n‹o usa o carro naquele
dia, e quem acaba ligando o ve’culo Ž seu marido, que vem a falecer em raz‹o
da bomba. Vejam que, aqui, o agente n‹o errou na hora de executar o ato
criminoso, mas acabou atingindo pessoa diversa em raz‹o de acidente no curso
da empreitada criminosa.
Nesse caso, assim como no erro sobre a pessoa, o agente responde pelo
crime originalmente pretendido. Esta Ž a previs‹o do art. 73 do CP14.
11
GRECO, RogŽrio. Curso de Direito Penal. Volume 1. Ed. Impetus. Niter—i-RJ, 2015, p. 360
12
Doutrina minorit‡ria (mas muito importante) sustenta que o agente deva responder por dois
crimes em concurso: homic’dio doloso tentado (primeira conduta) + homic’dio culposo
consumado (segunda conduta). Trata-se da ado•‹o da teoria do desdobramento.
13
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Curso de Direito Penal. JusPodivm. Salvador, 2015, p.
380/381
14
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execu•‹o, o agente, ao invŽs de
atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado
o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no ¤ 3¼ do art. 20 deste C—digo. No caso de ser
tambŽm atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste
C—digo.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Ex.: JosŽ atira contra Maria, querendo sua morte. Contudo, erra na execu•‹o e
acaba por atingir uma planta. Neste caso, JosŽ responde apenas pela tentativa
de homic’dio.
Ex.: Imagine que alguŽm atire uma pedra num ve’culo parado, com o dolo de
danific‡-lo (art. 163 do CP). Entretanto, o agente erra o alvo e atinge o dono,
que estava perto, causando-lhe a morte (art. 121, ¤3¼ do CP). Nesse caso, o
agente acaba por cometer CRIME DIVERSO DO PRETENDIDO. Responder‡
apenas pelo crime praticado efetivamente (homic’dio culposo).
15
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 379
Percebam que atŽ mesmo uma pessoa de razo‡vel intelecto Ž capaz de n‹o
conhecer a ilicitude desta conduta16. Assim, o agente, diferentemente do que
ocorre no erro de tipo, REPRESENTAePERFEITAMENTE A REALIDADE (Sabe
que a coisa n‹o Ž sua, Ž uma coisa que foi perdida por alguŽm), mas ACREDITA
QUE A CONDUTA ƒ LêCITA.
Imaginem, no mesmo exemplo, que o camarada que achou o rel—gio, na
verdade, soubesse que n‹o podia ficar com as coisas dos outros, mas acreditasse
que o rel—gio era um rel—gio que ele tinha perdido horas antes (quando, na
verdade, era o rel—gio de outra pessoa). Nesse caso, o agente sabia que n‹o
podia praticar a conduta de Òse apropriar de coisa alheia perdidaÓ (N‹o h‡,
portanto, erro de proibi•‹o), mas acreditou que a coisa n‹o era ÒalheiaÓ,
achando que fosse sua (erro de tipo). Ficou clara a diferen•a?
16
N‹o se exige que o agente conhe•a EXATAMENTE a tipifica•‹o penal de sua conduta, bastando
que ele saiba que sua conduta Ž il’cita. Assim, se o agente pratica uma determinada conduta que
sabe ser il’cita (embora n‹o saiba a qual crime se refere), NÌO Hç ERRO DE PROIBI‚ÌO. Haveria,
aqui, o que se chama de Òerro de subsun•‹oÓ, que Ž irrelevante para fins de determina•‹o da
responsabilidade penal do agente. Isso ocorre porque n‹o se exige do agente que saiba
EXATAMENTE a que tipo penal corresponde sua conduta. Basta que se verifique ser poss’vel ao
agente, de acordo com suas caracter’sticas pessoas e sociais, saber que sua conduta Ž il’cita (Isso
Ž o que se chama de VALORA‚ÌO PARALELA NA ESFERA DO PROFANO, OU DO LEIGO).
17
BITENCOURT, Op. cit., p. 524/525
4! SòMULAS PERTINENTES
5! JURISPRUDæNCIA CORRELATA
Ä STF - RHC 79788 Ð O STF possui alguns julgados no sentido de ser poss’vel
o reconhecimento da ocorr•ncia de erro de tipo em rela•‹o ao crime de estupro
de vulner‡vel, quando a v’tima claramente aparenta ter bem mais que 14 anos:
(...) O erro quanto ˆ idade da ofendida Ž o que a doutrina chama de erro de tipo, ou
seja o erro quanto a um dos elementos integrantes do erro do tipo. A jurisprud•ncia
do tribunal reconhece a atipicidade do fato somente quando se demonstra
que a ofendida aparenta ter idade superior a 14 (quatorze) anos. Precedentes.
No caso, era do conhecimento do rŽu que a ofendida tinha 12 (doze) anos de idade.
3. Tratando-se de menor de 14 (quatorze) anos, a viol•ncia, como elemento do tipo,
Ž presumida. Eventual experi•ncia anterior da ofendida n‹o tem for•a para
descaracterizar essa presun•‹o legal. Precedentes. Ademais, a demonstra•‹o de
comportamento desregrado de uma menina de 12 (doze) anos implica em revolver o
contexto probat—rio. Invi‡vel em Habeas. 4. O casamento da ofendida com terceiro,
no curso da a•‹o penal, Ž causa de extin•‹o da punibilidade (CP, art. 107, VIII). Por
analogia, poder-se-ia admitir, tambŽm, o concubinato da ofendida com terceiro.
Entretanto, tal alega•‹o deve ser feita antes do tr‰nsito em julgado da decis‹o
condenat—ria. O recorrente s— fez ap—s o tr‰nsito em julgado. Negado provimento ao
recurso.
(RHC 79788, Relator(a): Min. NELSON JOBIM, Segunda Turma, julgado em
02/05/2000, DJ 17-08-2001 PP-00052 EMENT VOL-02039-01 PP-00142)
6! RESUMO
CULPABILIDADE
CONCEITO - Ju’zo de reprovabilidade acerca da conduta do agente,
considerando-se suas circunst‰ncias pessoais.
TEORIAS
ELEMENTOS
IMPUTABILIDADE - Capacidade mental de entender o car‡ter il’cito da conduta
e de comportar-se conforme o Direito.
CritŽrios para aferi•‹o da imputabilidade:
18
O dolo natural (a mera vontade e consci•ncia de praticar a conduta definida como crime) migra,
portanto, para o fato t’pico, como elemento integrante da conduta.
Embriaguez Ð Requisitos:
¥! Que o agente esteja completamente embriagado (critŽrio
biol—gico)
¥! Que se trate de embriagues decorrente de caso fortuito ou for•a
maior
¥! Que o agente seja inteiramente incapaz de entender o car‡ter
il’cito do fato OU inteiramente incapaz de determinar-se
conforme este entendimento (critŽrio psicol—gico)
Obs.: Se, em decorr•ncia da embriaguez, o agente tinha discernimento PARCIAL
(semi-imputabilidade), NÌO ƒ ISENTO DE PENA (n‹o afasta a imputabilidade).
Neste caso, h‡ redu•‹o de pena (um a dois ter•os).
Esquema:
MENORIDADE MENORES DE
PENAL 18 ANOS INIMPUTÁVEIS
SEM
DISCERNIMENTO INIMPUTÁVEL
DOENÇA ALGUM
MENTAL DISCERNIMENTO REDUÇÃO DE PENA (UM A
CAUSAS DE
INIMPUTABILIDADE PARCIAL DOIS TERÇOS)
VOLUNTÁRIA
NÃO AFASTA A
(DOLOSA OU
IMPUTABILIDADE
CULPOSA)
SEM
EMBRIAGUEZ ACIDENTAL DISCERNIMENTO INIMPUTÁVEL
(CASO ALGUM
FORTUITO
OU FORÇA REDUÇÃO DE PENA
DISCERNIMENTO
MAIOR) (UM A DOIS
PARCIAL
TERÇOS)
ERRO
ERRO DE TIPO ESSENCIAL Ð O agente pratica um fato considerado t’pico, mas
o faz por ter incidido em erro sobre algum de seus elementos. ƒ a representa•‹o
err™nea da realidade. O erro de tipo pode ser:
§! Escus‡vel Ð Quando o agente n‹o poderia conhecer, de fato, a presen•a
do elemento do tipo. Qualquer pessoa, nas mesmas condi•›es, cometeria
o mesmo erro.
§! Inescus‡vel Ð Ocorre quando o agente incorre em erro sobre elemento
essencial do tipo, mas poderia, mediante um esfor•o mental razo‡vel, n‹o
ter agido desta forma.
ERRO DE TIPO ACIDENTAL - O erro de tipo acidental nada mais Ž que um erro
na execu•‹o do fato criminoso ou um desvio no nexo causal da conduta com o
resultado. Pode ser:
Erro sobre a pessoa (error in persona) - Aqui o agente pratica o ato contra
pessoa diversa da pessoa visada, por confundi-la com a pessoa que deveria
ser o alvo do delito. N‹o existe falha na execu•‹o, mas na escolha da v’tima.
CONSEQUæNCIA - O agente responde como se tivesse praticado o crime
CONTRA A PESSOA VISADA (teoria da equival•ncia).
Erro sobre o objeto (error in objecto) - Aqui o agente incide em erro sobre a
COISA visada, sobre o objeto material do delito. Prevalece que n‹o h‡ qualquer
relev‰ncia para fins de afastamento do do dolo ou da culpa, bem como n‹o se
afasta a culpabilidade. CONSEQUæNCIA: A doutrina majorit‡ria (h‡ diverg•ncia)
ERRO DE PROIBI‚ÌO - Quando o agente age acreditando que sua conduta n‹o
Ž il’cita, comete ERRO DE PROIBI‚ÌO (art. 21 do CP). O erro de proibi•‹o pode
ser:
§! Escus‡vel Ð Qualquer pessoa, nas mesmas condi•›es, cometeria o mesmo
erro. Afasta a culpabilidade (agente fica isento de pena).
§! Inescus‡vel Ð O erro n‹o Ž t‹o perdo‡vel, pois era poss’vel, mediante
algum esfor•o, entender que se tratava de conduta penalmente il’cita. N‹o
afasta a culpabilidade. H‡ diminui•‹o de pena de um sexto a um
ter•o.
7! EXERCêCIOS DA AULA
8! EXERCêCIOS COMENTADOS
1.! ERRADA
2.! ANULADA
3.! ALTERNATIVA B
4.! ERRADA
5.! ERRADA
6.! CORRETA
7.! ERRADA
8.! ERRADA
9.! ERRADA
10.! ERRADA
11.! CORRETA
12.! ERRADA
13.! ERRADA
14.! ERRADA
15.! CORRETA
16.! ERRADA
17.! ERRADA
18.! ERRADA
19.! ERRADA
20.! CORRETA
21.! ERRADA
22.! ERRADA
23.! ERRADA
24.! ERRADA
25.! CORRETA
26.! ERRADA
27.! ERRADA
28.! ERRADA
29.! ERRADA
30.! CORRETA
31.! CORRETA
32.! ERRADA
33.! ERRADA