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AÇÃO MONITÓRIA
I-DOS FATOS
A Requerente é proprietária de um buffet infantil, e fora contratado para prestar os serviços pela filha do
Requerido, avô do aniversariante. Referente ao pagamento do buffet, parte dele foi pago por meio dos cheques
n°. 000133, emitido na data de 29 de maio de 2017 pré-datado para a data de 10 de novembro de 2017 no valor
de R$ 580,00 (quinhentos e oitenta reais); e o cheque de n°. 000134, emitido na data de 29 de maio de 2017 pré-
datado para a data de 10 de dezembro de 2017 no valor de R$ 1.650,00 (mil seiscentos e cinquenta reais).
O Requerido, sem motivo ou justificativa até o momento, sustou os cheques emitidos a Requerente, e até
agora, o Requerido e sua filha não cumpriram com o pagamento acordado.
Por diversas vezes, a requerente tentou receber o valor amigavelmente, aguardando o recebimento dos
valores, confiou nas promessas que o Requerido e sua filha lhe fizeram, no entanto, sem sucesso.
Sendo assim, o Autor almeja o recebimento dos valores devidos, desta feita por intermédio da presente ação
monitória.
II-DO DIREITO
Nos termos do artigo 784, inciso I, do CPC/15, o cheque é tido como título executivo extrajudicial. O prazo
prescricional para a execução de cheque, emitido na mesma praça de pagamento é de 06 (seis) meses contados,
nesse caso, do término do prazo de 30 (trinta) dias para apresentação (Lei 7.357/85, art. 33 c/c art. 59).
Na hipótese comentada, o autor é titular de prova escrita sem eficácia de título extrajudicial, pertinente o
manejo da ação monitória, nos termos do artigo 700 do CPC:
Artigo700° CPC/2015. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar,
com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do
devedor capaz:
I - O pagamento de quantia em dinheiro;
Inegável que os cheques representam provas escritas, eis que esta expressão a verdade traduz o documento do
qual procede ao crédito.
Conforme Súmula 299 do STJ, é perfeitamente viável que o credor de um cheque prescrito se utilize da via
monitória para recebimento da quantia.
Por outro, cumpre destacar que, tratando-se de ação monitória, prescindível que o autor comprove os fatos
constitutivos de seu direito.
Uma vez que conferido os cheques prescritos devidamente assinados pelo Réu, torna-se desnecessária a
demonstração da causa debendi que originou o documento. Caso o Réu instaure contraditório, cabe a ele o ônus
de sua demonstração.
Provado que o Réu se recusa a pagar o valor prescrito nos cheques, não honrando seu compromisso com o
Autor, praticando ato ilícito, deverá ser compelido ao pagamento do crédito corrigido monetariamente e juros de
mora desde a data de seu vencimento.
No tocante aos juros moratórios, eles devem incidir a partir do vencimento da dívida, uma vez que a obrigação
líquida e certa passou a ser exigível, constituindo em mora o devedor, conforme dispõe o artigo 397, CC, visto
que restou interpelado no dia determinado para o cumprimento.
Segue anexada a tabela com os valores já atualizados monetariamente e acrescidos dos juros moratórios, sendo
que ao valor obtido devem ser somados os honorários, nos termos do artigo 701 do CPC.
Taxa de juros Multa Honorários
Data Valor 1% a.m. A- 2% 10% Total
Simples
Diante do exposto, sendo evidente o direito do Autor, sendo de rigor o reconhecimento da qualidade de credor
do Requerente e de devedor do Requerido, assim como a validade dos documentos atrelados à presente demanda,
visto que dotados de liquidez e certeza do crédito.
IV-DO PEDIDO
Ante o exposto requer:
a) A expedição do MANDADO DE PAGAMENTO, para que o Réu pague, no prazo de 15 (quinze) dias, a
quantia reclamada de R$4.106,07 (quatro mil cento e seis reais e sete centavos), corrigida monetariamente,
acrescida dos encargos moratórios e honorários advocatícios de 10% sobre o valor da causa (artigo 701, CPC);
b) Apesar de o Autor entender que o resultado da demanda prescinde da produção de provas, ressalva que,
caso este não seja o entendimento de Vossa Excelência, protesta provar o alegado por todos os meios de prova
em direito admitidos;
c) O Autor informa que não tem interesse na realização de audiência de conciliação.
V- DAS PROVAS
O Autor demonstra os fatos alegados através de prova documental anexa.
Atribui-se à causa, o valor de R$4.106,07 (quatro mil cento e seis reais e sete centavos)
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, 29 de outubro de 2020
OAB/...: XXX.XXX