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de Tratamentos Térmicos P2
Esferoidização: Tratamento que visa globulizar a cementita, com microestrutura formada com
matriz de ferrita e cementita esferoidal. Tratamento também chamado de coalescimento onde
neste processo a cementita se aglutina em partículas de forma esferoidal. O objetivo desse
tratamento térmico é diminuir dureza, melhorar a usinabilidade, melhorar a trabalhabilidade de
frio dos aços. O tratamento consiste num
aquecimento e subseqüente resfriamento em
condições tais a produzir forma globular
(esferoidal) de carboneto no aço. O
procedimento de obtenção dessa microestrutura
consiste no aquecimento prolongado a uma
Temperatura logo acima da temperatura
eutetóide (727°C) seguido de resfriamento lento
com posterior aquecimento prolongado a uma
Temperatura logo abaixo da linha inferior da
zona crítica (Temperatura eutetóide) de forma
cíclica. Esse comportamento cíclico gera a
esferoidização na microestrutura. Aplica-se
principalmente em aço médio e alto teor de carbono (>0,4%C), sobretudo, para melhorar a
usinabilidade. Aços baixo carbono só devem ser esferoidizados em caso de necessidade de
severas deformações como estampagem profunda e a frio. Como resultado obtemos estrutura
de perlita granular (esferoidizada) e a estrutura final depende da velocidade de resfriamento e
da temperatura do recozimento de esferoidização.
Pleno ou total: Consiste no aquecimento do aço acima da zona crítica durante o tempo
necessário e suficiente para ter-se a dissolução de carbono ou dos elementos de liga no ferro
gama, seguido de um resfriamento lento, realizado sob condições que permitam a formação dos
constituintes normais de acordo com o diagrama de
equilíbrio Fe-C. O objetivo é a eliminação das estruturas
defeituosas (após fundição, deformação a quente,
solda e tratamento térmico), amolecimento do aço
diante de tratamento de corte, diminuição de tensões,
e refino do grão, obtendo perlita e ferrita, perlita e
cementita ou só perlita (grosseira). O recozimento
pleno requer um tempo muito longo, de modo que às
vezes é conveniente substituir pelo recozimento
isotérmico (ou cíclico). A temperatura de aquecimento
para o recozimento pleno é 20 a 50º C acima da zona
crítica (A3) e acima de A1 (727°C) para os
hipereutetóides. Para aços hipereutetóides, a
temperatura não se deve ultrapassar a linha Acm porque, no resfriamento lento posterior, ao
ser atravessado novamente essa linha, formar-se nos contornos dos grãos de austenita um
invólucro contínuo e frágil de carboneto. Com resfriamento lento.
Não pleno: O objetivo desse tratamento térmico é amolecer aço diante do tratamento de corte
(pois forma-se perlita macia) economizando tempo
e diminuir o custo do tratamento. É aplicado
somente para aços Hipoeutetóide. Aquecimento
acima da A1 (727), mas abaixo da A3. É utilizado
limitadamente para aços hipoeutetóides. Neste
caso, a ferrita livre não é eliminada. Este tratamento
não pode eliminar os defeitos correlacionados com
a ferrita livre.
O arame de aços ao carbono (0,45 a 0,85%C), é aquecido no
forno até (AC3 + 150 a 200ºC), e resfria-se num forno de
chumbo ou de sal à temperatura 450 a 500ºC e enrola-se em
cilindro. A decomposição da austenita ocorre a Temperatura
próxima a nariz da curva de decomposição. Se forma uma
mistura de ferrita +cementita com lamelas muito finas,
sorbita de patenteamento ou trostita. A ferrita livre e
cementita secundária não se formam.
Normalização: Tem maior velocidade de resfriamento comparada com a velocidade do
tratamento de recozimento a microestrutura obtida é a perlita fina e ocorre diminuição
tamanho do grão, algo que é extremamente benéfico para a tenacidade do material. O objetivo
é eliminar os defeitos do aço que surgem durante a fundição, laminação ou forjamento, para
eliminar granulação grosseira, utilizando menos vezes o forno. A normalização é feita antes
têmpera e ou revenido, para produzir a estrutura mais uniforme, diminuir o empenamento e
facilitar a dissolução de carbonetos. Obtendo Ferrita
e perlita fina ou Fe3C e perlita fina.
Martênpera e Austênpera:
A peça após têmpera poderá apresentar empenamento ou trincas devido ao resfriamento não
uniforme. Devido ao resfriamento da parte externa que se transforma em martensita antes da
parte interna. Durante o curto tempo em que as partes externas e internas estão com diferentes
micro estruturas, aparecem as tensões mecânicas consideráveis. A região que contem
martensíta é frágil e pode trincar.Pra solucionar estes problemas utiliza-se os tratamentos
isotérmicos chamados mar-têmpera e aus-têmpera.
Martêmpera(têmpera interrompida):
Martêmpera modificada:
Revenido: é aplicado nos aços para corrigir a tenacidade ,e a dureza excessiva adquirida após a
tempera, conseguindo o aumento da tenacidade dos aços. Revenimento é o reaquecimento das
peças temperadas, a temperaturas abaixo da linha inferior de transformação do
aço(temperatura eutetóide 720°). Dependendo da temperatura resulta em pequena ou grande
transformação da estrutura martensítica.