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Após o fim do casamento, a guarda do único filho, de apenas dois anos, ficou

exclusivamente com a genitora e o pai comprometeu-se ao pagamento de pensão


alimentícia no valor de R$ 1.000,00 (mil reais). Porém, há três meses deixou de
cumprir com sua obrigação, sob alegação de que constituiu nova família e não tem
mais condições de arcar com o valor.

Diante da situação fática apresentada, discorra sobre a obrigação alimentar.


Justifique sua resposta.

Valerá ainda da mesma forma a obrigação alimentar, segundo o Artigo 1695 do


Código Civil, onde o texto da lei diz “São devidos os alimentos quando quem os
pretende não tem bens suficientes nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria
mantença, e aquele, de quem se reclama pode fornecê-los, sem desfalque do necessário
ao seu sustento”.

Isso ocorre pois a pensão alimentícia possui previsão constitucional (vide o Art. 5º,
LXVII da Constituição Federal onde diz que “Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: não haverá prisão civil por dívida,
salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação
alimentícia e a do depositário infiel”) e, portanto, deve ser executada pelo devedor.

Desse modo, a constituição de uma nova família não é vista como um impedimento


para o pagamento da pensão alimentícia. No entanto, em caso de insuficiência
financeira ou falta de dinheiro, o esposo devedor pode conversar com um advogado e
solicitar um valor menor para o cumprimento da obrigação (que é forçada pela lei).

Lembramos que o caso em questão, ressalta que a obrigação em prestar alimentos ao


filho, essa obrigação é responsabilidade dos pais. O artigo 229, da Constituição
pressupõe que, é dever dos pais sustentar a seus filhos, também expresso no Código
Civil artigo 1.566, IV, que aduz; Sustento guarda e educação dos filhos.  

Nesse sentido, prediz a sumula 358 de (STJ), onde diz que “o cancelamento de pensão
alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito a decisão judicial, mediante
contraditório, ainda que nos próprios autos”.

Ressalva-se, ainda que mesmo quando o filho atinge a maioridade, o dever de


alimentar continua a valer. Todavia, pode-se afirmar, para que o responsável por
pagamento de pensão alimentícia seja exonerado do dever de continuar pagando a
pensão alimentícia, deve se observar que, essa decisão deve ser pleiteada no judiciário
conforme Súmula 358 do STJ.  

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