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“As teorias da Educação e o problema da marginalidade na

América Latina.”

Nesta breve síntese, irei apontar as partes de mais importância em algumas


teorias educacionais.

Começando pela pedagogia tradicional, onde temos a escola como antidoto á


ignorância, por tanto é necessário vencê-la para que assim, prospere de certa forma. O
marginalizado não é esclarecido, a uma prática centrada apenas no professor, os alunos
realizam as atividades displicentemente sem o poder de opinar, ou seja, apenas soltam o
que lhes foi dado. A organização da escola é direito e todos, mas também do estado. O
papel da escola é transmitir o conhecimento, porém, nem todos conseguem essa proeza,
por vários fatores e o processo por completo está diretamente ligado a conduta do
professor.

Quando se trata de Pedagogia da Escola Nova, temos o aprender e aprender, onde há


uma troca entre professor e aluno, existe uma democratização de sociedade, isso engloba
também, a busca de uma sociedade justa e igualitária, o conhecimento é o poder, pois, ele
liberta a ignorância. Temos o marginalizado como o rejeitado, há também o respeito as
diferenças do outro individuo, o professor é o instrutor e orientador da aprendizagem dos
alunos, e colocando assim o aluno no centro de todo o processo.

No Ensino Tecnicista, temos uma linha de ensino que privilegia excessivamente a


tecnologia educacional, e dentro da sua metodologia de ensino, os professores são como
meros executores do conteúdo, enquanto os alunos são receptores de projetos previamente
elaborados. Isso demonstra um caráter autoritário, além de se afastar de qualquer vínculo com
o contexto social. A pedagogia tecnicista também pode ser considerada não dialógica, pois
cabe ao aluno assimilar passivamente os conteúdos transmitidos pelo professor, e têm seu
senso crítico inibido. Esta tendência insere-se na pedagogia liberal, que prepara os indivíduos
para desempenhar papeis sociais baseados nas aptidões individuais.

Na teoria da escola enquanto aparelho ideológico de Estado (AIE), percebe-se que os


aparelhos que regem a escola, contribuem para ideologia e repressão, a escola é um instituto
que serve para grande parte do sistema capitalista, os saberes práticos também estão ligados as
relações de produções. Os marginalizados, são a classe trabalhadora. O AIE escolar é uma
proposta da burguesia e tudo está direcionado a seu próprio interesse. Existe uma
hierarquização do processo de ensino e uma simulação do poder do Estado.

Por fim, temos a teoria da escola dualista, onde existe a burguesia X proletariado, é um
aparelho ideológico do Estado, contém duas funções básicas, sendo elas o fornecimento da
força do trabalho e inclusão da ideologia burguesa. É um instrumento de luta de Classes
ideológicas, nesta escola, a missão de impedir o desenvolvimento da ideologia do proletariado
e a luta revolucionária. A existência do proletariado está fora da escola. O subjetivo que existe
a necessidade de um ser improdutivo. Na teoria crítica da educação, percebe-se que não
contém uma proposta pedagógica, a educação não é equalizada e a história torna-se
sacrificada.

REFERÊNCIA

SALVIANI, Demerval; AS TEORIAS DA EDUCAÇÃO E O PROBLEMA DA


MARGINALIDADE NA AMÉRICA LATIVA. Cad. Pesq. São Paulo: agosto, 1982, p. 8-18.

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